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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
A IMPORTÃNCIA DO TRABALHO DE CAMPO NO ENSINO DE GEOGRAFIA
Autor Neli Alves dos Santos Pisetta
Disciplina/Área (ingresso no
PDE) Geografia
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual São Pedro Apóstolo
Rua Primeiro de Maio, 1160
CEP 81.500 – Vila São Pedro - Curitiba - PR
Município da escola Curitiba
Núcleo Regional de Educação Curitiba
Professor Orientador Gislene Aparecida dos Santos
Instituição de Ensino Superior Universidade Federal do Paraná
Relação Interdisciplinar
Resumo
As aulas de campo como prática pedagógica servem para
atrair a atenção e interesse dos estudantes principalmente da
escola básica, no intuito de melhorar o ensino e
aprendizagem. Para tanto, as viagens pedagógicas são uma
tendência na área da educação, onde a integração,
socialização não ocorre apenas entre educadores e
estudantes, mas também integra as famílias à escola.
Normalmente, a visita científica monitorada, deve contribuir no
processo de ensino e aprendizagem a partir de atividades
práticas que estimulem a observação e permitam aos
estudantes a socialização e assimilação dos conteúdos Nessa
abordagem teórico-prática os estudantes participam em duas
etapas diferentes: Pesquisa sobre o lugar de interesse, no
caso o Parques Estadual de Vila Velha e a seguir o trabalho de
campo, com foco na observação da paisagem local.
Palavras-chave: Trabalho de Campo, Geografia, Parque Estadual de Vila Velha
Formato do Material Didático Unidade Didática
Público Alvo Alunos, Professores, e Comunidade Escolar em geral
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DE CAMPO NO ENSINO DE GEOGRAFIA
NELI ALVES DOS SANTOS PISETTA
CURITIBA – PARANÁ
2013
NELI ALVES DOS SANTOS PISETTA
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DE CAMPO NO ENSINO DE GEOGRAFIA
Material didático-pedagógico desenvolvido como um dos requisitos do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR). Orientadora: Gislene Aparecida dos Santos
CURITIBA - PARANÁ
2013
Apresentação
Em minha trajetória profissional, como docente do Ensino Fundamental e
a experiência de vários anos, em especial com a faixa etária dos educandos
entre 13 e14 anos, tenho constatado que, em atividades diferenciadas, como
trabalhos em grupos e trabalhos de campo, estes se interessam e se envolvem
mais no desenvolvimento das atividades
Assim, a presente Unidade Didática objetiva a aplicação de uma
metodologia de ensino que possibilita o ensino de Geografia para além da simples
exposição mecânica dos conteúdos em sala de aula.
Importante elemento para o desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem, o trabalho de campo permite ao aluno compreender aspectos de
realidades complexas a partir de elementos empíricos, além de dinamizar o
trabalho do professor e viabilizar uma articulação teórico-prática entre os
conteúdos trabalhados em sala de aula e as observações sobre o lugar visitado.
O local escolhido para esta proposta, a realização de um trabalho de
campo, foi o Parque Estadual de Vila Velha, principal atrativo natural do
Município de Ponta Grossa/PR.
Figura 1 – Foto: Escultura natural em arenito “Taça” – Parque Vila Velha, Pronta Grossa/PR
Fonte: Pisetta (2011)
Com uma área de 3.122,11 ha, o Parque Estadual de Vila Velha foi criado
em 12/10/1953, pela Lei nº 2.192 e tombado pelo Departamento de Patrimônio
Histórico e Artístico do Estado do Paraná em 1966 para proteger seus 18 km² de
formações rochosas, classificadas como um dos sítios geológicos brasileiros pela
Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos - SIGEP, devido suas
impressionantes esculturas naturais, esculpidas pelas erosões eólica e pluvial nos
arenitos do Grupo Itararé (MELO et al., 2013; MINEROPAR, 2013; PARANÁ,
2013).
Situado acerca de 80 km de Curitiba e a 20 km da cidade de Ponta
Grossa, Vila Velha há muito tempo consagrou-se como importante polo de
visitação turística (MELO et. al., 2013).
O local, além de sua beleza rústica, constitui espaço ideal para o estudo
do lugar, da paisagem e da natureza; haja vista que as formações rochosas ali
existentes são frutos do processo de erosão provocada pela ação da natureza ao
longo de milênios, sendo que as características da região favorecem essa ação,
marcada pela vegetação de campo e capões de mato esparsos, onde se destacam
as araucárias, árvores singulares que caracterizam o estado do Paraná
(FONTOURA, SILVEIRA, 2008; MINEROPAR, 2009; MELO et al., 2013; PONTA
GROSSA, 2013).
O acesso ao Parque Vila Velha é fácil, e sua visitação possibilita a
compreensão de vários conceitos trabalhados na disciplina de Geografia.
Entretanto, não são todos os alunos que têm ou já tiveram a oportunidade de
conhecer esse patrimônio natural paranaense e, tampouco, de estudá-lo in loco.
Por outro lado, é notória entre os professores de Geografia a dificuldade de
transpor para a sala de aula, aspectos característicos de um determinado local ou
região, mesmo com as facilidades trazidas pelos recursos visuais; acrescenta-se
ainda a percepção de que muitos alunos se sentem entediados nas aulas da
disciplina, por não poder interagir diretamente com o objeto de estudo.
Esse é um problema para o qual as soluções didáticas interessam aos
professores de Geografia e, principalmente, aos alunos, haja vista os benefícios
decorrentes do ensino pautado pelo estudo de campo.
Assim, as atividades propostas estão relacionadas com os conceitos de
lugar, paisagem e natureza, que ao serem aplicados articulados ao trabalho de
campo, proporcionam uma compreensão analítica do ambiente, sem perder o olhar
local, agregando valores e desenvolvendo atitudes conscientes e participativas
em relação aos espaços diferenciados que compõe o Parque Estadual de Vila
Velha.
A fundamentação teórico/prática da Unidade Didática compreende
conteúdos trabalhados por meio de leituras e discussões que propiciam a
construção de conhecimentos referentes à pesquisa realizada e o trabalho in
loco, enriquecidos com o auxílio de palestras, questionários, oficinas e seminários.
No desenvolvimento das atividades propostas nesta Unidade Didática,
far-se-á, também uma abordagem qualitativa, utilizando como metodologia a
observação participativa dos alunos durante as aulas em sala e em campo.
Estudo de campo: conceitos e informações
O estudo de campo é, por definição, uma metodologia de trabalho que
tem como instrumento a observação, pois é a partir dessa e das reflexões que ela
enseja que emerge a consciência que tudo é formado a partir da relação de
interdependência entre os organismos. Além de facilitar a visualização e
assimilação de conceitos expostos de forma didática, permite o entendimento
dos vários fatores que concorrem em um determinado contexto (ALMEIDA,
2013).
De acordo com Marconi e Lakatos
(1996), o estudo bibliográfico deve preceder
o estudo de campo, para que o pesquisador
tenha um bom conhecimento sobre o assunto,
pois tem como finalidade aprofundar o
conhecimento do pesquisador sobre o tema
estudado e também visa clarificar conceitos.
Na geografia, o trabalho de campo consiste em observar e descrever a
paisagem. Os estudos de Cordeiro e Oliveira (2011) enfatizam o impacto positivo
no ensino e aprendizagem dos conteúdos de Geografia advindos da adoção dessa
metodologia.
Essa metodologia de ensino contribui para uma melhor compreensão dos
conteúdos ao relacionar a teoria proposta em sala de aula com os estudos
e análises práticas da paisagem do ambiente observado, ampliando os
seus horizontes geográficos ao ir além dos textos e das fotografias do
livro didático, e permitindo o desenvolvimento de diversas habilidades
nos alunos, tais como identificar, distinguir e ampliar os conhecimentos
adquiridos nas instituições de ensino, comparando-a com a realidade do
lugar em que os envolvidos estão habituados (CORDEIRO; OLIVEIRA,
2011, p. 3).
Ainda segundo os autores, a metodologia de trabalho de campo “ajuda o
aluno a analisar e refletir sobre a geografia que o cerca, contribuindo para
desenvolver a capacidade de interagir com o conhecimento e com a vida em
sociedade” (CORDEIRO; OLIVEIRA, 2011, p. 3).
O Trabalho de campo no ensino de Geografia: Revisão de Conteúdos
Uma visita ao Parque de Vila Velha enseja inúmeros questionamentos, tais
como: como se deu o processo de erosão que criou formações magníficas; o que
provocou o desgaste das rochas? A que fator se atribui a coloração única dessa
formação rochosa no Paraná? O que aconteceu por aqui? Datam de quando essas
formações? As condições climáticas e o tipo de vegetação existentes
favoreceram o processo de desgaste das rochas? Como é a hidrografia deste
lugar? Quais os cuidados que se tem com esse parque para garantir a
preservação desses monumentos naturais?
Esses questionamentos surgem ao apreciar a paisagem do local e,
certamente, as imagens produzidas em fotos e vídeos, por melhor que seja a sua
qualidade, não conseguem traduzir fielmente a grandiosidade que se apresenta e
sequer ensejar profundas reflexões sobre os aspectos geográficos implícitos
nesse contexto.
E, para compreendê-lo, torna-se
necessário retomar alguns conceitos básicos
da disciplina de Geografia, notadamente no
que se refere ao lugar, sua paisagem e
natureza.
Por essa razão, as primeiras atividades com os alunos será uma revisão de
conteúdos que serão necessários à compreensão do objeto de estudo em todas as
suas características.
O Lugar, a Paisagem e a Natureza na perspectiva da Geografia
A geografia é um campo disciplinar
que alia análises empíricas com a teoria, é
uma disciplina que estimula a observação e
descrição das coisas terrestres.
E a grande importância da Geografia
reside nas suas contribuições para o
conhecimento sobre o espaço humano e suas
formas de transformação e ocupação.
De acordo com Pena (2013), a Geografia vem ao encontro da necessidade
do homem de conhecer o espaço geográfico em todas as suas perspectivas.
A importância da Geografia [...] não está somente nos conhecimentos
sobre os nomes de países, suas capitais, dados populacionais, moeda,
religião etc., mas também em explicar a dinâmica das ações no espaço,
que não desvinculam do tempo. Por exemplo: a dinâmica da transformação
dos espaços na cidade, a lógica da produção agrária, a distribuição dos
movimentos sociais, a estrutura geomorfológica superficial da Terra,
entre outros (PENA, 2013, p. 2).
Pena (2013, p.3) explica, ainda, que o objetivo principal da Geografia é
entender a dinâmica do espaço, as formas de relevo, os fenômenos climáticos, as
composições sociais e os hábitos humanos nos diferentes lugares, dentre outros
aspectos que permitem auxiliar no planejamento das ações do homem sobre esse
espaço.
Entendendo o conceito de lugar na Geografia
Os estudos de Célia Hempe (2011) mostram que o “lugar” está presente de
diversas formas e, portanto, a importância de seu estudo se evidencia ante a
necessidade de o sujeito compreender o lugar em que se vive, o que lhe permite
conhecer a história e entender as coisas que ali acontecem, sem perder de vista
que as coisas da vida e as relações sociais se concretizam em lugares específicos
ao mesmo tempo. Nessa mesma linha de raciocínio, a autora destaca ainda que são
dois os tipos de lugar que a Geografia estuda:
O primeiro significa: uma área especifica singular, identificada como tal
pelo nome, como Brasília, Tóquio, São Paulo, observando que cada um
desses lugares individuais é relacionado no índice de um Atlas,
habitualmente com seu “endereço” expresso em graus de longitude e
latitude. Para que tal lugar e ou cada ponto da superfície da Terra possa
ser localizado num mapa, foi criado um sistema de linhas imaginárias
chamado de Sistema de Coordenadas Geográficas. O segundo tipo de
conceito [...] são os planaltos, desertos, agricultura, áreas
metropolitanas. Cada uma dessas expressões designa uma espécie de uma
classe ou gênero, organizada segundo um princípio de semelhança ou
relação (HEMPE, 2011, p. 2). (grifo nosso).
Nesse sentido, lugar, entendido como localização, pode ser considerado
tanto como o espaço de vivência quanto o produto resultante de características
históricas, culturais e naturais relacionadas ao seu processo de formação.
Entendendo o conceito de paisagem na Geografia
O conceito de paisagem surgiu nas artes plásticas, especialmente, no
Renascimento, em que ela era vista como um cenário decorativo. Na época do
Romantismo europeu (meados do século XVIII), a paisagem era concebida como
sinônimo da natureza. A noção de paisagem estava muito relacionada ao contexto
natural, sem significados sociais explícitos, ocorrendo um distanciamento entre o
homem e a natureza. O incremento dos transportes proporcionou uma nova
interpretação da paisagem, visto que o homem, a partir daquele momento,
principiava a locomover-se, não fazendo um olhar afastado da paisagem, mas
observando a paisagem com visão empírica, aproximando-se assim, da natureza.
Para a Geografia, o conceito de paisagem aparece no final do século XIX,
período em que a Geografia Cultural preocupava-se com os artefatos materiais
produzidos no espaço. Enquanto a Geografia Cultural se interessava, portanto,
pelas obras humanas que se inscrevem na superfície terrestre e imprimem uma
expressão característica. As dimensões simbólicas e subjetivas das culturas
existiam, mas não faziam parte do interesse científico da época. Por esse motivo,
a paisagem cultural era analisada através do seu aspecto visível, ou seja,
material.
Contemporaneamente, diferentes elementos formam a paisagem: domínio
natural, humano, social, cultural ou econômico, aspectos esses que se articulam
entre si; por isso a paisagem está em constante processo de modificação, sendo
adaptada conforme as atividades humanas e exatamente a intensidade dessa
ação é que a classifica em três grandes famílias: paisagem natural: que não foi
submetida à ação do homem; paisagem modificada: que é fruto da ação humana
que, exercendo atividades produtivas , a modificaram de modo irreversível.
Ainda as paisagens organizadas: que representam o resultado de uma ação
consciente, planejada, combinada e contínua sobre o meio natural, que é o caso
das cidades e praças, apenas para citar alguns (CERQUEIRA E FRANCISCO,
2013).
A paisagem modificada pela ação humana é chamada de paisagem
humanizada, cultural ou geográfica. Este é o resultado das transformações que
as pessoas realizam na natureza. Atualmente, a maior parte das pessoas vive nas
cidades. Nelas, quase todos os elementos são culturais. Até mesmo os parques e
as praças públicas, onde há elementos naturais, como árvores e outras plantas,
são criações humanas. As casas, os edifícios, as ruas, os postes que sustentam
os fios condutores de energia, as tubulações que transportam os esgotos e as que
trazem a água foram todos construídos pelo homem.
Assim, para entender a paisagem, é necessário analisar a dinâmica que a
constituiu e não meramente descrevê-la, haja vista que “hoje sua análise deve ser
acrescida de ralações e conjugações de elementos naturais e tecnificados,
socioeconômicos e culturais.
Já nas palavras de Milton Santos (1996, p. 83, apud YAZIGI, 2013, p. 8),
paisagem é o conjunto de elementos naturais e/ou artificiais que caracterizam
uma área; embora se deva destacar que a paisagem é, apenas, a porção da
configuração territorial que é possível abarcar com a visão.
.A paisagem é, portanto, a forma do espaço que se pode ver e perceber
em determinado momento. Ela é constituída, muitas vezes, por uma enorme
variedade de elementos, como ocorre nas grandes cidades.
Deve-se considerar ainda a chamada paisagem cultural ou geográfica, a
qual é produzida pelo homem. Nestes espaços se percebe que são poucas as áreas
da superfície terrestre onde os elementos naturais, como rios, lagos, formações
de relevo e vegetação, que ainda não foram explorados e modificados por ações
humanas. Mesmo as áreas de alguns desertos, as de cadeias de montanhas, de
florestas (como parte da Amazônia) ou de regiões polares, embora conservem
suas características originais, já foram investigadas ou percorridas pelo homem.
Isso nos permite afirmar, portanto, que praticamente não existem áreas
“intocadas” na superfície da Terra.
Entendendo o conceito de Natureza na Geografia
Em estudo sobre o conceito de Natureza na Geografia, Kalina Salaib
Spinger (2010), coloca as seguintes considerações:
[...] Especificamente para o conhecimento geográfico o entendimento do
que é Natureza é de primordial importância, uma vez que ela constitui-se
em um dos conceitos fundantes de nossa ciência. Ao compreender como
as concepções de natureza influenciam o pensar, o agir sobre a natureza
e sobre a própria construção do conhecimento, é possível inferir como as
paisagens e os espaços são organizados,(re)estruturados,
(re)interpretados e (re)construídos (SPRINGER, 2010, p. 1).
Para compreender a Natureza na perspectiva contemporânea é preciso
também considerar o campo de estudo da Geografia Humanística, “preocupada
com a morada do homem, e qualquer escala, tem procurado explorar a influência
da natureza e, insistentemente enfocar as intervenções humanas no espaço em
busca incessante da felicidade e da promoção da boa vida” (MELLO, 1993).
Para Seabra (1984, apud DAKIR, 2013) a Natureza pode ser estudada a
partir de duas abordagens distintas: como o mundo material que circunda os
sujeitos, o universo em constante movimento, mudança e transformação; a
sociedade humana; ou num sentido mais restrito, o mundo inorgânico e orgânico
estuado em ciência natural.
Essa segunda abordagem é a preconizada pelos Parâmetros Curriculares
Nacionais (BRASIL, 1998), que indicam as seguintes possibilidades de
compreensão da natureza: os elementos biofísicos de uma paisagem – e as
transformações da natureza por seus próprios processos (como erosões,
erupções, mudanças climáticas, dentre outros), ou a natureza transformada pelo
trabalho humano; observando-se que ambas – natureza e sociedade – constituem
a base material física sobre a qual o espaço geográfico é construído.
Informações preliminares sobre o objeto de estudo
Em Vila Velha - localizado no município de Ponta Grossa, a 969 metros de
altitude, nos campos gerais, encontra-se o Parque Estadual de Vila Velha, com
suas formosas rochas esculpidas perfeitamente pela natureza, em longo período
de 350 milhões de anos
Essas formações rochosas
recebem diferentes denominações de
acordo com as figuras às quais se
assemelham. Entre as centenas
existentes, as mais facilmente
identificadas são a “Garrafa”, o
“Camelo”, o “Índio”, a “Esfinge”, a
“Taça” e a “Proa de Navio”.
Destaca-se ainda a “Caverna” conhecida como “Buraco do Padre”, um
anfiteatro subterrâneo com uma queda d'água de 30 metros de altura, também
debaixo da terra.
Um acidente geográfico de
grande beleza cênica na região é a
“Lagoa Dourada”, onde é possível
observar diferentes espécies da fauna
aquática local. A lagoa é
sustentada por um rio subterrâneo,
devido a ação erosiva que desgastou
as rochas e possibilitou a formação de
cavernas em seu interior. No fundo da
lagoa existe uma grande camada de
mica que faz a água brilhar como se
fosse de ouro, quando da incidência
dos raios solares.
Esta conjunção de elementos paisagísticos, reunidos no Parque Estadual
de Vila Velha o configura como patrimônio natural preservado.
O parque dispõe de monitores que acompanham os visitantes durante os
passeios, explicando as características históricas, geológicas, fauna, flora,
vegetação, enfim guias turísticos que possuem embasamento teórico daquele
lugar e região.
Na década de 2000, o Parque passou por um processo de revitalização e
teve recuperadas algumas de suas áreas que apresentavam sinais profundos de
desgaste devido a ação do tempo. Isso mostra que as estruturas em Arenito
podem ser frágeis, apesar de sua imagem poderosa. Para exemplificar, o Arenito
de Vila Velha é um tipo de rocha formada pelo processo de compactação e
endurecimento de várias camadas de areia. A formação desses arenitos remonta
aproximadamente 300 milhões de anos do Período Carbonífero. Nessa época, a
América do Sul ainda estava ligada à África, à Antártida, à Oceania e à Índia,
dando origem a um supercontinente denominado de Gondwana.
A modelagem do Arenito do Parque Estadual de Vila Velha, como se
apresenta atualmente, é algo muito recente. Ao longo dos 300 milhões de anos de
existência destas rochas, ocorreram vários eventos geológicos que soterraram
umas sob outras em sequências mais jovens. Abalos sísmicos, movimentos
tectônicos terrestres, em conjunto com a erosão, o recolocou na superfície. O
processo erosivo é responsável pelo Arenito Vila Velha, como se apresenta hoje.
As formas dessas esculturas
naturais derivam da ação das águas
pluviais, da ação da energia solar, das
mudanças e alterações de temperatura e
da atividade orgânica sobre as rochas.
Essa ação erosiva desenvolve-se
através de descontinuidades e de zonas de
fraqueza naturais da rocha, como fraturas
e falhas, estruturas sedimentares, textura
e cimentação diferenciadas, cuja interação
permite a formação destes maravilhosos
monumentos naturais nesta região.
As características dos sedimentos do arenito de Vila Velha define-se por
arenitos flúvio-glaciais legítimas argilas glaciais, o que vem tornar essas
formações naturais muito mais peculiar a este local. É particularmente
perceptível as formas de esfoliação desse arenito em comparação com o arenito
das Furnas. Por tanto, o arenito das Furnas normalmente se apresentam em
bancos ou ainda em lajes.
As furnas localizadas no parque e também nas proximidades (como o
Buraco do Padre ou as Furnas Gêmeas) localizam-se em uma região com elevado
número de falhas e fraturas, algumas das quais coincidentes com estruturas das
rochas do embasamento pertencentes ao Grupo Itaiacoca. Pode-se se ressaltar,
ainda, que na região em torno de Vila Velha entre a Serrinha e Ponta Grossa
encontram-se dois horizontes do devoniano que são: Folhelhos de Ponta Grossa e
Arenito de Furnas – sendo que esse último é uma referência ao fato do arenito
ter como característica a formação de grutas e cavernas geralmente verticais.
O arenito de Furnas normalmente se forma sobre um banco de conglomerado de 1
a 2 metros de espessura.
É importante destacar que no alto de Vila Velha existe uma altitude bem
considerável de 916 a 918 metros acima do nível do mar, apresentando uma
planície de denudação em forma de tabuleiro.
Trabalho de Campo: Articulação teórico-prática sobre o lugar, paisagem e natureza observada no Parque Estadual de Vila Velha
A presente proposta foi elaborada para alunos do 9° ano do Ensino
Fundamental e será implementada no Colégio Estadual São Pedro Apóstolo,
localizado à Rua Primeiro de Maio, 1160, na Vila São Pedro, em Curitiba/PR; tendo
como objeto de estudo o Parque Estadual de Vila Velha.
A proximidade entre Curitiba e Ponta Grossa e a gratuidade da entrada
para alunos da rede estadual de ensino viabilizaram a execução do trabalho de
campo.
A rigor, as aulas de campo na disciplina de Geografia têm por finalidade
dar conta de estudos dos fenômenos que compõem os elementos distribuídos na
paisagem terrestre. Dessa forma, a proposta foi elaborada para estimular o
conhecimento dos alunos em áreas naturais, visando sensibilizá-los para as
questões ambientais e culturais por meio do reconhecimento, entendimento e
aproximação direta com esse patrimônio natural; e, ainda, chamar a atenção deles
para as características peculiares das formações rochosas: a utilização das
geoformas (feições geológicas e geomorfológicas) como atrativos turísticos
palpáveis; uma busca pelo entendimento da necessidade de que se estabeleçam
relações harmônicas entre o homem e o meio, sua morada e fonte de seu
sustento; valorizando a proteção da natureza e consequentemente da
Biodiversidade.
Busca-se, com essa estratégia, promover a aprendizagem significativa,
ação que demanda, em um primeiro plano, adequar as atividades à realidade
local e a disponibilidade de infraestrutura para a execução de cada uma delas;
estabelecer as estratégias e práticas, de forma clara, direta, dinâmica e
objetiva, abordando os conteúdos necessários ao entendimento do processo
empírico-prático, fornecendo subsídios para tornar o entendimento dos alunos
simples e agradável.
Essas atividades implicam um trabalho pedagógico interdisciplinar, no
intuito de permitir aos alunos conhecer, pensar, agir e interagir na escola e na
comunidade, provocando a reflexão, incentivando o debate o raciocínio e a
capacidade de aprender de forma continuada e permanente.
Atividade 1 – Avaliação Diagnóstica: Questionário para os alunos e sugestão de trabalho aos colegas professores
O trabalho de campo é uma prática pedagógica que pode ser utilizada em
todas as disciplinas do conhecimento, tendo em vista a sua importância no
tocante ao envolvimento dos alunos nas atividades propostas, desde a pesquisa
(conhecimento empírico), até o planejamento das tarefas a serem desenvolvidas
em equipes na sala de aula e no campo prático, neste caso, como envolve ônus,
(passagem), os alunos ajudam inclusive a pesquisar as empresas com os melhores
preços.
No questionário para os alunos é importante trabalhar as
questões referente a importância da cidadania, noções de meio
ambiente, instigar a curiosidade, o gosto pelo conhecimento
sistematizado, enfim, cativá-los.
NOME:__________________________________TURMA:___TURN0______
1) Você conhece o Parque Estadual de Vila Velha?
( ) Sim ( ) Não
2) Você sabe onde fica o Parque Estadual de Vila Velha?
( ) Sim ( ) Não
3) Pelo que sabe sobre o Parque Estadual de Vila Velha, ( considerando o
embasamento teórico – pesquisa já realizada ) saberia dizer de que
consistem as formações que atraem o interesse de milhares de visitantes
todos os anos?
4) Em sua opinião, como se originaram aquelas formações?
5) E sobre Furnas, que integra o conjunto de atrativos naturais do Parque
Estadual de Vila Velha, como você pensa que surgiram as grandes
cavidades?
6) Como você explica o fenômeno da Lagoa Dourada, outro atrativo do Parque
Estadual de Vila Velha?
7) Você sabia que o Parque Estadual de Vila Velha esteve fechado para
visitação entre os anos de 2003 e 2004, quando foi recuperado? Em sua
opinião, quais foram as razões para essa medida?
8) Você sabe qual o tipo de vegetação e relevo da região onde se encontra o
Parque Estadual de Vila Velha?
9) Que dados você conhece sobre o clima daquela região?
10) Você acha possível encontrar formações semelhantes às do Parque
Estadual de Vila Velha em outras regiões, como o litoral ou na Região
Metropolitana de Curitiba? Justifique sua resposta
Objetivos
Os objetivos a serem atingidos com esse diagnóstico preliminar são:
Identificar as dificuldades dos alunos em relação ao ensino-
aprendizagem na disciplina de geografia;
Estimular os alunos a pesquisa;
Propor uma metodologia teórica-empírica, desenvolvendo nos
estudantes a habilidade da observação.
Permitir aos alunos a socialização dos conhecimentos sobre a geografia
local do Parque Estadual Vila Velha;
Oferecer alternativas, na busca de conhecimentos geográficos em
relação à orientação espacial.
Diagnosticar e compreender as problemáticas referente a paisagem do
Parque Estadual de Vila Velha para a formulação de atividades a partir
da observação, possibilitando aos alunos expressarem e
compartilharem informações, estimulando discussões e análises.
Procedimentos
Os questionários serão distribuídos aos alunos que constituem o público
alvo do projeto e, depois de respondidos, deverão ser organizados de acordo com
o espelho do livro de Registro de Classe (em ordem alfabética) e arquivados em
pasta própria para aguardar o término das atividades, servindo de comparação
entre o que os alunos sabiam no momento das respostas (antes do início das
atividades envolvendo o trabalho de campo) e o que passaram a dominar
(conhecimentos construídos ao longo dos trabalhos de estudo que possibilitou o
embasamento teórico e de observação in loco).
Materiais necessários
Folhas de Questionários e lápis/caneta
Avaliação
Os alunos serão avaliados pelo comprometimento com o projeto, ou seja,
pelo empenho e participação nas atividades propostas.
Atividade 2: Da teoria à pratica
Objetivos
A visita dos alunos do 9º ano ao Parque Estadual de Vila Velha busca
maior entendimento dos alunos à composição da paisagem natural e humana: ao
histórico da demarcação do Parque, à configuração e distribuição da vegetação,
ao uso turístico e à observação e entendimento do relevo.
Procedimentos
Assim, após a integração dos visitantes ao parque, por meio de vídeos e
orientações gerais relacionadas com segurança e preservação ambiental, os
alunos devem ser encaminhados para conhecer as formações rochosas,
orientados a focar sua atenção nos seguintes aspectos: a riqueza natural,
histórica, geográfica, geológica; a questão demográfica da região e local, com o
objetivo de lhes chamar atenção para o meio ambiente.
Os alunos serão orientados ainda, a observar, refletir e anotar suas
considerações sobre as três principais formações da Unidade de Conservação:
Arenitos, sendo formações rochosas com formas diversas e variadas,
tais como: a taça, o camelo, e outras;
Furnas, que se caracteriza por suas grandes crateras e com vegetação
única e exuberante, a água que existe em seu interior (lençol
subterrâneo);
Lagoa Dourada, que possui este nome porque ao pôr do sol suas águas
ficam douradas, além disso, suas águas são bastante límpidas,
permitindo observar os peixes nadando em seu interior.
Fonte: MEC(2013)
Os aspectos que os alunos observarão nesta etapa da
observação são:
Existe, neste espaço, vestígios da ação do homem?
Se sim, quais os benefícios dessa intervenção?
Quais são os aspectos da vegetação predominante
nesse lugar?
As características dos arenitos sugerem a presença
de quais tipos de rochas nessas formações?
Quais as informações levantadas sobre a litologia
dessa região?
Quais as informações levantadas sobre a flora e a
fauna local?
Os alunos serão orientados acerca da finalidade de seu envolvimento no
trabalho, pois cada etapa realizada pressupõe-se uma avaliação individual e em
equipes.
Materiais necessários
Para o trabalho de campo, todos os alunos deverão levar material de
anotações (prancheta, papel, canetas e máquina fotográfica),
Avaliação
Os alunos serão avaliados a partir dos seguintes critérios: qualidade das
anotações e observações feitas durante a visita; interesse demonstrado nas
explicações do guia e da professora.
Atividade 3 - De volta à sala de aula: a investigação continua
Objetivos
Propiciar aos alunos, situações de reflexão, análise, revisão do aprendizado
na busca da ampliação do saber sobre o tema.
Procedimentos
Nesta atividade os alunos serão convidados a
debater sobre o que observaram e sobre as anotações
que fizeram; construir, em duplas, painéis contendo
informações e ilustrações sobre o que entenderam.
Assim, o professor deverá incentivar os
estudos complementares e o debate para dirimir as
dúvidas que porventura ainda existam e nivelar o
conhecimento do grupo.
Os alunos serão orientados a ampliar o
conhecimento sobre o tema observado in loco, a
partir de pesquisas feitas na internet, (busca
histórica e geográfica do Parque Estadual de Vila
Velha) poderão consultar os sites Google Earth,
Google Maps, Mineropar, dentre outros.
No momento da efetivação das atividades, será possível esclarecer alguns
pontos e fundamentar as percepções surgidas durante a visita e os debates. As
demandas surgidas deverão ser anotadas, pois subsidiarão as diretrizes de
trabalhos complementares estabelecidas como objetivos a serem atingidos
individualmente. Essa estratégia visa possibilitar ao aluno a entender que o
trabalho de campo exige o levantamento bibliográfico preliminar e a pesquisa
complementar, pois novos e diferentes questionamentos sempre surgem dessa
experiência. Finalizarão essa atividade com produção textual individual sobre o
tema.
Materiais necessários
Cartolina, canetas coloridas, lápis, borracha, régua e fotos produzidas
durante a visita; caneta azul, folhas de papel almaço. Será utilizado o
Laboratório de Informática da escola, para uso da Internet. Ainda, impressora
colorida, papel sulfite, tesoura e cola.
Avaliação
Os alunos serão avaliados pela qualidade e precisão das anotações feitas,
pela consistência de suas argumentações; pela organização do trabalho de
pesquisa complementar e elaboração dos painéis; pela habilidade apresentada no
trabalho em grupo e individual.
Atividade 4: De volta à sala de aula - Aspectos gerais da e região de Vila Velha
Objetivos
Favorecer a compreensão da importância da pesquisa para o alcance dos
objetivos do trabalho de campo.
Procedimentos
Os alunos deverão pesquisar em livros e na internet sobre a História e
Geografia do Parque Estadual de Vila Velha com foco na paisagem, a partir dos
sites indicados nesta UD1 ou outros que o professor entender que deve
acrescentar à pesquisa observado a utilização de descritores como “Vila Velha;
clima; relevo; paisagem; cultura”, para facilitar a busca.
Materiais necessários
Computadores do Laboratório de Informática; impressora colorida, papel;
canetas coloridas, caneta azul, lápis, borracha, tesoura, cola, cartolinas.
Avaliação
Os alunos serão avaliados pela qualidade dos trabalhos; pelo
aprofundamento na pesquisa, pela escolha dos sites a serem utilizados como
fonte de pesquisa; e, ainda, pela capacidade de síntese na transposição dos dados
disponíveis na fonte para o papel (evitando o copiar/colar).
1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponta_Grossa; http://www.pedrohauck.net/2008/11/arenitos-de-vila-velha-
relevo.html; http://www.mineropar.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=14;
http://www.academia.edu/4136197/A_PAISAGEM_DE_VILA_VELHA_E_SEU_SIGNIFICADO_PARA_A_TEORIA_D
OS_REFUGIOS_E_A_EVOLUCAO_DO_DOMINIO_MORFOCLIMATICO_DOS_PLANALTOS_DAS_ARAUCARIAS;
http://www.sppert.com.br/Brasil/Paran%C3%A1/Ponta_Grossa/Meio_ambiente/;
http://www.geoturismobrasil.com/artigos/Tese%20Jasmine%20Moreira_Cap%204b.pdf
Atividade 5 - Seminário
Objetivo
Socializar as informações levantadas durante o trabalho de campo para o
grupo.
Procedimentos
Fonte: Google Images (2013)
Neste momento os alunos deverão
estar com as pesquisa prontas; então
serão orientados a realizar as
apresentações em sala de aula sempre em
equipes, em seminários.
Cada equipe deve elaborar e responder três questões referente ao
tema de pesquisa e repassar para os demais colegas durante a apresentação.
Poderão também reproduzir o mapa de Ponta Grossa, identificando neste, o
Parque Estadual de Vila Velha. Finalizarão essa atividade com produção
textual em grupo sobre o tema.
Materiais necessários
Todo o material produzido (cartazes) desde a visita feita ao Parque
Estadual de Vila Velha e, se possível, apresentação por meio de slides, em Power
Point.
Avaliação
Qualidade do material selecionado e produzido para a apresentação. Nível
de conhecimento dos alunos sobre os aspectos geográficos observados durante a
visita ao Parque Estadual de Vila Velha. Qualidade das perguntas elaboradas.
Atividade 6 – Mural de fotos
Objetivo
Favorecer o trabalho em equipe e valorizar a produção individual do aluno
a partir da construção de um mosaico com as fotos que foram tiradas durante o
trabalho de campo. o
Procedimentos
Os alunos reunirão as fotos registradas durante a visita e organizarão um
mural na sala de aula, na forma de um mosaico, ensejando assim o
compartilhamento de objetivos e a valorização do trabalho em grupo e da
produção individual.
Finalizarão essa atividade com produção textual individual sobre o tema.
Materiais necessários
Fotos produzidas pelos alunos, cartolina, cola, fio de nylon, canetas
colorida, computador, impressora, papel sulfite.
Avaliação
Será avaliado o interesse, o espírito de equipe; a solidariedade, o
exercício da crítica construtiva; a qualidade do trabalho individual e em grupo.
Atividade 7 – Construção de Maquetes
Objetivo
Representar imagens e cenários de forma tridimensional.
Procedimentos
Os alunos serão orientados a produzir maquetes
dos cenários observados durante o trabalho de campo,
utilizando-se dos materiais que julgarem adequados (livre
escolha), cientes de que a qualidade desse trabalho
influenciará na sua avaliação. Finalizarão essa atividade
com produção textual individual sobre o tema.
Materiais necessários
Materiais de livre escolha pelos alunos.
Avaliação
Qualidade das maquetes, fidelidade na representação em escala.
Atividade 8: Avaliação da Aprendizagem
Objetivo
Identificar o aproveitamento dos alunos sobre o conteúdo trabalhado
dentro da proposta de implementação, que envolveu a visita ao Parque Estadual
de Vila Velha e o desenvolvimento de atividades diversas em sala de aula.
Procedimentos
Aplicar o questionário para os alunos como meio de
identificar os seus conhecimentos sobre o Parque Estadual de
Vila Velha após a pesquisa.
Estabelecer uma comparação entre as primeiras respostas dadas pelos
alunos com as respostas atuais.
Materiais necessários
Questionários que foram aplicados preliminarmente aos alunos no início do
trabalho.. Novas folhas do mesmo questionário para distribuir aos alunos que
participaram do projeto.
Avaliação
Os alunos serão avaliados pela melhoria apresentada em relação às
respostas dadas anteriormente e pela qualidade de suas produções textuais e
individuais sobre o tema.
Atividade 9 – Retomada dos conteúdos e avaliação final acerca da metodologia de trabalho adotada (estudo de caso)
Objetivo
Debater com os alunos os resultados do trabalho desenvolvido durante a
implementação do projeto de pesquisa.
Procedimentos
Retomar os conceitos de paisagem, lugar,
defendidos acerca da utilização do trabalho de
campo como metodologia no ensino da disciplina de
Geografia, explicando aos pais e à comunidade
escolar os resultados obtidos em termos
qualitativos (apreciação dos dois questionários de
cada aluno) e quantitativos (apresentar as notas
atribuídas aos alunos em decorrência de seu
aproveitamento dentro do projeto de intervenção).
Os alunos também farão um mural com todas as fotos produzidas, com
maquetes das formações mais conhecidas, e exporão seus trabalhos (produções
textuais e fotos) para apreciação.
Materiais necessários
Os conjuntos de dois questionários de cada aluno que participou do
projeto; o material produzido pelos alunos durante o desenvolvimento do projeto.
Fotos produzidas durante o trabalho de campo.
Avaliação
O projeto será avaliado pelos próprios alunos, por meio de verbalização
da opinião em público, levando em consideração a qualidade do material produzido
e o nível de desempenho, comprovado pelos conjuntos de avaliações preliminar e
posterior aos trabalhos.
Atividade 10 - Devolutiva aos pais e à Comunidade Escolar
Objetivo
Prestar contas à comunidade escolar acerca do trabalho desenvolvido e
dos resultados advindos do trabalho de campo como metodologia de ensino.
Procedimentos
Os pais e a comunidade escolar serão recebidos na
escola para apreciar o resultado do trabalho realizado
pelos alunos que participaram do projeto.
Materiais necessários
Todos os materiais produzidos pelos alunos.
Avaliação
A avaliação compreenderá a aceitação do projeto e seus resultados pela
comunidade escolar considerando o nível de conhecimento alcançado pelos alunos
depois do estudo de campo, expresso pela qualidade das produções de textos,
desenhos, maquetes, e a fidelidade na representação em escala.
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