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ISSN 2237-8324
PAEBES ALFA 2017
Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo
Revista do Professor ■ Língua Portuguesa e Matemática ■ 2º ano do ensino fundamental
A P R E S E N T A Ç Ã O L I N H A D O T E M P O R E S U LT A D O S D A S U A E S C O L A
R O T E I R O D E L E I T U R A E A N Á L I S E C O M O U T I L I Z A R O S R E S U LT A D O S
P E R F I S D E A L F A B E T I Z A Ç Ã O E L E T R A M E N T O
A N E X O
P E R C U R S O D A AVA L I A Ç Ã O
C O L O C A N D O E M P R Á T I C A
PAEBES ALFA
Revista do Professor
Língua Portuguesa e Matemática2º ano do ensino fundamental
2017
Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo
ISSN 2237-8324
FICHA CATALOGRÁFICA
ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado da Educação do Espírito Santo.
PAEBES ALFA – 2017 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.
v. 1 ( jan./dez. 2017), Juiz de Fora, 2017 – Anual.
Conteúdo: Revista do Professor – Língua Portuguesa e Matemática – 2º ano do ensino fundamental.
ISSN 2237-8324
CDU 373.3+373.5:371.26(05)
Paulo César Hartung Gomes
Governador do Estado do Espírito Santo
César Roberto Colnaghi
Vice Governador do Estado do Espírito Santo
Haroldo Corrêa Rocha
Secretário de Estado da Educação
Andressa Buss Rocha
Subsecretária de Estado de Planejamento e Avaliação
Paulo Cesar Possato Aragão
Gerente de Informação e Avaliação
SUBGERÊNCIA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
Fabíola Mota Sodré (Subgerente)
Claudia Lopes de Vargas
Denise Moraes e Silva
Rafael Benetti Costa
SUBGERÊNCIA DE ESTATÍSTICA EDUCACIONAL
Denise Pereira da Silva (Subgerente)
Andressa Mara Malagutti Assis
Sumário
6 APRESENTAÇÃO
8 LINHA DO TEMPO
12 RESULTADOS DA SUA ESCOLA EM LÍNGUA
PORTUGUESA E MATEMÁTICA
13 ROTEIRO DE LEITURA E ANÁLISE
23 COMO UTILIZAR OS RESULTADOS
26 PERFIS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
30 PERCURSO DA AVALIAÇÃO
32 COLOCANDO EM PRÁTICA
49 ANEXO
Apresentação
Monitorar para avançarAVALIAÇÃO EXPRESSA COMPROMISSO COM O DIREITO DE APRENDER E PERMITE
A CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS COM BASE EM EVIDÊNCIAS
Pesquisar a qualidade da educação da rede pública de ensino, a fim de
que políticas públicas sejam elaboradas com base em evidências, expres-
sa o compromisso com o direito de aprender de toda criança e todo jovem
brasileiros em idade escolar. Esse direito está sustentado em dispositivos
legais, como a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação – Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 (LDB/96), e repre-
senta não apenas esforços voltados ao acesso e à permanência de es-
tudantes na escola, mas a garantia de padrões que combinem qualidade
com equidade na oferta educacional.
O direito de aprender tem natureza social e é dever do Estado e da fa-
mília, sendo promovido e incentivado com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa para o exercício da cidada-
nia e a sua qualificação ao trabalho. Mas como saber se esse direito vem
sendo atendido na prática?
A avaliação educacional externa em larga escala produz informação que
viabiliza o monitoramento do direito à educação nas escolas do Espírito
Santo, permitindo um acompanhamento periódico de indicadores refe-
rentes às instituições e aos estudantes individualmente. O Programa de
Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo – PAEBES ALFA busca,
então, observar o desempenho de estudantes por meio de testes padro-
6 PAEBES ALFA 2017
01--------
“O PAEBES ALFA pretende observar o desempenho de estudantes por meiode testes padronizados,com o objetivo de verificar o que eles sabem e são capazes de fazer
”nizados, cujo objetivo é aferir o que eles sabem e são capazes de fazer,
a partir da identificação do desenvolvimento de habilidades e competên-
cias consideradas essenciais para que consigam avançar no processo de
escolarização.
Para conhecer melhor o PAEBES ALFA, acompanhe a linha do tempo que
abre este volume. Em seguida, você pode conferir os resultados um roteiro
para apoiar a leitura e a análise dos resultados da sua escola em língua
portuguesa e matemática, com algumas orientações em relação aos usos
possíveis e adequados desses resultados.
Além dos resultados gerais, um novo indicador está sendo apresentado
nas revistas de língua portuguesa: os perfis de alfabetização e letramento
para o 3º, 5º e 9º anos do ensino fundamental. Esse indicador auxilia na
compreensão do desenvolvimento dos estudantes no que se refere ao
domínio da leitura e da escrita e de seus usos sociais, fundamental para a
formação escolar e o prosseguimento dos estudos no ensino médio.
O percurso da avaliação e uma sugestão para atividade pedagógica tam-
bém integram esta publicação, que apresenta, em seu Anexo, as descri-
ções dos níveis de desempenho referentes à disciplina em foco, acompa-
nhadas por exemplos de itens.
Boa leitura!
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 7
20091ª onda
Linha do tempo
Trajetória evidencia avanços e desafi osINFORMAÇÕES DÃO SUPORTE À ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
COERENTES COM A REALIDADE PERCEBIDA POR MEIO DA AVALIAÇÃO
O Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo –
PAEBES ALFA foi reformulado em 2008 pela Secretaria de Estado da
Educação do Espírito Santo, com o objetivo de fornecer dados rele-
vantes sobre o ensino ofertado, identificando avanços e desafios nas
redes e em cada unidade escolar.
20081ª onda
–Participação
Previstos: não disponívelEfetivos: 51.059 estudantes
Etapas:1° ano EF e 2° ano EF
Disciplina:Lingua Portuguesa
–Participação
Previstos: não disponívelEfetivos: 50.544 estudantes
Etapas:1° ano EF e 2° ano EF
Disciplina:Lingua Portuguesa
20082ª onda
81,4%Participação
Previstos: 54.898 estudantesEfetivos: 44.665 estudantes
Etapa:1° ano EF
Disciplina:Lingua Portuguesa
Linha do tempo
8 PAEBES ALFA 2017
-02-------
81,9%Participação
Previstos: 53.100 estudantesEfetivos: 43.504 estudantes
Etapa:1° ano EF
Disciplinas:Lingua Portuguesa e Matemática
Em 2017, os estudantes das escolas estaduais, municipais e das escolas
particulares participantes (EPP) do estado foram avaliados nas disciplinas
de língua portuguesa (leitura e escrita) e matemática. O programa avaliou
estudantes do 1°, 2º e 3º anos do ensino fundamental.
20092ª onda
85,7%Participação
Previstos: 129.154 estudantesEfetivos: 110.738 estudantes
Etapas:1° ano EF, 2° ano EF e 3ª série/ano EF
Disciplina:Lingua Portuguesa
20101ª onda
83,7%Participação
Previstos: 139.457 estudantesEfetivos: 116.729 estudantes
Etapas:1° ano EF, 2° ano EF e 3ª série/ano EF
Disciplinas:Lingua Portuguesa e Matemática
20102ª onda
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 9
20151ª onda
20141ª onda
20142ª onda
86,4%Participação
Previstos: 44.376 estudantesEfetivos: 38.323 estudantes
Etapa:1° ano EF
Disciplina:Lingua Portuguesa e Matemática
20121ª onda
20111ª onda
20112ª onda
75,2%Participação
Previstos: 45.695 estudantesEfetivos: 34.377 estudantes
Etapa:1° ano EF
Disciplinas:Lingua Portuguesa e Matemática
82,9%Participação
Previstos: 136.928 studantesEfetivos: 113.561 estudantes
Etapas:1° ano EF, 2° ano EF e 3ª série/ano EF
Disciplinas:Lingua Portuguesa e Matemática
96,1%Participação
Previstos: 35.494 estudantesEfetivos: 34.096 estudantes
Etapa:1° ano EF
Disciplina:Lingua Portuguesa e Matemática
87,4%Participação
Previstos: 42.044 estudantesEfetivos: 36.746 estudantes
Etapa:1° ano EF
Disciplinas:Lingua Portuguesa e Matemática
89,2%Participação
Previstos: 132.964 studantesEfetivos: 118.591 estudantes
Etapas:1° ano EF, 2° ano EF e 3º ano EF
Disciplinas:Lingua Portuguesa e Matemática
10 PAEBES ALFA 2017
-02-------
91,0%Participação
Previstos: 148.919 estudantesEfetivos: 135.590 estudantes
Etapas:1° ano EF, 2° ano EF e 3º ano EF
Disciplina:Lingua Portuguesa e Matemática
20152ª onda
95,6%Participação
Previstos: 132.201 estudantesEfetivos: 126.328 estudantes
Etapas:1° ano EF, 2° ano EF e 3º ano EF
Disciplina:Lingua Portuguesa e Matemática
20162ª onda
84,5%Participação
Previstos: 43.006 estudantesEfetivos: 36.328 estudantes
Etapa:1° ano EF
Disciplinas:Lingua Portuguesa e Matemática
88,5%Participação
Previstos: 143.768 estudantesEfetivos: 127.302 estudantes
Etapas:1° ano EF, 2° ano EF e 3ª série/ano EF
Disciplinas:Lingua Portuguesa e Matemática
20131ª onda
87,5%Participação
Previstos: 143.740 estudantesEfetivos: 125.744 estudantes
Etapas:1° ano EF, 2° ano EF e 3ª série/ano EF
Disciplinas:Lingua Portuguesa e Matemática
20132ª onda
20122ª onda
20172ª onda
90,6%Participação
Previstos: 148.817 estudantesEfetivos: 134.885 estudantes
Etapas:1° ano EF, 2° ano EF e 3º ano EF
Disciplina:Lingua Portuguesa e Matemática
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 11
Os resultados alcançados pela sua escola em
língua portuguesa e matemática, nos testes de
desempenho aplicados aos estudantes de cada
etapa avaliada no PAEBES ALFA 2017, estão dis-
poníveis no endereço:
www.paebesalfa2onda.caedufjf.net
Esses resultados informam a qualidade e a equi-
dade da oferta educacional, de acordo com o
aferido pela Teoria de Resposta ao Item (TRI), em
que se avalia o desenvolvimento de habilidades
e competências por meio de testes padronizados
de proficiência, e pela Teoria Clássica dos Tes-
tes (TCT), que aponta o percentual de acertos de
itens no teste.
Com o intuito de orientá-lo na apropriação de
todas as informações apresentadas, estão pre-
sentes neste volume um roteiro de leitura e
análise dos resultados e instruções para seus
melhores usos.
Resultados da sua escola em língua portuguesa e matemática
Desempenho revela qualidade da oferta INDICADORES DE DESEMPENHO E PARTICIPAÇÃO NA AVALIAÇÃO
SÃO DIVULGADOS POR ETAPA DE ESCOLARIDADE
A interpretação pedagógica dos resultados
As proficiências obtidas pelos estudantes nos testes aplicados precisam
ser interpretadas à luz da escala de proficiência. Para analisá-la, acesse
www.paebesalfa2onda.caedufjf.net. A escala é um instrumento que con-
tém a descrição pedagógica das habilidades avaliadas. Ela orienta o tra-
balho do professor, apresentando os resultados em uma espécie de régua
na qual os valores obtidos são categorizados em intervalos que indicam o
grau de desenvolvimento das habilidades pelos estudantes que alcança-
ram determinado padrão de desempenho. No site, você também encontra-
rá as matrizes de referência da avaliação, que apresentam as habilidades e
competências esperadas para cada etapa avaliada e orientam a produção
dos itens que compõem os testes.
12 PAEBES ALFA 2017
---
04-----
Roteiro de leitura e análise
Orientações auxiliam na interpretação de resultados INFORMAÇÕES CONTEXTUAIS, PROJETO PEDAGÓGICO E RESULTADOS
DA AVALIAÇÃO INTERNA DEVEM SER CONSIDERADOS
A avaliação externa é ferramenta valiosa para a melhoria do ensino e da aprendiza-
gem na escola, podendo servir de apoio ao planejamento pedagógico dos professo-
res em sala de aula.
Para a efetivação do trabalho comprometido com a garantia do direito a uma educa-
ção de qualidade, é necessário saber ler e analisar os resultados dessa avaliação, a
fim de construir um diagnóstico substantivo da aprendizagem na escola. Lembre-se:
os resultados devem ser analisados em conjunto com as informações contextuais da
escola e, principalmente, com o projeto pedagógico e os resultados da avaliação in-
terna, de aprendizagem, conduzida por você e seus pares durante o ano letivo.
As orientações quanto à leitura e à análise dos resultados da avaliação externa, no
âmbito da sua escola, apresentadas a seguir, vão ajudá-lo a compreender melhor
como utilizá-los, de maneira que você possa organizar seu trabalho, considerando as
informações ora produzidas.
O exercício proposto neste roteiro deve ser realizado por etapa de escolaridade ava-
liada nesta disciplina. Ao final, sugere-se a sistematização da sua análise com o olhar
para todas as etapas desta disciplina oferecidas por sua escola.
Indicador de participação
Indicadores de desempenho estudantil
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 13
Observe os resultados da sua escola na etapa em foco e organize sua leitura e análise.
Nesta edição, a participação registrada é de: ______%.
Esse indicador de participação retrata a média de frequência de estudantes no
decorrer do ano letivo?
Sim Não
O percentual de participação, ao longo do tempo:
aumentou. diminuiu. manteve-se estável. oscilou.
A avaliação no Espírito Santo é censitária, logo, deve incluir todos os estudantes
matriculados na rede de ensino. Cada escola deve certificar-se de que os estudantes
previstos estejam presentes no momento da aplicação e respondam aos testes de
proficiência e questionários, quando houver. Importa destacar que os indicadores
de desempenho da escola só podem ser generalizados quando o percentual de
participação for igual ou maior do que 80%1.
Liste algumas hipóteses para explicar a participação da sua escola na avaliação
externa.
Indicador de participação
Identifique, neste quadro, os resultados escolhidos para o exercício a seguir.
Repita esse exercício para cada etapa de escolaridade avaliada nesta disciplina.
Disciplina: Língua Portuguesa e Matemática
Etapa:
1 O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) divulgou recentemente
a adoção desse percentual para divulgação dos resultados da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA). O
percentual foi adotado para a representatividade dos resultados.
14 PAEBES ALFA 2017
---
04-----
Observe os resultados da sua escola nesta disciplina e organize sua
leitura e análise.
Importa, nesse momento, que você faça reflexões de ordem qualitativa
sobre os resultados da avaliação.
Proficiência média
Considere agora a proficiência média nesta disciplina.
Identifique a média de proficiência dos estudantes e localize em que
padrão de desempenho ela está alocada:
Esse padrão é o mesmo em que se encontra o maior percentual de
estudantes?
Sim Não
Indicadores de desempenho estudantil
Considerando as hipóteses levantadas, quais estratégias podem ser
adotadas, para aumentar ou manter (se acima de 80%) o indicador de
participação de estudantes na avaliação externa?
Proficiência refere-se
ao conhecimento ou à
aptidão demonstrados por
estudantes avaliados em
determinada disciplina e
etapa de escolaridade.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 15
Em geral, a proficiência média retrata o desempenho da maioria dos es-
tudantes, mas nem sempre essas informações coincidem. A divergência
sinaliza os riscos de se adotar única e exclusivamente a proficiência mé-
dia da escola para informar a qualidade da oferta educacional. Essa profi-
ciência média pode mascarar uma situação de desigualdade educacional
entre os estudantes, pois aqueles com maior desempenho, embora em
menor quantitativo, elevam a média da escola. O contrário também é pos-
sível: estudantes com proficiência muito baixa podem diminuir essa média.
É importante observar, na série histórica da avaliação, se a média vem
aumentando a ponto de avançar nos padrões de desempenho, ou se está
ocorrendo estagnação, queda ou oscilação desses padrões.
O grande desafio é garantir que todos os estudantes alcancem padrões
de desempenho adequados à etapa de escolaridade em que se encon-
tram. Isso demonstra que a escola está conseguindo melhorar a qualida-
de da educação que oferece com garantia de equidade: todos os estu-
dantes aprendendo.
Observe se isso ocorre e reflita sobre as principais razões para o
cenário identificado.
Utilize os espaços das
margens para suas
reflexões e anotações.
16 PAEBES ALFA 2017
---
04-----
Padrões de desempenho estudantil
Você agora será convidado a olhar a distribuição dos estudantes por
padrão de desempenho, uma vez que a análise isolada da proficiência
média pode direcionar o seu olhar a comparações inadequadas em rela-
ção aos resultados de edições anteriores.
Identifique o padrão de desempenho estudantil em que se encontra o
maior percentual de estudantes dessa etapa de escolaridade:
Abaixo do básico.
Básico.
Proficiente.
Avançado.
Qual é a sua percepção sobre a distribuição dos estudantes por
padrão de desempenho?
Observe se há concentração de estudantes em um ou mais padrões e se
esses padrões são aqueles que denotam maiores dificuldades de apren-
dizagem.
Idealmente, espera-se que todos os estudantes alcancem os padrões
mais avançados de aprendizagem, ou seja, os padrões de desempenho
Proficiente e Avançado, aqueles considerados adequados para sua etapa
de escolaridade.
Padrões de desempenho
estudantil são definidos
a partir de intervalos da
escala de proficiência em
que há estudantes com
desempenho semelhante,
compondo agrupamentos
com desenvolvimento
similar de habilidades e
competências.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 17
Reflita e liste as possíveis causas desses resultados, que demonstram
um quadro de estabilidade ou de crescimento/queda/oscilação.
Considere o trabalho docente, o projeto político-pedagógico, os progra-
mas e os projetos institucionais presentes no cotidiano escolar.
Informe o quantitativo de estudantes, em números absolutos, em
cada padrão de desempenho, nas últimas edições da avaliação:
EDIÇÃOAbaixo do
básicoBásico Proficiente Avançado
2015
2016
2017
É possível afirmar que a distribuição dos estudantes por padrão de
desempenho no ciclo 2017, com relação às edições anteriores, é:
semelhante. diferente.
Se a distribuição é semelhante, o quadro é de estabilidade.
Se a distribuição é diferente, o quadro pode ser de crescimento, queda ou oscilação.
Consulte a seção Como
utilizar os resultados
para complementar a
análise dos indicadores
apresentados até aqui.
18 PAEBES ALFA 2017
---
04-----
Quais estratégias podem ser adotadas para melhorar o desempenho dos estudantes
alocados nos padrões que caracterizam maiores dificuldades de aprendizagem?
Reflita sobre o desenvolvimento da proposta curricular, sua implementação na escola,
o projeto político-pedagógico, os programas e os projetos institucionais presentes no
cotidiano escolar.
Para estudantes com maiores dificuldades, a intervenção pedagógica deve ser orien-
tada no sentido de auxiliá-los no desenvolvimento das habilidades e competências
esperadas e ainda não desenvolvidas até a etapa de escolaridade avaliada. Já para
os estudantes com melhor desempenho, os esforços podem ser dirigidos ao aprofun-
damento dessas habilidades e competências.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 19
Percentuais de acerto por descritor
Observe agora os percentuais de acerto por descritor, nos resultados por aluno dispo-
níveis no site do programa.
Atenção: esses resultados são provenientes da Teoria Clássica dos Testes (TCT) e, por
isso, não são dados comparáveis ano a ano.
Analise a proficiência média e o padrão de desempenho dos alunos de determinada
turma da disciplina e etapa escolhida. Há grandes diferenças de desempenho entre os
alunos dessa turma? E entre esses alunos e os de outras turmas da mesma disciplina e
etapa, há diferenças significativas?
Registre suas conclusões e dialogue com seus pares, levantando possíveis
hipóteses para esses resultados.
Depois de conhecer e refletir sobre a proficiência e o padrão de desempenho dos
estudantes, por turma, é hora de analisar as habilidades avaliadas e verificar quais
apresentaram maiores dificuldades para os alunos.
C Identifique, em cada turma, as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto
na disciplina e etapa em análise.
C Registre a habilidade nos quadros a seguir e escreva, à frente de cada turma, o
percentual de acerto referente a ela2.
C No site do programa, observe quantos itens cada estudante acertou em relação
a cada descritor/habilidade. Observe em quais habilidades o estudante não
obteve nenhum acerto.
2 Caso seja necessário, reproduza os quadros e faça a atividade contemplando todas as habilidades que
tiveram menos de 50% de acerto.
20 PAEBES ALFA 2017
---
04-----
Discuta com as equipes gestora e pedagógica quais são as melhores
estratégias para auxiliar os estudantes no desenvolvimento das
habilidades relacionadas.
DESCRIÇÃO DA HABILIDADE TURMAPERCENTUAL
DE ACERTO
DESCRIÇÃO DA HABILIDADE TURMAPERCENTUAL
DE ACERTO
DESCRIÇÃO DA HABILIDADE TURMAPERCENTUAL
DE ACERTO
DESCRIÇÃO DA HABILIDADE TURMAPERCENTUAL
DE ACERTO
DESCRIÇÃO DA HABILIDADE TURMAPERCENTUAL
DE ACERTO
DESCRIÇÃO DA HABILIDADE TURMAPERCENTUAL
DE ACERTO
DESCRIÇÃO DA HABILIDADE TURMAPERCENTUAL
DE ACERTO
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 21
Conclusão
Com os seus pares, discuta a percepção geral a respeito dos resultados da sua
escola em língua portuguesa e matemática.
Sistematize suas análises, indicando os destaques positivos e/ou negativos em
relação a esses resultados, nesta disciplina.
Com base em suas análises, quais são os principais desafios a serem superados
durante este ano letivo (2018)?
A participação da escola.
O percentual de estudantes no perfil de alfabetização e letramen-
to adequado.
O número de estudantes nos padrões de desempenho considera-
dos adequados para a etapa.
A média de proficiência da escola.
O desenvolvimento das habilidades mínimas esperadas para a
etapa de escolaridade avaliada.
As demandas priorizadas devem ser compartilhadas coletivamente, para que possam
compor o plano de ação da escola, que deve ser de responsabilidade de todos.
Para aprofundar as análises iniciadas por este roteiro, consulte, no Anexo, a descrição pe-
dagógica dos padrões/níveis de desempenho e os exemplos de itens referentes a cada um.
Neste volume, são apresentadas, ainda, sugestões para a prática pedagógica pauta-
das nos resultados da avaliação.
Para refletir:
Leia mais sobre “A avaliação de desempenho e a proposta de competências na
organização da aprendizagem dos estudantes”, no site do PAEBES ALFA.
22 PAEBES ALFA 2017
----
05----
Para refletir:
Leia mais sobre “A avaliação de desempenho e a proposta de competências na
organização da aprendizagem dos estudantes”, no site do PAEBES ALFA.
Como utilizar os resultados
Atenção aos usos possíveis e adequados dos dadosTCT IDENTIFICA PERCENTUAIS DE ACERTO NO TESTE E TRI POSSIBILITA
COMPARABILIDADE DE RESULTADOS AO LONGO DO TEMPO.
Na avaliação educacional externa em larga escala do Espírito Santo, os
dados são produzidos por metodologia específi ca – utilizando-se a Teoria
Clássica dos Testes (TCT) e a Teoria de Resposta ao Item (TRI).
Os resultados baseados na Teoria Clássica dos Testes (TCT) apresentam
o percentual de acertos em relação ao total de itens do teste, bem como
a relação de acerto para cada descritor avaliado.
A Teoria de Resposta ao Item (TRI), por sua vez, atribui ao desempenho
dos estudantes uma profi ciência (e não uma nota). Essa metodologia leva
em consideração uma modelagem estatística capaz de determinar um va-
lor/peso diferenciado para cada item que o estudante respondeu no teste
de profi ciência; desse modo, é possível estimar o que o estudante é capaz
de fazer, de acordo com os itens respondidos corretamente.
A profi ciência é determinada considerando o padrão de respostas dos
estudantes, de acordo com o grau de difi culdade e demais parâmetros
dos itens. Cada item possui um grau de difi culdade próprio e parâmetros
diferenciados, atribuídos por meio do processo de calibração dos itens, o
que permite a comparabilidade ao longo do tempo.
Os itens que compõem os testes da avaliação educacional em larga es-
cala são elaborados a partir das matrizes de referência. Cabe destacar
que as matrizes não englobam todo o currículo. A partir de um recorte
das diretrizes curriculares, são defi nidas as habilidades passíveis de se-
rem avaliadas em testes padronizados de desempenho, constituindo as
referidas matrizes de referência para a avaliação.
Tendo em vista essas características da avalição, é necessário ter atenção
aos usos possíveis e adequados de seus resultados.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 23
O que não fazer
• Ler os resultados como dados longitudinais, quando a avaliação não tiver essa fi nalidade.
• Comparar os resultados da escola em diferen-tes disciplinas.
• Considerar a profi ciência média isoladamente, sem analisá-la com a ajuda da escala.
O que não fazer
• Supor que, uma vez elevado o percentual de par-ticipação, não se faz necessário promover ações que possam aumentar esse percentual.
• generalizar os resultados da avaliação se o percentual de participação não for representativo, ou seja, maior ou igual a 80%.
Profi ciência média
Participação
O que fazer
• Acompanhar o percentual de participação, ano a ano, com o objetivo de atingir a participação total, visto que a avaliação é censitária.
• Entender que uma participação maior ou igual a 80% contribui para mensurar a qualidade dos processos de ensino e aprendizagem.
O que fazer
• Comparar os resultados da escola ano a ano, para a mesma etapa.
• Comparar os resultados de diferentes etapas, com a mesma escala de profi ciência, para a mesma disciplina.
• Analisar os resultados a partir da leitura e inter-pretação pedagógica da escala de profi ciência, observando o desenvolvimento de habilidades e competências.
24 PAEBES ALFA 2017
----
05----
O que não fazer
• Ler os resultados como dados longitudinais, quando a avaliação não tiver essa fi nalidade.
• Comparar os resultados da escola em diferen-tes disciplinas.
• Considerar a profi ciência média isoladamente, sem analisá-la com a ajuda da escala.
O que não fazer
• Supor que, uma vez elevado o percentual de par-ticipação, não se faz necessário promover ações que possam aumentar esse percentual.
• generalizar os resultados da avaliação se o percentual de participação não for representativo, ou seja, maior ou igual a 80%.
Profi ciência média
Participação
O que fazer
• Acompanhar o percentual de participação, ano a ano, com o objetivo de atingir a participação total, visto que a avaliação é censitária.
• Entender que uma participação maior ou igual a 80% contribui para mensurar a qualidade dos processos de ensino e aprendizagem.
O que fazer
• Comparar os resultados da escola ano a ano, para a mesma etapa.
• Comparar os resultados de diferentes etapas, com a mesma escala de profi ciência, para a mesma disciplina.
• Analisar os resultados a partir da leitura e inter-pretação pedagógica da escala de profi ciência, observando o desenvolvimento de habilidades e competências.
O que não fazer
• Entender que a melhora de profi ciência média corresponde imediatamente à melhora de pa-drão de desempenho.
• Entender que os estudantes alocados em um padrão de desempenho em uma disciplina estão no mesmo padrão em outra disciplina.
• Entender que os intervalos dos padrões são os mesmos para cada etapa e disciplina avaliadas.
• Supor que estudantes alocados em padrões de desempenho cujos intervalos estão no início da escala de profi ciência não são capazes de aprender e, por isso, têm baixo desempenho.
• Ignorar as demandas de estudantes alocados nos intervalos mais altos da escala, pressupon-do que eles não requerem atenção docente.
O que não fazer
• Atribuir a difi culdade na melhoria dos resultados apenas às ações de gestores e professores.
• Comparar os próprios resultados com os de outras escolas, ignorando os contextos.
Padrões de desempenho estudantil
Metas de aprendizagem
O que fazer
• Identifi car, em cada etapa e disciplina, os estudantes com mais difi culdades de aprendi-zagem.
• Reconhecer que cada padrão de desempenho corresponde a diferentes níveis de aprendi-zagem, o que requer planejamento específi co para cada um deles.
• Acompanhar, a cada ano, se a escola apresen-ta resultados semelhantes para cada etapa e disciplina (se a sua profi ciência média está alocada no mesmo padrão de desempenho).
O que fazer
• Entender que o estabelecimento de metas au-xilia no monitoramento da oferta educacional e, consequentemente, dos resultados alcançados a cada ano.
• Orientar-se a partir das metas pactuadas para defi nir ações pedagógicas e de gestão capazes de provocar mudanças positivas e substantivas.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 25
Perfi s de alfabetização e letramento
Novo indicador evidencia desafi o CORREÇÃO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NOS ANOS INICIAIS
É NECESSÁRIA PARA ENFRENTAR ABANDONO DA SALA DE AULA
Os resultados do PAEBES ALFA são divulgados com o uso de in-
dicadores específi cos, sendo eles a profi ciência média, a taxa de
participação na avaliação, a distribuição de estudantes por padrão
de desempenho e o percentual médio de acerto por descritor.
No ciclo 2017, um novo indicador está sendo apresentado: o perfi l
de alfabetização e letramento, para o 3º, 5º e 9º anos do ensino
fundamental, em língua portuguesa. A intenção é divulgar um dado
que sintetize o tamanho do desafi o a ser enfrentado no ensino fun-
damental brasileiro, assim como fez o Inep/MEC na última edição
da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA 2016).
ATÉ 2016 A PARTIR DE 2017
D1 D2 D3100% 33% 90%
Profi ciênciamédia
Participação Distribuição de estudantes por padrão de desempenho
Percentual médio de acerto por descritor
Perfi s de alfabetizaçãoe letramento
26 PAEBES ALFA 2017
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06---
Perfi s de alfabetização e letramento
Novo indicador evidencia desafi o CORREÇÃO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NOS ANOS INICIAIS
É NECESSÁRIA PARA ENFRENTAR ABANDONO DA SALA DE AULA
Os resultados do PAEBES ALFA são divulgados com o uso de in-
dicadores específi cos, sendo eles a profi ciência média, a taxa de
participação na avaliação, a distribuição de estudantes por padrão
de desempenho e o percentual médio de acerto por descritor.
No ciclo 2017, um novo indicador está sendo apresentado: o perfi l
de alfabetização e letramento, para o 3º, 5º e 9º anos do ensino
fundamental, em língua portuguesa. A intenção é divulgar um dado
que sintetize o tamanho do desafi o a ser enfrentado no ensino fun-
damental brasileiro, assim como fez o Inep/MEC na última edição
da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA 2016).
ATÉ 2016 A PARTIR DE 2017
D1 D2 D3100% 33% 90%
Profi ciênciamédia
Participação Distribuição de estudantes por padrão de desempenho
Percentual médio de acerto por descritor
Perfi s de alfabetizaçãoe letramento
O perfi l de alfabetização e letramento é uma informação que ajuda
a compreender o desenvolvimento dos estudantes com relação ao
domínio da leitura e da escrita e de seus usos sociais, habilidades
importantes em toda a formação escolar – do ensino fundamental
ao ensino médio.
Nos últimos anos, os resultados das avaliações da educação bá-
sica têm apontado, de modo geral, para a baixa qualidade do en-
sino oferecido nas escolas brasileiras. Observa-se, além do baixo
desempenho demonstrado pelos alunos nas competências básicas
necessárias para a continuidade dos estudos, a existência de gran-
des contingentes de crianças e adolescentes que, em decorrência
das difi culdades de aprendizagem e do pouco incentivo para os
estudos, terminam por desistir da escola, abandonando a sala de
aula por motivos variados. Para enfrentar esse problema, é preciso
corrigir a tempo as difi culdades de aprendizagem, especialmente
nos anos iniciais.
Os perfi s de alfabetização e letramento identifi cam os estudantes
com desempenho inadequado nos três anos escolares considera-
dos conclusivos de etapas importantes da educação básica: 3º, 5º
e 9º anos do ensino fundamental.
Esses perfi s identifi cam estudantes ainda:
não alfabetizados
no 3º ano do ensino fundamental;
com alfabetização incompleta
no 5º ano do ensino fundamental;
com letramento insufi ciente
no 9º ano do ensino fundamental.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 27
No perfi l não alfabetizado, encontram-
se estudantes que conseguem identifi car
que as letras representam sons da fala,
reconhecendo letras ou mesmo lendo
palavras em diferentes padrões silábicos, sem,
todavia, conseguirem ler textos, mesmo os de
pequena extensão e com vocabulário pouco
complexo. Nesse mesmo perfi l, também,
estão estudantes que começam a localizar
informações em textos curtos e comuns no
ambiente escolar, além de reconhecer a
fi nalidade de textos como receitas, convites e
bilhetes. Apesar disso, esses estudantes ainda
não podem ser considerados alfabetizados,
pois mesmo em se tratando de habilidades
tão básicas, elas exigem desses alunos um
grande esforço para a decodifi cação.
Não alfabetizados
Para entenderEntendendo que a avaliação externa tem o pro-
pósito de investigar o que os estudantes apren-
deram, com base na aplicação de conhecimen-
tos a situações reais e resolução de problemas
cotidianos, o desempenho adequado pode ser
traduzido, por exemplo, na capacidade de usar
as habilidades de leitura desenvolvidas para
compreensão de informações encontradas em
diferentes gêneros e, posteriormente, para ex-
pressão e posicionamentos perante o mundo.
Estudantes com o perfi l de desempenho consi-
derado inadequado evidenciam, portanto, o des-
cumprimento do que está pactuado para a quali-
dade da oferta educacional.
Com a sistematização do quantitativo de estu-
dantes não alfabetizados no 3º ano, com alfabe-
tização incompleta no 5º ano e com letramento
insufi ciente no 9º ano do ensino fundamental,
busca-se tratar das difi culdades de aprendiza-
gem dos estudantes das escolas públicas, re-
gistradas a cada etapa escolar avaliada, a fi m
de desvendar os caminhos necessários para a
melhoria das habilidades requeridas por esses
perfi s. Os perfi s de desempenho para a alfabe-
tização e o letramento, descritos a seguir, foram
construídos com essa intenção.
Em linhas gerais, são considerados estudantes
com alfabetização e letramento inadequados
aqueles que não atingiram determinada profi -
ciência, representativa do desenvolvimento de
habilidades e competências esperadas para a
etapa, sintetizadas no domínio da leitura e da es-
crita e de seus usos sociais.
Para o PAEBES ALFA, são considerados estu-
dantes não alfabetizados no 3º ano do ensino
fundamental aqueles cuja profi ciência em língua
portuguesa é igual ou inferior a 650 pontos.
≤ 650 Pontos
28 PAEBES ALFA 2017
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No perfi l não alfabetizado, encontram-
se estudantes que conseguem identifi car
que as letras representam sons da fala,
reconhecendo letras ou mesmo lendo
palavras em diferentes padrões silábicos, sem,
todavia, conseguirem ler textos, mesmo os de
pequena extensão e com vocabulário pouco
complexo. Nesse mesmo perfi l, também,
estão estudantes que começam a localizar
informações em textos curtos e comuns no
ambiente escolar, além de reconhecer a
fi nalidade de textos como receitas, convites e
bilhetes. Apesar disso, esses estudantes ainda
não podem ser considerados alfabetizados,
pois mesmo em se tratando de habilidades
tão básicas, elas exigem desses alunos um
grande esforço para a decodifi cação.
Não alfabetizados
Para entenderEntendendo que a avaliação externa tem o pro-
pósito de investigar o que os estudantes apren-
deram, com base na aplicação de conhecimen-
tos a situações reais e resolução de problemas
cotidianos, o desempenho adequado pode ser
traduzido, por exemplo, na capacidade de usar
as habilidades de leitura desenvolvidas para
compreensão de informações encontradas em
diferentes gêneros e, posteriormente, para ex-
pressão e posicionamentos perante o mundo.
Estudantes com o perfi l de desempenho consi-
derado inadequado evidenciam, portanto, o des-
cumprimento do que está pactuado para a quali-
dade da oferta educacional.
Com a sistematização do quantitativo de estu-
dantes não alfabetizados no 3º ano, com alfabe-
tização incompleta no 5º ano e com letramento
insufi ciente no 9º ano do ensino fundamental,
busca-se tratar das difi culdades de aprendiza-
gem dos estudantes das escolas públicas, re-
gistradas a cada etapa escolar avaliada, a fi m
de desvendar os caminhos necessários para a
melhoria das habilidades requeridas por esses
perfi s. Os perfi s de desempenho para a alfabe-
tização e o letramento, descritos a seguir, foram
construídos com essa intenção.
Em linhas gerais, são considerados estudantes
com alfabetização e letramento inadequados
aqueles que não atingiram determinada profi -
ciência, representativa do desenvolvimento de
habilidades e competências esperadas para a
etapa, sintetizadas no domínio da leitura e da es-
crita e de seus usos sociais.
Para o PAEBES ALFA, são considerados estu-
dantes não alfabetizados no 3º ano do ensino
fundamental aqueles cuja profi ciência em língua
portuguesa é igual ou inferior a 650 pontos.
≤ 650 Pontos
Estudantes com alfabetização incompleta
demonstram domínio em relação às
habilidades descritas no perfi l anterior; porém,
ainda apresentam difi culdade para ler, com
autonomia, textos comuns às situações
cotidianas externas ao ambiente escolar,
como notícias, cartas ou mesmo textos
literários. Alguns desses estudantes são
capazes de ler frases e localizar informações
em textos curtos, ao passo que outros já
conseguem realizar inferências, mas em
tirinhas ou histórias em quadrinhos. Isto é,
as operações de leitura que são capazes
de realizar são pautadas em processos
cognitivos principalmente relacionadas ao
lembrar, orientadas por textos frequentes
no contexto escolar. Os estudantes devem,
ainda, consolidar os processos associados
ao reconhecimento de palavras, pois a leitura
hesitante decorre dessa difi culdade e o
esforço para a decodifi cação compromete
a compreensão de textos mais longos e,
consequentemente, de inferências mais
complexas. Esse perfi l de desempenho é
delineado ao se analisar o desempenho de
estudantes do 5º ano do ensino fundamental
nos testes de profi ciência.
Para caracterizar o letramento insufi ciente,
considera-se o desempenho de estudantes
do 9º ano do ensino fundamental. É
esperada, minimamente, desses estudantes,
a alfabetização plena, visto que as
aprendizagens em curso não prescindem
da leitura e da escrita, e busca-se identifi car
se estão inseridos na sociedade, gozando
com legitimidade direitos e exercendo com
responsabilidades deveres, a partir dos
usos sociais inerentes à capacidade de ler
e escrever. Porém, a insufi ciência é notada
porque não há domínio de habilidades que
permitem o desenvolvimento de estratégias
reguladoras da leitura. Há, nesse perfi l,
estudantes os quais conseguem realizar
leitura, localização de informações e
inferências, bem como retomadas por meio
de pronomes e relações lógico-discursivas
em texto predominantemente narrativos, em
sua maioria, com temas familiares e estruturas
linguísticas mais simples e familiares.
Alfabetização incompleta Letramento insufi ciente
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 29
Percurso da avaliação
Confira as principais etapas da avaliação externaRESULTADOS POSSIBILITAM DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO E
CONTRIBUEM PARA REDEFINIÇÃO DE RUMOS NA GESTÃO PEDAGÓGICA
Nesta etapa, é realizado o planejamento
da avaliação, quando são definidos
passos importantes para que ela cumpra
seu objetivo. De acordo com a finalidade,
são definidos: público-alvo a ser avaliado
(estudantes e etapas); o que será
avaliado (disciplinas); data e logística da
aplicação; resultados a serem produzidos;
forma de divulgação e estratégias de
apropriação dos resultados (materiais
impressos e/ou on-line, capacitação
de gestores, professores etc.). Cada
um desses passos respeita técnicas de
segurança e qualidade, requeridas pela
avaliação externa, com o objetivo de
garantir a isonomia e a responsabilidade
necessárias para que as informações
produzidas sejam relevantes e
representem a realidade.
A segunda etapa consiste na definição
da matriz de referência e na montagem
de testes de proficiência e questionários
contextuais. As matrizes organizam
as habilidades e competências a
serem avaliadas por meio dos testes,
compostos por itens elaborados a partir
dos descritores da matriz. Também são
produzidos questionários para capturar
informações do contexto dos estudantes,
a fim de complementar as informações
produzidas pelos testes cognitivos. Os
testes são montados de acordo com
metodologia específica – a Teoria
da Resposta ao Item (TRI). Após sua
montagem, os instrumentos impressos são
distribuídos para aplicação nas escolas.
Os testes podem ser disponibilizados,
ainda, em formato digital.
Planejamento da avaliação
Construção de instrumentos
30 PAEBES ALFA 2017
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07--
A avaliação educacional em larga escala é uma importante ferramenta para gestores, de rede e das escolas, e para os
profissionais da educação em geral, pois, a partir das informações por ela produzidas, é possível obter um diagnóstico
sobre a qualidade da educação ofertada e, com isso, realizar intervenções no processo de ensino, implementar políticas
educacionais e redefinir rumos na gestão pedagógica, de acordo com as necessidades dos estudantes de uma escola,
de uma rede ou de todo um país. Entretanto, para que os resultados da avaliação cheguem a todas as escolas de todo o
país e ela cumpra o seu papel, há um longo caminho percorrido, desde a definição do que será avaliado até o momento
em que os resultados se traduzem em informações úteis para gestores, professores, famílias e estudantes. A seguir, são
apresentadas, de forma sucinta, as principais etapas desse processo.
Após a aplicação dos instrumentos
da avaliação externa e o seu
recolhimento em cada escola,
é iniciada a etapa que culmina
com a produção dos resultados.
Diferentes ações estão envolvidas
nessa etapa, cada uma delas
executadas com critérios técnicos
e metodologia adequados.
Essa etapa inclui a triagem e
o processamento dos testes:
separação e processamento dos
instrumentos; constituição de
base de respostas dos estudantes
e demais respondentes dos
questionários; análise das respostas
e produção de medidas; análise
e produção dos resultados,
propriamente – proficiência dos
estudantes, das turmas, das escolas
e das redes.
Os resultados da avaliação externa
e as informações necessárias para
sua leitura e interpretação são
divulgados no portal do PAEBES
ALFA e em revistas destinadas aos
professores e gestores. Nessas
publicações, é possível conferir dados
sobre o programa e indicadores de
participação e desempenho da escola,
por disciplina e etapa. No portal,
também estão disponíveis materiais
de apoio – matrizes de referência,
padrões e níveis de desempenho,
oficinas de resultados etc. Nas revistas,
são disponibilizados, ainda, conteúdos
de suporte para a interpretação
dos resultados e para a prática
pedagógica. A equipe gestora da rede
de ensino conta com apresentações
específicas dos resultados.
O percurso da avaliação externa
não se encerra na apropriação dos
resultados, mas em seus usos na
prática cotidiana da escola e/ou
da rede. A melhoria da qualidade
da oferta educacional depende da
ação de professores e gestores e,
para auxiliá-los, são disponibilizadas
ferramentas de desenvolvimento
profissional: cursos on-line e oficinas
de apropriação de resultados,
que apresentam os conceitos
básicos da avaliação externa e
discutem os resultados dos testes
e dos questionários contextuais; e
protocolos de gestão, que consistem
em uma orientação de trabalho
direcionado aos gestores.
Produção de resultados
Materiais de divulgação de resultados
Desenvolvimento profissional
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 31
Colocando em prática
Atividades pedagógicas baseadas nos resultadosHABILIDADES E COMPETÊNCIAS DA MATRIZ DE REFERÊNCIA
DEVEM DIALOGAR COM PLANEJAMENTO ESCOLAR
Para que os dados da avaliação externa sejam utilizados no dia a dia da
sua escola, é imprescindível que você conheça melhor as características
desse tipo de avaliação. Ao chegar a este ponto, você pôde perceber as
particularidades de cada indicador e se preparar para a apropriação cor-
reta das informações.
Após sistematizar o diagnóstico sobre a aprendizagem dos estudantes da
sua escola, por meio do Roteiro de leitura e análise, é preciso relacioná-
-lo aos materiais de orientação para o trabalho em sala de aula, como as
diretrizes curriculares e os recursos didáticos, e verificar as possíveis asso-
ciações entre esses materiais e as competências e habilidades elencadas
nas matrizes de referência da avaliação externa.
Realizado esse processo, é hora de rever o plano de curso e os planos de
aula, verificando se o planejamento escolar estabelece um diálogo efeti-
vo com as questões levantadas pela análise dos resultados da avaliação.
A seguir, você encontra sugestões para a prática pedagógica pautadas
nesses resultados.
32 PAEBES ALFA 2017
Depois de estudar os materiais de orientação disponíveis, retome as análises sobre as habi-
lidades que os estudantes ainda não desenvolveram, considerando os resultados das ava-
liações externa e interna, identificando se há semelhanças ou divergências entre eles. O ob-
jetivo é verificar se as habilidades e competências detalhadas na matriz de referência fazem
parte daquelas abordadas na prática pedagógica em sala de aula, ou seja, se os estudantes
estão aptos a responder com êxito ao teste de proficiência de cada etapa de escolaridade.
EM AÇÃO
Estudo dos materiais de orientação para a sala de aula
Reflita sobre os tópicos abaixo, de modo que o estudo seja dirigido ao aprimora-
mento do instrumento avaliativo interno e às percepções apontadas pelo instru-
mento externo.
C Há currículo próprio ou em elaboração na rede de ensino?
C O currículo é amplamente conhecido e divulgado? Está acessível?
C Como e quando são previstas as atividades em sala para o ano letivo? Ou seja,
como e quando é elaborado o plano de curso?
C Há clareza nos objetivos gerais e específicos do plano de curso?
C Os conteúdos e procedimentos detalhados no plano de curso dialogam com os
planos de aula definidos para esta disciplina?
C Qual é a orientação compartilhada para a avaliação na sua escola,
especialmente, nesta disciplina?
Matriz de referência
da avaliação
Orientações
curriculares
Recursos
didáticos
Plano de curso
e plano de aula
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 33
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08-
Não existe uma resposta apenas para essa pergunta. Além da aná-
lise dos resultados da avaliação à luz das orientações curriculares
e dos materiais didáticos, sugerimos algumas atividades que pode-
rão ser desenvolvidas em sala de aula, a fim que você possa lidar
com os dados da avaliação como parte do projeto pedagógico da
escola e para que, com o tempo, esse exercício possa fazer parte
do cotidiano escolar.
E agora, como posso fazer uso dos resultados em sala de aula para que os estudantes alcancem o desempenho esperado?
EM AÇÃO
Atividade para desenvolvimento em sala de aula
As atividades apresentadas a seguir compreendem gêneros textuais distintos, como
o conto, o anúncio classificado e a carta de apresentação. Estão organizadas em mo-
mentos, que podem ser trabalhados ao longo de vários dias, envolvendo os eixos da
oralidade, da leitura, da escrita e da análise linguística.
Além disso, na presente proposta buscou-se privilegiar a intertextualidade enquanto
procedimento fundamental para a construção de significados, pelos estudantes, para
as situações de leitura e de produção textual. Sendo assim, este trabalho tem como
objetivo ampliar o repertório e o universo textual e discursivo dos estudantes.
34 PAEBES ALFA 2017
1ª ATIVIDADE – Explorando gêneros da ordem do narrar
Objetivos
» inserir o leitor na cultura letrada, que está além dos gêneros tipicamente es-
colarizados;
» levar os estudantes a conhecerem a estrutura e os elementos característicos
da narrativa, assim como sua funcionalidade;
» contribuir para a ampliação da visão de mundo e do senso crítico dos estu-
dantes.
LEITuRA DO LIVRO DE LITERATuRA:
“Procura-se Lobo”
AuTOR: Ana Maria Machado
ILuSTRADOR: Laurent Cardon
EDITORA: ática
ANO: 2005
O livro selecionado para esta unidade, “Procura-se Lobo”, de Ana Maria Machado,
envolve o leitor em uma intensa trama intertextual, ao fazer referências aos diversos
contos de fadas, fábulas e outras histórias envolvendo a figura do “lobo”. Além disso,
a autora traz outros gêneros para compor sua narrativa, como o anúncio classificado,
as cartas de apresentação (no caso, são as respostas ao anúncio na busca por uma
colocação no mercado de trabalho) e, ainda, sequências descritivas, evidenciando,
dessa forma, que os gêneros não são estáticos, e sim dinâmicos e fluidos.
Ao retomar os contos clássicos, Ana Maria Machado busca romper com a visão
canônica dos mesmos e também com os valores por eles difundidos ao longo dos
tempos, principalmente com relação à figura do “lobo”. A desconstrução desse
personagem pela autora tem o objetivo de contribuir com o desenvolvimento do
senso crítico dos leitores para os fenômenos da contemporaneidade, como a extinção
de algumas espécies de lobos.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 35
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08-
1º MOMENTO: Preparando para a leitura: retomada dos contos
clássicos
ORALIDADE
Esta atividade tem por objetivo preparar os estudantes para a leitura e levantar os
conhecimentos prévios dos mesmos acerca dos contos clássicos. A intertextualidade
que caracteriza esse texto pressupõe o acionamento do conhecimento prévio do
leitor; portanto, partimos do princípio de que esse conhecimento é necessário para
a compreensão do texto proposto, bem como para a construção dos sentidos e/ou
significados por parte dos estudantes.
Assim, inicie com os estudantes uma conversa informal sobre as histórias e contos
de fadas que eles conhecem e que trazem a figura do lobo. Deixe-os expressar suas
memórias e opiniões a respeito. Ao final da conversa, construa uma conclusão junto
aos estudantes que os leve a perceber que, nessas histórias, a imagem do lobo sempre
emerge como terrível e ameaçadora.
Caso seja necessário, leia para os estudantes um conto clássico, para que eles
relembrem e possam participar desse momento da atividade.
C Qual história você conhece com o personagem lobo?
C Como é esse personagem? Quais são suas características?
C O que ele faz nessa história?
C Como ele termina na história?
2º MOMENTO: Explorando a capa do livro: formulando hipóteses
ORALIDADE
Neste momento do trabalho, você pode explorar os elementos linguísticos da capa
do livro, como título, autor, ilustrador, editora, e os elementos não linguísticos, como
as ilustrações. Essa atividade tem por objetivo levar o estudante a compreender a
importância e a função das capas de livros, que constituem o primeiro elemento de
informação e comunicação com o leitor sobre o conteúdo do suporte, levando-o a criar
hipóteses sobre a leitura.
Ao explorar a relação complementar da imagem com o texto escrito para a construção
de sentido/significado, você utiliza um recurso importante, que contribuirá com o
processo de desenvolvimento da alfabetização e do letramento dos estudantes.
Assim, na medida em que se apresenta a capa, sugerimos que sejam feitos alguns
questionamentos.
36 PAEBES ALFA 2017
C A partir do título, o que será que essa história conta?
C O título da capa poderia estar em outro tipo de texto? Qual?
Leve os estudantes a perceber que o título faz uma alusão ao anúncio publicitário de
oferta de emprego, de publicação mais comum nos jornais.
C O que a ilustração da capa nos mostra?
C Que relação essa ilustração possui com o título?
C Quem será o personagem principal dessa história?
C Vocês conhecem a autora do livro? Já leram outros textos dessa autora?
Nesse momento, é importante apresentar ou relembrar junto aos estudantes algumas
informações sobre o autor do livro, se possível fazendo referência a outras obras que
podem ser conhecidas pelos estudantes. O próprio livro traz algumas informações que
podem ser lidas para os estudantes.
3º MOMENTO: Leitura oral em voz alta
LEITuRA
A atividade de leitura em voz alta permite o envolvimento dos estudantes na narrativa
por meio da escuta. Com essa atividade, você levará os estudantes a desenvolver
habilidades relativas aos aspectos extratextuais e que são de fundamental importância
para a compreensão dos textos, como: entonação, dicção, além de trabalhar a fluência
na leitura.
Para o livro proposto, é importante que os estudantes também visualizem as imagens ao
longo da história, pois elas têm um papel fundamental para a compreensão da mesma.
Para o caso de não haver exemplares para todos estudantes, é possível realizar a leitura
com o seu exemplar e ir mostrando as páginas ao longo da leitura, ou mesmo digitalizar
o livro e apresentá-lo em forma de slides.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 37
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08-
4º MOMENTO: Explorando a história – compreendendo o texto
ORALIDADE
Após a leitura, você deve discutir com os estudantes sobre os fatos narrados na história,
antes de iniciar as atividades escritas. Isso é importante para que eles se apropriem do
conteúdo, dos elementos e da estrutura da narrativa. Permita que recontem a história de
modo a reconstruir a sequência dos fatos da narrativa: isso os ajudará na compreensão.
Essa é uma atividade especialmente relevante para os estudantes alocados nos dois
padrões de desempenho mais baixos. Embora ainda apresentem dificuldades de ler de
forma autônoma, isso não os impede de assimilarem o texto ouvido e de se apropriarem
de sua estrutura.
Você pode conduzir essa conversa de modo a ressaltar para os estudantes os elementos
que compõem a narrativa, por meio de perguntas como a que propomos a seguir.
C Qual é a relação entre o título e a história lida?
O título faz uma referência ao anúncio publicado no jornal e em torno do qual os de-
mais fatos da história ocorrem. Nesse momento é importante relembrar a discussão
sobre a capa do livro e as hipóteses levantadas pelos estudantes antes da leitura.
C Há alguma parte que você mais gostou? Qual? Por quê?
A resposta a essa pergunta é pessoal, mas é importante observar se os estudantes
estão atentos aos fatos da história e à mensagem que ela traz, além de ser uma
oportunidade para expressarem opiniões e exercerem sua capacidade de argu-
mentar.
C A história gira em torno de qual personagem? Qual sua principal característica?
A história gira em torno de Manuel Lobo, que é o personagem central. Sua prin-
cipal característica é escrever bem, tanto que conseguiu um emprego por causa
dessa habilidade.
C Quem nos conta a história participa dela ou não?
O narrador da história é observador, ou seja, não participa da história. Essa questão
possibilita que você explore também o uso da linguagem em seus aspectos formais,
ou seja, quando o narrador é observador, o texto está escrito na terceira pessoa,
quando é personagem, o texto está escrito na primeira pessoa. É importante fazer
atividades de transposição para que os estudantes possam perceber essa diferen-
ça que constitui o tipo de narrador. Ou seja, você pode pedir aos estudantes que
reescrevam trechos da história como se o narrador fosse o Manuel Lobo, para que
eles percebam as mudanças verbais e pronominais. Observe o seguinte exemplo:
38 PAEBES ALFA 2017
ATIVIDADE DE ESCRITA
Narrador observador
Manuel estava procurando emprego.
Abriu o jornal e viu um anúncio: [...].
Narrador personagem
Eu estava procurando emprego.
Abri o jornal e vi um anúncio:
C Onde e quando se passa a história?
A história se passa no Brasil. Isso é percebido a partir da carta enviada pelo lobo
da história “Pedro e o Lobo”, na qual faz referência ao clima do país e às escolas de
samba. Levar os estudantes a perceber esse fato é uma atividade que os estimula
a fazer inferências, o que permite perceber o que não está dito explicitamente no
texto, mas pode ser concluído a partir de outras informações. O tempo, entretanto,
não é determinado na história, mas é possível perceber que a mesma se passa
nos dias atuais.
C Essa história possui diálogo entre os personagens? Como o diálogo ocorre
nessa história?
É importante chamar a atenção dos estudantes para o modo como ocorrem os
diálogos nesse texto, pois o mesmo não segue a forma tradicional de se transpor
a fala dos personagens com travessão. A autora privilegiou o estilo epistolar, ou
seja, os diálogos acontecem entre cartas.
C Qual fato desencadeia a história?
Manuel Lobo lê o anúncio de oferta de emprego no jornal, “Procura-se Lobo” e,
como estava desempregado, mesmo não sendo lobo de verdade, ofereceu-se
para o trabalho.
C Quais outros fatos se desenrolaram ou se originaram a partir desse?
Tantas cartas chegaram à empresa que Manuel Lobo foi contratado para respon-
dê-las. Porém, todos os candidatos pertenciam ao universo literário.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 39
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08-
C Qual é o desfecho ou a conclusão dessa história?
Manuel Lobo percebeu que precisava reescrever o anúncio para conseguir o lobo
que procuravam, ou seja, lobos de verdade para fazer um documentário. Assim
fez, e foi sua oportunidade de mudar de emprego, tornando-se parte da equipe
de filmagem.
Por fim, converse com os estudantes a respeito da intenção da autora ao escrever
esse texto, pois ela recorre ao jogo intertextual, trazendo, para dentro de sua história,
diversas outras histórias clássicas que circulam não apenas no ambiente escolar, nas
quais a figura estereotipada do animal lobo (sanguinário e amedrontador) é recorrente.
Seu intuito é o de atualizar a discussão, ou seja, trazer para os diálogos com a
contemporaneidade a questão dos animais reais, que fazem parte da natureza e que
precisam ser protegidos para que não entrem em extinção.
Esses são alguns dos possíveis aspectos que podem ser abordados com os estudantes.
No decorrer da discussão, podem surgir outras questões elaboradas por você e
também pelos estudantes.
5º MOMENTO: Atividades escritas – análise linguística
ATIVIDADE DE ESCRITA
As questões realizadas oralmente no momento anterior podem ser refeitas na
modalidade escrita, pois o registro escrito permite aos estudantes o desenvolvimento
de diversas habilidades, além de contribuir para a compreensão dos fatos ocorridos na
história, sua estrutura e os elementos que compõem a narrativa.
No caso dos estudantes que se encontram nos dois primeiros padrões de desempenho
e ainda têm dificuldades de escrever com autonomia, de forma convencional, você
pode formar duplas nas quais esses estudantes trabalhem com outros que apresentem
desempenho adequado para a etapa. Outra possibilidade, no caso de a maioria da
turma apresentar desempenho abaixo do esperado, consiste em escrever as respostas
no quadro, pedindo que os estudantes soletrem as palavras a serem escritas, ajudando-
os naquelas nas quais encontrarem maiores dificuldades.
1. Releia o trecho a seguir retirado do livro:
Currículo era uma lista de tudo o que o cara já tinha feito na vida e que pudesse
ajudar a conseguir aquele emprego.
Pretensões? Bem, às vezes se diz que alguém é muito pretensioso quando quer pa-
recer mais importante do que é. Mas, nesse caso, Manuel já sabia que pretensões
eram o que o candidato pretendia ganhar.
40 PAEBES ALFA 2017
a. Quais palavras aparecem destacadas no trecho?
b. Sublinhe no trecho o significado de cada uma delas.
2. Agora, releia este outro trecho também retirado da história:
Manuel era Lobo mas não era lobo.
a. Que diferença existe entre as palavras Lobo e lobo no trecho lido?
Nesse caso a diferença está na palavra Lobo, escrita com inicial maiúsculo, e que
significa um sobrenome, e a palavra lobo, escrita em minúscula, que faz referência
à espécie animal.
b. A palavra mas poderia ser substituída por qual outra palavra sem mudar o sentido
da frase?
A palavra “mas” poderia ser substituída por “porém”.
3. Reescreva os trechos a seguir, substituindo as palavras e expressões destaca-
das por outras de mesmo significado. Se necessário, consulte o dicionário.
a. “Eu tenho uma força descomunal”.
b. “Se precisarem de referências minhas, podem pedir ao urso Balu, à pantera
Baguera ou ao menino Mogli. Tenho certeza de que eles podem atestar minhas
qualidades de bom pai [...].”
c. “Meu leite é forte já criou dois meninos, Rômulo e Remo. um deles até fundou a
cidade de Roma.”
d. “Vivo no meio da neve e fiquei muito interessado nessa oferta de emprego, porque
ando mesmo desejando mudar de ares [...].”
Esses são alguns exemplos de atividades que podem ser desenvolvidas com o objetivo
de levar os estudantes a compreenderem as palavras e suas relações de sentido.
Lembre-se de que recorrer ao contexto da história é sempre importante para essa
compreensão, principalmente para expressões que não se encontram no dicionário.
O uso do dicionário possibilita aos estudantes compreenderem que os elementos que
compõem o verbete constituem o gênero da ordem do expor. Esse conhecimento é
necessário aos estudantes situados em qualquer padrão de desempenho em leitura.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 41
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08-
4. Identifique a quem se referem as palavras destacadas nos trechos a seguir.
Manuel duvidava que lobo lesse jornal. E que soubesse o
que era essa história de currículo e pretensões.
Ele sabia.
Desculpe. Meu pai quase não ia à escola e por isso não sabe
escrever direito. Eu é que sei. Mas eu não quero emprego,
não porque ainda estou estudando. Espero um dia poder ter
um trabalho bem melhor.
Lobinho
Essa atividade é um exemplo que tem por finalidade levar o aluno a reconhecer, analisar
e empregar recursos coesivos de referenciação, tais como pronominalização, elipse,
substituição lexical, repetição. A habilidade de realizar esse reconhecimento ainda não
foi desenvolvida pelos estudantes que não atingiram os dois padrões de desempenho
mais altos; portanto, esse tipo de atividade é fundamental para esses estudantes.
Mesmo que eles ainda não consigam ler os trechos destacados de forma autônoma,
leia-os para eles, e pergunte a quem se referem os pronomes, repetindo a leitura do
trecho, caso seja necessário.
5. Observe o seguinte trecho:
[...] Mas não teve coragem de dizer não a um senhor Lobo tão
bondoso e simpático. Separou a carta, dizendo:
— Depois eu falo com o chefe. Quem sabe se ele não arranja
um lugar para esse também? Com boa vontade, ele pode
servir... nem que seja como modelo.
a. Qual é o sinal de pontuação usado no final do primeiro parágrafo?
O sinal são os dois-pontos.
b. Por que ele foi usado?
Para assinalar que, a seguir, um personagem vai falar.
c. Qual é o sinal de pontuação usado no início do segundo parágrafo do texto?
O travessão.
d. O que esse sinal indica?
Ele marca o início da fala de um personagem.
42 PAEBES ALFA 2017
Essa atividade tem por finalidade fazer com que o aluno desenvolva habilidades
relativas ao reconhecimento e análise de sinais de pontuação como travessão, aspas,
dois-pontos, próprios da narrativa e que são recursos de inserção da fala/pensamento
e dos verbos de elocução. Possibilita, dessa forma, a distinção entre a fala/pensamento
dos personagens e do narrador, assim como o uso do discurso direto e indireto, que
representam marcas de intenções do autor. Essa percepção pode contribuir para que
estudantes com desempenho considerado adequado continuem avançando em sua
formação como leitores.
2ª ATIVIDADE – Produção textual
Objetivo: produzir, com os estudantes, dois textos de gêneros diferentes, que pos-
suem, portanto, formas e estruturas distintas: o primeiro está relacionado às cartas de
apresentação e à construção de perfil pessoal, e o segundo refere-se à produção de
uma narrativa clássica sob outro ponto de vista.
Estudantes com desempenho abaixo do esperado precisarão de auxílio individual
para realizar esta atividade.
A CARTA DE APRESENTAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR
Como informado anteriormente, “Procura-se Lobo” é uma história permeada por
gêneros diversos, como o anúncio classificado e a carta de apresentação, que mais se
assemelha a um perfil pessoal. Portanto, você tem em mãos a possibilidade de trabalhar
com gêneros textuais distintos, que possuem formas e funções comunicativas distintas
dos gêneros da ordem do narrar, por exemplo. A produção textual é um dos caminhos
para se abordar tais gêneros.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 43
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1º MOMENTO: Discussão oral dos exemplos de cartas
ORALIDADE
É possível propor aos estudantes uma situação na qual eles tenham a oportunidade
de escolher um representante para a turma. O escolhido ou eleito teria a função
de representar os demais em diversas situações na escola, seria um elo entre os
professores e as demandas dos colegas. Cada estudante poderia produzir sua carta de
apresentação pessoal, ressaltando as qualidades que o habilitam para a “função”.
Apresente aos estudantes um modelo de carta pessoal para que eles possam observar
as diferenças que existem entre esse tipo de carta e a carta de apresentação. Esses
modelos e os apresentados a seguir podem ser escritos em uma folha de papel pardo e
serem expostos no quadro de giz. Você pode, também, entregar a cada estudante uma
folha com cópias das cartas.
Exemplo 1: Carta pessoal
Salvador, 30 de abril de 2009
Querida avó,
Então tudo bem? As férias estão correndo bem e nós esta-
mos encantadas com este lugar: a praia é ótima, o tempo está
muito bom, por isso passamos o tempo todo na água. Eu e
Cristina estamos esperando a senhora, lembre-se que pro-
meteu vir aqui no próximo fim de semana. Já estou vendo os
dias maravilhosos que vamos passar todos juntos. Tenho sau-
dades das histórias do vovô! Com a senhora, a praia vai ficar
mais bonita, vai ser bom estar em sua companhia. Ah, vovó,
mal posso esperar para comer a tua comidinha boa. Espera-
mos ansiosamente a sua chegada. Temos muitas saudades!
Um grande beijo,
Sara.
Disponível em: < http://letrasmundosaber.blogspot.com.br/2010/03/carta-pessoal.html >. Acesso em: 22 set. 2015.
Chame a atenção dos estudantes para os elementos que compõem a carta por meio
de questionamentos. A seguir, estão propostos alguns que podem ser completados e
ampliados.
44 PAEBES ALFA 2017
a. Como a carta inicia?
b. Como ela termina?
c. De que assunto ela trata?
d. Qual é o objetivo de quem escreveu essa carta?
e. Que tipo de linguagem predomina nessa carta: formal ou informal? Que
expressões mostram isso?
Explique aos estudantes que a carta pessoal é gênero pouco usado nos dias atuais
e questione-os sobre o porquê. Hoje as pessoas têm mais acesso aos meios de
informação e comunicação, portanto acham mais fácil utilizar os telefones e o e-mail,
por exemplo, que tornaram a comunicação mais rápida. Entretanto, busque levantar
com eles os pontos positivos desse gênero textual, pois é um ótimo instrumento para
desenvolver a habilidade de escrita.
Exemplo 2: Carta de apresentação
Prezados Senhores,
Em busca de nova proposta de trabalho na área Administra-
tivo-Financeira, apresento-lhes meu currículo anexo.
Entre minhas características básicas, encontram-se: adap-
tabilidade, bom humor, dinamismo, responsabilidade, dedi-
cação ao trabalho e bom relacionamento em geral. Informo
ainda que estou disponível para viagens, de acordo com a
necessidade da organização.
No aguardo de contato de sua parte, coloco-me à disposi-
ção para prestar-lhes mais esclarecimentos.
Atenciosamente,
Maria Tavares
Disponível em: < http://portal.fmu.br/globaloffice/arquivos/carta-apresentacao.pdf >. Acesso em: 22 set. 2015.
A partir da leitura do texto acima, leve os estudantes a perceberem as diferenças entre
a carta pessoal e a carta de apresentação, que é um gênero utilizado em situações
específicas, ou seja, a busca por emprego. Sugerimos alguns questionamentos que
podem levá-los a ressaltar essas diferenças.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 45
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08-
a. Em que situação essa carta poderia ser usada?
b. Há diferença entre a primeira e a segunda carta? Quais diferenças?
c. Elas iniciam da mesma forma?
d. Quem escreve se relaciona da mesma maneira com o interlocutor da carta?
e. Que tipo de linguagem predomina nessa carta: formal ou informal? Que
expressões mostram isso?
Exemplo 3: Carta de apresentação do lobo
Sou um lobo famosíssimo.
Meu retrato é conhecido no mundo todo.
Há séculos que todos falam de mim.
E tenho muitas outras qualidades.
Por exemplo, sou um animal muito simpático, convincente e
bem falante.
Posso ser bom vendedor, porque tenho muita experiência de
falar e convencer pessoas a fazer o que eu quero, princi-
palmente com meninas que vão bem sozinhas pela estrada
afora e avós doentes que estão em casa esperando.
Tenho umas orelhas tão grandes, uns olhos tão grandes,
uma boca tão grande!
Eu
a. Observe a carta escrita por um dos lobos da história “Procura-se Lobo”. Com qual
das duas cartas ela se assemelha: a pessoal ou a de apresentação?
b. Quais diferenças podemos perceber entre as cartas?
c. A linguagem utilizada é mais formal ou mais informal? Por que você acha que isso
acontece?
É importante que os estudantes notem as diferenças entre as cartas usadas como
exemplo e a carta ficcional apresentada no livro, que não tem compromisso com a
realidade.
Após essa discussão, deve-se apresentar aos estudantes a proposta de produção e
montar a estrutura juntamente com eles.
46 PAEBES ALFA 2017
2º MOMENTO: Escrevendo o perfil pessoal por meio da carta de
apresentação
ATIVIDADE DE ESCRITA
Agora é a sua vez: escreva uma carta de apresentação para ser o representante da
turma. Observe como o seu texto deve se organizar:
C Início (a quem a carta se dirige?).
C Desenvolvimento (fazer sua apresentação, ressaltando suas qualidades e por
que merece ser o representante da turma).
C Conclusão, saudação e assinatura.
Essa atividade tem por objetivo levar o aluno a identificar e organizar dentro de um texto
as informações mais relevantes para a construção de uma imagem positiva de si mesmo
e que muitas vezes é necessária nos diversos contextos avaliativos, pelos quais eles
possam passar ao longo de sua vida, não apenas para conseguir um emprego. Além
disso, a atividade dará ao aluno a oportunidade de desenvolver uma visão crítica sobre
esse texto, a partir da produção e também da análise das cartas da turma.
Os estudantes alocados nos dois padrões de desempenho mais baixos provavelmente
terão dificuldade em realizar essa atividade autonomamente. No caso desses estudantes,
é necessário um trabalho individual, pedindo que digam o que desejam escrever e
orientando-os sobre como podem fazê-lo, por exemplo, soletrando para eles.
Após o término da escrita, é sempre importante socializar o que se escreveu, então,
os estudantes podem realizar a leitura das suas cartas para a turma para que haja a
escolha do representante. Essas produções poderiam fazer parte do mural da sala de
aula ou da escola, por exemplo.
REESCREVENDO OS CONTOS CLÁSSICOS
MOMENTO: Recontando histórias clássicas sob outros pontos de vista
ATIVIDADE DE ESCRITA
Agora é a sua vez: escolha um conto que você conheça bem e reescreva esse conto
escolhendo um dos personagens para ser o narrador. Observe, o seu texto deve con-
ter alguns elementos importantes:
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C Onde e quando os fatos ocorrem?
C Quem são os personagens que participam da história?
C Qual fato dá início à história?
C De que modo os outros fatos ocorrem?
C Qual o desfecho da história?
Essa atividade pode ser feita em duplas. Ao organizar as duplas, não se esqueça de
colocar os alunos que apresentam padrão de desempenho mais baixo, ou seja, ainda
não consolidaram seu processo de alfabetização trabalhando com outros alunos com
desempenho considerado adequado para a etapa. Essa heterogeneidade das duplas
favorece o aprendizado de todos, pois enquanto os alunos que ainda não conseguem
escrever de forma autônoma podem se responsabilizar por ir construindo a narrativa,
aqueles que já conseguem escrever com mais autonomia fazem o registro. É importante
enfatizar que a atividade de produção textual configura-se como um processo dinâmico
que se dá na interação.
É importante que os estudantes compreendam que escrever é um processo contínuo
e que a revisão e a reescrita são fundamentais nesse processo. Tão importante quanto
a revisão e a reescrita é a socialização das produções. Assim, os estudantes podem
ler suas histórias para os colegas da sala, assim como você pode pensar em reunir
essas histórias em um pequeno livro da turma ou publicá-las no jornal da escola (se for
o caso). Dessa forma, o trabalho com gêneros textuais ganha mais sentido, a partir da
concepção de que a leitura e a escrita são processos interativos.
Como você pôde perceber, as atividades sugeridas podem apoiar o desenvolvimento de diferentes habili-
dades. É importante observar o desempenho de cada um dos estudantes, para que se possa, inclusive, tra-
balhar atividades como as exemplificadas nesta seção, levando em conta a heterogeneidade das turmas.
Neste momento, é importante perceber se os resultados estão de acordo com as expectativas de apren-
dizagem para a etapa avaliada. Também é importante entender que os instrumentos de avaliação devem
sempre servir ao propósito da formação escolar, e não ao contrário. Tão importante quanto alinhar os
instrumentos internos e externos entre si é alinhá-los aos processos de ensino e de aprendizagem.
Garantir a qualidade da educação exige compromissos de ação. Bom trabalho!
48 PAEBES ALFA 2017
Anexo
Padrões de desempenho e seus itensINTERPRETAÇÃO PEDAGÓGICA DOS ITENS É NECESSÁRIA PARA ENTENDER
O QUE SIGNIFICA ESTAR ALOCADO EM DETERMINADO PADRÃO DE DESEMPENHO
As devolutivas pedagógicas correspondentes aos resultados decor-
rem da análise do teste de proficiência. Os itens que compõem os
cadernos buscam medir o que os estudantes são capazes de fazer;
logo, para entender o que significa estar alocado em dado padrão
de desempenho estudantil, é preciso interpretar pedagogicamente
os itens da avaliação. Essa interpretação está contida nas senten-
ças descritoras dos itens que, por sua vez, estão reunidas nos inter-
valos de níveis de desempenho, ou seja, agrupamentos menores do
que os de padrões, que podem ser encontrados nesta seção.
A análise pedagógica dos resultados da avaliação cabe a você e
a seus pares, a partir da leitura dos padrões de desempenho e da
autoavaliação do processo de ensino e aprendizagem.
Sentença descritora do item: operação mental associada ao objeto do conhecimento con-
textualizado. Exemplo: “Localizar informações explícitas em um texto”, habilidade presente na
matriz de referência, corresponde à operação mental “localizar” associada ao texto (objeto do
conhecimento). Já “Localizar informação explícita em contos e reportagens”, sentença descri-
tora do item, também corresponde à operação mental mencionada, mas associada ao gênero
conto e reportagem (objeto do conhecimento contextualizado).
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 49
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Abaixo do básicoATÉ 500 PONTOS
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
Língua Portuguesa – Leitura2º ano do ensino fundamental
Os estudantes que se encontram no padrão de desempenho abaixo do básico apresentam manifesta-
ções de habilidades relacionadas à apropriação do sistema de escrita, como também aos processos
iniciais de leitura. Dado o caráter inicial do processo de alfabetização, esses estudantes necessitam de
uma intervenção pedagógica focalizada tanto em tarefas que possibilitem o desenvolvimento das habili-
dades do eixo da matriz de referência denominado Apropriação do sistema alfabético quanto naquelas
que dizem respeito ao eixo Leitura: compreensão, análise e avaliação.
A partir dos 250 pontos de proficiência, os estudantes já identificam algumas letras do alfabeto (espe-
cialmente as letras iniciais), quando apresentadas isoladamente ou em um conjunto de letras (sequência
de três letras).
Os estudantes com proficiência a partir de 300 pontos, além das habilidades descritas anteriormente,
identificam a sílaba inicial de uma palavra, especialmente em palavras formadas exclusivamente por sí-
labas no padrão CV (consoante/vogal). Esse fato indica que os estudantes que se encontram neste nível
de proficiência percebem as relações entre fala e escrita de forma mais sistemática.
Aqueles que estão no intervalo entre 350 e 400 pontos, além de terem consolidado as habilidades re-
lacionadas à identificação de letras do alfabeto, reconhecem uma mesma letra, ou sequência de letras,
grafada em diferentes padrões gráficos (maiúscula, minúscula, de imprensa, cursiva). Esses estudantes
leem palavras dissílabas e trissílabas, especialmente as paroxítonas, quando formadas exclusivamente
por sílabas no padrão CV (consoante/vogal), ou por sílaba formada exclusivamente por uma vogal. Tal
constatação indica que esses estudantes desenvolveram habilidades iniciais de leitura de palavras, sen-
do esse um marco importante de seu processo de alfabetização.
Os estudantes com nível de proficiência entre 400 e 450 pontos realizam a leitura de palavras dissíla-
bas ou trissílabas, paroxítonas, formadas por diferentes estruturas silábicas (sílaba no padrão CV, CVC,
ditongo).
Os estudantes que estão no nível de proficiência entre 450 e 500 pontos identificam o gênero ao qual
pertencem alguns textos mais familiares. Surgem, neste nível, as primeiras ocorrências de habilidade de
leitura de frases na ordem direta (sujeito, verbo, objeto). Também aparecem as primeiras ocorrências de
localização de informações explícitas (que se encontram na superfície textual) em textos curtos e de gê-
nero familiar ao contexto escolar, como parlendas e textos que informam sobre curiosidades. Em textos
narrativos curtos (entre três e quatro linhas), os estudantes que apresentam este nível de proficiência
identificam elementos como o tempo em que ocorre um determinado fato e a personagem principal da
narrativa.
Em seu conjunto, o desenvolvimento das habilidades de leitura relacionadas a este padrão de desempe-
nho caracteriza um leitor que lê e interpreta pequenos textos com alguma autonomia.
50 PAEBES ALFA 2017
Esse item avalia a habilidade de ler palavras silenciosamente. Nesse caso, trata-se de uma palavra trissí-
laba formada por sílabas não canônicas.
A leitura de palavras contribui para a fase inicial de alfabetização, uma vez que não se reduz à simples de-
codificação das sílabas que a formam, mas mobiliza também a produção de sentidos para a palavra lida.
O fato de os distratores serem escolhidos por critérios fonológicos, considerando ainda aspectos como a
composição silábica, o posicionamento da sílaba tônica e a extensão da palavra, coloca níveis de dificul-
dade que podem influenciar na realização da tarefa proposta.
Para acertar o item, o estudante precisa ler integralmente as palavras apresentadas nas alternativas, atri-
buindo sentido a elas para, então, identificar aquela que nomeia a figura que serve de suporte ao item.
Os estudantes que marcaram a alternativa D, o gabarito, identificaram corretamente a palavra lida “NAVIO”
como sendo aquela que nomeia a figura apresentada no suporte, demonstrando que desenvolveram a
habilidade avaliada.
Questão ## P010360ES
Veja a fi gura abaixo.
Qual é o nome dessa fi gura?
MACIO
MATO
NABO
NAVIO
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 51
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BásicoDE 500 A 600 PONTOS
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
Língua Portuguesa – Leitura2º ano do ensino fundamental
Os estudantes que apresentam o padrão de desempenho básico desenvolveram todas as habilidades
de leitura descritas no padrão de desempenho abaixo do básico. Além daquelas habilidades, estudan-
tes com proficiência entre 500 e 550 pontos identificam o número de sílabas de palavras formadas por
diferentes padrões silábicos e identificam sílabas no padrão CV no final de palavras.
Neste padrão de desempenho, os estudantes localizam informações explícitas em textos curtos e reali-
zam inferências a partir da leitura de textos que conjugam linguagem verbal e não verbal, como histórias
em quadrinhos e tirinhas.
Com relação às habilidades relacionadas aos usos sociais de gêneros e suportes textuais, inicia-se o de-
senvolvimento da habilidade de identificar gêneros textuais menos familiares, como a carta, e a finalida-
de de textos, como bilhete, lista de compras, folheto, tabela de preços. Os estudantes que se encontram
neste padrão de desempenho identificam, também, o assunto de textos de pequena extensão.
Os estudantes com proficiência entre 550 e 600 pontos, que se encontram, portanto, no limite para a
passagem ao próximo padrão de desempenho, consolidaram habilidades relacionadas à consciência
fonológica, como a de identificar sons iniciais e/ou finais de palavras formadas por sílabas no padrão CV,
e também as relativas à leitura de palavras em diferentes extensões e padrões silábicos.
As habilidades relacionadas à localização de informações em texto se ampliam, uma vez que os estu-
dantes que se encontram neste nível localizam informações em textos de diversos gêneros, podendo tal
informação estar no início, meio ou fim do texto. Esses estudantes identificam o espaço entre os elemen-
tos que compõem uma narrativa. Ampliam-se, também, aquelas habilidades relacionadas à identificação
de gênero, finalidade e assunto de textos, assim como se amplia a extensão dos textos que esses estu-
dantes conseguem ler.
Ampliam-se, ainda, as habilidades relativas à identificação de gênero, finalidade e assunto de textos,
assim como se amplia a extensão dos textos que esses estudantes conseguem ler.
Além de inferirem informações em textos exclusivamente não verbais, os estudantes que apresentam
este nível de proficiência inferem o sentido de uma palavra ou expressão. Reconhecem o local de inser-
ção de determinada palavra numa sequência em ordem alfabética, considerando sua letra inicial.
52 PAEBES ALFA 2017
Esse item avalia a habilidade de identificar a finalidade de gêneros diversos. Tal habilidade contribui
para a compreensão da função social dos gêneros, pois oportuniza ao leitor a mobilização de conheci-
mentos sobre características linguísticas e gráficas que compõem os textos.
Nesse caso, o texto utilizado como suporte ao item é um convite, cuja finalidade é convidar pessoas para
eventos que acontecem no cotidiano, no caso, a festa de aniversário de Victoria.
Para realizar a tarefa proposta pelo item, o estudante precisa ler integralmente o texto apresentado no
suporte, produzindo sentidos para ele, para, então, reconhecer seu propósito comunicativo, ou seja, sua
finalidade. Identificar algumas características próprias do gênero, como destinatário: quem vai receber
o convite; remetente: quem envia o convite; o evento para o qual a pessoa é convidada; e local, data e
horário do evento podem facilitar a resolução da tarefa.
Os estudantes que marcaram a alternativa A, o gabarito, demonstraram ter desenvolvido a habilidade
avaliada pelo item, pois identificaram corretamente que a finalidade do texto apresentado como suporte
é a de convidar alguém para uma festa, diferenciando-a claramente das demais alternativas de resposta,
que trazem a finalidade de outros gêneros textuais.
Questão ## P020307ES
Esse texto serve para
convidar para uma festa.
dar uma notícia.
divulgar um espetáculo.
vender um produto.
Leia o texto abaixo.
Disponível em: <http://migre.me/qeJi9>. Acesso em: 14 nov. 2014. (P020306ES_SUP)
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 53
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Proficiente
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
DE 600 A 700 PONTOS
Os estudantes que apresentam padrão de desempenho proficiente desenvolveram, além das habilida-
des de leitura descritas anteriormente, outras, que ampliam suas possibilidades de interação com os
textos como leitores. Os estudantes que se encontram no nível até 650 pontos, além de localizarem sí-
labas iniciais e finais de palavras formadas exclusivamente pelo padrão CV, reconhecem sílabas mediais
dessas palavras.
Quanto às habilidades de leitura, elas se ampliam, tanto aquelas que se referem à apreensão de ele-
mentos que se encontram na superfície textual e à identificação de elementos da narrativa, quanto aque-
las que dizem respeito à realização de inferências.
Ampliam-se, também, as habilidades relacionadas aos Usos sociais da leitura e da escrita, o que indica
que esses estudantes demonstram ter maior familiaridade com gêneros textuais diversos.
Os estudantes com proficiência entre 650 e 700 pontos desenvolveram habilidades mais sofisticadas,
ligadas à consciência fonológica, como a habilidade de identificar o número de sílabas de palavras de
diferentes extensões e formadas por padrões silábicos diversos.
Quanto à leitura, a interação com textos narrativos revela que tais estudantes identificam o conflito gera-
dor em narrativas. As habilidades de realização de inferências também se ampliam, pois os estudantes
que se encontram neste nível de proficiência desenvolveram a habilidade de inferir o assunto de um
texto a partir de seu título, de perceber o que provoca o efeito de humor num texto e de reconhecer o
efeito de sentido produzido pelo uso de onomatopeias em poesias.
Língua Portuguesa – Leitura2º ano do ensino fundamental
54 PAEBES ALFA 2017
Esse item avalia a habilidade de identificar o efeito de sentido decorrente do uso de recursos gráficos, da
pontuação, da seleção lexical e das repetições. Nesse caso, o texto que dá suporte ao item é um poema
de curta extensão e vocabulário simples, que apresenta os sons emitidos por alguns objetos, pessoas e
fenômenos da natureza, recurso conhecido como onomatopeia.
Essa habilidade é importante, pois possibilita ao estudante realizar uma leitura para além dos elementos
superficiais do texto, auxiliando-o na construção de novos significados. Nesse sentido, é importante pro-
mover o contato do estudante com gêneros textuais que apresentam efeitos de sentido, como: tirinhas,
Questão ## P031992E4
Nesse texto, a expressão “VRRRRUM” indica
a janela fechando.
a menina rindo.
o carro passando.
o fogo apagando.
Leia o texto abaixo.
Tempestade
O VENTO FAZ VVVVVVVVVU!A PEDRA PÁÁÁÁÁÁ!O FOGO FISCHHHHHH!O CARRO VRRRRUM!O TROVÃO BRRRBUM!A CHUVA CHUÁÁÁ!A PORTA BLAM!A BOLA PLÁÁÁ!O GRILO CRIIIIIII!A JANELA CRÁÁÁ!A MAMÃE ÓÓÓÓÓÓ!O MENINO IIIIIIIIIIIIH!O GATO MIAAAAU!O CACHORRO AU-AU!A MENINA RÁ-RÁ!
CHAMLIAN, Regina. Rãzinha cantora. São Paulo: Paulinas, 2007. p. 28. (P031992E4_SUP)
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 55
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09
AvançadoACIMA DE 700 PONTOS
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
Os estudantes que se encontram no padrão avançado, a partir dos 700 pontos, ampliam a habilidade
de inferir informações em textos que conjugam linguagem verbal e não verbal, como tirinhas. Outra habi-
lidade desenvolvida neste nível é a de identificar a relação entre pronomes pessoais e seus referentes.
A partir dos 750 pontos de proficiência, amplia-se a habilidade de inserção de uma palavra na ordem
alfabética, tendo como referência a segunda ou a terceira letra da palavra. Amplia-se, também, a habili-
dade de inferir o sentido de uma palavra ou expressão em texto curto.
A partir dos 800 pontos de proficiência, observa-se a ampliação das habilidades de leitura anteriormen-
te referidas, especialmente aquelas ligadas ao estabelecimento de relações lógico-discursivas entre
partes ou elementos dos textos, como relações de causa e consequência e relações lógico-discursivas
marcadas por conjunção temporal ou advérbio de tempo.
Observa-se, portanto, que as principais conquistas a partir deste nível de proficiência dizem respeito à
capacidade de interagir com os textos, percebendo as relações existentes entre as diferentes partes que
os constituem.
Língua Portuguesa – Leitura2º ano do ensino fundamental
histórias em quadrinhos, piadas, narrativas etc., para que, a partir da familiaridade com esses textos, o
leitor possa ter desenvoltura para compreender o sentido desses recursos usados intencionalmente pelo
autor no texto.
Para acertar o item, o estudante precisa fazer uma leitura global do texto e identificar o sentido que a
expressão em destaque no comando tem no contexto do texto, diferenciando-a das demais expressões
usadas pelo autor para compor o todo da obra.
Os estudantes que assinalaram a alternativa C, o gabarito, desenvolveram a habilidade avaliada pelo
item, pois reconheceram que a expressão “VRRRRuM”, localizada no quarto verso do poema, indica o
som de um carro passando.
56 PAEBES ALFA 2017
Esse item avalia a habilidade de estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, nesse caso,
a ideia de lugar contida na narrativa curta com vocabulário simples. Essa habilidade de leitura é funda-
mental, pois auxilia o estudante no processo de compreensão de textos, fazendo com que ele, ao identi-
ficar as relações lógico-discursivas marcadas por locuções adverbiais e advérbios, articule as partes de
um texto para a construção de um sentido global.
Para acertar o item, o estudante precisa fazer uma leitura global da história e identificar, dentre as alter-
nativas, o trecho que situa ideia de lugar, atentando-se para os articuladores adverbiais presentes na
história.
Os estudantes que assinalaram a alternativa C, o gabarito, desenvolveram a habilidade avaliada pelo
item, reconhecendo, dentre as alternativas de resposta, que o trecho “... pulava em volta do estábulo do
fazendeiro...” é aquele que marca uma ideia de lugar.
Questão 05 P020143G5
Nesse texto, qual é o trecho que dá ideia de lugar?
“... mas quanto mais se esforçava mais difícil...”.
“O pequeno sapo se debateu muito,...”.
“... pulava em volta do estábulo do fazendeiro,...”.
“Quase no fi nal de suas forças,...”.
APLICADOR
MOSTRAR o cartaz com a questão.
LER a(s) informação(ões) abaixo que apresenta(m) o desenho de um megafone .
Leia o texto abaixo.
Leia o texto abaixo.
Nunca desista
Um sapo curioso pulava em volta do estábulo do fazendeiro, quando caiu num balde com metade de leite. Tentou e tentou alcançar a borda e pular para fora, mas quanto mais se esforçava mais difícil fi cava. O pequeno sapo se debateu muito, pensando num jeito de sair dali. Quanto mais ele nadava, mais o leite engrossava, até que virou manteiga. Quase no fi nal de suas forças, conseguiu levantar-se e pular para fora, afi nal.
REHFELDT, Dorelci. Pequenas histórias sobre animais. Todolivro: Blumenau, 2007. (P020143G5_SUP)
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 57
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Abaixo do básicoATÉ 500 PONTOS
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
Língua Portuguesa – Escrita2º ano do ensino fundamental
Os estudantes que se encontram no padrão de desempenho abaixo do básico desenvolveram habilida-
des muito iniciais do processo de aprendizagem da língua escrita.
As crianças com proficiência até 300 pontos, ao realizarem a cópia de um texto em uma página de ca-
derno, ainda não consideram a ordem convencional de organização do texto na página, não respeitando
as margens nem a sequência das palavras no texto, sem realizar adequadamente a passagem de uma
linha a outra do texto/caderno.
As crianças com proficiência entre 300 e 400 pontos realizam a cópia de um texto observando algumas
regras de utilização da página, embora possam não observar os limites das margens ou a necessidade
de recomeçar a escrita na margem esquerda na passagem de uma linha a outra do texto/caderno.
Os estudantes cuja proficiência encontra-se alocada no intervalo de 400 a 500 pontos apresentam uma
escrita que pode ser, em alguns casos, ainda silábico-alfabética e, em outros, alfabética, escrevendo
palavras de diferentes extensões e padrões silábicos – CV, VC, CVC, CVV – em conformidade com essas
hipóteses de escrita. Isso significa que podem usar apenas uma letra para representar cada sílaba da
palavra ou, ainda, que podem utilizar ora uma letra para cada sílaba, ora uma letra para cada som da
palavra.
58 PAEBES ALFA 2017
Com o objetivo de avaliar a habilidade de o estudante utilizar, como escritor, o princípio alfabético na
escrita de palavras, esse item propõe a palavra escrita da palavra “COLCHÃO”, que nomeia a imagem
apresentada. Essa palavra é dissílaba e sua primeira sílaba possui estrutura complexa, sendo formada
no padrão CVC. Já a última, mais extensa que a primeira, é estruturada no padrão CCVV, apresentando
um dígrafo.
Nesse exemplo de escrita, o estudante cometeu três desvios ao escrever a palavra, apresentando uma
escrita que se aloca no nível silábico, pois se observa que, ao escrever a primeira sílaba (“COL”), ele omitiu
as consoantes “C” e “L”, grafando apenas a vogal “O”. Esse procedimento é muito comum durante o ciclo
de alfabetização, quando os estudantes que se encontram neste nível de escrita representam uma sílaba
utilizando apenas uma letra ou escrevem a sílaba quase por inteiro. Também se destaca a finalização com
“u” em lugar de “O”, na sílaba final “CHAu”, quando o estudante demonstra que ainda não reconhece a
nasalização “ÃO”.
Nesse caso, a escrita apresentada compromete a leitura, não sendo possível sua compreensão sem
conhecer a imagem. Contudo, a escrita produzida pelo estudante apresenta relação com os sons da
palavra, ou seja, com a pauta sonora das letras.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 59
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09
BásicoDE 500 A 600 PONTOS
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
Língua Portuguesa – Escrita2º ano do ensino fundamental
As crianças que se encontram no padrão de desempenho básico desenvolveram todas as habilidades
de leitura e escrita descritas no padrão de desempenho abaixo do básico, apresentando uma escrita que
pode ser, em alguns casos, silábico-alfabética e, em outros, alfabética. Esses estudantes escrevem pala-
vras de diferentes extensões e padrões silábicos – CV, VC, CVC, CVV, dentre outros – em conformidade
com as hipóteses anteriormente referidas.
uma conquista importante dos estudantes que apresentam este nível de proficiência é a habilidade de
usar a página adequadamente, respeitando as margens e a sequência adequada das palavras, inclusive
quando há mudança de linha.
60 PAEBES ALFA 2017
A escrita avaliada nesse exemplo também se refere à grafia da palavra “COLCHÃO”, conforme o exem-
plo analisado no padrão anterior. Nesse caso, percebe-se que o estudante demonstrou conhecer a
estrutura da palavra solicitada, embora, na transcrição da oralidade para a escrita, tenha cometido dois
desvios ao representá-la graficamente: reduziu a sílaba inicial de estrutura CVC para o padrão canônico
CV e substituiu o dígrafo “CH” por “X”, na segunda sílaba, desvio este regular, pelo fato dessa consoante
apresentar a mesma sonoridade que o dígrafo em alguns contextos.
Assim sendo, pode-se analisar a escrita desse estudante como um exemplar da transição entre o nível
silábico-alfabético e o alfabético, mais próxima deste, sendo possível compreender a palavra sem maior
cooperação.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 61
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Proficiente
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
DE 600 A 700 PONTOS
Os estudantes com proficiência alocada no padrão de desempenho proficiente desenvolveram outras
habilidades de escrita além daquelas descritas nos padrões anteriores, o que amplia as possibilidades
de interação com os textos enquanto escritores.
As crianças com até 650 pontos de proficiência começam, a partir de um ditado, a escrever frases curtas,
no padrão sintático sujeito/verbo/complemento, com ou sem espaçamento correto entre as palavras. No
caso de frases não ditadas, produzidas a partir de uma gravura, inicia-se o desenvolvimento da habilida-
de de escrevê-las, ainda que no padrão de escrita silábico-alfabético, com ou sem o uso de pontuação
e o emprego de letras maiúsculas no início.
No intervalo entre 650 e 700 pontos na escala de proficiência, os estudantes demonstram ganhos sig-
nificativos quanto à escrita. Observa-se, pois, o início de uma transição de uma escrita alfabética de pa-
lavras para uma escrita com observância de algumas regras ortográficas, especialmente as contextuais:
uso de “l” ou “u” em final de palavra; uso de “ss”, “ç” ou “c”, dentre outras. Os estudantes escrevem, ain-
da, palavras com dígrafos, marcas de nasalização e irregularidades ortográficas como o uso de “s”/“z”;
“s”/“c”; “x”/“ch”; “g”/“j”; “ss”/“ç”. Esses estudantes encontram-se no limiar entre o padrão proficiente e o
avançado.
Língua Portuguesa – Escrita2º ano do ensino fundamental
62 PAEBES ALFA 2017
Observa-se que esse estudante, ao tentar escrever a palavra “COLCHÃO”, escreveu a palavra com ape-
nas um tipo de desvio, que foi a omissão a letra “L” ao final da primeira sílaba. Assim sendo, a sílaba,
que originalmente é formada na estrutura CVC, foi transformada na escrita do estudante em uma sílaba
canônica, de padrão CV.
Percebe-se, porém, que o desvio cometido pelo estudante não impede que se configure essa escrita
como alfabética, considerando, ainda, que esse tipo de ocorrência é comum durante o ciclo de alfabeti-
zação, quando da transcrição da oralidade para a escrita.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 63
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Neste padrão de desempenho, os estudantes também já demonstram habilidades relacionadas à elabo-
ração de frases curtas, no padrão sintático sujeito/verbo/complemento, tendo como mote uma imagem
(cena, gravura etc.). Entretanto, essa habilidade se consolidará em intervalos compreendidos pelo pa-
drão de desempenho avançado.
No exemplo de escrita acima, a descrição da cena realizada pelo estudante é coerente, revelando
interpretação adequada da imagem. Contudo, sua escrita ainda se encontra em nível alfabético, pois
sua grafia apresenta alguns desvios ortográficos que dificultariam a leitura de sua produção, caso não
houvesse o auxílio da cena.
Avaliando a escrita desse estudante com foco no aspecto ortográfico, uma das análises realizadas em
itens desse tipo, o estudante escreveu a frase cometendo os seguintes desvios:
» iniciou a frase com um numeral e não sua correspondência textual;
» omitiu, na segunda palavra (“CRIANÇA”), a letra “N” na sílaba medial nasalizada;
» omitiu, na terceira palavra, uma letra “R” que caracteriza o dígrafo “RR”, assim como a letra “N” na
segunda sílaba do verbo “CORRENDO”.
64 PAEBES ALFA 2017
AvançadoACIMA DE 700 PONTOS
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
No padrão de desempenho avançado, são observados avanços significativos na escrita das crianças
cuja proficiência se posiciona a partir de 700 pontos na escala de proficiência. Observa-se, por exemplo,
a transição de uma escrita alfabética de palavras para uma escrita com observância de algumas regras
ortográficas, especialmente as contextuais, como o uso de “l” ou “u” em final de palavra, uso de “ss”, “ç”
ou “c”, dentre outras.
Os estudantes escrevem, ainda, palavras com dígrafos, marcas de nasalização e irregularidades orto-
gráficas como o uso de “s”/“z”; “s”/“c”; “x”/“ch”; “g”/“j”; “ss”/“ç”.
No caso da escrita de frases ditadas, observa-se, na maioria das vezes, o uso de espaçamento entre
palavras, o que não acontece com regularidade quando se trata da escrita de frases a partir de imagens.
Nesse caso, observa-se a plausibilidade da frase escrita em relação à cena apresentada, embora pos-
sam apresentar equívocos ortográficos decorrentes da semelhança entre os modos de articulação de
alguns fonemas (transcrição da fala para a escrita). Esses equívocos também ocorrem no caso da escrita
de frases ditadas.
Neste padrão, tem início o desenvolvimento de habilidades necessárias à produção de uma escrita orto-
gráfica: observância de regras que orientam o uso de letras que podem representar um mesmo som em
diferentes contextos; uso adequado de marcas de nasalização; uso de letras que podem representar um
mesmo som em contextos semelhantes.
Além disso, os estudantes começam a desenvolver a habilidade de produzir textos de gêneros mais
familiares a partir da proposição de uma situação comunicativa: “escrever um bilhete para transmitir
um recado a alguém e/ou um convite para determinado evento”. Acrescenta-se a isso a elaboração de
uma história a partir de uma cena (ou sequência de cenas) com o uso de elementos essenciais da nar-
rativa, como: personagens praticando ações em uma sequência temporal; uso de articuladores, como
marcadores temporais; uso de recursos coesivos, como pronomes, que contribuem para a continuidade
temática do texto sem torná-lo repetitivo.
Língua Portuguesa – Escrita2º ano do ensino fundamental
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 65
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09
Os estudantes cuja proficiência se aloca no padrão de desempenho avançado dominam a habilidade de
compor, de forma ortográfica, palavras de estruturas silábicas complexas, não canônicas, com ausência
de sílabas de padrão CV, como a palavra “COLCHÃO”, ao contrário daqueles que se encontram com
proficiência alocada em padrões anteriores.
Esse domínio pode ser observado no exemplo de escrita acima, em que o estudante nomeia a imagem
tendo ciência de toda a sua estrutura ortográfica, com destaque para aspectos complexos como sílabas
terminadas em “L”, emprego do dígrafo “CH” e do ditongo nasal “ÃO”.
66 PAEBES ALFA 2017
Observa-se que os estudantes que se encontram no padrão avançado no 2º ano do ensino fundamental
já reconhecem uma estrutura frasal e são capazes de elaborar frases longas, assim como no exemplo
apresentado acima.
Nesse caso, apresentou-se ao estudante uma imagem, para a qual ele criou a frase “AS CRIANÇAS ES-
TÃO BRINCANDO DE CORRIDA NO CHARDIN” que descreve a cena de forma coerente, apresentando
escrita em nível ortográfico, com apenas dois desvios relacionados a estruturas concorrentes: troca do
“J” pelo “CH” e do “M” pelo “N” na última palavra da sentença, “JARDIM”.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 67
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Abaixo do básico
Matemática2º ano do ensino fundamental
ATÉ 400 PONTOS
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
As habilidades matemáticas que se evidenciam neste padrão de desempenho são elementares para
esse período de escolarização. No campo geométrico, os estudantes identificam a localização de ob-
jetos em representações do espaço, por meio dos conceitos em cima/embaixo, na frente/atrás e perto/
longe, reconhecendo, também, a palavra distante. Esses estudantes associam objetos do mundo físico
à forma da pirâmide, do cubo, do cilindro, do cone e do paralelepípedo (ou bloco retangular). Associam,
também, figuras bidimensionais presentes em objetos do cotidiano à nomenclatura do círculo, do qua-
drado e do triângulo, além de reconhecerem essas figuras em uma coleção de figuras bidimensionais,
representadas em malhas quadriculadas ou não.
No campo numérico, associam números de 1 algarismo à sua escrita por extenso e quantidades de até
20 objetos, dispostos de forma organizada ou desorganizada, à representação numérica, reconhecem
o primeiro e o último elemento de uma fila e identificam, por meio da contagem, a coleção com a maior
quantidade de objetos. Reconhecem o maior/menor número em uma coleção de números naturais de 1
algarismo, completam sequências de números naturais de 1 algarismo com intervalos unitários, e iden-
tificam o número que vem depois de um número natural de um 1 algarismo, porém sem reconhecer
a palavra sucessor. Esses estudantes, ainda, resolvem problemas envolvendo o significado de juntar/
acrescentar da adição com quantidades menores que 10 e com apoio de imagem e problemas que re-
querem a compreensão do significado de retirar da subtração com resultado menor que 10 e com apoio
de imagem.
No campo de Grandezas e medidas, os estudantes comparam altura, tamanho, espessura e compri-
mento, reconhecem as cédulas de 10, 20 ou 50 reais e moedas de 50 centavos do Sistema Monetário
Brasileiro e identificam instrumentos utilizados para medir massa, comprimento e temperatura. No campo
Tratamento da informação, localizam informações relativas à categoria de maior frequência em gráfi-
cos de coluna.
Devido à presença ainda incipiente de habilidades matemáticas neste padrão de desempenho, torna-se
necessário que a escola amplie o contato com atividades que sejam significativas, de forma a possibilitar
o desenvolvimento de habilidades relativas a Grandezas e medidas e Tratamento da informação, além
de ampliar os campos numérico e geométrico.
68 PAEBES ALFA 2017
Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem informações apresentadas em gráficos de
colunas.
Para resolvê-lo, os estudantes devem perceber que a maior coluna do gráfico está relacionada ao sabor
de picolé preferido pelos estudantes. Os estudantes que escolheram a alternativa A, referente ao sabor
CHOCOLATE, possivelmente desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.
Questão ## M020094G5
O gráfi co abaixo apresenta o sabor de picolé que os alunos da sala de Carlos mais gostam.
12
10
8
6
4
2
0
QU
AN
TID
AD
E D
EA
LU
NO
S
UVA CHOCOLATE COCOMORANGO
SABORES
De acordo com esse gráfi co, qual é o sabor de picolé preferido pela maior quantidade de alunos dessa sala?
CHOCOLATE.
COCO.
MORANGO.
UVA.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 69
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BásicoDE 400 A 500 PONTOS
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
Matemática2º ano do ensino fundamental
Os estudantes que apresentam o padrão de desempenho básico desenvolveram todas as habilidades
descritas no padrão de desempenho abaixo do básico. Além dessas habilidades, os estudantes com ní-
vel de proficiência entre 400 e 500 pontos, no campo geométrico, localizam objetos em representações
do espaço, por meio do conceito entre; localizam um objeto em uma malha quadriculada a partir de duas
coordenadas ou referências; associam objetos do mundo físico à nomenclatura do paralelepípedo, do
cubo, da pirâmide e da esfera; associam a esfera ao seu nome; e identificam, em uma coleção de sólidos
geométricos, aqueles que têm superfícies arredondadas.
No campo numérico, esses estudantes identificam, por meio da contagem, a coleção com a menor quan-
tidade de objetos e igualdades de quantidades. Reconhecem o maior número em uma coleção de nú-
meros naturais de até 2 algarismos e completam sequências de intervalos unitários com esses números.
Além disso, associam um número de 2 algarismos à sua escrita por extenso e reconhecem os números
ordinais do 2º ao 9º. Nesse campo, os estudantes ainda executam o cálculo de adição de 1 número na-
tural de até 2 algarismos com outro de 1 algarismo, com ou sem reagrupamento; o cálculo de adição de
3 números naturais de 1 algarismo; e o cálculo de subtração de 2 números naturais de até 3 algarismos,
sem reagrupamento, dada a sentença matemática. Resolvem problemas envolvendo o significado de:
juntar/acrescentar da adição com números de até 2 algarismos, com ou sem reagrupamento e sem apoio
de imagem; juntar/acrescentar da adição com 3 valores monetários inteiros de 1 algarismo, com resul-
tado menor que 10, sem apoio de imagem; retirar da subtração com números de até 2 algarismos, sem
reagrupamento e sem apoio de imagem; completar da subtração com resultado menor que 10 e apoio
de imagem. Eles resolvem, também, problemas de multiplicação de números naturais de 1 algarismo com
ideia de soma de parcelas iguais ou dobro, com resultado menor que 10, com ou sem apoio de imagem,
e problemas de divisão exata entre números naturais de 1 algarismo ou de 2 algarismos por 2, com apoio
de imagem e ideia de partilha ou metade.
No que se refere a Grandezas e medidas, os estudantes identificam instrumento utilizado para medir
tempo, associam a data de determinado evento ao dia da semana com apoio do calendário, leem hora
exata em relógio digital e reconhecem o valor de um agrupamento de cédulas e de moedas do Sistema
Monetário Brasileiro. No campo Tratamento da informação, localizam informações relativas à categoria
de menor frequência em gráficos de coluna; identificam dados apresentados em gráficos de colunas, as-
sociando as informações dos eixos; identificam informações numéricas apresentadas em tabelas simples
ou de dupla entrada; e localizam informações numéricas apresentadas em diferentes gêneros textuais,
70 PAEBES ALFA 2017
Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem números ordinais ou indicadores de posição.
Para resolvê-lo, os estudantes devem observar os cavalos no suporte e associar o número ordinal 2º (se-
gundo) à imagem do cavalo de número 8 que ocupa a segunda posição da corrida. Os estudantes que
assinalaram a alternativa B, provavelmente, desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.
Questão ## M020073G5
O desenho abaixo mostra a posição de alguns cavalos em uma corrida.
5 17
8
13
Disponível em: <http://www.colorirgratis.com/desenhos-de-desportos-equestres-para-colorir.html>. Acesso em: 13 dez. 2014. *Adaptado para fi ns didáticos.
De acordo com esse desenho, o cavalo que está em segundo lugar nessa corrida é o de número
5.
8.
13.
17.
como lista de compras, receitas, convites, cartazes, ingressos, entre outros.
Ao considerar esse conjunto de habilidades, evidencia-se a necessidade de continuar a desenvolvê-las,
sobretudo, as que dizem respeito aos campos geométrico e de Grandezas e medidas, que necessitam
de uma intervenção mais efetiva da escola em diálogo com outras áreas do conhecimento.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 71
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Proficiente
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
DE 500 A 600 PONTOS
No padrão de desempenho proficiente, é perceptível um aumento do grau de complexidade das habili-
dades. No campo geométrico, isso pode ser verificado quando esses estudantes demonstram localizar
objetos em representações do espaço, tendo como referência a posição do estudante, por meio dos
conceitos direita/esquerda; localizar objetos, tendo como referência a posição diferente da do estudan-
te, por meio do conceito esquerda; associar sólidos geométricos à nomenclatura do cilindro e do cone;
reconhecer o retângulo representado em uma malha quadriculada e a nomenclatura do triângulo como
figura geométrica de 3 lados, sem apoio de imagem.
No campo numérico, os estudantes associam número de 3 algarismos à sua escrita por extenso, re-
conhecem o menor número em uma coleção de números naturais de 2 algarismos, identificam uma
sequência de números naturais formados por até 2 algarismos ordenada crescentemente e completam
uma sequência de números naturais de 2 algarismos com intervalos de 2, 3 ou 10 unidades. Executam
o cálculo de adição de até 3 números naturais de 2 ou 3 algarismos, com reagrupamentos; cálculo de
subtração de 2 números naturais de até 3 algarismos, com reagrupamentos, dada a sentença matemá-
tica e o cálculo da multiplicação e da divisão de fatos fundamentais. No que se refere à resolução de
problemas, os estudantes resolvem problemas envolvendo o significado de: juntar/acrescentar da adi-
ção com números naturais de 3 algarismos, com reagrupamento; comparar da subtração com resultado
menor que 10; completar da subtração, sem apoio de imagem; multiplicação de números naturais de um
número de 1 algarismo por outro de 2 algarismos (diferente de 10), com ou sem apoio de imagem, sem
reagrupamento; multiplicação de números naturais de 1 algarismo, com ideia de proporcionalidade, sem
apoio de imagem; multiplicação de um número natural de 1 algarismo por 10, com apoio de imagem; di-
visão exata entre números naturais de 1 algarismo sem apoio de imagem com ideia de partilha; e divisão
exata entre um número natural de 2 algarismos por outro de 1 algarismo (diferente de 2), com apoio de
imagem e ideia de partilha.
No campo de Grandezas e medidas, esses estudantes ordenam objetos pelo atributo tamanho e altura,
reconhecem duas coleções de moedas que somam o mesmo valor, realizam trocas de moedas por cé-
dulas do Sistema Monetário Brasileiro e a troca de uma cédula de 2 reais por 4 moedas de 50 centavos,
leem horas exatas em relógio analógico, reconhecem um relógio analógico e um digital que marcam o
mesmo horário, fazem a conversão de semanas para dias, e reconhecem que 1 mês tem 30 dias e que 1
ano tem 12 meses.
Ao observar o conjunto de habilidades que estão localizadas neste padrão de desempenho, constatam-
-se marcos cognitivos significativos no campo numérico, geométrico e no campo de Grandezas e me-
didas. Esses estudantes, possivelmente, percebem a relação existente entre a matemática e o mundo.
Matemática2º ano do ensino fundamental
72 PAEBES ALFA 2017
Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem a localização ou movimentação de pes-
soas, objetos ou pontos em representação plana do espaço.
Para resolvê-lo, os estudantes devem ter assimilado os conceitos de lateralidade, direita e esquerda. A
partir daí, eles devem observar as crianças em roda e, em seguida, localizar qual criança está à esquer-
da de Sandra, nesse caso, Daniel. Logo, os estudantes que optaram pela alternativa B, possivelmente,
desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.
Questão ## M020310E4
Observe abaixo a rodinha de crianças brincando.
RENATO PEDRODANIEL
CAMILASANDRA
Quem está à esquerda de Sandra?
CAMILA.
DANIEL.
PEDRO.
RENATO.
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 73
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AvançadoACIMA DE 600 PONTOS
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
A principal característica dos estudantes que apresentam proficiência compatível com o padrão de de-
sempenho avançado é o fato de terem desenvolvido habilidades matemáticas além daquelas espe-
radas para a etapa de escolarização em que se encontram. Os estudantes que possuem proficiência
acima de 600 pontos desenvolveram as habilidades dos níveis anteriores. Além disso, localizam objetos
tendo como referência a posição diferente da do estudante por meio do conceito direita e associam figu-
ras bidimensionais presentes em objetos do cotidiano à nomenclatura do retângulo.
No campo numérico, os estudantes completam sequências de números naturais de 3 algarismos com
intervalos de 5 unidades, identificam uma sequência de números naturais formados por 3 algarismos
ordenada crescentemente e uma sequência de números naturais formados por até 2 algarismos orde-
nada decrescentemente. Resolvem problemas envolvendo o significado de: comparar da subtração com
números naturais de até 3 algarismos, com reagrupamento e resultado maior que 10; multiplicação de
1 número natural de 1 algarismo por outro de 2 algarismos, sem apoio de imagem, com reagrupamento;
multiplicação de números naturais de 1 algarismo, com ideia de combinação, com apoio de imagem;
divisão exata de 1 número natural de até 2 algarismos por outro de 1 algarismo com ideia de medida; e
divisão exata de 1 número natural de 2 ou 3 algarismos por outro de 1 algarismo com ideia de partilha
sem apoio de imagem.
No campo de Grandezas e medidas, os estudantes leem hora e meia em relógio analógico, estabele-
cem trocas de cédulas por cédulas ou por moedas do Sistema Monetário Brasileiro, fazem a conversão
de dias para semanas e reconhecem que 3 anos equivalem a um período de 36 meses.
Matemática2º ano do ensino fundamental
74 PAEBES ALFA 2017
Esse item avalia a habilidade de os estudantes estabelecerem relações entre unidades de medidas de
tempo.
Para resolvê-lo, eles devem ter desenvolvido a noção de tempo e percebê-lo como um componente do
sistema de medidas usado para sequenciar eventos, comparar suas durações e seus intervalos. Os estu-
dantes devem converter o número de dias em semanas, identificando, assim, que 14 dias correspondem
a 2 semanas. Os estudantes que marcaram a alternativa D, provavelmente, desenvolveram a habilidade
avaliada pelo item.
Questão ## M010100G5
Sérgio tirou 14 dias de férias.Quantas semanas de férias ele tirou?
14
7
3
2
REVISTA DO PROFESSOR - LíNguA PORTuguESA E MATEMáTICA - 2º ANO DO ENSINO FuNDAMENTAL 75
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Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora
Marcus Vinicius David
Coordenação Geral do CAEd
Lina Kátia Mesquita de Oliveira
Manuel Palácios da Cunha e Melo
Eleuza Maria Rodrigues Barboza
Coordenação da Pesquisa de Avaliação 2016-2019
Manuel Palácios da Cunha e Melo
Coordenação da Pesquisa Aplicada ao Design e Tecnologias da Comunicação
Edna Rezende Silveira de Alcântara
Coordenação da Pesquisa Aplicada ao Desenvolvimento de Instrumentos de Avaliação
Hilda Aparecida Linhares da Silva Micarello
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Avaliação da Educação Pública
Eliane Medeiros Borges
Supervisão de Construção de Instrumentos e Produção de Dados
Rafael de Oliveira
Supervisão de Entregas de Resultados e Desenvolvimento Profi ssional
Wagner Silveira Rezende
ISSN 2237-8324
PAEBES ALFA 2017
Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo
Revista do Professor ■ Língua Portuguesa e Matemática ■ 2º ano do ensino fundamental
A P R E S E N T A Ç Ã O L I N H A D O T E M P O R E S U LT A D O S D A S U A E S C O L A
R O T E I R O D E L E I T U R A E A N Á L I S E C O M O U T I L I Z A R O S R E S U LT A D O S
P E R F I S D E A L F A B E T I Z A Ç Ã O E L E T R A M E N T O
A N E X O
P E R C U R S O D A AVA L I A Ç Ã O
C O L O C A N D O E M P R Á T I C A