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TRABALHO DE HISTÓRIA DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA: OS INCRÍVEIS Aluno: Lucas Ishikawa – 2BC Professor: Julio Bellodi

Os Incriveis

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Page 1: Os Incriveis

TRABALHO DE HISTÓRIA DA MÚSICA POPULAR

BRASILEIRA:

OS INCRÍVEIS

Aluno: Lucas Ishikawa – 2BC

Professor: Julio Bellodi

Page 2: Os Incriveis

O início

Antes de serem “Os Incríveis”, os membros desse futuro grupo já haviam

realizado trabalhos importantes na música brasileira. Manito (Antônio Rosas

Seixas) que já havia sido baterista interino da banda The Jordans (Importante

grupo instrumental dos anos 50), enquanto o baterista fixo prestava serviço

militar. Nessa época, Manito conheceu Mingo (Domingos Orlando), que era

membro de uma das primeiras formações dos Jordans (Época do LP A vida

Sorri Assim de 1962). Com a saída de ambos, houve a formação de uma nova

banda: The Clevers. Manito, que era baterista, mostrou-se como

multinstrumentista, se encarregando principalmente do saxofone, como na

música El Relicário, que foi o primeiro sucesso da banda. Mingo, guitarrista,

mostrou também sua habilidade como vocalista (e dos bons) e dividia os vocais

com Manito,. Netinho (Luiz Franco Thomaz) era o baterista do grupo. O

Risonho (Waldemar Mozema) fazia a guitarra solo. E o Neno (Demerval

Teixeira Rodrigues) fazia o baixo, fechando a primeira formação do grupo que

viria a ser Os Incríveis.

A banda como “The Clevers”

The Clevers tiveram alguns sucessos dentro da linha de surf music que havia

consagrado grupos norte-americanos como o The Shadows e grupos

brasileiros como o The Jordans. O mais notável sucesso dessa época é El

Relicário, que saiu em compacto simples, em agosto de 1963 junto com a

música “Afrika”, que não obteve o mesmo sucesso. El Relicário também saiu

no LP denominado “Twist” que continha 12 faixas de regravações

internacionais, dentro deste estilo que denomina o disco, o Twist.

Nessa primeira fase, eles eram empresariados por Antonio Aguilar. No ano de

1964, a cantora italiana Rita Pavone veio ao Brasil e se apresentou na TV

Record Canal 7, ainda antes de existir a Jovem Guarda, e foi acompanhada

pelo instrumental do The Clevers, como banda de apoio. Rita Pavone, não quis

deixar de ser acompanhada pela banda ao voltar para a Itália, talvez por ter

começado a namorar o baterista Netinho, durante a sua passagem e levou os

Clevers para sua turnê italiana. Na volta dessa mesma turnê, houve um

desentendimento entre os membros do grupo e o empresário Antonio Aguilar,

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que detinha os direitos do nome da banda e resolveu proibir o grupo de

continuar utilizando o nome, houve uma tentativa de acordo, que não deu

resultado e o empresário passou a denominar como “The Clevers” e “The New

Clevers” a banda The Celibateurs, que já se apresentava no programa Ritmos

para a Juventude, apresentado pelo ex-empresário Antonio Aguilar na extinta

TV Paulista - Canal 5. A banda The New Clevers foi imediatamente hostilizada

pelos fãs de Os Incríveis e houveram confusões pois esta banda também

obteve um relativo sucesso, entretanto, um ouvinte atento observa que suas

sonoridades são bem distintas.

Em 1965, durante essa transição, o baterista Neno sai da banda e é substituído

por Lívio Benvenuti Júnior, o "Nenê".

O Novo Nome

Havia a necessidade de um novo nome, e então escolheram o nome “Os

Incríveis” no retorno de um turnê na Argentina, pois este era o nome que as

platéias gritavam nas apresentações do grupo.

As músicas que ficaram mais famosas foram a "Era um Garoto Que, Como Eu,

Amava os Beatles e os Rolling Stones", versão que Brancato Jr. Fez de uma

música italiana de Gianni Morandi e Franco Migliacci de 1966; "O Milionário"

versão de uma música do conjunto britânico The Dakotas, “O Vagabundo”,

versão de George Freedman de uma música italiana chamada Giramondo, de

composição de Leva/Bordotti/Reverberi/Scomeegna e "Eu Te Amo, Meu Brasil”

de (Dom/ Ravel), esta última era uma canção de exaltação da pátria brasileira e

foi utilizada como propaganda ufanista pela ditadura civil-militar no governo do

general Médici, e veio a trazer desprestígio para o grupo, e assim como o que

foi feito com Wilson Simonal, a associação que o público via entre o grupo e a

ditadura foi um problema para a continuidade de sucesso deste excelente

grupo.

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O Fim

Manito, juntamente com Pedrinho, Pedrão, Marcinha, Egidio, Dino Vicente e

Rangel fundaram o grupo “O Som Nosso de Cada Dia”, um conjunto dentro da

linha do rock progressivo.

O baterista Netinho, juntamente como Aroldo, Pisca, Carlos Geraldo Carge e

Pique fundaram o grupo “Casa das Máquinas”, um conjunto com uma linha

mais hard rock.

Mingo, Nenê e Risonho mantiveram o grupo, inclusive lançando um disco,

intitulado “Os Incríveis - Mingo, Nenê e Risonho”, dessa forma reafirmando a

continuidade do grupo. Mas o grupo não obtinha o mesmo sucesso que o da

época da Jovem Guarda e veio diminuindo o ritmo até em 1981, lançar o último

LP. Posteriormente, eles fizeram uma reunião ao fim dos anos 80, entre outras

diversas reuniões entre alguns membros originais.

Os Incríveis chegaram a ter um programa para eles na a TV Excelsior e a

estrelar um filme, intitulado "Os Incríveis Neste Mundo Louco", com o Primo

Carbonari, tamanho foi seu impacto e sucesso, na época.

Eles representam um importante grupo da Jovem Guarda, principalmente por

conseguirem implacar hits instrumentais, coisa rara, se tratando de Brasil e que

não teve sucessores do mesmo impacto que eles, portanto merece seu lugar

na história da música popular brasileira.

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Discografia

Discografia - The Clevers

 

The Clevers - 1963 - 78 rpm

The Clevers - 1963 - 78 rpm

The Clevers - 1963 - 78 rpm

Encontro com The Clevers - Twist - 1963 - LP

The Clevers - 1964 - 78 rpm

The Clevers - 1964 - 78 rpm

Os Incriveis The Clevers - 1964 - LP

The Clevers - 1964 - 78 rpm

Mingo & The Clevers - 1964 - 78 rpm

Veneno - 1964 - compacto

The Clevers - 1964 - compacto

Os Incriveis The Clevers, Vol. 2 - 1964 - LP

The Clevers Internacional - 1964 - compacto

The Clevers - 1965 - compacto

Dançando com The Clevers - 1965 - LP

The Clevers - 1965 - compacto

The Clevers - 1965 - compacto

The Clevers - 1965 - compacto

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Discografia - Os Incríveis

Os Incríveis - 1965 - 3 compactos

Os Incríveis - 1966 - LP

Os Incríveis - 1967 - 3 compactos

Os Incríveis Neste Mundo Louco - 1967 - compacto

Os Incríveis Neste Mundo Louco - 1967 - LP

Para os Jovens que Amam os Beatles, ....e Os Incríveis - 1967 - LP

Os Incríveis - 1968 - 4 compactos

Os Incríveis no Japão - 1968 - compacto

Os Incríveis Internacionais - 1968 - LP

Os Incríveis - 1969 - 2 compactos

Os Incríveis - 1969 - LP

Os Incríveis - 1970 - 4 compactos

Os Incríveis - 1970 - compacto - em espanhol

Os Incríveis - 1970 - compacto - promocional

Os Incríveis - 1971 - 3 compactos

Os Incríveis - 1971 - LP

Os Incríveis - 1971 - compacto promocional

Os Incríveis - 1972

Os Incríveis - 1973 - 2 compactos

Os Incríveis - 1974 - 1 compacto

Os Incríveis - 1975 - 4 compactos

Isso é a Felicidade - 1975 - LP

Os Incríveis - 1976 - 3 compactos

Os Incríveis - 1977 - 2 compactos

Os Incríveis - 1978 - 1 compacto

Os Incríveis - 1979 - 2 compactos

Os Sucesso da Parada - 1979 - LP

Os Incríveis - 1981 - LP

Os Incríveis - 1982 - 1 compacto

Page 7: Os Incriveis

Discografia - O Som Nosso de Cada Dia

Snegs – 1974

Som Nosso - 1977

Discografia – Casa das Máquinas

Casa das Máquinas – 1974

Lar das Maravilhas – 1975

Casa do Rock – 1976

Ao Vivo em Santos – 1978

Pérolas – 2000 (coletânia)

Ensaio 2007 – 2008 (edição limitada)

Outros discos

The Jordans – 1962 - A Vida Sorri Assim - LP

Nenê - 1978 - 2 compactos solos

Netinho - 1980 - LP solo

Mingo, Nenê e Risonho - 1973 - compacto

Netinho - Projeto Amor e Caridade - vol.2 - 1982 - LP