31
OWc wco SEMANÁRIO INFANTIL Tiío c m€^^ £ AA^ ANO XXXV NUMERO 1.805 PREÇO: NO RIO: 500 rs. ESTADOS: 600 rs. ¦— Teu pae é alfaiate e te deixa andar com uma roupa tão velha e remendada ! ! E o teu, que é cientista, e teu irmão não rem nem um dente ?... RIO DE JANEIRO, 8 DE MAIO DE 1940

OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

OWcwcoSEMANÁRIO INFANTIL

Tiíoc

m€^^

£

^

ANO XXXVNUMERO 1.805

PREÇO:NO RIO: 500 rs.ESTADOS: 600 rs.

¦— Teu pae é alfaiate e te deixa andar com uma roupa tão velha e remendada ! !— E o teu, que é cientista, e teu irmão não rem nem um dente ?...

RIO DE JANEIRO, 8 DE MAIO DE 1940

Page 2: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

O TICO-TICO 2 — 8 _ Maio — 1910

CONTOS.. MÂt PKU Os melhores livros de leitura para a infânciaforam editados pela Biblioteca Infantild'O TICO-TICO. Seus autores-festejados

escritores e artistas nacionaisderam-lhe não só caráter de lei-

tura atraente como cunho de

preciosos agentes de cultura dascrianças. Cada li v r o editado

^SHí íj -X reco__<fr/r/*a*/, Z,J ' • -JIJaWJÓT£&//U I -t ____>_.

«K/ IV ^7- J Jam^ax ''.

BIEU-T..» IUfANIH. oc BÍÍl » _. 0f*^^~^_mi •«¦~-*v»__s~ ! k DQLAO A~t

\ MF^v í faraós garotos

___._»..çjf-ec.* _-_*-__¦- _T^ Sv*^5/_f-U. --' í/í^Mm'

/C^JÍl "_t -:«•»"•• ¦

.// ~"]

iinui 1. ns

n_-?fe=BiBUOtECO INF-NTlt, D'0 Tll,... £ . «~-«»_______f- »•

CONTOS DA MAEPRETA — Historia*da infância que Os-valdo Orico coligiu aadaptou <_ leitura das :•¦ ._m»«_._ei ¦ _. ,, ____t im. _______ I ã/CurflAcrianças. Volume quedeve figurar entre osde mais valor na bi-bllofeca dos peque-ninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão devir. Ricamente ilustrado a cores.

LUCILIA — Historia emocionante echeia de suavidade que é a mais apro-priada leitura para as meninas. A historiade LUCILIA foi escrita por NoemiaCarneiro e traz lindas ilustrações a cô-res de Luiz Gonzaga.

pela Biblioteca Infantild'0 TICO-TICO marcaformidável sucesso devenda, o que

n s t r a aexcelência

de suaconfecção.

RÉCO-RÉCO, BOLAO E AZEITONA — Aventuras inte-ressantissimas dos tres bonecos redondos tão conhecidosda infância. Livro que Lufz Sá escreveu e ilustrou, rcalizan-do belíssima dádiva para as crianças brasileiras.

A' VENDA EM

TODAS AS

LIVRARIASD O B R A S I L

PARA OS GAROTOS — Um livro bem es-crito e otimamente ilustrado, que reune to-dos os requisitos para obter o maior êxitoentre as crianças. Texto cuidado e agrada-vel de Juvenall M. Mesquita. Ilustrações acôre_, de Luiz Gonzaga.

Quando _^/<?? O CtO 5£JENCr1E o>fc_ ift5_.BALõca...

Q Q<r\ VX&W* tà

PREÇO 5SOOO O VOLUME

Pedidos si

BII0IE.ll INIIL D'0 10-10Rua Sachet. 34 — Rio de Janeiro

OUANDO O CÉO SE EN-CHE DE BALÕES... — Livrode lendas e de historias dossantos do mês de Junho. En*cantadora coleção de contosde Leonor Posada, contosque enlevam a alma da cri-anca numa sensibilidade desonho. Ilustrações, coloridasde Cicero Valladares.

Page 3: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

.$_-&

Director-Gerente: A. de Souza e Silva

__§^__*0g©[_.© BB Á?®^®*-_¦__- —_ ¦ ,. , ... __. ._ ......

Meus netinhos:

Heloisa escreveu ao Vovô pedindo que lhe diga porque é que chamam "mês

das flores" ao mês de Maio. Diz ela que, residindo no Rio Grande do Sul, tem vis-

to justamente que "em Maio as flores começam a se tornar raras, as plantas a en-tristecer, com a chegada do inverno" e, por isso, acha um pouquinho sem cabimentoaquela denominação.

Heloisa, a nossa gentil amiguinha tem razão.O que acontece é que a denominação de "mês das flores" nós a usamos porque

a ouvimos sempre dos nossos avós, e tambem porque a viamos sempre nos livros

que nos davam a lêr: por tradição. Esses livros eram, antes do Brasil produzir livroscomo prodús hoje, todos vindos de Portugal, e os nossos avós tambem tinham ou-

vido empregar o termo "mês das flores" aos seus antepassados, quase todos de ori-

gem lusitana.

Para os portugueses, como, aliás, paia todos os europeus, a expressão está certa.

E' em Maio que os campos e sebes se enchem totalmente de flores, uma vez quea Primavera européa tem começo em Março e a natureza leva algum tempo a se re-

fazer do entorpecimento em que a manteve o inverno com suas geadas, suas ava-

lanches de neve.

Para nós, no Brasil, o mês das flores é Setembro, nas regiões como aquela em

que reside Heloisa, nas quais as quatro estações do ano são perfeitamente fáceisde se distinguir.

Em zona como a em que esíá situada a cfdade do Rio de Janeiro, é quase im-

perceptível.a mudança das estações, e aqui ha flores quasi que durante todo o anoVê, pois, Heloisa, que sua observação tem razão de ser. E tem aí a explicação,

que lhe deu com o maior prazer o.

VôVô

Page 4: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

AS AVENTUR A S ******D E

»v_ í~-^~?"*>__ \ Tome, Tupiniquim. Leve isto a^^SgslP**'' \"^^_^?

( Dona Rosinha. Mas não lhe'^Ák\É ) '''S3 cllKm f°' l110 mandou.

PIN I OU^

Pois s

Não vô Fazer boba.gem! Preste atenção J

ao que eu lhe disse!

tal )

\ ¦ ^^ ,^ÊfSmm*Kr

OH«-—.

O

o

rEstc c o meu

carneiro...

,^;^ ^"~ta.t §lili___

Eu já tive um carneiro maior do queeste. Era valente pra xuxú! Uma vez...

_—^ igffl —^r ir: ~-&&3Í

• U mmt

cn

5?

o'

to

Page 5: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

¦

GO

o iv V riom dia, dona Rosi., ' ¦ \ \ nna' Reccheu umas

Não, séo Paulino. Naorecebi nada!!

/>'¦',',]

f, „J} ¦ flores? Gostou?

-4<^y ,^_ ra~^ralcs<»iw . I . >»- -&&—f\ AS k::-Jk-Ti' f" |- I

Eh! Tupini-quim! Venha

calra_— «£ iraíra^l f3 F*V

vA.s^xxvn ..,; m ^ l ^-Hsxx.^J^tit^ ~SxAJ j^Pífi#

y o p?^

í€ix>. J"l^UlI/

y>v>x

O

4>O-

p

O

«O»—o

. - -

rintüo? Co. / ^V^yjT i? V/>

que cu rnan. f ^r*/T^*fT /WT/ á^^^^3^—1!-"^»^^^; W \ ^

iô?3 r\ rSMNneRTcn) '«—

áj7*f^CA ( Dona Rosinha, o carneiro / ,{<* >^**S ?' /(V "f»y- l enguliu as flores. Agora //**V ^j^ ;

<l * ' ,sQr estão aqui dentro. Fique lf"^V ^:S*>*.' Ww^^l ' COm f'e pra ^"hóra... x^l) V*^ íy

/ / - \ \ * ~ i n ^ Jj~ ^'

* **-*^--1--¦***—-W^aj-l UlI i — i , .|f| ... ||tJ| ,tw_M<| , tiiM^n^ , L|_ j

OHK-H

O

i-OÇOOOV

Page 6: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

O TICO-TICO_ 6 __ 8 — Maio — 1910

As cív-ènturas do Camondongo Mickey(Dc-..nl.o «!• VZ-Hor D_n»yo M. E. Kr_-_. «^-r««._P- (

^^r

~^^ -"" . , . , Ai ! Solte meu rabo !

„ , L_._j.-i Tá fugindo ! Ta fugindo lh ! Errou, bichao lo _. TT^zz—^r^ '^'- r£)^A>-— 7~lfT7\ XffíA' X\ t fT^V^,^"/

" ^^ *——' FiáuéistoÜ

FLOCK! Fáu • Fiou ' Rau

i 1' ¦

15?

Não estou gostando, sebe 1 Viste 7 E' o sabão. Horacio" Vou dar mais sabão a êle.

Har

Tenho uma idéa: vou" Olha lá. Mickey. Sabão demais fai mal! céga-Io !

Mickey, olha aquilo ! IContinúa).

Page 7: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

ar»

AS PROEZA

CAZUZINHA

( 8Cl ~mmmmÊmWl fl) Czò /^Zi*l \ ond0 ^Ê mmÊ I <!a sala Ue vlal" Ky\~^SU

<->- &.} V /" ** Ly I ^o \ > — Puxe CÜIU lór" 1

H ¦ - Va« vêr que barulhe / Jz^L/ \yf\ J/\JZ^ <2_-^"V é ôsse no quintal. \

/(£/ í0 (^k^tf ^^ ¦- ^-^

I/' **->• I' "\ H

§ {K'- Quem sabe se ha-0~~~""?>-^ l\ a' •«, fi BB uma loja aberta pa-í («-)>•/ JJ beleza! hi i\ *ltl-l*5 ra comprar chapéo ?

3.CO

5'

oo

~a^>»*'N-***">*V-»a^^»>'^'V',"»**a^^V ,

OH

o

o

Page 8: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

O TICO-TICO Maio — 19Í0_S- 8

O CALOR E O DESENVOLVIMENTO VEGETAL. — O calor e a úmida-

de são os principais agentes da germinação; e são ambos tão grandes nas

ilhas Marquesas (OCEANIA) que. segundo afirmação de um cientista, quan-

do fá se corta de um golpe uma grossa bananeira, o tronco cresce 10 cenü-

metros em menos de tres boras !

<

A madeira do CAMPECHfc (pau campeche), arvore centro-americana,

fornece um pó que permite tingir tecidos de seda. lã e algodão, tendo largo

emprego nas industrias tin+criaís. O mais interessante é que, segundo a pro-

porção em que é usado, fornece tintura negra, cimenta, vermelha, ou violeta.

Já é sar útil \

AS PASSAS DE CORINTO — celebres no mundo inteiro, provêm de umas

videiras que se cultivam ao longo das costas da peninsula de MOREA, perto

de CORINTO. na GRÉCIA, em uma extensão 6c 400 quilômetros. Essas vi-

deiras dão uvas pequenas, brancas ou rosadas, sem sementes que se agrupam

com diminutos cachos. Uma vei secas ao sol sobre as folhas da própria plan-

ta transformam-se em belas passas.

-

-WY~~ Yjêafà$O USO 00 AMARELO ATRAVEZ DOS TEMPOS NA IDADE MÊ-

DIA — o amarelo era a cor com que se vestiam os hebreus, e no século XVI ser.

via para distinguir os traidores ! As portas e janelas do palácio do con-

destavel de Bourbon foram pintadas de amarelo pelo verdugo. para ânun-

ciar ao povo que ali habitava um traidor!

Page 9: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

8 — Maio — 1940 o O TICO-TICO

HlHftVÍ811 ? 11 fifl füífil ÜN \Yê&QUANTO. MAIORES FOREM SEUo CCMHECíMENTlíí MAIS CAtAi iERA' tJOCk OE' VENCER:

— -¦ -¦ —

/QUANDO se avi-sinha o crcpus-

culo na Aigeria. reu-r.em-se grupos de ai-

gerinos nuni morro eficam em s'lendo até

o sol desaparecer.

tilOS merca-dos arà-

bes há umaespécie deadvoga-des. que porpoucas moedasredigem reque-nmentos e re-clamaçôcs parao povo Quan-

f\ CARVÃO de pedra foidescoberto ha mais de

dois mil anos. mas só foi uti-lisado em 1180 tornando-seconhecido como a "pedra

quequeima"

/"*\S indígenas da ilha deBorneo quando recebera

um livro, ficam muito tempoa folhear as paginas, sem sa-ber para que serve.

A s vezes apanham insc-tos que colocam entre as pági-nas, para depois fechar o li-vro e esmagá-los. Um dos in-

A LESMA pôde ca-minhar por crrr.a

do corte de uma nava-lha sem se cortar. Seusolhes estão situadosca ponta das antenasc éla os pódc virar emtodas as direções.

v10 AS ilhas Hawan ha

cow-boys" do mar. Eles

guiam os rebanhos atravésdas águas c, juntando-oamarram bois e vacas cemos chifres, oo costado desborcos»

CM SUM ATRA uma pro-íessora holandesa. quc:..r.-

do incutir respeito aos esco-lares indígenas, levou usacobra para as aulas Meu umdos indígenas, por sua ve: lc-vou um mangusto (pequenoanimal, terrível inimigo dascobras) e o soiiou. Num ias-tante a cobra estava morta e,quando a professora ia casu-gar o pequeno, o mangusto

quasi que deu cabo da pro-íessora.

digenas recebendo um livrode certo missionário deu-lheuma lavagem completa paralimpar a tinta de impressão,

que éle pensava fosse sujeira.

^"NUATRO quintas partesdos povos indianos an-

dam sem calçado. Mesmo os

que andam calçados têm quedeixar seu sapato a porta do)templo quando entram.

^*NS japoneses são os melho-res fabricantes de papa-

gaios de papei e celebraraverdadeiros concursos, pre-miando o que apresentar opapagaio mais fantasiado.Nesse concurso tomam partagrandes e pequenos,

C M certas tribus rirábes háo costume de se anunciar

a morte de algum chefe conuma frase especial: Nada dsnovo. "Fulano" é chefe. Issoquer dizer que o que era che-fe morreu e "Fulano" tomouseu lugar.

u ~, ^^jjjjjj^ç^AA^ v |»sI rs *

do se trota de entregara resposta o uma carta êlcscchram dobrado.

/""\S golfinho:, vulgarmentechamados bótes. poli-

ciam a entrada das enseadasc baias não deixan-do entrar os tuba-

dos quais são-terríveis inimigos.Se um golfinho seagarra ao ventre dcum tubarão só odeixa quando o vêmorto.

Page 10: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

O TICO-TICO __ 10 8 — Maio — 1910

LEGIONARIOi DA fORTE C 84 l

^^QsV^I^0 AMANHECER,NO d £/J//^^yy^y^^^JnS^v QUARTEL DOS LE6I- >/>: -f \v^ W<yÇ%^?

Ktodoô ao iPATEO. EM üni-jL, /dHs

1»^^

-fo MALUCO.DO K s—>x___l Cw^X-^"PINTADO- NAO OOp.) i QüE^^ (f^^S^TSTM.U NO QUARTEL'}/ eci .-7Aor-n*

* LlMA NOITfc IN- }t^rw riw yu«Ki__y; FELIZARDO- TPIDÀ ^EM OU'/ ______—+h- *- —*^ V^ __>H%r' •_»•_¦• • w-» "», __dfB ___

RECUSAR INFORMAÇÕES AOS AGENTES DO SERVIÇO NACIONAL DERECENSEAMENTO É O MESMO QUE RENUNCIAR Á PÁTRIA.

Page 11: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

Maio — 1940 — 11 — O TICO-TICO

LOCUÇÕES LATINAS E ESTRANGEIRASTRADUÇÃO E APLICAÇÃO

CREDO QUIA ABfiüRDUM((Creio por ser absurdo). — Pala-vras erroneamente atribuídas asanto Agostinho, que se limita a en-sinar que a fé, para crer, não neces-sita de compreender.

CUIQUE SUUM (A cada qual 0que lhe pertence). — Aforismo dalegislação romana: deve-se darCUIQUE SUUM.

CURRENTE CALAMO (Ao correrda pena). -- Escrever CURRENTECALAMO, isto é : rapidamente, semprévia meditação.

DAT VENIAM CORVIS, VEXATCENSURA COLUMBAS (A censurapoupa os corvos e persegue as pom-bas). — Verso ds Juvenal (Sátiras,II, 63). Cita-se todas as vezes quesão perseguidos os innocentes e sedeixam impunes os culpados."'

DE AUDITU (Por ouvir dizer). —Saber uma coisa apenas DE AUDITU.

DEBEMUR MORTI NOS NOS-TRAQUE (Estamos destinados amorrer, nós e tuão quanto é nosso).

Pensamento de Horacio (Artepoética, 63) sobre a brevidade davida da humana.

DECIPIMUR SPECIE RECTI (So-mos enganaãos pela apparência dobem). — Horacio (Arte poética, 25)refere-se apenas aos poetas, mas to-da a gente se acha exposta á mesmailusão.

DE COMMODO ET INCOMMODO(Da vantagem e ão inconveniente).

Oráenar um inquérito DE COM-MODO ET INCOMMODO sobre obraspoéticas.

DE CUJUS (Aquele, aquela ãecujo ou cuja...). — Primeiras pala-vras da locução latina De cujussuccessione agitur (Aquele, aquela decuja successão se trata) e que seempregam por abreviatura : As úl-Umas vontaães do DE CUJUS.

DE FACTO (De facto). — Opõi-se a DE JURE (ãe áireito) : Para cslegitimistas. D. Maria II era rainhaDE FACTO e D. Miguel rei DE JURE.

DE GUSTIBUS ET COLORB3USNON EST DISPUTANDUM (Gostos

e cores não se devem discutir). —Provérbio dos escolásticos da IdadeMédia, que se cita para affirmarque é livre cada qual de pensar eagir como entende.

DELENDA CARTHAGO (Cartha-go deve ser destruída). — Palavrascom que Catão o Antigo terminavatodos os seus discursos, fosse qualfosse o assumpto destes. Podem ei-tar-se como exemplo de uma idéiafixa, de um plano ou projecto, cujarealização se promove obstinada-mente.

DE MINIMIS NON CURATPRAETOR (O pretor não se oecupade questões insignificantes).— Axio-ma que se cita para exprimir queum homem, em certa situação, nãodeve oecupar-se de questiúnculas.

DENTE LÚPUS, CORNU TAU-RUS PETIT (O lobo ataca com osdentes, o toiro com as hastes) — Pa-lavras dè Horacio (Sátiras, n, 1, 52).Serve-se cada qual das armas que anatureza lhe deu.

f-R- EÕTCÜ FIC/U1DCLSS0 [ .lPO_ *cí v*"_ * FAB_OA L. PATO_o' l_SS*_SU-

_ .. .,., ., ¦-_ . .. i. — — _, ,

-.SE £U TOMASSE TAMB-fi__EXE E.U."t*_

* í»Ou HA<S•JE.LHO GUE O PCCTT-AO .MA"5> SOUO- GÊMEOS.FOR.

C_E 5-ino-j<*yetiA^~^\^ "

—~~ —*)J^_ CSTOU 3EK>Tll~DO O

£""V""MFEITO

L: __U

EU NÃO _ST_DE-I QUtMlG"- NETInií>TUPCH.oe.£> •aaS *j0u ecrmafi&Jfi, NO REHEOIO PO P<lTT?AO£. eu FICO COM O C-O-rj—"Ot\

v%_|{H

AQuI ESTíl' SEJj _" LIXEIRO" PAT_voJ I -ESXE DE TOuceeu cauEt?i/-"rAMB_r» £-prov_j_r_ . r r. /"^Ditora-TOU FlCAT-UX"*,—VET.HO '

_3y^ fjipiPOCü .ot£.

Ní5U_u{J.--HO r

QUE E.-IWR --Q-l-MTO : TINHAGOSTO O-A&U-. - NioencAti. J_^q,

r~ ? -\ ; s

LpLONrro.PATtÃO |v- -

Page 12: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

O TICO-TICO — 12 8 — Ma:o — lí)!0

Um leão, um chacal e um burroachavam-se, certa vez, em amistosa

jornada, atravessando uma grandefloresta. Em dado momento o leão,um pouco agitado, chamou o cha-cal e disse-lhe em segredo:

— Meu amigo, assaltou-me ago-ra uma fome irresistível e pelo quevejo nesta região sombria e assus-tadora não há caça de espécie ai-

guma. Uma única solução apresen-ta-se para o nosso caso: vamos co-

">'••* o burro !Bem lembrado ! — ganiu

juntamente o chacal— concordoplenamente com esse alvitre quevem solucionar, de um modo tãosimples, um problema tão gravepara nossa existência. Comamos oestúpido do burro, pois um burro amais ou a menos, sobre a terra, emnada perturba a harmonia perfei-ta da vida.

! O burro, entretanto, que não per-<lia de vista seus dois ferozes com-panheiros, compreendeu que eles,com aqueles cochichos misteriosos,tramavam qualquer coisa, e quesua misera carcassa não estava emsegurança.

Sem perda de tempo o burro,desviando-se um pouco do cami-nho, aproximou-se de um regato

que corria perto e começou a cor-covear e a pular com a cabeça vol-

0 leão, o chacale o burro

tada para trás, como se estivessetomado, de grande aflição.

Teria o misero enlouquecido ?.— Que estás sentindo, meu bom

amigo? — perguntou o chacal vi-vãmente interessado pelo caso.

Nada de grave — respondeu oburro — estou tentando, apenascom o auxilio do reflexo que seobtém na água, ler a extraordináriainscrição que um antigo dono meugravou-me, ha tempos, no lombodireito.

Que inscrição é essa ? — per-guntou o leão aproximando-securioso.

O burro, sempre paciente, expli-cou ao temido carnívoro:

Essa inscrição singular, daqual sou, sem querer, o único por-tador, ensina a descobrir um re-canto, nesta floresta, onde ha lin-dos e infindáveis rebanhos de ove-lhas. E' pena que eu não a possalêr !

Xão seja essa a dúvida —replicou o leão — vira para cá teulombo, pois creio que será paramim fácil tarefa traduzir a inseri-ção maravilhosa de teu couro.

Voltou o burro no mesmo ins-tante sua trazeíra para o leão, c lo-go que a bruta fera se achava auma distancia bem calculada e con-veniente, o astucioso burro arru-' >mou-lhe, de repente, um par decoices tão violentos, que a atiroumorta no meio do regato.

I Praticada essa incrível façanha,voltou-se o burro para o chacal,que a tudo assistira estarrecido, eperguntou-lhe num tom em que aironia aparecia completada pela ca-nalhicc:

j — Não quererás, ó dedicado cha-cal ! lêr tambem a inscrição que seacha no meu precioso lombo ?

Amigo burro — volveu cau-teloso o chacal — não posso iníc-lizmente atender a teu amável con-vite e a razão é simples: não seilêr ! Na escola em que estive, du-rante vinte anos, só me ensinarama ter prudência na vida e a fugirdos coices dos burros !

I E vendo que o burro ainda o fi-tava com desconfiança, ajuntou:

Quando tiveres tempo pede ateu dono que grave no teu lom-bo esquerdo (que ainda está vago>a seguinte verdade: "Insensato éaquele que não vê o perigo; maisinsensato ainda é aquele que vendo .não procura logo fugir".

E, depois de proferir tais pala-vras, afastou-se rápido e desapare-ceu na floresta.

M A B A T A H Nio<Haoo<H>ooooooooooooooooçoooooooooaoaooooooyooooooooocoo<ioooooooooooooooooooooooooo<!OOoi

£ É M C €1

' Faustina r.3o podia tolerar o mn.frido tom a falta de elegância quedemonstrava.

. Por isso um dia mandou fazorpara élc um terno bem moderno, dehombros largos,...

...bem recheiades de pano, assim elegante Balraraambos para uni passeio. Nb rua, Zé Macaco cs-tava constrangido com essa roupa, e...

Page 13: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

8 — Maio 1940 — 13 — O TICO-TICO

VAE "A PARM ACIA, E TRAZ /\jf %m UM VIDRO DE IODO. PREÍW Ç }*^ Aa TA ATENÇÃO POIS f&f Y^\

t-Ví_ .«¦ __ e » li I _CI_ E5QUECERE5 SERÁS ) y" ^\ ,—' 1PRETINI.0 yS^ynX fr

HONTEM. ZE-' PRETINHO.) fPOlS EU VI UMA MUITO MELHOP1\Vl UMA FITA DE MOCI-j _ (AQUILO SlM ! SO' TU VENDO MANE-

AjNHO< BATUTA^ MESMO./ /^qJ -rifSHA 6RIGA ATE'NÃO <ju£-_^_i-_i TT__

"V*-" V R_R r-IAis! EU VOU ALI na FARM A -

1__-£! __*_ .or. ^-__.A ¦ c Qu*ndo voltarteconto

í VAMOS.'O QUE Y) /9UERO PRlP-iEII-O UM CAL-, y*^ Ydfseja.menino^ . " '(mante Pois estou nervoso,

,r*f ÇvÇ)YqJ£Ú QÜERÕT-T"^ ///I/tJ \_A^|BUSCAR. '. ./-^ ~~^t

c_.-"mIiiV.1^*0 ¦¦¦ __^_j) L ¦-' ^ /V^ii^^V^^^*^

DA VIDA DENOSSO ULTIMOIMPERADOR

Por ocasião da viagem de d. Pe-dro II e da imperatriz à Europaem 1874, o navio em que se achavam os soberanos, ao chegarLisboa, teve que sujeitar-se à quarentena. D. Luis mandou oferece,a d. Pedro a corveta "Estefania",

que fora aparelhada para receberos imperiais viajantes. "Agradeço

muito tamanha gentilèsa — res-

pondeu d. Pedro — mas não posso'aceitá-la. Devo sujeitar-me á lei co-muni, cumprindo a quarentena co-mo os meus companheiros de via-gem. Aqui não sou mais do quePedro de Bragança". ,

* 3.

Esmiuçadores da história do nos-so segundo império asseguram que,com cortes de cabelo, no decorrerdo ano de 1836, d. Pedro II gastouapenas 36$000.

O Serviço Nacional de Recenseamento aceita a sua crítica mas pede a sua coope-t"ração. Coopere primeiro, critique depois. Critique construtivamente, cooperando.

Prestar informações exatas aos agentes recenseadores é dever de lealdade para!;,jcom o Brasil.

Reçensear é sondar as perspectivas futuras através das realidades presentes.O Brasil é rico - mas não sabe quanto possue. O Serviço Nacional de Recensea-

jnrvento vai contar, para o povo brasileiro,, a riqueza do nosso País.

e rftosTina

...ficou de máu humour. Para malidos pecados encontrou u:a sujeito quefez troça dele.

Zé Macaco quiz reagir masa roupa não o deixou se mo.vimontar e o...

...resultado foi que apanhou '...botar roupasvergonhosamente. Então cie fez ridicul.-.s par:, sejuramento de nunca mais... sujeitar d modal

Page 14: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

MING FOO¥«NOVELA DE

landon WalsContinuação n. 149.- • • ..

• O rald que fizemos a noite passada foi feliz. Temos boas cabeças Calm & boca> malucos , VocésCERTOS DE de Sado, que no mercado vamos trocar por bom dinheiro. nfio prestam nem para urubus.

QUE SUA • • ' Não percam tempoTENTATIVA r •¦ * , _. - r . com gado impresta-DE MATAR \ ,

K T"* 7/-C •>?, vel. Breve teremos pMINO OBTE- ,_L, «—S \ 4.J3» &u£s-sr~&-^ ouro a bessa- T^CTBsFVE ÊXITO, ^^ /"'~^«__i_?fi£S^>®iWkT "SX r—-^W$W Desculpe - me,

í•

y T TI 1 ———__-____-__---_-_i-_" ———

Esse miserável chlnez, o Ming, está bem morto. . . . Tenho, grande chefe. EstaO marinheiro e o garoto estão fechados num quar- voce «m a ena- .remos arranca.los de lá,to, tremendo, assustados como coelhos. So saem ve da porta da

poite, á procura de conüdas. moradia deles ? os levaremos como frangos pa-i yy^^ ra ° mercad°-

o

o

Page 15: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

Está escurecendo. Esse3patifes virão nos assaltar•sta noite em-quanto dormi-Bios... podemacreditar.

Já sei o que nosespera, se nosapanha»rem. S il oassassinos.

i mos... podem ^t35|B LS ~T /

Tr«tem de se lembrarque devem ser apanhadosvivos. Se fa-lharmos, o che-fe nos arranca-rá o coraçào.

Vamos. Ai hasó um homeme um garoto.

&vr. ms. King F»iUrCi <_*„<&;' .;;;..\v:- .: ' ~ =|^XJj

UAI! O fantasma deMine Foo

Sempre íoi proclamado : Os culpadossão sempre covar-des. o guerreiromais valente tremeá porta da morte.

*mmfaa^^m~mi I* V—s __« •-¦! m- —•»- f¦—„. "OS^i^^ Vou vl8lar—^\ n"""" 6%r WÂS7 com a espia-

Misericor-dia! Gran-de espiritodo morto

Nao ha negar : Quem nadana culpa só pode sentir as con-seqüências.

I

KTW /S j <•< —r-—^J^rnXs^

1» /.. a 'yv.nrc>rvwr^^ —1 V /,7 I

EIS AQUI UM CAMI-NHO PRATICO PARA OSEU PATRIOTISMO : —AJUDE O SERVIÇO NA-CIONAL DE RECENSEA-MENTO A FAZER Of?r/CÕXIMOS CENSOSBRASILEIROS.

•A SUA DESCRENÇA E'

APENAS O LADO NEGA-TIVO DE SEU PÁTRIO-TISMO. MOSTRE AGO-RA O LADO POSITIVO,COLABORANDO NOSTRABALHOS DO RECEN-SEAMENTO.

CONTINUA NA PRÓXIMA S EMANA

00

«5-•-o

Oi

OHmmoo

Page 16: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

O TICO-TICO

SERIE EDUCAÇÃO ESCOLAR GEOGRAFIA HUMANA RAÇAS. AMERICANAS - bob stewardO TICO-TICO

*

i

^m\\W JSfc* 'xxyfy, *¦ ¦«£==-•- i___;\<1k-/y ¦ ^

WemMm/ hllp Ê*?

INDIO DA TRIBU DOSTEMBÉS (BRASIL)

c~*r- ****"*V xi_... \ v\lf\\_

^l^%xv

o*ffi//___>W___________fe___y^"y>"^m\ \\mmmJL\S.'%-//

CURIOSO TIPO DE INDIO ^^^m^^M^^^^^^^BOTOCUDO (BRASIL) ^^^^^^^^^^^^È

¦hmt^&Ss^ ^mwwwa^S^/^^^^^^mwu^S •45-*** _».___

•__te**£Q* /tKm^S^^^M^%Smm\\%] INDI° ARAUCANIANO W^l V A

$5 (AMERICA DO SUL) |||fW luW H^P_B__H_^SS^^^^^1lwaSK P^ 1mm WÊ^MmwM^^'?! f-¦'___¦ B_fVtf8 \\Y^^^^>^^)^>v7íW^-r ~*\'_Z_ !____¦J P^MmR\|m W ffj . l_v¦Piwl % Ilp"Bk^V <S' =$3 ^L •¦'" r^m^7

\\ j^_ ^~~~~~.

/ÉL\ii _-.... "B*!-

^reaWw\mW*Wm^^m^^mm^^^ '^^lh___k

Menino tirió habitanteda vertente sul da cor-dilheira tumucumaque

(BRASIL)

Joven tirió ornamentada comexóticas pinturas (BRASIL)

BELO TIPO RACIAL DE ADO-LESCENTE (HOMEM)DE INDIO TIP.IO (BRASIL)

I

¦£_><>(, iteui-s-c/X

1

"*__>_______F

Page 17: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

O TICO-TICO — 18 8 — Maio — 1940

CONCURSO PERMANENTE DE DESENHOS

Uultos Históricos • RETRATADOS PELOSNOSSOS LEITORES

^^^^^**v»^^^«^^^^^v^v^**^^^wv^^^*^^^^^^*>^^i*

r/y* Tv)

Flcriano Peixoto — Por Fernando L. Mo.reira — M anos — R;o — D. Federal

Passos — Drs. de Bernadette Perez13 anos — Vitoria — E. Santo

\ ". mm^.*\r"Tm

rffl ~*>- Ch

^mmm^^^^^^*^mmW^^^&^^aa^

^^A*''' ^*V

Pio Branco — Des. de Eladia Ribeiro deAlencar — 15 anos — Maceió — Alagoas

Caxias — Des. de Jussara Grnc — 1$unos — Recife — Pernambuco

*o£!c~~ - ^síf

Olavo Bilac ~- Por Lúcia Marques «ie Al.meida — 11 anos s- S. José do Rio Par,

do — Sao Paulo

llenritjut Dias ~ Por Benedito de Aze^vedo —13 anos — Mogi das CruzesVj.

Sâo Paiilo * >

FOI CONFERIDO OPREMIO DE ABRILAO RETRATO DA

REDENTORA

À comissão encarrega-da de {ulgar os tra-

balhos publicados no mêsde Abril, e escolher o quedevia ser premiado, opinoua favor do retrato daPRINCEZA ISABEL feitoporWALQUIRIAS LIGO-RIO, de 13 anos, residenteá rua Joana I ontoura n.° 10,em Bom Sucesso, nesta ca-pitai. v

O retrato da Redentorafoi publicado na nossa edi-ção de 17 de Abril. Wa!-quiria Ligório, que é alunado Externato Afonso Pena,está, portanto, de para-bens, podendo vir buscar;o seu premio, uma linda ca-nêta-tinteiro, em nosso es-critório, á Travessa do Ou-

| vidor, n.* 34.

TpDOS os leitores d'0 TICO-

TICO podem tomar parte neste ,.Concurso, enviando quantos desenhos idesejarem, feitos a tinta preta, assinaios no verso e trazendo a idade e o en-dereço completo do autor.

N AO são aceitos retratos assinadoscom pseudônimos on que tenham

sido decalcados.

M ENSALMENTE será conferidoao autor do melhor trabalho pu-Uicado no mez anterior om lindo pre-mio. -«. -

ESTES DESENHOS SERÃO JULGADOS EM JUNHO

Sô serão publicados

classificados comoa critério da Re«ia<*ão.

os retratosdignos disso,

j

NAO se devolvem originais, mesmo

não tendo sido publicados.

Page 18: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

8 — Maio — 1940 — 19 — O TICO-TICÒ

Aventuras de Tinoco, caçador de feras -

Tinoco contou a mister Brown que voL Fora a uma barraca de tiro ao alvo e<ára ao Parque de Diversões para dis. o barraqueiro, sem saber de quem se tra.trair.se. tava. confiou.lhe...

...uma espingarda e cem tiros pagoscdiantadarr.entc. O pobre homem julgarafazer um...

...ótimo negocio e imaginem o leu cs-panto quando, depois de um tiroteio inin.íerrupto, vira passar para...

.. .as mãos de Tinoco todos os prêmios Mister Brown achou que aquilo foraexpostos. O homem acabou entregando a uraa maldade injustificável, praticada combarraca a Tinoco e desaparecendo. superioridade de armas...

COMO SE PRODUZ O RUIDO? E PÔDE ESTEOUVIR-SE ONDE NÃO HA AR?

Chamamos ruido ao conjunto desons que não têm condições musi-cais porque se compõem de ondasaéreas que são regulares e que fe-rem o ouvido de uma maneira dis-cordante.

Quando se fala do som, costu-ma-se dizer que é o resultado dcuma enda de ar, porque, geralmen-te, é isto e não outra cousa. E'certo que se não pôde ouvir somalgum onde não ha ar, se por

"não

haver ar" queremos significar ovácuo, isto é, um espaço do qual«e extraiu o ar. Mas as ondas queproduzem sons podem transmitir-seatravés 4_V_u.ros gases que não se-

jam os que compõem c ar ou atra-vés dos liquidos e dos sólidos. Osom transmite-se com grande velo-cidade, por exemplo, através dumamassa de água. Sabe-se também,perfeitamente, que esta transmis-são se verifica através da massa dossólidos porque as janelas fechadasnão impedem que ouçamos os rui-dos que vêm da rua, embora os en-fraqueçam um pouco. Quer istodizer que o movimento da onda dear na parte de fora da janela se co-munica aos vidros e, depois de pas-sar por estes, ao ar do interior dahabitação.

O vidro enfraquece um pouco òsom, porque se perde uma certaquantidade de força, permita-se-nosa expressão, no transporte da ondade um meio para o outro.

Embora o ruido e o som possamgeralmente propagar-se através dequalquer substancia, quer esta sejaliquida, sólida ou gasosa, aquilo aque chamamos éter não pôde pro-pagar o sem. Deste modo, não pó-de haver som algum nas profun-dezas do espaço e o maior ruidoque se produzisse nas regiões doSol jamais poderia ser ouvido naèTerra. Por outro lado, só o éter écapaz de conduzir a luz.

Page 19: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

O TICO-TICO — 20 — 8 — Maio — 1919

:-~2-__~.

'i-'-i-'i-.'_.__f Rir;

^*àfòa&>d2'-.

Yr«aa_u»i a iwMw*-t» i'l" 'U T" 1 »mi r_->

ERA UNO Pedrinho Foi o primeiro ga-

roto que apareceu naquela tarde

em frente ao "terreiro" da casinha

do velho tio André, onde se re-

uniam as crianças da vila afim de

lhe ouvir as histórias que êle, com

tanta bondade e paciência lhes

contava.

mm Por onde andam os outros ?

— perguntou o bom velho as-

somando á porta,-- Não devem tardar por aq_S;

respondeu o esperto menino, acres-

centando:

E' certo, — tio André, — que

o Brasil foi descoberto por acaso?

—- Por que perguntas isso?

-- Porque quando passou o dia

3 de Maio, aniversário da desço-

berta do Brasil e a nossa profes-

sora, no colégio, depois de falar

sobre os grandes navegadores an-

tigos, recomendou que, para co-

memorarmos a data da descoberta

do Brasil, nós escrevêssemos o quesoubéssemos sobre o caso. Logo

depois começou uma discussão en-

tre os alunos a respeito dessa des-

coberta, dizendo uns que isso tinha

iv *^___,?.:

sido por acaso e outros que FecUo

Alvares Cabral tinha vindo de

propósito de Portugal para des-

cobrir o Brasil.

Enquanto o Pedrinho falava fo-

ram chegando vários meninos quetomaram parte na conversa e a

discussão gcneralisou-se, havendo

partidários dos que diziam ter sido

obra de acaso a descoberta do

nosso país, enquanto outros susten-

tavam que o grande almirante luzi-

tano bem sabia o que estava fa-

zendo, quando se afastou das cos-

tas africanas e avistou no horizonte

o Monte Pasqual no domingo da

Pascoéla, a 23 de Abril.

Ao ser pronunciada essa data o

Pedrinho estranhou:— A 23 de Abril, ou a 3 cie

Maio?-- No ano de 1500, quando 0

Brasil foi descoberto, o domingo

da Pascoéla "caiu" no dia 23 de

Abril. Acontece, porém, que depois

de reformado o calendário, em vista

do desencontro que havia entre, a

chegada das 4 estações do ano c

as datas marcadas nos calendários,

foi feita uma reforma avançando-

se treze dias, com o fim de acertar

as estaçõ-s com os dias em que

elas deveriam aparecer e que são,

na Europa, assim reguladas: de

19 a 21 de Março começa o ou-

tono; de 20 a 22 de Junho começa

o verão ou o estio; de 22 a 23 dc

Setembro começa a primavera e,

finalmente o inverno começa entre

20 a 21 de Dezembro..

. No nosso clima e em outros cli-

mas tropicais não ha essas esta-

ções assim descriminadas,

Temos uma época de verão _

outra de chuvas.

Conta-se que um inglês, escre-

vendo para um seu patrício em

Londres, dizia: "No Brasil só ha

duas estações, que são: o verão e

a estação do calor. Algumas pes-

soas acham que ha três estações,

contando com a estação... da Es-

trada de Ferro Central... que

vai ficar muito bonita...

• Engano dele. O Brasil é o pais

da eterna primavera, concluiu a

bom velhinho André.

ETJSTORCxIO W A- JX D 13 R _C_ E Y

O RECENSEAMENTO E" UMA FOTOGRAFIA INSTANTÂNEA DO PAIS. QUEM NAO APA-

RECER NELA. FICARA ISOLADO DA COMUNIDADE NACIONAL.________^__»**->-3Sí-_£

Page 20: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

8 — Maio — 1910 — 21 — O TICO-TICO

0 HERDEIRO DO LOBO AS 1SDENAO Lobo das Ardcnas era o se-

nhor dc Chambeavtx, grande caça-dor e "máo homem" diziam á bocapequena — pois ninguém ousava«lizê-lo em alta voz, tal era a suaferocidade, capaz de matar um ho-mem com uma só pancada ou atra-vessá-lo com sua enorme espada.Lobo das Ardcnas enviuvara haviadezesete anos; seu filho único fõ-ra morto por uma febre intensa edc máo caráter, o que mais enfure-cia ainda o senhor de Chambeaux.

Para êle uma criança de sanguere?.l não devia morrer vitima dcuma enfermidade, mas sim comba-lendo, com o peito varado por umaespada. |

Depois desse acontecimento, orude senhor de Chambeaux viviasolitário, tinha até posto fora decasa seu irmão mais moço, que nãopossuía bens alguns nem riqueza,c assijn vivia rodeado de servido-res todos edósos, contando o maismoço nada mais nada menos dcsessenta anos, e o mais velho cem.Frank, era o nome deste último,ainda a custo e sem nada dizer,lastimava, no entanto, o destino doirmão de Lobo das Ardenas.

No Castelo reinava o mais pro-fundo silencio, só se ouvia o latirdos cães de guarda e a voz do se-nhor de Chambeaux, que viviamuito bem com uma loba chamadaDraga.

Na verdade Lobo das Ardenasestimava muito seus cães, mas oúnico ser a quem amava fervorosa-mente era a Draga.

De pé, nas patas trazeiras, a haca purpurina, o pêlo rude e eriç-i-do. côr d'aço, olhos a chispar. asoberba fera vivia familiarmentecom o terrível barão e era tão te-niida quanto êle.

Felizmente, o senhor (le Çhn.ii-1-eaux não a largava, evitando as-mui qualquer desatino. Conduzia-a-ácaça, oií*melhor éla o acompa:va; mas sempre que tocava na ca-ça era para cia e nunca para odono. Com toda a certeza éla nãoqueria ser "domesticada". como oscães ! Xas horas vagas, ela estran-guiava os ladrões furtivos c todosaqueles que clandestinamente bus-cavam um abrigo nas florestaireaes.

Ora aconteceu que Draga, umanoite, desapareceu ! O senhor deChambeaux pôz a c?dadc em poi-

vorosa, em todos os sentidos, afimde encontrar o animal, lias foi cmvão; ninguém encontrou a loba.I Lobo das Ardenas ficou louco dedôr e não dormiu mais na mesmacama.

Era-lhe preciso o hábito da ferap-ra embalá-lo. e fazê-lo sonharmuita coisa bonita.

O barão mandou publicar e-li-tais e avisos, pedindo que, se ai-guem houvesse morto a fera, queprevenisse afim de não procurarmais.

Mas, por simples que fossem.tais avisos, os habitantes diziamentre si :

É tratar de fugir ! Se eu vira íéra pela direita, deito a corrercm sentido contrário !

Se eu a tivesse morto, não co*meteria a tolice de o dizer, pois se-ria enforcado ou assado no espeJ.o,c- mo qualquer frango sem sorte.

O barão, não vendo aparecerpessoa, prometeu reconhecer seuherdeiro aquele que lhe trouxessea loba fugitiva; esta promessa foiassinada e publicada, afim de quonão desconfiassem da sua legitimi-dade.

i Lobo das Ardenas era rico eavaro; esta má qualidade passavade pais a filhos, e diziam que emsuas casas e adégas existiam encr-mes toneis, cheios de ouro e pe-dras finas.-

I Por mais que prometesse, po-rém. Draga não aparecia.

Passaram-se meses.* O barão, nesse espaço de tempo,relativamente curto, vivera anos;seus cabelos passaram de prata a->branco, e, ao envêz de pronunciarduas ou três palavras, cerrava osdentes e nada dizia , . . <¦

Passava o tempo a caçar, íu-rioso. J

Uma noite — o inverno era rigo-roso e a neve cobria os caminhos— o barão, sentado junto do fogo.dominava, quando alguém bateu áporta do castelo. Era um indivi-duo de má aparência, curvado sobreura páu e tão escuro, que pareciaenfumaçado. Este indivíduo pediupara falar ao dono áo castelo. Oacriados, espavoridos, disseram-lhe:

Continua teu caminho; o pa-trão não quer vêr. pessoa alguma.

. ¦— Mas, hei de vê-lo — respon-deu o homem — pois trago noti-cias da I

A creadagem entrou a rir, rnur-Jmurando:

Quer falar da loba ! — Sim,mas que irá dizer êle ? Seja o quefôr, se não se sair bem enforca-mo-Io.

O homem impaciente bateu comcajado no chão,'gritando:

i — Olá Sr. de Chambeaux, estásmorto ou enterrado ? Será precisolevantar a pedra de uma tumbapara o vêr ?

De repente ouviram os passospesados do barão e em breve apa-recia êle no limiar da porta,i — Que querem ? És tu, maltra-jpiiho, que fazes tanto barulho ?,Hás de te arrepender ! . . .

Se o senhor quizer poderá cas-tigar-me; mas quem lhe dará no-tícias de Draga ?

-— Sabes onde está Draga ?..^Sim, sei.

¦— E onde está éla ?Dir-lhe-ei já; mas primeira-

mente, Sr. de Chambeaux, prome-ta-me ser um homem de palavra.Aquele que trouxer Draga, tornar-se-á o seu herdeiro ?

Disse ! — respondeu o Lobodas Ardenas sorrindo — • disse e as-sinei. Palavra de rei não voltaatráz !

— Promete-me também que,nãomatará aquele que reclamar tal he-rança ?

1 O Sr. de Chambeaux jurou; mas'dizendo com seus botões que, comtoda a certeza, o tal herdeiro haviade morrer antes dele.

E voltando-se para os guardas;1 — Prendam esse intrujão — gri-tou êle — um atrevido que ousaduvidar das minhas palavras.Prendam-no e ponham a ferros nosubterrâneo.

E quando quizer sair, há de di-zer-nos onde'se acha Draga.

O homem não respondeu; sorriu,rrenderam-no num subterrâneo.

No dia seguinte, quando o pro-curaram, lá não se achava, postoque fosse preso com todas as cor-rente-.

f Lobo das Ardenas, ficou furioso,'esbravejou, gritou, bateu e man-dou chamar por fim o mais hábilde todos os creados afim de con-sultá-lo.

O creado disse-lhe que era debom aviso manter a palavra quehavia dado.

(Contòtúa na f-ag. seguinte').

Page 21: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

O TICO-TICO 22 — 8 — Maio — 1940

0 herdeiro do Lobo das ArdenasQue com toda a certeza p homem

conhecia todos os cantos do sub-terrâneo, a menos que não fosseum feiticeiro ! . . . Que o tinhamenganado e que êle fizera muitabem fugindo.

— Depois — acudiu o barão —

quando eu tiver a minha Loba si-berei o que fazer ... O diabo éque o homem desapareceu; senão,fa-lo-ia de acordo com o meu pacto.Corram todos e façam saber as mi-nhas intenções; com toda a certezaêle não deve estar muito longe.

Assim fizeram os emissários ehouve cem testemunhas para ga-ratitir as palavras do barão. Vi-ram então reaparecer o homem;era noite fechada. Disse êle ao ua-rão: — Confio nas tuas palavras e.se me permitires tocar esta trompado alto de uma das torres do cas-télo, amanhã ao romper d'alva oherdeiro de teus bens se apresen-—H acompanhado de Draga.

Oh !oh ! por acaso Dragaencontra presa ? Na verdade

c'a deve ter mudado de humor,longe de mim ! . . . Vá, máo fei-ticeiro ! Se te divertes á minhacusta far-te-ei chorar. Pois estanoite sou eu quem te vai guardare creio que não terás a petulânciadc fugir ás minhas vistas.

Ora — murmurou o homem —se me deres de comer dormirei co-mo um lord ! . . .

Pois bem, aceito o desafio.1 Deram-lhe de comer; o homemcomeu, êle só, um quarto de javalie um quarto de carneiro.

Livra ! . . . exclamou o ba-rão — tens um apetite de rei edentes dc lobo, meu amigo ! . . .

Um Chambeaux não faria tanto!Queres comer ainda alguns peixes?

Porque não ? — respondeu oihomem.

Deram-lhe um robálo, quatrotainhas e uma tartaruga, que lo-ram devorados em alguns minutos.

O barão quiz também mostrar-se

(Continuação da pag. anterior)

"bom garío", mas teve que renun-ciar a tal intento, exclamando: |

Uff 1 . . . come tanto quantouni Chambeaux I

, Levantaram-se por fim.Vai tocar a tua trompa ! —

disse o barão — e depois dormirásno meu quarto. Veremos pelamadrugada se só prometeste Dragapara comer e dormir á minhacusta. O homem fez soar a trompa enão houve panela na cosinha quenão dançasse no prego.

Que pretenção 1 — exclamouLobo das Ardenas — êle toca co-mo um Chambeaux !

Sem articular uma palavra coii-duziu o hóspede ao quarto. Poucodepois o homem roncava, como umespanhol. '

Miserável — exclamou o ba-rão ! — Êle ronca como um Cham-beaux 1

No entanto, êle também dormiu.Pela manhã foi o homem que,

lhe tocando no ombro, disse:Olá, barão, levanta-te, pois,

se não me engano, Draga não de-ve estar longe.

Oh !oh ! dormi ? — per-guntou o barão, esfregando osolhos.

E tu já estás de pé ? Quem es-tá a bater nmoorta ?

Senhor, T».sse um criado é . . .'e . . . e . . .

E então ? é . . . é . . . que?1 — É Draga.O barão saltou do leito e atirou-

se para fora, acompanhando o cria--do. Quando chegou á porta en-controu todos os criados reunidose fora um menino, tendo Dragapresa por uma fita.

Lobo das Ardenas abriu o por-tão e começou a fazer festas aDraga. i

Senhor de Chambeaux, eis atua obra e o teu herdeiro.

Ora, a criança era linda, rosadacomo uma maçã e possuidora deuma basta cabeleira amarelada.

i Lobo das Ardenas levantou-onos braços, enquanto Draga, inquie-ta, rosnava como para defendê-lo.

— Sou Henrique de Chambeaux,o filho de teu irmão, que puzéstcsfora de casa — respondeu o meta-no com um sorriso meigo.Então Lobo das Ardenas entroua chorar com tanto ímpeto, quesuas lagrimas fizeram um riacho.

; Tomou a criança nos braços,apertou-a de encontro ao peito,com toda a força.

Não ousava falar; lembrava-sesúmente de que, por morte do fi-lho, despedira o irmão com essacriança recem-nascida. Ora, a cri-anca entregue ao desamparo furamorar na floresta com seu pai eaí creára Draga e um outro lobo.

Sabendo que a Loba estava comseu irmão, não ousara reclamar.Mas o animal, correndo as flores-tas afastára-sc mais que do costu-me, indo ter ao logar do seu nasci-mento.

A Loba preferia a criança ao ba-rão.

Henrique, largando as mãos deLobo das Ardenas, foi buscar seupai, dizendo:

Estou com êle ! Se êle ficar,eu ficarei; se partir, irei com cie.

Então o barão não se poude c^n-ter e gritou:

Preparem o castelo com todaa magnificência; quero dar umafesta pomposa, para que todo omundo saiba quem é o herdeirodo barão de Chambeaux e respei-tem-no, como se fosse eu mcs.no.

E desse dia em diante viveramtodos muito bem. Um dia mor euFrank, sem nada dizer. Frank obom servidor, e no entanto, levavapara a tumba um grande segredo:fora êle quem conseguira, por in-termédio da loba, fazer com que obarão chamasse a si o irmão, queexpulsara de casa, reconstituindo afamilia dos Chambeaux . . .

C A M A R A D A G I- kl

Page 22: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

8 — Maio — 1940

TROCO MIÚDOEntre os camponeses da Argen-

tina, é comum velar uma cruzquando alguém morre. Pedem attm padre que a benza e, duranteuma ou mais noites, efetua-se acerimonia do velório, sendo, depoisdisso, a cruz conduzida em procis-são, à sepultura, e ali cravada, dolado da cabeceira.

Os olhos das moscas são cons-tituidos por facetas que lhes per-mitem, vêr, simultaneamente, emtodas as direções- Cada olho com-porta uma cifra verdadeiramentefantástica de facetas. Mas o disborboletas, entretanto, contémmaior número ainda.

Pyrrhon, o filósofo cético, aíir-maya que nunca podemos estarcertos de que uma maneira de agirseja mais acertada do que outra.Uma vez, na sua mocidade, estan-do êle a dar o seu passeio vesperal,avistou sen mestre de filosofn. ohomem que lhe incutira aqueleprincipio, com a cabeça enterra Ianum fosso e sem poder libertasse.Depois de contemplá-lo um instau-te, Pyrrhon continuou o caminho,considerando que não tinha nenhu-ma razão suficiente para julgarque fazia bôa ação retirando o vc-lho do fosso. Outros menos céü-cos o salvaram c censuraram Pyr-rhon, pela sua crueldade. Mas omestre, fiel aos princípios, louvouo discípulo, pela coerência comque agira.

Ê *

Os camponeses da Herzcgovinatêm, como um rendoso negócio, ocomércio de serpentes. Estasmuito numerosas no referido ter-ritório, que é, em toda a Europa.aquele em que se encontra mai rquantidade delas. As serpentes daHerzegovín» são vendidas, na Eu-mpa, para fins científicos.

v * *

Uma das curiosidades da c-de Sclionebeck, na Alemanha, éuma enorme gruta de sal. situadaem um dos seus arredores, a maisde 400 metros abaixo do nível doBÓIo, Para facilitar-lhe o acesso c.

im, atrair os turistas, os ale-mães nivelaram o solo das sucos-sivas galerias, dotando-as de í'-.t-minação elétrica que lhes dá i.iuaspéto feérico.

— 23 — OTICO-Í,

_r \3TvXi»^m <- owçErt?

A cruz gamada ou suástica

QUANDO os alemãis elaboraram as suas teorias sobre a

supremacia da raça germânica, buscaram um sinal quepudesse simbolizar claramente as suas aspirações. Es-

colheram a cruz gamada; e ao cabo de alguns anos, este em-blema figura nas bandeiras, nos estandartes, nas braçadeirase em todas as publicações da Alemanha.

No entender dos que a escolheram, a cruz gamada sim-boliza a pureza da raça ariana. Verdadeiramente, a sua ori-gem parece extraordinariamente complexa. O nome sanscritoda cruz gamada é "svastika", nome que se lhe dá na índia,donde parece originária, e em todo o Oriente, por onde seespalhou imediatamente. Ao princípio designou o aparelhopelo qual os homens primitivos originavam o fogo. Propa-gando-se, chegou a ser o símbolo do próprio fogo, depois odo sol, e por fim o do raio e da tempestade.

As investigações dos arqueólogos nestes últimos anosrevelaram que há muito poucos lugares na Europa e na Ásiapor onde não se divulgasse a "svastika". Schilemann descobriueste emblema no reconhecimento da antiga cidade de Troya;e o famoso cemitério etrusco de Golasecca continha um vasocom uma cruz formada por duas barras dobradas. Nos mo-numentos dos hititas, povo que ocupava pouco mais ou me-nos o local da Palestina de hoje, descobre-se-o claramente.

Parece que foi na Idade do Bronze, época das grandesemigrações dos povos, que principalmente se difundiu a cruzgamada; é encontrada, a partir desta época, em sepulturas,muralhas, etc.

Pouco a pouco caída em desuso, os cristãos, nos primeirosanos da Igreja, substituíram-na pela cruz simples, símboloda morte de Cristo. Esta, ao propagar-se, fez esquecer pau-latinamente as origens obscuras dum sinal que tem sofridomultíplices interpretações, todas, contudo, com base herética,ou paga.

BREVE — BREVE — BREVE — BREVE — BREVE — BREVE

MIUDINHOUMA HISTORIA ENGRAÇADA A' BESSA

Ilustrada por

BREVE l

Oswaldo Storni

BREVE f

Page 23: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

9 TICO-TICO 24 — 8 — Maio — 1910

JOGO DO CONTRABANDOO TABOLEIRO. OU PARA MELHOR DIZER. O DESENHO QUE ACOMPANHA ESTAS LINHAS HA DE SER.

VIR DE TABOLEIRO. COLANDO-O EM CARTÃO GROSSO A FICHA BRANCA. COM UM C REPRESENTA O CONTRA-HANDISTA E AS QUATRO FICHAS PRETAS. OS CUARDAS FISCAIS.

O JOGO CONSISTE EM FAZER COM QUE AQUELE ATRAVESSE A FRONTEIRA ILUDINDO OS GUARDAS-FISCAIS SO PODEM JOGAR DUAS PESSOAS PARA EVITAR DISPUTAS TIRA-SE A SORTE PARA SABER QUEM VAIMANtjAR O CONTRABANDISTA E OS GUARDAS NO INICIO DO JOGO O CONTRABANDISTA SE COLOCA NUMQUADRO QUALQUER NA PARTE SUPERIOR E OS CUARDAS NOS QUATRO QUADROS NEGROS: DURANTE OJOGO. NÃO IMPORTANDO A CÔR DOS QUADROS. CADA JOGADOR DEVE FAZER UMA JOCADA DE CADA VEZ:ISTO t. A CADA MOVIMENTO DO CONTRABANDISTA HA DE SEGLIIR-SE UM MOVIMENTO DE UM DOS GUARDASFISCAIS FIQUE BEM ENTENDIDO QUE NÃO SE PODERÁ MOVER SENÃO UM DE CADA VEZ.

AS FICHAS PODEM ANDAR PARA DIANTE. PARA TRAZ OU PARA OS LADOS. MAS NUNCA EM DIAGO-NAL, Sô PELOS LADOS NOS LOGARES ONDE OS QUADROS UNIDOS SFM DIVISÃO FORMAM RETANCUL". OMOVIMENTO DAS PEDRAS í LIVRE

• •••O/

'¦________

________ __-¦ ¦i

nMmm\L-J-P________¦ BB

______H___k____^____t ___( _._ '*

___^~_B ____!______,

^^— UmUM: maam mm _____¦'_________ ________!* ________)_ __________________! ________________

_____! _______! ________!

_mrí_ .it_oi irn— " ' *" ' "' —""-~~~——m"mmmmm~~—¦

*¦ —I— ¦'¦ I -¦ ¦—¦—i^M i - _ I ¦ _¦¦ P

Page 24: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

8 — Maio — 1940 — 25 — O TICO-TICO

1

__f ___¥ ÁmW

__. Mf Á\mWmm \W iHH|

RIO DE JANEI RO

RIACHO RUARECADO REIREIS RIA

Í ; .RUGA » É

rfr,,,. ti// *«/ y/Jt

i„,V '

RAPAZ (GAVIÃO)

RATAZANARARIDADERORAIMARODOPIOROUPAROSNAR

r/^

RÃ DAS ARVORES(PERERÉCA)

RÉCO-RÉ CORELVARÊSMAR ÉTO

RATO D'AGUAREALEJOREALENGORODAROCARI PA

^^^^^^^

RATO DO MATO

Page 25: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

O TICO-TICO 26 — 8 — Maio — 1910

Alfabeto Ilustrado d' 0 Tico-TicoRIO DE JANEIRO

Capital do Brasil, a cidade

do Rio de Janeiro com cerca

Ja 3 milh<5es de habitantes,

está tltuada à margem oc'

tal e logo à entrada da m:

tosa e incomparavel baía de

Guanabara.

Não ha, em todo o mundo,

cidade em que a natureza te-

nha sido tão pródiga em paisa-

gens admiráveis como foi |

O Rio de Janeiro.

Possue a capital l

soberbas e encantadoras ave-

nidas arborisadas, lindas pra-

ças ajardinadas, quasi -iodes

guarnecidas de belas ¦

além de um sen numero cs

edificies verdadeiramente sun-

tuosos e arrabaldes que cons-

tituem a inveja de quantos es-

trangeiros nos visitam.

Fartamente rkiminada à luz

elétrica, é a cidade dc Rio de

Janeiro a primeira co mondo

sob este ponto de vista, razão

por que é cognommacd Cí-

dade Brilhante, e, depcis de

Berlim, a que pcr.ue m

higiene e limpeza nu

dadesa. Os seu: servi

Assistência Pública e Be

ros são justamente considera-

dos como dos ma's |

do globo.

Em resumo, o Rio de Jar.co

é um des mais importantes cen-

*}toí literário, artístico, cienti-

Ifico, industrial e comercial do

mundo, sendo o seu vasto e

excelente porto defendido

pelas fortalezas de Santa Cruz,

S. João, Lage, Wi.lcgalgncn e

Cobras.

RIACHO

Rio pequeno, arroio.

RAPACE cu RAPAZ

Ave de rapine. As aves da

rapina compreendem as co-

rujas, os gaviões e urubus, con-

tar.do a fauna brasi!eira cem

grande numero de escecies, na

maioria, cam aves de

rapina como cs çãvões e es

oguias a'imentarr.-:e de f

rência de pequencs animais:m

coelhos, lebres, cintes, filhotes

de carneiros, e'c. que são

raptados e levados em -

garr.

montanhas ondo

eves tem os seus ninhos. Cs

urufc estimosos

da Li Pública alimentam-

se de detritos animais cu vege-

tais e cadáveres, tendo l

curiosa y às tt

cedavtricas que atrave

inócuas seu tubo digestivo

do destruídas ro prcprlo erga-

nismo do urubu. Essas aves.

agourentas para a superstição

popular, possuem glândulas que

segregarn um produto gordu-

roso de odor insuportável o

que torna quasi inlclerav-r j

vizinhança próxima de uma

delas.

Esse cheiro peculiar é tam-

bem transmitido aos ovos quo

infectam o ambiente em qua

se encontram. As corujas ali-

mentam-se de camondongos,

insetos, pintos ou mesmo fn:'ís

e são vitimas de uma serie d-3

lendas ceadas pela imagina-

ção do brasileiro do interor

que lhes atribuem una serie de

maus presaglcs.

RÃ DAS ARVORES ouPERÉRÉCA

Pequeno batraqulo de vi I

arboriccla. Ha varias esp

semelhantes como a Hy'a

Goelddi, Hyla arbóreo, etc.

RATO D'AGUA

Ou RATO do banhado —

grande roedor de habites

tos, terrestres e aquat'cc:.

Myccastor coypuc da Zook

RATO DO MATO

Roedc- o, cavôdor

de grandes túneis nes terreiros.

E' o Oxymycterus nasutus da

Zoologia,

Page 26: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

C — Maio — 1S-Í0 — 27 — O TICO-TICO

As proezas de Gaio Felix, (Da.cn.So ám P«t S-üivan — Exclus» _)«<_• <_'0 TICO-TICO para o Brasi!)

%SH-!Jèé£ê£9F^-~H-'

Êfe está lendo meu pensamento! Então vou pensar.,... em coisa bem diferente do leite! Nesta historia engra-cada. por exemplo!

n - i r> • . . a -i -. j E ASSIM. FELIX BEBEU O LEITE SEM O PROFESSORVua ! Oua ! ! Oue coisas gosadas ele esta pensando'' PfRrPRFR i-»w«

Çue estará éle inventando agora ? Isto deve ser um aparelho de radio. Vou ligar !

—"^^^*^BH v ^^^^^ ^mww^j "¦,i*%^i^_^ — \ j-~* i -l. ¦—^^^

Ai, que isto é horrivel ! Çue frio IConsegui captar uma onda fria I Agora vou "pegar"

uma quente ! {Continua).

Page 27: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

O TICO-TICO — 28 — 8 — Maio 1940

. )

R II E ^<a U E SS

Fk VERDADEIRA

PARA ILU-

DIR OS G-

MEN, AP-

PLEGATE E

E SUHAY

TRANS-

feriram ::RÁPIDA.

MENTE

PARA O

MEIO-OES-

TE, DEPOIS

DO ASSAL-

TO AO

BANCO

_____________

Z:'.:.y u~ tttea cc .1 no;'.'is _]trm__rci F.ntjo é melhorDezenove cias depois doroubo, Suhay regrosiavatr-Qq-Itam.nta a New Yc.-lta fals ficava um atestado djboa condura para despistar.

ml - I ,

ii . xx: .)

APPLEGATE

E SUHAY

COMP_A-

RAM CADA

QUAL UM

COUPÉ PA-

RA FUGIR

MAIS RA-

PIDAMENTE

A AÇÃO

DA POLICIA

Os seusjí

'orai

lregi.es,

S O. K. Descora-mos jí.

r ...Nao poma uto na ma-Ia. Guarda, á mão.

Dispenso o con-sel.o 1 A prop-v-süo, para o.iJ.va—-os ?

carros \

Page 28: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

8 — Maio 1940

CD

— 29 OTICO-TICO

ü _-__¦¦--

_, ¦̂mr% mzz1

§:¦ w m z &; -t Continua

E' melhor que nã'tenhamos pouso fixoVou escrever a Jocpedir-lhe que mandta correspondência p«tra Topcka, Kensas, nPotta Restante.

a I I i _l

Cuidado ! As instruções sobre cor,-es-I pondencia traiem serias eonsequenc as.

Muito bem. Ara*-rhã iremos a

"iope-

. buscar a corres-pondencia

\ \>Ml A DUPLA SINISTRA FICOU EM

V_ KANSAS CITY, SEM PENSAR NAS SUR-NJF FREZAS DO DIA SEGUINTE.

.._ _-.

MENOS DE 3

SEMANAS

APÓS O RO.

BO DE VAN-

DENBUSH

CONTRA O

BANCO DE

KETONA. O

DE PARTA MEN-

TO FEDERAL

DE INVESTIGA-

ÇÕES RECE-

BIA NOVO

CHAMADO

DO MESMO

BANCO.

O Northern West - ChestcrBank, de Kctonah 7 Outro rou-bc ? Sim, mancaremos já ojagentes.

Eles não use-ammascaras. Traba-I ha ra m rápida-mente c não dt.-xarem pista.

Isto não c pisla,tr.ài eles tiveram umacidente de auic-movei algumas mi-

| lhe. fira <_a cidade.

Vamosexamina-o cerro

fc_T - --_3.

_ uma caixa depistola. Tem um nu-mero a lápis nofundo.

(¦^U^l/ Talvez seja^-^P!!^9M, um nur-.cro

1^Í ' _S„ t'e ser'e

í-—______—, ^Cfiykw^r^í^^^____ât^_HBilHP—-—-_»?**• fTi 11 fr v* _."___»__________^_'_í':;>

•v,v' tm____P^^^J5^EJS____f_¦_..'• .•- -»'-"-_t__ J II bI _ i w •* _---_-a ^¦f*ifírt5aCB>_____r/^ •v __ffi+?iK^_<__^íÊr !«___---__/_>-^""Iwl- 5_____S___í_^_^_á__»

—_-PRyBrB _¦£ ._Jjp_B. .r.-':.' —___

Entregarei este nume-ro á s.ce pera inves-tigações. Entrems-ilesvou a Eridgeport, poislá enconlraram umacarabine de caro c:r-rado d6r..ro dum auto

_> carro c,l_os essaitantesroubaram Je-pois do dísas-tro.

-___. i _*¦___¦ ¦ -- '~". ¦ ,„¦¦. ~ ¦¦ —¦ , :— -i . ¦ .

Í Íí

Page 29: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

O TICO-TICO — 30 — 8 — Maio — 1919

HoxtStZmmm*.ammammmmmmmmmrmmmmm^mmxmmm^^tIa,mmmi ¦ ¦ n—i

__TN-*!jT\- \

CONCUR/OS

>T- ff^K

CONCURSO N. 73•© \m Â*k. x^-m

HORIZONTAIS 10 _ No chapcu

1 — Música clássica 12 — Via pública às avessas

— Músicas em louvor Pátria 14 — Pronome

— Deleita os ouvidos _,

Resultado do sor-teio do Concurso

n. 67Enviaram soluções certas 310 so-

lucionistas.

Foram premiados com um lindolivro de histórias infantis os se-guintes concurrentes:

YEDDA G. SILVA, residente àrua Abdon Batista i*.° 94 — Joiti-ville, Santa Catarina.

NEDDY FERNANDES, resi-- dente à rua Conde de l^jnfim u."

430 apt. 2 — Tijuca, nesta Capital.

NORMA DE OLIVEIRA CAR-VALHO, residente à rua AngélicaMota n." 106, Olaria, nesta Capital-

HENRIQUE ALVES, residenteà rua Napolis n.° 1, Parada Inglesa,São Paulo.

ROLAND FREDERICO MER-KLE, residente à rua 15 de No-venibro s/n. Morretes, Paraná.

9 — Faz exercicio

10 — Antes de cristo

11 — Pedra sagrada

13 — Dá pancada15 — Vestir

VERTICAIS

— Ruído

— Nome dc mulher

— Gatos, cachorros, etc— Executar música^

— Nas aves

8 — Bairro do Rio

R,:iECEI! E M O S as soluções

deste torneio até o dia 8 de

Junho e daremos o rcsr.ltado na

edição dc O TICO-TICO do dia

19 do mesmo mês.

As soluções devem vir coladas

cm folha de bloco, trazendo a as-

sinatura e endereço completo c

bem claro do solucionista.

Daremos como prêmios 5 livros

a serem sorteados.

fà-yjVALE

N9 73A "JUVENTUDE BRASI-

LEIRA" É A ESPERANÇA

DO BRASILSolução do Concurso n.° 67

Page 30: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

8 — Maio - 1940 - 31 — O TICO-TICO

h Lingerie BofetadaUm esplendido álbum contendo mais de 120 modelos de lingeriebordada do mais fino gosto. Camisas de dormir, Piiamos, Désha-billés, Nègligés. Liseuses. Peignoirs. Combinoções, Colças, Soutiens,Lingerie para crianças e bebes, alem de innumeros monogramma.para bordar em pi|ama_ e roupas finas. Todos oi modelos tra-rem os respectivos riscos do bordado em tomanha natural, comas necessárias indicações, bastante minuciosas, para o execução.Trabalhos em renda Milanezo, Irlandeza. applicoções de Racine_Valenciana. etc. - Um álbum de raro valor, pela variedade,escolha e delicadeia do que publica.

PREÇO 8SOOOPedidos acompanhados das respectivas importâncias, á

BIBLIOTHECA DA ARTE DE BORDAR

C. Postal, 880 -- Rio do Janeiro

P I L U L

COIECÁO SETHEriSIftO PRIMÁRIO POR MEIODO DESENHO -INTERESSA ACMAilÇA E FACILITA O MESTREVEM /MS IÍMMIMS é© _U?-.5/_as otviAs oesm axecAb ou n-ça moarecros A3"ATtuet StJTH"g KWHO QHTK--.t> O-2. -RIO

otpoarro tri • MMJ. COUTO-í. RIACHUELO 88-A

_» ^ Â È wJá fmmmAwEtm+-^íSTtm. Um

QUEM COLECIONAR ASPAGINAS DO ALFABETOILUSTRADO QUE ESTA-MOS PUBLICANDO, GA-NHARÁ UMA BONITA CA-PA ONDE ELAS PODERÃO

SER ENCADERNADAS.

(PÍLULAS DE PAPAINA E

PODOPHYLINA)

Empregada, cora successo nas moles-tias do estômago, ligado oa intestinos.Essas pi lutas, além de tônicas, são in-dicadas nas dyçpcpsias, dores de cabe-ça, moléstias do fígado e prisão de ven-tre. São um poderoso digestivo e re-gularizador das furteções gastro-intes-tinaes.

A' venda em todas as pharmacias.Depositários: JOÃO BAPTISTA DAFONSECA. Rua do Acre. 38 — Vi-dro 2$500. Pelo correio, 3$000. —Rio de Janeiro.

CiiiciiiptcE" A REVISTA QUE MELHOR INFORMA SOBRECINEMA NACIONAL E ESTRANGEIRO, TEATRO

E BROADCASTINGVEJA. A I E 15 DE CADA MÊS, AS MARA-

VILHOSAS EDIÇÕES DE

CINEARTE

Cl t *mêftM*»OtJ m pnilnll qm. <H_ nat* <_.s-.í-*i Urri* iiiiinitun émÂÂ %HLlS>/ffcdaTjfe

A mais completa, a ani. perfeita, • roaijmoderna revista d* eleganciai que j_ teedil-* bo Breul. Moda • Bordado não é¦panas aja figurino. porque lera tudoquanto ta poda desejar sobra decoração,assumptos da toitette terainma, actividade»domestica-, ata

Preços das

Anna . • • . 4r>$oooSaia mezes . . _3$oooNumero avulso • tjoo.

» V»D_ £14«~_OAJ AS BANCASOE KMWAEi E (JVIASUAS DO>____. ramos en ..secadosA EMMtEZA EDtTOSA OE

MODA E BORDADOCAIXA fOSTAi, MO - (10

O TICO-TICO publica os rc-tratos de todos os seus leitores,gratuitamente.

O TICO-TICOPitopRir.r>ADE oa S. A. O MALHO

1_X PEDIENTEASSINA TURAS

Brasil 1 ano 25WOO6 meses .... 13UXX)

Estrangeiro .. I auo 75V_JO6 meses 3SS00Q

As assinaturas começam sempre nodia 1 do iuís cin que forem tomadas e.er„o aceitas anual ou semestralmente.iOÍM A CCM.RI.SPOND_.NCi A co-

mo toda a remessa de pinheiro, (quepode ser feita por vale postal ou cartacom valor declarado) deve ser diriQíiaâ S. A. O MALHO. Travessa do Ou-vulor. 3. — Rio. Telefone: 23-4422.

Page 31: OWcwco Tiío NUMERO 1.805 cmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01805.pdfninos. Contos das _e-rações passadas, das gerações que hão de vir. Ricamente ilustrado a cores. LUCILIA

Aventuras de Chiquinho______«__ i

¦

¦SB-g-ft^^Hrl l^^^Ai-^Al^A&Mais uma travessura enget.- Este -foi avisar vovó de que . , . tamanho descomunal. Vô-

drou Chiquinho, de parceria na sua horta havia uma abo- vô ficou assombrado com e

com o seu amigo Benjamim. bora de . . abóbora . . .

\*\\\^m*Wm*****m**m^^ .¦¦.-¦¦¦¦¦¦— —— -¦ —-

. . . e a levou suando para casa. Ia se regalar com tão pre-

cioso legume, e faria presentes a muitos amigos. Mas quando

quiz cortar a abóbora, . . .

. . . a faca não entrou na ca:-ca. Tão dura era a abóbora

que, quek-rou a faca em . . .

. . . muitos pedaços. Nisso ou-

viu as gargalhadas do Chiqui-

nho e compreendeu Que havia...

sido ludibriado. A abóbora era de madeira pintada. Vô-

vô prometeu dar um corretivo ao Chiquinho e Benjamim as-

sim que_çortse_qgiü_. sIcónça^Gj ! . , .