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OPINIÃOSALVADOR SÁBADO 14/9/2013A2

[email protected]

Participe desta página: e-mail: [email protected]: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900

ESPAÇO DO LEITOR

Manifestante ou baderneirosSempre está dando nos noticiários que os“manifestantes” quebraram isso, quebraramaquilo, entraram em choque com a políciaporque queriam invadir isso, invadir aquilo.Afinal, quem são esses “manifestantes”? Ma-nifestantes, tiveaoportunidadedeverdia7desetembro em Salvador, durante o Grito dosExcluídos.Acompanheiasmanifestaçõesdes-de o Campo Grande até a praça da Piedade, evi ali vários grupos de manifestantes que sóquebravam o silêncio com suas palavras deordem.Manifestavampelanomeaçãodemaisdefensores públicos, por moradias, contra acorrupção,porpolíticaspúblicasemfavordosmais carentes, etc. Ali, não constatei nenhumconfronto entre manifestantes e polícia. Po-lícia não bate em manifestante. Polícia bateem baderneiro. Se você é manifestante e nãoquer ser atingidopela polícia, permaneçadis-tante dos baderneiros. FRANCISCO BARROSOFERNANDES, SALVADOR - BA, [email protected]

Discurso políticoLamentável e desrespeitosa a fala da presi-dente à véspera das comemorações do 7 deSetembro. Dez palavras sobre a nossa datamaior seguidas de escancarada propagandapartidária. Partidária e mentirosa. Entrandono ar antes do Jornal Nacional, teve desmen-tidas, logo em seguida, parte das suas afir-mações, as mais óbvias relacionadas à in-flação e ao crescimento do País. Respeitandoo gênero, Pinóquia! ROBERTO MACIEL SALVA-DOR-BA, [email protected]

Pesquisador Messias BandeiraNa edição de 8/9, a Muito, através do seuentrevistado, pesquisador Messias Bandeira,indagou: “'Num ambiente em que todos pro-duzem, o que é ser artista?”. Ora, respostasimples, mas que exige um pequeno racio-cínio: a consciência de que todos são artistas,logo têm capacidade de produzir e satisfazerosanseiosdasociedade.Oqueéoartistasenãoum constante preocupado em agradar às ne-cessidades de um grupo social por determi-nada coisa? Destarte, por que os chamados“amadores” do Mídia Ninja que produzemnotícias, e em tempo real norteiam o desejodos internautas em se informarem, não po-demserconsideradoscomoartistas?Dificultamuito a evolução do meio social o apego quenós temos em conceituar preconceituosa-mente algumas coisas conforme o nosso en-tendimento, e ignorar que aindahápaisagemapós a chamada linha do horizonte. LEONAR-DO CALDAS, [email protected]

Manifestações abusivasÉ inacreditável a omissão de nossos gover-nantes bem como do Legislativo e do Judi-ciário diante do fechamento de ruas e atos devandalismo que estão ocorrendo na maioriadas manifestações. Elas, não raro, são estra-tegicamente realizadas em ruas e rodovias degrande fluxo com o objetivo de impedir aspessoas de se deslocarem para casa e o tra-balho bem como para hospitais, aeroportos erodoviárias. Nada contra as manifestações,masnãosepodeaceitarquetravemascidadesimpedindo o direito de ir e vir. Espero queprovidências sejamadotadas para que o povonão seja prejudicado como está sendo. ANAMARIA OLIVEIRA, [email protected]

Devolvam nosso caféInfelizmente, o Café da Saraiva/SalvadorShopping está ficando barulhento e desagra-dável.Agora temshowsatéde rockeaxé, alémde gravação de programa de TV. Nestes dias,o Café vira sala de espera e descanso paraquem está nos shows e os clientes assíduosficamfrustrados. JáquesitedoCaféodescrevecomo “um lugar para tomar café, ler livro,conversar com os amigos e viver o melhormomento do dia”, pergunto: quem agendaeste tipo de evento não conhece esta propostaou não tem sensibilidade para perceber queeventos barulhentos não combinam com umCafé numa livraria? LOUTI BAHIA

MédicosA ânsia de nossa governanta em ajudar comnosso dinheiro a simpática ilha cubana e seurico ditador não tem limites. Para desviar aatenção do verdadeiro objetivo do programaMais Médicos (que é socorrer o falido co-munismo cubano com dinheiro do capita-lismo brasileiro), o PT joga o povo contra osmédicosbrasileiros. Se temosheróisnoBrasil,estes são os professores, médicos, policiais,empresários, juízes, operários, agricultores,trabalhadores em geral, que, com sacrifícios,seguram este País. Agora os médicos são co-locados na mídia como riquinhos, maurici-nhos e patricinhas, que não ligam para o po-bre. Uma injustiça. CARLOS FRANCISCO RO-DEIRO SCHLEU, [email protected]

Sinalização asfálticaAprefeitura de Salvador vemefetuando, apósoperação tapa-buracos , a pintura das faixasde veículos e pedestres em algumas ruas danossa cidade. É uma atitude louvável, apesardonãorecapeamentototaldasmesmas,comoanunciado.Entretanto, tenhoobservadoabai-xa qualidade da tinta usada, a qual parecetinta lavável ou feita compó e água, diferentedas aplicadas em outras cidades, onde emmuitos casos são usadas tintas plásticas dealta qualidade e até em alto-relevo. LUIZ CAR-LOS MACHADO, [email protected]

Antonio RisérioEscritor

[email protected]

S empre que falo de italianos na Ba-hia, as pessoas se mostram surpre-sas. É que cultivamos a fantasia de

que descendemos somente de portugue-ses, africanos e índios – mas não é so-mente e sim principalmente deles. Alémdisso, essa presença italiana é antiga. Foio piloto italiano Américo Vespucci quembatizou nosso golfo com o nome de Bahiade Todos os Santos, em novembro de1501. E a coisa não ficou por aí.Ainda no século 16, uma filha de Ca-

ramuru e Catarina Paraguaçu, de nomeFelipa, casou com um sujeito chamadoPaulo Adorno, filho de pai italiano e mãeportuguesa, que chegou aqui foragidopor causa de um homicídio cometido emSão Vicente e depois se destacou nas lu-tas para tomar o Rio de Janeiro dos fran-ceses. E o casal Felipa-Adorno teve filhos.O que significa quenetos de Caramuru(existe, aliás, a hipó-tese de que o distintotenha sido judeu)não tinham apenasascendentes lusosou tupinambás, mastambém sangue ita-liano.Muitos italianos

continuaram vindopara cá. Alguns sededicando a ativida-des comerciais e àagroindústria açuca-reira. Outros eramsacerdotes, jesuítas ecapuchinhos. De todos, o mais célebre éo toscano Antonio Andreoni, reitor doColégio da Bahia e provincial da Com-panhia de Jesus, que, sob o pseudônimode André João Antonil, publicou em 1711,na cidade de Lisboa, Cultura e Opulênciado Brasil, um dos livros fundamentaispara o conhecimento da vida brasileira (ebaiana) entre os séculos 17 e 18.No século 19, tivemos duas levas mi-

gratórias importantes. A primeira foi ade um grupo de presos políticos do Va-ticano, que trocou o cárcere na Itália peloexílio na Bahia. A segunda foi a de miloperários piemonteses que vieram paratrabalhar na construção da estrada deferro que ligaria Salvador a Juazeiro. E ocerto é que, por volta de 1820, Salvadorcontava com uma piccola colônia for-mada, em sua maior parte, por gente deGênova.

Foi essa colônia que recebeu, no meadodaquele século, um técnico da área daconstrução civil chamado Enrico BalbinoCaymmi, contratado para trabalhar nasobras do Elevador Lacerda. Ainda no na-vio, em alto mar, Enrico se apaixonoupela portuguesa Maria da Glória. Casa-ram. E um filho deles, Henrique, casoucom a preta baiana Saloméa de Souza.Tiveram filhos – entre eles, Durval, mu-lato boêmio, namorador, tocador de vio-lão, que ganhou um filho que era a suacara: Dorival Caymmi, o descendente deitalianos que virou sinônimo de Bahia.Pois é: Caymmi não é o “buda nagô” deque falam, mas um buda ítalo-nagô.Por essa época, achava-se já na Bahia o

italiano Augusto Marighella, nascido emFerrara, na região de Emilia, onde o anar-quismo e o socialismo foram bem dis-seminados. Augusto era engenheiro me-cânico autodidata, um dos mais impor-tantes artífices da cidade nessa área e ami-go de Osmar Macedo, um dos criadores dotrio elétrico. Diz Osmar que foi Augustoquem introduziu aqui o martelo de bor-racha no serviço de chaparia e tentou aexperiência de fabricar gasogênio, com-bustível alternativo à gasolina.Pois bem: Augusto Marighella se foi

apaixonar logo poruma bonita filha deSanto Amaro da Pu-rificação e casoucom ela. Era MariaRita do Nascimento,descendente dos ne-gros malês que fize-ram uma série de le-vantes urbanos emSalvador, nas pri-meiras décadas doséculo 19, culminan-do no arranca-rabode 1835. Exímia co-zinheira, devota deCosme e Damião,Maria Rita trazia

consigo as finesses da cultura popular doRecôncavo.Com isso, nosso Carlos Marighella nas-

ceu numa família que conhecia, ao mes-mo tempo, o anarquismo e o candomblé– e em cuja cozinha se alternavam ospaghetti e o vatapá, ou a macarronadae a moqueca. Descendente de gente pró-xima do anarquismo (e Jacob Gorenderclassificou seu pensamento como “anar-co-militarista”) e de negros malês, Ma-righella só podia dar no que deu, de-safiando de arma na mão a ditadura mi-litar. E, diante daquele casamento inte-rétnico de seus pais, de cujo amor foi oprimeiro ítalo-malê a nascer, Carlos nãohesitou em celebrar, num poema, a mes-tiçagem tropical da Bahia.

ANTONIO RISÉRIO ESCREVE NO SÁBADO,

QUINZENALMENTE

Muitos italianoscontinuaram vindopara cá. Alguns sededicando aatividades comerciaise à agroindústriaaçucareira. Outroseram sacerdotes,jesuítas e capuchinhos

Interconexão na berlindaO desembargador Kássio Marques, do Tribu-nalRegionalda 1ªRegião (sediadaemBrasília,abrange a Bahia), deu uma decisão que vaisacudir o sistema de telefonia celular da for-ma que está hoje no mercado.AdecisãodizqueaJustiçaFederalpodefixar

os valores das taxas, independentemente daoperadora, o que derruba a chamada taxa deinterconexão, aquela que impõe cobrançasbem mais altas quando as ligações são feitasde uma operadora para outra, o que força aspessoas a teremvários celulares para fazer oureceber ligações de uma mesma operadora.O senador Walter Pinheiro (PT) disse que

essa é uma vitória do Instituto Brasileiro deDefesa do Consumidor (Idec) e dos Procons.– Há outras batalhas, como a do roaming

(define as cobranças de tarifas por áreas). Nãotem sentido o cidadão estar em Santo Amaroe pagar interurbano numa ligação para Ca-maçari, por exemplo.

Outro tomNodiscursodeposseanteontemnaAcademiade Letras da Bahia (ALB), lido pelo poeta JoséCarlos Capinam, mãe Stella disse:–Sendoeunetadelusitanoseafricanos,não

posso ser branca e não posso ser negra. Soumarrom.Deu ruído nomovimento negro.Mãe Stella

ocupaa cadeiraqueeradoprofessorUbiratanCastro (cujo patrono é Castro Alves), nos seustempos, conhecido pelos discursos contun-dentes em defesa da negritude e por isso tidoentre os colegas imortais como ‘sectário’.O fato gerou intenso tititi.

Como jumentoO vice-prefeito de Aracaju, José Carlos Ma-chado (PSDB), temeque “a juventude, que lutacomo um leão (referência aos protestos), nahora de votar, vote como um jumento”.

Aafirmação foi feitaontememencontrodoPMN no plenário da Assembleia de Sergipe.Ironia: José Carlos sempre diz que a classe

política precisa começar a produzir bonsexemplos. Produziu um mau.

Conselho amigoEngarrafadoontemà tardenaBaixado Fiscal,por conta da obra (interminável) que lá serealiza, o deputadoNelson Pelegrino (PT) deuum conselho a ACM Neto:– Na campanha, ele (Neto) muito atacou o

governoporquelevoutrêsanosparaconstruira passarela de Pituaçu. Ele tome cuidado. ABaixa do Fiscal vai bater o recorde.Pelegrino foi oprincipal adversário deNeto

no ano passado. Dá um bom conselheiro.

Intenções comunistasA ex-vereadora Olívia Santana vai assumirneste fim de semana a presidência do PCdoBem Salvador. Para chegar lá, ultrapassou nacorrida o ex-vereador Javier Alfaya.Olívia será uma presidente municipal com

matiz estadual. Está andando pelos quatrocantos da Bahia como poucos. De olho emuma vaga na Assembleia.Já o secretário Ney Campelo (Secopa) tem

outro projeto. Vai integrar o diretório do par-tido em Lauro de Freitas de olho em 2016.

. O advogado Luiz Augusto Coutinho, di-retor da Escola Superior de Advocacia Or-lando Gomes (ESA-BA), toma posse terça co-movice-presidentedaComissãoNacionaldeDireitos Humanos (CNDH). A cerimônia deposse acontece às 14h no Salão Nobre doConselho Federal da OAB, em Brasília.

COLABOROU: ANTONIO CARLOS GARCIA, DE ARACAJU

POLÍTICA COM VATAPÁ

A outra bíbliaConta Sebastião Nery que Raimundo Reis, de-putado estadual baiano, sempre muito brin-calhão, andava a se gabar por onde passavaque era amigo pessoal de Fidel Castro, o quelhe deu muitas dores de cabeça em 1964,quando os militares tomaram o poder.Foi chamado para depor na 6ª RM:– O senhor já pretendeu fazer uma revo-

lução comunista no Brasil?– Eu? Se eu fizer aminha revolução pessoal,

melhorando omeu saldo bancário, paramimjá será a glória.– O senhor é marxista, deputado?– Deus me livre. A bíblia dos marxistas é o

Manifesto de Marx, e a minha é a do PSD.– E qual é a do PSD.– O Diário Oficial, que traz nomeação dos

amigos, demissão dos inimigos e verba.

Levi VasconcelosJornalista

[email protected]

TEMPO PRESENTE CaymmieMarighella,meus italianos

Editor interinoValmir Palma

A TARDE ERROU

Na matéria sobre a posse de mãe Stella naAcademia de Letras da Bahia, na edição deontem, o nome do antropólogo Ubiratan Cas-tro, titulardacadeiraqueelaagoraocupa, saiuerradamente como Passos. atarde.com.br/concursos

cineinsite.com.br

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