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OS REBENTINHOS
Abertura
ESTRELAS NO CÉU
Um amigo é como um astro que brilha no
firmamento. São raros, mas existem e têm
um valor incalculável.
Como sabemos, ninguém é uma ilha. E todos
precisamos de todos. Somos o que forem
as nossas relações. Este sair para fora de
nós mesmos e deixar que os outros possam
entrar dentro de nós é fonte de alegria,
de realização e sinal de maturidade huma-
na.
Na nossa memória afetiva guardamos
aquelas pessoas que foram para nós como
uma luz, nos gestos, sinais ou palavras.
Situações que nos tocaram e marcaram
para sempre. Crescemos nessa relação de
partilha, de amizade e inter-ajuda. De fac-
to, os outros fazem-nos sentir que somos
pessoas, e que amamos e somos amados.
Sem esta experiência afetiva ficamos
fechados na nossa solidão. Daí, ser muito
importante encontrar pessoas que nos
façam sair e viver um êxodo dos desertos
de aridez, do vazio, cansaço ou desânimo,
para chegarmos a ser o que pudemos e
devemos ser aos olhos de Deus. Do deser-
to ao paraíso, do “eu não amado” ao “ser
amado”, do “ser solitário” ao “nós de comu-
nhão” e ao “ser de relação”. E ainda, duma
vida dividida, ou de ser como uma cana agi-
tada pelo vento e andar ao sabor das cor-
rentes, ou do viver em função daquilo que
os outros dizem ou pensam, para uma vida
assertiva e com convicções morais e espi-
rituais.
O Natal é tudo isto e muito mais, porque
o Deus Grande fez-se pequeno, humilde,
criança, amor débil e desprotegido. O
amor rico fez-se pobre, mendigo e deli-
cadeza. Por isso, muitos não O reconhe-
ceram na pobreza de Belém, no silêncio
do estábulo, e outros não O receberam,
pois não havia lugar para Ele na hospeda-
ria (Lc 2, 7), e Ele veio para os seus e os
seus não o quiseram, e as trevas não se
deixaram iluminar pela Luz (Jo 1, 1-18).
Assim, o poder deste Amor que nos ama,
dando-nos o poder de O não amar, em
nada se impõe, mas propõe, não pode dei-
xar de tocar o nosso coração. Natural-
mente que este Amor Belo não deixa de
nos atrair, e essa Luz que brilha sem se
apagar vem a nós para nos iluminar e
aquecer, e de modo particular, quando o
coração está rasgado pela noite do medo,
da incerteza ou da insegurança.
Eis, de novo, esse amor luminoso, sempre
vivo e tão próximo da nossa humanidade,
a bater à nossa porta, neste Ano da Fé.
Aceitá-Lo, deixar-se amar por Ele, fazer
caminho até Ele e com Ele, é dizer, obri-
gado ó Jesus, porque nasceste e nasces
hoje no nosso coração para acenderes em
nós o sonho da nossa divinização.
DESTAQUE:
“Como sabemos,
ninguém é uma
ilha. E todos
precisamos de
todos. Somos o
que forem as
nossas
relações.”
DEZEMBRO 2012
Ano III, Nº1
Instalações 2
3
Natal 5
Noticias das
Salas 6
Curiosidades 9
Entrevista 10
Passatempos 11
Vitaminas 12
Edição Natal
Com o objetivo de dar uma visão geral de como
é o funcionamento e como estão organizadas as
instalações do Centro Social Paroquial de Alfei-
zerão, a nossa visita guiada leva-nos hoje ao
corredor da Creche situado na ala nas-
cente. É nesta zona que se encontram
todas as instalações, devidamente sepa-
radas e equipadas em função das dife-
rentes idades que acolhem e respectiva
especificidade.
A Creche é constituída por 2 Berçários, 2
Salas de 1-2 Anos e 2 Salas 2-3 Anos. O seu
interior foi construído de forma exclusiva para
esta resposta social, possuindo todas as condi-
ções necessárias para receber crianças dos 4
meses aos 3 anos de idade, de acordo com
todas as normas exigidas pelos organismos de
licenciamento.
Os Berçários, com capacidade para 8 bebés
cada, destinam-se à permanência das crianças
de 4 meses até à aquisição de marcha e é cons-
tituído por zonas totalmente distintas: copa de
leites onde se preparam os biberões e as papas
(comum aos dois berçários) zona de repouso,
sala parque equipada com o material e equipa-
mento necessários à estimulação do bebé e
zona de higienização das crianças. Toda esta
área tem comunicação entre si por meio de por-
tas e divisórias envidraçadas, por forma a per-
mitir a observação permanente das crianças.
Aqui dão os primeiros passos, dizem as primei-
ras palavras, esboçam os primeiros sorrisos
num ambiente agradável e acolhedor, onde
podem crescer em segurança.
O espaço físico requer muitos cuidados de limpe-
za e o cumprimento estrito das normas de higie-
ne, já que estamos em presença de crianças que
gatinham, que como é próprio do seu estado de
desenvolvimento, apanham brinquedos do chão e
os levam à boca. Já no espaço de atividades,
estão colocados os tapetes de espuma, interati-
vos, o espelho na parede assim como
Instalações
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Página 2 Ano III, Nº1
espreguiçadeiras. Os bebés são acompanhados
por duas ajudantes de ação educativa em cada
um dos Berçários, sob a orientação de uma
Educadora.
Também no que respeita à alimentação dos
“nossos” bebés, a atenção é constante, sendo
todas as refeições feitas com respeito pela
dieta exigida pela idade e respetivos pediatras.
As Salas de Transição (1 – 2 Anos) têm capa-
cidade para 10 crianças com idades compreen-
didas entre os 12 e os 24 meses. Esta é a sala
para onde transitam todas as crianças com a
aquisição de marcha já completa, mas que ain-
da dependem muito dos adultos.
É uma sala de afetos, de aprendizagem e de
descobertas. Aqui, as atividades de cuidado
pessoal ocupam parte do horário da Creche.
As Salas 2 – 3 Anos têm capacidade para 15
crianças e nelas procura-se proporcionar uma
panóplia de cenários convidativos à exploração
ativa. É a sala onde se aprendem, mantêm e
desenvolvem rotinas e onde as regras e apren-
dizagens ganham novos contornos, contribuin-
do para ajudar as crianças a ganhar segurança
e auto controle. É também aqui que se ultra-
passa uma barreira importante: largar a fralda
e ganhar autonomia.
Estas Salas são dotadas de instalações sanitá-
rias exclusivas para esta valência, com louças
sanitárias adequados a esta faixa etária, zona
de duche e aquecimento.
Todos os espaços que constituem a Creche são
dotados de iluminação natural e aquecimento.
O veículo principal de comunicação entre Pais e
Instituição, consiste num Livrinho
personalizado para os registos diários
O veículo principal de comunicação entre Pais e
Instituição, consiste num Livrinho personalizado para os registos diários necessários, que circula na mochila das
crianças.
OS REBENTINHOS
necessários, que circula na mochila das
crianças. Neste, seguem todos os
comunicados diários, especificando como foi
a rotina durante o período em que a criança
esteve na Creche (informações sobre
alimentação, repouso, higiene, ocorrências
de saúde, entre outros recados relevantes)
permitindo assim aos Pais, acompanharem o
desenvolvimento da criança com precisão.
Os pais utilizam este Livrinho para notificar
qualquer recomendação especial, seja a
administração de remédios, dieta especial ou
qualquer outro tipo de informação/recado.
Deste modo, fomenta-se a ligação entre a
escola e a família e permite-se aos Pais,
conhecer e participar da rotina dos filhos.
A Creche localiza-se em piso térreo e, como
tal, todas as salas possuem acesso direto ao
parque exterior destinado apenas a esta faixa
etária.
Proporcionar às nossas crianças um ambiente
acolhedor, com tempo para afectos e também
para o desenvolvimento psicomotor e cogniti-
vo, é a N/ preocupação fundamental.
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Página 3
Porque sabemos que cada criança é única e
que a primeira infância é determinante no seu
desenvolvimento futuro, respeitamos a sua
individualidade, as suas preferências e o seu
ritmo.
E é também por isso, que a atividade de Músi-
ca e a sua aprendizagem, são estimuladas em
qualquer das idades reconhecido que está o
seu papel fundamental no equilíbrio e no
desenvolvimento do auto controle da criança
em Creche.
Para que esta missão se concretize, na Creche
temos uma equipa cheia de paciência, expe-
riência e muito carinho à espera dos vossos
filhos com o objetivo principal de ajudá-los a
serem felizes e saudáveis.
O trabalho em Creche é bastante vasto, inci-
dindo sobre os aspetos que consideramos fun-
damentais nos primeiros anos de vida: afeto,
relação, amor e brincar!
NATAL...
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Ano III, Nº1 Página 4
Natal é festejar o nascimento de Alguém muito
especial, e que jamais poderá deixar de existir
nos nossos corações.
É com este espírito, que o Centro Social Paro-
quial de Alfeizerão vive a quadra e é também
com o mesmo espírito que organiza a sua festa
de Natal, este ano a ter lugar na 6ª feira, 21 de
Dezembro pelas 15h.
Para que a festa aconteça, tudo é pensado muito
tempo antes, para que o encanto desta celebra-
ção seja de facto transmitido e partilhado por
cada criança; a vontade de viver o Natal, é par-
tilhada por todos os que aqui trabalham e que se
esforçam para transformar esta casa, num lugar
fantástico, repleto da magia do Natal. E é logo
no inicio de Dezembro que a magia acontece!
Tentamos que as crianças compreendam, que o
Natal representa acima de tudo a comemoração
do nascimento do menino Jesus, devendo ser
uma época de enorme alegria e de confraterni-
zação, em que o mais importante é apreciar o
momento em que toda a família se reúne. Numa
sociedade em que os valores parecem cada vez
mais esquecidos, pretendemos relembrar o ver-
dadeiro sentido do Natal, o nascimento do Meni-
no Jesus e o que Este representa.
Explicamos, simultaneamente, a importância de
sermos bons, corretos, solidários, justos, autên-
ticos e de perdoarmos uns aos outros, uma vez
que os valores adquiridos na infância são os que
carregamos durante toda a nossa vida.
Tentamos transmitir-lhes, que o espírito de
Natal é amor, amizade e partilha, e não a quan-
tidade de prendas que temos debaixo do nosso
pinheirinho. Alertamos para a necessidade de
ajudar os que mais precisam, nem que seja atra-
vés de um sorriso, de um beijo, de um abraço,
de um pedaço de pão ou dando os brinquedos
que já não queremos, para que todas as pessoas
possam ter um presente à sua espera.
Decerto que Educadores de Infância, já com
alguns anos de profissão e experiência, reco-
nhecem que o Natal encerra uma mistura de
sentimentos muito específicos; todos são
contagiados pela magia desta quadra, para lá
de todos os problemas e dificuldades que a
sociedade e as famílias estejam a viver neste
momento.
Também é verdade, que a publicidade e os
meios de comunicação social não deixam nada
ao acaso e são as crianças as primeiras a cap-
tarem os sinais da proximidade do Natal. Só
nos resta deixarmo-nos levar por essa onda
de entusiasmo, fantasia, brilho e cor e viver-
mos o Natal com todo o nosso coração.
Mas Natal que é Natal, pouco será para estes
meninos se não houver um Pai Natal, “um velhinho gordo de barbas brancas.”
A ocasião é aproveitada para sensibilizar as
crianças para a questão do dinheiro, da
necessidade de poupar e economizar.
Através das atividades relacionadas com
esta época, as crianças têm a oportunidade
de se envolver e participar nas decorações
natalícias da respetiva sala, procurando
explicar que até mesmo em relação aos pre-
sentes não é o valor monetário que mais inte-
ressa, mas sim a intenção e tudo o que é fei-
to com dedicação, gosto e carinho.
Um Santo Natal e um Ano de 2013 repleto de
Graças para todos e cada um de vós, espe-
rando que a magia do Natal entre em cada
casa traçando um sorriso em cada criança
são os votos do CSP de Alfeizerão para todas
famílias, leitores e amigos da Instituição.
Que a Paz e a Tolerância predominem nos
nossos/vossos corações neste Natal e no Ano
Novo que se aproxima. Vamos partir deste
mundo da fantasia (e do consumo) para o
desenvolvimento de atitudes e valores como
a Amizade, o Carinho e a necessidade de par-
tilharmos com os outros.
Boas Festas
Olá!
Nós somos os mais pequeninos do Centro,
somos do Berçário 1. Somos 4 meninas e 4
meninos. O mais pequenino tem 10 meses e
os colegas maiores têm 16 meses.
Este ano temos uma novidade na nossa Sala.
A Profª Tânia vem cá uma vez por semana
dar-nos “música.” Nós ficamos muito quieti-
nhos a ouvir o que ela tem para nos ensinar
e também gostamos de “tocar” os instru-
mentos que ela nos empresta; mas não pen-
sem que é fácil ficarmos assim quietinhos
porque ainda somos pequeninos….o que nos
vale é a Edite e a Carla para nos ajudar e
Noticias das Salas: BERÇÁRIO 1
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Página 5 OS REBENTINHOS
nós gostarmos muito das canções e das
músicas.
Somos pequeninos
Não sabemos falar
Mas gostamos de bater palminhas
E de dançar.
SALA 1-2 ANOS
Os meninos da sala mista (1 e 2 anos), não
quiseram deixar de vivenciar o Outono. As
professoras começaram por lhes proporcio-
nar uma verdadeira festa com música e
folhas secas de plátano, que esvoaçavam
por toda a sala para seu delírio.
Depois ouviram uma história simples de um
ursinho que perdeu o seu chapéu por causa
do vento do Outono que varria as folhas das
árvores. Para finalizar, ao longo de todo o
mês de Novembro, fizeram trabalhos de
expressão plástica alusivos a esta estação
do ano (ouriço do castanheiro, ouriço-
cacheiro e árvores do Outono) em que tive-
ram que pintar as suas mãos e dedinhos e
realizar rasgagem e colagem de folhas
secas de árvore.
Noticias das Salas: SALA 2 ANOS
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Página 6 OS REBENTINHOS
Na nossa escolinha Festejamos o S. Martinho
Comemos castanhas Bebemos suminho
… mas também festejamos o “Pão por Deus”.
Pelo Pão por Deus reunimo-nos no Salão com os meni-nos das outras salas, para ouvir a história do Pão por Deus.
“Quando em 1755 houve o terramoto, Lisboa ficou destruída, então as pessoas mais pobres e cujas casas ficaram destruídas, iam de porta em porta e pediam: - um pão, por Deus”. Algumas crianças contaram como passaram este dia indo elas próprias de casa em casa com uma saqui-nha, claro que já não pedem pão mas esperam que lhe dêem doces ou goluseimas, não por necessidade
SALA 3 ANOS
A nossa sala é a dos 2 anos. Somos 11 meninas e 7 meninos que gostam muito de brincar, de aprender e de fazer pequenas malandrices.
Na escolinha, a Rute e a Caty ensinam-nos muitas coisas, e assim estamos a ficar uns meninos muito crescidos e desenvolvi-dos. Ensinam-nos a ser mais autónomos, por exemplo: já conseguimos comer sozinhos utilizando a colher (mas gostamos muito mais quando são elas a darem-nos a comida à boca…); já quase todos sabemos dizer quando necessitamos de ir à casa de banho e sentamo-nos na sanita sozinhos; já conhe-cemos melhor as regras da sala (arrumar a sala depois de brincar, sentar para ouvir a história e para comer o pão…) e também já sabemos e gostamos muito de ajudar os colegas quando eles precisam, entre muitas outras coisas.
E as nossas conversas? Já falamos tanto! Conversamos bastante com os ami-guinhos e com a Rute e a Caty, e elas por vezes riem-se muito do que nós dizemos.
Agora falando de trabalhinhos… somos muito interessados e habilidosos, ficamos mesmo felizes quando vimos materiais e coisas novas para experimen-tar. As nossas amigas crescidas gostam que sejamos nós a fazer quase tudo sozi-nhos (quando é possível) e deixam-nos explorar as coisas, mas vigiam-nos e aju-dam quando é preciso. Já experimentámos e desenvolvemo-nos a desenhar, pintar com as mãos e pincéis, colar, rasgar, entre outras atividades.
Já fizemos a decoração da nossa sala. Gostam?
Muitos beijinhos de Feliz Natal e
Bom Ano Novo para todos!
mas pela graça de manter uma tradição de partilha que tem passado de pais para filhos. Ouvimos também a Lenda de S.Martinho, e aprendemos que afinal há outro S.Martinho, sem ser a praia onde nós vamos no verão! Este S.Martinho era um soldado muito bom que com a sua espada cortou a sua capa ao meio para poder agasalhar um pobre mendigo num dia de tempestade. No fim desta boa ação, eis que a chuva parou e apareceu um sol radioso. Desde então, quando faz sol por esta altura, nós dizemos que é o verão de S Martinho. Aprendemos muitas coisas na nossa esco-linha!
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Página 7 OS REBENTINHOS
Os meninos da sala dos quatro anos têm
como tema do projecto aprender ajudando
e no âmbito deste tema recebemos a visita
de dois agentes da Guarda Nacional Repu-
blicana no dia 16 de novembro.
Fizemos muitas perguntas e aprendemos
muitas coisas, como por exemplo: quando
andamos de carro temos de estar sempre
sentados nas cadeiras apropriadas ao nos-
so tamanho e peso e os pais não podem
falar ao telemóvel enquanto conduzem por-
que podem provocar um acidente. Também
aprendemos como devemos andar na rua
em segurança: andar pelos passeios; dar
sempre a mão a um adulto e passar a
estrada sempre na passadeira!
Noticias das Salas: SALA 4 ANOS
SALA 5 ANOS
Na sala dos 5 anos já estamos a viver a
magia do Natal. Sendo assim, os meninos vão
contar o que andamos a fazer para comemo-
rar esta época festiva.
Olá, nós somos os meninos dos 5 anos
e já começamos a fazer alguns trabalhinhos
de Natal. Fizemos um boneco de neve, bor-
dámos uma árvore de Natal que enfeitámos
e também pintámos a carta ao Pai Natal.
Depois dissemos à Cila dois presentes que
gostávamos de receber para ela escrever na
carta. A Cila pediu moedas aos nossos pais,
para irmos aos correios levar a carta. Então,
numa manhã fomos a pé até aos correios
entregar a carta e a moeda a uma senhora
que lá estava.
Agora esperamos que o Pai Natal seja nosso
amigo e nos ofereça algum dos presentes
que pedimos.
Os meninos dos 5 anos, a Cila e a Andreia
desejam a todos um Feliz e Santo Natal.
Portámo-nos tão bem que os senhores
agentes prometeram voltar no verão para
realizar uma atividade na rua!
Ao contrário do que muita gente pensa,
a árvore de Natal é muito antiga e profunda-
mente cristã. Sabem porquê? Porque ela sim-
boliza Cristo que é a verdadeira árvore da Vida
e que na madeira de uma árvore, a Cruz, foi
crucificado para nos salvar. As velas que anti-
gamente iluminavam o pinheiro do Natal e que
hoje foram substituídas por lâmpadas elétricas
significam também que Jesus Cristo é a luz do
mundo.
Dantes, há 8 ou 9 séculos, penduravam-
se-lhe nos ramos frutos verdadeiros em lem-
brança da árvore do Paraíso terrestre, e mais
tarde surgiu o costume de a enfeitar com
pequenos bolos brancos simbolizando a Euca-
ristia. Tempos depois esses bolos foram tam-
bém substituídos por outros representando
estrelas, sinos, pequenas árvores.
Agora enfeitam-se com bolas de cores,
em vidro ou plástico, mas nem por isso a árvo-
re perdeu o seu significado religioso.
Curiosidades: História da Árvore de Natal
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Página 8 Ano III, Nº1
Ele não é o velhote gorducho, vestido de
encarnado que aparece por aí nas lojas, nos
desenhos e a trepar às varandas.
Ele é afinal um disfarce do S. Nicolau,
que esse sim, existiu, era um bispo de Mira,
uma cidade da Turquia, um senhor muito bondo-
so, sempre pronto a ajudar todos os que eram
pobres.
Por isso é que na Holanda, na Alemanha e
na Rússia quem vem dar os presentes às crian-
ças não é Pai Natal nenhum, é o São Nicolau que
se festeja no dia 6 de Dezembro.
E se repararem bem qual é o nome que
também em língua inglesa se dá ao tal velhote
de encarnado é exatamente Santa Claus, que é
a abreviatura de Santo Nicolau.
Vestido de encarnado como os cardeais
(que são bispos) e o carapuço lembra a mitra
com que os bispos cobrem a cabeça.
E quem é o Pai Natal?
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Página 9 Ano III, Nº1
1 - Dados em forma de apresenta-ção que considera importantes:
Chamo-me Maria Margarida Canha,
nasci em Alcobaça e aos 11 anos emi-
grei para os Estados Unidos com os meus pais onde
fiz o curso de Política Social. Regressei a Portugal
10 anos mais tarde. Desde a minha infância que que-
ria ter esta profissão… ajudar pessoas fascinava-
me!... Quando fiz o meu primeiro estágio com crian-
ças em situação de risco e vínculos familiares dis-
funcionais, fiquei deslumbrada: passar da teoria à
prática e entender, na realidade, o que é ser Assis-tente Social…
Em 1990 comecei a trabalhar no CSP de Alfeizerão.
Nos primeiros tempos, reconheço que foi um pouco
difícil a integração; encaixar-me nas dinâmicas da
Instituição e ganhar o meu espaço enquanto me
foram atribuídas as funções de Diretora Técnica,
não foi fácil, mas também foi, em simultâneo, um
percurso recheado de experiências e conquistas.
Trabalhar no que se gosta, é uma bênção. Gostar do
nosso trabalho é uma arte.
2 - Há quantos anos trabalha nesta Instituição?
Trabalho na Instituição há 22 Anos.
3 - Num olhar de memória, conte-nos algum acontecimento que mais a marcou ao longo destes anos de trabalho.
Naturalmente que ao longo destes anos muitos acon-
tecimentos surgiram, uns bons, outros menos bons.
O facto de saber, que frequentaram e frequentam
esta Instituição, crianças que já passaram e estão a
passar por tipos de sofrimento ao qual não deveriam
estar sujeitas, entristece-me profundamente.
Acompanhar crianças com histórias de vida chocan-
tes e, sentir a impotência decorrente do facto, de
que na maioria das vezes, a solução não está nas
nossas mãos, é altamente perturbador e desgastan-
te. E o mais difícil para os que lidam com contextos
como este, é gerir a carga emocional, mantendo o
distanciamento e fronteiras profissionais necessá-
rios. Ainda assim, o N/ esforço é o de tentar pro-
porcionar à criança uma continuidade da sua vida
familiar. Pretendemos que “Aqueles que passa-ram e passam por nós, não vão sós, não nos deixem sós, deixem um pouco de si, levem um pouco de nós!.”
4 - Neste tempo de crise, qual a sua inquieta-ção? Partilhe uma mensagem de esperança:
As minhas inquietações não mudam com o contex-
to; quando se deseja um mundo distinto, mais jus-
to, menos individualista e mais solidário e com
respeito pela diversidade, sabe-se a imensidão e
quase impossibilidade do que se deseja… ainda
assim e sabendo bem, das enormes provações a
que o actual contexto económico está a sujeitar
tantas famílias, é um acto de fé acreditar no ser
humano e na capacidade que muitos têm, para em
circunstâncias adversas, darem o melhor de si aos
outros.
Acredito que há que continuar a construir o cami-
nho, trabalhando, inovando, divulgando e parti-
lhando experiências. Tenho perfeita consciência,
de que tenho a responsabilidade de fazer algo
para melhorar a vida das pessoas, sobretudo das
crianças/utentes/clientes com quem diariamente
trabalho.
A curiosidade e a alegria das crianças, o desejo
de aprender e criar, a forma como acreditam e
agem para a construção de um mundo melhor,
sempre foi a nossa maior motivação. E é também,
para aqueles que com elas trabalham de perto, um
motivo para, com crise ou sem ela, ter continua-
mente esperança no futuro.
Sabemos que o conhecimento se processa em
cadeia e de forma cíclica e, temos a certeza de
que as nossas Crianças, Famílias, Pais, Educadoras,
Colaboradores e Parceiros são também as nossas
fontes de aprendizagem, numa troca contínua.
Pessoalmente, a minha história é também feita,
da história que vivi com cada uma das crianças e/
ou dos Pais que passaram nesta Instituição e
acredito firmemente que todos, sem excepção,
somos parceiros nesta missão nem sempre fácil,
porém, maravilhosa, que é a missão de educar.
Série de Entrevistas:
Centro Social Paroquial 26 Funcionários
Preparação: Pique as frutas e deixe-as a macerar com o vinho do Porto (deixe algumas inteiras para enfeitar). Dissolva o fermento de padeiro em 1 decilitro de água morna, junte a 1 chávena de fari-nha e deixe a levedar em ambiente temperado durante 15 minutos. Entretanto bata a margarina, o açúcar, e as raspas de limão e laranja, junte os ovos (batendo um a um), e a massa de fermento. Quando tudo estiver bem ligado adicione o resto da farinha e o sal. Amasse até ficar elástica e macia e misture as frutas. Molde a massa numa bola, polvilhe com farinha e tape a massa com um pano, deixando levedar num ambiente temperado durante 5 horas. Depois da massa dobrar o volume, ponha sobre um tabuleiro e faça-lhe um buraco no meio. Deixe levedar mais uma hora. Pincele o bolo com gema de ovo, enfeite com frutas cristalizadas inteiras, torrões de açúcar, pinhões, meias-nozes, etc, e leve a cozer em forno bem quente. Depois de cozido, pincele o bolo-rei com geleia diluída num pouco de água quente.
Tal como programado, no dia 17, fomos até à Pada-ria Cinderela aprender a fazer Bolo Rei. Participa-mos e cada um fez o seu bolo. Foi um dia diferente, doce e divertido. Deixamos aqui o nosso obrigado a quem nos ensinou a fazer e ofereceu o bolo que confecionámos. Sugestão de receita…
Bolo-Rei
ingredientes: 750 g de farinha 30 g de fermento de padeiro 150 g de margarina 150 g de açúcar 150 g de frutas cristalizadas 150 g de frutos secas 4 ovos raspa de 1 limão raspa de 1 laranja 1 decilitro de vinho do Porto 1 colher de sobremesa de sal
Receitas: SALA DOS 5 ANOS: Queijada de Leite
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Ano II, Nº3 Página 10
Preparação: Misture os ovos com o açúcar e
os restantes ingredientes, depois vai ao forno
numa forma redonda sem buraco untada com
manteiga e polvilhada com farinha.
Um dia de manhã, nós os meninos dos 5 anos
fomos para a cozinha da nossa escolinha fazer
umas bolinhas de salame para a ”venda amiga”.
Assim, partimos as bolachas em pedacinhos
pequeninos, a Cila e a Andreia juntaram todos
os ingredientes e fizemos as bolinhas.
A Cila e a Andreia também fizeram uma
queijada de leite que devia ser muito saborosa.
Depois vendemos as nossas bolinhas de salame
e a queijada aos nossos pais, avós e aos dos
outros meninos que andam na nossa escolinha.
Foi um dia muito divertido.
Receita da Queijada de Leite
Ingredientes:
4 ovos
1 Pudim Baunilha Boca Doce
150 g de farinha
0,5 Kg de açúcar
0,5 L de leite
Raspa de limão
SALA DO CATL: Noticia Doce - Bolo Rei
Mensagens de Natal: A lenda da Befana
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Ano II, Nº3 Página 11
Passatempos: Sopa de Letras: encontra as 10 palavras relacionadas com o Natal
Desde então, a Befana viaja pelo mundo,
observando o rosto de todos os meninos na
esperança de encontrar Jesus.
No Natal, deixa presentes para cada menino
bom, esperando que um deles seja Jesus.
A lenda fala de uma velhinha que, ao saber
do anúncio dos anjos, não pôde sair para a
noite fria com os pastores para ir visitar o
Menino Jesus.
De manhã, preparou um cesto de presentes
para o Menino e foi visitá-lo à gruta, mas
encontrou-a vazia.
B P R E S É P I O K
R A D S U G P A J D
M S B T S E O J N G
T T U R E I S E A X
H O I E J O S É L N
D R G L M B G F M S
R U M A T D Q V B I
M A R I A T U M P N
U C F H M E N I N O
A Direção do Centro Social Paroquial deseja a todas as crianças que frequentam a nossa Ins-
tituição, seus pais e Encarregados de Educação, bem como a todos os amigos, benfeitores e
funcionários um Santo e Feliz Natal e um abençoado ano de 2013
Natal
No amor que serve,
No perdão que cura,
Na justiça que aproxima,
Na palavra que humaniza,
Na alegria que contagia,
No fogo que purifica,
E no beijo do Deus menino
Que nos chama à fé.
SANTO NATAL
e ABENÇOADO ANO
DE 2013
O NASCIMENTO DE JESUS
E, quando eles ali [em Belém], se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz e teve
o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver
lugar para eles na hospedaria. (Lc 2, 6-7).
Começamos o nosso comentário a partir das últimas palavras desta frase: «por não haver
lugar para eles na hospedaria». A meditação, na fé, destas palavras encontrou nesta afirma-
ção um paralelismo íntimo com as palavras, cheias de profundo conteúdo, que temos no
«Prólogo» de São João: «Veio para o que era seu, e os seus não o receberam» (Jo 1, 11). Para
o Salvador do mundo, Aquele para quem todas as coisas foram criadas (cf. Cl 1, 16), não há
lugar.
«As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde
reclinar a cabeça» (Mt 8, 20). Aquele que foi crucificado fora da porta da cidade (cf. Heb
13, 12) também nasceu fora da porta da cidade.
Tudo isto nos deve fazer pensar, nos deve recordar a inversão dos valores que se verifica na
figura de Jesus Cristo, na sua mensagem. Desde o seu nascimento, Jesus não pertence àquele
ambiente que, aos olhos do mundo, é importante e poderoso• e contudo é precisamente este
homem irrelevante e sem poder que Se revela como o verdadeiramente Poderoso, como Aque-
le de quem, no fim de contas, tudo depende. Por conseguinte, faz parte do tornar-se cristão
este sair do âmbito daquilo que todos pensam e querem, sair dos critérios predominantes,
para entrar na luz da verdade sobre o nosso ser e, com esta luz, alcançar o justo caminho.
(Joseph Ratzinger, Bento XVI —”Jesus de Nazaré”)
«Não temais, pois anuncio-vos
uma grande alegria, que o será
para todo o povo: hoje, na cidade
de David, nasceu-vos um Salvador,
que é o Messias Senhor. Isto vos
servirá de sinal: encontrareis
um menino envolto em panos e
deitado numa manjedoura.» (Evangelho de São Lucas, 2, 10-12)
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