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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
REFLEXÃO ACERCA DA SOCIEDADE INDÍGENA NA ESCOLA
Autora: Nilce Mara Juliano 1
Orientador: Luís Ernesto Barnabé 2
Palavras-Chave: Cultura Indígena; Ensino; Formação.
1. INTRODUÇÃO
A elaboração do Projeto de Intervenção Pedagógica teve como propósito
levar para os alunos a compreensão da importância de uma nova postura, novo
falar, um novo entender e um reconhecimento dos povos indígenas e suas
culturas . Portanto este artigo tem a intenção de demonstrar a importância do
aluno de Ensino Fundamental conhecer os povos indígenas nos dias atuais,
quebrando alguns conceitos e visões ultrapassados em relação a estes povos.
A implementação da Lei Nº 11.645/08 estabeleceu as Diretrizes e Bases
da Educação em todo território nacional, no Ensino Fundamental e Médio, da
Rede Pública e Privada, tornando obrigatório o estudo da História e Cultura
Indígena no currículo oficial da Rede de Ensino. Esperamos que o
cumprimento da referida Lei possibilite aos alunos a construção de novos
conceitos e que também sejam eles formadores de opiniões.
No primeiro semestre do ano de 2013, foi elaborado o Projeto de
Intervenção Pedagógica e aplicado no primeiro semestre do ano de 2014,
cumprindo o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), como uma
ação de formação continuada dos professores da rede pública de ensino do
Estado do Paraná, ofertado pela Secretaria de Estado da Educação.
Após a elaboração do projeto procedeu à organização de uma Unidade
Didática com atividades apropriadas para o conhecimento da cultura indígena e
1 Professora de História da rede pública de ensino do Estado do Paraná, atuando no Colégio Estadual
ProfºAídes Nunes da Silva em Congonhinhas- PR, e participa do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da SEED-PR. 2Professor Assistente do Curso de História da UENP, Campus Jacarezinho. Mestre em História pela
Unesp/Assis. Orientador no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da SEED-PR.
elaboradas para alunos do 8ºAno A, Colégio Estadual Professor Aídes Nunes
da Silva. Município de Congonhinhas/PR.
Esse artigo sugere que o professor atue como um mediador no
processo de ensino, acrescentando novo saberes: cantos, mitos, arte,
economia, história e língua. É importante que nossos alunos exercitem o ver e
o observar. É interessante o professor conduzir todo o processo de maneira
prazerosa para a turma. Considerar também que eles sejam formadores de
opiniões, críticos e reflexivos ao contextualizar o momento histórico e seu
aprendizado. Pois sabemos que o conhecimento se constrói e se transforma a
cada dia.
Na introdução do livro A Temática Indígena na Escola, é colocada essa
questão:
O desafio que nos coloca, então, é o de como pensar a diferença.
Diferença entre povos, culturas, tipos físicos, classes sociais: estará
fadada a ser eternamente compreendida e vivida como
desigualdade? Como relações entre superiores e inferiores, evoluídos
e primitivos, cultos e ignorantes, ricos e pobres, maiores e menores,
corretos e incorretos, com direitos e sem direitos? [...]Respeito à
diferença, saber conviver com os que não são exatamente como eu
sou, ou como eu gostaria que eles fossem e fazer das diferenças um
trunfo, explorá-las em sua riqueza, possibilitar a troca, o aprendizado
recíproco, proceder, como grupo, á construção [...] Tudo isso
descreve desafios. (LOPES DA SILVA & GRUPIONI, 1995, p.17-18).
O Brasil ainda não conhece a realidade indígena, e sabe muito pouco a
respeito dos índios e de suas sociedades, suas histórias e seus modos de vida.
São muitas as ideias equivocadas a eles associadas.
É necessário buscar caminhos e alternativas que permitam a reflexão
sobre ideias fortemente arraigadas, que por falta de informação, gera
preconceito e intolerância. Assim poderemos dar lugar a novas posturas, ter
outras atitudes, adquirir um novo olhar sobre aqueles que são diferentes de
nós. A diversidade se manifesta nas tradições, nos cantos, nos mitos, na arte,
na economia, na história e nas línguas, variando muito as atitudes de seus
membros. O índio partilha de outras crenças, tem raízes históricas distintas,
enfim, guia-se por suas lógicas e seus valores próprios.
Os grupos indígenas atuais têm consciência de que participam de uma
mesma história de exploração e de violação de seus direitos, apesar de suas
diferenças culturais. E como todas as culturas, não pararam no tempo e vão se
transformando em função de novos acontecimentos e novas situações.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. PROPOSTA DE AÇÃO
A implementação do Projeto ocorreu no período matutino com a turma
do 8ª Ado Colégio Estadual Professor Aídes Nunes da Silva, no município de
Congonhinhas, Pr.
Na primeira proposta, foi feita sondagem para conhecer o pensamento e
conhecimento sobre cultura indígena, promovendo diálogo, levantando
hipóteses que consistiam em questões norteadoras para obtermos opiniões
dos alunos sobre seu pensar e conhecimento referentes ao índio e sua cultura.
Com espontaneidade os alunos expressaram que consideram o índio um ser
atrasado ,selvagem, preguiçoso, sem ambição. Desconhecem o legado destas
culturas. Reconheceram que o índio sofrem preconceito e que a ação do
homem branco interferiu, prejudicando-os. Consideramos este momento de
grande importância, pois através dos dados adquiridos possibilitará observar se
ao término desta implementação ocorrerá mudanças de opiniões e a efetivação
do conhecimento sobre o assunto. Observamos que o posicionamento e as
expressões dos alunos demonstram que os conhecimentos sobre cultura
indígena foram construídos pelas influências recebidas do espaço social que
vivem.
Na segunda proposta “vídeo 19 de abril - Dia do Índio” - Abrali
Produções, texto e narração de Celso Brasil - 2007. Apresentamos o vídeo,
que descreve imagens da vida do índio antes da chegada dos europeus e a
instituição do dia 19 de abril como o dia do índio. Após este momento
propomos um modo de vida sem excedentes, a qual não foi bem aceita pelos
alunos, pois caracterizam uma vida simples, sem emoção, como todo dia fosse
o mesmo dia, assim como viviam os índios. Entramos no contexto: sistema
capitalista, sistema este aceito pelos alunos, abordando que a felicidade de
possuir, conquistar, de posição social como razão de uma vida que vale a pena
ser vivida. A data 19 de abril, como o dia do índio, vista após o conhecimento
oferecido, como uma passagem histórica de lutas e conquistas, percebe-se que
a maioria dos alunos desconstruiu a ideia das comemorações do dia 19 de abril
como um dia genérico.
Após assistir o vídeo cada aluno realizou atividades de interpretação das
seguintes questões: 1) Foi Instituído o dia 19 de abril de 1943 como o Dia do
índio. Descreva o contexto histórico que produziu esta data histórica; 2)O que
significa dizer que o Brasil ratificou a recomendação do Primeiro Congresso
Indigenista Interamericano , no dia de junho de 1943 por meio do Decreto Lei
5.540/43, assinado pelo então Presidente Getúlio Vargas?
Amostra do trabalho realizado pelos alunos:
Aluna: Letícia- 13 anos.
1) Os líderes dos Estados Unidos, promoveram um Congresso para
falar sobre os problemas dos Índios no ano de 1943, embora muitos índios não
compareceram por medo. Depois resolveram participar e este dia era 19 de
abril, e ficou escolhido este dia para comemorar o dia do índio.
2) Quer dizer que nós brasileiros aceitamos comemorar o dia 19 de
abril como o dia do índio.
Parecer do Professor: a aluna assimilou os conteúdos com habilidade e
conhecimento.
Aluno Tiago Indalécio- 15 anos
1) É o dia 19 de abril o dia do índio, porque neste dia os índios aceitaram
participar do Congresso Indígena, no ano de 1943 para discutirem e
resolverem seus problemas.
2) Criada uma Lei pelo Presidente da República Getúlio Vargas,
para comemorarmos o dia do índio .
Parecer do Professor: demonstrou entendimento, capacidade de
descrever sua opinião formada.
A terceira proposta foi apresentação do filme A Missão, dirigido por
Roland Joffé e escrito por Robert Bolt de 1986. Semana antes da apresentação
do filme foi solicitado aos alunos pesquisa sobre paisagens geográficas das
Cataratas do Iguaçu – Foz do Iguaçu – PR, com a colaboração do professor
geografia. Antes de iniciarmos a apresentação do filme descrevemos
sucintamente a história do filme e a exibição do filme ocorreu em 04 aulas.
Solicitamos em seguida a análise descritiva, abordando os seguintes aspectos:
Personagens, Períodos Históricos, Tratado de Madri, Ações da Coroa
Portuguesa e População Indígena. Pela pesquisa apresentada foi possível
observar o interesse dos alunos pelo assunto. E na transmissão do filme a
atenção em aprender. Sobre a análise foi gratificante perceber que realmente a
proposta foi realizada com sucesso.
Análise descritiva do filme, abordando os seguintes aspectos:
Personagens, Períodos históricos, Tratado de Madri e Ações da Coroa
Portuguesa e a População Indígena.
a) Quais os personagens e ou instituições envolvidas no filme “A
Missão”? Dê os objetivos de cada um deles referentes à população indígena.
b) Descreva o Tratado de Madri:
c) Você reconhece a função das Missões como instrumento de defesa
da população Indígena? Justifique sua resposta.
d) O protagonista do filme de caçador passa a defensor dos índios(pelo
crime passional), porém esta atitude de defende-los só foi possível devido a
quais fatores?
Amostra dos questionamentos realizados:
Aluna: Leidiane – 13 anos
1) Igreja, índios, caçadores e nobreza.
A Igreja ao mesmo tempo em que defendia o índio também pensava em
si própria, atendo o apelo dos ricos. Índio vivia naturalmente até serem
encontrados para serem escravizados, então a função deles era fugir dos
caçadores. Nobreza, só pensava no dinheiro e em terras.
2) Foi firmado com Espanha e Portugal no ano de 1750, para definir
limites de terras sul-americanas substituindo o tratado de Tordesilhas.
3) Pouco, já ouvi falar dos padres Jesuítas. Assistindo o filme posso
dizer que a função é de defender os índios.
4) Pelo assassinato de seu irmão, arrependido foi pagar penitência
na missão e junto com eles , aprendeu e conheceu o coração do índio.
Parecer do Professor: a aluna demonstrou aprendizado, atenção a
atividade proposta e interesse na história baseada em fatos reais.
Aluna: Maria Vitória - 13 anos
1) Índios e Padres. Os Padres queriam que os índios tornassem
católicos. Os índios não queriam.
2) Separação de terras na América do Sul. Pelos reis de Portugal e
Espanha.
3) Não
4) Porque ele matou seu irmão, ficou com muito remorso e foi morar
com os índios.
Parecer do Professor: poderia ser mais abrangente em sua resposta,
descrevendo com mais argumentação.
Na quarta proposta, análise da música Baila Comigo (Rita Lee-1980).
Apresentamos a letra da música e com discussões orais de cada estrofe para
identificar se o aluno é capaz de perceber a conotação preconceituosa que
está inserida na letra. A música proporcionou descontração e liberdade de
expressão para os alunos. Conseguimos resultados importantes como a
desmistificação de pensamentos estereotipados e pré-formados em relação ao
índio. Com análise da música realizada pelos alunos constatamos as
mudanças de pensamento e comportamento A desconstrução de tais
pensamentos por meio da referida música e das atividades propostas
anteriormente se deu de forma harmônica, onde os alunos apresentaram
mudanças relativas de opiniões sobre a Cultura Indígena.
Amostra da análise música Baila Comigo
1) Por que na canção a, compositora um dia quer ser índio?
2) Para autora, os índios vivem num “eterno domingo”, como “bicho
preguiça”. Você concorda com ela?
3) Em sua opinião, a imagem do índio contida na música de Rita Lee
corresponde à situação real dos índios?
Aluna: Sandra - 13 anos
1) Porque vive sem trabalhar, vive para comer e dormir.
2) Hoje não concordo, aprendi que os índios tem costumes bem
diferentes dos nossos. Não querem dinheiro, querem alimento e viver bem em
sua aldeia.
3) Não, eles não são preguiçosos, só se pintam para dançar e não
gostam de turistas.
Aluna: Emanuelli - 13 anos
1) Por acreditar que a vida do índio é de sombra e água fresca.
2) Reconheço que este povo trabalha para comer apenas, não
pensam em riquezas materiais.
3) De forma alguma. Hoje o índio precisa do trabalho e do estudo.
Parecer do Professor: ambas alcançaram o conhecimento pretendido.
A música proporcionou descontração e liberdade de expressão.
Na quinta proposta, Pesquisa de Catalogação com Apresentação de
Material Didático Confeccionado pelo Aluno, o objetivo era conhecer o acervo
da biblioteca do colégio e oportunizar fontes de informações sobre Cultura
Indígena. Porém nesta proposta não obtivemos o resultado esperado, devido à
biblioteca não disponibilizar títulos sobre este tema. Devido a este fato
solicitamos aos alunos que buscassem outras fontes fora do ambiente escolar.
Num tempo estipulado aconteceu a apresentação dos trabalhos. Fizeram uma
amostra de desenhos em cartolinas retratando cenas indígenas, pesquisas
sobre o trabalho da mulher Yanomami, vestimentas, comidas de origem
indígenas e povos indígenas no Paraná. A amostra ocorreu em uma sala de
aula, e as demais turmas foram convidadas para prestigiarem os trabalhos e
conhecerem os famosos que são descendentes de índios por meio de um
vídeo retirado da internet por um aluno, causando maior interesse do que os
demais trabalhos realizados.
Na sexta proposta - visita a Aldeia Barão de Antonina - Índios Kaingang -
São Jerônimo da Serra. O correram alguns imprevistos, pois a Secretaria
Municipal de Educação de Congonhinhas não forneceu o transporte escolar
para a realização desta visita. Com a colaboração da comunidade locamos o
transporte, e contatos com as autoridades da aldeia para a permissão e
acompanhamento desta atividade. A equipe administrativa e pedagógica do
colégio viabilizaram alimentação e compromisso de retorno dos alunos, os pais
e responsáveis a autorização para a efetivação do passeio cultural. Na aldeia
dos Kaingang houve a apresentação formal dos alunos a comunidade,
conhecimento do território, artesanato, grafismo corporal e seu significado e
conversas com membros da aldeia. Esta experiência proporcionou aos alunos
a compreensão e sensibilidade de como o índio vive na sociedade atual
etambém o entendimento e aceitação do índio estar inserido na sociedade e
como parte integrante e participativa.
Colégio Estadual Professor Aídes Nunes da Silva. Ens. Fun. E Médio
Aluno_______________________________________________
Data: 08 de agosto.
Relatório experiência vivenciada na Aldeia Barão de Antonina em São
Jerônimo da Serra-Pr.
Esperei muito por esta viagem para conhecer de perto a vida atual do
povo Caingangues. Percebi que vivem com pouco, trabalham na roça, possui
na Aldeia Posto de Saúde, Ambulância, Tratores e Escola, que é bem diferente
da nossa, são poucos alunos aprendendo a língua nativa. O líder da aldeia,
Gino contou alguns costumes que ainda passado para seus filhos e fez um
convite para o ano que vem: conhecer as festividades do dia 19 de abril,
interessante que haverá festa com costumes do branco e festa com costumes
do índio e que não terá proibição para participar da festa do índio sem ser
índio. Disse que nesta festa toda tradição dos caingangues desde comida,
bebida será a parte da festa do branco. Comprei brincos, e um pauzinho de
colocar no cabelo feito pelos índios, barato e bonito. E os professores disseram
que vão nos levar no dia da festa.
Parecer do Professor: aluna interagiu e socializou com as crianças e
membros da comunidade indígena, sendo participativa e colaborativa com o
grupo. Na sua fala: “interessante que haverá festa com costumes do branco e
festa com costumes do índio e que não terá proibição para participar da festa
do índio sem ser índio”. Reconheceu que este povo não tem preconceito,
respeita a vida em coletividade, acolhendo a todos como um só povo.
O líder da Aldeia Senhor Gino muito satisfeito relatou que a
Universidade Estadual de Londrina-UEL esteve a poucos dias visitando-os, que
foram presenteados com alimentos e doces para as crianças. Enfatizou que
apreciam muito as visitas. E a única diferença de nossa visita para a visita da
universidade foi que todos os membros estavam presentes e apresentaram
uma dança.
3. CONCLUSÃO
A nossa pretensão com a realização deste projeto foi possibilitar aos
alunos do período matutino 8º Ano Turma A, um maior conhecimento e
reconhecimento do legado dos povos indígenas, sua trajetória de vida, seus
costumes e tradições e formação do povo brasileiro. Procurando desmistificar
alguns conceitos e visões discriminatórias que historicamente decorreram com
os povos indígenas.
À medida que o trabalho proposto foi sendo realizado, desde o índio
colonial até o indígena atual, observamos o amadurecimento dos alunos na
aquisição de novos conceitos, opiniões e a construção de uma conscientização
de respeito à sociedade indígena e a diversidade cultural.
É necessário que se perceba o quanto se aprende na escola. E nós
como educadores devemos colaborar para a não produção do preconceito,
oportunizar a construção do conhecimento, ampliar os valores, transformar o
comportamento. Desconstruir para reconstruir.
O resultado da implementação foi gratificante e satisfatório, atingindo os
objetivos pretendidos, construindo a conscientização, o respeito e novos
conceitos sobre a sociedade indígena.
O mesmo poderá ser aplicado em outras turmas do colégio. Servirá
também como material de apoio para professores de História, contribuindo
assim para a melhoria do saber.
REFERÊNCIAS
A MISSÃO. Direção de Roland Joffé.Roteiro Robert Bolt. Intérpretes: Robert de Niro, Jeremy Irons, Lian Neeson. São Paulo: All, Cooperdisc, 1986, 1 DVD (124min).
BRASIL Lei nº 11.645/08. Disponível em http: //www.leidireto.com.br/lei-11.645.html.
SILVA, L. Aracy; GRUPIONI, B. D. Luís. A temática indígena na escola: novos subsídios para professores de 1 º e 2º graus /org. - Brasília, MEC/MA-RI/UNESCO, 1995.
TV ESCOLA- série Índios no Brasil - documentário Ministério da Educação. 2010.
VÍDEO19 DE ABRIL- Dia do Índio. Projeto Cultural ABRALI - Disponível em :http://www.youtube.com/watch?V=UWqj-peu-Hic;
VÍDEO YOUTUBE- Música Baila Comigo- Composição e Interprete: Rita Lee- ano 1980- Apresentação do show 3001. Especial exibido pela Band. Disponívelhttps://www.youtube.com/watch?v=BCYrkDA_LvQ