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Os Usos da Psicofarmacologia e o Paciente em Análise. Miriam Elza Gorender. CLASSIFICAÇÃO. Antipsicóticos Antidepressivos Ansiolíticos e hipnóticos Estimulantes Estabilizadores do humor. ANTIDEPRESSIVOS. Tricíclicos IMAO ISRS IRNa Ação dual serotonina/noradrenalina Bupropiona. - PowerPoint PPT Presentation
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Os Usos da Psicofarmacologia e o Paciente em Análise
Miriam Elza Gorender
CLASSIFICAÇÃO
Antipsicóticos Antidepressivos Ansiolíticos e hipnóticos Estimulantes Estabilizadores do humor
ANTIDEPRESSIVOS
Tricíclicos IMAO ISRS IRNa Ação dual
serotonina/noradrenalina Bupropiona
TRICÍCLICOS
Mais baratos e melhor acesso (cesta básica da saúde mental)
Amitriptilina, clomipramina, imipramina
Eficazes Maior índice de efeitos colaterais Não causam dependência Risco cardiológico e nos bipolares
IMAO Muito eficazes
Ação rápida e em casos refratários
Pouco usados devido ao risco de crises hipertensivas graves
ISRS
Mais conhecido e acessível: fluoxetina
Outros: paroxetina, sertralina Menos efeitos colaterais,
melhor adesão ao tratamento Sonhos vívidos, ansiedade
inicial, perda libido
OUTRAS CLASSES
Custo mais alto, acesso mais difícil
Os duais são potentes e tem ação em dor crônica
Bupropiona: sem ganho de peso e ação contra tabagismo
Explicar para o paciente que a medicação antidepressiva deve ser tomada diariamente, que a melhora acontecerá em duas a três semanas, após o início da medicação, e que efeitos colaterais leves podem ocorrer, mas geralmente desaparecem em 7-10 dias. Salientar que o paciente deve consultar o médico, antes de interromper a medicação
Antidepressivos não causam dependência física, mas necessitam ser descontinuados gradualmente, para evitar sintomas de descontinuação
Investigar crenças do paciente e família em caso de recusa
É direito do paciente recusar medicação, mas deve responsabilizar-se
Prevenção de Recorrência
Considerar o uso a longo prazo de antidepressivos se um ou mais episódios ocorreram em dois anos
Aprendizado para identificar sinais precoces de recorrência
Modificar o estilo de vida
ANSIOLÍTICOS
Benzodiazepínicos (alprazolam, clonazepam, diazepam, lorazepam)
Buspirona Antidepressivos (paroxetina,
amitriptilina): pânico, TOC, TAG Neurolépticos (clorpromazina,
tioridazina)
INDICAÇÕES
Todas as situações nas quais a ansiedade se torne tão intensa a ponto de paralisar o sujeito em seu discurso e causar-lhe sofrimento insuportável e evitável
Apenas auxiliares na psicose Podem agravar depressão severa Efeitos colaterais: “ressaca”,
sonolência diurna, prejuízo da coordenação motora, atenção e memória
Dependência: maior quanto mais potente e quanto menor a meia-vida (curta duração de efeito)
Em indivíduos com ansiedade generalizada, ataques de pânico, depressão agitada ou transtornos de personalidade, para os quais a regulação do afeto está prejudicada, os benzodiazepínicos podem servir como automedicação e doses muito altas de benzodiazepínicos podem ser usadas
Doses altas podem causar ansiedade e irritabilidade
As overdoses por benzodiazepínicos, em contraste aos barbitúricos, têm baixo poder letal. Uma condição mais séria ocorre quando os benzodiazepínicos são tomados em uma overdose em combinação com outras substâncias sedativo-hipnóticas, tais como o álcool.
A dependência física por uso de benzodiazepínicos pode desenvolver-se com o uso de baixas doses durante vários anos, ou o uso de altas doses durante semanas ou meses. Indivíduos podem desenvolver tolerância a doses extremamente altas de até 1000 a 1500 mg de diazepam por dia.
A abstinência de benzodiazepínicos pode resultar em sintomas que variam de intensidade, desde mialgia, ansiedade, insônia até convulsões, alucinações, instabilidade autonômica. Na intoxicação há ataxia, alteração da coordenação motora e incontinência urinária.
A retirada deve ser lenta e gradual
OUTROS SINTOMAS DE ABSTINÊNCIA
- irritabilidade- ruminações obsessivas- idéias paranóides (desconfiança excessiva ou sensação de perseguição)- insônia- alterações do ciclo dormir-despertar- sonolência diurna- agitação- taquicardia
- palpitações- inquietação motora- tensão muscular- tremor- mioclonia- náusea- coriza- sudorese- letargia- dor muscular e articular- hiper-reflexia- visão borrada
No diagnóstico diferencial de transtornos de ansiedade, devem ser considerados:· Transtornos decorrentes do uso de álcool - F10 e Transtornos por uso de drogas - F11# Certas condições físicas (tireotoxicose) ou medicações (metilxantinas, beta-agonistas) podem causar sintomas de ansiedade.
Como os Pacientes se Apresentam?
Apresentações dolorosas regionaisp.ex. dor
torácica atípica, dores de cabeça
Sintomas gastro-intestinaisp. ex. Dor abdominal
Sintomas ginecológicos
p.ex. Menstruações excessivas/dolorosas
Mal-estar/fadiga
generalizadosp.ex fadiga
crônica, fibromialgia
Sintomas músculo-
esqueléticosp. ex, dor lombar
Sintomas neurológicosp.ex. Pseudo-
convulsões
SONO Diagnostica-se a(s) causa(s) para depois
tratar (polissonografia) Nem toda insônia vem de transtornos
mentais (ex: apnéia do sono, doença cardíaca ou pulmonar, dor)
A quantidade normal de sono varia amplamente e geralmente diminui com a idade.
A melhora dos hábitos de sono (sem medicação sedativa) é o melhor tratamento.
POLISSONOGRAFIA
HIPNÓTICOS
Benzodiazepínicos (nitrazepam e outros – flurazepam, midazolam)
Barbitúricos (fenobarbital) – pouco usado devido à dependência e tolerância que provoca
Zolpidem
ANTIPSICÓTICOS Tradicionais:
Sedativos (clorpromazina, tioridazina) Incisivos (haloperidol, trifluoperazina,
flufenazina) Atípicos: amisulprida, risperidona,
olanzapina, quetiapina, ziprazidona, aripiprazol, clozapina
Comprimidos, IM, gotas, solução, depot
Os incisivos tem maior efeito em sintomas positivos das psicoses (alucinações, delírios). Acessíveis e de baixo custo.
Os atípicos tem também efeito sobre sintomas negativos (perda cognitiva, isolamento social), menos efeitos colaterais. Caros, acesso difícil. Uso também como estabilizadores do humor
Programa de medicação de Alto Custo
EFEITOS COLATERAIS
Sintomas extra-piramidais (“impregnação”): acatisia, tremores, crise oculógira, rigidez muscular (roda dentada), engasgo, protrusão de língua, contração muscular, tremores
Amimia (perda de expressão facial) Síndrome neuroléptica maligna Perda cognitiva
Ganho de peso Redução da libido Risco cardio-vascular e
metabólico Discinesia tardia Clozapina: agranulocitose
(necessidade de hemograma regular)
USO CONTINUO Surto único em adolescente: aguardar Mais de um episódio: cronicidade Quanto mais crises maiores as perdas Interrupção da medicação: em um ano,
recaída de 90% dos casos A manutenção ajuda para que a
“demência” não seja inevitável Argumentar respeitando o delírio do
paciente
ESTIMULANTES Uso apenas no TDAH Ritalina: metilfenidato Ainda não disponível no sistema de
saúde, mas custo razoável Similar às anfetaminas mas quando
usada nos TDAH não causa dependência Curto prazo de ação (4h); formas de
ação mais prolongada, bem mais caras
ESTABILIZADORES DO HUMOR
Carbonato de lítio Anticonvulsivantes: carbamazepina,
valproato (disponíveis na rede), lamotrigina, topiramato (mais caros), outros
Antipsicóticos atípicos Antipsicóticos típicos como antimaníacos Transtorno bipolar do humor
DIFICULDADES DO MANEJO
Os bipolares passam a maior parte do tempo, em sua maioria, deprimidos
Mas antidepressivos podem provocar entrada na mania
Freqüentemente não aderem: similaridade com dependência a drogas
O alto custo das crises
EFEITOS COLATERAIS Lítio: ganho de peso, hipotireoidismo, dor
de cabeça, dificuldade de concentração, intoxicação (necessidade de litemia)
Anticonvulsivantes: déficit cognitivo, tonturas (embriaguez), visão turva, sedação, tremor, leucopenia (mais carbamazepina), ganho de peso, hepatotoxicidade
Teratogenicidade (mais lítio) Interações medicamentosas
(carbamazepina)