42

Olavo de Carvalho - HEF 24, Kant

Embed Size (px)

Citation preview

  • KantAlJa24

    por Olavo de Carvalho

    Filosofia

  • por Olvo de Cartalho

    Coleo Hhlria Essencial da lilorofia

    Aconpanha esta publicao um DVD,que no pode ser vendido separadamente.

    Imprcsso no B.asil, fevereiro de 2008Copyright @ 2008 by Olavo de Cevalho

    Foto olavo d C valho'

    EtorEdson Manoel de Oliveira Pilho

    Moniqe schekels e Dagmar Rizzolo

    Estdio ndr Cavalcante Girenz

    Ies de lmeida Primo

    Os diitos utorais de$a edio penencem

    Realizaes Editora, Liu ia e Disl.ibuidora LtdaCEP:04010-970 So Paulo - SPTelefax: (11) 5572-5563E-mil, [email protected] com.brsBwelealizacoes com.br

    Resflados todos os dneibs desta obra. Proibida tod qralqucr rlpruduo desta edio porqurqur neio o lorna. seja ela eletrnica on tucnic' lotocD 0, 3ruv4 u qulqud neio

    KantAula 24

    por Olavo de Carvalho

    coleo

    HistriaEssencial da

    Filosofia

    m2008

  • (l,lcao Histria Essencial da FilosofiaKant

    - Aula 24

    por Olavo de Cavalho'Ibdo este perodo da histria da filosofia, do sculo XVIII at pelo

    mcnos meade do XIX, ns temos condies de saber que toda visoque se tem disso no ensino universitfuio e na bibliografia consagra-da iotlmente errda, quer dize{, esse talvez seja o periodo maisdcsconhecido na histria do pensamento universal. Quanto mais sepesquisa, sobretudo nas ltimas duas ou irs dcadas, quando o pes-soal comeou a abrir a caix preia do esoterismo eropeu, ocultismo,sociedades secretas. cada dia que passa se descobre mis coisa queinterfere de tal modo na interyretao dos fi1sofos da poca que nspodemos dizei que em alguns casos a interpretao consagrda chegaa ser o inversoda relidade. E pdrticularmente o menos estudado nesse

    empreendlmento rqeol8ico iem sido Knt, ento respeito de l(nino se descobriu ainda nenhuma novidade, mas iambm, ningumprocurou. s pesquisas se centraram mais no perodo propriamenteromntico, ento seriam Fichte, Schelling e Hegel. respeito dessesse tem hoje nos crculos estudiosos umaviso muito diferente daquelaque est consagrada nos livros de histria da filosofia. A histia dafilosofi uma disciplina de progresso muito lenta. porque como um discjplina de conjunto, ela depende de que milhres de problemastenham sido resolvidos primeiro na escala monogrfica, problema porproblema. Ento, depois que todo mundo j est sabendo de algumacois, aquilo ainda demom um tempo para entrar nos livros de his_tria da filosofia, quer dizer, os estudos sobre este ou aquele filsofo,sobre este ou aquele tema em particular so muiio mais velozes e naiural que seja assim, primeiro voc tem que reolver as partes praalepois resolver o coniunto. No existe nenhuma hisida da filosofia

  • atualmcnt que presente desia poc um ilnagem quc eej alturado que hoje se sabc a rcspeito na rea dos estudos nlonogrficos. Nspodcmos dizer que esse novo campo iambm ntro to rcccntc, clccomea. crcio que em 192J com.r obr de Auguc Vialte, "l-cs sourcesoccultcs du Ronantisme" (s l'ontcs ocultas do RonlanlisDro) cm qucele vai rastreando a influncia que doutrins csotrics, alqumicas.tcosficas, etc.. tiveram no Nlovimento Ronlico considerado maisdo pLrnio de vista litcrrio, as tanbm pegndo alguns filsofos a nocaminho. A paiir dess sugesto inicil o pessoal coneou a rastrcar,na dcada dc scssenta siu o livro do Jacqucs D'Hondt qe eu citei nola im das ALaes HeE?l secrc (Hcgcl secreto). e isso foi somndo,sonndo resultado, d, tudo islo converye pra cste livro, "Hegel ndihe Hermetic Tradition", dc Glenn Alexander Magee. quc um livroque cu ncm cabei de ler ind, mas quc j d paa perceber iudo oquc foi estudado nessa rea. Para voc chegar uma concluso ncsseponto com rclao a urn filsolb. j sovintc ou trinia anos de trblhoe at lsto depois se incorporar na histri da filosofia, so mais \,inteou trint anos. de modo que vocs podcn dar por seguro qlre tudo oque se l hoje ns hisirias d filosofi atualmente existcrtcs. esmonas mclhores. a respeilo deste pcrodo, vai ser muiio nuddo nos pr-iimos vinte ou trinia anos qando este nuterial todo for incorporadonas histrias da filosofl. Para vocs tcrem uma idia das concluscs aque o sujeito chcg eu \,ou lef uns prgrafos aqui para vocs. depuisnrais tarde ns vmos ver isso dircitinho quando estudarmos Hcgcl.tras s para sc ter um idi do perodo.

    O livro comeq assim:"Hegel no unr filsofo. ele no um manie ou buscador d s,

    bcdoria, ele cedii que a cncontro. Ele escreve no prefcio da lro,

    trrtblolio do Esptila,'Ajud trazer a lilosofia para n1is pedo dal,rnra d cincia com o obieti\,o de que ela poss dcirr de lado o ttulodc lnor sabedoria e torn se conhccirncnto efelivo, estc o objetivl)a que eu mc propus:' No fim da Fenotllefiologia Hegcl fim1 te che_gado ao conhecinento bsolulo que ele idcntific com a sabedoria.

    A 1inao dc Hegel de ier tingido a sabedoria conplctmenteconlrria concepqo grcg original d iilosofi como anor sabe-doda, isto , corro a busca conlinuad, scndo antes urra bsca con-tinuda do quc a posse final da sabcdori. Essa alirnrao no entnio plenamcnte coerente com as ambiaes da Tradio Herntica. ulnacorrente de pens cntoquedc va o s,ru nomc da chanada he nelcat)t) corplLs henneticulll, uma colco de tralados e dilogos gregos elaiinos cscritos no primeiro ou scgundo scu1() d. C.. c provavel rentc.nIr.rJ,,id!iJ\que\anlruilunrJ. r,rnla .

    E assim ao longo do livro ele vai buscando s lonies hcmrtic.rs. alqunicas, csotricas e octlltistas de praiicanenlc cad linha de Hegel.Enio. ele diz:

    ''lnlerpretar Hcgel como um autor, cLrmo urlr doutrinrio hermtico no um das inierprctes possveis dc Hegel a inier-pretao obrigtia fora disso voc no cntcnde nada do quc clecst dizendo "

    Ento voc ingira que Hcgel na histri da filosofia iido as-sim como un espcie dc culnino do rcionlismo clssico. Isto.dcpois desie esiudo. no se sustenta mis, isso v.ri cail Por maisescandloso que parea, bibliografia acu ulda a respeiio muiiogrndc. Uma disciplina como a hisiria d filosofia, que uma dis-ciplin de conjunto, de sniese, no vi sc pernilir ser afctad poruma ou outra dcscoberLa pfticu]ar. n1s quando as coisas conrearn ac(rrular chega Lnn hora que no d ais para segurar Mita gcntepodc tenir aind continur lendo Hegcl c Fichie e Schelling dcntro,\1ar., AEu.']-es vrurte\ occulLs du ronmnlis e' Edil. Atbi.N,lthc!.1.Fdio.2001

  • da linha costureira. E sc isso demora um tempo pra chegr n histria da filosofia, voc imagina o tempo qlle isso vai levar para chegaro Brasil. Ns podemos quase prcfetizar que no Brasil as pcssoasjamais chegro saber disto

    Quanto mais gente descobre essas coiss, mais gente fic in-seguro com reiao viso costumeir que sc tcm. Por cxempb, nsno sabenos direito as liges csotricas. manicas do prpdo IGnt,no temos idi disso, o pessoal pegou muito o Hegel, ms depois qucdescobriu tanta coisa a respeito de Hegel e Fichtc, a gcntc i fica conrun p ats com relao o prprio Knt. Voc veja que entre as influncias esotricas importantes d poca estava o tl do Swedenborg.Enmanuel Swedenborg era um ocultista sueco quc um dos tiposnais e){traodinrios d histria, porque ete teve trs vids, ele primeiro fcz um succsso enorme como poet e ticcionista. era consideradouln dos maiores da Sucia. De repente ele largou tudo isto para sededicar inteiramente s cincis naturais e tecnologia. N re datecnologia a sua realizo mxima. 1ica na hislria cerlanente, loium trilho que ele conslrLriu para transportar por tcrra toda a MarinhaSueca. atravessou a Erop, isso cm 1810 mais ou menos. Voc ingine uma obra dcsia na poca, a dificuldade que teria para lazer, o caaconseguiu transporlat levou toda Marinha por terra. E fez um sriede descobetas inrportntes, de mancir quc ele porvolta dos cinqiierlt anos ( crreira litcrria foi at os vinte e cinco nos, aos vinie ecinco anos eie prou e coneou a crreira cientlica) estava no uge daglria cientfics, era considerado o maior homcm de cinci da Suci,ele tambm parou tudo e coneou terceira carreira. de nstico, eescreveu uma srie de livros nuito impressionantes com descrics dcvises do cu e do inferno.

    Quando Kani leu isso ficou indignado e escreveu ento um escritochamdo 'Sonhos de um Visionrio '. no qual ele i pugn asviscs dc8

    Swcdenborg. Eu tenho a impresso de quc ess leitura de Swedenborg

    deve ter sido mllito importanle para o IGnt, porquc "Sonhos de umVisiondo" um dos poucos escritos de Kant onde ele mud dc tom,voc v que ele est realmenic indignado. quc ele est bravo; imaginatKant bravo impossvel, voc no v isso en1 parte algum, um ho_mcm nornalmente to ftio, e ali voc v que aquela coisa realmentemexeu com elc e se tornou par ele imporlante provar de algum modoque aqueles conhecimcntos esotricos trzidos pelo Swedenborg eramno apens lalsos, ms impossveis. De algum modo ns podenosinterpretar toda obra de Kant como uma tenttiva de provar im-possibilidde do conhccimento de Deus. do infinito, da vida aps amorte, etc. e ao mesmo lempo uma tentativa dc criar uma religio queIosse independente desses conhecimentos. Ou seia, uma rcligio quej no seria bseda no conhecimento dos latos de ordem espiritual,mas seria baseada inteirmente em consideraQes e exigncias de orden1 moral. ou sej. Kant o inventor da translbnnao d religio emmoral Um processo que certamente cabou altandotodas as religiesnciJL nrdi. ao ponru de oue rcdu,,o da rclrgrao r e\igncias murli(est impegnada n opinio pblica. A idia mesma d religio, qual a noo que ela evoca imcdiatmente? A idi de uma disciplina moralquevoc tem que scguir lsso est to distanie da idia orjgirria da re-ligio que, coniorme eu creio i leDrbrei ncsie curso mesmo, o sistemada teologia morl catlica s ficou prcnto no sculo XVIII, quer dizer,at l voc tinha uma grande diversidade de criirios morais, SantoAlbnso de Ligrio que iunta tudo e coloca ordem. Ora. a rcligio pdep:rssar dezoito sculos sc expandindo, ocupando a Europa inteira, che_gando at s Anrricas, educando os ndios, sem tcr um sistema moralpronto, quer dizer que esse sistem moal no era lo viial assim paraa vida cdsi O specto da i, do rito, do simbolis o, do imginrio etal era certamente mais importantc. Ns podemos dizer que o aspccto

    .--{*5:

  • cognitn,o prcdominava, a religio era sobreiudo o cesso a ceias Lealiddes. Por isso o Evngelho sc chanrava "boa notcia'. O qoc umaboa noiicia? o comunicado de um lto e no a emisso clc uma or'dem ou d um mandaorenio morI. Voc vi ter o man.lnrcnto moralln1brn, mas ele 1z parle de rod uma histri, dc also quc aconicceu.As primeiras discusses que precem sobre o cristinisno no sculoI c II no so de ffneira alguma de ordem moral, quer dizer. qlrilo um doutrina. uma viso do mundo quc cst scndo aprcscntda c qucas pessoas discutem para saber se o sujeito concord ou no concor-da, sc clc v s coisas daquela manei ou nao. A nlase norl umacoisa Dluitissimo recente. Por exemplo, a pariir do sculo xlx comcaa haver muilo a expeciativa de que o seguidor de um religio aia nasua vida pcssoal precisnrenie de acordo con1 aquilo que ela nnd. Et cnto c durntc a Idadc Mdia intcira ningum tinha esta expecta-tiva porque saben que isto muilo idealistico, sabem que as pessoasrcalmcntc no so ssim. A nfase estava muito mais colocada no Itode que religio cra unl mcio de Iimpar as culpas dos pecadores e nouma espcie de camisa de lbra que eles iinhm que vestir para todosclcs sc comportar direitinho t ento. A dilerena da sensibilidademoderna pra a antiga nisso ai to grnde que el chega a ser inilna-ginvel pata o ciddo contemporneo. NormaLnentc, como cxistc aviso d rcligio como sobretudo um cdigo moral na modemidde, atendncia ( qusc quc automtica) o srleito iffaginar que esie con-junio de eriigncias moris deveri ser ainda mais rgido c mais pcsadonos sculos anicriorcs. Quando n verdade todo o moralismo cristo,pelo menos na cslra catlica, uma cois bstntc nova n hisiria

    No precis dizer lambn que ess nlse moral reflcie um pou-co das tcndncias do proiestntismo, mas no protestantismo o ladonorl se toma especialmcntc importantc jstamnte pelo fio de quevoc nAo tem mis a autoridade dogmtic, voc no iem mais um

    ti)

    1,rL;, r;uc o sujeito que asscgur qul doutrin verdadeim e qualt,r l.llsa. Ento. voc pass ler unl problema de auto_organizaqo(las comunjdades c, cm uno disso, claro que, por um problemaptico, o aspccto mo.l se torna particulrmentc importnte. Vocftro tcm oulro critrio para voc se orientar seno vei a conduta daspcssos, e voc mesmo e adaptaf a uma conduta que lhe parea n1isplopriadamentc evnglica. Ms note bem que esta inclinao protes_(rnte para a religiao moralish nao uma inclino do tipo douirinal,ningun disse que a coisa tinha qc ser assin, fol simplesmente unacircunstncia prtica que na formo das comunidades protestantoslorrrou mais impotantc na prtica o cdigo morl dlr que os aspeclosdoutrinais e cognitivos da religio. Ms com Kant e nise se to-n cxplcil, Knt diz no apenas que a religiao ssim, mas que eltcnl de ser assim e que s pode ser ssim. Por que s pode ser assim?Pol.quc de acordo com cle s existen dois tipos de conhecimento, temqucle conhecimcnto que voc adquire pelos sentidos e que lhe dcnto informao do que se passa no mundo extcrior e exisle o conhe_ci cnto de orde lcional que voc obim por anlise dos conceilosquc voc lnes]no j tem. Ora, o conhecimento rcional ento s lhedar inlornaes, s lhe acresccntar algum coisa de orde pura'mente formal que nao se aplicar ao dominio dos iatos Quer dizer armadura iormal, armadura 1gic da mente humana no contm ia_tos, ela s conim relaoes lgicas. E do conjunto ds relaes lgicas,por niis quc voc as conhca e as esclarea, voc no pode deduzirquc nenhum lato aconteceu, voc s pode deduTi s condies geraisque lhe pemitiriam contecer ou que o determinarian que acontc_cesse de ial modo. Mas, se aconteceu ou no. csta uma informaoemprica. ou seja, tem que ser obiid pcl experincia e portanto peloscinco senlidos. E diz ele [que] os ltos de ordem cspiritual no sonen1 ulna cois nem outr. cles no sAo acessvcis neln por anlisc de

    ll-

    --ar

  • conceito porque eles no so constitudos pens de ionnas lgicasieles !n a pretenso de ser acontecimenlos eais, nlas por oulro ladose so acontccimcntos reais no so acontecimentos d ordem fsica.porianto no so cessiveis aos sentidosi ento, tudo o quc a rcligiopretende transmitir em nalria de conhecimento de Deus. dos anjos,d vida aps a mortc, tudo isso , ele diz, so coisas que ns podemospensar mas ns no podemos conheccr Isso quer dizcr que no temosoce'.o ao lrpo e e\perin('a que.er'a rece\r oparJ\ocrran\flir ralguma informao sobre Deus. A hiptese de que se a estrutum dmente humana lirnita o nosso conhecimento a csscs dois tipos, a hip-tese de que esta limitao incidindo sobre o ser humano no limirassetambm concomitantemente o prprio Deus, em nenhum momentoocorrc ao Knt. Voc veja quc o longo dc toda a irdio espiriiualningum disse que o homem tem capacidde de chegar tais ou quaisconhecimentos, nunc ningum disse isso. Segundo os esoteristas eocultisias, quc so da partc da tradio hermtica ou gnstica, atravsde exerccios ascticos, etc., voc se torna capacitado para obter certosconLe! ime rro, de orJem e.p ril-l \,lo,r.\oar\aoapend\gr-po\e\otricos e gnsticos quc tm essa prtenso, nenhum religio jamaisteve; o que el diz que Deus infunde esse conhecimento em voc porum meio que s ele sbe. Ento. ns podemos perguntar: enl que me'dida o conhecimento dos Iimiies do aparato cognitivo hunano afetariarealmente a douirina religiosa? A minl parcce quc no afcta dc manci-ra alguma. A idia mesma de um Deus onipotente implica que ele pos-sa se comunicr com as sas criaturas por meios que t,anscendem slimitacs dclas. porque cssas limitacs no afctam o prprio Dcus.O .,unr(iru. pr i\(mpl. dd (i.n('ia inlusa... O que e ciencia intu.al fo conhecimenlo que voc no iinha e de repenle voc aparece tendo.Ento uma cinci quc foi infundida ou infusa dcntro de voc pcloprprio Deus. Eu no veio como o conhecimento das limitaes da

    1Z

    nl(!rlc humna pudcssem liniiar tambm o fenmeno como a cinciairllsi j est dito desde o incio que a parte tiva n produao desscconhecinento no o ser hunno, porm o prpio Deus.

    Ms Kant est seguro de que uma vez que ele demonstrou as l;mitcs da mentc humana, os conhecimentos de ordem metaisica, no

    s os conhecimentos religiosos, ms todo conhecimento de ordemmetalsica cst bloqeado de uma vcz para sempre. no ser

    -

    dizele

    -

    que se mude o sentido da metfsic". A melafsic, ento,para el sobreviver como cinci, teria que desistir da sua pretcnsode conhecer os Ienmenos que esto colocdos para lm d cxperincia sensvel e ela tem que mudar direo do sell enfoque! operrum giro de cenio e oitenta grus e passar se intercssar justamcntepela esirutura do aparato cognilivo humano. Dito de outro modo, ametafsica tem que sc transformar en teoria do conhecimento. Ento,doravante. segundo Kant. no llaremos mais do infinito, da imorta-lidde, do ser, etc., etc,, mas falaremos apenas ds estruturas do co-nhecjmenio humano, seia io seu aspecto sensvel, seja no seu aspec-to racional. O conhecimento da estrutura racional da mente hn]anaton forma ento de um sistema das ctegorias. As ctegorias so,dito de outro n1odo, os tipos de juzos que voc pode fazer, os tiposde afirmaes que voc pode fazer No tempo de ristteles se di_zia que as catcgoris so os tipos de scr, quer dizer, as modalidadesde existncia. nto, dizia Aristtclcs. as coisas podem existir. porexemplo, como substncia. O que subsincia? Subsincia um in-dividulidade metaiisica. algo que elc mesmo e no parte ou aspec-to de outra cois. Ele dcfine substncia exatanente assim: substncia aquilo que no nem parte de outra cois ncm predicdo de outracoisa. Dito de outro modo, a substncia o nico verdadeiro slrjeitods limaes filosficas Ms nem tudo o que existe substnci,existem tambm quliddes, por cxenplo.. ou existen quantiddes.

    -'...r.{F,-t3

  • olr cxistcm acs, cxistem aes que voc faz c quc voc pdccc;erisienl posies e relacsi crio, de tudo o que voc conhece norrundo. voc pode classllicar tudo conformc voc esieia llndo deuma substnci. dc rtn qualidade de ulli relao, ctc

    Arisiteles nunca chcgou a uma conclusao exata dc quantas cte-gorias elistiami ele iem Lrma lisl clc oito c tcrr urr lisia de dez. Agnra. sc o conhecimento da estrulura do ser j no mais cognoscvel,segundo lnt. ento as catcgoris j no so mais lipos de eistncia.rrodalidades cle exislncia, mas so apcnas modlidades pelas quaisns cnfocamos e\lstlrci.r, nlurainente cle tcm quc mudr a Iisiadas categoris. Ele faz uma list de doTe caiegorias que na verdadevo coesponder no lista das catcilorias que Aristieles la7. mas sctcgorias dos rodos de predicot por cxcmplo. voc pode lazer urjuzo dc tipo catcgrico qundo di7 porexemplo que dois nais dois soquatror ou vlrc pode lazer un juizo dc possibilidade ou de illlpossibilidade c assim po dinie Ento. ns vcmos quc as categorias de I(aniso apcnas tipos de juzos que voc pode iazer indcpcndcntcmcntedo que sej realidadc a rcspcito da qal esses juizos esttro ilando.D rcalidde l no conhecemLrs mis nada, conhccemos so ente ascslruturs do nosso prprio aparlo cognitivo. E no spccto do conhc-cimcnlo scnsivet, tambm as dus grndes categoris do conhecimcnioscns\,el so. segundo ele. o tcmpo c o cspao. Ele dil [q0e] se nsno podcmos conhecer nad da realidade extcrna objctiv, o tcmpoe espao tln quc scr cnto foms da noss prpri pcrccpo. No que exiem tenpo e espao fora dc voc, voc que enxclga tudodcntro do tcrrpo c do espaoi voc no conseguc pcrccbcr nada iorado tenpo c do cspao. Scndo que o iempo clrrresponde modalidaclcque \'oc (em da percepiio de voca rncsmo. c o cwo lodalidadequc voc tcm dc prceber os objelos que no so voc. Dito dc outrondo. o tcmpo erlrtura da existncia do conhccimcnto intcrno

    t+

    (tUe trnros dc ns mcslnos, e o cspao a csrrutlrr do conhecimcnto{tIc lcnros do mundo err gcral Qu.tndo ns dizcmos que algo ericin0s !ucrcrn.rs dizor que exisie no icrnpo e n0 esp.r; porm no pode.ros dizer que o pprio tcmpo e o espo cxistcn Naverdadcocxisiiralgo a cst.Lr colocdo dcntro do le rpo c do cspo, n1as o tempo c orspro por sua vcz no tm propriamefte a eiistnci porque cles sorfcnas a lonrr quc ns lemos dc conhcccr as coiss Estaadlnitidahiptcse de quc rlvcz nio erisiarn ncm cspao. nem tcmpo. ns quecnrcrgnos as coiss assiln.

    C pra ns. eu acho tudo islo unl confuso miservel. rrrs otBbalho qe l(ant tem pra isio. para criar islo , absolutarrenienn)nslruoso. Por quc na poca io imprcssionou lanto? Porquc voci:r vinha dcsde Lrmas dcads antes. a pad;r do prarp o ttuDe. i sc vi-nhr dcscnvolvendo a idia do tcnomenismo. O qtlc o lcnomenis ro?t,enonrerislro signifila (lue voc no conhece as coisas proprinenleditas. \,oc no conhcce a re.tlidadc, voc s conhece aquilo quc chegr ai voca, aquilo que lhc aprcce. E a palavra "lcnneno" vem dovcrbo grego pldl,resllrai que qucr dizer justrDentc aparccer. Voc sconhece as parncis que tm a aDlabilidade de sc mostrar a voc\bcas se lenrbram d aula sobre Hurnc qnndo cie coloca erD dvida os{,r drJar.r,n,o"i, .1, ,1, " Lr. Lii/r' ,r.'r ru.lu, uprofrrn\ucognosccntc duvidoso, ns no conhecemos ncrr isso, ns conhece-mos apenas aparn.ias. t de ns mcsnnrs ns s conhcccmos aquiloquc aprecc para nos.

    Isso quer dizci quc idi dos cnlcs c das substncias reais que noschegarn atravs de unr lrultido de sirlLis dissotvid ncsses prpriossinis, s sobmff os sinais. voc Iro podc garanlir que exista nad porirs Knt .rndo\s ca idi de tlume. clc I HuDre e concord, diz:', ae hto as coisas so .1ssirr". Mas por outrc lado, IGrlt tanbnr

    'DrviJ Hurt AuLi22 OLr. dCnilh, Fd R.aiurq{rr\ 11007l5

  • hvi lido Newton, e se convcnce( de que Newton tmbrn tinharzo. de que existe gravilao univcrsal, existe ais islo. maisaquilo, ou seja. que Newion tinha chegdo a um dcscrio cficz drealidade lisica. Ento a csta altura o problenr que lnt ataca e qucele vai ieniar resolver alravs dessas idias quc c acbo de expor jnstamcntc a dcr como possivel uma cincia da naturcza dcscnvol-vid, como Ncwton dcscreve, se ao nesrno lenpLr. segundo Hume,ns nad podemos conhecer alrn dos fcnrrenos? Como ele eslconvencido dc que ns nada conhecenos lm dos fenmcnos, cnto,isso quer dizcr quc clc ro vi poder expiicr cincia de Ncwtona qual ele endossa. ele no vai poder cxplicJa como unra descrioda rcalidadc objeiiv, as ao mesno teDrpo ele reconhccc quc cla vlida Ento, como possvel um cinci vlid que voc no sabese ela colresponde realidade objctiva?

    Est entcndcndo o problena? Par:r mim esse problema parccc to-llmente artificiI. mas loi assim que ele colocolr. e esse problema es-tava n cbe( de muita gente na poca.

    (Alu a): Sem lalat tanbn que a lnesna coisa qL tlo eLedescrce a rcaldade obietito...

    No, cle diz qe nAo istol

    l\lna): Para ele t1o!Para clc nol Elc diz: "Ess cincia vlidr, mas ns no podc-

    mos sabcr sc cla corresponde realidde objeliv. Enio a validadcdcla deve estar llLlm olltr coisa". E onde quc clc vai cnconirr umprincpio de vlidade da cincia? n prpri esiutura do conhecimento hlrmano. Elc diz que as s1ruiur's da noss racionlidade c donosso scntido so univercis. isto , valen para todos os homcns. En-to qualqlrer teori cientiiica, se el corrcspondcr csia esirutura do

    t6

    t)rnsmcnto humano, estrutura da pcrcepo e cstrutura da ra-1ar), cla ser universalmcntc vlid. ind quc ns no sibamos se(la corresponde com realidade objetiv. Significa que circia vlidapasa a er aquel que convence igualmente a todo os homens ou quedcvcria convencer igualmcnte a todos os homcns c quc sc cla cstivcrcrrda, estro todos errados juntos. OLr seja, em lugar do conceitoda realidde como princpio aferidor da ve.acidade ou llsidade dasnosss idias coloc se a idia de humanidde. universlidade dcstrutur do pcnsamento humano torn-se agor o vcrdadciro critrio.ou seja. no h uma ralidade cima de ns ou lora de ns quejulgue avercidde ou alsidade ds nosss idias. a nossa prpria estruturaque, por ser universI, por ser idntic elll todo os hon1ens, garantea validadc dcsscs conhccimcntos. Mas grantc a su validadc c no asua realidde No se fla mis da relidade. s exisiem os fenmenose os ju7os viidos. O que vlido? V1ido significa que conlere conr aestrutura universal d mente human.

    Como que fica dentro disso, deniro desse novo esquema, idida rcligio, a crcn cm Dcus, por cxcmplo? Elc diz: "Ns nao podc-mos sberse Deus existeou Deus no existe. o que ns podernos fazer validar a religiAo pelo nresnro rodo que ns validmos s cincias".Ou seia, er funo d estrulura da razo humn ou da estftlturado conhecimento humno em geral Ento, diz ele que a cren cmDeus o que ele chama o irllpertivo categrico, quer dizer, algumacoisa que tem que ser porque seno o homenl seria menos hon1enl.estari dininudo por assim dizer. Ele valid Deus. no em funo daexislnciar de De1rs, rnas da iecessidade que o homem tem de crer emDus pra ele manier o seu esttuto, a su nobrez hll rana. Querdizer quc abolindo a rcalidadc. abolindo Dcus, abolinclo naturcz,abolindo as subslncjas, sobra o qll? Sonente a eslrulura d lneniehumna, e esta pass ser o iuiz suprerno de to(las s coisas. Na po

    t1

  • ca islo ler rn impacto absoluiaorcntc fornidvel porquc a crlicaienonrenista havia convencido todo mundo e por ouiro ldo larnbrnlodo nrundo esiava convcncido da vlidadc da nova cincia, cstvatodo mundo olgulhoso das conquistas da cinci lsic. c ao n1esrno ierrrpo todo n1undo persuadido de que crtica fcnonrcnisi oucprica cra vlld Quando Kanl conscguc harnloniTar csss duascoisas fazendo o quc cle chma de "rcvollrEo coperrricna' , cle diz:"Assim como Copnrico tirou o cenlro do Inundo da Terra e colocouno Sol. cu cslou virncll) tmbn o univcrso inteiro ds cincias queantcs giritva em torno de um teco chmdo realida(lc c gora girnem iomo d nossa nrentc'. Estc giro.. ns ainda estamo dcnirodelc. Qucr dize, a inlluncia de I(nt no mundo assim avasslador. em todas as tcorias cienificas, scja n eslera dc cinci.rsnaturais. sej.lc cincias sociais. o l(ant est prescntc cln tudo. Isso.lucr dizcr que est prccurlo haniian dc iamis fal.r da rcalidade,ms falar sornenic dos fenmenos, c dc privilegiar o proccsso e acstruiura do conhccinento dianic do obielo corhccido, qLrer ciizer,o objcto preierido cnr l\,or do sujeiio cognosoente, isso a cst deial modo irnpregrado que eu acho quc nunca mais nenhuma leoridcpois de Kani. ncnhun Llesss tcorias mis Ia osas que circulpor a, iamais pretendeu scr rcal. prelendeu apclts ser vlida Vocirngina ent.lo o cfcito bsolut.L enic narquizanle quc isso tcm nL).lonr inio .l cinci

    (ALuna): Acho que aa s as cincios. lnas acha qut i chelou.is llifias catlseq cias. o honen Lanu i Pettstl dessa nofieiru.

    Sim, o homcm conrum i kaniiano.

    (Allota): - Pat e*npLo. eu otiem conte$anda coLtl u 1afiigal(lisse a ele uma coisa e ele disse: "Nttol Issa que oc esl di?endo

    t\ilida! ' 'Sin! Ias ?oc acha que issa que eu estou dize do cetto?"' Nt1a! L a sua opil1io..."

    Vcja qrc csta idia, por c\cmplo, estc tipo de rellivisno aieDudc)(tuc diz que todas as opiniaes so vlidas, \,oc v. isso uln cco lon-!,rqlro do I(arrl.

    lAluno): E as pessoas fido acllnileni..Quer dizer. no existc o tcc da rclicladc.

    lALuno): Depois t)oc aLa em objelfuidade, mas h intoLencit)

    E: Objctividade segundL, I(an1 serj pens corresponder s estru-iurs da razo c d pcrccpo E diz ele [que] ns podenos conheceos lenmenos, io . as aprncias, c podcmos conhccer tambm poruma anlise reilexiva a noss prpria crutur do conhccimcnto; isto iudo quc podemos conheccr lslo, segundo ele, no implic desmcn-tir a religio, implica apcnas tundl em novas bses; s bases gorseriam j no cognitivs, mas bscs momis.

    inpossveL. por eremplo. ler a sociologia dc Max wcbcr scnl vocshcrquc tcm sombra do l(antpor irs. porqueWeber ufl sujeito qucsempre que vai chegar algun afirmao sobre a relidde coloc ostermos enlre aspas. As aspas tm 1r cfcito atcnuntc. ento se el vaitalat a ruilidade abieLit. ele pe olelira enirc asps Isso qucr dizcr:no a reliddc objctiva mcsmo, aquel realidade que voc pensa que obieriv Tod o csse conjunto dc prccaues d a impresso de que voclcz un1a espcie de irpgr"de, iudo sctorn mis rigoroso. mais cienifico.rrais cuiddoso. Ms se voc exninar bem. de lalo. tudo e mis cui-dadoso c mis pnciso e mais rigorLrso. crceto os conceibs iniciais corrquc llant coneou essa coisa toda. Poque quandovoc vaicxmin-losvoc v que nada disso se susicrta. mas ncm um nico Drinuto.

    l9

  • O cuioso que esla gracle dc lilnitcs l(aniinas oprimiu de tlmaneira o crebro ds geacs seglrinies que todos ientarnr sair del de dentro, pom toclos tcntaram sair parlindo do prinoipio dc que conquist kaniiana em defrniliva. Enlao. voc lern quc partir de (artpara dilrtc. para a frcnie, voo no pode voltar alrs, aquilLr quc cledescobriu vlido c est dito t pm voc rcsturar. por e\enrplo, arnetfisic. \,oc tcria quc resiaur_la por um cminho que losse l{an-iiananentc aalnrissvcli tudo o que esi n l'llosofi do idcalismo lelno. com Ficlrte, Schelling c Hegel. baseado nesia idia. qer dizer'eles colocm o Knt como ponlo dc parlida.

    (ALutlo): Old?o,laUSPe i oufi Eente coitentando que filsoo mesno. s quatro: pLato. AtisteLcs, Descatles e K4r1l

    ls pcssoas achm is) AgoIa, o IGnt. . nnlinha opinio pessolrbre o I&nt nluito depeciativ. eu acho qlre Kanl burro. eu i tivevrios sinais disso i.

    (ALulto): Pot qu?Por qu'l Porquc ele colnc a colocr uns conceiios e ele no per

    cebe as implicaes inrediatas desscs conccitos. Por cxemplo, sc ele dizquc o lernpo a ioma da rtcrioridade c o espao a forma d exicrio-rialade. voc cia um problema. Como que voc relacion u!n coisaconr outra? Quando voc percebc lquel Lrm tren est se dcslocando,voc cst ircndo o qu? Voc e fazendo uma rclao cspo-ier"po,cssa relo no fcita por um ruciocio, voc percebc'

    ^ perccpo

    alo novin1ento mostra quc o espo c o tempo no aprcccn para voccomo elenrentos separdos.

    (Aturu): Gozado! E nen fie parcce que ele Le o Ne?t)on!Bom. no sci. eu no conheo ntlrilo o Newtorr'

    (Aluua): - Que]'dize\ a espao e o lempo sdo.ts tctrieis

    Sinl. mas ele diz que voc pode desenvoh,eriod afsica do Ncwtonscnr loc pressupor a rcaliddc cxtcma do quc voc est dizcndo. Voc!i dizcr pcnas que quela arDradura de conceitos e de obser!ocs...dc rclcs criadas por Newlon correspondem aos fcnmcnos. Qucrdizer de ludo aquilo que voc colhcu na rcalidadc, iodos os dados quechcgaram tcvoc, aquela armdur clrmbin corn eles. Voc no podedizcr sc as coisas sio realmerte assiin

    (Aluna): - El Isso acoba inuallarula quulquet auttu ..Isso qucr dizer o seJauinle: voc conseNa a cincia inteirinh, iudo

    o quc voc sbe revalidado. s que no significa mais rcaliddc, signi-lica apens coincidnci conr os fcnmcnos. Ento, as coiss, s subs1ncis. as cntidades ficrn ercllridas d era cla cincia e sobram apc-ns os fennenos que chegalu at voc e as rclcs quc logicamenrevoc estbelece entre eles. D a iffprcsso dc quc fica iudo igual: agoracu estou vcndo vocs, cu estou supondo que voc! estio a, mas se eudisscr quc vocs so apenas lenmenos que chcgam ai minr, funcio-nlnenre isso no vl nudar er nda. Porquc todos os dados que eucstolr captndo e vou continur captando do mesno modo. Eu njrlir, i qur n, .u, nt-.. nJU .Ju

  • mos c csse nundo asslrrr. ns sabemos apenas que ns. scrcs humanos.corllr coleiividdc cmos ssim: cono ns no podcmos sair de dentrocl..'o\.r . \ ru.urd r,,n.rit, .r,1'\ \ahcr. n,1,r': J.\ rn . u rid'i ssabcmos que todos venros ssin, cnto.rquilo que estarros dizendo respeito no eccssriaDrcnte rcal, mas univcrslmcnie vlido.

    (ALutn): - Quem deli1o cotllrcci lent() sabrc a eslrutun unilersal da 1ele hut atla?

    li:le diz.Fc podc, por exelnplo, por urn nlisc introspeciiva, umanlise trnsccndental... O que transccndental p.Lra ele? Transccn_dcrltal aqullo que.lctcrmin o qudro da elpcrincia possvel. nrasquc s se revela para voc depois da exprincia Quer dize! a con_dico d irr;ori, ntcrior experinci. mas quc voc s conhecc d poslerl.,r/: quer dizet depois quc voc tcve experincia. voc analisc v quc ntes mcsmo de cla acontecer j havia cctas condiires qucprecleieninvur a lorma desse conhecncnto. lsso o trnscendcntaldelc. o trnscendenlal signific voc rctornar sobre o conjnio da expi.n.;Jprrr\.r rin'qui{ o * Ju:r ,rc o . \p(':rn.'iJ nrr5qlrais s condics anteriores. s condics prvias que j davm o\udur.,. d !rddr prl,r quJl ' ce nl'tnt, a , rrriirnir

    (AL t1a):'Quet dizer s posseLenlo esse conhecit etllo apos-leriori. irtcrprci.io a posteioril'

    No. mcsmo o conheci cnto do a p/io, s ver i7 posleriati- Ur14coisa o nrodo dc voc obter Lr conhecimenlo, outr ooisa a nlurczadele. Tem conhccincntos que err si no dcpcndcn cla expcrinci parsri,]idos, mas voc sri os obtm travs da experinci. Por cxemplo.que dois mais dois so quatro.

    ^ validade dc "dois mais dois so qua-

    lro' no uma vlidade erpedmentI, no uma vlidade cnrpirica, unra validade lgico univelal. Mas voc s descobre isso dcpois de

    22

    !r)ca lzcr conra c1c dois mis dLris -^sora. leln coisas quevnr travs([r cxpcrincia e que s so validads pela expeirrcia] por crcmplo, olirto dc quc vocs estao aqui rgorai cu no posso por lgica, por mcrarrilisc litic dc conccitos, cu jmais podcria provar qLre \,ocs cstnrqui agor; elr preciso do dado de experirrci par isso En1o, cssco,rhcciInenlo no sonreoic c obtido por cxpcrincia. mas condio(lc vliddc dclc cst na prpri cxpcrinci: nas teln outras que no.u)c obtrn pela e\periaDcia. rras a condio dc laliddc dclcs no r\t(l ilre ial, lgica

    lAluna): L issa est et K.t l?lisl no Kani i\,as essa distinao cntrc o cmpirico c o racionl dc

    algum rrrodo i cst\, cin Aristtclcs.AcoDtcoc quc l(ant 1'z vrias coluscs, uDra del.rs ele char que

    fur'.'. Lo\ irrrr.rn',.trc.i'rrra.rt.tirum.,..i*r-m^ pa rqtt, .nosso conhccimcnto tivcssc rcliddc objeriv. EnttLo. criste por un1ldo o cnixncno quc aquilo que as cois! me rroslrarn, aquilo querhega at rirn; e pra lff disso talvcz cxista olr talvcz no existam coisa-crn-si. O quc cois-cnr si? a coisa independcnlenenldo quc cu conhco dcl. Sonlenle esta coisa em si que serl a il darcaliclde drjellv, relidade qll em si mesma.

    J comcrnos com o scguinrc probicmar por que s aquiL, que euno conhco quc tcln que ser objelivo? QuaDLlo eu digo que uma(oisa objeiiva eu quero diTer qe el exisie indepcndcntcrncntc darlrinh intcrfcrncia, no do mcu conhccnncnto lsso quer dizer quequndo cu mc cobco no con1o sujeiio genle, produlo do aconterinlento, n1s clrmo obsen,dor eu digo que clc acontcccu inclcpcn-dcnlemenic dc n)imi mas dc mim corno sujcito agcntc, niLo colnosuicito cognosccntc. PorqLre seno. por erenrplo, se elr iesiemurrhoulll crine. ent,Lo eu posslr dizer que o crime contcccu rcalmcntc

    2l

  • sc cu no o obscrvei? Isso dlna estupidez assim to lormidvellConnr voc pode definir a cois eln si cono aquilo que ela indepen-dcniernentc do seu conhecinento? lsto a prineira cois. A segundac.risa: toda a anlise que Knl lz a artlise do slrjcilo coglrosccnic,quer dize! a anlise das eslruluras racionais e percepti\,s do sujcitocognoscenie. E atrvs dessa nlise ele chega concluso dc quc oprincpio de validade do conhecimento justamenie a colllprccnsodessa estrutur do conhecimcrtoi cnto, cla passa a scr a Dredida dee,r.io ela ellooohjcro o nblcr n.m prcci,. . \i,rir r'(\lruiua unilersl enic vlida, .nto, o conhccimento obtido por ela ,i .ln rr,l.t. r.lcIr.m.,rc J.

    ', obi.r" r\islir uu 1.,u

    S quc ns tcmos um pcqucno problcma: este sujeito cognoscenie scmprc c unilatcralmcntc sujeito ou cle tambm objeloi l:upoderia scr sujeito senl ser objeto? E eu poderia c|egnr ao conheci-mcnto das ninhs prpris eslruluras cognoscilr'vas de sujeiio se eLI

    E claro quc nol'Ilrdo o que lUnt lez loi erminar urna i agem no spclho iazcn-

    do bstro de se quilo imagenr de algutlra coisa fora do cspclhoou no. Ento, a imgem no espelho vai se precer bstante com relidde: s que se voc no se intercssa por sabcr sc nnagcnrrelletid no espelho reilete algo erterno ou no. tudo par i,oc scrimgem no elpeiho da par dianie. ELr digo: tu.lo scr imagcnr noespelho, mas c o prprio cspclho? Qucr dizcr, pra o cspclho relletiralguma cois for, lgm imagcm fora. ncccssrio quc clc no sejapenas um ingcm. Bslari voc invcricr, dizcr: olh. no exisies a imagcn no cspclho. cxiste a imagem qlre voc teln do espelhoVoc tmbm cst vcndo o cspclhol Seno, voc no pocleri dizer oquc cle cst cspclhando.

    O mundo de I(nt rna espcie de mundo bidinrensional em que!i cxisie sjeito, e o sujcito c scrrprc c uniformcrncnrc sujcito. Sc voc.(,nsidcrr aquclc sujeitoi por exemplo, o prprio l(nt, conlo objeto.vor vai vcr que a existncia objeliva desle objelo condjo para(tuc cle sej slrjeito. Qucr dizcr, sc tudo o quc cu conhco, cu conhco..{ .r1 nn .ro .. n .. bir tu rL nr lru pr rrd\. cL p.i(:tu \ ir \ flrprjprio poderi conllecer isso sendo eu mesmo apenas um lenmeno.1ia rcsptrsi evidentcmcntc "no .

    Ento, Itant pula fora desse problema levndo em conta sonenters cstruturas do sujeito e jmis consenlindo em se colocr a sj mesno)mo objeb Oa, o tste a bastante simples. sc voc sc oLha numcspclho voc v quc a imagcm quc parece no espelho detcminadapcla cstrutrr do espelho (no isto?), qundo Itunt exaDLina a menielruman ele e exarninando como se fossc uln ewclho e dizendo:''olh a iffagcm quc sc rcflctc aqui no depcndc d estrutur do objcto. dcpcndc da estrulura do espelho." Quer dizet a nlenle hulnanaa L, espelho no qul se relletern os lenmenos, e eles adquirem uffa1,,-ra q,. . J.r.Ir1d" o.l"..IL,urd dr..:, poorrr rr,rt

  • o pocesso cognili\,L). considcrando o ubjeto pcns conlo i mcno.lnqu. \, i r e. rr., r\,ri rrc'r rn tnc. .\ n' u

    ''p(clnl.n"r'ri,;Luc voc lenr o aspccto substnci|, c os clois nAo sc confLrndcn de Ina-neir liluma. Porque se voc. no inslnie cnr quc \oc se conhccc.conhcce algunr fcnmcno seu plprio rcspcito. por c\cnrplo. \oc dj7''e esiftr corn frio": bonr, essc Lrm l'enInen.r, uln dado da expc_cn.rdq.'\

    'i'i!-rr(\4'c L, rr,'nr r.tr'lrr .r,,' Lu o.r,rr,nu:E este lncno, por sua vr, scr rcgislrdo por outro ienrreno, cpor outro fcnn1eno. e por ouiro fenDrerro, c por outro Lerrmcno...Voc tcr multiplicdo a coisa lbnridvclmcntel Alm disso. a idiaqLrc l(nl iaz d lncntc humana subcnrcnde que c)s ltnDrcnos chegampr ns dc Draneir lotlmcnte calica. clcs no tnl unidadc, nL)c^r,rc rrrnr unir-d- rra crtru.-r- do uli\,'','. n', rL trlu'1 o, ,rdl t

    "

    nlenle huuran quc cria eslrutur c o mulr.lo ento , na melhor dshiptcscs, ur1 .rgloncrdo dc lenrnenos quc cm si mesino no temcrulura. tod cstrntura ns damos. Damos corno? Qundo percebe-mos as coisas clcntro do espao c.lcntro do te po cstmos projetndosohre os icnmenos as cstruturas que se chmarn tempo e espo. asquis eslo na nossa lnenle

    B, r i..,, prr. ir rpu'rn roao. turu ('r rfc\ Iiffpossivcl voc lazcr isso. Por qu? Por c\cnplo, eu estou pcrcebcndo esi sal. o que signific cu pcrceb la? Significa que etl aenqudrci nas mjnhas cicgorias de espo c tcnpo. I por causadisso cla nle parece scr urna s.Lla coln pcssoas dcntro, cor csta. csl,cst carclerstic. Nlas eu no sci sc realmenle cssa cstrutura qLrccu cstou pcrcebendo corrcsplrnde estrutur da cnlida.lc objclivaquc csi dlall1c dc rnim.

    ]\{uilo bcnr. c quDdo eu pcrccbo que estolr pcrtcbcndo? Ou scja.cu pcrccbo est sla c cn1 scguida eu rcflito sobrc o ato quc crr icnhodc perceber isto. Ento. nessc instantc eu nre lransforlno pra mimnresmo no qu? Num lenmcnoL Eu trmbm no mc conheo subs_

    Zb

    lrrlivanrcrrlc, s rnc conheo corno ddo lenonrnico. lUas qundo eut)erccbo cstc dado lcrlomnico. por sua vcz. cu o pcrccbo dcsdc um,nrlru ponlo de vista que imbm lenomnico. Voc pega aquela l',"-, lr, \ d,pd c Lid.. Jr\".e (u \(i cu.(i.Ir

  • csi nultiplicando os obictos indefinidmente Quer dizer, se voc iest vendo aqui um gato ou unla ladru8 e j esr diiicil de voc entender isto. se voc multiplicar indcfinida entc o nmeo dc tatarugasquc cxistem e trc voc e ela. voc no est ajudando err bsohinrntcrda. voc cst pens complicando, voc e criando um atificilismo bsoluilnenie iniil, e, pensando bem. voc no disse nda. tlilerqrc luau u uJ. no. rnl'ecerr n\ 'iu lennl.n' e no "\ f" \r' (nr si nio dizer absolulmentc nada. Qucr dizer uma frase que nao temsubslncialidade. Por qu? Porquc qual a difercna enire lcnmeno ecoisa-cm-si? Fenmcno aquilo que eu enxcrgo e coisa_cm-si aquiloquc cois independenrcmenie do qc cu sei dela.lluiiobem. ai voce supondo que iudo quc voc sabc da cLrisa ro fz pafle dacsirlrlurd coisa.

    ^quilo qcvoc sabe s fenneno c quilo que cla o que

    cla independentcmente de voc conhecer Por que ios aquilo que cuseidelatcm que serexcludo daestruiur dela? Isso qur dizer que cadvez quc cl nle anda urna lnlormao el tata de no corrcsponde ess informao

    (ALuna): Que o probbma...Clarol qui tent o spo- o sapo parece vcrdci n hora cn1 que ele

    cmitilr esse verdc, ele diz: "agora iso qrijvirou fenmcno, ento no

    A idia de queacois ern-si, dc que arealidade obietiva da cois;r terique ser aquilo que el indcpendentcmenle do quc sbenros dcla supeque uma coisa poss cxistir independcntementc dc qulquer suicito que

    conhca, n.]o apcnas eu. lnas qulquer olro suieito qlrc a conhe, ouseja, a coisa pra ser real tcia que eslr totalmente isolad de qalquerinlomo que ela passsse par qualquer oLrtra cois. I]ito dc outromodor sc ns entendcnos qlre, mcsmo considcrando tudo ttnonenic_

    23

    ,rlrlc. 1) quc ns chamnros de universo unr tecido de rclaes. nesIx, quc scja llnomnico, ento coisa-em-si s podeda ser quela qucr'!rivcsse totalmente iora dessc tccido dc relaes, e isto cvidentemente(. ULI condio impossvcl. A cois enr-si qcla que no transmitisscr .l,,L-("n alburnr prJ' rnguL rr a r\oeilo Jc' a ll',p-id F\:\li,,crr f( hnr quc isso no podc existir

    (ALu a): - Ns que tabez..No. isso no pode existir dc mneir lguma.

    (Aluno): - Tabez ele queira di2er qe a coisa-em'si e lite inatfia'

    . traduzindo a coisa em tcrnn de teoria da informao. voc lenr ocnrissor e o rccepior da infornao, enio, o suieito o que recebc a in'lormao, objeio o que cmiic, se voc equacionr assir11. isto esclareceDr cramba. Umavcz definido suieito c obieto assin. voc diz: possvolum objcto quejan1ais sej suieiio? Ou urn suieito quejanais seja ob'jcto? A resposta evidentemente "no'. Porque o sujeilo absolto tcriaq c scr aquele qlle s reccbcsse inlornaes senl jamais emiti las, nemmesmo paa si prprio. Enlo, ele teria que ser inlonnado dc tudo semnada sabcr de si prpio E o obieto bsoluto seria aqucle que apenascnilisse informaes seDl jnlis reccbcr nenhuma. E voc at cntendeque nessc caso tirrto o sujcito quanto objto so dus iomlas de inexis_incia. E ele esi dcfinindo enialr como coisa-en si o objeio incxistenie.Qer dizcr par ser Lrm colsa-cm-si precisria serlncxistente. Se cheg ns de algum modo porque no coisa-em si. tru digo: mas querioi Quer dizer que cda coisa s inlorm pra ns o que no el?

    (Aluno): Etltuo,talrcz seja qe eLa inounu aquilo rlue eLa, sqe a assa capacidade depelcebet distorcid.t...

    2')

  • Nol lsso j est incldo. No tem nad qu ver Vmos suprque cu quando vejo uma cois eu opero um distoro nel. ela memand unl conjunto de inlornaes ds qr.rais eu s pego algumas,e essa seleo deieffrinada pela lor da minha perccpo. [,luitobcm, aquele conjunto de intormes que ela me mandou e que euestou selecionando do n1eu modo, esla seleo que elr lao corrcs-ponde esirutur dela ou no?

    (AL a): Tem ufia pare qe sim..-[nto, isso i pode ser rcsolvido pela teoria do sapo c da gui

    que eu j expliquei, crcio. no Scminrio, no sci se aqui cxpliquei.Aqui tem um sapo e aqui lem uma guia; unra guia ellxe dezquilnetros de distncia, enio ela v o sapo dez quilmctros dcdistncia e diz: "Obal Est ali o mcu almool 'O sapo s enxergat um metro de distncia. ento ele nda saber da guia at terviado almoo dela; ou seja, nenhum sapo jamais soubc da cxistn-ci de nenhum gi. no d tempo dc vcr, clc morrc e no sabeporqu. Por outro lado. tem qlri Lrn mosqujto que o alnroo dosapo; e o mosquiio quando ele v o spo voc sbe que o nrosquiioteln um monte de olhos - ele v mil sapos. Muito bcm, cada um cst\( rdo a.o \a por u-n an8u u. d Buia \ Lluu.rruiniu\. m.LJnenhum porque lanbm enxerga uma nosca a dez quilmetros dedistncia no d. nas o sapo ela v; o sapo no viu guia ncnhuma,ms cst vcndo um mosquito, mcsmo assin o mosquito est s numdos dois lados do mundlr, porque o sapo no junta os dois {)1hos. uma pa cad lado, as dus vises, cnto... "ahl tcm um mosqLritono mundo dircitol" E o mosquito por sua vez v mil sapos diantedele. Ora, o sapo est aqui e ele esl emilindo unra inlormao paraa guia e outra inlormao pra o rosquiio. Elc podc trocar? Elctem capacidadc dc cmitir pra o mosquito inlornao que ele

    L rrr rr par a guia? E1c tcl1l a capacidde de se visio pclo mosquito([) icilo que a guia o \.? Nol l]nto, isto sjgnific que a maneira, tLrr r irgi c o mosqlrito vem o sapo no est deterninda s pcloirt)lrro dc percepao d gia c do mosquiio. nras pela cstrutur(l(, pr(jprio sapo, clc no pode tocar isso, clc no tem poder sobreisso Qucr dizer que iod informao que enitida e recebid, dc-l,cndc no s d eslruiura do rcceptor mas tmbfl da cstrutura do(r)rissor Seno o emissoi poderi tmcar os scus sinis vontade.lirlo. cxistc unl limitao do parto de percepo do rcceptor.Scnr dvidal Nls essa limitao compopocionada cstrutur( frissiva do emissor. Portnto, estruttlra da nossa percep.lo r olrproporcionada eslrutur dos obictos.

    l^L1t11a): 'Ele pode na percebet eatamene o ttue e qer.l.tltxs tllguma cois.r dele...

    No. no s isto. Cada scr s opera un1a seleo. Essa scleorcilete sonente a cstrutura de percepo do sicito? No. Reilete a(l(, objcto imbm Porque par quclc tipo de obscrvador elc not)odc cmitir ourras infonncs. Por eremplo, se voc v o sporoDro verde, no porque o seu olho esl montado ssim. Se o spoqulsesse parcccr azul. ele conseguiria? Nol Teste voc isso a Porcxcmplo. voc es1 diante do cspclho. voc tique pelado dianic docspclho e tente aprcccr vestido. Essa li itao do cspelho? Certanrente, coitado. clc no pode vesiir voc. NIas voc tmbn notcm a cpciclade de aparcccr vcstido se voc esl pelado. Ento.quer dizer que a sclco que o obser!ador opcra comproporcionaJ. r rel.a. J". i rturrrr.u(' qL,e o o5t.,, n':.,'.

    (Alul1a):-Eosapo o pode parccet |tne ea Eua ao pode

    l

  • Clarol Vnros inverter: agora o sapo conrea \,c. como guia oucnto cle emite inlormoes pam guia c dizr "olha, cu n,to eslouaqui. eu sou o mosquito . Elc no podc lzer istol Que direr queesse coniunio dc pcrspcctivas. cda un1 limilada. que os vrios scrcsirn uns sobre Lrs ouiros. ilo esi sofrcntc neles enquanto observa-dores. lnas enquanio objctos tambm. Evoc percebe isso claramcnicquando voc cmitc uma inlbrmao par voc mesrno Por cxcmplo,ficndo dianle do espelho peldo otl vcstido. Quer dizer, o espelhonLr len1 capcidade dc captar voc alcm do que est rla lrente dclc,,ras voc imbm no tcn1 a capacidde de proieiar nele o quc voc

    lbdn ea idia kntina d cstrulura d percepAo ur a idianruirssimo intcrcssanic, sar que ela no exisle independentcmcntcd estrutura dos objelos. llle est supondo no s a existncia deunl sujeho absolllto. qucr dizcr. uln sujcitLr que fosse senpre e uni-lormemcnte sujcito. mas clc est supondo que toda lluinanidadcscja assim. Ento, este o prinreirc uro. No eristc o suicito sen1 serobieto e voc se considcrr como sujeito um abstrao que voces! lazendo. qucr dizcr voc est apen* decidirdo se examinr sobmctadc dos spectos qlre lenoilenicamenie voc mostl. E voc cs-colheu essa nerade, por qu? Porquc voc quis. Em vez de eu izeru . \JL i rnrnhi \ .rrururo df p' r.,L t\',u. 'trrr < J rn

  • l)rya ca se lit)essetn. A ltti tllna ?spLit de cisd,:) (lttlre a eu cot11as ieito e o eu co ta obj(|.o, e aL 1 ssa nao se tediusla. .

    Eu cntcndo jsso. i\,as conro a qut voc aticul isso corlr o ncgciol.antiano'l Eu ro ntcndi.

    (Allnto): I eslou liLaLtdo a sethte ..littcaLttpree srcllNo. elr llo cstou qnerenclo dizer quc voc corrro sLricito c vL,c

    como obicto eslcjarn scnrprc pceitanrenle artictLldos de Lnna rnncir conscienle. Isso no neccssrio O quc cu cstolr quercndo dizcr

    t, ,i,.t.1, lr:r\, n, {o,'r. ^"n!"ur"u, (' l.lr."rr, J'r,irc dc voc, na sua )rrposio objctiva, existclll Inuitos specll)s qucvoca ncsmo llao corhccc e que voc vai conhccendo o lonilo d \'ida.O que prova dc quc voc co ro s jcito cogrloscerrlc c voc colllo obielo ro coincidem perlciturcntc. Nlas o qtl a filosofi de l(ani spca que ri]o colncidam jaDiis. que estcjam bsolulnrrrtc scparados. eque u r poss scr exaninado dc nrncira toltrlmenic indcpcndente dooLrim. NIis inda. esl suposto quc loc jamais scj objelo.

    Quer dizcr, cstrutura cogriti\ do suieilo pode scr dcscril enr simesnro E isso quc elr eslon dizcndo qlre nio podc. Eu mesnro lenhodc scr objeto pr qlrc cu possa descrevr a rrinha prp a esiruturadc percepcol E sc cu sou objelo, cnto rccai sdrre mirn rncsmo asobjcocs qrc cu cabo de fzcr contra.L cois-cnr-si E sc lsto rucaisobrc minl nres ro, por quc no h dc rccir sobrc a Dlinh estrLriuradc pcrcepo? Por qnc a que el tmbm no h de ser pcl]s urn lccido tnomnico? ll por (tuc cla har de ler u aalidade universl? Notcn ncnhurn motivo par tcr. Se tudo o qLLc \'oc conhecc do rnundocxtcrior fcnnrcno, e n,o s do mnnclo exteiior, ludo o quc \'oc ct)nhecc do cspao e .lo tempo, cu digo: mas si mcsmo voc se conheccno tempo. Agora, \,()c peta anlise.:l sua cxpcrincia lcmporl chega concluso dc quc erislem ccris condiaes nieriorcs..r priori. sem

    -l+

    . , Iiris a sua crpcrincia tcrrporl no tcria aconlci.lo Nlas collro , L r vooa chcga a isslr? Pcl nlise d cxpc ncia tcmporI. E qucnr, rs! (tuc a sua experinci renlporal .Lconleceu co o teria de aconie(, r ' Se clu como , c to, nlisad ela revela qlre precisa de lis ou,1..i,nrji.... 1 ..r.,urrdi,.,,.p'ir \r-\./ .J.,priur.ri,,.. n,u,l( tn'rdcrn da e\istncia da prpria e\perircja Mas o conhecimenlo,tIr loc rcm dcls dcpcrdc dc quc \/oc lcnh cxpcrincla. Enio.;r L fica manejru dc voc chegrr s lordics plot'i a arlise claIrlrrirrcia, rnas a crpcrincia rffbnr fcnonrnica En1o.forqu,5 cordics quc dctcrminaranr qucla cstrutur daqucla.xpcrinciiarrr quc lei univeisis? leri q!e ser por rm processo indutivo vocar ralis uma clipcrinci, ouira crpcrircia outra ciipcrincia. ouirar\pcrincia. nad podc lhc garantir quc nlisc d pr(ixima cxpcri-.rci n,o vai lhe revelal oulras condiares d p/ori que voc no lifha)crcbido ainda. Alis, o prprir) I(nt mcdida quc clc vai lzcndo,r ,l " ' , Jr\ulri,d,,, flr',. rJnd' , r\.,piu,,.

    (Allrur: ELe nLsntL) ftLonhect issa!llle mesn1o reconhece. Flnto. quem lhe dlsse que toda esi bel.L

    eslrutur que voc descrcvclr tamb no lenomnica?

    (lltlt1o): Baseada a erpet cia do ptpria Kn|...Do prprio Kant. scm dvidl Ento. sc voc priir para o feronro

    nismo. no tcnr sd. O cr qlrc pac pra o lcnomcnismo tcm qucdeclarar clararnenle "eu no e{istol '

    Esss obiccs rodas qui naro so rninhs. cls so aprcsc|ldas.Eu crcio quc a nica quc minha propriamentc dita. a cl corrcspon.1,1..'ir Ll,.'r 8,., Ll,'.rl-, c Lli,.i,,Ii, .l,rr .lil-r,,. n.i.,, c,,. !or.. ani,ul,\",,Jnr.po\'' \np,,. P.t. r.,,\ ri\r. dfli.u-

    iao de espao e tcmpo. enio a sintese dc espao e tempo teria quc

  • ser racional e no percepiiva. Se as duas rinicas condies cla perceposo o espao c o tenpo. o que Ihe pcrmiie dizcr que talcoisa acontcccualuranle ")i icmpo" e cm il lugr? SLrmentc un1a snicsc cionI. teriq e ser uma srisc lgic. no uln snicse percptiva rto. o l'ato dcnu. pi[ ! o. rnr'

    '. u I ovrlrr ,ro r.'ia qrre \er c\pl:rr'l^nn rr i' u( niu

    que voc cst l7endo.

    lAlfia): - Ea ru)dnia iustame teoto hfuia. .Enro. o movimcnto deira dc serm dado. Enita gente diz isso No

    .rrrs .li: ilosofi do Alain mile Chficr ele dcmonsta o tempo todoque o nrovimento uma sntesc que voc csi f7cndo n sun mcnie'

    (ALun.t): Quanda lustamettteo conLttio, Dac lem quepensar o''pll o c tcnr \ potadu p,lra it-tttat o\ dal\ 't,) ftpParnfto

    Como '? l

    (Al11a): - Voc tem que absttl'o espao e o lempo pctttt. 'E1c cst di4ndo, "voc pcrcebe dc um lado o cspo e do outro ldo

    o tempo, voc pcrcebe o cspao lora c o tenpo dcnirLr. . ' Nlas se eu pcr

    cebesse o espo for c o ternpo dentro, como que cu posso saber que

    e estou aqui? O quc esl dentro esl dcntro. o quc est ora est loralOu seja, eu runo posso perceber que eu esiou num lugar, eu s possoconcllrir quc estou nun lugr Ento, a minh prpria presena fsicaern tl ou qlral lugar deixa dc ser um dado dos sentidos e passa a ser oresultclo duma concluso. durn raciocinio quc eu i'lz Voc nAo pcrcebeque io muilo complicdo?

    (A1 tt): - Etttao, todo lunda prccisata set Kant.Todo nunclo prccisia scr l(ani, scno ningunl saberia que est

    cm prte lgumal Quer dizerl veia, un1a coisa voc vlidr por un1

    ritr:ir)crl() 1go quc voc esi percelrendo pclos scntldos: outra coisa locLi dizcr que zr prpria percepo nascedcum rciocnio. Eu digo: no.r r tcm u ra estrutura quc pode sert que anlog ou hoffloga deI Lrr rclocrio qLLc voc pode lazer Ou sej, lm dc voc perceber Lrn1r,,is. voc pode prov-la mcionlmente

    (Alutla): 'lb um lerceilo caso..-Nlas nao qucr dizcr que voc fez prjnreiro o raciocnio para

    (lhto): - Te t uLn erceirc casa, a absutdo que toc percebe n()iste, o o(iocilia que eslA cojrcto.

    (Aluna): Mas a rcL no percebelt u realidade, ac ctiou um

    | \luttu) \l,t' t,,4 tnt,tto .nt, qt pa\ ,o t\\Nio. rnas se voc acrcdirou perceber algo. mas no pc.ccbcu rc-

    al rcntc. isso no inllui nem contribui nesse cso aqui. A alucinao)ca tambn teve en alguln ffomcrto c cn1 algun lugarl Quer dizerv()c revc lLrcino realmenle ou s pensou quc tcvc? A alucinaL)cnquanto tal uDra experjncla rcal? Ela foi, ms se ela lbi real. entovoc cstva em alglrfl lugar durante lgum tcmpo enquanro voc lu-cin\,al Ento, voltamos et.Lp unr. Que dizer. o problcma da alliculaqo entre o espao e o lempo s podc scr resolvido se voc disser quecsla a{iculo rcsuliado dc un rciocirlio- uma srlesc qncvoc faziro domnio do rciocnio e nao da percepo. Voc tcri quc ter un1lerceir categoria crirc o cspao e o 1empo, voc teri qrc tcr umlerceira lornra a prroli da percepo. llss terceira lorrr como que sechama? Existncial Fl essa o que o Kant no adrnite que exisle.

    Enlao. exisirc1 a forma da rticulaqio do espo e tmpo. Nascontccc que se voc percebe 1go como cxistcntc. voc no pode omesmLr lenpo diTer que ircxicntc.

    J7

  • (Aluna): Llao, a queslo qLLe ele ola que exista Lofi terceiracaso sera ttue tat: acredila que percebeu dLEo. na etdade tla petcebeu polque aquila nAa se passolt, fias 7)oc tee ma aLu(naAa eelaborcu um racochtio en ci la

    Sim, ms isso aconiecelri

    (Aluna): O seja. enlpo1e |plicat enta--

    A difcrcna enire perccpo real e alucinada no laz...

    lAlwla): - Ento, podetia 'anslotnat isso uma rcaliade pe,1sutltLo. a aluciAa paderia tfillslo nat isso l1uma rcaLidade .

    \\luno) 5,n mo\ptto q' tlo puJ( re Pt t pn''i\oqu? rahNol Notc benll O mundo do Kant corr$ponde milimctrica entc ao

    mundo red, e por isso que iez sucessLr nas cincias. S que voc narL)diz que o mundo reI. voc diz qlre o mrndo do seu conhccinerto.\

  • TA pcrccpo dc lernpo c clc cspao n.r distint.r: aljs. voc s pcrcebco tcmpo por licra(lcs rlo es!o, rncsrno quc Sejrn altcraacs inier-nas. Quer dizcl sc vl,c lllcr abstrarjo.lc toda c. ualqucr aiLerao noespao. porta n lo lt.ro (orpora l no tcnr ncnr percefo dctcnpoIlo paru voc vcr t que porrto pcrccpEao.i.lcrnpo c cspao estarriculda prcviancnte a qnlqucr raciocnrio quc voc ta,r.

    (Alu n): - Est lisad.a a unn pery nta que eu i tstal q etendola?et que r: co ta qe a Ktlut urulane la esstl os:octta en? tetnpo e ca hecinle ta iltte]'iat ti t)spuo e Lo htcittlc l.o lette)'iL'tl?

    Te.rU) para clc a a r'orm da intcrioridaclc ! csPaqo da crternrridadc.

    lAlu a): i\,las Lat o que cLe lutldane lo issa) E tunaltttek'E rbitrriol Ns cu csiou l:llzendo. iodos, mas lodos os oonceitos

    frndrnr.Iil\ do Itant so toclos rhitrnosi no sa) rbitrrios conrototalnrenic dcsprovidos de llrrrdarncntol

    (Al fia): E Lotno a qe o {.st.LDa dl|nda qu? o l(rfipo e aespao so as du.ts t)utircis bsius da lsicd pot Lausa ..

    quc clc parre da vcracidade da crilica dc HLrme e d vclaciddcda fisica .le Ncu,ton. Ns podenros dtrvidar d !cracidadc ds liuascolss. ro somos obrigu.los a accitar isso i Enio, tudo o que clc tzlli tcntar aiculrirssas duas ooisas I sc a fisica de Nesaon flLnciona.n1as sc Humc dcmonstrt)u quc nad conhccerros do ]lrundo L,biciiva-nrcrrc. cnto, vali.ldc d iisica dc Neslon dcvc cst r lindad cmonira cois.r. Que outla coisa cssa? univcrsflidadc da cstrutur.r clnossa pcrccpo Entaro. naro quc a fsica.le \eton scja ieal, ela apens univcrsalnrcrrle v!ida. r\sora. isso d pr' o pcsvral acdaniro a oporluri.ladc dc nroslrar ssinr Lrrr aparnci dc rigor diztndo:

    .10

    ,)l rr. rqni ns nda alirllr.rrr)s. n(ls apc|s dcscrelen1os s aprarL, rrs'r N{as tudo isso tcalrc, polluc no tcm rigor lrenhunr ncsss,,)is, s isso i i: ura corfuso rriscr!el e de urn anificilisrm atroz

    l,\lutla): Coslatia de sab atunlefil.e afide ?s na obta le^tlt qtuLlo ele nz essa. .

    qutnda ele pqa . laL 1ue tenpo qutlt) ?)o Lanhect a..

    Eu no sei.. Isso csi na 'derlutLo tLts calrgorids", talvez cu,l(,vcssc ler rrazido a Critica da Rarao Pura' pr'a podcr mostrr onde.!Lri, cu nlr lcnbro c)iatanrcnlc, n]s cst na parlc quc a "dcduo(hs catcsorias''. lis, est ra "Esitica lranscendral" o quc a''l:srl;ca Transccndcnial"? O lranscerrdcnial aquilo que delcnrin a.xpcrincin pr.\iamcDle a ela, lrs quc s conhecido depois da cxpc-ririlrcia Ent.Lo. quar!do voc sc volta sobre a experincia pr disccmirrrdr s condiocs prvias quc enlirrffraln, quc a detcrurinararrr, voccsll,r sc cok)cando do ponto de visia transccndenlal. l}rlo. a'Esttic'ftansccnclcntal' o csturlo ds condies prvias quc dctcrDrirlan1 alonira da pcrccpo Condicarcs quc por slra vez 1,oo s podc corrlr.-. r"|r.'..,L.rrr r',. pr,,prir p'.r.pr,u I ( i lifl,.lu, \..,cstc problerLx do cspaqo c do tempo. Nlas ele diz quc tudo o quc rspcicebernos nato pcns csliL lro cspo c no icmpo. ma que percebcra situr as coLsas no espao c no lcnrpo. De t(.), percebcr situar ascoisas ro cspao c no tcnrpo Elc diz: "o juizo dc cxisinci que voch7 respclio ds coisas do rnun.lo cxtcrior ou interior corsislc crnsitu los no cspao c |o icmpo, voc dizer que ial coisa conteccu dizcr quc ea! crn tal cspao e cslrla cm tl c qLrl lcnpo " Agora.dig.,: bolr uras invcrle: se exlsiir cstr no espao e no lcrnpo, porqrc Lr quc cstai nr) i:spo c no tc po no c\isllr? Adcmais. cstar nL)cspao e n() lclnpo jrLntos naro nern ear apcns r1o te po nc.r estrpclrs no cspao, tcr nr algo rnais EIc diz qlre csle algo nrais somos

    ll

  • ns.iuc izemos. ns qLrc articulamos. Agora. par eu fztr isso cornos obictos eu lcria que lazer lsso comigo.resrro. Pol'exerrrplo. cucstou percebcndo vocs, qucr dizcr. eu os estoLr situarrdo dcntro dasminhas catcgorias de espo e de tnrpo. c ao nlcsrno tcnrpo etolllazcnclo a nresnr cois coDrjgo mcsmo, cu trlrnbm cs n1e situandoa Drim nesrno no cspacr) c no tcnlpo. e diSo quc exilnci pcn si

    ', \li\r",tuLr(.., al . d.i J ,n1u, .. 'u,i'

    c tcDrpo voc obtcvc un1a coisa quc nrlo nem cspaEo ner tcrrpolE esle cruzanento nresmo quc voc chma dc exislncia, cnio,isso c ur tcrcelr ctcilorja Por e\emdo, voc pode conccber urnrcalidadc espacial scn1 iempo? Eu digor podcl A gcomctri laz c\tamerle isso, voca conutibe o cspo inctependcntcnrcnle do icmpo. Evoc p.xlc conccbcr o ie po tambn jn.lcpcndcntenrenie do cspao?Podcl S que qundo voc iz jss(, voc sabc quc csr apcns pensn-do, \,oc nao cst percebendo racla Quan.lo loc pcrccbe siguifioque voc pcrccbe as coisas inscparavelnrcntc no cspao e no tcmpo. !lesla fuso de espao c dc tcmpo d a esscs objcto uma qualidde queno nenr espacial nenl Lenrporl. ou n1elhor quc no ne.r somcntc

    espacial. ncrr somenle lcmtorai lsvr qu dizcr que a cicgoria daeristncia, enbor cl consisla dr aiiclrlao de espo c tcmpo, elano pode ser rcduzida a espo c tcmpo. ela um tcrcciro porrio dcvisla espccificaDrcnte ciilercrtc, enlilo. ns rcmos trs eruturs daperccpor o cspaqo, o tcurpo e e\islncia.

    M;Lis tr.lc Xvier Zubiri lai dizer que pcrccbcr as coisas collloerislellics c a lorlna espccfic d percepo humr. lsso sigrlilicaque.r mundo do l(a i um mundo que cstruturalDrenic corrcspondcntc realida.le. s quc unr Inrrdo dc papel, u rnundo fictcio,que c(,respondc cslnrluralmcntc. nras ele no a rcalidadc, clc apenas nlna irn{ger nunr cspclho.

    1Z

    llluno): Lu 1a bstdtLolIilc a iris que Lra bstrao, clc uma co.

    l/\lut1o): lsso l.etia aLeum rnc Lo &m a i)isa i tiiana de quetrdo o tlup- genle peta:ebe cono erisle le i\aya, tfia fusAa?

    Llas a nala no is1o. A mrld, o nrlrndo da ilso csrnic r n nmndo perleil.r.rente real. um murdo quc niscricadia divinaiou para botar roc dcntro dele, a d),4 ilusria em lce Llos du-scs. mas no cm lacc de ns: fldla uma aprncia rcal conro urnalcstinlenl, a vei enia rcl, vcstimcnttl no coresponde con1 p.ssoa, lns a vcsiimcnta cxiste tanrbm. Agor, o llo qte mLliia' r'r,.', U.idin', u.r ,l(urrrrr.i r' iu\an r.\'rn.(lizer illlsao. qner dizcr jogo, brinqucclo. ou conlo sr fossc un1a pe.IcleLcatrc, uor bilc; cnto. cla no ulna irrealidade. ela no corresponde totlidade, no a re:didade no sc todo, cla apcnas um aspccto.c pen5 m aspecto mais supcrficjI. Il1as inieiramenle real. A eslrutllr do m ndo. o mundo para os Lleuses, lhczvoc no gentasse v lo, cnlo, clcs criln unr lccido. Inas cssc Lecido exisic, elc faz paric d csirutur da realiclade. ele conro se lbss.r port da rcalidadc, mas a porla tnnrbnr e\iste Agor, no Ocidcricsc cntcndeu nlrilo o negcio da /rdta co o iluso, c o quc cu pcnsodo rur\do do llant, ro criistiLr. nLr sc petlrisou rinda o ele.reniocsotrico no Kant como se pesquisuu crn Llegel ou Schclling, ms cuoabo dc dar essa aula pra vocs e clr j co cm dvicl, porquc curo sci sc clc tiroLL isto aqui de algunr ncgcb gnstico, ieosrifico. cuno sci dc onde clc tirou esla coisa l\4s cst cspcic.lc scparao qucclc lz entrc o Iome r e realidadc c\tcrna corrcspondc por Lrln ldo ullr trcmcnda dcprcsso cogritiva. quer clizer nd podnros snberda relidde enl si, mas por oulro ldo coacspondc a urra trenlenda,\irr.r,.dulrnr kI

    "a 1r."lrJHl,,rrL . r. r' r' \ !. \u i,, ("r. \ I+-l

  • eslruiura de pcrcePo hun1ana quc univ'rsrlln'nnr vlida' efio'a humanida.lc se ionra t) centro d realidade. a con1unidadc hlrmana tr.li) Senr cssa irli ct comunidadc hlrnran no tcria havido l(arlNlarx, con nidcte hman corno sujeito histico que constri sa prpri rcliLladc, ctc.. etc., senr l(nt no r'rir li'l Nlrx lambnr'cmbor Marx nunca reconhccesse cssa dvid.

    (Aluna): Hegel talnb t aa!No. Hegeltnbm nol Veja. os trs filsolbs do idealismo lentanl

    reconstruir a idia .l mclalsic. .L idi do conhecnncnto espitui'nrs pafiindo Ltuma concordncin inicil com l(ant Os trs lzcn] isso'

    (Alfi1o): NunLLt hattte obees na 4)a cotllla ele? Tete geleque j abietau de cala au .. ?

    l.'.q. "-'re u, L.i. udr(1:r rrr rra''Fg' u

    lAh ia): 'Olazra. frcLtd lamb 1 asce ulio disso a"'a]ertncntel Se \,oc persar bem, todas s cscolas dc pensamcnio

    que rivcram mais irrdio cultLrral depois disso, todas so lilhoics

    de Kant. Porque lo.ls estio cmpen|adas eln busoar por tr'rs da cxpcrinci s corrdiarcs a pr;ori que a delemrinam. Quando Karl Nlaxdescrcve o esquc a d lut llc classes, clc csl'i

    'li7m'lor ""h cxistc occnrio Iistrico quc ns vclnos, o ccnrio Iistrico aprente, r s Porbairo existe Lrma condio.l prior; que pcrmane tc c qlre dcienninrudo' . Freud az a mcsma !ois. cle diz: 'Por trs de ludo o que voc\ivencia. scnle, iorasin, ctc., por rrs do nrundo Ieal cxLSie a cstrull'rainslinti\,. jnsrintual quc predetcrrnira tarnbn tudo" Qundo Jun;pcg o negarcio dos arqulipos do inconscientc coleiivo c dizr "porbixo dc tu.lo o que scntinrcs c cxperirlcntrmos tem os rquliposdo inconscicntc colctivo..." Dcpois o pcssoal d lingaisiica estrLurallai: 'no. voc tcrn a cslrutrr da linguagem que esi por lrs dc loda

    L ssir " 'lodos csto buscndo o qu? Fonns.r priol;l E ningu chc-trr prr peguntr mas espcra ai. e se no lor assim? E se es1s la ro-srs lbns a proll cxistircn enl plllralidde indcfinida? E se enl vez.lerlrs scrcnr um cois quc cst ntes da erperinci, cls scim apens, 1.,.r..Jrerp.ric,"ra) Cru, ru,1rrerr.eplc."qu, .:',

    \bc pode olha por cssc lado, por aquele lado. por aqucLc lado. vocscnlprc vai ver alglrnr coisa quc cst dentro do cenrio c algurna coisaquc determina a lorma do ccnrio Se voc e ssistinclo uDra pe4.l)onr. tcrn o cnredo da pea c tcn as condilaes a p,iori quc no lazcnt)xtc da pca n1as que a deierminan: o lbrmlo do leatro, o tamanhodo palco. a pcrsonalidade dos iores, etc . etc.. nqujlo csL colocado porrssim dizcr antes e trs da pea quc voo cst assistindo. N{s por quc(lnsidcrar quc cssas coiss que esto por trs tlll p oridade? Aquiloque visto sob um specio condio d prioli d experincia, vio dcoutro spccto apenas um cornponentc da cxperinci. Ou seia, vocque esi colocando uma coisa D lrente e outra atrs Por exemplo, locprg a esluiur d linguagcn. a erutum da linguagem pode ser um'u . a p;fl1 , nqua rru 'u,'i e r, u., n'l Lrgud". r.t .(1' p!,, rr r'sua eslrutlr', to logo voc pensa n su estrutura. cla se torna objetoda enpedncia colno qualqucr outro. Nao exisie uma pcrspeciiva esirulural permnente qe separc licnte c ltnrdo Frente c fundo csto continuamente nudando de posio conlbrme o lado pclo qual voc olh.

    (Aluno): i leressa te que a xlises apesat de usat canLeiasha tanos, eLe az o contio. Niia tt? Poque eLe di2...

    i O Mises' unl kniiano. Itantiano todo nrurdo ras cincisrciis. todo mundo.

    ' l-udui.c $n scs (ltrili 2s de sttenhtu ! 1331 Nola l.rqn.. l0 dr Outubr de l97r)tilsolo c cc..omistr \4rnn.sirnonnacsnoiied.LndwiqvorIl6!sINliltrtc htfr/nrN

    +5

  • (Allnto): Son, ns ett IJiSo o sce iltte: potque ele lanbn achoque pa.le hai)et tm por ts das decises s bieti.$. etc', las eLe diz:b"1,,\qu, olptttt tt,,o.artt,.a't ?tt(1uttt on bt4t'')- -4n'

    Lrubalhat assiln assdo. . el1lt1o. ."-U \l...rJr.'n.l.i, r'lnr\., 1 nli'1'urf,',r'(r I pr.L'r.'i"\n(

    to.lolgics. Coffo precuo rrretodolglca. tdo isso valei ro vlc qua|do voc d u1I vliclde.lc un] lcance mctafsico para a coisac cliz: 'nars estrnos realmcnte ptcsos dentro des( cstrutura i{anli-n' Sc voc rlisscsse: nLr. eu vou usar aqui esse mtodo kniino ifor nccessi.lde de prccauqo, quer .lizcr. no vou di7r qu as coistLsso cxatne rc ssi corro eu csrou dizcndo. dirci apcras que clsaprccen assinl desdc tl ponio de vist'. ELr.ligo: rnuilo bcnr' conloprccauo vle. NIas isso como o problenr 'cberiaro clo juizo devlor Uma loisa voc (lizcrr esler ai. no cstlrdo dc iais ou quais cos-lumcs. o! lais ou qnis lels, oLr tais ou quais cs hmanas, eu freiabslrao do juzo dc \'u!or, olr sej, cu nio

    'nsiderarci se estcs atos

    esl,o ccrtos ou crralios, clc., et.. Boln, eu no levar cn1 considerao unLL c.risa. e esscs aspecios no e\islirem l ouira compleimcnlecliterentc. -,\gora, prosseguindo ness linha kntian gerrtc chega a

    absurdos totis c o sujcito qe prtirdo do preccito netlolgico dcque a sua cinci . s vcz$ ma sociologi. ulna antropolosia no lcvtrr ern conta as dittrens dc valor cntre os fcnnrenos que ela estud'

    clrcgr concluso dc que no cxiste rclmelrtc cssns dilcrenas devalor. Como que !oc pode afirlnr quc n,ro existcln rquclas coiss quejusilncnte o scu cstlrdo no leva cm conia? Cono que llquilo qllc asu cincia no esiud, aquiio que j foi declarado como ora do scuhorizontc de esludo pode scr declarado ao fim desse csiudo exisienle

    L'u incxistentc? de ul absurdo totI, ufla co;sa de nrctcr sorvctcn lesla, uma cois de gerrtc burra Qucr di7cr, sc voc no csluda talcois. sc a slra cincia nao cstuda ral cois. cnto ela no podc sc pro-

    r rcirr sobrc sc css cois erisle ou nao. Nao isso? E leln o negcionn \ ttoplL)ro Atittoplogo, no ? Tcrn urna poslila minh chama,liL o Anhoplogo Anlropl{1,". Voc vai estLrdar ntropofgi, ffas\ r)(a rao ri dizer que aqilo b(,n, nenr nr!. qLr"- h alguma dilcrcnirL (lc valor enlrc voc alinentr um crincinha ou alirrcntr-sc dcl.''Ns aqui sorros ne!lros, somos superiores essas coisas". Est born,!(,.a podc t cstudar por cssc ldo. E bor, a ahstenao de juzo(1. lnlor nessa caso seja uma crtrvgncia Lrm poLrco csquizofrnic.[las yoca bstrai ssir Agora, cono que o li.r desse estudo voc|odc dizcr sc a dilcrcna dc vlor cxistc ot] ro, se logo o incio lociti disse que o seu estudo nio ia hranser cssc tirmcno? Isso qucrlizcr quc cincia sc considcra tnio mais hhilild n se plolrunciir)brc um lcnmeno quanto mcnos cla o cstu.la.

    (ALuno): Enta, o Katlt deckru que a ineliLincla tu coisa c.m si.Nol Ele diz: "ro poclemLrs sber sc a coisa-cm-si cxistc ou no' .

    l,u Lligo: Dras aconlece qlre Lr lnodo como voc definiu a cois-cm-si aol,rerszi c1c dcfine a coisa-c]n-si como aquilo qrLc a coisa indcpcn'dcnte do lneu conhecjnrenlo; ou independentenentc dLr quc qulqucrouo sujeiio saiba Se loc cabou de dizer que o seu conhecinentoa univcrslncntc vlido porquc sLra cstrutura dc pcrrcpo igual ade todos os homens, enl.lo voc dizer que a coisa ellt si aquilo quc acois irdepIdentcmente do sl]u collhecirnentr) a rnesnra coisl quedizer: o quc coisa indcpcnclcntcmcntc dc qulqucr conhccirrcntoque qlralque ser humano iellh dela, Irs o que voc cbou de dizerdo scr hnlnno valc tmbnr para qnlqucr ouiro s!jeito n medida erque a noo dc conhecimcnto seja a nlcsn1a cntrc cu c um cachono,erire eu e unr lagartix. eic.. tc. Eniao. cois enr si qujlo que acoisa inclcpcndcutcmcntc do quc qulqucr suicito saiba dcl Enro,voc teria que cL,DSider la tora cte ludo o quc se sabe dcla. Qucr dizcr

    17

  • essa roo aulo_corlradiiria Uma coisa da ilual nada sc sabe no

    un1a cois e -si, Llm simples nda Uma coisa d qulningun sabenacla uma coisa quc no est relcionda corn renhum outra' umacoisa que jamis transmitiu inlormo ncnhurna para ningum' ouseja, uma coisa totalmenle inca, inspida, inodora, e qlle no esterr pdlle olgumx. quc nro rol .lcda \utee''acnlenJc'ldo't clroq'resta definiEo um ll/l15 zrocis, voc no esi dizcndo nad com isso

    ai. Ento.5e voc disser: "podemos conheccr a coisa_en si'' ou "no

    podemos conhecer", d n mesma. Na mcdida em que voc separcois ein-si e ienmeno e diz: "voc s conhece os fenmcnos', ento,

    para mim o seguinte. voc flar de ienmeno sem falr d cois da

    qual o fenneno ltnmcno. no significa nda, porque mesmo que

    voc s saiba da coisa aquilo quc ienomenicmenie ela thc nostm, islo

    caracterstica de1, e se voc 1z unl recotc qlre no coincide pedei_

    tmente coln a natureza da cois porquc est na ntueza deia s semostrr voc por essc specto, tanto que el no iem o poder de se

    mostrar sob olltro aspecto. Por exemplo, por que que as cores no

    im gosto? Voc pinla um supe cie dc vermclho, nao sente gosto

    nenhum. No assim? Voc olh o vermelho, no lem gosto ncnhum'

    Estvendo como a su percepo limitad? Eu digo: n1as no a mi-

    nha percepo que linitad, o vermelho no tem a capacidde dc tergosto por sil E quando eu percebo isto dele, eu estotl pcrcebendo um

    limito que .leLe e no minha: seno eu no seria capaz sequer deperceber dilercn entrc cor e gosto.

    (Aluna): Enta, o aefilelha--. o etmelho s cana cor' Porqueparu ve lelha ser cot. ele lefi que ler un suhstrao..

    Un substrto matcriall

    (Aluo): - MatetiaU

    alhro, cvideniemeniel Ms acontece que conlvrios substratos ma-iriiais dilrentes voc pode produzir o vernrclho. No isso?

    lALutlo): - Tudo ben!E esses vios substatos mte is tcrim gosto diltrente. Ento.

    voc entende que a cor como tal no esi vinculd a um goo esperi1. No isso? Digo: como que eu sei disto?

    (ALullo) : - CoLocando o dea e sentindo o gasto...lALtna): - Cono (tue ac sabe qlte o z)erfielha tio lem gosto

    Como quc eu scidio?

    \Alunot: Pot,,tttP . o.e abe qut ' PtnPlhr no c utt ;..ta..Se eu dcpndcssc para isto de conhecer o vermelho en1 si, eu ja

    rnis chcgaria. Agora, acontece que o vennelho em si somente umasuposio que eu fiz. todos os vemelhos qe eu conhco cstavanrcm algunr coisa como diz... Aristieles j dizia: "se coisa no tcmcriicnso tmbm no tem cor". No ? No asslm? Por exemplo,a cor co extensiva con a extenso. a coisa s tcnr uma cor do ta-manho que ela . Posso dizcr kniianamcnte que isto un1 l'orma. uma cstrutura da minha percepo? Isto jnconcebivel co o for-m da percepo. Poque seno voc est dizendo qc cu sar possol'(rLeber a Lor ra e\lerr5ao ,lu. o ^bic.n lcr r lra. iu nu \ii \r r .upodc sc mostr de outro jeito neln se a e\tenso pode ser de outrmneir. u digo: se a limitao est em mirr c no no prprio obie'to, enlo, neu filho, eu no sci o quc cor nem o que extenso. Euno teria nenr como distinguir um do ouiro. Se eu disiingo porqlleessa dilerena no esi em min, porqu ela ,.st cm limitaEes queo prprio coiiado do obito tcm.

    +9

  • (,4h1i1o) : - Mas no tm os dois?Claro que sempre tm os doisl

    (Aluno ) : - E altt disso...Claro, clarcl Eu s percebo do obieto o que comproporcional com

    o meu esquema de peicepo. E ele s me emite o sinal que compro_porcional ao aspecto dele que corresponde minha percepo Porqueele no est capacitdo a me emiti sinais que eu no capie. EIe notem essa capacidde.

    (Alutlo): - No?C]ro que noi

    (AIu o): - Um.t pedru rudioatiaa? A \efite chega petto deLa. .Voc no percebe a rdioatividade. S com o contador Geiger

    (Aluno): - Mas ela est tfinsmitirtdo.Eu digo: muito beml Mas. .

    (Aluno): - Ela est transmitindo...Por exemplo, eu posso ver a pedra, mas no posso sentir a iadio_

    atividaale, o contdo GeiSer percebe a radioatividade, mas no v apedra, Eu digo: e a pedr conseglre tlocar?

    (Aluno): - No, mas a...Vista pelo contadol Geiger e emitir radiotividade de maneir que

    eu a sint? Ela no consegue fzer isso-

    (Aluno): - Mas sefi o cohtador Gei4et ela est iansmitindo aradioatiaidade.

    Est transmiiindo. Sem dvida.

    (Aluno): - Est tftinsmitindo.(ALuna): - Mas a una lifiiao sua no percebel No isso?Clro, uma limitao minha no perceber, ms uma limitao

    dola tambm, ela no pode iazer isso de modo que eu perceba.

    (Aluno): - ELa tansmite... a pea... o abieo...Como que eu posso... Como que eu sei disso? Se eu mesmo ficr

    radioativo, eu s serei percebido por um contador Geiger e no pelasoutras pessoas.

    (Alutlo): - Mas o obieto trunsmite senprc tudo o que ele .Nol Nol Ele trnsmite tudo o qe ele , mas no em tods as

    direes e no para todos os receptores.Como que eu sei disso? Porque eu mesmo tenho esta limita-

    o. Eu posso ser ouvido pelo espelho? Eu fico diante do espelho efico falando...

    (Alfio): No! Mas espera um pouquinho! Esperu Ll Mtts oces emtindo a ooz pa o espelho, ele que lifiiado.

    No, nol Porque eu tambm no transmito pelo mesmo canal.

    (Aluno): - Coma? Voc trunslnite-..Eu expresso minha imagem fsica pela boca?

    (Aluno): - N0, com o colpo oc tuafismite tudo o que aoc .No pelos mesmos canais. Voc tem uma diferencio de cnais.

    (Aluno): - A dierc ciao de can&s /to tai taLada antes, eu na

    Voc tem uma estrutur que tem vfuios canais pelos quais voccmiie sinais. Voc emite, por exemplo. um sinalvisual porquevoctem

  • um corpo que reflcie luzl Voc enite cheiro porque lem ccltas substn_

    cias no seu corpo. Voc emite som porqe voc tem boca.

    (Aluno): Potque o cotlo bate!Ou seja, mas esses cnais no se confundem. voc no podc troc-

    los. Quer dize! eu tenho uma limitao na emisso dos eus sinajs' ctambm tenho uma linitao n Pecepo dos sinais dos outros cor-pos. Essas limitaes tm que ser comproporcionais seno os corpos

    no se perccberin, se eu enito numa frcqncia que voc no capta,voc no lica sabendo que eu estou emitindo. Esta limitao est en1voc? Digoi no. tambm est em mim.

    tAlun)' L uno adcquatia da\ ttrytt0\oel uma aclequaao das lbrmas. A expresso do Mrio Fe eira dos

    Santos: a frmula de proporcionalidde intrnseca de cada um dos dois tem

    que ser cornprcporcionad pra que haja conunicao, seno no tem'

    (Aluno): mais ltcil explicar isso colnco lo fia aula passada.

    Qual?

    (Alu o): O senhot pega um liTr'o qualquet @to esse q eestdoseu bo, se o senhat airu a canlra-captt pdru o se hor e a capd paruno,, liJra na(t po(ie no\|r 0 .or11 capo patu no\.

    Clarol Ah, ceftameniel Por exemplo, voc est vendo esta mesapor essc ldo e eu estou vendo por este lado. Fst vendo como a nossapercepo limitada? Eu digoi muito beml E a mesa?

    (Aluno): A mesa fio eshi..-EIa consegue estar para os dois lados ao mesmo tempo?

    bblioteca,

    (ALutLo): A mesa fiAa pode maslrar o tanlpo pata ns.4 nesa

    Voc est entendendo? Quer dizer a limitao nossa est comproporcionada limiiao dela. Ela est ns hs direes do cspao aonresmo tempo. Mas el no esi do mesmo ieito, no est voltada iodapr o mesmo Iado Isto uma limitao da esirutura dela.

    lAluna): E s pod.emas aiud la a que ela as deixe perccbet se...Clarol Voc pode olhar por um lado c pode olhar pelo outro, ms

    no pelos dois ao mesnotcmpo. Voc precisa olharpor um lado. Guarclar na memria aqucle lado e dcpois ir para o outro. Esi diferena dctempo quc se pass cntre uma pcrcepo e a ouir corresponde estru_

    turlmente diferena espcial de un ldo e de ouiro Sempre existecssa comproporcionalidade porque quando no existe a pecepo nosc d. Isso quer dizer que i possvel explicar percepo somentepela nlise do sujeito. inda qucvoc conhca toda estrutura cogni_liva do sujeito, isto no lhe permile perccber bsolutamente nad.

    (Aluno): Poruue z)ai deqendet...Porque dependc d estrutur do que o objeio qucira lhe mostrar

    Voc esi venalo aqui uma trtruga. . Eu digo: mas voc v por for,no ? E tartaruga por denlro? Ah, voc no v1 Est vcndo como limltado? Eu digo: no. linriiada a tartarug poque se ela se abrirparavoc ver dentro! ela morre. Ns iambm somos assim, eu s estou

    vcnalo vocs por iora. Est vendo como eu sou limitado? No' limitdo voc que no consegue tira o seu intesiino, me mostrar, e depoisbota para deniro dc novo.

    (Alufio): - O mosa a parte de enro sem se abtir ou ia ao?

  • YV)c no conseguc licar lransparcnic. No isso? Ento isso qlrerdizor que a iclia Lie qe erisla um sujcito, quc o sujello seja o ploseguro da realiddc, c dc quc relidacle enr lorlo sela inscgura. quc a idia catcsiana no fim ds contas. est cornplctamcntc nralucr,issLr nao poLle ser aceiio nem por dois scglrndos, isso urna lluso, unreleilo hipnrilico quc prcndc as pessoas dentro do seu prprio cgo c nodcir sair mais. ,A.sora. Lrma ve/ que voc entrou l dcntro fic difcilvoc sai! nras voc s cnrrou porquc voc ceilou os conceilos iniciais,e voc no os cxminou criticamcnlei porque se erar irssc voc tcmquc dizcr: 01ha, cssa sua proposla bsoltanrcotc itlvivel. no.tpara iazer isso que !oc csl dizcndo que vi lazer Lnlo. a Iilosolia rlcDescades invivcl, dc Thoms Hobbes invilel. dc John Lockc nlvivcl, dc ltant invivel. so projetos quc na prinrcim i dL\eriam tersido recusados. "Olha. e qLrcrc fzcr rm cudo assim. assim". Pode irp.tra casa. mcu filho. isso \,or no lal l7ef, s vai dizcr quc faz

    (Aluno) li isso a AtisLleles, ele i li ho prezrisla t)ss?J possibilidatle de eo e l que L) K.ntt incatrcu, nAa ? patque let uut pottlo enjque ele esl aba .itdo o qrte 4 subsncia e lala do titotlo itlcotrcta (tue seria e cotlltut a subsfina pela eLiniml1a das acirlellles Se&ci.lal timntlo os aLide tes lac aa ?di cheqat

    No sobra nacla. clarol Por q? Porquc o acidcntc mctafisicamcntc nccessarrio. ls$ eu j e\pliquci uma vcz. Esta a delini.ro derealiclade c(,rcrcla: rcalidadc concrct a subslncin companhada.lc todo os aciclentes. gorn. substncia scparda dos cidcntes

    (Alu o): O qu( o K.Lttt ?st faze do a etutanlente issa!Elc estaL liiancb os cidenLes um por tllll c clizcndor 'nilo sobrcrl

    nada. poanio no tcm cois-crn-si 'l ELr llo: Llaro que no sobmLr:

    5+

    (Alutio): Isso a ...Tu.lo isso a prinrarismo, prirnrisnro, llt de lcnica filoslica.

    hunice. lalta ale cultu4. csse o problcma desses caras

    (Aluna): - Isso )Lido apetlas pan estudo...Cl.r.parfin.J, c.ruoo

    'it-,orcr ,n rr.u fcnm, \u.Lr/crunr.lcscnho. Por quais aspecios voc vai desenhar o cara? Ento. vocscleciona, t as no quer dizer que s cxisien aquelcs que vlrc estdesenhando. Como prcccito netodolgico vale, como afirao mc_1fisica no val nada. A confuso. o jmperialismo do mtoclo. querdizcr: -ns nada conhecel1los d reliddc, mas nosso mtodo t]",cnio o mtodo detcnnina reliddc, isso a quc fal o Voegclin, a.litadura do ntodo. Eu digo: bom, voc sumiu conl realidadc, enlosar sobra o mtodLr Agor. con isso voc s vai clrnheccr o ntodo domiodo do nlodo do Intodo do llriodo do mtodo e nu c vai sairdisso. Voc vai parccer muito cientlico, nrs voc no e lazendorbsolLrtamelrtc nd.

    Quando voc vai vcr qual o problema com esses camaraclas,cu digo: pri ciro, voc lem trs problerrasr primeiro problema. apariir do sculo XVI todos os lilsoios csto vilrculados a lgumasociedadc secrcla. socicdde ocultista, ctc., en!ao, cles j no dizcmludo, elcs escordcm um pedao. Se voc pcga o coniunto do queclcs escreveram. do qlre clcs publicam c lcr, voc no i'i chegr acntender porque te o clo pcrdjdo; o clo perdido s vczes esi airs.Essa pri eira coisa.

    Segundor clcs conheccm m] a Iilosofia dos que os antecederamicoln exccao de Uegel; Hegcl conhccia nuilo bem. mas era o maisr entiroso de lodos Ms l(nt, por cxemplo, I{ant conheci icrrivelmcnic malfilosofi arriig c escolstic. Ento. comelc crros que paraos cscolsticos seriaff primrios.

  • E o tcrcciro problema: o terceiro problenra o chmado climade opinioi quer dizer que a instituio univcrsitria, a mdi cul-r.rul elc, erc d. idei". rmed,aram... r.l:quinrcreesplham pra tudo quanio lado e comeam a set discuiids pormilhes de pessos absolutamente desqualificadas e elas se trns-forman ento numa corrente de fora histrica ntes de poder serdiscutidas serimcntc. Ento, voc tenl esses trs problemas: aocultao, a ignorncia e o lalairio.

    Antes de voc saber porquc quc o sujeito disse algo e se o queele dissevale ou novale, aquilo j virou mod e j len1 prs e contras

    j virou un1a correnie cullurl que lei vida das pessoas. alt ocurso dos acontecimentos. A discusso saiu d eslera cientific paravirar prtica. para vir ao. E da os cenrios todos j esiavam al-terdos por quele negcio. Voc est entendendo? Ento, cste omiodo pelo qual voc fica louco. Voc inventa uma menlira paravoc, escondc dc voc rnesmo porque que voc est dizendo aquilo.E em segundo llrgr voc se inpede de Iazer o exame ctico parasber se aquilo verdadciro ou no Mas em terceiro lug voc i saidizendo aquilo para todo mundo. e voc j se ioma conhecido comoo cara que defende aquel idia. Faa isso umas dez vezes c voc jest doidinho Voc nao sbe mis quem voc, de onde voc coneou. Ento, o quc csscs carnaradas esto fazendo. Descartes. I(ant, cnlouquecer a humanidade. E nedida em que nos ltimos comcaa aparecer o pessoal comea a abrir a caixa preta para saber quais soas verdadciras fontes, da onde eles tirram esss idias, so sempresocieddes ocultistas, gurus secrelos. Estas fonies no esto cxpostasde mneir qlle voc possa discutir seriamcntc, cst tudo escondido.Voc tcm a ocultao. em cima da oculiaovoc tem a mentira. E emcima da nentir voc tem a lenda e assinr por diante. Eu digo: mascono pode ter uma discusso sri nesia basc?

    (ALuno): Ntas efi gau me .,'isso axsti em plato tlfibm, no ?lAl no): - Mas tefi o negcio que o Gioanni Reale a2. .No. o lato de voc ter urn ensinamento oral, se um ensinamento

    ,, 1. ele no es! escondendol Ele est explicando para os seus alunos

    o que voc tcm que penas quc cle fz uma dilerena cntre a partc

    nrais dilicil, que explicada s par uma eliie, e partc que populrMs elc no est cscondendo, no est apagndo Ionte Agora. vocpcgum Hegcl, ele nunca diz de onde ele est tirando aquilo. os outrosa que s vezes perccbem. Ento. Schelling percebeu, Schelling logolalour "lsso quevoc est dizcndo tudo coisa do Jacob Behmel" Eleno diz que esiava re-cxpondo maquiada a filosofia de lcob Bheme,n0. ele simplesmente...

    (ALno) : - Qen?Iacob Bheme, que era um visionrio do sculo xvll...

    (ALtltlo):- U mstico?Um mstico. Olha. o que voc est expondo aqui, voc pode partir

    de um simbolismo alqumico. inteiramente legiimo, voc diz: "Olba'r.rr Lm .imbnli\mu a,qur.lico quc di,/ i'.o as.'nr. x"in a'tim. agorocu voll explorar isso aqui cognitivmente para ver o que d " Agora.voc esconde o simbolismo alqumico e conea a raciocinar de umcerto ponto pra diante, ento isto ocultao, o coniunto do que ele

    cscrever, do que ele disser publicamente, vai ter un efeito ntico sobreas pessoas. Ele esi lhe conindo um pedo d histria e csi escon_dcndo outro, ento, voc nunca vai entender pe eitamcnie, voc scm_pre entenalc qe portrs do que ele diz tem algo. Mas o que qe tem?Como voc no sabe o que , voc frca adivinhndo Como voc frcadivinhndo, voc comc a roietar riqllezs intelectuais l que lalvezno estejam l. Voc est entendendo? Ento. dai cada un1 cria o seu

    57

  • Hcgcl. Eu intcrpreto assim. olrro ilerprela ssado Ningum enlcndcucoisa nenhlnna. mas todo r undo e discutindo a coisa c quilo sctrnslolmou num influncia rnonstruos scnl que ninglrn1 entendessc. Isso mistificaol Unl llon1cm s o. unr fil(jsolb. unr cieniista. ele,rur',,i.ru lle.\foetL.l Jrz olhr

    ",.nri1 c...ad..i,n,rr ri',idaqui, eu cho quc isso aqui cst ccrio, voc, pLrr tvor veilique'Agor, sc cu cscondo, eu no estou deiranLlo voc enlender o quc cue!tou dizendo; ento eu crio m sirrulacro dc rchnlidacle que cstcheio dc alpocs c dc insinuacs por trr1s. ms voc nlro sabe dirci-ro quais so, est lzcndo mgira meslno. tl a misiilicao, voc cstjogando areia nos olhos ds pcssoas Agora. o lato que quasc iodosos filsolos do ciclo modcrno lazcn isto. Nls tem alguns onde a lorrtecsotrica clar porque rlao ilcglilllo voc blrscar lsso l. ao conir-'' u (..l.ri,nu. rrr r: .,,r. ,le lrt,i,l,io c,^rmc. ra ur r,,,,ira,voc pcgar ulna inspjrao, a ouira cois voc iazer de conl.L que nocst l No issol Por cxenlplo. o Schelling rccollhcce iods s suaslontes misticas scm prcble ra nenhum Ero. voc sabc at ondc vocpodc coffprccnd-lo scm rclcrancia mstica e cm qlrc pcnrlo ordcoomca a precisar ir nessas lbntes. Agora. lonle rrslica uma coisa,pertirncia sociedade secreta olrtra cornplctlrrcntc dilcrcntc, por-qe a loc csi \,inculdo por juramcntos dc segredo. etc., elc.. e unrsociccldc sccreta, afinai de conts, uni lora agenle Ia socicddchumn qul voc est serlirllo dc insumcnto. Erto, cri Lunlilosolia que precc sc dcstirr a tais ou quais fins. ms tcm uma oulrafinalidadc secreta por trs que voc no sabe. Agom. voc irrgina l-guDias gcrires de ljlsc)los lrcndo isso, ondc quc vai pmr? Chcgurra hora ern quc voc tcm quc cstourr css bolha dc sbol Uu choquc chcgou a hor.r jar de ldzer issr,. Os c.]ras. com Ilcgcl. j csio fa-zendo. ,l qlre esses estudos so rnis ou mcros rcccntcs, ln hora cmque clcs colircrcm a sc incorporr na hiria da filosLrfia voc \,ai ver

    58

    (trc iocla a nossa viso dos lrimos sclos, toda ela nistificad. ns(str.ros vivcndo n era d lnistilicato h trs ou qLlatro sculos. Esshislriria dc que voc no pode crgnr tollas as pcssoas ao csnnr tem|r(). cu digo: bom, voc nAo cnganar lodas as pcssoas drante todo olcnrpo, mas voc podc cnganr a prte miris arir''3 d: \r'i'li'l' E voc(lcixa a rclidde para dlris ou trs carinlls quc ningum conhece,rlrc ninguir liga para eles c quc eles esto sabendo d rcalidde, rsque vo passr al por loucos. Iissas coisas de Hcilcl, us Primciros que

    disserm isto, nirgum nem prcstolr leno D ieve qlre vir outro. e{)Lrtro. e oulro. c outro, voc conrcla a acumulr o nnrcro de provs,.r.h.Er urJ.rui q..,r',u rr l ri. ,,,rr,,

    ' cbd i.'.i.ll,crr.mu

    l oro dc So Paulo, voc pode csconder durlrtc Lrrn tcmpo, nras depols!hcg uma hor aquilo vl aprccer. l:essc ciclo noderno o ciclo dLllistilicao, da oclrllo cl tLrial llt dc sinceridadc. por isso qc cuLligo. as teoris desscs cars nolcm a pena scr discuiids, porque seicnr um motivao oculia cnto leoria icln dlrplo seniido. tcnr Lrnrscnticlo para qucm sabe a li)nte e otro scnlido para quen no sabc.F.nlo. voc tcnr a scnh. scnr a sctrha voca nno vai cnlender o qlre ocr csi ctjzendo. Tudo islo um cnlpreelrdimcnlo de manipulao dasocicdade human. inslrumcnto cte podcr c n.Lo de conhccilnenlo.

    \\lu,tot. I a it Ja lP ?11toa '10 t tt ]t Dar) qttP'' \' t' '\!a!;tt A COlt,t tn\ttu4t.n1', J"r\t rA"t' dad' ..

    Espel? , o que voc qucr dizer com o 'par qu '?

    (Alfio): - Se ele eslai seruildo de instunefilo pan sociedade sectul.t, p.t]a que cle ?ai lazer isso? ELe oi fazej isso pot ttl[ukl t ati'iropol lgutLt iktc-sse au coisa assim-..

    Ms. como interessel Eu no enlendo. perglrnta no iaz scnti_do: mas para que eles azcm islo? o quc nr:ris clcs irianr lazcr? Por

  • que voc.rcha qire tcnr qlrc lcr unr oulro rnotivo lr dessc roiilo, r. . r r." Q. . r . r lo. .. I r'r'lr rtll', rn. rir Ii.:,.t,r.-s ilrlnrinadas c n qucrc rs tcr o podcr no mLLndol' Sc voc aclquc voc tcnr o cofhccirnerto lolal c abrlulo. o qnc rnris niural .loquc voc rrrdr Io nrundo? inrciramcnrc natLrral. v