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Rua Piauí, 220, 5º andar – Santa Efigênia – BH/MG CEP: 30150-320 EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS Mudou-se Desconhecido Recusado Endereço insuficiente Não existe n 0 indicado Falecido Ausente Não procurado EM / / Responsável Ano XIX- nº 74 - Maio a Junho 2017 Negócio Qualidade do leite passa pela conscientização do produtor sobre os resíduos de antibióticos Págs. 12 a 14 Comportamento Combinação de queijos e cervejas artesanais atrai público e amplia mercados Págs. 6 e 7 Tendo o leite como protagonista, Concurso de Redação e Desenho desperta estudantes do estado para os benefícios do alimento Págs. 8 a 11 OS VENCEDORES! notícias

OS VENCEDORES! - silemg.com.brsilemg.com.br/wp-content/uploads/2017/08/Revista-Silemg-ed.74_web.pdf · Robson de Paula Valle - Laticínios Sabor da Serra Ltda Rodrigo de Oliveira

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EMPRESA BRASILEIRADE CORREIOS E TELÉGRAFOS

Mudou-se

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Ausente

Não procurado

EM / / Responsável

Ano XIX- nº 74 - Maio a Junho 2017

NegócioQualidade do leite passa pela conscientização do produtor sobre os resíduos de antibióticos Págs. 12 a 14

ComportamentoCombinação de queijos e cervejas artesanais atrai público e amplia mercados Págs. 6 e 7

Tendo o leite como protagonista, Concurso de Redação e Desenho desperta estudantes do estado para os benefícios do alimento

Págs. 8 a 11

OS VENCEDORES!

notícias

Criado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) com o objetivo de enaltecer seu valor nutricional e, consequentemente, incentivar o consumo de lácteos, o Dia Mundial do Leite, comemorado em 1º de junho, completou 16 anos. Dados comprovam que a estratégia tem surtido o efeito esperado. A Socie-dade Brasileira de Alimentação e Nutrição apontou um aumento de 36% do consumo do leite no Brasil nos últimos dez anos.

Na ponta da cadeia, os produ-tores ganharam com a melhor or-ganização do setor, o que permitiu o crescimento da produção brasi-leira. Dados da Comissão Nacio-nal de Pecuária de Leite da Confe-deração da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontam que o país tem produção estimada em 36 bilhões de litros/ano e ocupa a 5ª posição no ranking mundial – Minas Gerais é o maior produtor nacional de leite, com 9,6 bilhões de litros/ano.

Os números são muito po-sitivos, mas ainda precisamos melhorar. Um dos mitos sobre o consumo de lácteos é a ideia de que o leite sem lactose é consi-derado mais light, que desven-damos nesta edição. Temos a convicção de que a informação é uma importante ferramenta para vencer as inverdades que envol-vem o leite nosso de cada dia.

Para promover a busca pelo conhecimento, nos unimos à Se-cretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e à Secretaria de Educação de Mi-nas Gerais (SEE) para realizar o Concurso de Desenho e Redação com os alunos das escolas públi-cas estaduais, matriculados desde o 1º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, in-cluindo estudantes da Educação do Ensino de Jovens e Adultos (EJA). O objetivo foi estimular o debate e a conscientização sobre os benefícios do leite para a saúde e a nutrição.

Outro assunto de destaque desta edição é a preocupação constante com a qualidade da nossa matéria-prima e o traba-lho realizado com produtores, sobre o descarte do leite das va-cas em uso de antibióticos sob pena de prejuízos.

Também vamos mostrar como harmonizar cervejas e queijos, sobretudo os fabrica-dos em Minas Gerais. O tema fez parte de um evento realizado pela Fiemg e apoiado pelo Silemg e pelo Sindbebidas, marcando o lançamento da 57ª Exposição Es-tadual Agropecuária.

Boa leitura!

João Lúcio Barreto CarneiroPresidente do Silemg

ANO XIX / Número 74 / Maio / Junho / Julho - 2017SILEMG / Endereço: Rua Piauí, 220 / 5º andar / Santa EfigêniaCEP: 30150-320 / BH/MG / Tel: (31) 3223-1421www.silemg.com.br / [email protected]: 3.500 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVAJoão Lúcio Barreto Carneiro - Laticínios Porto Alegre LtdaPresidenteGuilherme Olinto Abreu Lima Resende - CoaperiodoceVice-presidentePaulo Bartholdy Gribel - Laticínios São Vicente de Minas LtdaDiretor AdministrativoGuilherme Silva Costa Abrantes - Laticínios Dona Formosa LtdaDiretor FinanceiroAlessandro José Rios de Carvalho - Laticínios Verde Campo LtdaDiretor Tecnológico

DIRETORIA ADJUNTACarlos da Silveira Dumont - Coop. dos Produtores Rurais do Serro Ltda Carlos Eduardo Abu Kamel - Coop. dos Produtores Rurais de Itambacuri Ltda Carlos Henrique Pereira - Forno de Minas Alimentos S/A Carlos Roberto Soares - Dairy Partners Americas Manufacturing Ltda Cícero de Alencar Hegg - Laticínios Tirolez Ltda Emerson Faria do Amaral - Hebrom Produtos do Laticínios Ltda Estevão Andrade - Laticínios PJ LtdaGiovanni Diniz Teixeira - Itambé Alimentos S/A Gregor Lima Viana Rodrigues - Gregor L V Rodrigues - ME Guglielmo Agostini da Matta - Godiva Alimentos Ltda Humberto Esteves Marques - Barbosa & Marques S/A Ivan Teixeira Cotta Filho - Cottalac Indústria e Comércio Ltda Jaime Antônio de Souza - Laticínios Bela Vista Ltda João Bosco Ferreira - Coop. Central Mineira de Laticínios Ltda Jorge Vinícius Nico - Coop. Agropecuária de Resplendor Ltda José Márcio Fernandes Silveira - F. Silveira Campos José Samuel de Souza - Coop. Agropecuária de Raul Soares Ltda Juarez Quintão Hosken - Laticínios Marília S/A Léo Luiz Cerchi - Scalon & Cerchi Ltda Louise de Souza Fonseca - Laticínios Coalhadas Ltda Lucia Alvarenga Fagundes Couto - Laticínios Lulitati Ltda Marcelino Cristino de Rezende - Nogueira e Rezende Indústria de Laticínios Ltda Marcos Alexandre Macedo Narciso - Laticínios Vida Comércio e Indústria Ltda Marcos Sílvio Gonçalves - Indústria de Laticínios Bandeirante Ltda Odorico Alexandre Barbosa - Usina de Laticínios Jussara S/A Ricardo Cotta Ferreira - Itambé Alimentos S/A Robson de Paula Valle - Laticínios Sabor da Serra Ltda Rodrigo de Oliveira Pires - BRF - Brasil Foods S/A Valéria Cristina Athouguia Dias - Indústrias Flórida Ltda Vicente Roberto de Carvalho - Vicente Roberto de Carvalho e Cia. Ltda Welson Souto Oliveira - Coop. de Laticínios Vale do Mucuri Ltda Wilson Teixeira de Andrade Leite - Laticínios Vitória Ltda

CONSELHO FISCAL EFETIVOJosé Antônio Bernardes - Embaré Indústrias Alimentícias S/A Luiz Fernando Esteves Martins - Efetivo Barbosa & Marques S/A Roberto de Souza Baeta - Cayuaba Agroindustrial Ltda

CONSELHO FISCAL SUPLENTECloves Fernandes de Almeida Filho - ME - Laticínios Santa CruzElias Silveira Godinho - Laticínio Sevilha LtdaRamiz Ribeiro Junqueira - Laticínios Curral de Minas Ltda

DELEGADOS JUNTO AO CONSELHO DE REPRESENTANTES/FIEMG - EFETIVOSGuilherme Olinto Abreu Lima Resende - CoaperiodoceJoão Lúcio Barreto Carneiro - Porto Alegre Indústria e Comércio Ltda

DELEGADOS JUNTO AO CONSELHO DE REPRESENTANTES/FIEMG - SUPLENTESGuglielmo Agostini da Matta - Godiva Alimentos Ltda Luiz Fernando Esteves Martins - Barbosa & Marques S/A

PRODUÇÃO: REDE COMUNICAÇÃO DE RESULTADOJornalista responsável: Flávia Rios (06013 JP)Projeto Gráfico: Rede Comunicação de ResultadoEdição: Jeane Mesquita e Licia LinharesRedação: Ana Paula de Oliveira, Daniela Estanislau, Fernanda Fonseca, Gabriela Eduardo, Rafael Câmara Diagramação: Rede Comunicaçào de ResultadoFoto de capa: Ana Paula Couto

EXPEDIENTEEDITORIAL

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UM DIA PARA LEMBRAR

REVIRAVOLTA DO FUNRURAL

PONTO DE VISTA 3

No dia 30 de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) colocou um ponto final em uma discussão que, há vários anos, estava presente na agenda do agronegócio brasileiro e dos setores a ele relacionados. Infelizmente, contrarian-do a expectativa, o desfecho foi negativo para os produto-res rurais e para a agroindústria. A discussão era sobre a legitimidade ou não do chamado Funrural.

Há muito tempo se questiona perante o Poder Judi-ciário a constitucionalidade da legislação que institui e regulamenta o Funrural, tributo incidente em 2,1% sobre a aquisição de produtos rurais. Em 2010, o Supremo Tri-bunal Federal proferiu sua primeira decisão sobre o tema, considerando o tributo inconstitucional. Na ocasião, toda-via, a decisão favoreceu apenas o Frigorífico Mata Boi S/A.

Contudo, diversas agroindústrias e produtores busca-ram judicialmente igual provimento. E, desde então, os precedentes judiciais vinham sendo amplamente favorá-veis aos contribuintes, estimulando diversas empresas e produtores a simplesmente deixarem de recolher o tributo.

Foi nesse contexto, então, que a nova decisão do STF de março deste ano, firmou o entendimento de que o Fun-rural seria sim devido desde a sua origem, decisão essa que será obrigatória para todas as causas em andamento ou que venham a ser ajuizadas.

Com base nisso, a Receita Federal já espera recuperar parte do tributo que deixou de ser recolhido ainda este ano. Em resposta, a bancada ruralista no Congresso Na-cional se mobilizou para propor a redução da alíquota do tributo e o perdão parcial dos valores não recolhidos até março de 2017. Ocorre que, com os recentes escândalos envolvendo a JBS, o esforço político para o equaciona-mento do problema sofreu um duro golpe e já não se sabe mais se irá prosperar.

VOCÊ NO SILEMG NOTÍCIAS!A história da sua empresa e cooperativa pode aparecer em nossa revista. Os interessados em participar podem enviar e-mail para [email protected], que a nossa equipe entrará em contato.

Apesar das incertezas que ainda existem quanto ao desenvolvimento do assunto, fato é que a constitucio-nalidade do Funrural já foi reconhecida em definitivo, fazendo com que os contribuintes que não vinham reco-lhendo o tributo revejam seus procedimentos. Em rela-ção ao passivo acumulado de período anterior, ainda res-ta alguma esperança em se obter o perdão da dívida por meio do esforço político ou que o STF venha a modular os efeitos de sua decisão, para que o recolhimento só seja obrigatório de agora em diante.

Por Daniel Jardim Sena, sócio e coordenador da Consultoria Tributária da Papini Lacerda Advogados

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GIRO ASSOCIADOS 4

Cooperativa fundada no Nordeste de Minas comercializa produtos em cinco estados do Brasil

Na década de 40, o empreendedorismo de 29 produtores na cidade de Carlos Chagas, localizada na região do Vale do Mucuri, trazia para o mercado a Cooperativa de Laticínios Vale do Mucuri (Produtos Mucuri). Decididos a beneficiar e encon-trar uma maneira mais rentável para o aproveitamento do lei-te produzido em suas fazendas, seus proprietários iniciaram a venda de leite in natura para outras empresas. Depois disso, a manteiga feita a partir do creme de leite e a produção e venda da caseína, fração mais importante de proteína do leite de vaca, deu lugar, a partir de 1986, à produção intensiva de queijos.

Após 70 anos e um processo de industrialização, o lati-cínio cresceu e hoje conta com duas unidades e mais de 500 cooperados espalhados por mais de 15 cidades de Minas Ge-rais e outras duas, de Espírito Santo. “Em Carlos Chagas e São Domingos do Prata temos o Laticínio e a loja veterinária. Nes-sa última cidade, temos, também, a fábrica de ração”, conta o diretor-presidente, Welson Souto Oliveira.

A Cooperativa pretende expandir sua atuação para além dos cinco estados brasileiros que já comercializam seus pro-dutos: Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. “Buscamos a abertura de novos mercados, e além da linha light e sem lactose, que são as mais recentes produ-ções do laticínio, o próximo lançamento, já em fase de estu-dos, será o suco UHT, que resulta em um produto que pode permanecer na prateleira por mais de seis meses, e a constru-ção da Boutique do Queijo nas cidades de Carlos Chagas e São Domingos do Prata”, planeja.

O pioneirismo dos 29 produtores abriu espaço para a construção e o fortalecimento de uma das maiores cooperati-

vas de leite da mesorregião do Vale do Mucuri. “O sucesso do nosso laticínio está ligado à exigência da qualidade dos produ-tos e à constante assistência ao associado.”

70 ANOSLaticínios Mucuri

Qualidade e quantidade

22 tipos de produtos (manteiga, queijos, achocolatado, doce de leite, entre outros)

120 mil litros de leite por dia

200 toneladas de queijo*

800 mil litros de leite UHT*

850 toneladasde rações*

R$ 70 milhõesde faturamento anual

Cooperativa de Laticínios Vale do MucuriTelefone: (33) 3624-1421 | Localização: Rua Mamed David, 265, Bairro Niterói. Carlos Chagas (MG). CEP: 39864-000 | Site: www.mucurilaticinios.com.br

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Dedicação é uma das marcas da equipe da cooperativa

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DE TRADIÇÃO E QUALIDADE

200 toneladas de queijo*

IGUARIAS PREMIADASLaticínio do Sul de Minas aposta em inovação na produção de queijos

A tradição em vender e produzir queijos se iniciou com o pai dos atuais administradores do Laticínios Cruzília. Em 1948, aos 19 anos, o Sr. José Moreira de Almeida partiu de Conceição de Ibitipoca, distrito mineiro de Lima Duarte, rumo a São Paulo. No Mercado Municipal Paulistano ele ins-talou uma banca de queijos e foi naquela época que decidiu que o pequeno negócio de 6m² precisava crescer.

A cidade de Cruzília, localizada no alto da Serra da Man-tiqueira, possuía o cenário perfeito para a produção de leite e queijos finos. Assim, o comerciante adotou a cidade do Sul de Minas para estabelecer a indústria de laticínios da família.

Anos depois, o laticínio, que herdou o nome da cidade de origem, especializou sua produção em queijos finos, mas sem perder a tradição. “A gente tem uma pegada diferente, busca-mos dar força à produção brasileira e, por isso, gostamos de usar nomes que revelam nossa cultura para batizar os queijos. Acreditamos que não é uma receita que determina o sabor do queijo e sim o terroir, que é a região, topografia e clima da cidade de produção”, afirma o proprietário, Luiz Sérgio Me-deiros de Almeida, que divide a presidência da empresa com seu irmão, Carlos Alberto Medeiros de Almeida.

Entre os queijos premiados, o destaque do Laticínios Cru-zília fica para o Santo Casamenteiro. O queijo é produzido a partir do Azul de Minas, um queijo de mofo azul bastante cre-moso e que depois de 45 dias de maturação é recheado com nozes e damasco. “Além de manter a tradição do laticínio de produzir queijos inovadores, a criação dessa iguaria tem como objetivo suavizar o sabor do mofo azul para atender aos dife-rentes gostos”, explica.

Ganhador de uma das mais nobres distinções dadas a queijos do mundo inteiro, o Santo Casamenteiro, produzido para celebrar a união das pessoas pelo amor, recebeu, no dia

Cartela de produtos é dividida em três linhas

12 de junho, data em que se comemora o Dia dos Namorados sob as bênçãos de Santo Antônio, a medalha de prata no 3º Concurso Mundial de Queijos, realizado em Tours, França. “Ficamos à frente de mais de 700 concorrentes. Isso demons-tra que o nosso produto é de alta qualidade. Inovador, criativo e que preserva toda a tradição milenar de transformar leite em um alimento rico e saboroso”, comemora.

A premiação aponta o diferencial do laticínio, que está ligado ao desenvolvimento de novos queijos, assim como o resgate de antigas técnicas. “Somos uma empresa que utiliza matéria-prima de primeira qualidade e que busca o aprimora-mento constante e respeito ao cliente. Esses são alicerces que basearam a vida do meu pai e que continuam nos movendo para levar a empresa adiante.”

Cruzília Todos os DiasRepresentado por queijos populares como frescal, coalho e muçarela

Cruzília ReservaQueijos de tradição euro-peia, como os conhecidos Gorgonzola, Brie, Gruyère, Emental e Gouda

Queijos DiferenciadosSanto Casamenteiro, Azul de Minas e A Lenda

LATICÍNIOS CRUZÍLIA

Telefone: (35) 3346-1385Localização: Av. José Pinto Ribeiro Sobrinho, 631, Kennedy. Cruzília (MG)CEP: 37445-000 Site: www.cruzilia.com.br

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GIRO ASSOCIADOS

Queijo Santo Casamenteiro conquista o 2º lugar no Mundial de Queijos

COMPORTAMENTO 6

NOVA DUPLA NO PEDAÇOHarmonização entre queijos e cervejas artesanais encanta consumidores exigentes e desperta a atenção de produtores que buscam um novo mercado

MAIS OPÇÕES. MAIS SOLUÇÕES.

A missão da SPX FLOW é oferecer soluções inovadoras para ajudar o mundo a atender à crescente demanda por alimentos de maior qualidade sem perder o sabor. Com foco na inovação e no desenvolvimento, trabalhamos com componentes de alta qualidade e sistemas de engenharia personalizados a fim de oferecer soluções completas para todo e qualquer processo. Escolha uma companhia líder de mercado com marcas que você conhece e confia.

Rua João Daprat, 231 – São Bernardo do Campo, SPTel.: (11) 2127-8278, E-mail: [email protected]

BOMBAS ∙ VÁLVULAS ∙ TROCADORES DE CALOR ∙ HOMOGENEIZADORES

SISTEMAS DE EVAPORAÇÃO E SECAGEM ∙ EQUIPAMENTOS DE PROCESSO

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A clássica afinidade entre queijos e vinhos está ganhando uma variação que promete agradar em cheio o paladar brasileiro. A harmonização com a cerveja está atraindo o público ávido por novos sabores e chama a atenção dos produtores, que veem na nova parceria uma possibilidade de realizar bons negócios.

O interesse por esse tipo de harmonização tem acompanha-do o crescimento do mercado de cervejas artesanais. Segundo um estudo do Instituto da Cerveja do Brasil, estima-se que 50 novas cervejarias artesanais são criadas por ano. Para o jornalista gastronômico, Eduardo Girão, o interesse em experimentar os sabores criados por essa mistura é recente e se tornou possível graças à qualidade dos produtos encontrados. “Temos visto um crescimento grande das indústrias cervejeira e de laticínios. Do queijo Brie, que possui origem europeia, ao Canastra Real, espe-cial e raro, há um nível de qualidade e diferenciação em sabores, texturas e aromas impensável anos atrás”, afirma.

O jornalista e a especialista em cervejas, Fabiana Arreguy, apre-sentaram cinco combinações harmônicas entre queijos e cervejas, todos produzidos em Minas Gerais, durante evento que marcou o lançamento da 57ª Exposição Estadual Agropecuária de Belo Ho-rizonte, no final de maio. Entre as opções, estava o queijo A Lenda, produzido pelo Laticínio Cruzília. A iguaria passa por um processo de três meses de maturação e o resultado final é um produto com textura macia e levemente adocicado. “Há um mercado de queijos especiais muito forte a ser explorado no Brasil. A procura por pro-dutos diferenciados está crescendo porque o consumidor está mais exigente e com paladar mais apurado”, explica Carlos Almeida, di-retor comercial do Laticínio Cruzília. A produção do A Lenda já apresenta um aumento de 28% em relação ao ano passado.

O Queijo do Reino, produzido desde 1994 pelo Laticínio Ti-rolez, também marcou presença. Descrito como intenso e pican-te, com uma textura firme que derrete na boca, ele foi harmoni-zado com uma cerveja do tipo Pale Ale. A gerente de marketing do laticínio, Luiza Hegg, comemora as possibilidades apresenta-das por esse novo mercado. “Em um país tropical como o nosso, onde os dias quentes são mais comuns, é normal que o consumi-dor de produtos gourmet busque uma bebida mais refrescante que possa substituir o vinho na harmonização”, observa.

A especialista Fabiana Arreguy lembra que a busca pela har-monização perfeita não é tão simples, pois é preciso analisar des-de a textura do queijo até o nível alcoólico da cerveja. “Por ser um

alimento normalmente mais gorduroso e salgado, precisamos ter graduações do teor alcoólico para poder fazer a limpeza do pala-dar. A ideia é promover a vontade de querer comer mais um pe-daço do queijo após cada dose da bebida, tornando a experiência mais prazerosa e constante”, explica.

Harmonização de queijos e cervejas atrai consumido-res e produtores

O evento de harmonização de queijos e cervejas foi organi-zado pela Fiemg, em parceria com o Silemg e o Sindibebidas, e contou apenas com produtos de laticínios e cervejarias mi-neiras. Ao todo, foram quatro apresentações para turmas de 35 participantes. Para Celso Moreira, diretor executivo do Silemg, o evento serviu para apresentar um mercado possível para os produtores de queijo do estado. “Criou-se um hábito de asso-ciar o consumo dos queijos aos vinhos. Ter a possibilidade de harmonizar nossos produtos com cervejas, sobretudo as de alta qualidade, é muito bom. É um nicho de mercado que tende a crescer e esperamos que esse evento atue como um embrião para oportunidades futuras”, afirmou.

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Queijo do Reino (Laticínio Tirolez)

A Lenda (Laticínio Cruzília)

Pale Ale

India Pale Ale

Queijo do Serro (Fazenda do Cedro)

Brie Duplo Creme (Laticínio Regina)

Canastra Real com um ano de maturação

(Roça da Cidade)

German Weizen

Belgian Tripel

Belgian Strong Ale

Sugestões de harmonização entre queijos e cervejas:

8CAPA

Contar histórias, criar personagens e descrever situa-ções, fictícias ou reais, é uma das maneiras mais gostosas de aprender. Quando o assunto envolve temas que fazem parte da memória afetiva, como o leite, presente na ali-mentação desde o nascimento, as palavras e os traços no papel ganham asas e a atividade de escrever e colorir fica ainda mais divertida.

Foi assim que estudantes de escolas públicas estaduais homenagearam esse alimento rico em vitaminas, proteí-nas e minerais, no mês em que é celebrado o Dia Mun-dial do Leite – 1º de junho. A data foi definida em 2001 pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e

NUMA FOLHAQUALQUER...

Alimentação (FAO), como marco do trabalho de cons-cientização sobre a importância da bebida láctea e seus derivados para a saúde.

Leite em destaqueA ingestão de leite no país apresenta índice abaixo

do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 180 litros anuais por pessoa. Com o propósito de valorizar o produto e incentivar o consumo de leite pelos brasileiros, que, neste ano, deve ser de 171 litros per capita, segundo estimativa do banco holandês Rabobank, o Sindicato das Indústrias de Laticínios do

Estudantes dão vida ao leite em concurso de redação e desenho sobre o alimento e seus benefícios para a saúde

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João Marcos comemora com a professora Flávia o destaque no concurso

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Aluno: João Marcos Alves OliveiraEscola: Escola Estadual Frei Concórdio Professora: Flávia Coimbra de MoraisCidade: Pará de Minas (MG)

Aluno: Lorrana Francine Batista da RochaEscola: Cesec Maestro Carlos Ribeiro da SilvaProfessora: Stefânia Cristina Silva AmaralCidade: São Gonçalo do Pará (MG)

Aluno: Samuel Clemente dos SantosEscola: Escola Estadual São Vicente de Paula Professora: Ana Carolina Guedes MattosCidade: Juiz de Fora (MG)

Aluno: Paulo César Dantas SantosEscola: Cesec Prof. Zaíra Batista TeixeiraProfessora: Welba Rodrigues Coelho e Oliveira Cidade: Bom Despacho (MG)

Aluno: Raika Martins AlvesEscola: Escola Estadual Domingos Pinto BrochadoProfessora: Luciana de Souza RosaCidade: Unaí (MG)

Aluno: Lilian dos ReisEscola: Cesec Doralice Alves RodriguesProfessora: Lucília de Souza Leão TeixeiraCidade: Patrocínio (MG)

CONHEÇA OS VENCEDORES

CATEGORIA DESENHO (5º AO 8º ANO)

CATEGORIA REDAÇÃO (6º AO 9º ANO)

CATEGORIA REDAÇÃO (EJA)

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Aluno: Geovanna Gabriely Alves Noronha Escola: Escola Estadual Leôncio Ferreira de MeloProfessora: Valkíria Barbosa Veloso TeixeiraCidade: Carmo do Paranaíba (MG)

Aluno: Cecília Cardoso Pereira Escola: Escola Estadual Padre AnchietaProfessora: Leila da Consolação de Miranda AlvarengaCidade: Coqueiral (MG)

Aluno: Brunna Maria Inácio SilvaEscola: Escola Estadual Diretor Welson RodriguesProfessora: Azenir MiguelCidade: Serrania (MG)

3º lugar2º lugar1º lugar

Aluno: Isabella Sena Coimbra FrancoEscola: Colégio Tiradentes da PMMGProfessora: Ana Maria Cappele SennaCidade: Barbacena (MG)

Aluno: Laís Cristina PereiraEscola: Escola Estadual Dom DelfimProfessora: Aline Carvalho VeigaCidade: Itumirim (MG)

Aluno: Vitória de Oliveira MartinsEscola: Escola Estadual Marco Aurélio Monteiro de BarrosProfessora: Ilka Reis Ferraz PiresCidade: Leopoldina (MG)

CATEGORIA REDAÇÃO (ENSINO MÉDIO)

3º lugar2º lugar1º lugar

3º lugar2º lugar1º lugar

Estado de Minas Gerais (Silemg) investe em ações que esti-mulam o senso crítico dos consumidores de todas as faixas etárias sobre os mitos que rondam os laticínios, na contra-mão de estudos científicos que comprovam suas vantagens para uma dieta saudável.

Uma delas é a realização do Concurso de Desenho e Redação, voltado para crianças e jovens em formação. “Te-mos a consciência de que a divulgação de informações con-fiáveis sobre os produtos lácteos começa na educação bási-ca e abraçamos a causa, com a certeza de que iremos colher bons frutos no futuro”, afirma o presidente do Silemg, João Lúcio Barreto Carneiro.

Com os temas Leite, meu companheiro de aventuras, para os desenhos, e Leite: mitos e verdades, para as reda-ções, os alunos foram convidados a mostrar como os laticí-nios oferecem energia para crescer, brincar e aprender, e a desconstruir ideias incorretas sobre os lácteos.

Vida longaMais de 600 escolas de todo o estado participaram desta

ação promovida em parceria com a Secretaria de Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa)

e a Secretaria de Educação de Minas Gerais (SEE), com o apoio das Superintendências Regionais de Ensino (SREs).

“Iniciativas como essa são muito importantes para in-centivar a leitura e a escrita, e para promover conscien-tização sobre hábitos alimentares, que deve ser iniciada ainda na infância”, ressalta a superintendente de Desen-volvimento da Educação Infantil e Ensino Fundamental, Eleonora Paes.

O concurso continuará pelos próximos três anos e, no segundo semestre, também será dirigido para alunos da rede particular de ensino.

ReconhecimentoA premiação dos três melhores desenhos de alunos do

1º ao 5º ano do Ensino Fundamental e dos textos selecio-nados em outras três categorias – 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental; Ensino Médio; e Educação de Jovens e adul-tos (EJA) – foi realizada no dia 28 de junho, durante a 14ª edição da Exposição do Agronegócio do Leite – Megaleite 2017, que se estendeu até o dia 1º de julho, no Expominas, em Belo Horizonte. Os professores dos alunos classificados em 1º lugar também foram agraciados.

10CAPA

Izabella aprendeu mais sobre o leite e faturou o 1º lugar da sua categoria

Isabella Sena (ao lado), vencedora da categoria Ensino Médio, se surpreendeu com o tema. “Achei muito interes-sante, pois muitas vezes consumimos leite sem conhecer seus benefícios. Foi um desafio que despertou a curiosi-dade sobre um produto que está em todas as mesas”, con-ta a aluna do 3º ano do Colégio Tiradentes da PMMG, de Barbacena. De acordo com a sua professora, Ana Maria Cappele, “os alunos compartilharam suas experiências e passaram a refletir mais sobre o que pesquisaram, além de aguçar a imaginação e a criatividade.”

A participação de alunos da EJA foi um dos diferen-ciais do concurso. “A inciativa potencializou o projeto Leitura e Escrita na EJA, desenvolvido em Bom Despa-cho”, conta a professora Welba Oliveira, que acompa-nhou Paulo César Santos, classificado em 2º lugar na ca-tegoria, à cerimônia de premiação. “Tratar desse assunto nas escolas é fundamental para o desenvolvimento do país, que tem sua base econômica apoiada no setor agro-pecuário”, avalia.

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A aluna Vitória recebe a premiação das mãos de dirigentes do Silemg

Professoras também foram contempladas com prêmios

NADA DE RESÍDUOS

Quem trabalha no ramo dos laticínios sabe que atestar a qualidade da produção implica em manter bem longe do leite qualquer tipo de resíduo de antibióticos. Importante no tratamento de doenças como a mastite, processo inflamató-rio da glândula mamária e uma das principais fontes de con-taminação química, o uso indiscriminado traz uma série de prejuízos, como danos à saúde humana e perda da produção.

Quinto maior produtor mundial – só em Minas Gerais são cerca de 220 mil fazendas leiteiras e mais de mil indústrias de laticínios –, o Brasil tem avançado neste controle, com progra-mas que seguem normas internacionais, como o Plano Na-

cional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCR) e o Programa de Análise de Resíduos de Medicamentos Veteriná-rios em Alimentos de Origem Animal (PAMVET), da Anvisa.

Porém, uma das principais frentes de combate está na própria indústria que, além dos controles internos, tem in-vestido na conscientização dos produtores. “Vários estudos sugerem a necessidade de aumentar o treinamento dos pro-dutores para o sistema de criação do animal, com técnicas de manejo adequado, separação dos animais doentes para a ordenha, uso correto das substâncias químicas quando necessárias e, principalmente, respeito à legislação”, afirma

Informar e conscientizar o produtor quanto ao uso de antibióticos é um dos principais caminhos para garantir a qualidade do leite e evitar perdas financeiras

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o diretor executivo da Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos), Marcelo Martins.

Trabalho em conjuntoA entidade vem atuando nesta direção, com uma série

de ações de desenvolvimento e qualificação profissional voltadas à evolução contínua da qualidade do leite. Um exemplo são os encontros Gestão da Qualidade do Lei-te - Busca pela Excelência, realizados entre especialistas e produtores para debater sobre cuidados e boas práticas no uso de antibióticos na atividade leiteira – a última edição aconteceu no dia 20 junho, em Goiânia (GO). “Os produ-tores são parte importante do processo, e é fundamental que tenham acesso a toda e qualquer informação sobre as melhores práticas de produção”, explica Marcelo.

O Comitê de Qualidade da Viva Lácteos também desenvol-veu a cartilha Uso Responsável de Medicamentos Veterinários na Produção Leiteira. Disponível para download no site da as-sociação, ela reúne os principais cuidados na administração dos remédios e as práticas adequadas de manejo dos animais em tratamento, como marcação e registros, separação do rebanho e descarte do leite de acordo com o período de carência.

No caminho certo Para o neozelandês Bernard Woodcock, CEO da con-

sultoria Quality Consultants of New Zealand (QCONZ) na América Latina, estas ações mostram que o Brasil começa a trilhar o caminho traçado pela Nova Zelândia na década de 70. O maior exportador de produtos lácteos da atualida-de entendeu, já naquela época, que era preciso melhorar a qualidade e a segurança do leite para despontar no mercado mundial, e o desafio foi encarado de forma conjunta entre as indústrias do ramo e o governo. “Deu certo! Atualmente a Nova Zelândia tem uma média de Contagem Bacteriana Total (CBT) abaixo de 10 mil e de Contagem de Células Somáticas (CCS) inferior a 170 mil, com um programa de controle de resíduos bem forte”, conta.

Segundo Bernard, iniciativas como Sistema Minei-ro de Qualidade do Leite, Leite Legal e Programa Mais Leite Saudável mostram que o Brasil está entrando nos trilhos. Ele também destaca o MRST (Marcar, Regis-

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trar, Separar e Tratar), programa de controle de resí-duos no campo desenvolvido pela Viva Lácteos com o apoio de QCONZ. “É um programa simples, não tem segredo. Ou seja, o maior desafio está na indústria, que precisa visitar e conscientizar os produtores. Para isso não há atalho: tem que entrar no campo e visitar um por um.”

Por que descartar?A regra é clara: o leite de animais tratados com anti-

bióticos não pode ser enviado às indústrias. Isso porque, após a aplicação, a substância vai para a corrente sanguí-nea e pode passar para o leite.

Segundo Marcelo, a permanência dos resíduos de-pende de fatores como preparação, dosagem, via de ad-ministração e intervalo entre o início do tratamento e a primeira ordenha. Até o estado de saúde e fatores indivi-duais do animal interferem nesse processo.

“O período de excreção varia. No caso dos vendidos como descarte zero é preciso saber que, dependendo do tipo de preparação, medicamento e dose administrada, poderão aparecer resíduos de 12 a 48 horas”, observa.

Já as preparações em bases oleosas podem ser excre-tadas em até 7 dias, e não são recomendadas para vacas em lactação, e os produtos utilizados para tratamento durante a lactação, por via intramamária, geralmente têm um período de excreção de 24 a 96 horas.

Todos perdemNegligenciar as normas e práticas adequadas traz

prejuízos. A começar pela saúde do consumidor, que

Fonte: Cartilha Uso Responsável de Medicamentos Veterinários na Produção Leiteira, da Viva Lácteos

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pode sofrer reações alérgicas, alterações na flora intes-tinal, inibindo sua ação protetora, e a seleção de popula-ções bacterianas resistentes.

Na indústria, são realizados testes para a identifica-ção de resíduos de antibióticos, e o resultado positivo leva ao descarte do leite com grandes prejuízos ao pro-dutor, que deixa de receber pelo leite entregue, além de pagar os custos do seu descarte.

“Devido à alta Demanda Química de Oxigênio (DQO) para o leite, torna-se inviável à maioria das empresas descar-tar o produto contaminado na sua Estação de Tratamento de Efluentes, tendo que arcar, também, com o transporte e des-carte feito por uma empresa terceirizada”, considera Marcelo.

Os 10 passos principais para obter a qualidade no leite

COLOQUE NA

BALANÇA O consumo de produtos sem lactose tem aumentado no

Brasil nos últimos anos. A demanda crescente foi alavanca-da por consumidores com incapacidade parcial ou comple-ta de digerir o açúcar do leite. Contudo, a procura por esse tipo de alimento já não se restringe ao público intolerante. Produtos sem lactose ganharam o título de “alimentos sau-dáveis” e, muitas vezes, de forma equivocada, são conside-rados aliados na hora de perder peso.

Por se tratar de um produto novo nas mesas dos brasilei-ros, o seu consumo ainda gera dúvidas, que acabam criando suas próprias teorias. Muitos consomem o leite sem lactose por acreditar que ele é light, auxiliando na perda de peso, mas sabe-se que isso é um mito.

A nutricionista Juliana Lima explica que o fato de um leite ser sem lactose não o torna mais light que o leite co-mum. “O que muitos não sabem é que, se o produto tiver o mesmo valor calórico da porção tradicional, ele não irá ajudar na dieta. Tanto o leite sem lactose quanto o leite nor-mal possuem quantidade semelhante de calorias”, explica.

Para não ter dúvidas na hora de escolher o produto que mais se adequa às necessidades de cada consumidor, a nutricionista aconselha a leitura do rótulo dos alimentos e a composição nutricional. “A tabela nutricional apresenta informações sobre a quantidade de calorias, carboidratos, gorduras, proteínas, sódio e fibras. Além disso, a tabela apresenta a lista de ingredientes em forma decrescente, ou seja, o primeiro é sempre aquele usado em maior quantida-

de na fabricação”, explica. Ela lembra que essa prática não deve se restringir a produtos lácteos, mas sempre que va-mos às compras.

É sem lactose mesmo?Cientificamente falando, a lactose é um açúcar encon-

trado comumente no leite e seus derivados, formada pela união de outros dois açúcares, a glicose e a galactose. O professor de engenharia de alimentos da Universidade Fe-deral de Viçosa, Antônio Fernandes, explica que a lactase, enzima produzida no intestino do homem, é a responsável por quebrar a lactose nos dois açucares que a compõem, para que possam ser absorvidos pelo organismo. “O que acontece é que, por volta dos sete anos de idade, a produção dessa enzima é reduzida. Como consequência, a lactose se acumula no intestino e acaba sendo fermentada por bacté-rias, resultando em desconforto intestinal, como flatulên-cias, cólicas e diarreias. Na idade adulta, cerca de 70% da população brasileira apresenta algum tipo de intolerância, que pode variar entre leve, moderada e alta.”

Na indústria, um processo simples anula os efeitos preju-diciais aos intolerantes. Diferente do que se imagina, a lactose não é retirada do leite, ela passa pelo processo de hidrólise, ou seja, o açúcar é quebrado pela enzima que é inserida no produto lácteo. “Dessa forma, o organismo do intolerante não precisa quebrar a lactose, visto que esse processo já foi realiza-do artificialmente”, conclui o professor.

Você sabia?Quanto menos umidade o queijo tiver, menor será a quantidade de lactose. Ou seja, queijos

mais maturados, como o parmesão, são naturalmente livres de lactose.

Contrariando expectativas, produtos sem lactose não apresentam menor teor de gordura. Consumo consciente é a melhor opção

15SAÚDE COM SABOR