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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

MARLUCIA MARIA LIMA ARAUJO

AMBIENTE VIRTUAL: FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM E ESPAÇO EM ARTE

JACAREZINHO

2012

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AMBIENTE VIRTUAL:

FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM E ESPAÇO EM ARTE

Marlucia Maria Lima Araújo1 Ubirajara De Carlo Senatore2

RESUMO

A era da globalização traz exigências cada vez maiores à sociedade, principalmente à educação e no que diz respeito a sua presença no ambiente escolar de aprendizagem. A fala tecnológica é bastante aplicada a rede particular de ensino, porém, ainda pouco a rede pública. Portanto, cabe aos professores encarar esses novos desafios, que os levam a assumir funções diferenciadas na busca do saber, pois estão frente a novas possibilidades de interação e comunicação com seus alunos. A proposta aqui foi trazer ao professor de Arte da rede pública de ensino, o uso da tecnologia como ferramenta de aprendizagem, através da criação de um espaço virtual de pesquisa, como acréscimo à construção do conhecimento dessa disciplina. O espaço virtual foi a criação de um blog informativo cultural, com textos de pesquisa como complementação para conteúdos vistos em sala de aula, conteúdos estes nas várias áreas do conhecimento artístico como curiosidades, sugestões de filmes e livros; agenda cultural e outros, conforme necessidade levantada pelo professor. O blog se constitui um elo de interação entre o professor, alunos, a comunidade e a Arte. Dessa forma todo conhecimento midiático foi importante, desde os motivos para um professor criar um blog, até a orientação final com os alunos. Tudo, com objetivo de acrescentar a proposta pedagógica um recurso virtual de aprendizagem, de forma atual a atrativa de despertar o interesse do aluno pelo aprender Arte. Tudo de significativo, achado na pesquisa tecnológica, foi postado no blog, orientado e acompanhado pelos professores de Arte.

Palavras-chave. Arte e Mídia. Ambiente Virtual. Blog.

1. Graduada em Educação Artística. Docente do Colégio Estadual Dr Ubaldino do Amaral – EFM, de Santo Antônio da Platina-PR. Participante do Programa de Desenvolvimento Educacional 2010/2012-SEED/PR. 2. Professor Mestre. Orientador do PDE. Docente da Universidade Estadual de Londrina – UEL.

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ABSTRACT

The era of the globalization brings every time bigger demands to the society, principally to the education and what concerns his presence in the school environment of apprenticeship. The technological speech is still quite hard-working the particular net of teaching, however, little the public net. So, it suits to the teachers to face these new challenges, which take them assuming functions differentiated in the search of the knowledge, since they are in front of new means of interaction and communication with his pupils. The proposal here went to bring to a teacher of Art of the public net of teaching, the use of the technology like tool of apprenticeship, through the creation of a virtual space of inquiry, like addition to the construction of the knowledge of this discipline. The virtual space went to creation of an informative cultural blog, with texts of inquiry I eat complement for contents seen in classroom, these contents in the newspaper commentaries areas of the artistic knowledge like curiosities, suggestions of movies and books; cultural diary and others, according to necessity lifted by the teacher. The blog sets himself up as a link of interaction between the teacher, pupils, the community and the Art. In this form all knowledge midiático was important, from the motives in order that a teacher raised a blog, up to the final direction with the pupils. Completely, with objective to add the pedagogic proposal a virtual resource of apprenticeship, of current form the attractive one of waking the interest of the pupil for learning Art. Everything of significant one, found in the technological inquiry, was that I postadd in the blog followed and accompanied by the teachers of Art.

Key words. Art and Media. Virtual environment. Blog.

1 INTRODUÇÃO

Na era da globalização, dos avanços científicos e tecnológicos que

vivenciamos, a educação tem experimentado exigências cada vez maiores da

sociedade, no que diz respeito ao acompanhamento às novas formas de

comunicação da atualidade e que fazem parte do nosso dia a dia.

Já é possível na área da educação vislumbrarmos inúmeras possibilidades de

interação e comunicação entre professores e alunos e uma delas é através de um

ambiente virtual. Entretanto, ainda não é uma realidade presente em todas as

escolas do país e em especial nas escolas públicas.

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O principal desafio imposto aos docentes atuais se faz na mudança em seu

eixo de ação, do ensinar somente, para a busca de opções que levem o aluno ao

aprender. Na verdade, esse processo permanente que se abre entre professores e

alunos, é o do aprender a aprender, já que os professores estão cientes do quanto

o universo de informações ampliou-se nas últimas décadas e o que isso exige deles,

este deve se tornar um consultor de conteúdos e usuário crítico, bem como

mediador dessas tecnologias com os alunos, estimulando-os a buscar corretamente

a informação. Portanto, este trabalho se justifica pela necessidade de se colocar à

disposição dos professores, ferramentas atuais, que os ajudem tornar as aulas de

arte mais significativas para seus alunos e usando uma linguagem que dominam.

Todos sabemos que a sociedade e principalmente a escola tem por função,

formar cidadãos conscientes para o exercício da cidadania, fazendo parte assim do

processo de transformação e construção da mesma. Então, como pode a escola

ficar alheia a esta e não acatar suas exigências, diante dos novos desafios impostos

pelo desenvolvimento?

Quais as mudanças, na prática, que essas novas tecnologias impõem aos

professores da rede estadual pública de ensino da atualidade?

Dessa forma, têm-se como objetivos: mostrar à escola que, de fato ela faz

parte de uma sociedade em constante transformação, que tem a frente uma rede

informatizada, cujas exigências são muitas e abrangem muitos âmbitos das

necessidades do homem. Cabe à escola atender aos anseios desta sociedade que

tem por base a educação, que é dentre outros, o uso da fala tecnológica em seu

ambiente escolar de aprendizagem; orientar o professor da área de Arte como

conduzir e capacitar seus alunos na busca e no acesso a dados de informação

digital, tornando-se assim um instrutor, mediador, parceiro, facilitador, um

colaborador no processo da aprendizagem; desenvolver, junto aos professores,

habilidades de organização e interpretações verbais, pictóricas, figurativas e outras,

através da criação de um espaço virtual comum, um blog educativo para disciplina

Arte, que será o elo de interação entre o professor, o conhecimento e o alunos; e

ampliar os conhecimentos metodológicos e avaliativos, a fim de re-significar o valor

da própria disciplina e das muitas possibilidades que se abrem a esta através do uso

da mídia como coadjuvante da aprendizagem.

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2. A ARTE NO CONTEXTO DAS TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO

A evolução da Arte é compreendida desde os primeiros registros rupestres,

praticados pelas tribos humanas durante a Idade das Cavernas, passando pela

descoberta da Escrita, os avanços verificados durante o Renascimento; a utilização

da Imprensa de Guttemberg; o advento da fotografia; a Informática, culminando na

Internet.

É visível a influência e a troca produtiva entre a Arte e a Tecnologia. A cada advento tecnológico as atividades artísticas se adaptaram, se modificaram e até surgiram novas atividades ligadas às artes e que fazem uso dessas tecnologias, como: designers gráficos, fotógrafos, webdesigners e tantos outros tipos de profissões artísticas. Mas uma coisa parece ser constante ao longo de todo esse fervilhar de novas propostas produtivas: a mensagem. Ainda que surjam muito mais opções materiais de se criar arte, a mensagem a ser transmitida ainda é de responsabilidade do artista, e a ele cabe saber o que dizer e como dizer. Por isso se enriquecer culturalmente para ter o que falar com seu lápis, ou com seu Photoshop, Corel, etc.; seja para o seu blog ou para uma agência, é de fundamental importância. (JACÓ, 2010, p.3).

As próprias Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCE) para a

disciplina de Arte não ficam alheias às necessidades da sociedade contemporânea

em que o avanço tecnológico predomina:

Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do seu entorno. Nessa seleção, o professor pode considerar artistas, produções artísticas e bens culturais da região, bem como outras produções de caráter universal. Assim, é importante o trabalho com as mídias que fazem parte do cotidiano das crianças, adolescentes e jovens, alunos da escola pública. (DCE, 2008, p. 72).

Estas diretrizes para a disciplina de Arte levam o professor a refletir sobre as

formas efetivas de levar o aluno a apropriar-se do conhecimento, que “produza

novas maneiras de perceber e interpretar tanto os produtos artísticos quanto o

próprio mundo”. (DCE, p.56).

A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea; A produção de trabalhos de arte, visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e social; A apropriação prática e teórica dos modos de composição de arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo. ( DCE, 2008, p. 82).

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Logo, nesse contexto, as mídias passam a ser de grande valia para o alcance

das expectativas finais do processo de aprendizagem em Arte.

2.1 AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICs) NA

EDUCAÇÃO

A necessidade de mudança é clara, e a escola precisa aprender a trabalhar

com as tecnologias a favor da aprendizagem. A rede informatizada é presente e faz

parte da sociedade, a escola precisa estar aberta e incorporá-la aos seus hábitos,

comportamentos, percepções e nas demandas das necessidades educacionais.

Estima-se que uma criança de 7 anos de idade já tenha assistido a 5 mil

horas de televisão – uma média de 3 horas por dia – quando chega à sala de aula pela primeira vez. Esse dado, por si, sugere que os alunos não são mais os mesmos. Luciano ainda não completou 3 anos de idade e já liga a TV, o DVD e sabe inserir o disco no aparelho para assistir aos seus desenhos prediletos: A Era do Gelo, Bob Esponja, entre outros. Esse menino não faz parte do mundo ficcional; ele é real. É filho de uma amiga e, como ele, existem milhões de outros, todos integrantes da geração que desde muito cedo tem familiaridade com toda sorte de aparatos tecnológicos e com o universo midiático. Ao chegar à escola para ser alfabetizado, Luciano provavelmente já terá visto de tudo um pouco, mediado pela tecnologia e em uma velocidade jamais antes experimentada por nós ou pelas gerações que nos precederam, incluindo, logicamente, os seus professores. (CORTELA apud KONDZIOLKOVA, 2007, p.4-5)

Kenski (2007, p.64), afirma que :

Em um mundo em constante mudança, a educação escolar tem de ser mais do que uma mera assimilação certificada de saberes, muito mais do que preparar consumidores ou treinar pessoas para a utilização das tecnologias de informação e comunicação (TICs). A escola precisa assumir o papel de formar cidadãos para a complexidade do mundo e dos desafios que ele propõe. Preparar cidadãos conscientes, para analisar criticamente o excesso de informações e a mudança, a fim de lidar com as inovações e as transformações sucessivas dos conhecimentos em todas as áreas.

Logo, há necessidade de que as TICs devam também ser incorporadas à

educação formal, Kondziolkova (2007, p. 5), adverte:

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Como formar essas crianças e jovens para a realidade do mundo em que vivem, para o mundo no qual estão imersos e para as grandes transformações que ainda estão por vir? Mais ainda: como muni-los de senso crítico diante da invasão de imagens de toda ordem; de referências significativas; de valores humanos; de vínculos genuínos com o outro e com a realidade concreta? Ainda diante desse cenário, como fazer conviverem a TV, o computador, o DVD, o videogame com o giz, a lousa, o caderno, o livro? E como ficam a arte e o seu ensino nesse cenário, e que papel poderiam desempenhar no contexto da realidade marcada pela explosão de meios de comunicação? Não seria a arte uma potente interface de acesso entre mundo virtual e mundo real?

Mas a presença das TICs na educação, sendo fonte de informação, deve ser

feita de forma seletiva e crítica.

As tecnologias de comunicação e informação são utilizadas em atividades de ensino de uma forma bem diferente do seu uso costumeiro, como mídias. o espaço da mediação das TICs em educação é claro, as pessoas envolvidas no processo – professores e alunos - são conhecidas e os fins a que se destinam são determinados e estão diretamente articulados com os objetivos do ensino e da aprendizagem.[...] As tecnologias ampliam as possibilidades de ensino para além do curto e delimitado espaço de presença física de professores e alunos na mesma sala de aula, a possibilidade de interação entre professores, alunos, objetos e informações que estejam envolvidos no processo de ensino redefine toda a dinâmica da aula e cria novos vínculos entre os participantes. (KENSKI, 2007, p.86; 88)

Ao professor cabe a familiarização e a aceitação dessas novas possibilidades

que o meio tecnológico oferece, é importante pra ele e para os alunos e sobre isso

Behrens (2000, p.72) afirma que: “A tecnologia precisa ser contemplada na prática

pedagógica do professor, de modo a instrumentalizá-lo a agir e interagir no mundo

com critério, com ética e com visão transformadora.”

A escola deve integrar as tecnologias de informação e comunicação (TICs) porque elas já estão presentes e influentes em todas as esferas da vida social, cabendo a escola, especialmente à escola pública, atuar no sentido de compensar as terríveis desigualdades sociais e regionais que o acesso desigual a estas máquinas está gerando.(BELLONI, 2009,p.10).

O reconhecer dessas novas formas de comunicação e de suas aplicações

como modo de ensino, se torna importante, pois nos leva a repensar continuamente

o ensino como um todo e o da arte aqui especificado.

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São inúmeras as possibilidades do computador nesta escola e igualmente diversificadas as possibilidades deste uso. O computador pode se constituir em poderoso recurso didático para o ensino-aprendizagem desde que integrado às redes às redes mundiais de comunicação, como a internet, e utilizado como elemento básico e do mundo contemporâneo, constituindo-se num elemento chave para uma nova forma de pensar e aprender, mais global e integrada. Para tanto, é necessário criarem-se ambientes facilitadores que incluam: postura da escola, atitude e modo de atuar do professor e adoção de uma metodologia de trabalho, que permita a participação ativa no processo. (GIORDINO; 2008; p.156-157).

Enfim, seja qual for o recurso, o meio tradicional ou tecnológico, o foco deve

ser sempre a melhor e mais proveitosa forma de aprendizagem em Arte.

2.2 FORMAÇÃO CONTINUADA: DOCENTES FRENTE ÀS TICs

Observa-se que, atualmente, a aquisição da informação, não depende só do

professor, pois os alunos podem obtê-las de forma rápida e atraente simplesmente

acessando a internet. Entretanto, deve ser feita com critério: professores e alunos

precisam aprender a aprender como acessá-la, onde buscá-la e o que fazer com ela

para que se torne como uma ferramenta efetiva no processo ensino e

aprendizagem.

Estão crescendo com esta tecnologia, convivendo com uma nova forma de acessar informações, de se comunicar, rompendo as fronteiras de espaço e tempo, bem como representar o conhecimento. Logo, para muitos alunos o computador já é um “velho” conhecido. Neste caso, o que falta? Falta escola, professores e gestores perceberam que esta tecnologia poderá ser utilizada de forma integrada com as atividades pedagógicas, acrescentando suas potencialidades no processo de ensino e aprendizagem. Dito de outra maneira, aos alunos falta a possibilidade de transformar toda essa gama de informações em conhecimento, por meio de uma abordagem pedagógica, que visa criar situações de aprendizagem facilitando o processo de dar sentido às informações e construir conhecimento. Neste sentido, uma das possibilidades pedagógicas que vem sendo utilizada é o desenvolvimento de projetos informatizados. (PRADO; ROZO;2008, p.63-64).

O professor que conhece as mídias, suas potencialidades e limitações, como

recurso para construção do conhecimento, deve se sentir confiante para defender

seu uso ou não na sala de aula, com fundamento e quando pedagogicamente

necessário.

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Mas para que isso venha se tornar realidade, a escola deve buscar formas de

despertar nos professores o interesse pela presença dessas TICs em seu trabalho,

em seu dia-a-dia escolar, usada como grande aliada, na busca pelo interesse do

aluno à informação nas várias áreas do conhecimento. Com o uso das TICs na

educação as possibilidades se ampliam com a sala de aula que deixa de ser

somente presencial e passando a ser virtual.

O professor para enfrentar esses novos desafios terá que aprender a

trabalhar em equipe e a transitar com facilidade em muitas áreas disciplinares. Ele

terá que quebrar o isolamento da sala de aula convencional e assumir funções

novas e diferenciadas, na verdade a figura do professor individual tende a ser

substituída pelo professor coletivo.

2.3 POSSIBILIDADES DA CRIAÇÃO DE BLOG PARA O ENSINO DE ARTE

O professor inovador precisa ser criativo e articulador, mas principalmente

parceiro do aluno no processo de aprendizagem. Para isso, o essencial é que toda a

comunidade escolar se direcione para ter as mídias não mais como adversárias e

sim parceiras do processo educacional.

A escola é o lugar de re-imaginação e recriação do espaço público. E, afinal, a arte é a interface privilegiada para exercer a re-imaginação e a re-criação, território de mediação posto entre sujeito, mundo e conhecimento do mundo, permitindo-nos ir além do pensamento convencional e linear do conceito, da descrição e da análise, e levando-nos a visitar espaços desconhecidos dentro e fora de nós, aos quais não teríamos acesso de outra maneira. Devidamente mediada e tratada pela educação escolar como imagem que forma e informa o sujeito para consumir imagens de maneira ativa e crítica, a arte promove o encontro desse sujeito – mestre e aprendiz – consigo mesmo, com o outro e com o mundo. (MARTÍN-BARBERO apud KONDZIOLKOVA, 2007, p.8)

A proposta é trazer aos professores de Arte, a interatividade com seus alunos,

através de um espaço de pesquisa em Arte comum a todos, com várias

experimentações que irão acrescentar na construção do conhecimento em Arte,

ampliando assim os recursos pedagógicos para o ensino da disciplina;é possibilitar

uma nova ação docente, na qual professores e alunos participem de um processo

conjunto para apreender de forma criativa, dinâmica, encorajadora o conhecimento,

que tenha como essência o diálogo e a descoberta recíproca.

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Na verdade, um meio de contato direto com o aluno, através da criação e

atualização de um blog informativo cultural. Blog é

um site cujo dono usa para fazer registros diários, que podem ser comentados por pessoas em geral ou grupos específicos que utilizam a Internet. Em comparação com um site comum, oferece muito mais possibilidades de interação, pois cada post (texto publicado) pode ser comentado. Comparando-se com um fórum, a discussão, no blog, fica mais centrada nos tópicos sugeridos por quem gerencia a página e, nele, é visualmente mais fácil ir incluindo novos temas de discussão com freqüência para serem comentados. (VON STAA, 2010, p.1).

Além do mais,

seu conteúdo abriga uma infinidade de assuntos: agendas, piadas, links, notícias, poesias, idéias, fotografias, enfim, tudo o que a imaginação do autor permitir. Fáceis de serem criados, os blogs podem servir como espaços construídos por todos os participantes de uma disciplina. em interação com outros alunos e demais pessoas que visitem as páginas, podem receber informações e oferecer colaboração para a realização das atividades escolares. Usando senhas, podem configurar quem terá acesso a determinadas partes do diário: podem configurar quem terá acesso a determinadas partes do diário: professores, outros alunos, pais ou simplesmente curiosos. (KENSKI, 2007, p.122).

Hoje, se faz necessário sim, encaminhar essa incessante sede de informação

pertinente ao jovem, para um interesse ao conhecimento que lhe útil, de alguma

forma inserir a escola na fala do jovem e vice versa, para que possa haver o

crescimento de ambos.

O professor pode criar uma página pessoal na internet, como espaço virtual de encontro e divulgação, um lugar de referência para cada matéria e para cada aluno. Essa página pode ampliar o alcance do trabalho do professor, de divulgação de suas idéias e propostas, de contato com pessoas fora da universidade ou escola. Num primeiro momento a página pessoal é importante como referência virtual, como ponto de encontro permanente entre ele e os alunos. A página pode ser aberta a qualquer pessoa ou só para os alunos, dependendo de cada situação. O importante é que professor e alunos tenham um espaço, além do presencial, de encontro e visibilização virtual. (MORAN, 2000, pág.45).

O blog aqui proposto trará informações do professor para o aluno através de

textos pesquisa para complementação de conteúdos vistos em sala, agenda cultural

local e/ou regional, músicas em vários estilos, curiosidades na arte, sugestões de

livros e filmes sobre arte, vídeos explicativos sobre várias técnicas de criação

artística e outros, mas trará também informações dos alunos para os professores

através da promoção de eventos artísticos, exposições de trabalhos virtual, enfim,

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tudo conforme as necessidades e sugestões dos alunos e da escola para que exista

uma ponte permanente entre aluno, professor e escola.

A construção de um blog cultural será o espaço comum entre os professores,

alunos, o local de encontro com a Arte e sua história, com a escola e sua cidade e o

prazo a principio é de experimentação, mas a intenção é que se torne algo

permanente ao ano letivo e que deve ser organizado. como sugere Masetto (2000,

p.153) “ a constituição tecnológica dessa base de dados é realizada, por vezes, por

um técnico em informática que, recebendo informações do professor, as

disponibiliza no computador para uso e acesso direto dos alunos.”

Esse ambiente virtual em comum como proposta permite que a aula de Arte

deixe de ser apenas presencial e vá além.

3 MATERIAL E MÉTODOS

O encaminhamento da implementação pedagógica, do caderno “Propostas

Pedagógicas em Arte: agir e refletir para a ação docente”, capítulo 2/Cultura Popular

Brasileira e Tecnologia: O Uso do Blog para Ação Docente, seguiu a sequência

descrita no projeto, que será aqui relatada. O público alvo foram 3 (três) professoras

de Arte do Colégio Estadual Dr. Ubaldino do Amaral –EFM, de Santo Antônio da

Platina –PR

1-Preparando o professor para o uso da TIC’s (primeira semana).

Todos os objetivos do projeto foram explicados, separadamente a cada

professora de Arte da escola, para então agendarmos o início das atividades,

utilizando suas horas atividades.

Professora A: terça /3ª aula manhã e 2ª aula tarde; quinta 3ªaula manhã..

Professora B: terça / 3ª e 4ª aulas noite; quarta / 1ª aula tarde.

Professora C: segunda/4ª e 5ª aulas manhã / quarta 2ª manhã.

Assim, começamos conhecendo e explorando vários sites interessantes para

pesquisa em Arte, como também blogs já existentes no assunto.

As professoras conheceram os sete motivos para um professor criar um blog:

1- É divertido

2- Aproxima professor e alunos

3- Permite refletir sobre suas colocações

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4- Liga o professor ao mundo

5- Amplia a aula

6- Permite trocar experiências com colegas

7- Torna o trabalho visível

As professoras experimentaram criação de blogs no “blogger”, o mais popular,

e no “blogorama”, o qual foi usado para montagem do blog aqui proposto, bem

como, escolheram a sala a ser trabalhada:

Professora C.- manhã 7ª série A

Professora B.- tarde 7ª série C

Professora A.- noite 1ºEM C

Num segundo momento, as professoras apresentaram e explicaram o projeto

aos seus alunos, a partir do seguinte texto abaixo.

Visite o blog de arte disponível em:<arteescola.arteblog.com.br>

Nele você poderá conhecer e visitar museus, apreciar a vida e

obra de alguns artistas, fazer uso de links de pesquisa em arte,

jogar com arte e outros. E também, participar da proposta do

projeto de desenvolvimento educacional PDE 2010, realizando as

atividades propostas dentro do tema “ Cultura Popular

Brasileira”, o que obviamente irá enriquecer este ambiente

virtual de pesquisa em arte.

As questões norteadoras são:

Que definição você daria para “cultura popular”?

Que manifestações artísticas fazem parte da “cultura popular”?

Folclore também é “cultura popular”?

Que manifestações de sua região fazem parte da “cultura popular”?

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Fonte: Marlúcia Maria Lima Araújo

Em seguida, pesquisaram o trabalho de alguns artistas que abordaram o tema

“cultura popular” em suas obras, e posteriormente escolheram um que mais gostou,

para aprofundar sua pesquisa nele.

Num terceiro momento, foram buscar respostas aos questionamentos

culturais de sua cidade, propostos pelas imagens sugeridas no blog.

Após esta pesquisa, representaram por meio de qualquer expressão artística:

desenho, pintura, música, teatro etc., uma manifestação cultural de sua cidade.

Fonte: Marlúcia Maria Lima Araújo

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Além do peso avaliativo, os resultados dessas atividades foram expostos

neste blog, com as devidas autorizações, para apreciação de todos.

Posteriormente, o blog foi apresentado aos alunos, com tudo que este podia

oferecer para a pesquisa, em datashow, para as turmas em separadamente.

Dia 18/10 - 7ª série A

Dia 18/10 - 7ª série C

Dia 19/10 - 1º EM C

Fonte: Marlúcia Maria Lima Araújo

4 RESULTADOS

A receptividade dos alunos foi muito boa, porém, o projeto ainda é um tanto

utópico para as escolas públicas, pois ao contrário do que imagine, a grande maioria

dos alunos, não tem acesso a Internet em suas casas, e a escola ainda engatinha,

em oferecer as devidas condições para que estes alunos façam uso dos

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computadores, que são poucos, e nem sempre estão em condições de uso

desejáveis.

Espero que este projeto seja, pelo menos, mais uma vírgula nessa linha de

pensamento, como tantos outros que têm o mesmo objetivo, que é o de inserir as

TIC’s na escola pública, mas com certeza, o futuro irá empurrar essa realidade que é

mais que comprovada na eficácia no ensino aprendizagem.

5 DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

A criação, na prática, desse espaço virtual em laboratório de informática da

escola, em formato de blog informativo e cultural foi produzido junto aos professores

de Arte e de acordo com as necessidades apresentadas por eles, com um primeiro

momento para informações da escola e depois para as séries.

Esse ambiente virtual possibilitou o uso de textos, sons, imagens e vídeos, os

quais subsidiam a produção do conhecimento, e o objetivo é que os professores o

usem como um instrumento significativo na aprendizagem do conteúdo de Arte,

conscientes de sua importância para o processo educativo.

O professor deve estar atento quanto às muitas possibilidades que o uso

dessas tecnologias virão a acrescentar ao dia-a-dia de sua prática escolar. Eles

precisam saber que são ferramentas que auxiliam na busca da informação,

conhecimentos tanto mais elaborados quanto populares, tanto para si como para os

alunos, no complemento das aulas, no desenvolvimento de projetos escolares e

outras atividades de importância.

O desejo expresso da maioria dos alunos em utilizar esse recurso na escola

foi um fator muito favorável a essa integração. Obviamente, quanto maior o campo

de pesquisa sobre a Arte, melhor para o professor e principalmente para o aluno,

pois favorece o campo para seu ensino e compreensão.

A informática pode ser sim um instrumento perfeitamente afinado com os

projetos de aprendizagem e as práticas pedagógicas, desde que haja um

gerenciamento adequado dos recursos informatizados pela escola, seguindo os

interesses pedagógicos para o conteúdo em arte.

Na verdade, nessa sociedade da informação todos estão continuamente

reaprendendo a conhecer, a se comunicar e ensinar de novas maneiras,

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reaprendendo a integrar o humano ao tecnológico; a integrar o individual ao grupal

para o social.

10. REFERÊNCIAS

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