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OPINIÃO SALVADOR TERÇA-FEIRA 3/9/2013 A2 Participe desta página: e-mail: [email protected] Cartas: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900 opiniao @grupoatarde.com.br ESPAÇO DO LEITOR Ninguém é de ninguém Muito feliz e sensato o artigo Ninguém é de ninguém, escrito em 1º/9 pelo Dr. Renato Si- mões , no qual são relatadas as omissões das autoridades para coibir o abuso dos que estão tumultuando a vida das pessoas e ainda a economia do País, impedindo o trânsito das pessoas que necessitam trabalhar, cuidar da sua saúde ou mesmo daqueles que vão aten- der pacientes que necessitam de atendimento às vezes de urgência. Alguém determinou que, se morrer um gato tal, a rua deve ser bloqueada, se uma pessoa for atropelada (ain- da que acidentalmente) tem-se que quebrar carros ou queimar ônibus etc. Chega, não aguentamos mais. Não está sendo assegurado o direito de livre trânsito do cidadão. Chega de baderna no País. ORLANDO VILAS, SALVADOR - BA, [email protected] Perigo na rua Há cinco meses chamei a atenção da pre- feitura sobre um problema que até hoje não foi resolvido, apesar de ser facílimo. Quem passa pela rua Dr. Augusto Viana, do lado oposto ao prédio da Reitoria, corre o risco de ser ferido por espinhos de várias plantas que estão na calçada do Edifício Cidade de Itagi. Não sei como a prefeitura permite tal aber- ração, pois aquela via é muito utilizada por quem se dirige às diversas clínicas médicas existentes nas proximidades, de modo que por ali transitam inúmeras pessoas, sobre- tudo idosas. Como as plantas são baixas, com cerca de meio metro, o pedestre distraído corre o risco de ferir-se nas pernas com es- pinhos de grande tamanho que podem oca- sionar sérios problemas à saúde. A prefeitura deve acionar o síndico do citado prédio para retirar os espinheiros, colocando em seu lugar flores que sirvam para adorno sem causar males aos pedestres. GILBERTO SANTOS, SAL- VADOR-BA, [email protected] Aumento do PIB O ministro Mantega teve o desplante de dizer que o inesperado aumento do PIB significa que o pior já passou, que saímos do fundo do poço, e inescrupulosamente compara o nosso PIB com o de países evoluídos – que, ao con- trário do Brasil, já estão com todas as in- fraestruturas montadas. Isso é próprio de pre- dador de ideologia de esquerda que tem aver- são à verdade. Ele sabe, e qualquer predador socialista também sabe, que no próximo dis- curso terá que inventar outro motivo para justificar o fracasso passado em decorrência de não ter feito o que deveria, mas tudo pela causa, porque, para eles, os fins justificam os meios, e o povo que se dane. Vejamos: nesse trimestre, o aumento do consumo do governo foi de 0,5%, e o das famílias, 0,3%. Até quando teremos que aturar espoliação? O governo existe porque existe povo e não o contrário, como certamente pensam esses governantes. ARTUR LARANGEIRA FILHO, ARTUR_LARANGEI- [email protected] Injustiça no IPTU Manifesto minha indignação com os projetos de aumento do IPTU. Quero informar ao pre- feito que o fato de morar em um bairro ou prédio melhorzinho não significa que se tenha dinheiro sobrando para, além de pagar o seu próprio IPTU, ter que pagar o IPTU pelos ou- tros, pois vai acabar sobrando para nós, uma vez que no projeto o número de imóveis isen- tos de pagamento do IPTU triplicou. Quero lembrar ao prefeito que, além do IPTU, temos outros impostos e outras despesas para pagar, a classe média está vivendo com a corda no pescoço. JUDY SILVA, [email protected] Respostas da prefeitura A Transalvador informa que na rua Marechal Floriano, citada por um leitor, é permitido o estacionamento dos dois lados. Ainda assim, haverá fiscalização regular na via para im- pedir outros tipos de irregularidade, como o estacionamento sobre calçada ou em fila du- pla. A Sucop informa que a rua Nossa Senhora do Resgate, no Cabula, já foi vistoriada e as obras de tapa-buraco autorizadas e ressalta que os serviços não começaram antes em consequência do elevado índice de precipi- tação pluviométrica registrado nas últimas semanas. Em períodos chuvosos, não é pos- sível a usinagem e aplicação do material as- fáltico nos pavimentos molhados. ROBERTO MESSIAS, CHEFE DA AGECOM, SALVADOR - BA Mais médicos Os médicos cubanos, a princípio, foram cha- mados para adentrar no Brasil nos rincões mais distantes, porém o que nós estamos ven- do é que as prefeituras estão demitindo os médicos brasileiros para receber, sem custeio, os cubanos. Então, Sr. Pronzato, discordo quando rotulas os médicos de cooperativistas, nós estamos apenas defendendo o emprego, o direito de trabalhar no nosso país com con- dições dignas para nós e nossos pacientes e salários justos. Quanto ao Che, que o senhor chama de solidário internacionalista, não se esqueça de que essa (solidariedade interna- cional) levou a fuzilamentos de milhares de cubanos, muitos dos quais comandados pelo próprio médico guerrilheiro. É, Sr. Carlos Pronzato, talvez, se o governo brasileiro ti- vesse importando cineastas cubanos, o se- nhor tivesse uma outra opinião. E como diz o ditado popular: pimenta nos (olhos) dos ou- tros é refresco. DR. LUCIANO PEIXOTO, SANTO ANTÔNIO DE JESUS - BA Fernando Alcoforado Engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional/Universidade de Barcelona A partir da década de 1970, no con- texto da política do governo fe- deral de substituição de importa- ções, a Bahia foi contemplada com vários projetos industriais que tinham por ob- jetivo a produção de bens intermediários (intensivos em capital e tecnologicamen- te modernos) complementar à matriz de produção já desenvolvida na região Su- deste do Brasil. O processo de industria- lização da Bahia baseado na indústria de bens intermediários começou com a im- plantação da Refinaria de Mataripe na década de 1950, aproveitando-se da dis- ponibilidade de petróleo existente no Es- tado, com a formação de um complexo mínero-metalúrgico em Candeias na dé- cada de 1960, a implantação do CIA (Cen- tro Industrial de Aratu), do Complexo Petroquímico de Camaçari e da meta- lurgia do cobre no início da década de 1980. Todo esse conjunto de empreendimen- tos foi concentrado na RMS (Região Me- tropolitana de Salva- dor) que responde por 70% da produção industrial do Estado da Bahia. A consoli- dação da industriali- zação na Bahia fez com que ocorressem profundas transfor- mações na estrutura econômica do Esta- do, com uma redu- ção do peso da agri- cultura e um aumen- to significativo da participação do setor secundário no PIB estadual, principal- mente dos segmentos químico e petro- químico e extrativo mineral. O desen- volvimento desses setores fez com que a Bahia se transformasse em uma das prin- cipais fornecedoras nacionais de maté- rias-primas e bens intermediários. No período de 1950 a 1970, o Estado da Bahia passou por um processo sistemá- tico de planejamento, no qual se destaca o Plano de Desenvolvimento da Bahia (Plandeb), concluído em 1959 sob a co- ordenação do grande baiano Rômulo Al- meida, que projetou um setor industrial objetivando um equilíbrio entre a pro- dução de bens de consumo e de capital, além de enfatizar a prioridade para a especialização das grandes empresas produtoras de bens intermediários, apro- veitando alguns recursos naturais à épo- ca abundantes na região, como o petró- leo. O Plandeb propunha projetos que in- tegrariam de forma sistêmica os setores agrícola, industrial e comercial, objeti- vando o desenvolvimento equilibrado do Estado da Bahia e preconizando a in- dustrialização da Bahia mediante a sua inserção no projeto nacional de desen- volvimento posto em prática pelo go- verno federal. Essa estratégia contempla- va a atração de grandes empresas pro- dutoras de bens intermediários que atua- riam como polos do desenvolvimento in- dustrial juntamente com as empresas produtoras de bens finais que se ins- talariam a jusante nos centros e distritos industriais criados para abrigá-las, tanto na RMS quanto nas cidades do interior. Entre 1970 e 1980, com financiamentos a juros subsidiados, isenção de impostos e incentivos fiscais com o aporte de con- sideráveis recursos públicos a fundo per- dido oriundos dos organismos de fomen- to ao desenvolvimento do País, foram implantados os distritos industriais do interior e da RMS (o Centro Industrial de Aratu e o Complexo Petroquímico de Ca- maçari) e montado o parque produtor de bens intermediários concentrados nos segmentos da quími- ca/petroquímica e dos minerais não metálicos. Na atualidade, o Estado da Bahia está a exigir o resgate do planejamento gover- namental sistêmico e estratégico que con- tribua para a supera- ção de três grandes problemas do ponto de vista do desenvol- vimento regional: 1) Concentração econômica excessiva na RMS; 2) Declínio no desenvolvimento da região cacaueira da Bahia; 3) Subdesen- volvimento da Região Semiárida da Ba- hia. Da década de 1950 até o momento atual, os governantes da Bahia não foram capazes de elaborar planos que contri- buíssem para superar estes problemas promovendo o desenvolvimento econô- mico e social de todas as suas regiões. É preciso, portanto, romper com a política que tem caracterizado a ação dos diver- sos governos da Bahia nos últimos 60 anos baseada exclusivamente em inicia- tivas pontuais como, por exemplo, as de implantação do parque automotivo da Ford em Camaçari e da ponte Salva- dor-Itaparica, entre outras. No período de 1950 a 1970, o Estado da Bahia passou por um processo sistemático de planejamento, no qual se destaca o Plano de Desenvolvimento da Bahia (Plandeb), concluído em 1959 O inferno de cada dia Antigamente o trânsito só matava quando um carro batia, capotava ou atropelava alguém. Agora tem também outro ingrediente, mata porque o carro não anda. Além do estresse com os monumentais engarrafamentos, as ambulâncias não chegam às emergências. Não ria, não, porque o caso é sério. Quem diz isso é a Organização Mundial da Saúde (OMS), conforme A TARDE divulgou ontem. O estudo feito pelo epidemiologista Carlos Dora, a rigor, diz o inverso. Uma boa mo- bilidade faz bem à saúde. Donde se conclui que o contrário obviamente faz mal. Se normalmente o trânsito de Salvador já é na base do triscou, parou (um simples carro quebrado trava tudo), temos agora também os tais dos protestos. Virou moda qualquer grupo insatisfeito com qualquer coisa fechar ruas e estradas. Em nome da democracia, tolera-se, mesmo que isso esteja ferindo o direito maior, o de viver dos doentes tentando chegar aos hospitais. Sábado, Salvador viveu o caos na Paralela com três eventos, especialmente o dos evangélicos no Parque de Exposições, to- dos autorizados pelas autoridades. Teve gente que ficou presa seis horas. Ontem, outra vez protestos mais as mudanças dos ônibus da Tancredo Neves, pela Transalvador (só trans- feriu o problema), e lá vem o inferno. Na cena, alguns engarrafados saltando do carro para urinar na rua. Alguns reclamaram. É o lado visível do drama. Se fosse possível ouvir o grito de quantos já morreram nessa barafunda, seria um alarido. MORTO SEM CHEGAR — Otto Alencar, vi- ce-governador e secretário da Infraestrutura, estava entre os engarrafados e indignados de ontem. Levou duas horas e meia entre o Centro Administrativo e o Iguatemi: – Na semana passada eu perdi um amigo, o Nilton. Infartou em Feira e levou seis horas para chegar aqui. Chegou morto. Algo tem de ser feito. O Ministério Público tem que res- ponsabilizar os líderes desses protestos. AINDA ABACAXI — A presidente Dilma es- taránaBahiadepoisdeamanhã.Vaiinaugurar 1.500 casas do Minha Casa, Minha Vida, em Conquista, e a Via Expressa, em Salvador. Da última vez que ela esteve na área da Via Expressa, estranhou o nome da ‘Rótula do Abacaxi’. Alguém deve avisá-la que o complexo de viadutos lá construído pode ter grande ser- ventia para a Via Portuária, porque, em ma- téria de tráfego urbano, nada mudou. Ou melhor, a rótula continua Abacaxi. Todo dia é palco de gigantescos engarrafamentos, debaixo dos viadutos. Em cima, tudo limpo. Embaixador do vento O governador Jaques Wagner vai receber hoje no Rio, no Brazil Wind Power, evento que reúne empresários da energia eólica, o título de embaixador brasileiro do vento. É uma homenagem aos resultados obtidos pelo governo no setor. Saltou, nos últimos sete anos, de zero MW para três mil, com inves- timentos da ordem de R$ 12,8 bilhões. Segundo o secretário James Correia (Indús- tria e Comércio), se a Chesf liberasse linhas de transmissão, haveria mais investimentos. Até o fim Em entrevista ontem a Raimundo Varela, no Balanço Geral (TV Itapoan), ACM Neto jogou uma pá de cal em quem pensa que ele poderá vir a disputar o governo, mesmo liderando todas as pesquisas feitas até agora: – Não, não sou candidato. Nem que eu tenha 110% me candidatarei. Fui eleito prefeito para fazer um trabalho e vou fazer. Vítimas duas vezes Sobre a nota Vítimas duas vezes, dizendo que a Escola Gurilândia, na Federação, provoca monumentais engarrafamentos e a Transal- vador está multando moradores da área (Car- deal da Silva), a direção da instituição diz que a instalação da instituição no atual endereço segue todas as exigências legais e foi feita após aprovação da viabilidade do empreendimento e da liberação do alvará pela Sucom. Diz também que tem um estacionamento rotativo e uma área de transbordo, mais um projeto de ampliação do estacionamento que duplicará o número de vagas e triplicará a capacidade da área de embarque e desem- barque, que aguarda apenas alvará. OK. Mas que bagunça o trânsito na área, não há dúvida. E que os moradores vizinhos estão sendo multados, é só consultar os próprios. . O Ministério Público Federal realiza ama- nhã (a partir das 13h30) o 3º Seminário MPF para Jornalistas. A ideia é traçar um painel sobre a instituição. No time dos que falarão estarão o procurador-chefe, Wilson Almeida Neto, Wladimir Aras, procurador da Divisão de Combate a Corrupção, e Sidney Madruga, procurador regional eleitoral. Levi Vasconcelos Jornalista [email protected] TEMPO PRESENTE É necessário resgatar o planejamento sistêmico Editor interino Valmir Palma www.atarde.uol.com.br/concursos cineinblog.atarde.com.br DESTAQUES DO PORTAL A TARDE Hunnam e Johnson estrelam 50 Tons de Cinza Concursos na Bahia oferecem 4.613 vagas Divulgação Charlie Hunnam e Dakota Johnson

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OPINIÃOSALVADOR TERÇA-FEIRA 3/9/2013A2

Participe desta página: e-mail: [email protected]: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900

[email protected]

ESPAÇO DO LEITOR

Ninguém é de ninguémMuito feliz e sensato o artigo Ninguém é deninguém, escrito em 1º/9 pelo Dr. Renato Si-mões , no qual são relatadas as omissões dasautoridades para coibir o abuso dos que estãotumultuando a vida das pessoas e ainda aeconomia do País, impedindo o trânsito daspessoas que necessitam trabalhar, cuidar dasua saúde ou mesmo daqueles que vão aten-derpacientesquenecessitamdeatendimentoàs vezes de urgência. Alguém determinouque, se morrer um gato tal, a rua deve serbloqueada, seumapessoa for atropelada (ain-da que acidentalmente) tem-se que quebrarcarros ou queimar ônibus etc. Chega, nãoaguentamosmais.Nãoestá sendoasseguradoodireitode livre trânsitodocidadão.Chegadebaderna no País. ORLANDOVILAS, SALVADOR -BA, [email protected]

Perigo na ruaHá cinco meses chamei a atenção da pre-feitura sobre um problema que até hoje nãofoi resolvido, apesar de ser facílimo. Quempassa pela rua Dr. Augusto Viana, do ladooposto ao prédio da Reitoria, corre o risco deser ferido por espinhos de várias plantas queestão na calçada do Edifício Cidade de Itagi.Não sei como a prefeitura permite tal aber-ração, pois aquela via é muito utilizada porquem se dirige às diversas clínicas médicasexistentes nas proximidades, de modo quepor ali transitam inúmeras pessoas, sobre-tudo idosas. Como as plantas são baixas, comcerca de meio metro, o pedestre distraídocorre o risco de ferir-se nas pernas com es-pinhos de grande tamanho que podem oca-sionar sérios problemas à saúde. A prefeituradeve acionar o síndico do citado prédio pararetirarosespinheiros, colocandoemseulugarflores que sirvam para adorno sem causarmales aos pedestres. GILBERTO SANTOS, SAL-VADOR-BA, [email protected]

Aumento do PIBOministroMantega teve o desplante de dizerque o inesperado aumento do PIB significaque o pior já passou, que saímos do fundo dopoço, e inescrupulosamente compara onossoPIB com o de países evoluídos – que, ao con-trário do Brasil, já estão com todas as in-fraestruturasmontadas. Issoéprópriodepre-dador de ideologia de esquerda que tem aver-são à verdade. Ele sabe, e qualquer predadorsocialista também sabe, que no próximo dis-curso terá que inventar outro motivo parajustificar o fracasso passado em decorrênciade não ter feito o que deveria, mas tudo pelacausa, porque, para eles, os fins justificam osmeios, e o povo que se dane. Vejamos: nessetrimestre, o aumentodoconsumodogovernofoi de 0,5%, e o das famílias, 0,3%. Até quandoteremos que aturar espoliação? O governoexiste porque existe povo e não o contrário,como certamente pensam esses governantes.ARTUR LARANGEIRA FILHO, [email protected]

Injustiça no IPTUManifestominha indignação com os projetosde aumento do IPTU. Quero informar ao pre-feito que o fato de morar em um bairro ouprédiomelhorzinhonãosignificaquesetenhadinheiro sobrando para, além de pagar o seupróprio IPTU, ter que pagar o IPTU pelos ou-tros, pois vai acabar sobrando para nós, umavez que no projeto o número de imóveis isen-tos de pagamento do IPTU triplicou. Querolembrar ao prefeito que, além do IPTU, temosoutros impostos e outras despesas para pagar,a classe média está vivendo com a corda nopescoço. JUDY SILVA, [email protected]

Respostas da prefeituraA Transalvador informa que na ruaMarechalFloriano, citada por um leitor, é permitido oestacionamento dos dois lados. Ainda assim,haverá fiscalização regular na via para im-pedir outros tipos de irregularidade, como oestacionamento sobre calçada ou em fila du-pla. A Sucop informaquea ruaNossa Senhorado Resgate, no Cabula, já foi vistoriada e asobras de tapa-buraco autorizadas e ressaltaque os serviços não começaram antes emconsequência do elevado índice de precipi-tação pluviométrica registrado nas últimassemanas. Em períodos chuvosos, não é pos-sível a usinagem e aplicação do material as-fáltico nos pavimentos molhados. ROBERTOMESSIAS, CHEFE DA AGECOM, SALVADOR - BA

Mais médicosOs médicos cubanos, a princípio, foram cha-mados para adentrar no Brasil nos rincõesmaisdistantes, porémoquenósestamosven-do é que as prefeituras estão demitindo osmédicosbrasileirosparareceber, semcusteio,os cubanos. Então, Sr. Pronzato, discordoquandorotulasosmédicosdecooperativistas,nós estamos apenas defendendo o emprego,o direito de trabalhar no nosso país com con-dições dignas para nós e nossos pacientes esalários justos. Quanto ao Che, que o senhorchama de solidário internacionalista, não seesqueça de que essa (solidariedade interna-cional) levou a fuzilamentos de milhares decubanos, muitos dos quais comandados pelopróprio médico guerrilheiro. É, Sr. CarlosPronzato, talvez, se o governo brasileiro ti-vesse importando cineastas cubanos, o se-nhor tivesse uma outra opinião. E como diz oditado popular: pimenta nos (olhos) dos ou-tros é refresco. DR. LUCIANO PEIXOTO, SANTOANTÔNIO DE JESUS - BA

Fernando AlcoforadoEngenheiro e doutor em PlanejamentoTerritorial e DesenvolvimentoRegional/Universidade de Barcelona

A partir da década de 1970, no con-texto da política do governo fe-deral de substituição de importa-

ções, a Bahia foi contemplada com váriosprojetos industriais que tinham por ob-jetivo a produção de bens intermediários(intensivos em capital e tecnologicamen-te modernos) complementar à matriz deprodução já desenvolvida na região Su-deste do Brasil. O processo de industria-lização da Bahia baseado na indústria debens intermediários começou com a im-plantação da Refinaria de Mataripe nadécada de 1950, aproveitando-se da dis-ponibilidade de petróleo existente no Es-tado, com a formação de um complexomínero-metalúrgico em Candeias na dé-cada de 1960, a implantação do CIA (Cen-tro Industrial de Aratu), do ComplexoPetroquímico de Camaçari e da meta-lurgia do cobre noinício da década de1980.Todo esse conjunto

de empreendimen-tos foi concentradona RMS (Região Me-tropolitana de Salva-dor) que respondepor 70% da produçãoindustrial do Estadoda Bahia. A consoli-dação da industriali-zação na Bahia fezcom que ocorressemprofundas transfor-mações na estruturaeconômica do Esta-do, com uma redu-ção do peso da agri-cultura e um aumen-to significativo da participação do setorsecundário no PIB estadual, principal-mente dos segmentos químico e petro-químico e extrativo mineral. O desen-volvimento desses setores fez com que aBahia se transformasse em uma das prin-cipais fornecedoras nacionais de maté-rias-primas e bens intermediários.No período de 1950 a 1970, o Estado da

Bahia passou por um processo sistemá-tico de planejamento, no qual se destacao Plano de Desenvolvimento da Bahia(Plandeb), concluído em 1959 sob a co-ordenação do grande baiano Rômulo Al-meida, que projetou um setor industrialobjetivando um equilíbrio entre a pro-dução de bens de consumo e de capital,além de enfatizar a prioridade para a

especialização das grandes empresasprodutoras de bens intermediários, apro-veitando alguns recursos naturais à épo-ca abundantes na região, como o petró-leo.O Plandeb propunha projetos que in-

tegrariam de forma sistêmica os setoresagrícola, industrial e comercial, objeti-vando o desenvolvimento equilibrado doEstado da Bahia e preconizando a in-dustrialização da Bahia mediante a suainserção no projeto nacional de desen-volvimento posto em prática pelo go-verno federal. Essa estratégia contempla-va a atração de grandes empresas pro-dutoras de bens intermediários que atua-riam como polos do desenvolvimento in-dustrial juntamente com as empresasprodutoras de bens finais que se ins-talariam a jusante nos centros e distritosindustriais criados para abrigá-las, tantona RMS quanto nas cidades do interior.Entre 1970 e 1980, com financiamentos

a juros subsidiados, isenção de impostose incentivos fiscais com o aporte de con-sideráveis recursos públicos a fundo per-dido oriundos dos organismos de fomen-to ao desenvolvimento do País, foramimplantados os distritos industriais dointerior e da RMS (o Centro Industrial de

Aratu e o ComplexoPetroquímico de Ca-maçari) e montado oparque produtor debens intermediáriosconcentrados nossegmentos da quími-ca/petroquímica edos minerais nãometálicos.Na atualidade, o

Estado da Bahia estáa exigir o resgate doplanejamento gover-namental sistêmico eestratégico que con-tribua para a supera-ção de três grandesproblemas do pontode vista do desenvol-vimento regional: 1)

Concentração econômica excessiva naRMS; 2) Declínio no desenvolvimento daregião cacaueira da Bahia; 3) Subdesen-volvimento da Região Semiárida da Ba-hia. Da década de 1950 até o momentoatual, os governantes da Bahia não foramcapazes de elaborar planos que contri-buíssem para superar estes problemaspromovendo o desenvolvimento econô-mico e social de todas as suas regiões. Épreciso, portanto, romper com a políticaque tem caracterizado a ação dos diver-sos governos da Bahia nos últimos 60anos baseada exclusivamente em inicia-tivas pontuais como, por exemplo, as deimplantação do parque automotivo daFord em Camaçari e da ponte Salva-dor-Itaparica, entre outras.

No período de 1950a 1970, o Estadoda Bahia passoupor um processosistemático deplanejamento,no qual se destacao Plano deDesenvolvimentoda Bahia (Plandeb),concluído em 1959

O inferno de cada diaAntigamenteotrânsitosómatavaquandoumcarro batia, capotava ou atropelava alguém.Agora tem também outro ingrediente, mataporque o carro não anda. Além do estressecom os monumentais engarrafamentos, asambulâncias não chegam às emergências.Nãoria,não,porqueocasoésério.Quemdiz

isso é aOrganizaçãoMundial da Saúde (OMS),conforme A TARDE divulgou ontem.O estudo feito pelo epidemiologista Carlos

Dora, a rigor, diz o inverso. Uma boa mo-bilidade faz bem à saúde. Donde se concluique o contrário obviamente faz mal.Se normalmente o trânsito de Salvador já é

na base do triscou, parou (um simples carroquebradotrava tudo), temosagora tambémostaisdosprotestos.Viroumodaqualquergrupoinsatisfeito com qualquer coisa fechar ruas eestradas. Em nome da democracia, tolera-se,mesmoqueissoesteja ferindoodireitomaior,o de viver dos doentes tentando chegar aoshospitais. Sábado, Salvador viveu o caos naParalela com três eventos, especialmente odos evangélicos no Parque de Exposições, to-dos autorizadospelas autoridades. Teve genteque ficou presa seis horas. Ontem, outra vezprotestos mais as mudanças dos ônibus daTancredo Neves, pela Transalvador (só trans-feriu o problema), e lá vem o inferno.Na cena, alguns engarrafados saltando do

carro para urinar na rua. Alguns reclamaram.É o lado visível do drama. Se fosse possívelouvir o grito de quantos já morreram nessabarafunda, seria um alarido.

MORTO SEM CHEGAR — Otto Alencar, vi-ce-governador e secretário da Infraestrutura,estava entre os engarrafados e indignados deontem.LevouduashorasemeiaentreoCentroAdministrativo e o Iguatemi:– Na semana passada eu perdi um amigo,

o Nilton. Infartou em Feira e levou seis horaspara chegar aqui. Chegoumorto. Algo tem deser feito. O Ministério Público tem que res-ponsabilizar os líderes desses protestos.

AINDA ABACAXI — A presidente Dilma es-taránaBahiadepoisdeamanhã.Vaiinaugurar1.500 casas do Minha Casa, Minha Vida, emConquista, e a Via Expressa, em Salvador.Da última vez que ela esteve na área da Via

Expressa, estranhou o nome da ‘Rótula doAbacaxi’.Alguém deve avisá-la que o complexo de

viadutos lá construído pode ter grande ser-ventia para a Via Portuária, porque, em ma-téria de tráfego urbano, nada mudou.Oumelhor, a rótula continuaAbacaxi. Todo

dia é palco de gigantescos engarrafamentos,debaixo dos viadutos. Em cima, tudo limpo.

Embaixador do ventoO governador JaquesWagner vai receber hojeno Rio, no Brazil Wind Power, evento quereúne empresários da energia eólica, o títulode embaixador brasileiro do vento.É uma homenagem aos resultados obtidos

pelogovernonosetor.Saltou,nosúltimosseteanos, de zero MW para três mil, com inves-timentos da ordem de R$ 12,8 bilhões.Segundo o secretário James Correia (Indús-

tria e Comércio), se a Chesf liberasse linhas detransmissão, haveria mais investimentos.

Até o fimEm entrevista ontem a Raimundo Varela, noBalanço Geral (TV Itapoan), ACM Neto jogouuma pá de cal emquempensa que ele poderávir a disputar o governo, mesmo liderandotodas as pesquisas feitas até agora:–Não,nãosoucandidato.Nemqueeutenha

110%me candidatarei. Fui eleito prefeito parafazer um trabalho e vou fazer.

Vítimas duas vezesSobre a nota Vítimas duas vezes, dizendo quea Escola Gurilândia, na Federação, provocamonumentais engarrafamentos e a Transal-vador estámultandomoradores da área (Car-deal da Silva), a direção da instituição diz quea instalação da instituição no atual endereçosegue todas as exigências legais e foi feita apósaprovaçãodaviabilidadedoempreendimentoe da liberação do alvará pela Sucom.Diz também que tem um estacionamento

rotativo e uma área de transbordo, mais umprojeto de ampliação do estacionamento queduplicará o número de vagas e triplicará acapacidade da área de embarque e desem-barque, que aguarda apenas alvará.OK.Masquebagunçaotrânsitonaárea,não

há dúvida. E que osmoradores vizinhos estãosendo multados, é só consultar os próprios.

. OMinistério Público Federal realiza ama-nhã (a partir das 13h30) o 3º Seminário MPFpara Jornalistas. A ideia é traçar um painelsobre a instituição. No time dos que falarãoestarãooprocurador-chefe,WilsonAlmeidaNeto,Wladimir Aras, procurador daDivisãode Combate a Corrupção, e SidneyMadruga,procurador regional eleitoral.

Levi VasconcelosJornalista

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