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Osantuario maio2016

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O Santuário - Maio 2016

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Ano 17 | Edição 158 | Edição Especial Maio.20162

Frei Alvadi PedroMarmentini

Terças -feiras:Missa e novena de

São Leopoldo às 15h e 19h

Quartas, quintas e sextas feiras:Missa às 19h

Quartas-feiras às 19h30Amor Exigente

Quintas-feiras às 19h30:Apoio ao Luto

Sábados:14h30 e 16h: Entre Ajuda.

O horário das 16h é transmitidopela rádio Evangelizar AM 1060

Terapia de Grupo às 14h30Missa: 19h30

Domingos:Missas: 09h, 12h e 19h.

Último domingo do mês:Missa às 15h no túmulo do Frei Miguel

Email:[email protected]

Telefone:(41) 3246-7148

Expediente da SecretariaDe segunda a sábado: das 09h às 12h

e das 14h às 18h

Endereço:Rua Santa Eulália de Barcelona, 273

Conjunto Osvaldo Cruz ICidade Industrial de Curitiba

CEP: 81170-065.

EDITORIAL

Expediente do Jornal

Neste mês de maio vamos celebrar a festa de nosso padroeiro São Le-opoldo Mandic. É um momento forte de espiritualidade. Tempo de

fazermos uma revisão de nossa caminhada espiritual. Tempo de co-nhecermos mais a vida e as virtudes de São Leopoldo. Tempo derevermos se em nossas pastorais estamos vivendo a unidade esobretudo se somos acolhedores e misericordiosos, como foram

S. Leopoldo e Frei Miguel.Acolher é sinônimo de amar. Nunca como hoje num mundo de solidão,

de isolamento e individualismo precisamos ser uma Igreja acolhedora.O êxodo rural, a migração para terras distantes tiram a estabilidade do ser humano e

das famílias que viviam sua fé e trabalhavam com pessoas conhecidas, agora vivem anôni-mas e isoladas.

Até mesmo em nossas Igrejas se sentem como estranhos, onde ninguém as cumpri-mentam. Entram e saem sem serem notadas e valorizadas. O anonimato, a falta de identi-dade faz com que o ser humano perca seus valores e até mesmo sua fé. Nós que moramosna cidade grande precisamos, não só individualmente, mas também como comunidadesermos acolhedores.

Outra atitude que não deve faltar é exercer a misericórdia, característica principal deSão Leopoldo. Assim se expressa o Papa Francisco:

“A revolução da ternura é que hoje devemos cultivar, como fruto desse ano da misericór-dia. A ternura de Deus para cada um de nós. O agir misericordioso faz nascer a esperançae a transformação”.

Seguidores que somos, como freis capuchinhos da espiritualidade de São Leopoldo, SãoPio de Pietralcina e Frei Miguel, queremos viver profundamente e exercer a misericórdiapor atitudes e através do sacramento da confissão. Queremos nesse Santuário juntamentecom toda a comunidade ser a face misericordiosa de Deus para os que nos procuram.

O Documento de Aparecida na pagina 229, letra “j” nos lembra:“Ofereçam atenção especial ao mundo do sofrimento urbano, isto é, que cuidem dos caídos do

caminho” E são tantos os filhos pródigos caídos que precisam de um Pai misericordioso.Não esqueçam do que diz a Palavra de Deus em Tiago, 2,13 . “Porque o julgamento será

sem misericórdia para quem não tiver agido com misericórdia. Os misericordiosos não temmotivo de temer o julgamento”.

Por isso é importante estar junto aos sofridos, e desviados do caminho sem questionarmas acolher as diferenças, pois cabe só a Deus julgar. Que Deus nos use para sermosinstrumentos de sua misericórdia.

Que São Leopoldo e Frei Miguel nos ajudem a vivermos o que eles nos ensinaram. Apresentamos a seguir um resumo da vida de São Leopoldo, para melhor conhece-lo.

Pois quanto mais conhecemos mais amamos. Frei Alvadi Pedro Marmentini - Reitor

HORÁRIOS DOHORÁRIOS DOHORÁRIOS DOHORÁRIOS DOHORÁRIOS DOSANTUÁRIOSANTUÁRIOSANTUÁRIOSANTUÁRIOSANTUÁRIO

SÃO LEOPOLDOSÃO LEOPOLDOSÃO LEOPOLDOSÃO LEOPOLDOSÃO LEOPOLDO É melhor conhecerÉ melhor conhecerÉ melhor conhecerÉ melhor conhecerÉ melhor conhecerpara melhor amar!para melhor amar!para melhor amar!para melhor amar!para melhor amar!

Reitor do Santuário: Fr. Alvadi Pedro Marmentini | Coordenador: Fr. Messias Vicente Rodrigues | Freis Colaboradores: Fr. AlmirCarlos Spielmann e Fr. José Correia Netto | Jornalista Responsável: Aline Geralda Domingues - DTR Nº 6329 | Diagramação: AldemirBatista - [email protected] | Impressão: Gráfica Exceuni - 3657-28643 | 3657-4542 | Tiragem: 6.000 exemplares

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A vida de Frei Leopoldo

Virtudes heróicas

Devoções e atitudes

Os dons de Deusse manifestam nele

Ofereceu-se como vítima

No caminho da cruz

Seu encontro com Deus

Túmulo glorioso

Graças e milagres

Milagres da Beatificação

Milagre da Canonização

Metas de frei Leopoldo (projeto de vida)

O culto

A capela São Leopoldo Mandic é elevada a Santuário

Faculdade SãoLeopoldo Mandic

São LeopoldoMandic no Vaticano

Nascimento - Leopoldo nasceu em Cas-telnuovo, ao sul da Dalmácia, aos 12 demaio de 1866. Foi o 12º filho de Pedro Man-dic e de Catarina Zarevic, uma família po-bre, mas muito católica. Um mês depois,aos 13 de junho, foi batizado e recebe onome de Bogdam, que traduzido para oportuguês significa Adeodato.

Profecia - Quando tinha apenas oitoanos, deu um sinal de sua vocação, quan-do disse: Quando for grande, quero ser freicapuchinho, tornar-me confessor eusar de muita misericórdia e bon-dade para com as almas dos pe-cadores.

Estimado - Como adolescen-te brincava com seus irmãos ecolegas, mas não gostava demuito barulho. Às escondidas deseus bons pais, sabia dividir o pão,que deles ganhava, com outros mais po-bres..

O pároco de sua paróquia de Castelnuo-vo estimava-o muito, dizendo que “eramodelo para os jovens de sua idade”. Até obispo de Cátaro, que o conhecia, proclama-va-o “exemplo de todas as virtudes”.

Com os capuchinhos - Em seu tempo,em Castelnuovo de Cátaro, trabalhavam osfrades franciscanos capuchinhos da Provín-cia Veneta.

Frequentando o ambiente dos frades emocasião das funções religiosas e de ativi-dades escolares no período da tarde, o pe-queno Bogdan manifestou o desejo de serfrade.

Aos 16 anos de idade, decidiu viver comos freis capuchinhos. Na despedida, en-quanto seus familiares choravam, disse:“Não posso chorar! Vou para a casa do Se-nhor! Como querem que eu chore?”

No seminário - Aos 16 de novembro de1882, começa a viver com os capuchinhos,que para discernir sua vocação, foi envia-do ao seminário capuchinho de Údine, naItália. Aplicou-se, então, aos estudos e fezrápidos progressos. Gostava de observar

AGRADECIMENTO São Leopoldo Mandic,São Leopoldo Mandic,São Leopoldo Mandic,São Leopoldo Mandic,São Leopoldo Mandic,Frei CapuchinhoFrei CapuchinhoFrei CapuchinhoFrei CapuchinhoFrei Capuchinho

todas as normas, mas tinha espírito alegre.Nas horas de oração, mostrava-se muitodevoto. Conquistou a simpatia dos superi-ores e companheiros.

Noviço capuchinho - Terminados osestudos exigidos naquele tempo, foi admi-tido entre os noviços capuchinhos, passan-do esse ano no convento de Bassano delGrappa, na Itália. Aos 20 de abril de 1884,recebia o hábito capuchinho e o nome defrei Leopoldo.

Naquele tempo, os capuchinhos erammuito austeros. Apesar de sua constituiçãofísica fraca, frei Leopoldo demonstrava-seforte e pensava: “Se agora não tenho cora-gem e força, que farei quando estiver nasMissões?

Admirado pelos freis do convento, foiaprovado e aos quatro de maio de 1885,fez sua primeira profissão religiosa na vidaconsagrada.

São Leopoldo1890 -

ordenaçãosacerdotal

A comunidade do Santuário São Leo-poldo e os freis agradecem de modo es-pecial ao Frei Dionysio Destéfani que ela-borou esta biografia de São LeopoldoMandic. Nosso muito obrigado! Pedi-mos a Deus que continue dando-lhe saú-de com sabedoria.

ÍNDICE

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Estudante de filosofia e teologia - Ter-minado o noviciado em Bassano de Grappa,foi enviado para o convento Santa Cruz emPádua onde completou os estudos de Filo-sofia. Fez os estudos de Teologia no con-vento Santíssimo Redentor em Veneza, naItália.

Além dos estudos, dedicava-se muito àoração. Na recreação entre as conversasamenas, sabia introduzir pensamentos es-pirituais. Por isso, tornou-se benquisto e,com frequência, via-se rodeado pelos ou-tros freis jovens.

Sacerdote - Aos 20 de setembro de1890, foi ordenado sacerdote em Veneza e

começou seuapostolado si-lencioso de con-fessor e de si-lenciosa ofertade si mesmo aDeus para o re-torno dos cris-tãos separadosà unidade daigreja católica.

Viveu em di-versos conven-tos capuchi-nhos: em Vene-

za no convento do Santíssimo Redentorcomo confessor, superior no convento deZara, vice-superior em Capodístria e viveunos conventos de Thiene e em Bassano delGrappa.

Em todos esses conventos capuchinhos,frei Leopoldo demonstrava grande espíritode oração e dedicava-se muito em atenderas confissões dos fiéis.

Formador - Aos seis de outubro de 1909,foi nomeado diretor e professor dos jovensfreis capuchinhos que estudavam Filosofiano convento de Pádua. Frei Leopoldo ensi-nava Patrologia e logo se distinguiu pelasua bondade que alguns julgavam excessi-va e contrária à tradição da Ordem Capu-chinha. Provavelmente por esta sua carac-terística no ensino, em 1914, frei Leopoldofoi dispensado de ensinar que, para ele,tornou-se novo motivo de sofrimento.

No outono de 1914, os superiores pedi-ram a frei Leopoldo que se dedicasse ex-clusivamente às confissões. Estava com 48

anos de idade. Suas qualidades de conse-lheiro espiritual já eram conhecidas. Porisso, passados poucos anos, tornou-se con-fessor muito procurado por pessoas detoda classe social que, para encontrá-lo,chegavam até de lugares fora da cidade.

Estas ocupações, embora as executas-se com muita dedicação, não eram suaspreferências. Ele sempre alimentou o de-sejo de ser missionário no Oriente.

Aspiração missionária e ecumênica -Dotado de inteligência aberta, frei Leopol-do Mandic assimilou boa formação filosó-fica e teológica e, durante toda sua vida,continuou a ler os Santos Padres e os Dou-tores da Igreja.

Desde 1887, sentia-se chamado a pro-mover a união dos cristãos orientais, sepa-rados da Igreja católica latina. Pensandoem regressar à sua terra natal como missi-onário, dedicou-se em aprender diversaslínguas eslavas e também um pouco do gre-go moderno.

Pediu, então, para ir às Missões do Orien-te em sua própria terra, de acordo com seu ide-al ecumênico que, mais tarde, se tornouvoto, mantendo-o até o fim de sua vida.

No entanto, os superiores não aceitaramseu pedido. De fato, ele tinha constituiçãofísica frágil e certa dificuldade na pronún-cia das palavras. Por isso, não poderia sededicar à pregação.

Nos primeiros anos permaneceu silen-cioso e oculto em alguns conventos capu-chinhos. Dedicou-se também a pedir es-molas de porta em porta como, então, eracostume entre os frades.

Na Dalmácia - Em setembro de 1897,recebeu o encargo de superior no pequenoconvento de Zara na Dalmácia. Pensava,então, realizar seu desejo missionário. Noentanto, sua esperança de realizar esse seudesejo durou pouco.

Em agosto de 1900, foi transferido aoconvento de Bassano del Grappa (Vicenza)como confessor.

Nova oportunidade de ser missionárioapareceu em 1905, quando foi nomeadovice-superior do convento de Capodístria,que se encontra relativamente perto de suaterra natal. Nesse seu novo ministério, logose mostrou um conselheiro espiritual esti-mado e procurado. Mas, novamente não

conseguiu realizar seu projeto missionário.Passado certo tempo, foi transferido

para o convento de Thiene (Vicenza), naregião vêneta. De 1906 até 1909, continuoucomo confessor, com exceção de breve in-tervalo na cidade de Pádua.

“Exilado” para o Sul - Na primavera de1909, frei Leopoldo chegou a Pádua, noconvento localizado na praça Santa Cruz.Nesse convento foi diretor e professor dePatrologia dos jovens freis capuchinhos e,depois, passou a ser confessor nessa mes-ma cidade.

Sua cidadania - No entanto, frei Leopol-do amava muito sua terra de origem e, porisso, manteve sua cidadania austríaca. Estaopção se fundamentava na esperança deque os documentos de identidade favore-cessem seu objetivo de ser missionário emsua pátria.

Mas, em 1917, durante a primeira guer-ra mundial, seus documentos tornaram-seum problema com a histórica batalha deCaporetto. Esta batalha ocorreu de 24 deoutubro a 9 de novembro de 1917, quandose confrontaram os exércitos do ImpérioAustro-Hungário e de seus aliados alemãescontra os do Reino da Itália. Após sangren-tas batalhas, o Império Austro-Hungário foiderrotado ao longo do rio Piave.

Como outros “estrangeiros” que viviamna região de Veneza onde aconteceu a ba-talha, frei Leopoldo foi interrogado pelapolícia porque não quis renunciar sua ci-dadania austríaca. Por isso, foi enviado aosul da Itália. Durante sua viagem, em Romase encontrou com o papa Bento XV.

No final de setembro de 1917, chegouao convento dos capuchinhos em Tora (emCaserta, na região de Nápoles), onde de-via pagar o preço de seu exílio político. Noano seguinte, foi ao convento de Nola (Ná-poles) e depois ao de Arienzo (Caserta).

Quando terminou a primeira guerra mun-dial pôde regressar a Pádua. Durante a vi-agem, visitou os Santuários de Montever-gine, Pompeia, Santa Rosa de Viterbo, As-sis, Camaldoli, Loreto e Santa Catarina, emBolonha.

Definitivamente em Pádua - Retorno -Terminada a primeira guerra mundial, freiLeopoldo chegou, aos 28 de maio de 1919,

Além dosestudos,

dedicava-semuito à oração.

Na recreaçãoentre as

conversasamenas, sabia

introduzirpensamentos

espirituais.

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ao convento dos Capuchinhos de SantaCruz, em Pádua, onde reassumiu seu mi-nistério das confissões.

Apesar de seu caráter reservado, suapopularidade aumentou. No boletim oficialdos Capuchinhos da Província de Venezapublicaram:

- “Na confissão demonstra extraordiná-rio fascínio pela sua cultura, pela sua intui-ção e, de maneira especial, por sua santi-dade de vida. A ele se aproximam não so-mente o povo em geral, mas especialmen-te pessoas intelectuais e aristocráticas, pro-fessores e estudantes de Universidades, oclero secular e regular”.

Transferido, mas retorna a Pádua - Emoutubro de 1923, seus superiores o trans-feriram para Fiume (Rijeka), depois que oconvento tinha passado à Província Vêne-ta. Mas, somente uma semana após suapartida, o bispo de Pádua, Dom Elias DallaCosta, como intérprete da cidade, pediu aoMinistro Provincial dos Capuchinhos, freiOdorico Rosin de Pordenone, que frei Leo-poldo retornasse a Pádua. Pela festa doNatal deste mesmo ano, frei Leopoldo, obe-decendo aos superiores e despedindo-se deseu apostolado pela unidade dos cristãos,regressou a Pádua.

Desta data em diante, sempre perma-neceu em Pádua. Dedicou-se, em todos osmomentos, ao ministério das confissões ea orientar espiritualmente a quem recorres-se a ele.

Jubileu sacerdotal - Domingo, 22 de se-tembro de 1940, na igreja do convento SantaCruz dos Capuchinhos, foi celebrado seujubileu de ouro sacerdotal. As espontâne-as, gerais e grandiosas manifestações desimpatia e estima a frei Leopoldo demons-traram claramente como era estimado ecomo tinha sido profundo seu ministériopastoral das confissões nesses 50 anos.

Problemas de saúde - Nos últimos me-ses de 1940, sua saúde piorou progressi-vamente. No início de abril de 1942, foi in-ternado no hospital. Não sabia que tinhaum tumor no estômago. Retornando ao con-vento, continuou a ouvir as confissões, massuas condições de saúde pioravam. Comode costume, em 19 de julho de 1942, con-fessou todo o dia e passou boa parte danoite em oração.

Falecimento - Na manhã de 30 de julho,ao preparar-se para a Santa Missa, des-maiou. Levado para seu quarto, recebeu aUnção dos Enfermos. Poucos minutos de-pois, enquanto recitava as últimas pa-lavras da Salve Rainha, erguendo asmãos, morreu.

Reverenciado pela cidade - A notícia dofalecimento de frei Leopoldo espalhou-serapidamente por toda a cidade de Pádua.Por alguns dias, uma multidão ininterrupta

passou pelo convento dos Capuchinhospara prestar homenagem ao confessor, pormuitas pessoas proclamado Santo.

Sepultamento - A 1º de agosto de 1942,realizaram-se os funerais, não na capela doconvento dos Capuchinhos, mas na grandeigreja de Santa Maria dos Servitas. Foi se-pultado no cemitério maior de Pádua. To-davia, em 1963, seus restos mortais foramtransladados para a igreja dos Capuchinhosde Pádua.

Beatificação e canonização:Beatificação e canonização:Beatificação e canonização:Beatificação e canonização:Beatificação e canonização:

Aos 16 deoutubro de 1983, opapa João Paulo IIdeclarou SANTO o

Beato freiLeopoldo.

Beatificação - Passados apenas quatro anos de seu falecimento, aos 16 de janeirode 1946 foi iniciado o processo de beatificação de frei Leopoldo. Esse processo nor-malmente é demorado e feito com muita meticulosidade.

Durante o período de preparação para ser declarado Beato, de 1946 até 2 de maiode 1976 (ao todo, 30 anos), foram feitas estas etapas:

1. Abertura do processo na diocese de Pádua (1946);2. Encerramento desse processo (1952);3. Estudo dos escritos de frei Leopoldo e aprovação dos mesmos (1954);4. Pedido para introdução o Processo Apostólico de Beatificação de frei Leopoldo;5. A Congregação Romana discute o processo de beatificação, sendo aprovado

pelo papa João XXIII em 1962;6. Abertura do Processo Apostólico de Beatificação na diocese de Pádua (1963).7. Transladação dos restos mortais de frei Leopoldo do cemitério para a capela e

convento dos Freis Capuchinhos, em Pádua 1966.8. Reconhecimento oficial do corpo, encontrado intacto: 1966.9. Conclusão do Processo Apostólico em Pádua: 1966.

10. Proclamação das virtudes heróicas de frei Leopoldo: 1974;11. Apreciação dos dois milagres para a beatificação: 1976.12. O Papa Paulo VI declara Beato o Servo de Deus frei Leopoldo Mandic.

Canonização - Depois deste longo e minucioso processo para declarar Beato freiLeopoldo Mandic, iniciou-se novo processo para declara-lo Santo. Foram mais SETEANOS de estudos e avaliações do novo milagre atribuído ao Beato e demais exigênci-as para declarar alguém Santo na Igreja Católica Apostólica Romana.

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VIRTUDES HERÓICAS DE FREI LEOPOLDOVIRTUDES HERÓICAS DE FREI LEOPOLDOVIRTUDES HERÓICAS DE FREI LEOPOLDOVIRTUDES HERÓICAS DE FREI LEOPOLDOVIRTUDES HERÓICAS DE FREI LEOPOLDOA Fé - Todos sabemos que a Fé é o fundamento de todas

as virtudes. São Leopoldo viveu profundamente esta virtu-de em toda sua vida, mas especialmente no mistério naEucaristia e na celebração da Santa Missa.

A todos seus penitentes repetia: “Fé”! Tenha Fé!”. Suaviva fé despertava as consciências, iluminava as almas eestimulava novas energias espirituais e até físicas de seuspenitentes.

Amor a Deus - São Leopoldo teve dois grandes amores:o amor de Deus e o amor do próximo.

Fez até um voto de estar continuamente na presença deDeus, tendo-o cumprido até ao escrúpulo. Quando, por al-guns momentos, se esquecia deste seu voto, dizia: “Pobrede mim! Onde foi parar meu pensamento?”

O amor ao próximo demonstrou até o heroísmo, aten-dendo durante dias, meses e anos a todos seus peniten-tes, rezando e penitenciando-se por eles. Qualquer um quedele se aproximasse percebia como seu amor a Deus semanifestava em tantas maneiras caridosas e fraternas paramelhor atender a todos e a cada um.

União mística - Praticamente, é quase impossível ten-tar “calcular ou medir” a união mística de uma pessoa comDeus. Neste ponto, frei Leopoldo era muito reservado. Pe-las manifestações externas pode-se per-ceber esta união com Deus.

Em frei Leopoldo percebia-se: segu-rança em predizer o futuro ou um mila-gre; recolhimento profundo na oraçãoque não percebia o que se passava aoredor; rosto com frequência iluminado;olhos resplandecentes.

A expressão por ele usada: “Mas porque é que Deus me concede estas coi-sas? A mim que sou miserável pecador?”E isto manifestava seu grau de uniãocom Deus.

Oração - Frei Leopoldo vivia rezan-do. Quando não estava atendendo con-fissões, era frequente vê-lo nestas e ou-tras atitudes: sozinho e à noite rezando;escondido num canto da igreja, rezandoe unindo-se com Deus; foi surpreso re-zando, com luz apagada, ajoelhado nochão, em seu quarto; refugiava-se nacapela da enfermaria para contemplara Deus, no escuro e num canto; não secansava de rezar pelos seus penitentes.Costumava dizer: “As promessas de Deusestão ligadas à nossa oração”.

Cáliceusado por

SãoLeopoldo

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DEVOÇÕES E ATITUDES DO FREI LEOPOLDODEVOÇÕES E ATITUDES DO FREI LEOPOLDODEVOÇÕES E ATITUDES DO FREI LEOPOLDODEVOÇÕES E ATITUDES DO FREI LEOPOLDODEVOÇÕES E ATITUDES DO FREI LEOPOLDO

São Leopoldogrande

devoto de NossaSenhora

Amor à Nossa Senhora - A fé fez comque frei Leopoldo tivesse clara consciên-cia das grandezas da Virgem Maria, mani-

dro de Nossa Senhora e, diariamente, tro-cava as flores;

- Pedia constantemente à Virgem Mariapelos seus penitentes e para si;

- Pedia a seus penitentes que rezassemno altar da “Senhora Bendita”;

- Sua fé e confiança na Virgem Mariaeram tamanhas que ocorriam verdadeirosmilagres;

- A um seu devoto, benzeu uma maçã,dizendo-lhe: “Tenha confiança em NossaSenhora. Leve esta maçã à menina, faça-acomer e Nossa Senhora a curará”. De fato,a menina, após comer a maçã, sentiu-setotalmente curada;

- Após qualquer graça, dizia: “Foi NossaSenhora! Bendita seja Ela! Como é boa!”

- “Reze uma Salve, Rainha”, disse freiLeopoldo a um penitente, que não sabiarezá-la. Envergonhado retirou-se e foi aoaltar de Nossa Senhora. “Improvisamente,ao meu ouvido, ressoou uma voz estranhaque me foi sugerindo, sílaba por sílaba, aSalve, Rainha”.

Amor às almas - Com o amor a Deus e àNossa Senhora, frei Leopoldo demonstravagrande amor às almas, às pessoas. Por elas,ficou quase 40 anos fechado no confessio-nário de Pádua, durante 10 a 12 horas diá-rias. Ao longo desses anos:

- Nunca teve algum descanso;- Jamais mandou um penitente ou al-

guém que viesse a ele para se confessar,embora;

- Chamado à noite, levantava imediata-mente e atendia a quem procurasse por

ele;- Foi encontrado com febre no

confessionário e, ao suave avi-so de um amigo, respondeu:“Nascemos para trabalhar.Descansaremos no céu!”;

- Com firmeza dizia: Devo fa-zer tudo pelas almas, tudo, tudo!

Eu quero e devo morrer naluta”!

festando-as de várias maneiras:- Amorosamente A chamava “Senhora”! - Em seu confessionário, havia um qua-

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- Um velho oficial da marinha,que se afastara dos Sacramentosfoi conversar com frei Leopoldopara contar-lhe a morte de amigose ele mesmo tinha impedido quefosse chamado um sacerdote. FreiLeopoldo levantou-se e lhe disse:“Meu filho, o que fez? Que fez,meu filho? Por que expôs seu ami-go a se perder eternamente? Euchoro seu crime. Meu filho, choretambém. Choremos juntos! O ve-lho oficial não resistiu. Chorou ereconciliou-se com Deus.

- Para ele era um martírio fe-char as portas da igreja para obe-decer ao horário da fraternidade.

- Durante sua última doença,ficava constrangido e desgostosopor não poder atender os peniten-tes.

- Um dia, cambaleante, tentoudescer até à igreja para atenderas pessoas. Repreendido por umfrade, respondeu: “Que fazer? Es-tava ali uma alma vinda de longe,que me esperava!” E foi precisolevá-lo a braços para cama, poisnão aguentava mais!

Bondade e generosidade - FreiLeopoldo tratava as pessoas comverdadeiro respeito, sem distinçãode classe social. Sua bondade nãoera relaxamento de prin-cípios, mas compreen-são da fraqueza hu-mana, confiança ab-soluta na capacida-de de conversão. Sa-bia ser forte, mas sem-pre com bondade e mise-ricórdia.

- A quem o repreendia por suagrande bondade e generosidadecom as almas, dizia:”Repare! – e apontavapara o Crucifixo – foi Ele que me deu oexemplo!”

- A outros, explicava: “Por que deve-mos humilhar ainda mais as almas quevem ter conosco? Não estão elas bas-

dadeiro pesar pelas três ou quatrovezes que não pude dá-la. Talveznão fiz tudo o que devia para levá-las ao arrependimento”.

Humildade - Frei Leopoldo cul-tivou a humildade de maneira todaespecial. No convento de Pádua,onde vivia, passava quase desper-cebido. Poucos freis conheciam suacaminhada espiritual muito intensa.

Considerava-se sempre indignode qualquer atenção e, por isso,mostrava-se grato pelo mínimo fa-vor que lhe fizessem que retribuíacom o sempre “Obrigado! Muitoobrigado!”

Pedia a Deus a graça de fazermuito bem às pessoas, mas quetudo ficasse oculto. De fato, ape-sar do grande movimento em tornodele, tudo terminava no silêncio.Nada de publicidade e barulho. Emtorno de si queria o silêncio paramelhor se manter unido a Deus.Algumas expressões dele manifes-tam como amava a humildade:

- Vendo os fiéis que rodeavamseu confessionário e vendo os pro-dígios produzidos pela sua oração,frei Leopoldo permanecia indiferen-te e dizia: “Eles veem a mim comtanta fé, mas é Deus que os ouve.Que mérito eu tenho?

- Se alguém falava do bem queele fazia no confessionário, frei Le-opoldo, apontando o Crucifixo, sim-plesmente dizia: “Foi Ele quemmorreu por nós e não nós. Somosapenas pobres homens tão pecado-res!”

- No confessionário agradecia aseus penitentes e, às vezes, che-gava a abraçá-los como se tives-sem feito um grande bem para ele.

- A um sacerdote que louvava seu mi-nistério das confissões, disse-lhe: “Demosgraças a Deus e peçamos-lhe perdão. Elepermitiu, em nossa miséria, que estivésse-mos em contato com os tesouros de suagraça!”.

Foto de SãoLeopoldo 8 diasantes de morrer

, em julho de1942

tante humilhadas? Por acaso, o SenhorJesus humilhou a mulher pecadora?”

- Poucos dias antes de morrer, disse: “Hámais de 50 anos que confesso e não tenhoo menor remorso de consciência por tersempre concedido a absolvição. Tenho ver-

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Fisicamente, frei Leopoldo nada tinha deatraente: era pequeno, sem beleza exteri-or, sempre doente de estômago, defeituo-so na pronúncia e expressava-se com mui-ta dificuldade. Mas, nessa aparência físicafraca, escondiam-se extraordinários donsde Deus.

Sabedoria - Frei Leopoldo tinha menteaguda. Tinha estudado muito a Sagrada Es-critura, os Santos Padres, Santo Tomás deAquino e Santo Agostinho. Quando falava,demonstrava celestial sabedoria.

- Um professor de filosofia assegurou:“Na alma de frei Leopoldo, a Sabedoria Di-vina estabeleceu sua morada”.

- Tinha a especial sabedoria de confes-sor, que iluminava as mentes, conduzindo-as à perfeição.

Prudência - Deus concedeu a frei Leo-poldo a graça de julgar pronta e segura-mente os casos que lhe eram apresentados.

- Bispos pediam-lhe orientações.- Sacerdotes submetiam-se ao seu jul-

gamento.- Pais de família expunham seus casos

angustiantes e esperavam luz e orientaçãoseguras de frei Leopoldo.

Profecia - Há fatos na vida de frei Leo-poldo que mostram a previsão que ele ti-nha de alguns fatos. Falava tão simples-mente que as pessoas só percebiam essedom da profecia quando se realizavam.

- Após a confissão, a uma moça disse:“O Senhor tem desígnios especiais a seu res-peito”. Os tempos passaram e esta moça

Os Os Os Os Os dons de Deusdons de Deusdons de Deusdons de Deusdons de Deus se manifestam nele se manifestam nele se manifestam nele se manifestam nele se manifestam neletornou-se a Irmã Maria Augusta da SS. Trin-dade, fundadora do Instituto das Escravasda SS. Trindade, com sede na cidade deRovigo, Itália.

- A frei Leopoldo um senhor contou quesua filha estava com endocardite e se en-contrava às portas da morte. Com simplici-dade, o frei lhe respondeu: “Amanhã é afesta de São José. E me lembrarei de suafilha na Missa. Ela ficará curada”. Na ma-nhã, seguinte, às 06h, hora em que frei Le-opoldo celebrava a Missa, os médicos cons-tataram que ela estava completamentecurada.

- Sete anos antes do início (1939) dasegunda guerra mundial, frei Leopoldo dis-se a um seu conhecido: “Nesta noite eu via Itália num mar de fogo e de sangue. Quei-ra Deus, me tenha enganado. Mas, não meenganei. A Itália estará toda envolta nummar de fogo e de sangue!”. De fato, a Itáliatornou-se grande campo de batalha da se-gunda guerra mundial.

- Frei Leopoldo previu também a destrui-ção do convento e da igreja dos freis emPádua: “Este convento e a igreja serão atin-gidos pelas bombas, mas este pequenoquarto (o seu confessionário) não será”. Nodia 14 de maio de 1944 (após a morte defrei Leopoldo) as bombas destruíram o con-vento e a igreja dos capuchinhos. Ficaramintactos somente a imagem de Nossa Se-nhora e o confessionário de frei Leopoldo.

E há outros fatos que indicam claramen-te que frei Leopoldo previa o futuro.

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A sala onde o SãoLeopoldo atendia eele previu que iria

ficar intacta aobombardeio em 14

de maio de 1944

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Ofereceu-seOfereceu-seOfereceu-seOfereceu-seOfereceu-se como vítima como vítima como vítima como vítima como vítimaConfissões e Missão - Durante quase

50 anos, todos viam frei Leopoldo aten-dendo as confissões ao longo de 10 a 12horas por dia. No entanto, há outro as-pecto que ninguém via: a oferta contí-nua de seu martírio pelo retorno dosOrientais à unidade da Igreja católica.Fez-se frei capuchinho para ir às Missõesdo Oriente.

Chamado às Missões - Quando já sa-cerdote, frei Leopoldo escreveu que em1887, ainda como estudante, “Deus ochamava para rezar e preparar o retor-no dos Orientais à Igreja Católica”

Voto missionário - Diversos fatos desua vida, impediram que ele realiza-seseu sonho missionário. Mas, deixou porescrito: “Nas mãos do confessor, reno-vei o meu voto com juramento: Eu, freiLeopoldo Maria, diante de Deus e daVirgem Maria e dos santos, reconheçoque sou obrigado por voto a cuidar doretorno dos Orientais à Unidade Católi-ca”.

Confirmação do voto - Em outraoportunidade, frei Leopoldo escreveu:“Conhecendo agora a grandeza do amorde Deus por nós, eis que reno-vo meus votos e me ofere-ço como vítima pela re-denção de meus irmãosOrientais”.

Missa e Missões -Além da séria decisão edo voto de rezar pelo re-torno à Igreja Católica dosorientais afastados, frei Leopoldo deixoupor escrito este outro seu voto: “Obri-go-me por voto: todas a vezes que cele-brar a Santa Missa, se não for impedi-do, todo fruto do Santo Sacrifício serápara o retorno dos Orientais afastadosà Unidade Católica”.

Frei Leopoldo viveu com entusiasmoesse seu ideal de rezar e promover o re-torno dos orientais afastados à unidadeda Igreja. Embora atendendo as confis-

sões dos fiéis em Pádua, frei Leopoldoestava certo que Deus tinha aceito suaoferta de vítima. Por isso, rezava, morti-ficava-se e orava incessantemente. Seutrabalho escondido de confessor e seu

Sala ondeSão Leopoldoconfessava

voto de tornar-se vítima da união doscristãos, foi conhecido pela Sabedoria deDeus e frei Leopoldo tornou-se um dosgrandes apóstolos do retorno dos cristãosorientais à unidade da Igreja Católica.

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NO CAMINHO DA CRUZNO CAMINHO DA CRUZNO CAMINHO DA CRUZNO CAMINHO DA CRUZNO CAMINHO DA CRUZ

Frei Leopoldo, além de oferecer-se comovítima para a união dos cristãos, ele sal-vou muitas almas através de seus sofrimen-tos. Em sua vida, frei Leopoldo sofreu bas-tante:

- Seu caráter era forte e impetuoso. Paradominá-lo, lutou durante toda sua vida;

- mortificou seu corpo, fazendo jejuns edormindo pouco;

- evitava ao máximo qualquer doce, emespírito de mortificação;

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- qualquer coisa que recebia, entregavatudo aos superiores;

- dormia apenas quatro ou cinco horas;- Apesar do frio que dava em Pádua,

nunca aceitou calefação em seu quarto dedormir e em seu confessionário. Somenteno fim da vida, aceitou uma estufa dadapelos seus amigos sacerdotes, e os superi-ores mandaram que ele a usasse. Mostrou-se obediente.

- Suportou, em espírito de mortificação,

de 10:00 horas a 12:00 horas de confissõesdiariamente e por 40 anos;

- Perguntado como podia aguentar tan-tas horas de confissões, respondia simples-mente: “É a minha vida!”

Sofreu muito: dores de estômago, de olhos,artrite deformante com frequentes febres,

- Sofreu moralmente, passando por pe-ríodos de aridez espiritual;

- Suportava seus sofrimentos como víti-ma pela união dos cristãos.

Sandálias depano que São

Leopoldo usavano inverno

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SEU ENCONTRO COM DEUSSEU ENCONTRO COM DEUSSEU ENCONTRO COM DEUSSEU ENCONTRO COM DEUSSEU ENCONTRO COM DEUSDores e confissões - As dores estoma-

cais aumentaram e ele, com dificuldade,podia alimentar-se. Enfraqueceu. Viu-seobrigado a passar dias na cama.

Piorou muito e, aos 25 de março de1942, foi-lhe dada a Unção dos Enfermos,em vista de sua fraqueza geral e dores. Umaequipe (uma junta) médica, prescreveu-lhetransfusão de sangue e permaneceu qua-se um mês hospitalizado.

O povo da cidade de Pádua logo soubedo estado de saúde de frei Leopoldo. Visi-tava-o no hospital e, apesar de fraco e aca-mado, ainda atendia as confissões dessesvisitantes.

Conseguiu melhorar um pouco e retor-nou ao convento. Desejava retomar quan-to antes o ministério das confissões.

Nesse período, foi descoberto que tinhatumor maligno no esôfago. As dores aumen-taram e lhe impediram de engolir qualqueralimento. Seus sofrimentos físicos e moraisaumentaram tanto que chegou a escrevereste bilhete: “Tenho grande necessidadeque a Augusta Senhora se digne de ter com-paixão de mim.Eu quero ter confiança nela,

reunir no convento dos capuchinhos. O cor-po de frei Leopoldo foi colocado numa salavizinha à igreja conventual.

Nos dias 30 e 31 de julho de 1942, maisde 25 mil pessoas passaram diante dosrestos mortais de frei Leopoldo com flores,orações e lágrimas. E todos queriam tocarseus objetos nele para conservá-los comorelíquias.

Sepultamento - No dia 1º de agosto,foi realizado o enterro, que mais pareceuum triunfo. Imensa multidão aglomerou-se ao redor da igreja dos Capuchinhos.Como todos queriam ver e orar ao lado dofalecido frei Leopoldo, as exéquias foramfeitas na igreja dos Padres Servitas, bemmais ampla, no centro da cidade. Formou-se então longo e devoto cortejo através dasruas da cidade de Pádua.

No convento dos Capuchinhos foram re-cebidas cartas de toda a Itália, de todas asclasses sociais e também do exterior.

A missa de 30º dia foi celebrada na Basílicade Santo Antônio, em Pádua, repleta de fiéiscomo nas grandes solenidades. Estavampresentes todas as autoridades da cidade.

Depois da celebração de seu jubileu de ouro de vida sacerdotal, frei Leopoldo foi decaindo bastante em sua saúde.

mesmo que Ela não quisesse ouvir minhasorações. É minha mãe e isto me basta!”.

Nossa Senhora o ouviu porque ele, mes-mo em seu pequeno quarto da enfermaria,continuava a ouvir confissões. Na vésperade seu falecimento, chegou a confessar 50sacerdotes.

Falecimento - Frei Leopoldo faleceu aos30 de julho de 1942. Tinha levantado às5,30h. Foi à capela da enfermaria, perma-necendo uma hora em oração. Em seguida,foi à sacristia a fim de preparar-se para acelebração da Missa. Foi nesse momentoque teve um ataque e caiu no chão. Socor-rido pelos seus confrades, foi levado ao seupobre quarto, onde com o superior da casarezaram a Ave Maria e a Salve Rainha. FreiLeopoldo, com voz sempre mais fraca ia re-petindo: “Ó clemente, ó piedosa, ó docesempre Virgem Mara!”... e sua alma vooupara o céu!

A notícia - Imediatamente a notícia dofalecimento de frei Leopoldo se espalhoupor toda a cidade de Pádua. Em toda partese dizia: “Morreu um santo!”

Imediatamente o povo começou a se

Imediatamente após o sepultamento dos restos mortaisde frei Leopoldo, seu túmulo transformou-se em meta de con-tínuas romarias. Pessoas de todas as classes sociais visita-ram e continuam visitando seu túmulo. Inicialmente sepul-tado no cemitério da cidade da Pádua. Mais tarde, seus res-tos mortais foram transferidos ao convento dos freis capu-chinhos, em Pádua. Fiéis, pessoas devotas e romarias conti-nuam ainda hoje visitando e orando diante de seu túmulo

O pequeno confessionário de frei Leopoldo, desde apósseu falecimento, começou a ser visitado com muita fé e reve-rência. Atualmente, as visitas prosseguem com intensidade.

Todas essas manifestações de amor, devoção e as graças emilagres atribuídos a frei Leopoldo obrigaram as autorida-des religiosas a iniciarem e levarem avante o processode beatificação e canonização do humilde capuchinho, freiLeopoldo Mandic .

TÚMULO GLORIOSOTÚMULO GLORIOSOTÚMULO GLORIOSOTÚMULO GLORIOSOTÚMULO GLORIOSO

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GRAÇAS E MILAGRESGRAÇAS E MILAGRESGRAÇAS E MILAGRESGRAÇAS E MILAGRESGRAÇAS E MILAGRES

Se durante a vida frei Leopoldoera tão procurado para as confis-sões e pelas graças obtidas aindaem vida, após seu falecimento, estaconfiança e veneração tornou-semais viva e geral para milhares depessoas. As graças obtidas e mes-mo milagres, obtidos por interces-são de frei Leopoldo, cresceram demodo extraordinário. Há centenasde fatos que mostram como essesanto capuchinho continua espa-lhando graças e operando milagres.Aqui breve síntese de alguns deles:

1. Glória Facco (Itália, 1942),com grave problema no joelho es-querdo, recorreu a médicos, re-médios e hospitais. Nada adian-tou. Após novena a São Leopol-do, sentiu-se completamente cu-rada.

2. Irmã Nazarita Pezzo (Itália,1950) teve gravíssimos incômodosde fígado. Mesmo após a cirurgia,a situação continuava grave, comcrises, dores e febres. Aconselha-da por um tio sacerdote, recorreu afrei Leopoldo que, em visão, lhe dis-se para ir comungar no dia seguin-te. Quando acordou, estava com-pletamente curada.

3. Frei Pacífico (Itália, 1949), ca-puchinho, desmaiou no centro da ci-dade de Cesena. Machucou o rim,provocando hemorragia renal. Nohospital sofreu dores intensas du-rante toda noite. Após a comunhãoeucarística da manhã, viu ao seulado frei Leopoldo, que lhe disse:“Está curado!”. Submetido a exa-mes médicos, foi declarado com-pletamente curado.

4. Esfaqueado (Índia, 1951). Umoperário indiano foi esfaqueado porcolegas, causando-lhe perfurações

intestinais em nove lugares. Tão grave semostrou sua situação que, no hospital, foicolocado numa cama para esperar a horada morte. O capelão, vendo a lastimável

situação do operário, colocou uma relíquiade São Leopoldo sobre o ventre, terrivel-mente inchado. Imediatamente o moribun-do recobrou os sentidos e, dois dias depois,deixou o hospital sem outros tratamentos.

5. Guaxupé-MG, Brasil, 1961 – Um me-nino de quatro anos sentia-se muito mal..Levado a São Paulo-SP, o especialista di-agnosticou leucemia aguda, com previsãode três meses de vida. O bispo capuchi-nho dom frei Inácio Dal Monte, deu àmãe do menino uma relíquia de São Le-opoldo, pedindo que fizesse uma nove-na. Terminada a novena, constatou-sea cura completa do menino. Após rigo-rosos exames médicos, foi declarado com-pletamente curado sem outras interven-ções médicas.

6. São Paulo-SP, Brasil, 1962 – LúciaPiovezan, com câncer sanguíneo, estava emagonia, tendo ao seu lado familiares e pa-rentes. O médico lhe tinha dado o máximode três dias de vida. O pároco recomendouà família que fizessem novena a São Leo-poldo. No primeiro dia da segunda novena,a doente levantou-se, curada repentina-mente.

9. Cafelândia-PR, Brasil, 1960 – JoséSapelli ficou repentinamente leproso. Osintensos tratamentos médicos nada resol-veram. Retornou para casa e para não con-taminar os familiares e outras pessoas, fezpequena choupana no bosque de seu ter-reno e lá começou a viver. A família iniciouuma novena a frei Leopoldo e conseguirampequenina relíquia do Santo, que a entre-garam ao doente. Este não vacilou: engo-liu-a sem receio! Sentiu um calafrio. Levan-tou-se, olhou-se, chamou a mulher e pediuque lhe tirasse as faixas. Estava perfeita-mente curado!

Os milagres e graças alcançados porintercessão de São Leopoldo elevam-se aosmilhares. E isso em muitas nações do mun-do. Pode-se dizer que houve e está haven-do uma autêntica chuva de graças e mila-gres aos fiéis que recorrem a este Santocom fé, devoção e intensa confiança de seratendido.

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Frei Leopoldo Mandic, capuchinho daProvíncia de Veneza (Itália), após rigoro-so processo eclesial, foi declarado BEM-AVENTURADO pelo papa Paulo VI aos 2de maio de 1976, na Basílica Vaticana.

Milagres da Beatificação - Os dois mi-lagres, oficialmente reconhecidos pelaIgreja para sua beatificação, foram osseguintes:

Primeiro milagre - A beneficiada é asenhorita Elsa Raimondi, nascida em Ca-vezana de Lúsia (Rovigo, Itália), aos 30de junho de 1922. O milagre ocorreu natarde de 12 de setembro de 1946.

Elsa Raimondi, aos 22 anos de idade,acusava contínuas dores abdominais. Foiinternada no Hospital de Lendinara (Itá-lia) e operada de apendicite e hérnia um-bilical, aos 6 de junho de 1944.

O período pós-operatório foi difícil: aferida cicatrizou somente após três me-ses. A paciente, apesar dos sérios cuida-dos médicos, continuava a declinar, apre-sentando sempre maior sensibilidadedolorosa e febres contínuas.

Deixou o hospital, sendo confiada aodr. João Casarotti, médico em Lúsia. To-dos os tratamentos foram inúteis. Porcausa das contínuas complicações de suasaúde, sempre mais graves, aos 30 demarço de 1946 foi novamente interna-da no hospital de Lendinara.

Após meticulosos exames, a fim deconstatar melhor o mal, o dr. Pedro Ta-gariello, aos 16 de abril, procedeu a umacirurgia, a qual mostrou evidente formade peritonite tubercular. As extremida-des intestinais apresentavam-se conglu-tinadas. Havia uma disseminação geralde tubérculos nas paredes e nas extre-midades. Nada podendo fazer, o abdo-me foi fechado e declarado o diagnósti-co de peritonite tubercular, com previ-são infausta. Permaneceu no hospitalainda um mês. Aos 15 de maio, recebeualta em situação estacionária.

MILAGRES DA BEATIFICAÇÃOMILAGRES DA BEATIFICAÇÃOMILAGRES DA BEATIFICAÇÃOMILAGRES DA BEATIFICAÇÃOMILAGRES DA BEATIFICAÇÃOAo retornar à sua casa, Elsa foi nova-

mente confiada aos cuidados do Dr. JoãoCasarotti. Ele encontrou-a depauperada,com febre persistente muito alta, comdores abdominais intensas.

Com o aparecimento de dores na es-pinha dorsal e intensa cefaleia, levarama desconfiar por complicação meninge.Em vista da situação lastimosa de Elsa,o doutor a visitava quase diariamente,tentando aliviar as dores atrozes. O re-latório clínico foi piorando. A doente eraforçada a ficar sempre de cama, com im-possibilidade de locomover-se. O esfor-ço para sentar causa-lhe desmaios.

Ao notar inúteis todos os recursos hu-manos, lembraram de recorrer ao padreLeopoldo Mandic. O pároco deu a Elsabreve biografia do Venerável e recomen-dou-lhe que rezasse com muita fé.

Aos 30 de julho, aniversário da mor-te de frei Leopoldo, o pároco celebrou amissa para glorificação de frei Leopodo,pedindo-lhe que se dignasse dar a saú-de à Elsa.

Elsa, seus familiares e outras piedo-sas pessoas, começaram uma novena aofrei Leopoldo, no Santuário de Lendina-ra, pedindo que curasse a doente no dia 12de setembro, festa de Nossa Senhora.

No final da novena, Elsa afirma ter vis-to frei Leopoldo. Ao perguntar-lhe se re-ceberia a cura no dia 12 de setembro,frei Leopoldo respondeu-lhe sorrindo:Sim, sim, sim” e desapareceu. A novenaa frei Leopoldo continuou, e uma ima-gem do frei foi colocada no travesseiroda doente. No entanto, a doença progre-dia e as condições da doente pareciamrealmente insuportáveis.

Assim chegou-se ao dia 12 de setem-bro, festa de N. Sra. do Pilastrelo de Len-dinara. Elsa, convencida de que frei Leo-poldo neste dia lhe alcançaria a graça deNossa Senhora, pediu para ser levada,com os demais doentes, ao Santuário.

Os pais de Elsa, embora temendo queseu mal se agravaria, mas por causa dasinsistências da filha, permitiram que fos-se levada na maca ao Santuário.

Poltronausada pelo

SãoLeopoldo

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Assistiu uma parte das funções,sempre pedindo a graça a frei Leopoldo.O doutor Pedro Terranova, responsávelpelos doentes do Santuário, pediu queElsa fosse levada para casa, temendopela vida dela. Ela voltou muito prostra-da e em piores condições, mas em nadadesesperada. Continua a rezar, seguran-do nas mãos um santinho de Nossa Se-nhora. As horas passavam e nada acon-tecia. A irmã Vitória, que lhe prestavaassistência, disse-lhe: Elsa, o que estáacontecendo? Frei Leopoldo não lhe pro-meteu que hoje ficaria curada?” Elsaapenas respondeu: “Ainda não é noite!”

A certo momento, Elsa percebeu ou-vir voz interna, mandando-a descer dacama. No mesmo instante, um grandebem estar invadiu-lhe todo o corpo.Desceu da cama, dizendo aos presentes- assombrados! – o que estava aconte-cendo: “Não estou mais doente” Nãoestou mais doente” Estou curada! Vo-cês não viram frei Leopoldo?”

O tumor no abdome desapareceu, re-cuperou as forças e a vivacidade. Vestiu-se e desceu à cozinha.

Nesse instante, chegava o doutor JoãoCasarotti e ficou estupefato diante do fato.Elsa decidiu ir à igreja para agradecer à Nos-sa Senhora e ao frei Leopoldo. O doutor Ca-sarotti a acompanhou para ver o quepoderia acontecer. Elsa foi a pé até a Igre-ja, rezou muito e voltou para sua casa.O doutor fez questão de examiná-la cui-dadosamente e, no processo, pode de-clarar: “Constatei o desaparecimento detodos os sintomas da doença, que nãodeixou sinais dos seus primeiros distúr-bios. Estava perfeitamente curada”.

Naquela mesma tarde, Elsa jantoucom seus familiares, sem acusar nenhumincômodo. Desde esse dia, ela não sen-tiu mais os sintomas de dores físicas quepudessem se relacionar com a doençaanterior.

Alguns dias depois, viajou a Páduapara visitar o confessionário de frei Leo-poldo e agradecer-lhe o milagre.

Como prova de seu reconhecimento,desde aquele dia Elsa consagrou sua vida

à assistência das crianças no orfanato“Pequena Casa do Padre Leopoldo”, obracaritativa de Laudônia Venuti,, professorem Cavazzana.

Segundo milagre - O segundo milagre,aceito para a beatificação de frei Leopol-do, deu-se com Paulo Castelli, nascidoem Sabbioncello de Merate a 2 de mar-ço de 1902, em Vizzago, perto da cida-de de Como (Itália). O milagre ocorreuàs 14 horas de 8 de março de 1962.

Paulo Castelli nunca esteve doenteaté aos 60 anos. Sempre se dedicou àagricultura, com todos os afazeres exigi-dos pelo cultivo da terra.

Aos 4 de março de 1962, domingo,após a refeição normal, dirigiu-se à igre-ja paroquial para a missa das 10 horas.Retornando à sua casa, foi trocar suaroupa “domingueira”. Como demorassea sair do quarto, pelas 11h30, sua espo-sa (Maria Brivio) subiu e encontrou-o nacama, dobrado sobre si mesmo. Impro-visamente sentiu fortes dores no abdo-me. Chamados os familiares, ajudaram-no a descer, fazendo-o sentar junto à es-tufa.

Como as dores aumentassem, foi cha-mado o médico Dr. José Bonasomi. Esteveio imediatamente e, tendo-o examina-do, julgou tratar-se de mal indefinido,mas sério. Mandou que fosse internadoimediatamente no hospital de Merate.Feitas as análises, o dr. Ítalo Della Roccadeclarou que se tratava de perfuraçãogástrica e recomendou uma cirurgia. Foi,então, convocado o dr. Eduardo Berla,responsável pelo centro cirúrgico. Comoera dia festivo, ele se encontrava na ci-dade de Milão. Enquanto se aguardavasua chegada, foram feitos todas as aná-lises laboratoriais. Confirmado o diag-nóstico, a cirurgia foi marcada para à17h30 e seus familiares foram avisadosda gravidade da doença.

À hora marcada, foi iniciada a cirur-gia. Ao abrir o peritônio, os cirurgiõesviram-se diante de um quadro bem di-ferente do previsto: em vez de úlceraperfurada, havia mais de um metro deintestino que apresentava lesões e, nas

extremidades, típico colorido de célulasmortas.

Os cirurgiões consultaram-se sobre oque fazer, Concluíram que o mais viávelera envolver o intestino necrosado comtecidos quentes embebidos em soluçãofisiológica. Como nada desse resultadospositivos, recolocaram o intestino e foifechado o corte.

Foi emitida esta declaração, assinadapelo Dr. Ítalo Della Rocca: “4 de março –Intervenção – Anestesia geral com in-tubação endotraqueal. Incisão medianalongitudinal xifo-umbilical. Aberto o pe-ritônio. Trombose na altura da mesen-térica superior com estendido infarto nointestino tênue. Em vista da extensão dalesão, desistiu-se de qualquer interven-ção e fechou-se a parede em camadasseparadas. Grampos na pele”.

A sorte de Paulo Castelli estava deci-dida. À esposa do enfermo, disse o Dr.Berla: “Sinto muito, minha senhora, masfizemos todo o possível para salvar seumarido, e nada mais há por fazer”.

O doente foi colocado em um quarto,sozinho. Na mesma tarde, o pároco (pa-dre João Fumagalli) administrou a unçãodos enfermos ao Sr. Castelli, exortandoos familiares a se conformarem com avontade divina.

Os médicos estavam certos que o Sr.Castelli morreria nesse mesmo dia. Noentanto, até a quinta-feira seguinte, con-tinuava acamado quando aconteceu omilagre.

Maria Brivio, esposa, era muito de-vota de frei Leopoldo e transmitiu essadevoção ao marido e aos filhos. Nessadolorosa situação, dirigiu-se a ele comfé mais intensa ainda. Antes que seumarido fosse levado à sala de cirurgia,colocou em seu pijama uma medalha doServo de Deus. Durante a cirurgia, foi àcapela do hospital, pedindo que frei Le-opoldo salvasse seu marido. E suas pre-ces continuaram após a cirurgia e foiouvida.

Maria Brivio fez esta declaração di-ante do tribunal eclesiástico:

“Na quarta noite, perto de uma

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hora, propus a meu marido de apa-gar a luz para ver se dormia um pouco,uma vez que, após a operação, não ti-nha ainda dormido nada. Avisei-o quecolocaria entre o pijama e os curativosuma relíquia de frei Leopoldo, o quenunca tinha feito nas noites prece-dentes. Disse-lhe: Procure dormir. Eu,no entanto, rezo e o frei Leopoldocuidará de você. Pus-me a rezar a freiLeopoldo, recitando a novena, que jásabia de cor.

A certo momento, pensei comigo:Agora farei a última oração com 12 PaiNossos. E comecei a recitá-los baixinhopara não prejudicar meu marido, que pa-recia adormecer. Apenas havia termina-do o nono Pai Nosso, meu marido co-meçou a agitar-se e gritou: Estou mal!Estou mal” Eu morro! Acendi a luz e vi-otodo molhado de suor.

Tentei enxugá-lo, mas o suor conti-nuava. O meu marido apresentava a li-videz mortal. Julgando que não supor-tasse mais ficar deitado, ajudei-o a sen-tar-se na cama com as pernas penden-tes para fora. Não quis me ausentarcom medo de afastar-me do maridono momento em que acreditava ob-ter a graça de frei Leopoldo. Ele con-tinuava a suar e eu a enxugá-lo. Pas-saram assim 45 minutos

A certo momento, meu marido co-meçou a dizer: Morro, morro! Eu lhe res-pondia com segurança: Não, não mor-rerá porque frei Leopoldo o vai curar! Eele me respondeu: Estou morrendo evocê não sabe quanto isto dói!

Logo vi que empalidecia ainda mais.Tentou com dificuldade levantar o rostopara ver-me e notei que tinha os olhosjá totalmente brancos.

Eu levantei as mãos um instante e re-zei: Senhor, faça-se a tua vontade!

Nesse instante, meu marido caiu pe-sadamente para trás, não sobre as almo-fadas, mas atravessado, com as pernascaídas fora da cama. Estava nessa tristeposição, quando, de repente, começoua gritar: Estou curado! Estou curado!Não tenho mais nada!

Procurei, então, acomodá-lo na cama,sobre os travesseiros, enquanto ele con-tinuava a dizer: Estou curado! Não te-nho mais nenhuma dor!

Estava tão emocionada que nem maisme lembrei de completar os Pai Nossosque me faltavam para os doze que haviaprometido. Pouco depois, começou amovimentar-se o intestino de meu ma-rido, que estivera preso desde a manhãde domingo. Passou o resto da noite con-versando comigo.

Pela manhã, o médico, que o visitou,achou-o clinicamente restabelecido. Ficouainda oito dias no hospital em observação.

Depois, no dia 17, recebeu alta com a nota:“Restabelecido”, em sua ficha clínica.

O caso suscitou em todos: médicos,enfermeiros e quantos souberam do fatoa mais profunda impressão. O Dr. Eduar-do Berla, que havia operado Castelli, dis-se à Maria Brivio que lhe foi agradecer:“Não agradeça a mim, mas a Deus. Eunão consegui fazer-lhe nada!”

Paulo Castelli, voltando para casa, re-assumiu sem problemas sua vida de tra-balhos na agricultura, alimentando-secomo antes da doença, não acusandomais nenhum distúrbio que pudesse re-lacionar-se com a doença superada.

Objetosusados por

São Leopoldo

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Com a aprovação oficial dos dois mila-gres, acima descritos, o servo de Deus Le-opoldo Mancid foi beatificado. Outro mila-gre a ele atribuído e reconhecido pela Igre-ja fez com que o Beato Leopoldo fosse ca-nonizado, aos 16 de outubro de 1983, pelopapa João Paulo II, em cerimônia realizadana Basílica Vaticana. O milagre é o seguin-te:

Milagre da canonização - Elisa Ponzo-lotto é da região de Trento (Itália). Nasceuaos 20 de agosto de 1925 em Ronchi di Ala.Aos 15 de março de 1977, com 52 anos deidade foi internada no hospital da cidadede Ala por causa de “influenza” cardiopá-tica.

Na manhã de 24 de março, sentiu doresmuito agudas no pé esquerdo. Nem podiaandar e foi necessário coloca-la na cama.As dores continuavam a aumentar e, empouco tempo, a perna – com a qual já tinhaproblemas para andar - inchou e ficou azu-lada até o joelho.

A dor era tão intensa, que a paciente selamentava em voz alta, perturbando os de-mais doentes. Tornou-se necessário colo-cá-la sozinha em um quarto, assistida sem-pre por uma enfermeira. Os médicos diag-nosticaram uma esquemia pós-embólica domembro inferior esquerdo em pessoa car-diopática com valvulopatia mitrálica fibri-lante.

Apesar dos tratamentos, Elisa foi pioran-do nos seguintes três dias., até o apareci-mento de processo gangrenoso nosdedos do pé. A situação era gravee a paciente se encontrava emperigo de vida.

Pelo meio-dia de 27de março,os médicos decidiram pela ime-diata amputação da perna, acimado joelho.

Elisa se opôs e disse que aceitariaa cirurgia apenas na manhã seguinte.

Mais tarde, ela contou o seguinte:“Quando os médicos me disseram que,

para salvar-me, era preciso amputar a per-

Foto de SãoLeopoldo alguns

dias antes demorrer

MILAGRE DA MILAGRE DA MILAGRE DA MILAGRE DA MILAGRE DA CANONIZCANONIZCANONIZCANONIZCANONIZAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOna, respondi que, naquele momento, nãoaceitava a amputação porque esperava aresposta de um meu “confidente”, que erao Beato Leopoldo Mandic.

Intensifiquei minhas preces ao Beato,

segurando sua imagem e relíquia junto àminha perna. Confiava plenamente no Be-ato Leopoldo, com a certeza que seria ou-vida. Repetia continuamente: “Frei Leopol-do, ajuda-me, ajuda-me!”.

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O Dr. Albino Kuel, médico de plantãonaquela noite, contou: “Lembro que fui cha-mado mais de uma vez porque as condi-ções da senhora Ponzolotto sempre esta-vam piorando. Pelas 23 horas, visitei a pa-ciente notando, com preocupação do agra-vamento dos sintomas: a dor se tornavasempre mais aguda, tanto que a pacientemordia as cobertas, e a perna sempre maisfria.

À 01h30, fui chamado novamente. Dian-te da situação sempre mais grave, tenteidar-lhe analgésicos em infusão contínuamediante gotejamento. Mas, não houvemelhorias. A paciente dava a impressão dese encontrar em fase de pré-agonia, em-bora se mostrasse em plena lucidez demente.

A mesma senhora Ponzolotto contou oque aconteceu:

“Enquanto a enfermeira tinha saído e euestava sozinha no quarto e apoiada nos tra-

vesseiros, vi entrar um frade capuchinho,pequeno, com barba branca. Reconheci-oimediatamente: era frei Leopoldo. Ele meolhava e sorria. Andou ao lado de minhacama e, olhando a minha perna, disse: “Seique está sofrendo muito e deve suportartamanha dor, mas sua perna será salva”.Eu lhe respondi: “Tudo isto eu aceito con-tanto que minha perna se salve”. Ele sorriue caminhando lentamente saiu pela porta.Comecei a chorar copiosamente.

A dor na perna desapareceu. Percebi queela estava se esquentando e podia mexe-la. Acordei. Fazia quatro dias que não conse-guia dormir nem por um instante.

Quando a enfermeira chegou, ficoumaravilhada ao ver-me tranquila. Olhouminha perna. Percebeu que estava coma cor rosácea como a outra e quente.Contei-lhe que tinha visto frei Leopol-do e ela, comovida, disse-me de agra-decer a Deus e ao frei Leopoldo, que

lhe tinha obtido a cura”.O Dr. Kuel continua a dar seu testemu-

nho:“Às 6 horas da manhã, acordei-me ma-

ravilhado porque não tinha sido chamadopela senhora Ponzolotto. Fui ao seu quartopara ver o que tinha acontecido, já pensan-do que tinha falecido.

No entanto, encontrei a paciente comaspecto tranquilo. Examinei a perna e, comgrande surpresa constatei que a mesma ti-nha readquirido a cor natural e a tempera-tura normal, não causando nenhuma dor àpaciente. sinal evidente da revasculariza-ção espontânea e completa”.

Outros médicos, e também os que ti-nham marcado a amputação da perna, exa-minaram a paciente. Todos constataramuma cura simplesmente inexplicável.

Elisa recebeu alta e, retornado à suacasa, reassumia normalmente todos osseus trabalhos domésticos.

Vocação missionária1. “A finalidade de minha vida deve ser

o retorno dos ‘dissidentes” (assim ele oschamava) orientais à unidade da Igreja Ca-tólica”

2. Ainda como estudante, escrevia:“Deus o chamava para rezar e prover o re-torno dos Orientais à Igreja Católica”

3. Deixou também escrito: “Nas mãosdo confessor, renovei o meu voto com jura-mento: Eu, frei Leopoldo Maria, diante deDeus e da Virgem Maria e dos santos, reco-nheço que sou obrigado por voto a cuidar doretorno dos Orientais à Unidade Católica”.

4. “Hoje, 24 de abril de 1915, celebran-do a missa ME OFERECI a Nosso Senhor Je-sus Cristo para o retorno dos dissidentesorientais à Unidade Católica”.

5. “Conhecendo agora a grandeza doamor de Deus por nós, eis que renovo meusvotos e me ofereço como vítima pela re-denção de meus irmãos Orientais”.

METAS DE FREI LEOPOLDOMETAS DE FREI LEOPOLDOMETAS DE FREI LEOPOLDOMETAS DE FREI LEOPOLDOMETAS DE FREI LEOPOLDONão é fácil organizar o projeto de vida pelo qual frei Leopoldo lutou durante toda sua vida paraexecutá-lo, mesmo a custo de muito sacrifício No entanto, é possível entrever suas METAS e PRO-JETO DE VIDA, lendo e analisando alguns seus pensamentos, que deixou por escrito. Que, agora,se faz a tentativa de apresenta-los logo em seguida:

6. Em 1928, frei Leopoldo renovou seu voto“de usar todas as suas forças para a redençãodos dissidentes orientais, na maneira comome ordenaram meus superiores”.

7. Obrigo-me por voto: todas a vezes quecelebrar a Santa Missa, se não for impedi-do, todo fruto do Santo Sacrifício será parao retorno dos Orientais afastados à Unida-de Católica”.

8. “Neste ano (18.6.1937), é o 50º ani-versário desde que ouvi, pela primeira vez,a voz de Deus que me chamava a pregar ea promover o retorno dos dissidentes ori-entais à unidade católica”.

9. “Quanto mais avanço em idade e nareflexão, mais me convenço daquele apos-tolado de oração em favor dos dissidentesdo Oriente, isto é, daqueles cismáticos”.

Missionário no confessionário - Porvários motivos, frei Leopoldo não pode re-alizar seu projeto missionário de trabalharentre seus conterrâneos. No entanto, com-

preendeu que seu projeto missionário de-via realiza-o através do confessionário. Nos40 anos de atendimento das confissões,frei Leopoldo demonstrou que atender asconfissões era agora seu projeto missioná-rio:

1. Quando tinha 8 anos, Bogdan (o fu-turo frei Leopoldo) cometeu uma falta quenão lhe parecia grave. Mas sua irmã o le-vou à igreja para confessar-se do pecadocom o pároco. Mais tarde, frei Leopoldoescreveu: “Confessei ao pároco minha fal-ta e depois de ter-me asperamente acusa-do, eu me coloquei de joelho no meio daigreja. Fiquei profundamente chocado edizia entre mim mesmo: Mas por que sedeve tratar tão duramente uma criança poruma falta leve? Quando ficar grande, que-ro ser um frade, tornar-me confessor eusar de muita misericórdia e bondadecom as almas dos pecadores”.

2. “Em razão de minha vocação, fui

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chamado, antes de tudo, a salvar o povooriental, , e depois servir as almas espe-

cialmente no ministério das confissões”(17.01.1941)

3. “Reze por mim à Virgem Maria paraque recupere primeiro a saúde e poderatender novamente as almas. Reze comtodo o coração. Peço que insista tambémao Coração de Jesus e à sua infinita cari-dade para que se digne dar-me a saúdepara servi-lo como confessor” (20.01.1941.

4. “Nós, no confessionário, não deve-mos mostrar nossa cultura e nem falar decoisas superiores à capacidade de cadaalma, porque, com nossa imprudên-cia, estragamos o que o Senhor estáfazendo nessa alma. É Deus queage nas almas. Nós devemos des-cobrir e limitar-nos a ajudar estadivina ajuda nos caminhos misteri-osos da salvação e santificação dasalmas”

5. “Dizem que sou muito bom. Mas sealguém vem se ajoelhar diante de mim, istonão é prova suficiente que ele quer o per-dão de Deus?”

6. “Veja, sendo que o Senhor não medeu o dom da palavra para pregar, queroconsagrar-me a conduzir as almas atravésdo confessionário”.

7. “Obrigo-me com voto a consumar asenergias de toda minha vida, segundo aobediência de meus superiores, para o re-torno dos Dissidentes Orientais à UnidadeCatólica”.

Confessor cheio de fé - Além de aten-der com muita atenção seus penitentes, freiLeopoldo mostrou-se para com eles umconfessor cheio de fé, com palavras lumi-nosas e tinha consciência de ser servo evoz de Cristo para eles. Usava expressõescheias de fé e animadoras. Seguem aquialgumas delas que frei Leopoldo usa fre-quentemente com seus penitentes?

- Tenha fé; tenha e verá milagres. Te-nha uma fé completa. Tenha fé e encontra-rá resposta aos seus problemas. As dificul-dades tornar-se-ão suportáveis e as doresse revestir-se-ão de luz. Tenha sempre féno Senhor. Tenha fé e seus pecados acaba-rão. Tenha fé! Você está melhor! Tenha fée ficará curado. Tenha fé e a vida será se-rena e cristã. Tenha fé! Mantenha-se tran-quilo porque tudo irá bem. Digo-lhe isto emnome de Deus, oficialmente. Tenha fé!

Frei Leopoldo encontrava palavras de fépara encorajar quem se encontrava emmomentos de depressão e de desconfian-

ça. Era um sacerdote que vivia e educavapara uma fé madura, real e cotidiana. Fa-zia nascer no coração de seus penitentes apersuasão que a fé se origina no amor aDeus: “Ame muito a Nosso Senhor, abrace-o e tenha fé!”

Há muitas outras frases de freiLeopoldo,que deixou por escrito, com asquais insiste nestes principais objetivos desua ida, com os quais organizou seu proje-to de vida.

Baseados em seus poucos escritos, per-cebemos que frei Leopoldo, durante suavida, sempre:- manteve nova esperança,- proclamou a bondade e o perdão de

Deus,- mostrou-se confessor e médico espiri-

tual respeitoso,- encarnou a ternura e a generosidade de

Deus,- teve o dom de converter e ler o íntimo

do coração,- foi generoso no perdão e na compreen-

são pelos penitentes.

O CULTO A SÃO LEOPOLDONa Itália - As diversas etapas do pro-

cesso para o reconhecimento da santidadede frei Leopoldo iniciaram, em nível dioce-sano, em 1946. A 1º de março de 1974, foiaprovado o decreto da heroicidade das vir-tudes do Servo de Deus e, aos 12 de feve-reiro de 1976, o decreto dos milagres a eleatribuídos.

O papa Paulo VI proclamou-o Beato em2 de maio de 1976, em Roma. O papa JoãoPaulo II canonizou-o aos 16 de outubro de1983, em Roma, indicando-o como modelodos confessores.

Os fiéis continuam a invocá-lo na cape-la ao lado da igreja do convento dos Capu-chinhos em Pádua, que lhe foi dedicada eonde, desde 1963, repousam seus restosmortais. O seu túmulo e o pequeno confes-sionário, que permaneceu intato – segun-do sua profecia – ao bombardeio de14 demaio de 1944 que destruiu a igreja, conti-nuam como lugar de peregrinações.

O peregrino por excelência foi – na tar-de de 12 de setembro de 1982 durante avisita pastoral à cidade de Pádua – o papaJoão Paulo II, que visitou os lugares do mi-

nistério presbiteral de frei Leopoldo Man-dic e se recolheu em oração diante do tú-mulo do Santo.

A festa litúrgica de São Leopoldo Man-dic celebra-se aos 12 de maio, tradicional-mente preparada com novena de celebra-ções em seu Santuário de Pádua. Nessemesmo Santuário, faz-se, de maneira es-pecial, a semana de orações pela unidadedos cristãos (de 18 a 25 de janeiro de cadaano).

No Brasil - No Brasil há capelas urba-nas e rurais, paróquias e Santuários de-dicados a São Leopoldo Mandic.

Santuário - Os Capuchinhos do Paranáe Santa Catarina mantém o Santuário SãoLeopoldo Mandic, que se encotra em Curi-tiba-PR (bairro Osvaldo Cruz I, Sua SantaEulágia de Barcelona, 273 - 81170-065 Cu-ritiba/Pr - Fone: 0xx41/3246.7148). – ver àfrente, maiores informações sobre o San-tuário.

Faculdade - No Brasil existe a Faculda-de Odontológica São Leopoldo Mandic. –Maiores informações encontram-se logo àfrente (ver mais a frente).

Quadrodo pintorGiuseppeMiucato

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1. Histórico da capela - Colégio Brasílioe celebrações - Alguns anos antes de 1981,frei Miguel Bottacin por diversas vezes ce-lebrou missa no Conjunto Osvaldo Cruz 1.Como não existia Capela no Conjunto, en-carregou uma equipe de voluntários, a fimde preparar um lugar no Colégio Brasílio.

A diretoria da escola cedeu uma salapara celebrações. E assim foi possível reu-nir pessoas para as celebrações religiosase reuniões.. Numa destas reuniões, alguémse encarregou de verificar um lugar parauma futura Capela e Creche. Desde essetempo São Leopoldo Mandic foi escolhidocomo Padroeiro da futura capela.

Prefeitura permite uso de terreno - Como local em vista, frei Miguel dirigiu-se àsautoridades legais para conseguir a doa-ção do terreno. Após negociações, a Pre-feitura Municipal de Curitiba, no Decreto683, outorga Permissão de Uso de própriomunicipal e decreta: “ Art. 1º -Fica outor-gado a Permissão de Uso à Associação Be-neficente Cultural e Assistencial São Leo-poldo, a utilização da área de 6.909,12 m2parte de uma área maior de 17.933,93 m2da planta Núcleo Habitacional OsvaldoCruz 1, de indicação fiscal 87-338-008, damatrícula 5135 da 8ª Circunscrição Imobili-ária da Capital e de propriedade do Muni-cípio.” O documento prossegue.

Frei Miguel, assim se expressa: “Rece-bido o terreno da Creche, aos 30 de agostode 1980, depois de três anos de espera,Deus quis dar-nos este terreno e assim, dia9 de setembro começamos a construção.Em 43 dias, as paredes da Capela ficaramerguidas. E no dia 17 de maio de 1981, comalegria de todos, foi inaugurada a Capelacom a presença de Dom Pedro Fedalto,mais o Ministro Provincial Adelino Frigo, freiDamião Girardi, frei Miguel Bottacin, freiLuiz Witiuk e povo. As cerimônias iniciaramàs 9 horas, com a bênção da nova Igreja eMissa concelebrada.

Frei Miguel transfere-se ao Conjunto

A Capela São Leopoldo MandicA Capela São Leopoldo MandicA Capela São Leopoldo MandicA Capela São Leopoldo MandicA Capela São Leopoldo MandicÉ ELEVADA A SANTUÁRIOÉ ELEVADA A SANTUÁRIOÉ ELEVADA A SANTUÁRIOÉ ELEVADA A SANTUÁRIOÉ ELEVADA A SANTUÁRIO

Osvaldo Cruz 1 - Aos 27 de dezembro de1981, frei Miguel, devido a problemas desaúde, foi substituído em seu cargo depároco da Vila N. Sra. da Luz para tratar dasaúde. Seus amigos do Conjunto OsvaldoCruz 1, ofereceram-lhe a Capela do BeatoLeopoldo para ficar, enquanto recuperassea saúde, com a devida permissão de seussuperiores. Após instalar-se nessa capela,o povo não o abandonou e começou a fre-quentar a capela. Com todo carinho eamor, frei Miguel sempre atendia a todosque o procuravam. Nessa Capela viveu maisde sete anos, muito estimado e procuradopara orientação espiritual.

Falecimento de frei Miguel - No dia 10de abril de 1997, frei Miguel faleceu, emdecorrência de cirurgia. A seu pedido, foisepultado no Pátio da Capela São Leopol-do. Seu enterro foi uma apoteose, com apresença de milhares de pessoas. Como eramuito benquisto e conhecido, seu túmulocomeçou a ser visitado e ainda hoje istocontinua.

Substituto - Desde o dia 16 de maio de

1997, frei Ivo Severino Bonamigo substituiuo falecido frei Miguel nos cuidados pasto-rais da capela São Leopoldo. Procurou le-var avante todas as iniciativas de frei Mi-guel e organizar outras atividades em fa-vor da comunidade local. Passado poucotempo, frei Ivo iniciou um boletim informa-tivo, chamado O Santuário, para divulgartodas as atividades pastorais que se de-senvolviam nessa comunidade.

Pastorais e movimentos eclesiais - Essacapela de São Leopoldo Mandic, aos pou-cos foi sendo chamada e conhecida comoSantuário São Leopoldo Mandic. Na verda-de, ela continuava como capela da paró-quia Nossa Senhora da Luz.

Seguindo as orientações da paróquia eas necessidades dessa nova comunidade,foram surgindo estas pastorais e movimen-tos: Frei Ivo continuava como coordenadorgeral e, para auxilia-lo, continuaram ou fo-ram organizadas estas pastorais e movi-mentos eclesiais:

Secretária, tesoureiro; coordenadores dacomunidade, do Caep, da catequese,

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da liturgia, dos ministros, das capeli-nhas, dos grupos de famílias, da pastoralda juventude, do dízimo, da pastoral voca-cional, da pastoral dos cânticos, da pasto-ral da terceira idade, da pastoral familiar,do Apostolado da Oração, da Legião deMaria, da pastoral social.

Em 2002 existiam 14 catequistas. 10ministros. Sete equipes de liturgia, 26 gru-pos de família.

Celebrações - Além das missas diárias,na capela São Leopoldo, realizavam-se tam-bém estas especiais celebrações: 1. Missae novena de São Leopoldo (nas terças-fei-ras em dois horários); 2. Três missas trans-mitidas pela Rádio Cultura de Curitiba; 3.Mensagens diárias na hora da Ave Maria.

Além desses atendimentos e liturgias nacapela, frei Ivo atendia, das 14 às 16h; Nosoutros horários, visitava doentes, benziacasas e outros atendimentos individuais. Ofrei sempre encontrava tempo para suaoração pessoal, estudos, retiros e outrasreuniões ocasionais.

Ação social e solidariedade - Esperandoe confiando sempre na Divina Providência,a capela São Leopoldo atende uma crechecom 120 crianças de 0 a 6 anos; semanal-mente, atende 220 famílias, impossibilita-das de sobreviver sozinhas, doando umasacola de alimentos. De tempo em tempo,realiza-se um bazar beneficente aos maisnecessitados.

Salão social - Nos últimos anos de freiIvo Bonamigo na capela, conseguiu com-prar um terreno ao lado da mesma paraconstruir um salão e iniciar os trabalhos.

2. Transferências - Aos 08 de dezembrode 2008, o Ministro Provincial, frei Davi N.Barboza, publicou as transferências de freis,aprovadas pelo Conselho Provincial. Nes-sas transferências, frei Ivo S. Bonamigo foipara o convento N. Sra. das Mercês, emCuritiba-PR. Para ser seu substituto, foinomeado frei João Daniel Lovato, em cará-ter interino.

Nas transferências de 2008, ainda emfase de diálogo, tinha sido indicado freiAlvadi Pedro Marmentini. Sobre isso, omesmo frei Alvadi comentava essa sua pró-xima transferência, enquanto continuava aser pároco da paróquia. Estava certo queno final de 2009, deixaria essa paróquia dasMercês para assumir a capela S. Leopoldo.

3. SANTUÁRIO: Diálogo com o Bispo -

De fato, nas transferências de 27 de no-vembro de 2009, frei Alvadi Pedro Marmen-tini, após 10 anos de trabalhos pastoraisna paróquia N. Sra. das Mercês, em Curiti-ba, foi transferido como responsável pelacapela São Leopoldo, no CIC, em Curitiba.

Frei Alvadi P. Marmentini não fez nenhu-ma dificuldade e transferiu-se para a ca-pela São Leopoldo pelo dia 20 de janeirode 2010. Logo começou agir e trabalhar. Nãoperdeu tempo e logo começou dialogar como falecido arcebispo de Curitiba, Dom Mo-acyr Vitti, pedindo-lhe que elevasse a ca-pela São Leopoldo a Santuário. E, juntos,até marcaram a data: 23 de maio de 2010.

Nesse ínterim, o chanceler da Cúria co-municou-se com a Cúria Provincial dos Ca-puchinhos, solicitando que se fizesse umpedido para que a capela fosse declaradasantuário e se elaborasse um estatuto. Fei-tas algumas pesquisas, constatou-se quepoucos santuários do Brasil possuem umEstatuto próprio, aliás, exigido pelo DireitoCanônico.

4. Pedido para ser Santuário - Aos 21de março de 2010, o Ministro Provincial,frei Davi Barboza, resolveu pedir essa no-meação de santuário, encaminhado a se-guinte carta:

“Exmo. e Revmo. Dom Moacyr J. Vitti,Arcebispo metropolitano de Curitiba,

O abaixo assinado, Padre Frei Davi No-gueira Barboza, Ministro Provincial dos freiscapuchinhos do Paraná e Santa Catarina,vem, através desta, solicitar de V. Excia. abondade de conceder o título de Santuárioà Capela São Leopoldo Mandic da Vila Nos-sa Senhora da Luz, localizado no ConjuntoOswaldo Cruz I, Rua Santa Eulália de Bar-celona, 273, CIC, Curitiba-PR. A data de ins-talação do possível Santuário está previstapara o dia 23 de maio próximo. Acredita serimportante explicitar, no documento de con-cessão, as exigências inerentes ao mesmo.Pede a gentileza de não fazer, no citadodocumento, qualquer referência ao atendi-mento psicológico, uma vez que essa ativi-dade é de responsabilidade exclusiva doreligioso que, no momento, assume a dire-ção daquela comunidade”. O Ministro Pro-vincial levou, pessoalmente, esta carta pe-dido, entregando-a ao chanceler do arce-bispado.

5. DECRETO de elevação a Santuário -Com a data de 21 de maio de 2010, o fale-

cido arcebispo diocesano de Curitiba, DomMoacyr José Vitti, CSS, assinou o seguinteDecreto de constituição do Santuário:

“DECRETO DE CRIAÇÃO DO SANTUÁRIODE SÃO LEOPOLDO MANDIC

Dom Moacyr José Vitti, CSS, Por mercêde Deus e da Santa Sé Apostólica Arcebis-po metropolitano de Curitiba.

Atendendo ao pedido do Rev.do Padrefrei Davi Nogueira Barboza, Ministro Pro-vincial dos Freis Capuchinhos do Paraná eSanta Catarina, que vem solicitar o títulode Santuário à Capela São Leopoldo da VilaNossa Senhora da Luz, localizada no Con-junto Oswaldo Cruz I, rua Santa Eulália deBarcelona, 272, CIC, Curitiba-PR.

Tendo em mente o bem da Igreja, aten-dendo o desejo ardente dos fiéis, cientesao que diz a III parte do Código de Direitocanônico, Cânones 1230 a 1234, referenteaos lugares e Templos Sagrados: “Nos San-tuários, ofereçam-se aos fiéis meios desalvação mais abundantes, anunciando comdiligência a Palavra de Deus, incentivandoadequadamente a vida litúrgica, principal-mente com a Eucaristia e a celebração dapenitência, e cultivando as formas aprova-das de piedade popular”, e, especialmen-te, elevar e cultivar a espiritualidade doPovo de Deus.

Havemos por bem criar o “Santuário SãoLeopoldo Mandic”, e que os documentosvotivos da arte popular e da piedade sejamconservados em lugar visível no santuárioou em local adjacente e seja guardado comsegurança. Todos os batizados e casamentosrealizados no Santuário devem ser registradosnos livros da paróquia N. Sra. da Luz, CIC,aconselhamos que haja o Livro Tombo.

Dado e passado nesta cidade arquiepis-copal de Curitiba, sob o nosso Sinal e Selode nossas Armas, aos 21 de maio de 2010.E eu, Côn. Élio José Dall’Agnol, chancelerdo Arcebispado, o subscrevi. (ass.) DomMoacir José Vitti, CSSS, Arcebispo de Curi-tiba”.

6. Missa de Instituição oficial do San-tuário - Tudo ocorreu segundo a programa-ção. O Arcebispo Dom Moacyr José Vittiiniciou as cerimônias no Salão Social por-que a igreja estava sendo reformada.

O salão ficou lotado de fiéis, calculan-do-se a presença de mais de 1.500 pesso-as. Estiveram presentes freis de nossas

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fraternidades do convento das Mercês,da Cúria Provincial, da Vila N. Sra. da Luz eda capela-santuário São Leopoldo.

O pároco da Vila N. Sra. da Luz, frei Car-los Gonzaga Vieira, acolheu tanto o arce-bispo como os frades e todo povo presen-te. O arcebispo iniciou o ritual da SantaMissa de maneira solene e cantada. Apósbreve reflexão, o arcebispo saudou nova-mente todos os presentes, e manifestousua alegria em estar presente nesse mo-mento, celebrando a festa de Pentecostese a instituição do novo Santuário.

Em seguida, foram lidos pelo MinistroProvincial, frei Davi N. Barboza, o decretode criação do Santuário São Leopoldo Man-dic e da nomeação do reitor do Santuáriona pessoa de frei Alvadi Pedro Marmenti-ni.

O arcebispo fez novas explicações so-bre o que é um Santuário e suas caracterís-ticas. Frei Alvadi foi convidado a renovarsua profissão de fé e fazer o juramento de

fidelidade aos seus deveres como sacer-dote e reitor do Santuário.

Lidos os documentos oficiais da institui-ção do novo Santuário, muito desejado pelacomunidade, seguiu-se longo espocar defogos.

Era o Domingo de Pentecostes. A missaprosseguiu em caráter festivo e animadapelo coral e participada pelo povo. EstaMissa marcou o início oficial da elevaçãoda capela São Leopoldo Mandic a Santuá-rio.

Foi lida uma saudação de frei Ivo Bona-migo que, por 12 anos, atendeu os fiéis nacapela São Leopoldo. O Ministro Provincial(frei Davi N. Barboza) agradeceu a presen-ça e colaboração desde o Arcebispo me-tropolitano até o último colaborador volun-tário que se dedicou nestes dias. O novoreitor do Santuário, frei Alvadi Marmentini,também externou seu sincero agradeci-mento a todos os colaboradores e presen-tes.

Após a bênção final da missa, o povoparticipou dos festejos preparados paraessa ocasião. As cerimônias de instituiçãodo Santuário prolongaram-se das 10:00horas até às 12:00 horas

Boletim especial - Para essa ocasião,frei Alvadi preparou o nº 147 do boletim“O Santuário”, em novo formato (todo co-lorido) e com a tiragem de 10mil exempla-res, distribuído durante o tríduo preparató-rio, no dia da festa e nas semanas posteri-ores.

Os artigos desse número do Boletim fo-ram estes: 1. Santuário: Memorial das açõesdivinas; 2. O que é Santuário; 3. São Leo-poldo Mandic; 4. Frei Miguel Loreggiola; 5.Veneração dos santos e de suas relíquias;6. Doze anos na capela São Leopoldo (freiIvo Bonamigo); 7. O que é celebração deEntreajuda (5 páginas); 8. Decreto de insti-tuição do novo santuário (ao todo, 12 pági-nas, todas coloridas, impresso na Editorade O Estado do Paraná.

FACULDADE SÃO LEOPOLDO MANDICFACULDADE SÃO LEOPOLDO MANDICFACULDADE SÃO LEOPOLDO MANDICFACULDADE SÃO LEOPOLDO MANDICFACULDADE SÃO LEOPOLDO MANDIC

Ano 17 | Edição 158 | Edição Especial Maio.201622

São Leopoldo Mandic é frade capuchi-nho de nossa Província-mãe de Veneza (Itá-lia). Todos os freis vênetos que vieram àProvíncia do Paraná e Santa Catarina co-nheceram pessoalmente São LeopoldoMandic.

Além dos vários fatos conhecidos destenosso Santo irmão, é interessante conhe-cer que, no Brasil, existe a Faculdade deOdontologia e de Medicina São Leopol-do Mandic.

Essa Faculdade tem como missão o ofe-recimento de uma educação que antecipeas tendências educacionais e contribua coma melhoria social do Brasil.

Credenciada pelo Ministério da Educa-ção, a instituição oferece cursos de Gradu-ação em Medicina e Odontologia, além doscursos de Pós-graduação Lato Sensu e Stric-to Sensu em Odontologia.

A formação ética e socialmente respon-sável de seus estudantes está nas mãosde educadores altamente capacitados, com-prometidos com a formação do saber, a hu-manização e o conhecimento de ponta.

O corpo docente é formado por mestres,doutores e pós-doutores, sendo o número

de profissionais douto-res superior à média na-cional encontrada nasinstituições de ensinosuperior.

Atualmente, está en-tre as dez melhores Ins-tituições de Ensino Supe-rior do Brasil e a melhorclassificada na área dasaúde no IGC (Índice Ge-ral de Cursos), do Minis-tério da Educação nosanos 2008, 2009, 2010,2011, 2012, 2013 e 2014.

A São Leopoldo Man-dic também estabelece convênios com ins-tituições nacionais e internacionais comprojetos de pesquisa, visando aprimorar oconhecimento de seus alunos e docentes.Está atenta às transformações no mundocontemporâneo, empregando métodos atu-ais e novas tecnologias, sem abrir mão deseus valores iniciais.

O resultado obtido pela instituição é atransformação de profissionais de todo opaís e uma constante contribuição social.

SEDE E FILIAISA faculdade tem sua sede em Campi-

nas, São Paulo. Suas filiais/sucursais ouseus Campus estão localizados nas capi-tais Brasília, Rio de Janeiro, Fortaleza, BeloHorizonte, São Paulo, Curitiba, PortoAlegre, e em Vila Velha, no Espírito Santo.

A filial de Curitiba se encontra neste en-dereço: Rua Fernandes de Barros, 1752 –Hugo Lange – 80040-450 Curitiba-PR – Tel.:41/ 3017.2000; 3030.5353.

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O papa Francisco também surpreen-deu a todos os freis capuchinhos, colo-cando dois confrades santos como mo-delos do Ano Santo da Misericórdia: SãoLeopoldo Mandic (da Província capu-chinha de Veneza, Itália) e São Pio dePietralcina (da Província de Foggia, Itá-lia). As relíquias de ambos foram leva-das à Basílica Vaticana (em Roma) e so-lenemente expostas à veneração dos fi-éis e dos peregrinos.

As relíquias de São Leopoldo Mandicencontram-se no Santuário São Leopol-do Mandic, dos freis capuchinhos vêne-tos, na cidade de Paduá.

Suas relíquias partiram de Pádua às4h30 de 03.02.2016) em ambulância,acompanhadas por capuchinhos e umapatrulha policial. No mesmo dia, chega-ram na Basílica São Lourenço fora dosMuros em Roma, ficando nos dias 3 e 4.Esta Basílica está sob os cuidados doscapuchinhos da Província de Roma.

Em seguida, foram levadas à igrejaS. Salvador in Lauro, onde permanece-rão no dia 5.

Desta igreja, foram transportadas aoVaticano, chegando à Praça de São Pe-dro no dia 6,onde foram devota e sole-nemente veneradas.

A seguir, foram colocadas dentro daBasílica Vaticana, ,onde houve diversascelebrações religiosas. Permaneceramna Basílica Vaticana de 7 a 11 de feve-reiro, à veneração de todos os fiéis eperegrinos que nesses dias passarampor Roma.

No dia 11, as relíquias foram trans-portadas para a cidade de Loreto (dias11-14), Bolonha (dias 14-16),sempreexpostas para a veneração dos fieis.

Retornando a Pádua, permaneceramna Basílica de Santo Antônio durante odia 16 de fevereiro. Nesse mesmo dia,foram levadas ao Santuário São Leopol-do, onde permanecem.

SÃO LEOPOLDOSÃO LEOPOLDOSÃO LEOPOLDOSÃO LEOPOLDOSÃO LEOPOLDOMANDIC NOMANDIC NOMANDIC NOMANDIC NOMANDIC NOVATICANOVATICANOVATICANOVATICANOVATICANO

BIBLIOGRAFIA:1. Antonio Fregona, Il mio Oriente – L’ecumenismo spirituale di san Leopoldo Mandic. Padova 2002, p. 2522. Pietro Bernardi, OFMCap, São Leopoldo Mandic, 8ª edição portuguesa. Cúria Provincial dos Capuchinhos

do Paraná e Santa Catarina, Curitiba, 1983, p. 95, ilustrado3. Lorenzo da Fará, OFMCap, Leopoldo Mandic – L’Umanità la Santita. Editrice Vellarin collabgrazione con

Edizioni PortaVoce, Pádua, Itália, p. 177.As fotos foram retiradas do Livro: Leopoldo Mandic – Lumanità La Santità de Frei Lorenzo da Fara OFMCap.

O decreto de criação do Santuário SãoLeopoldo cita como principal função o aten-dimento ao fiéis, oferecendo-lhes os mei-os de salvação, anunciando a Palavra deDeus, incentivando a participação da vidalitúrgica, a busca dos sacramentos, culti-var a espiritualidade do povo de Deus. Istoestá sendo muito bem cumprido pelos freisque aqui trabalham com muita dedicação:Alvadi Pedro Marmentini, Almir Carlos Spi-elmann, Messias Vicente Rodrigues, JoséCorreia Netto, procuram fazer deste Santu-ário, um lugar de acolhida e misericórdia aexemplo do padroeiro, São Leiopoldo Man-dic e frei Miguel Botaccin. São celebradasmissas aos sábados 19h30, aos domingos9h, 12h, 19h. No último domingo de cadamês no túmulo de frei Miguel às 15h. Comono tempo de frei Miguel todas as terças-feiras é celebra missa e novena a São Leo-poldo às 15h e 19h.

Além de oferecer todo o amparo à vidaespiritual, nosso Reitor, Frei Alvadi PedroMarmentini, desde que aqui chegou promo-ve o bem estar, a qualidade de vida, incen-tivando muitos voluntários a se doarem edarem outros atendimentos para aliviar asdores de pessoas muito sofridas e que mui-tas vezes não podem ter acesso a tratamen-tos alternativos para sua saúde. Para issotemos as terapias de grupo e também asindividuais:

TERAPIAS DE GRUPO: - A Celebração da Entreajuda, aconte-

ce todos os sábados às 14h30 e às 16h. Nofinal da celebração é feita a unção dos en-fermos. A celebração das 16h é transmiti-da pela rádio Evangelizar AM 1060 e FM90,9.

- O Amor Exigente se reúne toda quar-ta-feira às 19h30.

- O Grupo de apoio ao luto, acontece areunião às quintas-feiras às 19h30. Os freistambém estão sempre presentes dando

ATENDIMENTOS VOLUNTÁRIOS ATENDIMENTOS VOLUNTÁRIOS ATENDIMENTOS VOLUNTÁRIOS ATENDIMENTOS VOLUNTÁRIOS ATENDIMENTOS VOLUNTÁRIOSNO SANTUÁRIO SÃO LEOPOLDO-CICNO SANTUÁRIO SÃO LEOPOLDO-CICNO SANTUÁRIO SÃO LEOPOLDO-CICNO SANTUÁRIO SÃO LEOPOLDO-CICNO SANTUÁRIO SÃO LEOPOLDO-CIC

conforto nos velórios que acontecem naCapela Mortuária, aqui ao lado do Santuá-rio.

Terapias individuais: Informações emarcar horário para atendimento na secre-taria pelo telefone: (041) -3246-7148.

PARAPSICÓLOGOSAntônia Margarida Almeida; Amanda

Joay; Hatiro Shida; Hilda Wakako Shida; Ig-nez Ditzel Kropiwiec; Jane Márcia Oliveira;Lygia Marina Fucuta; Nercy Teresia Taglie-ber; Nivalda Nazario Stolf; Paulo VicenteSkraba; Ricardo Alexandre Balbino; ValérioFrancisco da Cruz; Psicólogos; Ariana Ma-mcarz; Caroline Kucek; Marisa Carraro; Mi-crofisioterapia; Louise Bresolin; VivianeCristina de Oliveira Guerra; Nutricionista;Juliana Ditzel Melo; Reiki; Joyce Mary Soa-res; Lauro Ianoski Bueno; Maria AparecidaMontanher; Reinaldo F. Canelas; SonelmaMaria da Rosa; Massoterapia; Leoni Frego-nese; Yoga; Ney Dias; Auriculoterapia; Da-niele Aparecida Jungles; TFT – Thought Fi-eld Therapy (Terapia do Campo do Pensa-mento); Ariane Iwanko; VOLUNTÁRIOS DAENTREAJUDA; ENERGIZADORES- RELAXA-MENTO- TERAPIA DE GRUPO; Ademir Pe-rez Bravo; Angelita Gonçalves; AntôniaMargarida Almeida; Ariane Iwanko; AristeuJoão Setti; Caroline Raymundi; CleversonScheid de Medeiros; Flávia Cardoso Mala-quias; Idene Maria Moletta; Ignez DitzelKropiwiec; Ivete Schitz; Joyce Mary Soares;Kellyn Crhis Teixeira; Lauro Ianoski Bueno;Lygia Marina Fucuta; Lilian Alves Pereira;Lucia Alves; Maria Aparecida Montanher;Maria Irene Mickus; Marlene Menta Scheid;Miroslava Farias Ferreira; Neide TeresinhaNóbrega Lorenzi; Nivalda Nazário Stolf; Ro-naldo Bortolan; Roseli Lacerda; RosianeMaria Milczevski; Sirlei Soares Nunes Deip;Solange dos Reis Cit; Sonelma Maria daRosa; Valério Francisco da Cruz; Vilson Ra-fael Stolf; e Ariane Iwanko.

Page 24: Osantuario maio2016

PROCISSÃO COM AIMAGEM DE SÃO LEOPOLDO

ACOMPANHADAPELOS DEVOTOS

** SERÁ APÓS A MISSA DÁS 09 H**TRAGAM AS CRIANÇAS** E

PÈTALAS DE ROSAS**Os organizadores da Festa

convidam para o almoço (adquiriros convites antecipadamente do

almoço) e outras delicias, queserão servidas há seu tempo.Durante o dia haverá muitas

diversões, entre elas o tradicional“SHOW DE PRÊMIOS”.

Aguardamos sua participação ecolaboração: Temos como objetivomelhorias para o Salão Paz e Bemem prol dos retiros e formações

(construção de B.W.C comchuveiros).

Venha à Festa com sua Família,trazendo ALEGRIA e ANIMAÇÃO.

À TODOS MUITO OBRIGADOpelas prendas, contribuição,

presença e participação.BEM VINDOS!

BOAS FESTAS A TODOS!Frei Alvadi, Frei Almir, Frei José,

Frei Messias e LiderançasRua Santa Eulália de Barcelona, 273

– Conjunto Osvaldo Cruz I - CICFone: 3246-7148

Acesse o FACEBOOK Santuário SãoLeopoldo – Frei Miguel - Email:

[email protected]

Liturgia: Catequese, Alunos Escolas ( Brasílio e Dirce ) e S.A.V.Tema: Vocação e Envio (dos envolvidos com os trabalhos na Festa)Pregador: Frei Rivaldo Vieira

Liturgia: Grupo de Jovens E.J.C,GAS e JuventudeTema: Juventude e os meios de ComunicaçãoPregador: Frei Alvadi Pedro Marmentini

Liturgia: M.C.C., Amor Exigente-São Leopoldo /Sobriedade e AA- Matriz.Tema: FamíliaPregador: Frei Alvadi Pedro Marmentini- Reitor

Liturgia: Apostolado de Oração, M.A.C. Legião de Maria, Mensageiras e OFSTema: Franciscanismo e CF 2016Pregador: Frei Messias Vicente Rodrigues

Liturgia: Equipes do DiaTema: São Leopoldo e a Misericórdia – Unção dos DoentesPregador: Frei Almir Carlos Spielmann– 15:00 hsPregador: Frei João Daniel Lovato - 19:30 hs

Liturgia: Pastoral do Luto / Terapeutas / Pastoral do Dízimo/ Equipes: Li-turgia e Canto.

Tema: Benefícios do VoluntariadoPregador: Frei Alvadi Pedro Marmentini

Liturgia: Liturgia, Mesc’s, Coroinhas e Oficina de Oração.Tema: Eucaristia e Vida ComunitáriaPregador: Frei Almir Carlos Spielmann

Liturgia: R.C.C., Homens e Mulheres do TerçoTema: Nossa SenhoraPregador: Frei Marcus Augusto Garcia

Liturgia: Equipe e Liturgia do Dia: Todos os Devotos de São LeopoldoTema: GRATIDÃO E ACOLHIMENTO.Pregador: Frei Claudio Sergio de Abreu- Ministro Provincial

**Missa Transmitida pela Rádio Evangelizar AM 1060**

Dia 06/05Sexta-feira

1º dia Novena

19h30

Dia 07/05Sábado

Dia 08/05domingo

Dia 09/05Segunda-Feira

Dia 10/05Terça-Feira

Dia 11/05Quarta-Feira

Dia 12/05Quinta-Feira

Dia 13/05Sexta-Feira

Dia 14/05Sábado

19h30

9h

12h

19h

19h30

15h

19h30

19h30

19h30

19h30

19h30