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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1
PARANÁ
GOVERNO DO
ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
Produção Didático-Pedagógica
Título: Leitura crítica de fábulas: o antigo e o moderno envolto na relação da moral e da ética.
Autor: Fábio Godoi Correia
Disciplina/Área: Língua Portuguesa
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
EE Francisco Inácio de Oliveira – EF. – Localizada à Rua Xavier da Silva, 51 – Centro
Município da escola: Tomazina – PR
Núcleo Regional de Educação: Ibaiti
Professora Orientadora: Nerynei Meira Carneiro Bellini
Instituição de Ensino Superior: UENP – Universidade Estadual do Norte do Paraná
Resumo: Com o estudo do gênero fábulas, pretende-se elucidar aos alunos a configuração estética, ou seja, demonstrar que por meio de suas características composicionais e de suas especificidades há uma organização peculiar do discurso figurativo que traz significados, subjacentes à história, com importantes conotações ao ser humano. Por isso, a partir de uma compreensão crítica dessa modalidade narrativa, os alunos
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poderão traçar correspondências entre a moral e a ética implícitas nos textos com suas próprias experiências enquanto cidadãos, detentores de direitos e deveres sociais.
Palavras-chave: Ética, moral, fábulas, leitura
Formato do Material Didático: Unidade didática
Público: Alunos do 6º ano do ensino regular da EE Francisco Inácio de Oliveira
3
SUMÁRIO
Introdução ….............................................................................................................. 4
Fundamentação Teórica …........................................................................................ 5
Descrição das Espectativas …................................................................................... 9
Atividades …............................................................................................................. 10
Referências Bibliográficas ….................................................................................... 28
4
Projeto Didático-Pedagógico
Introdução:
Nesta unidade didática propõe-se o trabalho com a leitura e a produção
textual com o apoio do gênero textual fábulas. Esta terá como público-alvo da
intervenção alunos do 6º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Francisco
Inácio de Oliveira, sediada no município de Tomazina/PR.
Como objetivo, procurar-se-á reduzir as dificuldades de leitura,
interpretação, produção textual e expressão oral dos alunos que possuem tais
dificuldades.
Com o estudo do gênero fábulas, pretende-se elucidar aos alunos a
configuração estética, ou seja, demonstrar que, por meio de suas características
composicionais e de suas especificidades, há uma organização peculiar do discurso
figurativo que traz significados, subjacentes à história, com importantes conotações
ao ser humano. Por isso, a partir de uma compreensão crítica dessa modalidade
narrativa, os alunos poderão traçar correspondências entre a moral e a ética
implícitas nos textos com suas próprias experiências enquanto cidadãos, detentores
de direitos e deveres sociais.
Compreende-se que a leitura é um meio rico para se conhecer a
diversidade de opiniões existentes em uma cultura e, principalmente, para formá-las
criticamente. É através deste importante instrumento, desenvolvido principalmente
no ambiente escolar, que se deve oportunizar ao aluno um crescimento pessoal
pleno, ou seja, como um indivíduo participativo e opinante por deter e expressar
opiniões críticas sobre os fatos do mundo circundante, bem como realizar um
convívio adequado e interativo. Neste sentido, este projeto respalda-se em
considerações de Cavalcanti (1989) quando afirma que a leitura é um processo
comunicativo e social, envolvendo leitor e texto. Acredita-se, por isso, que a leitura
serve de importante apoio à formação da personalidade, do caráter e do intelecto da
pessoa com vistas a uma atuação significativa na sociedade.
5
Fundamentação Teórica:
Embora, atualmente, haja discussões e debates sobre a moral e a
ética, muitas vezes, essas considerações ocorrem sem um aprofundamento dos
sentidos e das implicações de tais valores.
De modo geral, o ser humano necessita pensar e dialogar sobre o que
é, ou poderia, ou deixou de ser adequado em relacionamentos interpessoais,
contudo, pouco se importa se há uma prática eficaz dessa atitude por si mesmo ou
pelos outros.
Entende-se como bastante pertinente o trabalho com fábulas na
disciplina de língua portuguesa, estimulando o aluno à leitura e reflexão. Neste
sentido, Lourdinas afirma que:
As Fábulas querem dizer e dizem muito em poucas linhas. Podem ser em prosa ou em versos; seu título apresenta de imediato os personagens que tomarão parte da trama e a gente pode, assim, imaginar o conflito que está para acontecer. É da Fábula que nasce "a moral da estória" - na verdade, um conselho ou um julgamento sobre os fatos que acontecem na vida que nos é dado pelo narrador. FÁBULAS (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar algo) Narrativa alegórica de uma situação vivida por animais, que referencia uma situação humana e tem por objetivo transmitir moralidade. As lições desses textos espelham a moralidade social da época. É oferecido, então, um modelo de comportamento em que o "certo" deve ser copiado e o "errado", evitado.
(http://lourdinas.com.br/blogs/index.php?idblog=181).
Uma das características definidoras do gênero fábula é o emprego de
animais como personagens principais que desempenham atributos próprios do ser
humano, isto é, sentimentos e ações. A partir deste traço, é comum ocorrerem
interpretações de que os animais representam diretamente os homens. Contudo,
Platão e Fiorin (2004) sugerem que há certo equívoco nessa interpretação, pois
afirmam que a recorrência de traços semânticos é que estabelece as leituras que
devam ser feitas de fato.
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A primeira questão que se pode propor quando se lê uma fábula é a seguinte: ela é uma história de bichos ou de gente? O leitor poderia responder precipitadamente: de gente, é claro. Se lhe perguntássemos como é que ele sabe disso, certamente responderia que lhe ensinaram na escola que as fábulas contam histórias de seres humanos representados por animais, plantas, etc. Caberia então a pergunta: como é que os estudiosos chegaram a essa conclusão? Inferiram-na do fato de que há nos textos uma reiteração de traços semânticos, isto é, de elementos que compõem o significado das palavras, que obriga a ler o texto de uma dada maneira. A recorrência de traços semânticos é que estabelece que leituras devem ou podem ser feitas de um texto. Uma leitura não tem origem na intenção do leitor de interpretar o texto de uma dada maneira, mas está inscrita no texto como virtualidade, como possibilidade. (Platão & Fiorin, 2004, p.126).
A configuração formal de animais personificados é relevante ao estudo
deste gênero pelos alunos, pois subjacentes às alegorias e às metáforas existentes
no texto, há sentidos que aludem à ética e à moral, traços essenciais e específicos
do ser humano em quaisquer contextos. É neste ponto que as análises das fábulas
poderão elucidar que o paradoxo animal/homem revela a virtualidade do texto.
Quanto às personagens e suas correlações estéticas com outras
categorias da narrativa, pode-se destacar suas proximidades e distanciamentos em
relação a outros personagens, seu convívio social e sua interferência no meio em
que vivem através de suas ações. Em relação ao caráter social do homem e seu
lugar no mundo, Bakhtin em sua obra intitulada Estética da Criação Verbal,
precisamente no capítulo “A Forma Espacial da Personagem”, defende que, embora
haja singularidade nas experiências de cada indivíduo, a partir de sua visão pessoal
e do outro, existe um conhecimento geral que se faz por meio de significados
coletivos.
A visão de mundo que cada indivíduo tem, referida por Bakhtin, não
prescinde a construção do conhecimento grupal, pelo contrário, corrobora para a sua
formação, fomentando aspectos coletivos e pessoais que permeiam a moral e a
ética de determinados contextos.
Bakhtin, ainda, refere-se ao conhecimento como “relativo e reversível”,
pois para ele “o mundo do conhecimento e cada um de seus elementos só podem
ser supostos” (2003, p. 22). Também afirma que o exposto numa obra literária,
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através das palavras, tem “dupla função: orienta a compenetração e lhe dá
acabamento” (2003, p. 25).
Marchuschi, por sua vez, defende que a escrita e a oralidade são
ações imprescindíveis ao entendimento devido ao contexto que as englobam, por
isso afirma: “Quando se nomeia um certo texto como “narrativo”, “descritivo” ou
“argumentativo”, não se está nomeando o gênero e sim o predomínio de um tipo de
sequência de base.” (apud Dionísio et al., 2005). Ele se refere aos gêneros textuais
caracterizando-os como “eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e
plásticos. Surgem emparelhados a necessidades e atividades sócio-culturais, bem
como na relação com inovações tecnológicas.” (apud Dionísio et al., 2005, p. 19).
A despeito das considerações e estilos próprios dos estudiosos
referidos aqui, entende-se que tanto Bakhtin como Marchuschi e Platão & Fiorin
explanam sobre a relevância das correlações existentes entre texto, leitor e contexto
social e cultural no ato de configurar sentidos, no âmbito pessoal ou coletivo.
A partir dessas teorias, este projeto prioriza o trabalho com a leitura, a
interpretação e a produção de textos, observando a realidade na qual o aluno está
inserido, o seu papel na comunidade e o que essa influencia em sua formação como
cidadão. No gênero fábulas, buscar-se-á o apoio para as discussões sobre moral e
ética, fatores primordiais para a construção do conhecimento e da consciência de
cada um como homem, como membro de uma sociedade que se encontra em
constante evolução tecnológica, científica, industrial e na medicina.
Por meio de leituras aprofundadas e produções afins às fábulas,
elaboradas em contextos diversos, entende-se que o aluno, enquanto cidadão, pode
resgatar e refletir sobre valores e princípios essenciais a uma significativa atuação
na sociedade onde vive. Embora neste trabalho, saiba-se que as questões
relacionadas à ética e aos valores morais estão atreladas a contextos históricos
específicos, ou seja, cada época pode determinar seus próprios princípios, a
definição de tais valores estará embasada em relacionamentos sociais saudáveis.
Nesse sentido, espera-se que o aluno, por si mesmo e a partir das
leituras, produções e reflexões suscitadas, seja capaz de formular e compreender
8
quais princípios são adequados a seu contexto e aos seus relacionamentos
interpessoais.
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Descrição das Expectativas
A presente Unidade Didática foi construída para atender, no mínimo, a
32 (trinta e duas) horas/aula em sala de aula com os alunos do 6º ano do Ensino
Fundamental da EE Francisco Inácio de Oliveira.
Para esta unidade, trabalhar-se-á o gênero textual Fábulas, explorando
suas características de composição, incentivando a melhora do aluno na leitura,
interpretação, escrita e exposição de suas opiniões e conceitos relevantes aos
textos e temas estudados.
O gênero fábulas, que tem como uma de suas características trazer em
seu corpo textual uma moral referente às atitudes e ações de seus personagens,
deve, no andamento deste trabalho, possibilitar ao aluno a interpretação desta moral
espelhando no seu cotidiano. Assim, o discente poderá, por si só, formatar opiniões
particulares sobre o que é correto e ideal em relação à conduta e ao convívio em
sociedade, tendo liberdade para regrar temas e ações que retratem e necessitem de
atitudes que envolvam a moral e a ética.
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Atividades:
1ª Etapa – 2 horas/aulas.
Vídeos: A Galinha dos ovos de ouro (baseados na fábula de Esopo)
1º Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=MhHL65s8y_s
2º Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=DDq0lQcWq-w
Texto: A GALINHA DOS OVOS DE OURO
(Autor – Esopo)
Um certo casal foi a uma granja e comprou uma galinha.
Aparentemente era uma galinha como outra qualquer. Tinha bico,
penas, pés e um jeito de bobalhona.
Na manhã seguinte, quando a mulher foi ao galinheiro para recolher os
ovos, levou um susto enorme. Em frente aos seus olhos, no meio do ninho, havia um
ovo muito diferente, era um ovo de ouro!
...
Moral da história: O excesso de ambição, leva à precipitação e, quem
tudo quer tudo perde.
Disponível em: http://asfabulasdeesopo.blogspot.com.br/2011/01/galinha-dos-
ovos-de-ouro.html Acesso em 20/10/2013
Atividades:
No início da atividade, antes de exibir os vídeos, o professor
conversará com os alunos sobre a temática a ser desenvolvida nas fábulas a seguir.
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Desse modo, o docente delimitará um ponto de partida para aferir o nível de
entendimento e interpretação que os alunos possuem, antes mesmo de tomarem
contato com as histórias por meio de vídeos e textos.
1. Conversa prévia do professor com os alunos sobre seus
conhecimentos a respeito do gênero fábulas.
2. Exibir, em seguida, os dois vídeos apontados no link.
3. Após debater com os alunos o que entenderam no contexto dos
vídeos.
Aplicação de questionário sobre os vídeos:
a. Os vídeos retratam a mesma história? Qual seria esta história?
b. Cite características do lugar onde se ambienta a história?
c. Cite os personagens da história e atribua algumas características
físicas e morais destes personagens.
d. O final da história é o mesmo nos dois vídeos? Descreva como é
este final em cada um dos vídeos.
Após o questionário será apresentado o texto aos alunos.
Primeiro uma leitura individual e silenciosa. Depois uma leitura para o
grupo todo.
1. Discutir com os alunos a história exposta no texto:
- suas características;
- seus personagens;
- o desenvolvimento da história;
- seu desfecho.
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Questionário comparando vídeo x texto.
a. Os vídeos e o texto retratam a mesma história e os mesmos
personagens? Cite os personagens?
b. Há algum personagem que não se repete em alguma das três
histórias? Qual?
c. Que mensagem estas histórias querem passar? Qual sua opinião?
Obs.: Será feita uma análise dos questionários respondidos pelos
alunos para se verificar o nível de interpretação dos mesmos e se planejar as
intervenções necessárias em relação às dificuldades e disparidades encontradas.
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2 ª Etapa – 3 horas/aulas.
Nesta fase, será dado prosseguimento à investigação do que o aluno
entende sobre o gênero textual Fábulas.
1. Relembrando a aula anterior.
2. Definir aos alunos o que é gênero textual e citar alguns exemplos.
3. Questionar os alunos sobre qual tipo de gênero eles acreditam ser
os estudados no encontro anterior.
4. Comentar sobre as características do gênero Fábulas.
5. Levar os alunos ao laboratório de informática, divididos em
pequenos grupos, para pesquisarem sobre o gênero Fábulas, suas
características e particularidades.
6. Os alunos deverão elaborar um pequeno texto descritivo das suas
pesquisas.
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3ª Etapa – 2 horas/aulas.
Iniciaremos este encontro apresentando, pelos grupos formados no
evento anterior, as suas pesquisas e considerações sobre o gênero Fábulas.
Os mesmos descreverão aos colegas o que produziram e o professor,
como mediador, irá procurar levar todos os presentes a debaterem e expressarem
suas opiniões sobre os trabalhos apresentados.
O professor irá utilizar de material de apoio para sanar as dúvidas que
ainda possam restar.
Será entregue aos alunos um resumo informativo sobre o gênero
fábulas, que servirá como material de consulta para os mesmos.
Num segundo momento, após os debates, iremos explorar um dos
propósitos didáticos da fábula, a aplicação da moral na história. Procurar-se-á
delimitar o entendimento da moral de quem escreve e a de quem faz uso desta.
Questionário para aplicação com os pais.
a. Você já leu alguma Fábula? Cite alguma que tenha lido?
b. Você já assistiu a desenhos animados ou filmes de Fábulas? Cite
alguns?
c. Você tem livros de Fábulas em casa? Quais?
d. Conversando com seus pais, eles se lembram de alguma Fábula
que leram ou ouviram? Cite algumas.
e. Peça a eles para contarem uma Fábula que conhecem e anote,
resumidamente, a história.
f. Pergunte a seus pais qual a lição de moral que a fábula traz?
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g. E para você, qual a lição de moral que a Fábula, contada por seus
pais, traz?
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4ª Etapa – 4 horas/aulas.
Iniciaremos lendo, comparando e analisando o questionário solicitado
aos alunos no encontro anterior.
a. Intenção deste:
- descobrir se os pais incentivam seus filhos a ler;
- perceber se o aluno prefere realizar leituras ou assistir a filmes em
relação a conteúdos de histórias infantis e fábulas;
- perceber se os pais tem o hábito da leitura e incentivam seus
filhos;
- descobrir se o aluno assimilou e compreendeu, até o momento, as
características e particularidades do gênero textual Fábula.
Produção de texto:
1. Produzir um texto estruturado com características de Fábulas.
Obs.: Este primeiro texto, produzido pelo aluno, será corrigido pelo
professor, mas não serão expostas, neste momento, as correções realizadas. Estas
serão utilizadas em um encontro futuro para serem comparadas a outras produções
dos alunos, com a finalidade de se verificar o seu entendimento da estrutura das
fábulas.
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5 ª Etapa – 8 horas/aulas.
Estudando e analisando fábulas antigas com uma visão/versão
contemporânea.
Sugestões de atividades:
Imagem:
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:The_Ant_and_the
_Grasshopper_-_Project_Gutenberg_etext_19994.jpg
Vídeo:
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=IezC65lMZKY
Texto:
A Cigarra e a Formiga (Esopo)
Num belo dia de inverno as formigas estavam tendo o maior trabalho
para secar suas reservas de comida. Depois de uma chuvarada, os grãos tinham
ficado molhados. De repente aparece uma cigarra:
- Por favor, formiguinhas, me dêem um pouco de comida!
As formigas pararam de trabalhar, coisa que era contra seus princípios, e
perguntaram:
...
Moral da história:
Os preguiçosos colhem o que merecem.
Disponível em: http://asfabulasdeesopo.blogspot.com.br/2009/04/cigarra-e-
formiga.html
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A Cigarra e a Formiga (Jean de la Fontaine)
Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque,
sem se preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma
folha pesada, perguntou:
- Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente
aproveitar! O verão é para gente se divertir!
...
Disponível em: http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=9
Atividades Propostas - Sugestões:
1. Primeiramente, trabalhar com a imagem dos textos:
a. Que personagens podem ser definidos no desenho?
b. Qual deles aparenta maior opulência?
c. Ambos realizam a mesma ação? Justifique fazendo uma breve
descrição.
d. A qual fábula o desenho se refere?
e. Escreva um pequeno resumo desta fábula.
2. Trabalhando com o vídeo:
a. Sobre qual fábula o desenho animado se refere?
b. Entre o desenho e o desenho animado há repetição de
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personagens? Quais?
c. Há algum outro personagem no desenho animado?
d. Qual a mensagem (moral da história) que você acha que o
desenho animado quer transmitir?
3. Trabalhando com os textos:
a. A fábula tem o mesmo enredo nos dois textos? Os personagens
são os mesmos? Cite-os.
b. O final é o mesmo nas duas fábulas? Descreva o final em
poucas palavras?
c. Qual mensagem (moral da história) você acha que os textos
querem transmitir?
d. A moral da história é a mesma nos dois textos e no desenho
animado? Justifique.
e. Em alguma destas fábulas (texto e desenho) os personagens
tem nomes próprios? Se tiver, cite-os.
f. Qual sua opinião sobre a moral que a fábula A Cigarra e a
Formiga transmitem? Você concorda com ela?
g. Com qual dos personagens você melhor se identifica? Por quê?
h. Qual dos personagens deve servir como um bom exemplo? Por
quê?
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4. Para casa:
a. Solicitar aos alunos que, em duplas, pesquisem uma fábula e a
reescrevam, substituindo seu título e seus personagens. Usem,
à vontade, a criatividade.
b. Questionem os membros da família ou pessoas próximas sobre
frases e expressões que representem uma MORAL, como se é
utilizada nas fábulas. Anote-as e as traga para a sala de aula.
Ex.: “A PRESSA É INIMIGA DA PERFEIÇÃO”
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6ª Etapa – 3 horas/aulas.
1. Retomar, brevemente, o conteúdo da aula anterior fazendo
perguntas pertinentes sobre o que foi estudado.
2. Solicitar que as duplas socializem as fábulas que recriaram.
3. Anotar, no quadro negro, os títulos originais das fábulas que foram
reescritas.
4. Verificar quais os novos nomes dado as fábulas pelos alunos na
reescritura delas. Em seguida, solicitar que justifiquem a escolha do
novo nome.
5. A despeito da mudança dos títulos das fábulas, o professor deve
indagar se possuem características e enredos semelhantes ao
original? Pedir para os autores exporem suas opiniões sobre isto.
6. Que personagens foram usados nas reescritas? Apenas animais ou
também seres humanos ou outros seres ou objetos?
7. Ainda, dialogando com os alunos, solicitar que cada um indique
uma moral para a sua história.
22
7ª Etapa – 2 horas/aulas.
Para debate em grupo:
Considerando as seguintes orações abaixo, que indicam uma moral,
levando-se em conta o que até o momento foi estudado sobre fábulas, os alunos
devem realizar as seguintes atividades:
1. Devagar se vai longe.
2. Quem tudo quer, tudo perde.
3. O barato às vezes sai caro.
4. Mentira tem perna curta.
5. É melhor prevenir do que remediar.
6. Amor com amor se paga.
7. As aparências enganam.
8. Conhecemos o amigo na hora da dificuldade.
9. Falar é fácil, difícil é fazer.
10.A união faz a força.
a. Escolha quatro dessas expressões e, com suas palavras, explique o
que você pensa que elas querem dizer.
b. Socializar com os colegas as expressões elegidas e verificar se, no
caso de coincidência de frases, há diferenças de interpretação.
c. Pedir aos alunos que relatem situações observadas em seus
cotidianos, vigentes na sociedade atual, nas quais as morais, acima
descritas, possam ser vistas e utilizadas.
d. Perguntar a eles quais destas morais poderiam expressar alguma
atitude que, acidentalmente ou não, tenham causado.
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e. Inquiri-los se, após um exame de consciência, tornariam a repetir tal
ação? Indagar, ainda, se eles acreditam que tal atitude causou-lhes
algum problema sério?
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8ª Etapa – 4 horas/aulas.
Introduzindo Fábulas de autores Contemporâneos.
Neste encontro, o professor irá trabalhar com os alunos a ideia de
Fábulas e Autores Contemporâneos.
Para isto, fará uma leve explanação sobre o que é Clássico e o que é
Contemporâneo. Percebendo as dúvidas e contradições dos alunos, irá levá-los ao
laboratório de informática, onde, em pequenos grupos, irão pesquisar e formular
suas considerações sobre:
1. O que é Clássico e o que é Contemporâneo relacionado à literatura.
2. Alguns autores clássicos e alguns autores contemporâneos do
gênero textual fábulas. Citar algumas de suas obras.
3. Identificar algumas fábulas clássicas e versões das mesmas. Citar
os autores e as fábulas.
4. Discriminar características semelhantes e diferentes que possam
existir nestas reescritas de fábulas.
5. Indicar se a moral da história é a mesma em ambas as fábulas.
6. Apontar o que mais lhe chamou atenção na fábula clássica e na
fábula contemporânea. Indicar quais fábulas analisou.
7. Nas fábulas clássicas, uma de suas características marcantes é que
os personagens são representados por animais ou seres
inanimados. Nas fábulas contemporâneas que pesquisaram, esta
característica se mantém? Justifiquem suas respostas e citem
exemplos retirados dos textos.
25
9ª Etapa – 2 horas/aulas.
Leitura e análise de Fábulas de autores contemporâneos.
Nesta etapa, o professor trabalhará com a leitura e a interpretação de
fábulas de autores contemporâneos, sugeridas por ele mesmo e pelos alunos.
1. Em relação às pesquisas do encontro anterior, solicitar aos alunos
que façam a leitura audível de, pelo menos, uma fábula de autor
contemporâneo.
2. Analisar com os alunos presentes os temas e as questões tratadas
nas fábulas, ou seja, sua moral e o que dela podem extrair,
associando ao momento vigente, em termos de visão social e de
noções de costumes da atualidade.
Sugestão de leitura para os alunos feita pelo professor:
1. O Lagarto comilão;
2. O Urubu teimoso;
Ambas da autora Simone Pessoa, do livro O Pequeno Hércules e
outras histórias.
O professor irá apenas mediar os debates, procurando interferir o
mínimo possível, fazendo com que os alunos expressem sua real opinião, sem
sofrerem influência direta do professor e, assim, libertando suas próprias ideias e
conceitos. As únicas intervenções do professor serão em relação ao incentivo ao
debate. Caso ocorram comentários e atitudes que possam ofender ou denegrir a
imagem e a vida particular de algum aluno, o professor deverá interferir inibindo tais
atos.
3. Para casa:
Elaborar uma fábula, de livre escolha, seguindo o que já foi estudado
sobre o gênero textual.
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10ª Etapa – 2 horas/aulas.
1. Leitura e análise da atividade proposta no encontro anterior.
2. Em seguida, refletir, com os alunos, sobre suas produções.
3. Identificar se houve influência de autores, obras lidas, temas atuais
e contemporâneos, da vida pessoal, etc., nas produções discentes.
4. Identificar a moral contida em cada uma das produções e se faz
correlação com o texto produzido.
5. Solicitar aos alunos que indiquem duas fábulas das elaboradas por
eles para a construção de um vídeo curto baseado nessas histórias.
O vídeo será exibido aos colegas de outras classes da mesma
escola.
6. Trabalhar a reescrita da fábula, caso seja necessário.
27
11ª Etapa – 2 horas/aulas.
Finalizando os trabalhos, iremos analisar as produções dos alunos, as
realizadas em grupo e individualmente, observando sua evolução na produção dos
mesmos.
Também iremos produzir os vídeos com as histórias elaboradas e
escolhidas por eles.
Pretendeu-se, nesta unidade didática, a compreensão, por parte dos
alunos, das características específicas do gênero textual fábula e, além disso, que
soubessem abstrair dos textos as informações subjacentes e não apenas as que
estão às claras. Desse modo, intentou-se possibilitar aos discentes a apreensão dos
significados de fundo moral e ético para que estabelecessem correlações éticas em
seu meio social.
Portanto, a partir dos saberes e reflexões construídos e socializados
por meio do trabalho com as fábulas, os alunos deverão veicular discursos e ter
atitudes adequadas a um convívio saudável e respeitoso, no que concerne ao direito
do cidadão de interagir e relacionar-se socialmente de modo humanitário e pacífico,
ainda que, haja discordâncias de ideias, credos, instruções, níveis socioeconômicos,
dentre outros.
28
Referências Bibliográficas:
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
CAVALCANTI, M. C. Interação leitor-texto: aspectos de interação pragmática. Campinas: UNICAMP, 1989.
http://www.dicio.com.br/moral/ Acesso em: 19/04/2013.
http://lourdinas.com.br/blogs/index.php?idblog=181 Acesso em: 19/04/2013.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, Angela Paiva, MACHADO, Rachel Machado; BEZERRA, Maia Auxiliadora (Orgs.). Gêneros Textuais & Ensino. 4ª ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
PLATÃO S., Francisco; FIORIN, José Luiz. Lições de texto: leitura e redação. 4ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2004.
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/etica_conceito.htm Acesso em: 19/04/2013
Fábulas:
A galinha dos ovos de ouro – Esopo
Disponível em: http://asfabulasdeesopo.blogspot.com.br/2011/01/galinha-dos-ovos-de-ouro.html Acesso em: 20/10/2013
A cigarra e a formiga – EsopoDisponível em: http://asfabulasdeesopo.blogspot.com.br/2009/04/cigarra-e-formiga.html Acesso em: 08/10/2013
A cigarra e a formiga – Jean de la FontaineDisponível em: http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=9 Acesso em: 08/10/2013
Textos de apoio:
Disponível em: http://www.portugues.com.br/literatura/a-fabula-suas-caracteristicas-discursivas-.html Acesso em: 16/09/2013
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A1bula Acesso em: 16/09/2013
Disponível em: http://www.mundoeducacao.com/redacao/fabula.htm Acesso em: 16/09/2013
29
Vídeo:
A galinha dos ovos de ouro – EsopoDisponível em: http://www.youtube.com/watch?v=MhHL65s8y_s Acesso em: 10/11/2013
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=DDq0lQcWq-w Acesso em: 10/11/2013
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=IezC65lMZKY Acesso em: 24/10/2013
Imagens:
A cigarra e a formigaDisponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:The_Ant_and_the_Grasshopper_-_Project_Gutenberg_etext_19994.jpg Acesso em: 11/11/2013