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Temas a abordar A autora : Jane Austen
A obra literária
-Resumo
-Personagens principais
- Principais temáticas
-Técnicas narrativas: a ironia
Adaptações da obra literária
Obra literária vs. Adaptação cinematográfica de 2005
Conclusão
Jane Austen
- Biografia
http://www.youtube.com/watch?v=PvYdeYRmwuE
Jane Austen Jane Austen nasceu em 1775 em Steventon, Hampshire, no Sul da
Inglaterra.
Era a sétima de oito filhos de um pastor anglicano, o Reverendo George
Austen. Ele era um homem muito culto que encorajou Austen na leitura e
na escrita.
Ela cresceu num ambiente familiar alegre e unido. Costumavam até
encenar peças em casa .
Jane Austen começou a escrever na adolescência.
Em 1801, a família mudou-se para Bath;
Após a morte de George Austen, em 1805, mudaram-se para Southampton
e finalmente Chawton em Hampshire.
Jane Austen
Residência da família Austen em Chawton,
onde Jane passou os últimos oito anos de sua
vida (hoje um museu).
Jane Austen
Os primeiros sintomas da doença de Jane, dores nas costas, cansaço e
fraqueza surgiram em 1815.
No final de 1816 a doença agravou-se ainda que intermitente e, a partir de
Março de 1817, Jane ficou cada vez mais fraca largando definitivamente o
livro que estava a escrever, Sanditon.
Jane faleceu na manhã do dia 18 de Julho de 1817, e foi enterrada na
catedral de Winchester.
Jane Austen
A autora deixou seis obras acabadas e três inacabadas. Os quatro livros
publicados ainda em vida foram, por ordem de publicação, Sense and
Sensibility, Pride and Prejudice, Emma e Mansfield Park .
Persuasion e Northanger Abbey foram publicados após sua morte pelo seu
irmão Henry Austen. Nas quatro obras publicadas ainda em vida da
autora, os livros são assinados “by a lady”, mas quando Northanger Abbey
e Persuasão foram publicadas em 1817, o seu irmão explicou a autoria de
todas as obras austenianas através de um prefácio assinado por ele.
Jane Austen
As mulheres, ao longo da História, tiveram poucas oportunidades de expor
as suas formas de ver e compreender o mundo que as cercava. Desta
forma, não foram muitas as que conseguiram escrever e publicar as suas
obras.
Jane Austen foi uma destas poucas autoras, tendo deixado uma vasta obra
onde deixou suas impressões sobre a sociedade inglesa do fim do século
XVIII e início do XIX.
Jane Austen
Dentre as várias escritoras inglesas, Jane Austen traz inovação no seu
trabalho e recebe lugar de destaque na literatura a partir século XVIII por
descrever o quotidiano nas suas obras.
Nascida de uma família pertencente à burguesia agrária, a sua situação e
ambiente serviram de contexto para todas as suas obras.
Jane Austen
A trivialidade dos assuntos de Jane Austen, a sua ironia subtil e os seus
diálogos espontâneos fazem de cada incidente, de cada diálogo, uma peça
fundamental na estrutura dos romances.
O estilo de Jane Austen é de aguda percepção psicológica, ela cria
personagens reais, com vícios e virtudes, revelando sempre uma ironia
dissimulada pela leveza da narrativa, que possui um tom irónico e na qual
os sentimentos são contidos.
Jane Austen
O período britânico de Regência compreende a regência de Jorge IV como Príncipe de Gales,
durante a enfermidade de seu pai, Jorge III, e constitui uma ponte entre o período georgiano
e o vitoriano.
Jane Austen viveu na época da regência, porém sua obra literária
caracteriza-se por descrever com mais precisão a sociedade rural
georgiana e não tanto as mudanças sofridas com a chegada da
modernidade.
“É o mundo das casas dos nobres e abastados da província, cuja vida
rotineira segue indiferente às convulsões sociais que agitam a Inglaterra”.
(Cevasco, 1999)
Jane Austen
Durante a Era da Regência em Inglaterra verificou-se a transição da
Literatura Inglesa do Neoclassicismo do século XVIII para o Romantismo
do século XIX.
Jane Austen
Durante este período da Regência, os romances davam especial ênfase aos
costumes sociais e às diferenças de classe social.
As suas obras literárias impulsionaram o
romance inglês para a modernidade.
Posteriormente, a crítica veio a considerá-
la a primeira romancista moderna da
literatura inglesa
Jane Austen
Uma mulher fora do seu tempo, refugiada numa Inglaterra
rural, de costumes e de tradições, com uma capacidade única: a
de transformar a mais mundana das histórias em algo clássico e
transversal até aos nossos dias.
Jane Austen
A obra Literária
A obra Literária
Orgulho e Preconceito retrata a vida em sociedade
do século XIX, repleta de interesses e julgamentos de
conveniência, contudo contrastando-a com amostras
de afeição terna, sincera e verdadeira, capaz de
ultrapassar valores plantados intrinsecamente nas
fundações da comunidade.
A obra Literária Em Orgulho e Preconceito a autora retrata as relações de uma família
com os mais variados intervenientes. Através das suas personagens a
autora vai demonstrando algumas das suas opiniões e convenções da
época, sempre de forma subtil.
A obra Literária
Jane Austen mostra na sua obra como o amor
entre os protagonistas é capaz de superar as
barreiras do orgulho e do preconceito, da
diferença social entre eles e do escasso poder de
decisão concedido à mulher na sociedade da
época.
Resumo
As personagens nucleares são Elizabeth Bennet e Mr. Darcy, em torno dos
quais se desenvolve a maior parte dos acontecimentos.
Elizabeth é uma jovem não muito rica que vive no seio de uma família de
sete elementos (os pais e quatro irmãs) na qual só ela, o pai e a sua irmã e
confidente Jane parecem revelar algum bom senso.
As vidas de Elizabeth e de Mr. Darcy cruzam-se e a primeira impressão
que têm um do outro é de imediata antipatia, grande parte devido a
mentiras e equívocos.
A obra Literária - Resumo
A obra Literária - Resumo
Ao longo do romance a admiração de Mr. Darcy em relação a Elizabeth
vai crescendo, reconhecendo nesta um espírito crítico e astuto
acompanhado por uma beleza natural.
Vários episódios os reúnem e Mr. Darcy chega mesmo a declarar-lhe o seu
amor, mas a repulsa vem por parte de Elizabeth, guiada pelo orgulho.
A obra Literária - Resumo
A verdade é que Mr. Darcy, apesar de a amar, ainda não tinha
abandonado por completo o preconceito em relação à família de Elizabeth.
Finalmente, todos os equívocos são desfeitos e, depois de ultrapassado o
orgulho e o preconceito, podem amar-se e casar.
A obra Literária - Personagens Elizabeth Bennet
É a personagem feminina principal;
Representa a heroína típica das obra de Jane Austen: Personalidade
forte, inteligência brilhante, que se ergue pela liberdade da mulher no
casamento;
É uma das personagens mais queridas da Literatura Inglesa;
A obra Literária - Personagens Elizabeth Bennet
Elizabeth é a segunda filha do casal Bennet;
Também chamada por Lizzie e Eliza
Pouco depois da publicação de Orgulho e Preconceito, Jane Austen referiu
acerca de Elizabeth Bennet:
"I must confess that I think her as delightful a character as ever appeared
in print, and how I shall be able to tolerate those who do not like her at
least, I do not know".
Elizabeth Bennet
É independente e alegre
Acaba por cometer alguns erros, quando se deixa levar pelo orgulho e
pelo preconceito que conduzem a julgamentos errados sobre Wickham e
Darcy.
É a filha favorita de Mr. Bennet, no entanto a mãe considera-a como não
sendo:
"is not a bit better than the others"; she "is not half so handsome as Jane,
nor half so good humored as Lydia". (Ch1, p.26)
A obra Literária - Personagens
Elizabeth Bennet
No romance, ela é retratada como tendo “a lively, playful disposition,
which delighted in any thing ridiculous.” (Ch. 3, p.9)
A própria Elizabeth admite que : “I dearly love a laugh but … I never
ridicule what is wise or good. Follies and nonsense, whims and
inconsistencies do divert me, I own, and I laugh at them whenever I can.”
(Ch. 11, p.49)
A obra Literária - Personagens
Mr. Darcy
É a personagem masculina principal
No início da obra, apresenta uma imagem repulsiva, arrogante e
superior
É orgulhoso e preconceituoso
Tem uma postura altiva, é reservado e parece frequentemente entediado
A obra Literária - Personagens
Mr. Darcy
“Darcy was clever. He was at the same time haughty, reserved, and
fastidious, and his manners, tough well bred, were not inviting… he was
continually giving offence” (Ch.4, p.17)
A obra Literária - Personagens
É inteligente e simultaneamente, arrogante, retraído
e difícil de contentar. Os seus modos, apesar de
delicados não são atraentes
Mr. Darcy
É um homem de ressentimentos implacáveis. Uma vez perdida a sua
opinião, é para sempre.
Mostra durante o desenrolar da obra a mudança mais significativa.
Após a recusa do pedido de casamento, torna-se mais cuidadoso,
expansivo e revela-se mais. Revela cavalheirismo e o amor que já não
consegue esconder.
Consegue dominar o preconceito que em muitas situações anteriores
demonstrou.
A obra Literária - Personagens
Mr. Bennet
Era um misto de petulância, sarcasmo, reserva e
capricho. Considerava as filhas tolas e ignorantes, tal
como a maioria das raparigas.
A obra Literária - Personagens
Não escondia a sua preferência por Elizabeth, pela sua vivacidade.
“Mr. Bennet was so odd a mixture of quick parts, sarcastic humor, reserve, and
caprice, that the experience of three-and-twenty years had been insufficient to make
his wife understand his character.” (Ch.1, p.3)
Mrs. Bennet
A principal ocupação da sua vida era casar as filhas e o seu passatempo
preferido eram as visitas e os mexericos.
As suas atitudes e comportamentos eram frequentemente motivo de
embaraço.
A obra Literária - Personagens
Mulher de inteligência medíocre, cultura
rudimentar e temperamento incerto. Quando
irritada procurava refúgio nos nervos.
Jane
É a mais velha das irmãs, com o temperamento mais doce, e considerada
pela generalidade, como a mais bela;
Bingley says : “she is the most beautiful creature i have beheld”
( Ch.3 , p.13)
A obra Literária - Personagens
Jane
É modesta, paciente, optimista, revela bom senso, bondade e generosidade.
Jane não vê malícia nem maldade nas pessoas e no mundo. A sua
candura vem contrapor o Preconceito.
“All the world are good and agreeable in [her] eyes.” and "never
seeing a fault in anyone." (Ch.4, p.11)
Reservada e controlada, o que pode ser uma desvantagem ao nível dos
relacionamentos amorosos
A obra Literária - Personagens
Catherine e Lydia Bennet
Mais fúteis que as irmãs
Animadas e efusivas
Predilecção por bailes e homens de uniforme
Mais irresponsáveis
A obra Literária - Personagens
Mary Bennet
Mais intelectual, refugia-se no livros do seu pai
É moralista, desinteressante, falta-lhe vivacidade e sentimento
Aplicada na árdua aquisição de conhecimentos e dotes, vivendo na ânsia
de os exibir. Porém não tinha gosto nem talento.
A obra Literária - Personagens
Mr. Bingley
“a single man in possession of a good fortune” (Ch. 1, p.5)
É um homem belo e distinto, com modos delicados e simples
É alegre e animado
É bastante sociável e rico
A obra Literária - Personagens
Mr. Bingley
Tem uma forte amizade com Mr. Darcy
É influenciável pelas opiniões do amigo
Apaixona-se por Jane Bennet
Cativa pela brandura, franqueza e docilidade do seu carácter
A obra Literária - Personagens
Mr. Collins
Primo de Mr. Bennet
Herdeiro das propriedades da família Bennet
Exercia as funções de Clérigo
Homem submisso, pomposo e sem interesse
Tem muito boa opinião de si próprio
Veneração exacerbada pela sua patrona, devido à elevada posição social
da senhora
Representa uma mistura complexa de orgulho e subserviência, presunção
e humildade
A obra Literária - Personagens
Wickham
É um elemento que desempenha um papel importante no desenrolar da
acção, pois é fonte de vários equívocos que contribuem para o aumento
da antipatia de Elizabeth por Darcy.
A obra Literária - Personagens
Um Oficial que habitualmente seduzia raparigas jovens
Mantinha uma relação conflituosa com Mr. Darcy, com quem cresceu
Wickham
Ele representa o perigo para as jovens facilmente influenciáveis do mundo
de Jane Austen
Combina a sua beleza e as maneiras charmosas como forma de iludir e
convencer as pessoas das suas mentiras, demonstrando falta de
veracidade e de moralidade sexual
A obra Literária - Personagens
Outras personagens:
Lady Catherine de Bourgh – patrona de Mr. Collins;
senhora de posses e tia de Mr. Darcy. Espera que Mr.
Darcy se case com a sua filha de saúde débil
Charlotte Lucas – Amiga e confidente de Elizabeth. Casa
com Mr. Collins, num casamento de conveniência
A obra Literária - Personagens
Mr. E Mrs. Gardiner – Tios de Elizabeth
Coronel Fitzwilliam – sobrinho e amigo de Mr. Darcy
Georgiana Darcy – irmã mais nova de Mr. Darcy. Uma das vítimas de
Wickham
Mr. Hurst – um homem vulgar. Casado com uma das irmãs de Mr.
Bingley
Mrs. Hurst – irmã de Mr. Bingley.
Caroline Bingley – Irmã de Mr. Bingley. Procura atrair as atenções de Mr.
Darcy, com o objectivo de se casar com ele.
A obra Literária - Personagens
A obra Literária -Localizações Jane Austen transmite bastante o sentido de localização.
O leitor tem a sensação de saber sempre onde decorre a acção.
Existem três localizações principais:
Meryton
- Longbourn - Casa da família Bennet
- Netherfield - Propriedade de campo alugada por Mr. Bingley
Hunsford
Pemberley House
A obra de Jane Austen é composta por comédias satíricas da vida social e
doméstica de uma limitada esfera da sociedade inglesa. Os seus enredos
constituem uma variação do tema padrão dos romances femininos do
século XVIII: a entrada numa sociedade cujo ápice para a mulher é o
casamento.
Apesar de trabalhar com enredos previsíveis, Austen era capaz de usar um
estilo refinado e meticuloso para explorar um tema universal: o lugar do
ser humano dentro da família e da sociedade.
A obra Literária - Temáticas
A obra Literária - Temáticas A fundação sólida do seu próprio carácter era o bom senso, e a sua
característica de excelência era retratada nas suas heroínas, que são
mulheres cheias de sentimento, mas com os sentimentos controlados.
Logo, as protagonistas de Jane Austen diferenciavam-se daquelas do seu
tempo quando à mulher cabia o rótulo de frívola, frágil, e por sempre se
deixar levar pelas emoções e sensações.
Assim, Elizabeth Bennet, durante suas conversações, rompe com o
estereótipo e conquista a atenção e apreço de Mr. Darcy.
Orgulho e Preconceito
São os temas mais explícitos, que Jane Austen escolheu para dar título à
obra.
A obra mostra como as famílias mais antigas e nobres tem relutância em
ligações com famílias mais modestas pertencentes à classe
média/Burguesia.
Lady Catherine says
A obra Literária - Temáticas
”I am no stranger to the particulars of your youngest sister's infamous elopement. I
know it all” ….. “ Are the shades of Pemberley to be thus polluted?'„ (Ch.24, p.313)
Darcy says: “ where there is real superiority of mind, pride will always be
under good regulation” ( Ch.11, p.51)
Esta frase, faz Elizabeth rir, pois considera que o orgulho dele não é
adequado, mas sim em demasia.
Na generalidade, a obra mostra a aprendizagem de Darcy a regular o seu
orgulho adequadamente, e a reconhecer que Elizabeth não está
irremediavelmente manchada pela posição social que a família Bennet
ocupa, nem pelo seu comportamento.
A obra Literária - Temáticas
A obra mostra também Elizabeth pôr termo aos preconceitos que
demonstra de Darcy.
Elizabeth faz um julgamento de opinião demasiado rápido e baseado
apenas no seu comportamento rude e pouco comunicativo que Darcy
demonstrou no primeiro baile em Meryton, onde Darcy referiu que ela
não é “ handsome enough to tempt me” ( Ch.3, p.13)
O seu mau julgamento do carácter de Wickham foi impulsionado pela sua
boa aparência. A obra ensina-nos que o preconceito em favor da boa
aparência e das boas maneiras não deve ser de confiar.
A obra Literária - Temáticas
Em conversa sobre a natureza orgulhosa de Mr. Darcy, Charlotte diz:
“ His pride, said Miss Lucas, does not offend me so much as pride often
does, because there is an excuse for it. One cannot wonder that so very fine
a young man, with family, fortune, everything in his favour, should think
highly of himself. If I may so express it, he has a right to be proud. ( Ch.5, p. 17)
O julgamento de Charlotte sobre o orgulho de Darcy representa uma
perspectiva sobre a riqueza e o privilégio. Ela frequentemente expressa as
opiniões da sociedade, especialmente no que diz respeito ao dinheiro e ao
casamento.
A obra Literária - Temáticas
Casamento e Amor
A obra começa com a seguinte frase:
“ it is a universal truth that a single man in possession of a good fortune
must be in want of a wife” ( Ch.1, p.5)
Esta frase espelha, de uma forma irónica, um dos principais temas da
obra e a preocupação da época em casar bem as filhas.
A obra Literária - Temáticas
Casamento e Amor
“ the bussiness of her life was getting her daughters married” ( Ch.1, p.7)
A frase acima citada revela a preocupação da Sra. Bennet, com um
rápido e próspero casamento para suas filhas.
Dessa maneira, Jane Austen ressalta a sua crítica ao casamento por
conveniência e fá-lo de forma irónica e cómica.
A obra Literária - Temáticas
Casamento e Amor
Charlotte Lucas e Mr. Collins foram os protagonistas do primeiro
casamento na obra. Representam uma união por conveniência, em que os
sentimentos são secundarizados pela segurança familiar, social e
económica, pelo prestigio e condição social.
Com a união de Wickham e Lydia, Jane Austen apresenta um modelo de
mau casamento, caracterizado pela falta de amor e integridade.
Wickham é persuadido a casar mediante uma recompensa financeira.
A obra Literária - Temáticas
Casamento e Amor
O casamento dos Bennet‟s representa também um mau casamento:
“'he had very early in their marriage put an end to all real affection for her.
Respect, esteem and confidence, had vanished forever” (Ch.42, p.194)
A obra Literária - Temáticas
Casamento e Amor
Jane e Bingley representam a união de duas pessoas que se completam
mutuamente. A sua união é encantadora e baseia-se no amor.
Elizabeth e Darcy tiveram de ultrapassar o orgulho de Darcy e a antipatia
de Elizabeth pelo mesmo, para concretizar plenamente o amor que
nutriam um pelo outro.
Este casamento representa os contrastes. A vivacidade e o prazer na
análise de carácter de Elizabeth combinado com o carácter reflexivo e
auto-crítico de Darcy. Este conhecimento mútuo, faz do casamento deles o
mais interessante.
A obra Literária - Temáticas
Casamento e Amor
Jane Austen retrata o Amor como algo secreto e íntimo. Tal como o amor
de Elizabeth por Darcy que surpreendeu a família , inclusive a sua irmã e
confidente Jane.
O Amor é retratado de formas diferentes. A vontade sábia de casar por
amor de Elizabeth e Jane, e o caso da Charlotte, que apesar de não amar
Mr. Collins, mostra-se satisfeita com o acordo que fez.
A obra Literária - Temáticas
Casamento e Amor
É interessante constatar que na obra as incompatibilidades de
sentimentos entre os enamorados, os mal entendidos e maus julgamentos
de acordo com a sua postura em público e os seus reais sentimentos
íntimos.
É irónico como Darcy tenta afastar Bingley de Jane, por considerar que
ela não sente afeição por ele, mas mesmo assim, propõe casamento a
Elizabeth quando esta o detesta.
A obra Literária - Temáticas
Dinheiro e interesses
Charlotte says: “ I am not a romantic you Know” ( Ch.22, p. 105)
Esta é uma obra romântica, mas em que a paixão é temperada por
pensamentos leves sobre dinheiro.
A família Bennet vive atormentada com a possibilidade de perder todos os
seus bens após a morte de Mr. Bennet.
A obra Literária - Temáticas
Dinheiro e interesses
Mesmo Elizabeth fica deslumbrada quando vê as propriedades de Mr.
Darcy:
“ at the moment she felt, that to be mistress of Pemberley might be
something” ( Ch. 43, p. 201)
Em conversa com Jane refere que a paixão por Darcy começou quando :
“from my first seeing his beautiful grounds at Pemberley” (Ch. 59, p.301)
A obra Literária - Temáticas
O papel da mulher
Jane Austen retrata uma sociedade que visa os interesses económicos e os
casamentos arranjados, e em que as mulheres tem como objectivo
principal procurar uma vida confortável ao lado de um marido bem
sucedido.
No séc. XIX não era permitido às mulheres educação superior. Existiam
tutores, escolas privadas, etc. Elizabeth com um espírito vivo, adoptou a
leitura como forma de adquirir conhecimentos.
A obra Literária - Temáticas
O papel da mulher
Durante este período, uma mulher é dependente do seu pai enquanto não é
casada e este é vivo.
Não tendo irmãos que herdem e possam ser um auxilio em caso de
necessidade, uma mulher sozinha depende de terceiros para sobreviver.
Esta posição é um factor humilhante para as mulheres
A obra Literária - Temáticas
O papel da mulher
A mulher deve optar por aprender música, cantar, dançar, em
detrimento de uma educação por excelência.
No capítulo 8, sobre o que deve dotar uma mulher, Bingley fala sobre “
the ability of paint tables, cover skreens and net purses”, Caroline says “
music singing, drawing, dancing and the modern languages” e ainda “ “
something in her air and manner of walking”. Darcy complementa com
“the improvement of her mind by extensive reading. (Ch.8, p.35)
A obra Literária - Temáticas
O papel da mulher
Jane Austen retrata a figura feminina principal, que canta e toca piano,
mas não desenha, com um espírito independente. Ela frequentemente
domina as atenções e conversas.
Dentro das limitações da sua situação, ela é forte. Enfrentou Lady
Catherine, quebrou o silêncio entre ela e Mr. Darcy quando lhe agradece a
intervenção no caso de Lydia, recusou dois pedidos de casamento, etc…
A obra Literária - Temáticas
Técnicas Narrativas
A ironia
Ao analisarmos a ironia em Orgulho e Preconceito , podemos concluir,
que a autora faz uso de tal recurso não apenas como um mecanismo para
chamar a atenção do leitor para um determinado aspecto da obra, mas
principal e fundamentalmente para criticar a sociedade burguesa da
Inglaterra do final do século XVIII e início do século XIX, evidenciando
comportamentos, costumes e valores inadequados, imorais, ou antiéticos
desta classe social.
A obra Literária -Téc. Narrativas
A ironia
Dentre os temas que ela critica estão o casamento por interesse, o amor à
primeira vista, a hipocrisia, o status social, entre outros.
De uma maneira geral, a autora ri do exacerbamento romântico dos
romances de sensibilidade e aponta para um maior realismo na obra.
A obra Literária -Téc. Narrativas
A ironia
Durante o decorrer do romance, a autora faz com que a voz irónica da sua
personagem principal Elizabeth Bennet, através de um mecanismo de
controlo do ponto de vista do leitor, provoque o efeito de direccionar o
olhar a um ponto ou característica específica da história, sobre o qual a
autora queira evidenciar uma determinada falha da sociedade.
A obra Literária -Téc. Narrativas
Adaptações
Adaptações da Obra
Jane Austen teve sua obra Orgulho e Preconceito traduzida para vários
idiomas, sendo adaptada para o teatro, para a ópera e para vários
filmes.
No cinema
Na televisão
Na literatura
No Teatro
A adaptação de 1940 de Orgulho e
Preconceito foi a primeira adaptação de uma
obra de Jane Austen para o cinema.
Pride And Prejudice 1940
http://www.youtube.com/watch?v=XeTEgwojedo&feature=player_embedded#at=39
Orgulho e Preconceito 1940
Pride & Prejudice (1980) - First Proposal
http://www.youtube.com/watch?v=eQPknmw2pkc
Orgulho e Preconceito 1980
Orgulho e Preconceito 1995 Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=2a81908KO6U&feature=related
Orgulho e Preconceito 2005 Trailer : http://www.youtube.com/watch?v=LmJKG1M5vjA
http://www.youtube.com/watch?v=GXuziOJBISE&feature=related
Bride & Prejudice
É uma adaptação em Bollywood
da obra Orgulho e Preconceito de
Jane Austen.
Adaptações na Literatura
O romance inspirou vários outros trabalhos
Adaptações no Teatro
2008 Jane Austen's Pride and Prejudice, The New Musical
1959 First Impressions foi uma versão musical da Broadway
Adaptação cinematográfica 2005
Obra literária vs. Adaptação cinematográfica 2005
A recente adaptação de Orgulho e Preconceito dirigida por Joe Wright
parece seguir a mesma linha de sucesso da obra literária, tendo recebido
nomeações para o Óscar de melhor actriz, figurino, direcção e banda
sonora.
De uma forma geral, e na minha opinião, penso que a adaptação de
2005 retrata bem a obra literária.
O filme é circular, porque ele começa com o nascer do sol e termina com
o amanhecer, que, no final, é cenário para o feliz encontro de Elizabeth e
Mr. Darcy, cujo amor se demonstra tão intenso quanto os raios do sol.
Simbolismos
A ponte que ela atravessa no fim do filme sugere a ideia de que ela tem
um espírito independente.
A confusão no interior da casa da família Bennet transparece que lá
existem cinco adolescentes prontas para casar.
A janela surge como um símbolo que representa os véus da percepção, o
orgulho e o preconceito, quando se observa a pessoa através das
janelas/véus do seu próprio entendimento.
Obra literária vs. Adaptação cinematográfica 2005
No livro, Jane Austen descreve durante a história muitas cartas cuja
dramatização Joe Wright considera realmente muito difícil, porque seria
algo maçador quando se trata de um filme.
A relação entre as duas irmãs, Jane e Elizabeth, é abordada de forma
diferente pelo director. Elas são muito íntimas no início (dormem juntas
na mesma cama, conversam debaixo do cobertor), porém distanciam-se
durante a história (quando Jane passa a dormir de costas para
Elizabeth).
Obra literária vs. Adaptação cinematográfica 2005
No filme, Elizabeth guia o espectador para dentro da história. As imagens
e pontos focalizados pela câmara dão essa sensação ao espectador, que
constantemente passa a ver o mundo através dos olhos dela
A arquitectura das casas, os objectos, o figurino foram contextualizados no
ano de 1797, o mesmo de publicação da obra literária. As coincidências de
enredo do romance e do filme são significativas, mas algumas
diferenciações foram feitas justamente por se tratarem de obras
pertencentes a tipos de arte distintos.
Obra literária vs. Adaptação cinematográfica 2005
Segundo Wright, Jane Austen descreveu sua obra como sendo muito
clara, faltava escuridão e obscuridade.
Assim, o director tenta trazer um pouco de sombra para a história,
principalmente para as cenas de maior tensão.
Obra literária vs. Adaptação cinematográfica 2005
Há dois séculos inteiros, leitores e espectadores continuam a sofrer com a
história vivida por Elizabeth e Mr. Darcy, os quais parecem
impossibilitados por uma série de factores sociais de se entregarem ao
amor que sentem um pelo outro.
Muitos afirmam que a explicação do sucesso de Jane Austen durar deve-se
ao facto dela ter escrito sobre um mundo que ela conheceu e compreendeu
em sua totalidade.
E o alto grau de observação irónica da realidade em que viveu, tornou-a
mais acessível aos leitores do que a maioria dos escritores clássicos.
Conclusão
Conclusão
.
Orgulho e Preconceito é, sem dúvida, uma das obras em que melhor se
pode descobrir a personalidade literária de Jane Austen.
A autora dá-nos um retrato impressionante do que era o mundo da
pequena burguesia inglesa do seu tempo: um mundo dominado pela
mesquinhez do interesse, pelo orgulho e preconceitos de classe.
O orgulho e preconceito, no romance, acabam por ceder face a outras
razões com raízes mais profundas no coração humano
Conclusão
A história remonta ao século XIX, mas ainda hoje exerce um enorme
fascínio nos leitores modernos, continuando no topo da lista dos livros
preferidos e sob a consideração da crítica literária.
Referências Bibliográficas Austen, J. (2007). Pride and Prejudice. Penguin Popular Classics. Penguin Books Bigelini, E. (1999). O triunfo do casamento por amor: Jane austen e o matrimônio. Universidade Federal do Paraná. Curitiba Pavan, M. (2010). Monografia – Livro Orgulho e Preconceito. Universidade do Planalto Catarinense – UNIPLAC Lima, G. (2009). Adaptação de orgulho e preconceito de Jane Austen para o Cinema: as temáticas do universo feminino. Revista fato&versões SMITH, G. (1890). Life of Jane Austen. Great Writers. ORGULHO E PRECONCEITO. Produção de Joe Wright. Brasil: Focus Fetures distribuidora, 2006. DVD (127 min).Cor. Legendado, Port. Oliveira, T. (2007). The role of the woman in the family and society in the Novel pride and prejudice by Jane Austen. Centro Universitário de França Sonego, F. A ironia em Orgulho e Preconceito. Unimep Santos, M. , Souza, C. (2009) Pride and Prejudice. Universidade Salgado de Oliveira
Webgrafia
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prejudice
Fim