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John Bevere O Temor do Senhor Traduzido do original em inglês: The Fear of The Lord Copyright © 1996 by John Bevere Publicado originalmente por Creation House Tradução: Eliseu e Irene Pereira Revisão: Audrey Paixão Projeto gráfico: Roberta Vital Braga Capa: Marcelo Silva Segunda edição: Julho de 2002 EDITORA ATOS LTDA. Caixa Postal 402 30161 -970 - Belo Horizonte - MG Televendas: 0800-31-5580 Tenha a decência e reconhecimento de não apagar os créditos -E.G.-

O Temor Do Senhor - John Bevere

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O Temor do Senhor -John Bevere John Bevere expõe a necessidade de temermos a Deus. Com seu estilo amorosamente confrontador, ele desafia você a reverenciar a Deus de uma forma diferente na sua adoração e em sua vida diária. Deus anseia por ser conhecido, e só há uma maneira de entrarmos nessa intimidade profunda e experimentá-la na sua plenitude. Qualquer outra abordagem inevitavelmente resultará em juízo.

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  • John Bevere O Temor do Senhor

    Traduzido do original em ingls: The Fear of The Lord

    Copyright 1996 by John Bevere Publicado originalmente por Creation House Traduo: Eliseu e Irene Pereira

    Reviso: Audrey Paixo Projeto grfico: Roberta Vital Braga

    Capa: Marcelo Silva Segunda edio: Julho de 2002

    EDITORA ATOS LTDA.

    Caixa Postal 402 30161 -970 - Belo Horizonte - MG

    Televendas: 0800-31-5580

    Tenha a decncia e reconhecimento de no apagar os crditos

    -E.G.-

  • _______________

    Este livro foi digitalizado com o intuito de disponibilizar literaturas edificantes todos aqueles que no tem condies financeiras ou no

    tem boas literaturas ao seu alcance.

    Muitos se perdem por falta de conhecimento como diz a Bblia, e s vezes por que muitos cobram muito

    caro para compartilhar este conhecimento.

    Estou disponibilizando esta obra na rede para que voc atravs de um meio de comunicao to verstil

    tenha acesso ao mesmo.

    Espero que esta obra lhe traga edificao para sua vida espiritual.

    Se voc gostar deste livro e for

    abenoado por ele, eu lhe recomendo comprar esta obra impressa para

    abenoar o autor.

    Esta uma obra voluntria, e caso encontre alguns erros ortogrficos e queira nos ajudar nesta obra, faa

    a correo e nos envie. Grato

    _______________

  • Sumrio

    Introduo Captulo 1 - Vento do Cu Captulo 2 - Glria Transformada Captulo 3 - O Sermo do Universo Captulo 4 - Ordem, Glria, Julgamento: Parte 1 Captulo 5 - Ordem, Glria, Julgamento: Parte 2 Captulo 6 - Um Santurio Novo Captulo 7 - Uma Oferta Irreverente Captulo 8 - Julgamento Adiado Captulo 9 - A Glria Vindoura Captulo 10 - A Restaurao da Glria de Deus Captulo 11 - A Habilidade para Ver Captulo 12 - De Glria em Glria Captulo 13 - Amizade com Deus Captulo 14 - As Bnos do Santo Temor Eplogo

  • AGRADECIMENTOS

    Eu gostaria de dedicar este livro a minha esposa, Lisa. Sou um homem privilegiado por ser casado com esta mulher. Precisaria de outro livro para falar sobre suas virtudes e seu carter piedoso, mas se fosse resumir sua vida em uma frase, seria: ela uma mulher que teme ao Senhor.

    Fala com sabedoria, e a instruo da bondade est na sua

    lngua. Atende ao bom andamento da sua casa e no come o po da preguia. Levantam-se os seus filhos e lhe chamam ditosa, seu marido a louva, dizendo: Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas. Enganosa a graa, e v, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa ser louvada (Pv 31:26-30).

    Eu agradeo a ti, Pai, por tua filha, Lisa Bevere.

  • Minha gratido mais profunda a

    Minha esposa, Lisa. Depois do Senhor, voc meu maior amor e tesouro. Obrigado pelas horas de trabalho com as quais voc contribuiu para a preparao deste livro. Eu amo voc, querida!

    Aos nossos quatro filhos: todos vocs tm trazido grande ale-gria a minha vida. Obrigado por compartilharem do chamado de Deus e por me encorajarem a viajar e a escrever.

    Aos meus pais, John e Kay Bevere: obrigado por me ensina-rem, desde o incio, o temor do Senhor, e pelo estilo de vida piedoso exemplificado por vocs.

    Aqueles que tomaram de seu tempo e deram uma poro de suas vidas para ensinar-me e mostrar-me os caminhos do reino. Eu tenho visto diferentes aspectos de Jesus em cada um de vocs.

    Obrigado a equipe do Ministrio John Bevere pelo apoio cons-tante e fidelidade. Lisa e eu amamos cada um de vocs, com carinho.

    Obrigado equipe da Creation House, que tem trabalhado conosco e tem apoiado tanto nosso ministrio. uma alegria trabalhar com vocs.

    Acima de tudo, minha sincera gratido ao meu Senhor. Como poderiam as palavras reconhecer adequadamente tudo que tu tens feito por mim e pelo teu povo? Eu jamais poderei expressar o quanto eu te amo. Eu te amarei sempre!

  • O santo temor a chave para o firme fundamento de Deus, que revela os tesouros da salvao, da sabedoria

    e do conhecimento.

  • INTRODUO

    No vero de 1994, fui convidado a ministrar em uma igreja no sul dos Estados Unidos. Aquela experincia acabou se transformando em uma das mais desagradveis que j havia tido no meu ministrio. Mas, apesar disso, uma busca ardente nasceu no meu corao, uma busca para conhecer e compreender o temor do Senhor.

    Dois anos antes, aquela igreja havia experimentado um poderoso mover de Deus. Um evangelista esteve ali por um perodo de quatro semanas, e o Senhor reavivou aquela igreja com sua presena. Eles estavam experimentando uma plenitude do que muitos chamam de "riso santo". Isso foi to renovador que o pastor e muitas de suas ovelhas fizeram o que to frequentemente acontece: permaneceram acampados no lugar de refrigrio, ao invs de continuarem busca de Deus. Eles desenvolveram mais interesse pelas manifestaes de refrigrio do que por conhecer ao Senhor que refrigera.

    Na segunda noite de nossas reunies, o Esprito de Deus me conduziu a pregar sobre o temor do Senhor. Nessa poca, minha compreenso a respeito do temor do Senhor ainda estava se formando, mas Deus conduziu-me a pregar sobre o que j havia me ensinado por meio das Escrituras.

    Na noite seguinte, fui para o culto totalmente despreparado para o que estava prestes a acontecer. Sem qualquer discusso prvia, o pastor da igreja se colocou de p, aps o perodo de louvor e adorao, e passou um espao de tempo considervel corrigindo o que eu havia pregado na noite anterior. Eu estava sentado na primeira fila, um tanto chocado. A base da sua correo eram os crentes do Novo Testamento que no tinham medo de Deus. Ele se baseou em I Joo 4:18:

    No amor no existe medo; antes, o perfeito amor lana fora o

    medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme no aperfeioado no amor.

    Ele havia confundido um esprito de medo com o temor do

    Senhor. Na manh seguinte, encontrei um local reservado fora do ho-

    tel, onde passei um bom tempo orando. Cheguei diante do Senhor com o corao aberto e me submeti a qualquer correo que Ele desejasse me aplicar. Tenho aprendido que a correo de Deus visa sempre o meu bem. Ele nos corrige para que possamos nos tornar participantes da sua santidade (Hb 12:7-11).

  • Ento, naquele momento, senti o imenso amor de Deus. No percebi Deus desapontado comigo pelo que eu havia pregado, mas ser o seu prazer. Lgrimas escorreram pelo meu rosto diante da sua maravilhosa presena.

    Eu continuei em orao e, depois de algum tempo, me vi clamando do fundo do meu esprito pelo conhecimento do temor do Senhor. Elevei minha voz e, reunindo toda a fora que havia dentro de mim, clamei: "Pai, eu quero conhecer e quero andar no temor do Senhor!"

    Quando terminei de orar, no me preocupei com o que poderia enfrentar no futuro. Tudo o que queria era conhecer o corao de Deus. Sentia que minha busca para aprender esse aspecto da sua natureza santa o havia agradado profundamente. Desde aquele dia, Deus tem sido fiel em me revelar a importncia do temor do Senhor. Ele tem revelado seu desejo para que todos os cristos tambm reconheam a importncia do temor.

    Embora sempre soubesse que o temor do Senhor era importante, no compreendia muito bem como ele era essencial, at que Deus abriu meus olhos em resposta quela orao. Sempre via o amor de Deus como o fundamento para o relacionamento com o Senhor. Descobri rapidamente que o temor do Senhor era igualmente fundamental. Isaas diz:

    O Senhor sublime, pois habita nas alturas; encheu a Sio de

    direito e de justia. Haver, Sio, estabilidade nos teus tempos, abundncia de salvao, sabedoria e conhecimento; o temor do Senhor ser o teu tesouro (Is 33:5-6).

    O santo temor a chave para o firme fundamento de Deus,

    que revela os tesouros da salvao, da sabedoria e do conhecimento. Juntamente com o amor de Deus, o temor constitui o prprio fundamento da vida! Ns aprenderemos que no poderemos amar a Deus verdadeiramente a menos que o temamos, nem poderemos tem-lo corretamente a menos que o amemos.

    Enquanto escrevia este livro, nossa famlia estava construindo uma nova casa. Visitei a obra muitas vezes, e Deus usou esses momentos para ensinar-me lies a partir de alguns princpios bsicos de construo. A verdadeira construo comea com o alicerce e o madeira-mento da casa. isso que vai sustentar todos os componentes finais, tais como os azulejos, o carpete, as janelas, os armrios e a pintura. Uma vez que a casa est completa, voc j no v qualquer parte do alicerce e da estrutura, embora sustentem e protejam todas as belas moblias e o acabamento interior. Sem essa estrutura, voc no teria nada

  • mais do que uma pilha de materiais. O mesmo verdade em relao elaborao deste livro. Ns

    vamos delinear claramente o temor de Deus e seu julgamento; da vamos prosseguir para um conhecimento ntimo de Deus. Vamos esboar a proteo do julgamento providenciado por este temor e concluir com o papel do temor na nossa intimidade com Deus. Cada captulo contm verdades que tanto informam quanto transformam.

    Os primeiros captulos provero a estrutura para o restante do livro. Eles vo desenvolver em nosso esprito a fora para sustentar o que Deus nos revelar.

    Leia este livro como se ele fosse uma casa em construo. No salte da estrutura para a colocao do carpete. Sem um telhado, o carpete precisar ser substitudo antes que a construo esteja terminada. A construo progressiva.

    Tire um tempo para ler em orao e compreender cada captulo antes de seguir para o prximo. Pea ao Esprito Santo para lhe revelar a Palavra de Deus por meio deste livro, porque a letra mata, mas o Esprito vivifica (2Co 3:6).

    O temor do Senhor no compreendido com a mente, mas gravado em nossos coraes. Ele revelado pelo Esprito Santo quando ns lemos a sua Palavra. uma das manifestaes do Esprito de Deus (Is 11:1, 2). Deus o dar aos coraes daqueles que sinceramente o buscam (Jr 32:40).

    Vamos orar antes de comear: "Pai, em nome de Jesus, eu abri este livro porque desejo

    conhecer e entender o santo temor do Senhor. Sei que isso im-possvel sem a ajuda do Esprito Santo. Peo que o Senhor me unja com seu Esprito. Abre meus olhos para ver, meus ouvidos para ouvir, e meu corao para que eu possa conhecer e compreender o que tu ests a me dizer.

    Enquanto eu leio, faze-me ouvir tua voz nas palavras deste livro. Transforma-me, elevando-me de um nvel de glria para outro. Ento, eleva-me novamente com o alvo de, finalmente, verte face a face. Permita que minha vida seja transformada, de modo que eu nunca mais seja o mesmo.

    Por isto, dou a ti todo o louvor, a glria e a honra, agora e para sempre. Amm."

    John Beyere Orlando, Flrida

  • Voc acha que o Rei dos reis e Senhor dos senhores vai entrar em um lugar onde Ele no recebe a honra e a

    reverncia que merece?

  • CAPTULO 1

    VENTO DO CU

    Mostrarei a minha santidade naqueles que se cheguem a mim, e serei glorificado diante de todo o povo (Lv 10:3).

    Era apenas o dcimo dia do ano de 1997. Naqueles poucos

    dias j havia estado na Europa e na sia para ministrar. Estava muito empolgado, quando novamente tomei um avio, dessa vez para a Amrica do Sul. Eu nunca estivera no Brasil e sentia-me honrado por ter sido convidado para falar em uma conferncia nacional, que seria realizada em trs das maiores cidades do pas. Depois de viajar a noite toda, fui recebido no aeroporto por alguns lderes muito ansiosos e cheios de expectativa. Eles haviam esperado muito por aquelas reunies, e o entusiasmo deles me reavivou.

    O primeiro culto seria realizado naquela mesma noite em Braslia, capital do pas. Depois de algumas poucas horas de descanso, eu e o pr. Gary Haynes, meu intrprete, fomos apanhados no nosso hotel e levados reunio. Havia uma grande aglomerao de carros no estacionamento e nas imediaes, e eu pude ver que a reunio teria muitas pessoas. Quando nos aproximamos do edifcio, pude ouvir a msica que vinha atravs das janelas de ventilao, entre o alto da parede e o teto. Minha prpria ansiedade e expectativa aumentaram quando ouvi as canes de louvor familiares, cantadas em portugus.

    Uma vez dentro do auditrio, fui conduzido diretamente plataforma. O local, que comportava cerca de quatro mil pessoas, estava repleto. A plataforma parecia balanar com msicas de louvor de alta intensidade e de qualidade muito boa, pois os msicos eram qualificados e tocavam com harmonia. As canes tambm eram excelentes, e os lderes eram dotados de vozes muito boas. Apesar de tudo, percebi rapidamente uma completa ausncia da presena de Deus. Quando corri os olhos pela multido e pelos msicos, pensei: "Onde est Deus?" Imediatamente perguntei: "Senhor, onde est tua presena?"

    Enquanto esperava pela resposta do Senhor, prestei ateno ao que estava acontecendo no edifcio. Pelas luzes brilhantes da plataforma, eu podia ver as pessoas se movendo para todos os lados. Muitos em p e de olhos abertos procuravam alguma coisa ou algum no auditrio. Outros pareciam estar desinteressados, de mos nos bolsos ou simplesmente inertes. Toda a postura das

  • pessoas e seus semblantes davam a impresso de uma multido indiferente, esperando pacientemente pelo incio de um show. Alguns conversavam e outros perambulavam pelos corredores, entrando e saindo do auditrio. Eu comecei a me entristecer. Aquilo no era um culto evangelstico, mas uma conferncia para crentes. Sabia que podia haver alguns entre os presentes que no eram crentes; contudo, tambm sabia que a maioria deles, naquela multido desinteressada, era "crist". Aguardei alguns momentos na esperana de que as pessoas entrariam em verdadeira reverncia ao Senhor. Eu pensei: "certamente este clima vai mudar". Mas no mudou. Depois de vinte ou trinta minutos, o ritmo das msicas tornou-se mais lento, o que chamamos de "canes de adorao". Porm, o que eu presenciava estava longe de uma verdadeira adorao. Aquele mesmo comportamento desinteressado que havia observado quando entrei no auditrio, havia permanecido durante o culto.

    Quando o perodo de louvor terminou, parecia ter passado mais de uma hora, mas, de fato, foram menos de quarenta minutos.

    Os presentes foram convidados a se assentar, mas o rudo subjacente da conversao descuidada continuou. Um dos lderes pegou o microfone para exortar as pessoas, porm, elas continuaram a conversar. O lder leu a Bblia e ensinou. O tempo todo eu ouvi o rudo surdo de muitas vozes falando ao mesmo tempo e muitas pessoas se movendo dentro da congregao. Tambm notei que muitos no prestavam ateno ao pregador. Mal podia acreditar no que estava presenciando. Frustrado, me voltei para o pr. Gary Haynes e perguntei-lhe se aquele comportamento era normal nos seus cultos.

    Ele compartilhou do meu desagrado. "s vezes, eu tenho que me dirigir s pessoas e pedir-lhes que, por favor, prestem ateno", ele sussurrou. Naquele momento, eu estava ficando irado. Eu j havia estado em outras reunies onde as pessoas se comportaram daquele modo, mas nunca a tal ponto. Em cada uma dessas reunies eu tinha encontrado uma atmosfera espiritual semelhante - opresso e vazio da presena de Deus. Agora, sabia que minha pergunta "Senhor, onde est sua presena?" havia sido respondida. Certamente a presena de Deus no estava ali.

    Ento, o Esprito de Deus me disse: "Eu quero que voc con-fronte isto diretamente".

    Quando finalmente fui apresentado, o murmrio havia diminudo, mas ainda estava presente. Caminhei at o plpito e fiquei ali, encarando a multido. Estava determinado a no dizer nada at que obtivesse a ateno deles. Sentia uma ira santa

  • queimando dentro do meu peito. Depois de um minuto, todos se calaram percebendo que algo estava acontecendo na plataforma.

    No me apresentei nem cumprimentei a multido. Ao invs disso, iniciei com esta pergunta: "Como voc se sentiria se, enquanto voc fala com uma pessoa, ela o ignora o tempo todo ou continua conversando com outra pessoa ao lado? Ou se a outra pessoa desviasse os olhos com desinteresse e desrespeito?"

    Fiz uma pausa e, ento, respondi minha prpria pergunta: "Voc no iria gostar disto, iria?"

    Eu continuei a sondagem: "E se cada vez que tocasse a cam-painha para visitar a casa de um vizinho, voc fosse recebido com uma atitude desinteressada e um suspiro de monotonia: oh, voc novamente; entre?"

    Parei novamente, e ento acrescentei: "Voc no o visitaria mais, visitaria?"

    Ento, declarei firmemente: "Voc acha que o Rei dos reis e Senhor dos senhores vai entrar em um lugar onde no recebe a devida honra e reverncia? Voc acha que o Mestre de toda a criao ir falar quando a sua Palavra no respeitada o bastante para ser ouvida atentamente? Se voc acha que sim, voc est enganado!"

    Continuei: "Hoje noite, quando entrei neste lugar, no senti a presena de Deus em nada. Nem no louvor, nem na adorao, nem na exortao e nem durante a oferta. H uma razo: o Senhor nunca est onde no reverenciado. At o presidente do pas receberia todas as honras se estivesse nesta plataforma esta noite, por simples respeito ao seu cargo. Se eu estivesse aqui com um dos seus jogadores de futebol favoritos, muitos de voc estariam sentados beira dos seus assentos, prestando toda ateno. Vocs estariam cheios de expectativa e ouviriam cada palavra que ele falasse. Contudo, quando a Palavra de Deus foi lida alguns momentos atrs, vocs mal a ouviram, porque a avaliaram levianamente".

    Eu continuei, fazendo uma leitura sobre o que Deus requer daqueles que se aproximam dele:

    Mostrarei a minha santidade naqueles que se cheguem a

    mim, e serei glorificado diante de todo o povo (Lv 10:3). Durante uma hora e meia, preguei a mensagem que Deus

    fazia arder no meu corao. As palavras vinham com coragem e autoridade, sem medo do que as pessoas pensariam nem como elas reagiriam.

    "Se eles me mandarem embora deste pas amanh, eu no me importo; prefiro obedecer a Deus", disse a mim mesmo - e

  • estava falando srio. Voc poderia ouvir um alfinete caindo nos momentos de

    silncio entre cada uma das minhas afirmaes. Durante uma hora e meia no houve nenhum rudo na multido. No havia mais desrespeito. O Esprito de Deus havia prendido a ateno das pessoas pela sua Palavra. A atmosfera estava mudando a cada instante. Podia sentir a Palavra de Deus batendo nos coraes endurecidos.

    No final da minha mensagem, pedi a todos os presentes para fecharem os olhos. O chamado para arrependimento foi claro e breve: "Se voc tem tratado como comum o que Deus chama santo, se tem vivido com urna atitude irreverente para com as coisas de Deus, e se hoje noite voc foi convencido pelo Esprito Santo, por meio da sua Palavra, voc est pronto a se arrepender diante do Senhor? Se est, fique em p". Sem hesitar, 75% dos que estavam presentes se colocaram de p.

    Curvei minha cabea e fiz esta orao simples e sincera em voz alta: "Senhor, confirma a tua Palavra pregada hoje, noite, a estas pessoas".

    Imediatamente, a presena do Senhor encheu aquele audit-rio. Embora no tivesse conduzido a congregao em orao, podia ouvir a multido caindo em choro e soluo. Era como se uma onda da presena de Deus tivesse varrido o auditrio, trazendo limpeza e refrigrio. No era possvel que todos os presentes viessem ao altar; assim, dirigi uma orao de arrependimento que poderia ser repetida de onde estavam. Via as pessoas enxugando as lgrimas que escorriam. A maravilhosa presena de Deus permanecia ali.

    Depois de alguns minutos, a sensao da presena de Deus diminuiu. Eu encorajei as pessoas a no perderem a ateno no seu Mestre. Chegai-vos a Deus e ele se chegar a vs outros (Tg 4:8).

    Alguns momentos se passaram, e outra onda da presena de Deus inundou o auditrio. Havia mais lgrimas, pois o pranto se intensificou. A presena de Deus era ainda mais abrangente dessa vez, e mais pessoas foram tocadas pelo Mestre. Isso durou alguns minutos e, ento, novamente diminuiu. Eu exortei as pessoas a no se distrarem entre as ondas de manifestao, mas a manterem seus coraes atentos.

    Alguns minutos depois, ouvi o Esprito de Deus sussurrar no meu corao: "Eu estou voltando mais uma vez". Imediatamente senti isso e disse: "O Esprito de Deus est voltando novamente!"

    O que escrevo agora de modo algum pode representar, com preciso, o que aconteceu logo depois. Minhas palavras so to limitadas, e Deus to tremendo! Tambm no vou exagerar, pois

  • isso seria irreverente. Consultei trs outros lderes que estavam presentes para esclarecer e confirmar o que descrevo a seguir.

    No mesmo instante em que pronunciei a palavra "novamen-te", aconteceu o seguinte: a nica maneira que poderia descrever isso comparando como se eu estivesse a uns cem metros do fim de uma pista, com um enorme jato vindo em minha direo. Isso descreve o rugido do vento que soprou imediatamente sobre aquele auditrio. Quase simultaneamente, as pessoas irromperam em fervorosa e intensa orao, com suas vozes elevando-se e reunindo-se num clamor unssono.

    Quando ouvi o rugir do vento pela primeira vez, pensei que um jato estivesse passando bem em cima do edifcio. De maneira alguma queria atribuir a Deus algo que Ele realmente no estivesse fazendo. Minha mente rapidamente tentou se lembrar da distncia do aeroporto. Mas no ficava perto daquele edifcio, e durante duas horas no houve nenhum som de avio sobrevoando aquele local.

    Eu me voltei para o Esprito e percebi que podia sentir a pre-sena de Deus de uma maneira tremenda, e que as pessoas estavam explodindo em oraes. Certamente isso no era uma reao ao som de um avio passando por cima do prdio.

    Se fosse um avio, teria que estar voando numa altitude de no mais do que cem metros sobre o edifcio para provocar um barulho to forte como aquele. E alm disso, no poderia ouvir um rudo to forte, acima do estrondo de trs mil pessoas orando ruidosamente.

    O som que eu ouvi era muito mais alto e claramente superava todas as vozes. Mesmo com isso resolvido em minha mente - que o vento era o vento do Esprito Santo - no disse nada.

    No queria transmitir uma informao inexata ou tentar seduzir as pessoas com afirmaes fervorosas de manifestao espiritual. O rugido desse vento durou aproximadamente dois minutos. Quando diminuiu, deixou no seu rastro pessoas que oravam e choravam. A atmosfera ficou impregnada de reverncia santa. A presena do Senhor era muito real e poderosa.

    O resultado tremendo da sua presena ainda perdurou por quinze ou vinte minutos. Passei o plpito para o lder e pedi para ser levado embora imediatamente. Muitas vezes, permaneo no local e converso com as pessoas depois de um culto, mas, naquele momento, qualquer conversa casual parecia imprpria. Os lderes me pediram que me reunisse com eles para o jantar, mas recusei. Ainda trmulo pela presena de Deus, respondi: "No, eu apenas quero voltar para o meu quarto no hotel".

    Eles me levaram at o carro. Voltei para o hotel

  • acompanhado pelo pr. Gary Haynes, Ludmila Ferber e seu marido, que eram os lderes. Aquela mulher era uma cantora que j havia gravado e sua msica era popular no pas.

    Ela entrou no carro chorando: "Vocs ouviram o vento?" Eu respondi depressa: "Aquilo era um avio". (Embora

    sentisse no meu corao que no era, queria a confirmao e estava determinado a no ser o primeiro a dizer alguma coisa).

    "No", ela declarou e balanou a cabea, "era o Esprito do Senhor".

    Ento, seu marido, um homem que achei ser muito quieto e reservado, firmemente afirmou: "No havia nenhum avio em qualquer lugar perto do edifcio".

    "Realmente!"- eu exclamei. Ele continuou: "Alm disso, o som daquele vento no passou

    pela caixa de ressonncia, no houve nenhuma leitura na caixa, nem registro de qualquer rudo". Permaneci calado, em profunda reverncia.

    Mais tarde, descobri a razo daquele homem ter tanta certeza de que o vento que ns ouvimos no tinha sido causado por uma aeronave.

    Havia seguranas e policiais fora do prdio, que informaram ter ouvido um som poderoso que vinha l de dentro. Do lado de fora, no houve vento, mas apenas outra tranquila noite brasileira.

    Sua esposa continuou, com lgrimas rolando pela face: "Eu vi ondas de fogo que caam pelo edifcio e anjos em todos os lugares!"

    Mal podia acreditar no que escutava. Tinha ouvido essa mes-ma descrio feita por um ministro dois meses antes, durante as reunies na Carolina do Norte. Havia pregado sobre o temor do Senhor, e a presena de Deus caiu poderosamente sobre aquela reunio - mais de cem crianas choraram copiosamente durante uma hora. Uma ministra visitante falou para o pastor que ela havia visto ondas de bolas de fogo caindo sobre o edifcio. Isso tambm havia sido confirmado por trs membros do coral.

    Naquele momento, s queria estar a ss com o Senhor. Uma vez na privacidade do meu quarto do hotel, tudo que queria fazer era adorar e orar.

    Estava programado para eu ministrar em mais um culto antes de partir para o Rio de Janeiro. Dessa vez, quando entrei no auditrio, a atmosfera estava totalmente diferente. Podia sentir que o respeito pelo Senhor havia sido restaurado. A msica no era meramente boa e sem a presena de Deus; era maravilhosa, ungida, e a presena do Senhor era doce.

  • Davi diz: Entrarei na tua casa e me prostrarei diante do teu santo templo, no teu temor (SI 5:7). Toda verdadeira adorao ancorada em uma reverncia da sua presena, pois Deus diz: [...] e reverenciareis o meu santurio: Eu sou o Senhor (Lv 19:30).

    Naquele segundo culto, muitos receberam libertao e cura.

    Outros que estavam aprisionados pela amargura e tinham abrigado ofensas foram libertos. Onde o Senhor reverenciado, sua presena se manifesta - e onde a sua presena se manifesta, as necessidades so supridas.

    Agora ns podemos entender a insistncia de Davi: Temei o Senhor, vs os seus santos, pois nada falta aos que o temem (Sl 34:9).

    Esta a mensagem que voc tem em suas mos hoje - o temor do Senhor, nestas pginas, ns vamos procurar, com ajuda do Esprito Santo, no somente o significado do temor do Senhor, mas o que caminhar nos tesouros da sua verdade. Ns vamos aprender sobre o julgamento que recai sobre ns quando h falta do santo temor, como tambm sobre os benefcios gloriosos encontrados no temor de Deus.

    H pessoas que so rpidas para reconhecei Jesus como

    salvador, curador e libertador. Contudo, reduzem a sua glria ao nvel dos homens corruptveis por meio das suas aoes atitudes do corao.

  • CAPTULO 2

    GLRIA TRANSFORMADA Pois quem nos cus comparvel ao Senhor? Entre os seres

    celestiais, quem semelhante ao Senhor? Deus sobremodo tremendo na assemblia dos santos e temvel sobre todos que o rodeiam (Sl 89:6-7).

    Antes de discutirmos o temor do Senhor, temos que ter uma

    idia da grandeza e da glria do Deus que servimos. O salmista, primeiramente, declara as tremendas maravilhas

    de Deus c depois faz a exortao para tem-lo. O que ele disse, numa linguagem moderna, poderia ser: "Quem no universo pode se comparar ao Senhor?" Ele quer que ns meditemos na glria insondvel de Deus, pois, como podemos respeit-lo e honr-lo devidamente se ns permanecemos inconscientes da sua grandeza ou do motivo pelo qual Ele merece isto?

    FAMOSO, CONTUDO, DESCONHECIDO Para explicar isso, vamos imaginar algum que famoso no

    pas mais poderoso da Terra. Ele um homem talentoso e culto. Todas as pessoas no seu pas conhecem sua grandeza e fama. um inventor com as mais excelentes e significativas contribuies cientficas e descobertas conhecidas pelo homem. o atleta mais excelente desse pas. De fato, ningum pode competir com ele em qualquer rea da vida. Alm de tudo isso, o rei e um governante muito sbio.

    Em todos os nveis e em todos os lugares do pas, recebe um tremendo respeito e honra. Grandes desfiles e gloriosas recepes so oferecidas em sua honra.

    Agora, o que aconteceria se esse rei viajasse para outro pas, onde sua posio e grandeza fossem desconhecidas? Que tipo de recepo ele teria num pas estranho, inferior, em todos os sentidos, ao seu grande pas?

    Embora os maiores homens daquele pas estejam abaixo do nvel desse governador, ainda assim esse nobre rei decide visitar aquele lugar, como um homem comum, sem vestes reais, sem sua comitiva de nobreza, fora de segurana, conselheiros ou criados. Ele vai sozinho. Como ser tratado?

    Para simplificar, no ser tratado de maneira diferente do que seria qualquer outro estrangeiro. Embora esse homem seja muito maior do que o mais poderoso homem da nao, receber pouco ou nenhum respeito. Ele at mesmo poder, ser tratado

  • com desprezo, simplesmente porque um estrangeiro. Suas invenes e descobertas cientficas tm beneficiado grandemente aquela nao; contudo, as pessoas ainda no o conhecem e, consequentemente, no lhe daro o respeito e a honra que ele merece.

    Agora, veja o relato de Joo a respeito de Jesus, Emanuel, Deus manifestado em carne:

    O "Verbo estava no mundo e o mundo foi feito por intermdio

    dele, mas o mundo no o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus no o receberam (Jo 1:10-11).

    muito triste que Aquele que criou o universo e o prprio

    mundo em que vivemos no tenha recebido as boas-vindas e a honra que merece. Ainda mais trgico, veio para os que eram , aqueles que o esperaram e conheciam sua aliana, aqueles a quem Ele havia libertado vrias vezes pelo seu poder; contudo, no recebeu honra. Embora as pessoas falassem sobre sua vinda, frequentassem o templo regularmente com essa expectativa da e orassem pelas bnos que acompanhavam seus mandamentos, eles no o reconheceram quando Ele veio.

    Seu prprio povo no reconheceu a grandeza daquele que professavam servir fielmente. Os israelitas no apenas eram ignorantes da grandeza do poder de Deus, mas tambm eram igualmente ignorantes da grandeza da sua sabedoria. Portanto, no de se admirar que no tenham dado a Ele o temor ou a reverncia que merecia. Deus explicou:

    ...Visto que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca e

    com os seus lbios me honram, mas o seu corao est longe de mim, e o seu temor para comigo consiste s em mandamentos de homens... (Is 29:13)

    Ele disse: Seu temor para comigo consiste s em mandamentos de homens. Ele est dizendo que as pessoas tinham reduzido a glria do Senhor glria do homem corruptvel. Serviram a Deus na imagem que haviam criado, no segundo a verdadeira imagem de Deus, mas segundo seus prprios padres.

    TRANSFORMANDO A GLRIA DO DEUS INCORRUPTVEL Isso no se limitou gerao de Jesus, embora se tenha

    estendido por todo o tempo durante a poca dele. O mesmo erro se repetiu ao longo das geraes daqueles a quem foram entregues e supostamente confiados os orculos de Deus.

    Ns vemos essa irreverncia demonstrada at mesmo na transgresso de Ado. Ele deu ouvidos sabedoria da serpente:

  • Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abriro os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal (Gn 3:5).

    ... O Deus, quem, semelhante a ti? - o salmista pergunta no Salmo 71:19. Assim, era intil Ado pensar que ele ainda poderia ser como Deus, mesmo estando separado dele. Na vaidade da sua mente, Ado reduziu Deus ao nvel de um mero homem.

    Se voc olhar o pecado dos filhos de Israel no deserto, voc descobrir a mesma raiz como a causa da sua rebelio. Seu temor de Deus foi amoldado pela prpria imagem errnea da sua glria.

    Moiss subiu ao Monte Sinai para receber a Palavra de Deus. Vrios dias se passaram, ento o povo[...] acercou-se de Aro (x 32:1). Sempre surgem problemas quando as pessoas se renem em sua prpria sabedoria, apartadas do poder e da presena de Deus. Em vez de esperar que Ele d as ordens, as pessoas se renem e tentam fazer algo para satisfazerem a si mesmas. O que apenas Deus pode prover substitudo por uma imitao temporria.

    Eles tinham visto o poder de Deus se manifestar vrias vezes; contudo, fizeram um bezerro de ouro. Hoje, isso pode parecer ridculo, mas no era to ridculo para os israelitas. Por mais de quatrocentos anos, eles tinham visto objetos semelhantes no Egito. Era um aspecto familiar da cultura egpcia e, portanto, comum.

    Uma vez feito, o bezerro de ouro foi trazido diante das pessoas que, de comum acordo, disseram: ...So estes, Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito! (x 32:4) Ento, uma proclamao foi feita pelo seu lder: ...Amanh ser festa ao Senhor(x 32:5). Para compreender o que estavam dizendo, temos de olhar a palavra hebraica para "Senhor", no versculo 5. E a palavra Yehovah, tambm conhecida como Jeov ou Yahweh. Esta palavra definida como "Aquele que existe", o nome prprio do Deus verdadeiro.

    Eles usaram o nome do nico Deus verdadeiro. Este era o nome daquele sobre quem Moiss pregou, o nome daquele com quem Abrao tinha uma aliana, o nome daquele a quem ns servimos. Jeov no usado para descrever nenhum dos falsos deuses na Bblia. Este nome, Jeov ou Yahweh, era to sagrado que mais tarde no foi permitido aos escribas hebreus escreverem a palavra por completo; eles omitiam as vogais intencionalmente em reverncia santidade do nome.

    Assim, as pessoas, como tambm os lderes, apontaram para aquele bezerro dourado e o chamaram de Jeov, o Deus verdadeiro que libertara do Egito! No disseram: "Este Baal, aquele que libertou vocs do Egito", nem usaram o nome de

  • qualquer outro falso deus. Deram quele bezerro o nome do Senhor, reduzindo, assim, a grandeza do Senhor a termos comuns e imagens finitas, com os quais eles estavam to familiarizados.

    interessante notar que os israelitas ainda reconheceram que Jeov os libertara de sua escravido. No negaram o que Deus fez; apenas reduziram a grandeza a um nvel com o qual estavam mais acostumados a lidar. A sada do Egito, no Velho Testamento, um tipo que representa o sair do mundo e ser salvo, como ensina o Novo Testamento. Os acontecimentos naturais do Velho Testamento so tipos e figuras do que haveria de vir no Novo Testamento.

    SERVINDO A DEUS NAS IMAGENS QUE NS FIZEMOS Agora veja o que Paulo escreve para ns, no Novo

    Testamento: Porque os atributos invisveis de Deus, assim o seu eterno

    poder, como tambm a sua prpria divindade, claramente se reconhecem, desde o princpio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens so por isso indesculpveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, no o glorificaram como Deus, nem lhe deram graas; antes, se tornaram nulos em seus prprios raciocnios, obscurecendo-se-lhes o corao insensato (Rm 1:20,21).

    Note que eles no o glorificaram como Deus. Os filhos de Is-

    rael reconheceram a libertao de Jeov, mas no deram a Ele a honra, a reverncia ou a glria que merecia. Bem, isso no mudou muito. Basta olhar para o que Paulo diz sobre as pessoas que viviam nos tempos do Novo Testamento, que no davam a Deus a reverncia merecida:

    e mudaram a glria do Deus incorruptvel em semelhana da

    imagem do homem corruptvel (Rm 1:23). Novamente ns vemos reduzida a imagem gloriosa do Deus

    verdadeiro. Desta vez no reduzida a um bezerro, mas imagem do homem corruptvel. Israel estava rodeado por uma sociedade que adorava imagens de ouro semelhana de animais e insetos. A igreja de hoje est rodeada por uma cultura que adora o homem.

    Durante os ltimos anos, esta declarao tem, constantemente, percorrido minha mente: "Ns servimos a Deus na imagem que ns temos feito".

    Em minhas viagens a centenas de igrejas, tenho encontrado

  • uma linha de pensamento que reduz a imagem e a glria de Deus imagem de mero homem corruptvel. Esta mentalidade permeia a igreja.

    H pessoas que so rpidas para reconhecer Jesus como salvador, curador e libertador. Com aboca, reconhecem o senhorio de Jesus; contudo, reduzem sua glria ao nvel de homem corruptvel por meio das suas aes e atitudes do corao.

    Elas dizem: "Deus meu amigo, compreende o meu corao". verdade que Deus compreende os nossos coraes do modo mais completo do que ns mesmos podemos entender. Mas, normalmente, este comentrio emitido com o objetivo de justificar as aes que contradizem sua aliana. O fato que esto em desobedincia Palavra de Deus. Nas Escrituras, as nicas pessoas que eu vejo Deus chama de amigos so aqueles que tremem com a sua Palavra, a Sua presena e so rpidos para obedecer, no importa o preo.

    Portanto, Ele no recebe a honra e a reverncia que merece, seno eles o obedeceriam imediatamente. Com seus lbios honram a Deus, mas seu temor para com Ele ensinado por mandamentos de homens. Filtraram a Palavra de Deus e seus mandamentos por meio do seu prprio pensamento influenciado pela cultura. A imagem que eles tm da glria de Deus formada por suas percepes limitadas, ao invs de ser formada pela sua verdadeira imagem, revelada por meio da sua Palavra viva.

    Isso predispe esses homens e mulheres a serem rpidos para criticarem a autoridade, como nossa sociedade to rpida em fazer. Ns temos programas de televiso, desde humor at programas de entrevistas, que constantemente criticam a autoridade. A mdia zomba da autoridade constituda e exalta o desobediente e o rebelde. Mas, e se a liderana realmente corrupta? O que Deus diz a respeito disto? Ele diz: No falar mal de uma autoridade do teu povo (At 23:5). Contudo, ns presumimos que Deus aprova a crtica liderana corrupta porque ns reduzimos sua resposta ao nvel da nossa sociedade, reduzindo-o imagem de homem corruptvel, at mesmo em nossas igrejas.

    Eu tenho ouvido lderes de igreja justificarem um divrcio com: "Deus quer que eu seja feliz". Eles, na verdade, crem que sua felicidade tem primazia sobre sua obedincia Palavra de Deus e sobre a aliana que fizeram com Deus.

    Um lder me falou: "John, eu decidi me divorciar da minha mulher porque ns no nos demos bem por dezoito anos. Ns no assistimos a filmes juntos nem fazemos coisas divertidas. Voc sabe que eu amo Jesus, e se eu no estiver fazendo a coisa certa, Ele me mostrar". Por que Deus nos concederia uma audincia

  • particular com , quando ns ignoramos o que j declarou? De alguma maneira, esses indivduos tm distorcido as pala-

    vras de Jesus para justificarem uma exceo para eles mesmos. como se Jesus dissesse: "Quando disse na minha Palavra que odiava o divrcio, isto no se aplica a voc. Eu quero que voc seja feliz e tenha um cnjuge com quem voc possa se divertir. V em frente e consiga o divrcio. Se for errado, voc pode se arrepender mais tarde".

    Este o modo como a nossa sociedade pensa. Nossas pala-vras no ditas declaram: "O preto e branco existem para os outros, mas para mim, cinza. errado para os outros porque isto no me afeta, mas se obedecer torna minha vida desconfortvel, ento estou isento de obedecer!"

    Quando isto feito individualmente, tambm ser feito coletividade. Assim, no surpreendente que na igreja a glria de Deus seja reduzida ao grau de homem corruptvel, da vida de pessoas que constituem a liderana da igreja s mensagens pregadas no plpito.

    Que tipo de mensagem esta reduo da glria de Deus trans-mite congregao? Ela diz: "Deus no quer dizer isso ou fazer o que Ele diz". Ento, ns nos perguntamos por que o pecado corre solto entre ns e por que o temor de Deus foi perdido. No de se admirar que os pecadores se assentem passivamente em nossos bancos e no se arrependam com nossa pregao. No de se admirar que a frieza prevalece em nossas "igrejas baseadas na Bblia". Tambm no de se admirar que as vivas, os rfos, os homens e as mulheres encarcerados e os doentes sejam neglicenciados pelos crentes.

    Frequentemente, as mensagens que ns pregamos durante os ltimos vinte anos nos plpitos e nas rdios tm dado a Deus a aparncia de "Papai Noel do cu", cujo desejo nos dar tudo o que queremos e quando queremos. Isto gera uma obedincia de vida curta por motivos egostas. Pais que criam seus filhos desta maneira acabam tendo crianas mimadas. Crianas mimadas no tm o verdadeiro respeito autoridade, especialmente quando no conseguem o que querem e quando querem. Sua falta de reverncia pela autoridade as leva a ficarem facilmente ofendidas com Deus.

    Como podemos ver a reverncia ser restaurada, quando temos nos afastado tanto da sua glria? Como a obedincia pode prevalecer quando a desobedincia e a rebelio so consideradas normais? Deus vai restaurar seu santo temor no seu povo e os trar de volta para si, para que possam lhe dar a verdadeira glria e honra que digno de receber. Ele prometeu: Porm, to certo como eu vivo e como toda a terra se encher da glria do Senhor

  • (Nm 14:21). Quanto maior for a nossa compreenso da grandeza de Deus,

    maior ser a nossa capacidade para tem-lo ou reverenci-lo.

  • CAPTULO 5

    O SERMO DO UNIVERSO ...A minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja [...] para

    ver a tua fora e a tua glria (Sl 63:1, 2). Para darmos a Deus a devida reverncia, ns temos que bus-

    car o conhecimento da grandeza da sua glria. Este foi o clamor do corao de Moiss quando corajosamente declarou: ...Rogo-te que me mostres a tua glria (x 33:18).

    Quanto maior for a nossa compreenso da grandeza de Deus (embora em si mesma ela seja incompreensvel), maior ser a nossa capacidade para tem-lo ou reverenci-lo. Esta a razo porque o salmista nos encoraja: Deus o Rei de toda a terra; salmodiai com harmonioso cntico (SI 47:7). Ns somos convidados a contemplar a sua grandeza.

    O salmista ainda nos diz: Grande o Senhor e mui digno de ser louvado; a sua grandeza insondvel (SI 145:3). Isto me leva a recordar a histria da morte de Santo Agostinho. Agostinho foi um dos maiores lderes da sua poca. Seus escritos expunham as tremendas maravilhas do nosso Deus. Por mais de mil anos faz-se referncia aos seus escritos. Um dos seus grandes trabalhos intitulado "A Cidade de Deus".

    Em seu leito de morte, cercado por seus amigos mais ntimos, quando Agostinho se foi para estar com o Senhor, sua respirao cessou, seu corao parou, e uma sensao maravilhosa de paz encheu o quarto. De repente, seus olhos se reabriram, e com as faces brilhando, declarou aos que estavam presentes: "Eu vi o Senhor. Tudo o que eu escrevi apenas palha". Ento partiu para o seu lar eterno.

    SANTO, SANTO, SANTO... Isaas teve uma viso da insondvel glria de Deus. Viu o

    Senhor na sala do seu trono, alto e elevado, e a sua glria enchia a sala. Ao seu redor estavam grandes anjos chamados serafins que, por causa da magnfica glria de Deus, cobriam suas faces com as asas e clamavam:

    ...Santo, santo, santo o Senhor dos Exrcitos; toda a terra

    est cheia da sua glria (Is 6:3). Ns cantamos estas mesmas palavras em nossas igrejas em

    forma de hinos. Porm, na maioria das vezes, nossos louvores

  • soam sem a paixo que encontramos nesses anjos. Voc provavelmente ver as pessoas bocejarem ou olharem para os lados enquanto cantam as palavras do hino. Oh, como diferente a atmosfera na sala do trono de Deus!

    Esses poderosos e tremendos anjos no esto aborrecidos ou inquietos; no esto apenas cantando canes agradveis. No dizem: "Deus, eu tenho cantado esta cano diante do Teu trono por milhes de anos. Tu no achas que poderia ser feita uma substituio? Eu gostaria de explorar outras partes do cu". De modo algum! Eles no desejariam estar em nenhum outro lugar, a no ser clamar e cantar louvores diante do trono de Deus.

    Esses anjos espetaculares no esto apenas cantando uma cano. Esto respondendo quilo que vem. A cada momento, atravs dos olhos fechados, vem brevemente uma outra faceta e uma dimenso maior da glria de Deus sendo revelada. Impressionados, clamam: "Santo, santo, santo!" De fato, seu harmonioso clamor to alto que os batentes da porta so abalados por suas vozes e toda a sala se enche de fumaa. Uau! Algo que faria as ondas de som sacudirem um edifcio aqui na Terra, mas tremer os batentes da arquitetura celestial uma outra questo! Esses anjos esto ao redor do trono de Deus por tempos incontveis, por tempos imensurveis. Porm, experimentam uma revelao perptua do poder de Deus e da sua sabedoria. A grandeza de Deus verdadeiramente insondvel.

    SUAS OBRAS FALAM SOBRE SUA GLRIA No captulo anterior, ns falamos sobre a grande loucura do

    homem: reduzir a glria do Senhor nossa imagem e medida do homem corruptvel. Ns comprovamos isto num grau alarmante na igreja. No restante deste captulo, ns nos dedicaremos a tentar compreender apenas um pedacinho da glria de Deus e de como revelada em sua criao. Vamos olhar alm do natural e meditar na maravilha do que descrito, pois sua criao prega um verdadeiro sermo e nos fornece pontos para ponderar.

    O Salmo 145:10-11 diz: Todas as tuas obras te rendero graas, Senhor; [...]falaro da glria do teu reino, e confessaro o teu poder.

    Eu tenho quatro filhos. Houve um perodo em que eles eram interessados demais em um certo jogador de basquete profissional. Ele um dos atletas mais populares nos Estados Unidos e idolatrado por muitos nesta nao. Estavam acontecendo os jogos da Liga Americana de Basquete, e eu ouvia o nome desse jogador continuamente atravs da imprensa, dos meus filhos e dos seus amigos.

    Estava com minha famlia ministrando na costa Atlntica.

  • Ns havamos acabado de chegar da praia, onde os meninos tinham cado na gua e pulado as ondas. Depois de nadarmos, enquanto nos secvamos, eu me sentei com meus trs filhos mais velhos para um bate-papo.

    Apontando a janela, eu perguntei: "Meninos, que grande oceano l fora, hein?"

    Em unssono, eles responderam: ", papai". Eu continuei: "A gente s pode avistar cerca de dois ou trs

    quilmetros mas o oceano, na verdade, tem milhares de quilmetros".

    Enrolados no calor e no conforto das toalhas, os meninos falaram com olhos arregalados. "Uau!"

    "E este aqui ainda no o maior oceano; h outro maior chamado Oceano Pacfico. Depois, h mais dois alm destes."

    Os meninos balanaram a cabea, em silncio, maravilhados, enquanto ouviam o poder das ondas da mar alta que se quebravam l fora.

    Sabendo, at certo ponto, que meus filhos haviam compreendido a vasta imensido de gua que havia descrito, perguntei: "Meninos, vocs sabem que Deus pesou toda a gua que vocs vem, e tudo aquilo que eu h pouco descrevi, na palma da sua mo?" (Is 40:12)

    O rosto deles demonstrou uma verdadeira admirao. Antes, eles ficavam impressionados porque aquela famosa figura do esporte podia segurar uma bola de basquete com uma mo! Segurar uma bola de basquete em uma mo parecia insignificante agora.

    "Vocs sabem o que mais a Bblia diz sobre como Deus grande?"- perguntei.

    "O qu, papai?" "A Bblia declara que Deus pode medir o Universo com a pal-

    ma da sua mo"(Is 40:12). Espalmando minha prpria mo diante deles, demonstrei que um palmo era a distncia da extremidade do meu dedo polegar extremidade do meu dedo mnimo. "Deus pode medir o universo com a distncia do seu dedo polegar extremidade do seu dedo mnimo!"

    O SERMO SEM FIM O prprio Universo anuncia a glria do Senhor. Leia as pa-

    lavras inspiradas de Davi: Os cus proclamam a glria de Deus e o firmamento anuncia

    as obras das suas mos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. No h linguagem, nem h palavras, e deles no se ouve nenhum som; no entanto, por toda a

  • terra se faz. ouvir a sua voz, e a suas palavras, at aos confins do mundo (Sl 19:1-4).

    Pare por um momento e pondere sobre a amplitude ilimitada

    do Universo. Faa isso e voc ter uma vaga idia da glria ilimitada de Deus! Nas palavras de Davi: "O universo proclama a glria de Deus". A criao de Deus no limitada Terra, ela abrange at mesmo o universo desconhecido. Ele organizou as estrelas nos cus com seus dedos (SI 8:3). Para a maioria de ns, difcil compreender a imensido do universo.

    Alm do nosso Sol, a estrela mais prxima est a 4,3 anos-luz de distncia. Vamos explicar o seguinte: a luz viaja velocidade de 299.727 quilmetros por segundo, no por hora, mas por segundo. Isto , aproximadamente 1.078.030.000 quilmetros por hora. Nossos avies voam a aproximadamente 800 quilmetros por hora.

    A rbita da Lua est a aproximadamente 384.551 quilmetros da Terra. Se ns viajssemos de avio Lua, isso levaria dezenove dias. Mas a luz consegue chegar l em 1,3 segundos!

    Vamos continuar. O Sol est a 149.637.000 quilmetros da Terra. Se voc tomar um avio a jato hoje e viajar rumo ao Sol, sua jornada levaria mais de vinte e um anos! E isso sem parar! Onde voc estava h vinte e um anos atrs? Isso muito tempo. Voc pode imaginar voar esse longo tempo, sem um momento de intervalo, para chegar ao Sol? Para aqueles que preferem dirigir... bem, essa faanha no poderia ser feita em toda a vida. Levaria aproximadamente duzentos anos, no incluindo qualquer parada para abastecer o carro ou descansar! Porm, a luz viaja essa dis-tncia em meros oito minutos e vinte segundos!

    Vamos deixar o Sol e passar para a estrela mais prxima. Ns j sabemos que ela est a 4,3 anos-luz da Terra. Se ns construssemos um modelo em escala da Terra, do Sol e da estrela mais prxima, o resultado seria o seguinte: em proporo, a Terra se reduziria ao tamanho de um gro de pimenta, e o Sol seria do tamanho de uma bola de oito polegadas de dimetro. De acordo com essa escala de medidas, a distncia da Terra ao Sol seria de quase vinte e quatro metros, que apenas um quarto da largura de um campo de futebol. Mas, lembre-se de que para medir essa distncia de vinte e quatro metros, um avio levaria mais de vinte e um anos!

    Assim, se essa a proporo da Terra em relao ao Sol, voc consegue imaginar a que distncia a estrela mais prxima estaria da nossa Terra de gro de pimenta? Voc pensaria em mil metros, dois mil ou talvez trs mil metros? Nem sequer chega

  • perto disso. Nossa estrela mais prxima seria colocada a 6,4 mil quilmetros distante do gro de pimenta! Isso significa que se voc colocar a Terra gro de pimenta em San Diego, Califrnia, a estrela mais prxima em nosso modelo em escala seria posicionada para l da cidade de Nova Iorque, no Oceano Atln-tico, mais de mil e quinhentos quilmetros dentro do mar!

    Para alcanar essa estrela mais prxima atravs de avio, levaria aproximadamente uns cinqenta e um bilhes de anos, sem parar! Isto , 51.000.000.000 de anos! Contudo, a luz dessa estrela viaja para a Terra em apenas 4,3 anos!

    Vamos ampliai- este pensamento. As estrelas que voc v noite, a olho nu, esto de cem a mil anos-luz de distncia. Porm, h algumas estrelas que voc pode ver a olho nu, que esto a quatro mil anos luz. Eu nem mesmo poderia tentar calcular a quantidade de tempo que levaria para um avio alcanar apenas uma dessas estrelas. Mas, pense nisto: a luz viaja a uma velocidade de 299.727 quilmetros por segundo, e ainda leva quatro mil anos para chegar a Terra. Isso significa que a luz dessas estrelas foi lanada antes de Moiss dividir as guas do Mar Vermelho e viajou uma distncia de um bilho, setenta e oito milhes e trinta mil quilmetros por hora, sem reduzir a velocidade ou sem parar desde ento, e est chegando na Terra neste exato momento!

    Mas essas so apenas as estrelas na nossa galxia, que um ajuntamento vasto de normalmente bilhes de estrelas. A galxia na qual moramos chamada Via Lctea. Assim, vamos continuar.

    A galxia mais prxima da nossa a de Andrmeda. Sua distncia da nossa galxia de aproximadamente 2,31 milhes de anos-luz! Imagine, mais de dois milhes de anos-luz de distncia! Ns j chegamos ao limite da nossa compreenso?

    Os cientistas calculam a existncia de bilhes de galxias, cada uma delas contendo bilhes de estrelas. Elas tendem a se agrupar. A galxia de Andrmeda e a nossa Via Lctea so parte de um agrupamento de, pelo menos, trinta galxias. Outros agrupamentos podem conter outro tanto de milhares de galxias.

    O The Guinness Book of World Records (o livro de recordes mundiais) afirma que, em junho de 1994, foi descoberto um novo grupo de galxias em forma de casulo. O comprimento desse grupo de galxias foi calculado em seiscentos e cinquenta milhes de anos-luz! Voc pode imaginar quanto tempo levaria para atravessar uma distncia to vasta, de avio?

    O The Guinness Book of World Records tambm afirma que o mais remoto objeto j visto pelo homem parece estar a mais de 13,2 bilhes de anos-luz de distncia. Nossas mentes finitas nem

  • mesmo podem comear a compreender a distncia dessa imensido. Ns mal conseguimos ver as extremidades dos grupos de galxias, quanto mais as extremidades do universo. E Deus pode medir tudo isso com a palma da sua mo! Para completar, o salmista nos diz: Conta o nmero das estrelas, chamando-as todas pelo seu nome. Grande o Senhor nosso, e mui poderoso; o seu entendimento no se pode medir (SI 147:4, 5). Ele no somente pode contar os bilhes e bilhes de estrelas, mas sabe o nome de cada uma delas! No de se admirar que o salmista exclame: Seu entendimento no se pode medir.

    Salomo disse: Mas, de fato habitaria Deus na terra? Eis que os cus e at os cu dos cus, no te podem conter... (1 Rs 8:27) Voc est conseguindo compreender melhor a glria da Deus?

    A GLORIOSA SABEDORIA DE DEUS REVELADA NA CRIAO O Senhor fez. a terra pelo seu poder; estabeleceu o mundo por

    sua sabedoria... (Jr 10:12) No somente a grandeza e o poder da glria de Deus so vis-

    tos na criao, mas tambm a sua grande sabedoria e conhecimento. A cincia tem gasto anos e enormes quantias em dinheiro para estudar o funcionamento deste mundo natural. Os desgnios de Deus e os blocos de construo permanecem uma maravilha.

    Todas as formas de vida criada tm por base as clulas. As clulas so os blocos de construo do corpo humano, das plantas, dos animais e de tudo o que vive. O corpo humano, que em si mesmo uma maravilha de engenharia, contm cerca de 100.000.000.000.000 clulas - (voc consegue ler este nmero?) - dentre as quais h uma variedade imensa. Em sua sabedoria, Deus designou estas clulas para desempenharem tarefas especficas. Elas crescem, se multiplicam e afinal morrem na hora certa.

    Embora invisveis a olho nu, as clulas no so as menores partculas conhecidas pelo homem. Elas so constitudas por um grande nmero de estruturas menores ainda, chamadas molculas, e as molculas so compostas de estruturas menores ainda - chamadas elementos - e dentro dos elementos ainda podem ser encontradas estruturas ainda mais minsculas, chamadas tomos.

    Os tomos so to pequenos, que o ponto no final desta sen-tena contm mais de um bilho deles. Um tomo to minsculo, que composto quase completamente de espao vazio.

  • O restante do tomo composto de prtons, nutrons e eltrons. Os prtons e os nutrons esto agrupados a um ncleo minsculo e extremamente denso, bem no centro do tomo. Um pequeno feixe de energia chamado eltrons vibram ao redor desse ncleo velocidade da luz. Eles so o ncleo dos blocos de construo que mantm todas as coisas unidas.

    Assim, onde o tomo adquire sua energia? E que fora man-tm unidas suas partculas de energia? Os cientistas chamam isso de energia atmica. Este apenas um termo cientfico para descrever o que eles no conseguem explicar, pois Deus j disse que Ele est sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder (Hb l:3). Colossenses 1:17 diz: Nele, tudo subsiste.

    Pare e pondere sobre isto por apenas um momento. A est o glorioso Criador a quem nem sequer o universo pode conter. O universo medido pela palma da sua mo; contudo, Ele to minucioso nos seus desgnios em relao pequenina Terra e suas criaturas, que deixa a cincia moderna confusa aps anos de estudo.

    Agora, voc pode entender mais claramente o salmista quando ele declara: Graas te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste... (SI 139:14). Voc tambm pode ver, especialmente nesta dispensao, com todo o conhecimento cientfico que ns acumulamos at agora, o motivo pelo qual a Palavra diz: Diz o insensato no seu corao: No h Deus... (SI 14:1)

    claro que muitos livros podem ser escritos sobre as maravilhas e a sabedoria da criao de Deus. Este no meu objetivo aqui. Meu propsito despertar espanto e admirao pelas obras das mos de Deus, porque elas proclamam a sua magnfica glria!

    "NS VEMOS ISTO, PAPAI" Voltando ao caso dos meus filhos, depois de relatar todas

    estas informaes cientficas em termos que eles pudessem entender, eu conclu: "Ento vocs esto impressionados com um homem que pode saltar de uma linha de quatro metros e meio em uma quadra de basquete e pode colocar uma bola cheia de ar dentro de um pequeno aro?"

    Eles disseram: "Ns vemos isto, papai!" "O que este jogador de basquete tem, que Deus no tenha

    dado a ele?", questionei. de basquete agora so chamados "cartes de orao". Eles

    esto orando pela salvao daqueles homens que os outros vem como heris. Agora, voc pode entender um pouco melhor o que Deus realmente estava querendo dizer, quando perguntou a J:

  • Quem primeiro me deu a mim, para que eu haja de retribuir-lhe ? Pois o que est debaixo de todos os cus meu (J 41:11).

    O QUE O HOMEM? Quando contemplo os teus cus, obra dos teus dedos, e a lua

    e as estrelas que estabeleceste, que o homem para que dele te lembres? E o filho do homem, para que o visites? (Sl 8:3, 4)

    Eu creio, embora eu no possa provar, que o Salmo 8

    registra a reao de um anjo criao de um dos poderosos anjos serafins, que esto ao redor do trono de Deus. Pare e pense nisto e tente ver atravs dos olhos desse anjo. Este tremendo e poderoso Deus, que criou o Universo e ps as estrelas no lugar com os seus dedos, agora vem para um pontinho de um planeta chamado Terra e transforma o que parece ser um pequenino e insignificante pontinho de p, no corpo de um homem.

    Mas o que realmente impressiona esse anjo o enfoque total da ateno de Deus. Ela est completamente fixa neste ser chamado homem. O salmista nos diz que os pensamentos dele a respeito de ns so preciosos, e que a soma deles to grande que se fossem contados excederiam os gros de areia na Terra (SI 139:17, 18). Vendo isto, eu creio que esse anjo clamou: "O que isto em que o Senhor est to interessado e dispensando tanto afeto? O que aquela pequena coisa que est constantemente na sua mente - o enfoque total dos seus planos?"

    Tire um tempo, fique quieto e considere as obras das mos de Deus. Ns somos chamados a fazer isto. Quando voc o fizer, a criao vai pregar um sermo para voc. Ela vai proclamar a sua glria!

  • Possivelmente faltando pgina 54

  • Porque Deus que disse: Das trevas resplandecer luz, ele mesmo resplandeceu em nosso corao, para iluminao do conhecimento da glria de Deus na face de Cristo (2 Co 4:6).

    Nos prximos captulos, ns vamos estabelecer um

    importante padro que se encontra em toda a Bblia. Ele vai se tornar uma estrutura histrica que apia as questes pertinentes aos dias de hoje.

    O PADRO DE DEUS Era a primeira noite de quatro reunies marcadas em

    Saskatchewan, Canad. O pastor estava me apresentando e eu iria assumir a plataforma dentro de trs minutos.

    De repente, o Esprito de Deus comeou a me conduzir rapi-damente atravs da Bblia, revelando um padro que se encontra ao longo de todo o Antigo e Novo Testamentos. O padro este:

    1. Ordem divina 2. Glria de Deus 3. Julgamento Antes de Deus manifestar a sua glria, deve haver ordem

    divina. Uma vez que a sua glria revelada, h uma grande bno. Mas, por outro lado, uma vez que a sua glria revelada, qualquer irreverncia, desordem ou desobedincia recebida com julgamento imediato.

    Deus abriu os meus olhos para este padro em menos de dois minutos e me fez saber que eu deveria pregar isso para a congregao de canadenses, sequiosa diante de mim. Naquela noite, houve um dos cultos mais poderosos de que eu j havia participado, e eu quero compartilhar esta verdade com voc.

    DESDE O PRINCPIO Para estabelecer uma base, vamos para o princpio de tudo,

    quando Deus criou os cus e a Terra: A terra, porm, era sem forma e vazia; havia trevas sobre a

    face do abismo, e o Esprito de Deus pairava por sobre as guas (Gn 1:2).

    As palavras "sem forma" so uma combinao das duas

    palavras hebraicas, hayah e tohuw. Juntas, estas duas palavras apresentam um relato mais descritivo: "A terra se tornou sem forma e catica". No havia ordem, mas desordem.

    Embora o Esprito de Deus pairasse ou chocasse sobre esse caos, Ele no se moveu at que a Palavra de Deus foi liberada. Atravs das palavras faladas de Deus, a ordem divina foi colocada

  • em operao neste planeta. Deus preparou a Terra durante seis dias antes de liberar a sua glria sobre ela. Ele tomou um cuidado especial com o jardim que tinha plantado para si mesmo. A, ento, Deus criou o homem para si - o centro da criao.

    Uma vez que o jardim estava preparado, Deus formou o homem do p da terra (Gn 2:7). A cincia tem encontrado muitos elementos qumicos do corpo humano que existem na crosta terrestre. Deus projetou ambos com tcnica e maravilha cientfica.

    A ORDEM DIVINA TRAZ A GLRIA DE DEUS Deus passou seis dias trazendo ordem divina Terra, e s

    ento introduziu ordem ao corpo do homem. Uma vez que a ordem divina foi alcanada, Deus lhe soprou nas narinas o flego de vida, e o homem passou a ser alma vivente (Gn 2:7). Deus literalmente soprou o seu Esprito no corpo humano.

    O homem foi criado imagem e semelhana de Deus, e depois a mulher foi tirada da costela do homem. Nenhum dos dois estavam vestidos nem cobertos. Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e no se envergonhavam (Gn 2:25). Todas as outras criaturas receberam algo com que se cobrir. Os animais tm pelo, os pssaros tm penas e os peixes tm escamas ou conchas. Mas o homem no precisava de uma cobertura externa, pois o salmista nos diz que Deus o coroou com glria e honra (SI 8:5). A palavra hebraica para "coroou" atar. Ela significa "fazer um crculo ao redor ou cercar". Em essncia, o homem e a mulher foram vestidos com a glria do Senhor e no precisaram de roupa artificial.

    As bnos que esse primeiro casal experimentou so indescritveis. O jardim produzia sua fora sem ter de ser cultivado. Os animais estavam em harmonia com o homem. No havia nenhuma enfermidade, doenas ou pobreza. Mas, o melhor de tudo que esse casal teve o privilgio de andar com Deus em sua glria!

    JULGAMENTO

    Primeiro Deus trouxe a ordem divina por meio da sua Palavra e do seu Esprito e Sua glria foi revelada. Houve bnos abundantes, mas a veio a queda. O Senhor Deus ordenou ao homem que no comesse do fruto da rvore do conhecimento do bem e do mal, pois a desobedincia resultaria em morte espiritual imediata.

    Zombando do Criador, Satans desafiou a Palavra de Deus com palavras distorcidas: Ento a serpente disse mulher: certo que no morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abriro os olhos e, como Deus, sereis conhecedores

  • do bem e do mal (Gn 3:4-5). Ento Ado, em pleno conhecimento das suas aes, escolheu desobedecer a Deus. Sua irreverncia nada mais era do que uma alta traio. Quando isso aconteceu, seguiu-se o julgamento.

    Imediatamente Ado e Eva descobriram que estavam nus. Sem a glria de Deus, estavam descobertos e separados dele, num estado de morte espiritual. Numa tentativa v de cobrirem sua nudez, eles prepararam apressadamente algumas folhas e cintas e se vestiram com o que suas prprias mos fizeram. Deus viu o que eles tinham feito, pronunciou o julgamento sobre eles e os vestiu com tnicas de peles, provavelmente de um cordeiro, prefigurando o Cordeiro de Deus que viria e restauraria o relacionamento do homem com Deus. Ento, o casal cado foi expulso do jardim, onde havia vida eterna. O julgamento foi severo - resultado da desobedincia irreverente de Ado na presena da glria de Deus.

    O TABERNCULO DA SUA GLRIA Vrios anos se passaram e Deus finalmente encontra um

    amigo em Abro. Deus faz uma aliana de promessa com Abro e muda seu nome para Abrao. Por meio da obedincia desse homem, as promessas de Deus so asseguradas novamente s geraes futuras. Os descendentes de Abrao foram parar no Egito, como escravos, por mais de quatrocentos anos. Em seu sofrimento, Deus levanta um profeta e libertador, chamado Moiss.

    Uma vez que os descendentes de Abrao foram libertos da escravido, Deus os leva para o deserto. no deserto do Monte Sinai que Deus apresenta seu plano de habitar com o seu povo. Deus diz para Moiss: ...Eu sou o Senhor, seu Deus, que os tirou da terra do Egito, para habitar no meio deles... (x 29:46)

    Mais uma vez Deus deseja caminhar com o homem, pois esse sempre foi o seu desejo. Contudo, por causa do estado cado do homem, Deus no pde habitar nele. Assim, ele instrui Moiss: E me faro um santurio para que eu possa habitar no meio deles (xodo 25:8). Esse santurio foi chamado de tabernculo.

    Antes que venha a glria de Deus, primeiro deve haver a or-dem divina. Assim, Deus instruiu Moiss cuidadosamente acerca de como construir o tabernculo. Ele muito especfico em todos os pontos relativos a quem deve construir e quem deve servir no tabernculo. Essas instrues so detalhadas no que se refere aos materiais, medidas, moblias e ofertas. De fato, as instrues especficas tomam muitos captulos do livro de xodo.

    Esse santurio feito pelo homem refletia o celestial (Hebreus 9:23, 24). Deus advertiu Moiss: V que faas todas as cousas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte (Hb 8:5 e x

  • 25:40). Era de extrema importncia que tudo fosse feito exatamente como mostrado. Isso proveria a ordem divina necessria, antes da glria do Rei ser manifesta na presena deles.

    Foi recebida uma oferta da congregao que supriu todos os materiais de que eles precisavam: ouro, prata, bronze, linhas azuis, purpreas e escarlates, linho fino, peles, pelicas, madeira de accia, leos, especiarias e pedras preciosas.

    O Senhor havia dito a Moiss: Eis que chamei pelo nome a Bezalel [...], da tribo de Jud. E o

    enchi do Esprito de Deus, de habilidade, de inteligncia, e de conhecimento, em todo o artifcio [...] Eis que lhe dei por companheiro a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de D; e dei habilidade a todos os homens hbeis, para que me faam tudo o que tenho ordenado (x 3:2, 3, 6).

    O Esprito de Deus estava sobre aqueles homens para trazer

    a ordem divina. O Esprito de Deus, trabalhando por intermdio daqueles homens, unidos e em harmonia com a Palavra de Deus, traria a ordem divina mais uma vez.

    Ento, todos aqueles homens qualificados comearam a trabalhar no tabernculo. Eles fizeram as cortinas, o vu e as colunas. Depois, construram a arca do testemunho, o propiciatrio, o candelabro de ouro, o altar do incenso, o altar do holocausto e a bacia de bronze, as vestes sacerdotais e o leo da uno.

    Tudo segundo o Senhor ordenara a Moiss, as sim fizeram os filhos de Israel toda a obra. Viu, pois, Moiss toda a obra, e eis que a tinham feito, segundo o Senhor havia ordenado; assim afizeram e Moiss os abenoou. Depois disse o Senhor a Moiss: No primeiro dia do primeiro ms, levantars o tabernculo da tenda da congregao (x 39:42,43; 40:1,2).

    As instrues de Deus eram to especficas que o tabernculo teve de ser erigido naquele dia exato.

    O primeiro dia do primeiro ms chegou, e Moiss e os artesos qualificados levantaram o tabernculo. Ento ns lemos:

    ...Assim Moiss acabou a obra (x 40:33). Agora, tudo estava pronto. A ordem divina estava

    estabelecida pela Palavra de Deus e as pessoas estavam submissas liderana do Esprito Santo. Note o que aconteceu:

    Ento a nuvem cobriu a tenda da congregao, e a glria do Senhor encheu o tabernculo. Moiss no podia entrar na tenda da congregao, porque a nuvem permanecia sobre ela, e a glria do

  • Senhor enchia o tabernculo (x 40:34-35). Uma vez que a ordem divina foi estabelecida, Deus revelou a

    sua glria. A maioria de ns, na igreja, no tem uma compreenso da glria do Senhor. Eu tenho assistido a muitas reunies em que os ministros declaram, ou por ignorncia ou por exagero: "A glria do Senhor est aqui". Antes de continuarmos, vamos discutir o que a glria do Senhor.

    A GLRIA DO SENHOR Em primeiro lugar, a glria do Senhor no uma nuvem.

    Alguns podem perguntar: "Ento, por que uma nuvem mencionada quase toda vez que a glria de Deus se manifesta nas Escrituras?" A razo: Deus se oculta na nuvem. Ele muito magnificente para ser contemplado pelo ser humano. Se a nuvem no encobrir seu semblante, todos ao redor dele so consumidos e imediatamente mortos.

    Ento ele (Moiss) disse: rogo-te que me mostres a tua glria. Respondeu-lhe (Deus): No me poders ver a face, porquanto homem nenhum ver a minha face, e viver (x 33:18,20). (Parnteses acrescido pelo autor).

    A carne mortal no pode estar na presena do Santo Senhor em sua glria. Paulo diz:

    A qual, em suas pocas determinadas, h de ser revelada pelo bendito e nico Soberano, o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores; o nico que possui imortalidade, que habita em luz inacessvel, a quem homem algum jamais viu, nem capaz de ver. A ele honra e poder eternamente. Amm (l Tm 6:15,16).

    Hebreus 12:29 nos diz que Deus um fogo consumidor. Agora, quando voc pensar nisto, no pense numa fogueira. Um fogo consumidor no pode ser contido no interior da sua lareira. Deus luz e no h nele treva nenhuma (1 Jo 1:5). O tipo de fogo que queima na sua lareira no produz luz perfeita. Ele contm escurido. acessvel e voc pode olhar para ele.

    Ento, passemos para uma luz mais intensa. Vamos considerar o raio laser. uma luz muito concentrada e intensa, mas ainda no uma luz perfeita. Embora seja uma luz muito brilhante e forte, ainda h escurido no raio laser.

    Vamos considerar o Sol. O Sol enorme e inacessvel, luminoso e poderoso, mas ainda contm escurido nos raios da sua luz.

    Paulo diz em Timteo que a glria de Deus "luz inacessvel, a qual nenhum homem j viu ou pode ver".

    Paulo podia muito facilmente escrever isso, porque ele experimentou uma dimenso dessa luz na estrada para Damasco. Ele relatou esse acontecimento desta maneira ao Rei Agripa:

  • Ao meio-dia, rei, indo eu caminho fora, vi uma luz no cu,

    mais resplandecente que o sol, que brilhou ao redor de mim e dos que iam comigo (At 26:13).

    Paulo disse que essa luz era mais brilhante do que o Sol do

    meio-dia! Pare por um momento e tente olhar diretamente ao meio-dia. difcil olhar, a menos que ele esteja encoberto por uma nuvem. Deus, em sua glria, excede este brilho muitas vezes mais.

    Paulo no viu a face do Senhor; s viu a luz que emanava dele, e teve de perguntar: Quem s tu, Senhor? Ele no pde ver a forma dele ou as caractersticas da sua face e ficou completamente cego pela luz que emanava da sua glria, que era mais forte do que o brilho do Sol do Oriente Mdio!

    Talvez isso explique porque os profetas Joel e Isaas, declararam que nos ltimos dias, quando a glria do Senhor for revelada, o Sol ser transformado em trevas. Eis que vem o Dia do Senhor [...] porque as estrelas e constelao do cu no daro a sua luz; o sol, logo ao nascer, se escurecer, e a lua no far resplandecer a sua luz (Is 13:9-10).

    A glria de Deus supera qualquer outra luz. Ele a luz perfeita e a nica luz que consome. Ento os homens se metero nas cavernas das rochas e nos buracos da terra, ante o terror do Senhor e a glria da sua majestade, quando Ele se levantar para espantar a terra (Is 2:19).

    A glria de Deus to esmagadora, que quando Ele se colocou diante dos filhos de Israel, no meio da nuvem escura no Sinai, o povo clamou de terror e se afastou. Moiss descreve isto:

    Estas palavras falou o Senhor a toda a vossa congregao no

    monte, do meio do fogo, da nuvem e da escuridade, com grande voz [...] Sucedeu que, ouvindo a voz do meio das trevas, enquanto ardia o monte em fogo, vos achegastes a mim, todos os cabeas das vossas tribos, e vossos ancios e dissestes: Eis aqui o Senhor, nosso Deus, nos fez ver a sua glria e a sua grandeza, e ouvimos a sua voz do meio do fogo; hoje, vimos que Deus fala com o homem, e este permanece vivo. Agora, pois, por que morreramos? Pois este grande fogo nos consumiria; se ainda mais ouvssemos a voz do Senhor nosso Deus, morreramos (Dt 5:22-25).

    Embora eles o vissem oculto pela escurido espessa de uma

    nuvem, ela no pde esconder o brilho da sua glria. TUDO QUE FAZ DEUS SER DEUS Ento, faamos a pergunta: O que a glria do Senhor?

  • Em resposta, vamos voltar ao pedido de Moiss no monte de Deus. Moiss pediu:

    Rogo-te que me mostres a tua glria (Ex 33:18). A palavra hebraica para glria usada por Moiss naquela

    situao era "kabowd". Ela definida pelo Dicionrio Bblico Strong como "o peso de algo, mas apenas figurativamente no bom sentido". A sua definio tambm fala de explendor, abundncia e honra. Moiss estava pedindo: "Mostra-me a ti mesmo em todo o teu esplendor." Veja cuidadosamente a resposta de Deus:

    ...Farei passar toda a minha bondade diante de ti, e te

    proclamarei o nome do Senhor...(Ex 33:19) Moiss pediu toda a sua glria, e Deus se referiu a isto

    como: toda minha bondade... A palavra hebraica para bondade "tuwb". Ela significa "bom" no sentido mais amplo. Em outras palavras, nada retido.

    Ento, Deus diz: Eu te proclamarei o nome do Senhor. Antes de um rei terreno entrar na sala do trono, seu nome sempre anunciado por proclamao. Ento, ele entra com seu esplendor. A grandeza do rei revelada, e em sua corte no h dvida sobre quem o rei. Se esse monarca sasse rua de uma das cidades do seu pas, trajado com roupas comuns, sem nenhum acompanhante, poderia passar por aqueles que esto ao seu redor sem que percebessem sua verdadeira identidade. Assim, isso foi exatamente o que Deus fez com Moiss. Ele est dizendo: "Eu proclamarei meu prprio nome e passarei por voc com todo o meu esplendor".

    Ns vemos, ento, que a glria do Senhor tudo o que faz Deus ser Deus. Todas as suas caractersticas, a autoridade, o poder, a sabedoria - o peso imensurvel e a magnitude de Deus - esto contidos na sua glria. Nada est escondido ou retido!

    A GLRIA DE DEUS REVELADA EM CRISTO Est escrito que a glria do Senhor revelada na face de

    Jesus Cristo (2Co 4:6). Muitos alegam ter tido uma viso de Jesus e terem visto sua face. Isso bem possvel. Paulo descreveu isto: Porque agora vemos como em espelho, obscuramente, ento veremos face a face... (1 Co 13:12). A sua glria encoberta por um espelho escuro, pois nenhum homem pode ver sua glria completamente revelada e permanecer vivo.

    Algum pode questionar: "Mas os discpulos viram a face de Jesus depois que Ele ressuscitou dos mortos!" O que tambm est correio. A razo pela qual isso verdadeiro, porque Ele no exibiu abertamente a sua glria. Alguns homens viram o Senhor,

  • mesmo no Velho Testamento, mas Ele no foi revelado na sua glria. O Senhor apareceu a Abrao nos carvalhais de Manre (Gn 18:1,2). Josu viu a face do Senhor antes de invadir Jeric (Js 5:13,14). O Senhor disse a ele: Descala as sandlias de teus ps, porque o lugar em que ests santo (v. 15).

    O mesmo verdadeiro aps a Ressurreio. Os discpulos comeram peixe no caf da manh, com Jesus, no Mar de Tiberades (Jo 21:9-12). Dois discpulos caminharam com Jesus na estrada para Emas: Os seus olhos, porm, estavam como que impedidos de o reconhecer (Lc 24:16). Todos eles viram a sua face porque Ele no exibiu a sua glria abertamente.

    Em contraste, Joo, o apstolo, viu o Senhor em Esprito e teve um encontro totalmente diferente do que no caf da manh com Ele no mar, pois Joo o viu em sua glria:

    Achei-me em Esprito, no Dia do Senhor, e ouvi, por detrs de mim grande voz, como de trombeta[...] Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltando, vi sete candeeiros de ouro, e, no meio dos candeeiros, um semelhante ao filho do homem, com vestes talares, e cingido, altura do peito com uma cinta de ouro. A sua cabea e cabelo eram brancos como alva l, como neve; os olhos, como chama de fogo; os ps, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como que de muitas guas. Tinha na mo direita sete estrelas, e da boca saa-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua fora. Quando o vi, caa seus ps como morto... (Ap:10; 12-17)

    Note que seu semblante era como o sol que brilha em toda a

    sua fora. Como Joo poderia olhar para Ele, ento? A razo: ele estava no Esprito, exatamente como Isaas estava quando viu o trono e o serafim acima do trono, como tambm aquele que est sentado no trono (Is 6:1 -4). Moiss no podia olhar a face de Deus, pois estava no seu corpo fsico natural.

    ELE TEM RETIDO SUA GLRIA PARA NOS PROVAR A glria do Senhor tudo que Ele como Deus. Isso supera

    grandemente a nossa capacidade de compreenso e entendimento, pois at mesmo o poderoso serafim continua aclamar: "Santo, santo, santo" em temor e tremendamente maravilhado.

    Os quatro seres viventes diante do seu trono, clamam: ...Santo, santo, santo o Senhor Deus, o Todo-Poderoso,

    aquele que era, que e que h de vir... (Ap 4:8) Quando esses seres viventes derem glria, honra e aes de

    graa ao que se encontra sentado no trono, ao que vive pelos sculos dos sculos, os vinte e quatro ancios prostrar-se-o diante

  • daquele que se encontra sentado no trono, adoraro ao que vive pelos sculos dos sculos, e depositaro as suas coroas diante do trono proclamando: Tu s digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glria, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas (Ap 4:9-11).

    Ele merece mais glria do que qualquer ser vivo possa dar a

    Ele por toda a eternidade! Devemos nos lembrar de que servimos quele que criou o

    universo e a Terra. Ele de eternidade em eternidade! No h nenhum outro como Ele. Em sua sabedoria, Ele retm a revelao da sua glria propositalmente para ver se ns o serviremos com amor e reverncia, ou se voltaremos nossa ateno para aquilo que recebe glria na Terra, embora sem brilho em comparao a Ele.

  • Ns no podemos esperar que seremos recebidos na sua presena com uma

    atitude de desrespeito.

  • Possivelmente faltando pgina 68

  • De maneira que os sacerdotes no podiam estar ali para

    ministrar, por causa da nuvem, porque a glria do Senhor encheu a Casa de Deus (2Cr 5:14).

    Uma vez que o tabernculo foi levantado, a ordem divina foi

    alcanada, assim que tudo estava no lugar. Ento, a nuvem cobriu a tenda da congregao, e a glria do

    Senhor encheu o tabernculo. Moiss no podia entrar na tenda da congregao, porque a nuvem permanecia sobre ela, e a glria do Senhor enchia o tabernculo (x 40:34,35).

    Depois da nossa discusso sobre a glria do Senhor, podemos compreender porque mesmo o amigo de Deus, Moiss, no pde entrar na tenda da congregao. O tabernculo estava repleto da glria do Senhor!

    A glria de Deus se manifestando e permanecendo sobre Israel trouxe uma tremenda bno. Na sua presena gloriosa havia proviso, direo, cura e proteo. Nenhum inimigo podia se levantar diante de Israel. A revelao da Palavra de Deus era abundante. Tambm havia o benefcio de se ter a nuvem da sua glria para proteger os filhos de Israel durante o dia, do calor do deserto, como tambm prover calor e ilumin-los noite. No havia falta de nada de que eles pudessem precisar.

    Deus havia instrudo Moiss previamente: Faze tambm vir para junto de ti Aro, teu irmo, e seus filhos com ele, dentre os filhos de Israel, para me oficiarem como sacerdotes, a saber, Aro, e seus filhos Nadabe, Abi, Eleazar e Itamar (Ex 28:1).

    Esses homens foram separados e treinados para ministrar ao Senhor e se colocarem na brecha pelo povo. Os deveres e parmetros para a adorao foram esboados por meio de instrues bem especficas, transmitidas de Deus para Moiss. O treinamento desses homens fazia parte da ordem divina. Aps essas instrues e treinamento, houve a consagrao desses homens. Com tudo no seu devido lugar, o ministrio deles comeou.

    Leia cuidadosamente o que dois daqueles sacerdotes fizeram depois que a glria do Senhor foi revelada no tabernculo:

    Nadabe e Abi, filhos de Aro, tomaram cada um o seu

    incensrio, e puseram neles fogo, e sobre este, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor, o que lhes no ordenara (Lv 10:1).

    Observe que Nadabe e Abi ofereceram fogo profano diante

    da presena do Senhor. Uma definio de "profano" no dicionrio

  • Webster "demonstrar desrespeito ou desdm pelas coisas sagradas; irreverncia".

    Isto significa tratar aquilo que Deus chama santo ou sagrado como se fosse comum. Esses dois homens tomaram os incensrios que haviam sido separados para a adorao ao Senhor e os encheram com fogo e incenso da sua escolha, no a oferta prescrita por Deus. Eles foram descuidados com o que Deus tinha chamado santo e demonstraram falta de reverncia. Eles entraram com irreverncia na presena do Senhor e trouxeram uma oferta inaceitvel. Eles trataram o que era santo como se fosse comum. Veja o que aconteceu como resultado:

    Ento, saiu fogo de diante do Senhor, e os consumiu; e

    morreram perante o Senhor (Lv 10:2). Esses dois homens foram julgados imediatamente pela sua

    irreverncia. Foram acometidos com morte imediata. A irreverncia deles ocorreu depois da revelao da glria de Deus. Embora fossem os sacerdotes, no estavam isentos de render honra a Deus. Pecaram ao se aproximarem de um Deus santo como se Ele fosse comum! Tinham ficado muito familiarizados com a presena dele! Agora, oua as palavras imediatas de Moiss, aps esse julgamento de morte:

    E falou Moiss a Aro: Isto o que o Senhor disse: Mostrarei a

    minha santidade naqueles que se cheguem a mim, e serei glorificado diante de todo o povo. Porm Aro se calou (Lv 10:3).

    Deus j havia deixado claro que a irreverncia no poderia

    permanecer na presena de um Deus santo. De Deus no se zomba. Hoje no diferente; Ele o mesmo Deus santo. Ns no podemos esperar que seremos recebidos na sua presena com uma atitude de desrespeito.

    Nadabe e Abi eram sobrinhos de Moiss. Mas Moiss sabia que era melhor no questionar o julgamento de Deus, porque sabia que Ele era justo. De fato, Moiss advertiu Aro e seus dois filhos sobreviventes a no lamentarem para que tambm no morressem. Isso foi ainda mais desonra ao Senhor e, assim, os corpos de Nadabe e Abi foram levados para fora do acampamento e enterrados.

    Mais uma vez, ns vemos o padro - a ordem divina, a glria revelada de Deus - e ento, o julgamento pela irreverncia.

    UM NOVO SANTURIO Quase quinhentos anos mais tarde, o filho do Rei Davi,

  • Salomo, deu incio construo de um templo para a presena do Senhor. Esse era um grande empreendimento. O estoque de materiais, a maior parte do qual havia sido reunida sob o reinado de Davi, era enorme. Antes da sua morte, Davi deu instrues a Salomo:

    Eis que, com penoso trabalho, preparei para a casa do Senhor

    cem mil talentos de ouro e um milho de talentos de prata, e bronze e ferro em tal abundncia que nem foram pesados; tambm madeira e pedras preparei, cuja quantidade podes aumentar. Alm disso, tens contigo trabalhadores em grande nmero, e canteiros, e pedreiros, e carpinteiros, e peritos em toda sorte de obra de ouro, e de prata, e tambm de bronze, e de ferro que se no pode contar. Dispe-te, pois, e faze a obra, e o Senhor seja contigo! (l Cr 22:14-16)

    Salomo acrescentou aos materiais j providos e comeou a

    construir o templo no quarto ano do seu reinado. A planta do templo era magnfica e sua ornamentao e seus detalhes eram extraordinrios. Mesmo com uma fora-tarefa de dez mil homens, o ajuntamento de materiais e a construo ainda levaram sete anos completos. Ns lemos ento:

    Assim se acabou toda a obra que fez o rei Salomo para a

    casa do Senhor (2Cr 5:1). Salomo, ento, reuniu Israel em Jerusalm, onde o templo

    havia sido construdo. Puseram os sacerdotes a arca da aliana do Senhor no seu lugar (2Cr 5:7). Todos os sacerdotes se santificaram. No haveria nenhuma irreverncia na presena de Deus. Eles se lembraram do destino dos seus parentes distantes, Nadabe e Abi.

    Ento, os levitas, que eram os cantores e msicos, estavam em p, voltados para o oriente do altar, vestidos de linho branco, e com eles estavam cento e vinte sacerdotes que tocavam trombetas.

    Mais uma vez, um grande cuidado, tempo, uma quantia enorme de trabalho e preparao trouxeram a ordem divina. E o que veio aps a ordem divina? Leiamos:

    E quando em unssono, a um tempo, tocaram as trombetas e

    cantaram para se fazerem ouvir, para louvar ao Senhor e render-lhe graas; e quando levantaram eles a voz com trombetas, cmbalos e outros instrumentos msicos para louvar ao Senhor, porque ele bom, porque a sua misericrdia dura para sempre, ento sucedeu que a casa, a saber, a casa do Senhor, se encheu de uma nuvem;

  • de maneira que os sacerdotes no podiam estar ali para ministrar, por causa da nuvem, porque a glria do Senhor encheu a casa de Deus (2Cr 5:13, 14).

    Quando a ordem divina foi alcanada, a glria do Senhor se

    revelou. Novamente, ela foi to tremenda que os sacerdotes no podiam ministrar, pois a glria do Senhor encheu o templo.

    JULGAMENTO Seguindo a revelao da glria de Deus, ns vemos

    novamente a irreverncia para com a sua presena e a sua Palavra. Embora os israelitas conhecessem a sua vontade, seus coraes se tornaram descuidados em relao quilo que Deus chama sagrado e santo.

    Tambm todos os chefes dos sacerdotes e o povo

    aumentavam mais e mais as transgresses, seguindo todas as abominaes dos gentios; e contaminaram a casa que o Senhor tinha santificado em Jerusalm. O Senhor, Deus de seus pais, comeando de madrugada, falou-lhes por intermdio dos seus mensageiros, porque se compadecera do seu povo e da sua prpria Morada. Eles, porm, zombavam dos mensageiros, desprezavam as palavras de Deus e mofavam dos seus profetas, at que subiu a ira do Senhor contra o seu povo, e no houve remdio algum (2Cr 36:14-16).

    Eles ridicularizaram seus mensageiros e desconsideraram

    suas palavras de advertncia. As pessoas escarneciam dos profetas de Deus. Eu tenho visto a mesma evidncia de uma grande falta de temor hoje.

    Recentemente, ministrei em uma grande igreja pregando uma forte mensagem sobre a obedincia e o senhorio de Jesus. A esposa de um dos membros da nossa equipe havia deixado o culto com seu beb e ido para o salo de entrada, onde o culto estava sendo transmitido por um circuito fechado de televiso. Ela escutou duas mulheres da igreja que discutiam o sermo: "Quem ele pensa que ? Vamos mand-lo embora!", elas ridicularizaram. "Onde est o temor do Senhor?"

    Israel e Jud sofreram repetido julgamento devido sua falta de temor e respeito para com a presena sagrada de Deus e a sua Palavra. Seu julgamento alcanou o auge quando os descendentes de Abrao foram levados para o cativeiro babilnico. Leia este relato:

    Eles, porm, zombavam dos mensageiros, desprezavam as

  • palavras de Deus e mofavam dos seus profetas, at que subiu a ira do Senhor contra o seu povo, e no houve remdio algum. Por isso, o Senhor fez subir contra eles o rei dos caldeus, o qual matou os seus jovens espada, na casa do seu santurio, e no teve piedade nem dos jovens nem das donzelas, nem dos velhos nem dos mais avanados em idade; a todos os deu nas suas mos. Todos os utenslios da casa de Deus, grandes e pequenos, os tesouros da casa do Senhor, e os tesouros do rei e dos seus prncipes, tudo levou ele para a Babilnia. Queimaram a casa de Deus e derrubaram os muros de Jerusalm; todos os seus palcios queimaram afogo, destruindo tambm todos os seus objetos preciosos (2Cr 36:16-19).

    Eu quero que voc pense cuidadosamente no que vou lhe

    dizer. Ns relemos trs relatos do jardim, do tabernculo e do templo. Em todos os casos o julgamento foi severo. Cada um resultou em morte e destruio.

    O que mais srio o fato de que no estamos falando sobre pessoas que nunca tinham experimentado a glria de Deus ou a presena dele. Esses julgamentos foram contra aqueles que no s tinham ouvido a Palavra, como tambm haviam andado na Sua presena e experimentado a sua glria!

    Agora que ns lanamos um fundamento do Velho Testamento, vamos prosseguir para os dias do Novo Testamento. Ns vamos descobrir mais algumas verdades muito srias e algumas revelaes emocionantes!

  • Jesus deixa claro que ns devemos calcular os

    custos antes de segui-lo. O preo nada menos do que nossas vidas.

  • Possivelmente faltando pgina 78

  • ... Porque ns somos santurios do Deus vivente, como ele prprio disse: Habitarei