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OPINIÃO SALVADOR QUINTA-FEIRA 5/9/2013 A2 opiniao @grupoatarde.com.br Participe desta página: e-mail: [email protected] Cartas: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900 ESPAÇO DO LEITOR O choro de Mercury É assaz delirante o lamento de Daniela Mer- cury em relação à impossibilidade de colo- cação do seu hedonista camarote no circuito Barra-Ondina do Carnaval. Oh, que pena! Queixa-se da ajuda oficial por não poder mais se fixar nestes lugares. Brincadeira tem hora! Pessoas morrendo nas filas dos hospitais, nas favelas, nas ruas, nas secas do sertão por falta de ajuda dos órgãos públicos! Agora vem esta coitadinha bufunfada, com o seu lamento bem gonzaguiano, se queixar de não existir patrocínio para que ela e os seus amigos glo- bais se locupletem. Mas já viu! Que coisa mais hilariante! Dinheiro do contribuinte para o bolso de quem não precisa! “Mas, rapaz”! Co- mo diz o nosso pobre matuto. Esta turma bufunfada não tem jeito mesmo! A carinha dela no A TARDE do 30/8, juntamente com sua parceira, dá dó! Me senti ouvindo Triste par- tida, de Gonzagão: “... quando olhei a terra seca, ...as lágrimas veio nos olhos”. “Mas, rapaz”. NILTON RIBEIRO DA SILVA, SALVADOR - BA, NIL- [email protected] Embasa lenta Desde sábado (31) abri um chamado na Em- basa informando que a tubulação do meu contador partiu por conta da força da água e, até agora, nenhuma providência foi tomada. Me passaram um prazo de no máximo 48h e que meu pedido era com urgência, mas acho que a Embasa não se importa com o des- perdício de água, além de me deixar impos- sibilitada de fazer o consumo. Socorro, Em- basa. Protocolo 97517843. CLÁUDIA FONSECA DO NASCIMENTO, [email protected] Nasce morto Dizia um antigo samba: “Pau que nasce torto não tem jeito, morre torto; baiano burro, ga- ranto que nasce morto”. Conclui-se daí que algumas obras viárias executadas em Salva- dor devem ter sido projetadas por Autocad fora daqui e os projetos enviados para cá pela internet: viaduto Dona Canô, viaduto Nelson Daiha, sob o qual conseguiram deixar um cruzamento, bem como o túnel que não casou com o viaduto em Água de Meninos (lem- brando que, em Fortaleza, o túnel escavado artesanalmente por ladrões bateu milime- tricamente no cofre do Banco Central), entre outras. HAMILTON MATOS, SALVADOR - BA, [email protected] Pagar vexame O governo brasileiro tem solicitado dos es- tados Unidos explicações sobre o grampo que foi e é feito para espionar o governo e o sistema comercial e financeiro do Brasil. Pois bem, se o governo americano, de forma taxativa, as- sumir que faz tal procedimento, e por fim indagar: vocês brasileiros vão fazer o quê? Qual seria o procedimento adotado pelo go- verno do Brasil... Retaliação comercial; contra espionagem – dando o troco; ameaça bélica, sanções diplomáticas; solicitação de interven- ção da ONU. Acredito que o melhor que o Brasil deve fazer é tão somente melhorar o seu sistema de comunicação e informação, pro- movendo uma maior segurança nos seus da- dos e informações que são diariamente trans- mitidos. Por exemplo, desenvolver o próprio sistema de satélites artificiais. Cobrar infor- mações dos Estados Unidos da América é cor- rer o risco de pagar um vexame internacional. ANTÔNIO ANDRADE MOTA, AAMOTA@ BOL.COM.BR Diplomacia americana Na diplomacia e na guerra, é como no xadrez: busca-se enxergar vários lances à frente, e já se tem a próxima jogada em mente, para os diversos cenários estudados. Se a reação ame- ricana aos protestos brasileiros não for “ade- quada”, que fará Dilma? Declara guerra aos Estados Unidos? Estabelece um embargo eco- nômico? Impede a ida de brasileiros à Disney? Ou, magnânima, aceita a resposta frouxa que vier? MARIA COELHO, SALVADOR - BA, MARI- [email protected] Obras sem fiscalização A prefeitura de Salvador deveria possuir téc- nicos para acompanhar e fiscalizar as obras de recapeamento asfáltico da cidade. O absurdo é tão grande que na avenida Caminho de Areia, na Cidade Baixa, a obra de recapea- mento sequer teve ainda as pinturas das fai- xas terminadas e já apresenta dois buracos entre o largo de Roma e o largo do Papagaio. É o dinheiro público literalmente indo parar no buraco. RODRIGO LIMA FERREIRA, SALVA- DOR - BA, [email protected] “Passeatódromo” É deveras preocupante essa questão das ma- nifestações diárias. Entendemos necessárias as manifestações e reivindicações desde quando realizadas com coerência e foco. As- susta-nos a banalização da manifestação que hoje agora se confunde com baderna e van- dalismo. Enxergo em muitos destes movi- mentos uma transgressão e desrespeito à Car- ta Magna – Constituição Federal, vez que estão cerceando o direito de ir e vir das pessoas. Assim, parafraseando o cantor carioca Lobão, “necessário torna-se a criação de um ‘pas- seatódromo’, onde os manifestantes pode- riam reivindicar e/ou pedir o que bem quiser, sem atrapalhar a vida dos outros e princi- palmente sem depredar o patrimônio público e/ou privado”. MATHEUS VERNECK, SALVADOR - BA, [email protected] Osvaldo Campos Magalhães Engenheiro civil, mestre em Administração [email protected] N o dia 30 de julho de 2013, con- forme promessa do ex-presidente Lula em evento de avaliação do PAC realizado em 2010, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) deveria ter sido inaugurada, marcando uma nova etapa para logística de transportes de cargas no Brasil. Infelizmente, o que se constatou é que nem um único metro de trilho foi instalado ao longo dos 1.022 quilômetros do traçado previsto e que, no trecho entre as cidades de Caetité e Barreiras, praticamente nenhuma inter- venção foi feita até agora. Conforme amplas reportagens realizadas pelo jornal Valor Econômico, que percorreu todo o traçado da ferrovia, a Valec, estatal responsável pela implantação da Fiol, co- meteu o erro primário de licitar a ferrovia sem dispor do projeto executivo da obra e, sem estudos ambien- tais adequados. Lembremos que o ex-presidente da Va- lec, que dirigiu a em- presa durante sete anos e que foi res- ponsável pela licita- ção da Fiol, foi preso pela Polícia Federal, acusado de prática de atos administrati- vos ilegais à frente da empresa. Lembre- mos ainda que um dos principais tre- chos da ferrovia foi ganho pela emprei- teira Delta Engenha- ria, líder em obras do PAC, acusada por corrupção ativa. Enquanto isso, as ligações ferroviárias de Belo Horizonte a Salvador e Alagoi- nhas a Juazeiro, que tinham sido pri- vatizadas em 1996, e que apresentavam movimentação de cargas sempre decres- centes, acabam de ser retomadas pelo governo federal, comprovando o fracasso do processo de privatização do setor fer- roviário na Bahia. O acesso ao Porto de Salvador e a ligação entre Recife e Sal- vador foram desativados ha mais de 10 anos, sem que nenhuma providência ti- vesse sido adotada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Se as obras dos sistemas de metrôs nas principais metrópoles brasileiras não avançam, o governo federal continua co- locando como prioridade para o setor o megaprojeto do trem-bala, ligando Cam- pinas ao Rio de Janeiro e orçado em R$ 35 bilhões. Curiosamente, atendendo a pedido da empresa alemã Siemens, a Empresa de Planejamento Logístico (EPL) anunciou o possível adiamento da lici- tação do projeto. Coincidentemente, a mesma empresa alemã, que integrou o Consócio Metrosal, responsável pelo fracassado projeto do metrô de Salvador, foi destaque na im- prensa nacional, ao revelar a existência de esquema ilegal nos contratos relacio- nados às obras de metrô e trens urbanos em São Paulo. Através de um acordo de leniência que garantiu imunidade à empresa no pro- cesso, os executivos da Siemens, em de- poimento ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), revelaram as tratativas que resultaram na formação de cartel em pelo menos cinco licitações para compra e manutenção de trens para a Companhia Paulista de Trens Metro- politanos e para os Metrôs de São Paulo e do Distrito Federal. As denúncias atingem principalmen- te as administrações do PSDB e DEM, envolvendo os governos Mário Covas, José Serra, Geraldo Alckmin e José Ar- ruda. Destaque-se que o atual governo de São Paulo tem nos projetos de mo- bilidade urbana so- bre trilhos sua prin- cipal bandeira. Lembremos que a Polícia Federal, em operação denomi- nada Castelo de Areia, já havia com- provado a existên- cia de formação de cartel e acordos de preços entre as principais emprei- teiras do Brasil, nas obras dos metrôs das principais me- trópoles brasileiras, incluindo o de Sal- vador, que após mais de 13 anos de obras, quase um bilhão de reais con- sumidos, ainda não foi capaz de trans- portar um único passageiro. Contudo, as provas tinham sido obtidas através de denúncia anônima, o que possibilitou ao advogado das empreiteiras, Márcio Thomas Bastos, conseguir junto ao STJ a anulação das mesmas. Enquanto os ca- minhões fazem filas de mais de 25 km no Porto de Santos para o embarque de soja e os engarrafamentos travam a mo- bilidade urbana nas grandes cidades, provocando imensos prejuízos para eco- nomia e perda de qualidade de vida para os cidadãos, permanece a questão: até quando o Brasil continuará fora dos trilhos? Se as obras dos sistemas de metrôs nas principais metrópoles brasileiras não avançam, o governo federal continua colocando como prioridade para o setor o megaprojeto do trem-bala Menino Joel Em reunião realizada ontem na Defensoria Pública do Estado, o coordenador das bases comunitárias de segurança, tenente-coronel Admar Fontes, comprometeu-se a permitir a exibição do documentário Menino Joel, no Nordeste de Amaralina. No dia 3 de agosto último, a comunidade do Nordeste estava reunida em uma das praças do bairro para mais uma edição do Cine Ma- loca, projeto que acontece aos sábados, onde filmes e documentários são exibidos gratui- tamente. Eles assistiriam ao vídeo que conta a história do menino que foi morto durante operação policial, caso de repercussão inter- nacional. PMs fortemente armados proibiram a exibição alegando que o vídeo incitaria a população contra eles. Indignados, membros da associação de mo- radores procuraram a Defensoria e pediram ajuda. O defensor Marcos Fonseca convidou a PM e os moradores para uma conversa. Saiu o acordo. O documentário será exibido sábado, às 15h, sem intervenção da PM. Intrigante. A PM agora também censura? Poder e susto Duas notícias fizeram os aliados de Jaques Wagner voarem do céu ao inferno ontem. O céu: ele apareceu em 33º lugar entre as 60 personalidade mais poderosas do Brasil, se- gundo listagem feita pelo site IG. O inferno: estava a bordo do avião da Gol que foi abalroado ontem no Aeroporto do Galeão por um Boeing da Emirates. Wagner disse que só sentiu ‘um tranco’. E, em entrevista à Metrópole ontem, brincou: – A Gol que vá reclamar. Quem bate no fundo tem culpa. Efeito Donadon Em visita oficial à China no dia da votação que salvou o mandato do deputado-prisioneiro Nathan Donadon, a deputada Alice Portugal (PCdoB) teve imenso trabalho para se jus- tificar, após a execração midiática por conta da ausência. E admite que não gostou. Ontem, ela apresentou um projeto de re- solução que obriga o painel da Câmara que atesta as presenças a registrar os motivos da ausência quando o deputado estiver fora. O presidente Henrique Eduardo Alves achou a ideia boa. Saques e tiros Ás de ouro na polícia baiana até sucumbir envolvido no escândalo dos grampos telefô- nicos da era ACM, o delegado Valdir Barbosa volta à mídia, mas noutro personagem, o de escritor. Vai lançar dia 16, no Salão no Othon (19h), pela Casa de Cultura Carolina Taboada, olivro Saques e Tiros na Noite – Sonhos, estórias e histórias de um homem de polícia. Valdir, que por vários anos foi delega- do-chefe, narra uma série de episódios po- liciais, entre eles o de Leonardo Pareja, que sequestrou uma sobrinha de ACM em Feira. Condenação revogada Lembra aquela história da ex-secretária de Pla- nejamento da Prefeitura de Salvador ter sido condenada a nove meses e 10 dias de detenção por calúnia, injúria e difamação, num processo movido pelo empresário Alcebíades Barata? Nada disso está valendo mais. A juíza Sílvia Lúcia Bonifácio Carvalho, da 6ª Vara Criminal de Salvador, deu decisão favorável a ela nos embargos de declaração apresentados contra a sentença anterior. Ou melhor, anulou a condenação. Kátia se disse prejudicada no direito de defesa. SOS Fipe Pressionado pelo Movimento Passe Livre, que não dá trégua, o prefeito de Ilhéus, Jabes Ri- beiro (PP), contratou a Fundação de Pesquisas Econômicas (Fipe) para analisar o preço da passagem de ônibus na cidade. Jabes diz que lá as linhas foram licitadas e não pode bulir nas tarifas aleatoriamente. Se a Fipe constatar que é possível baixar, ele se diz disposto a fazê-lo. Aliás, o MPL de Ilhéus não dá trégua tam- bém ao deputado Ronaldo Carletto (PP), que é sócio de uma das empresas. Onde a Assembleia itinerante vai, o MPL está na cola, como em Porto Seguro. . A Transalvador promete deflagrar a partir de segunda as novas regras para as ope- rações de carga e descarga nas ruas de Sal- vador. Vai ficar proibida das 6h às 21h de segunda a sexta e aos sábados das 6h às 14h. É oportuno. Ontem pela manhã, houve gran- de engarrafamento rua Thomaz Antônio Gonzaga, em Pernambués. Era um cami- nhão de uma cervejaria descarregando. . O jornalista Carlos Navarro deixou a as- sessoria do deputado Nelson Pelegrino, com quem trabalhava desde o início da campa- nha eleitoral do ano passado. COLABOROU: PATRÍCIA FRANÇA Levi Vasconcelos Jornalista [email protected] TEMPO PRESENTE O Brasil fora dos trilhos Editor interino Valmir Palma atarde.com.br/concursos www.atarde.uol.com.br DESTAQUES DO PORTAL A TARDE Prêmio Multishow é criticado nas redes Seagri lança edital de concurso para 137 vagas Multishow / Divulgação Ivete e Paulo Gustavo no Multishow Cau Gomez

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OPINIÃOSALVADOR QUINTA-FEIRA 5/9/2013A2

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Participe desta página: e-mail: [email protected]: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900

ESPAÇO DO LEITOR

O choro de MercuryÉ assaz delirante o lamento de Daniela Mer-cury em relação à impossibilidade de colo-cação do seu hedonista camarote no circuitoBarra-Ondina do Carnaval. Oh, que pena!Queixa-sedaajudaoficialpornãopodermaisse fixar nestes lugares. Brincadeira tem hora!Pessoasmorrendo nas filas dos hospitais, nasfavelas, nas ruas, nas secas do sertão por faltade ajuda dos órgãos públicos! Agora vem estacoitadinha bufunfada, com o seu lamentobem gonzaguiano, se queixar de não existirpatrocínio para que ela e os seus amigos glo-bais se locupletem.Mas já viu!Que coisamaishilariante! Dinheiro do contribuinte para obolso de quem não precisa! “Mas, rapaz”! Co-mo diz o nosso pobre matuto. Esta turmabufunfada não tem jeito mesmo! A carinhadelanoATARDEdo30/8, juntamentecomsuaparceira, dá dó! Me senti ouvindo Triste par-tida,deGonzagão:“...quandoolheiaterraseca,...as lágrimas veio nos olhos”. “Mas, rapaz”.NILTON RIBEIRO DA SILVA, SALVADOR - BA, [email protected]

Embasa lentaDesde sábado (31) abri um chamado na Em-basa informando que a tubulação do meucontador partiu por conta da força da água e,até agora, nenhuma providência foi tomada.Me passaram um prazo de no máximo 48h eque meu pedido era com urgência, mas achoque a Embasa não se importa com o des-perdício de água, além de me deixar impos-sibilitada de fazer o consumo. Socorro, Em-basa. Protocolo 97517843. CLÁUDIA FONSECADO NASCIMENTO, [email protected]

Nasce mortoDizia um antigo samba: “Pau que nasce tortonão tem jeito, morre torto; baiano burro, ga-ranto que nasce morto”. Conclui-se daí quealgumas obras viárias executadas em Salva-dor devem ter sido projetadas por Autocadfora daqui e os projetos enviados para cá pelainternet: viaduto Dona Canô, viaduto NelsonDaiha, sob o qual conseguiram deixar umcruzamento, bemcomoo túnel quenãocasoucom o viaduto em Água de Meninos (lem-brando que, em Fortaleza, o túnel escavadoartesanalmente por ladrões bateu milime-tricamente no cofre do Banco Central), entreoutras. HAMILTON MATOS, SALVADOR - BA,[email protected]

Pagar vexameO governo brasileiro tem solicitado dos es-tadosUnidos explicações sobre o grampoquefoieéfeitoparaespionarogovernoeosistemacomercial e financeiro do Brasil. Pois bem, seo governo americano, de forma taxativa, as-sumir que faz tal procedimento, e por fimindagar: vocês brasileiros vão fazer o quê?Qual seria o procedimento adotado pelo go-verno do Brasil... Retaliação comercial; contraespionagem – dando o troco; ameaça bélica,sançõesdiplomáticas; solicitaçãodeinterven-ção da ONU. Acredito que o melhor que oBrasildevefazerétãosomentemelhoraroseusistema de comunicação e informação, pro-movendo umamaior segurança nos seus da-dos e informações que sãodiariamente trans-mitidos. Por exemplo, desenvolver o própriosistema de satélites artificiais. Cobrar infor-mações dos Estados Unidos da América é cor-reroriscodepagarumvexameinternacional.ANTÔNIO ANDRADE MOTA, [email protected]

Diplomacia americanaNadiplomacia e na guerra, é comono xadrez:busca-se enxergar vários lances à frente, e jáse tem a próxima jogada em mente, para osdiversos cenários estudados. Se a reação ame-ricana aos protestos brasileiros não for “ade-quada”, que fará Dilma? Declara guerra aosEstados Unidos? Estabelece um embargo eco-nômico? Impedea idadebrasileirosàDisney?Ou,magnânima, aceita a resposta frouxa quevier? MARIA COELHO, SALVADOR - BA, [email protected]

Obras sem fiscalizaçãoA prefeitura de Salvador deveria possuir téc-nicosparaacompanharefiscalizarasobrasderecapeamento asfáltico da cidade. O absurdoé tão grande que na avenida Caminho deAreia, na Cidade Baixa, a obra de recapea-mento sequer teve ainda as pinturas das fai-xas terminadas e já apresenta dois buracosentre o largo de Roma e o largo do Papagaio.É o dinheiro público literalmente indo pararno buraco. RODRIGO LIMA FERREIRA, SALVA-DOR - BA, [email protected]

“Passeatódromo”É deveras preocupante essa questão das ma-nifestações diárias. Entendemos necessáriasas manifestações e reivindicações desdequando realizadas com coerência e foco. As-susta-nos a banalização da manifestação quehoje agora se confunde com baderna e van-dalismo. Enxergo em muitos destes movi-mentosumatransgressãoedesrespeitoàCar-taMagna–ConstituiçãoFederal, vezqueestãocerceando o direito de ir e vir das pessoas.Assim, parafraseando o cantor carioca Lobão,“necessário torna-se a criação de um ‘pas-seatódromo’, onde os manifestantes pode-riamreivindicar e/oupedir o quebemquiser,sem atrapalhar a vida dos outros e princi-palmentesemdepredaropatrimôniopúblicoe/ou privado”. MATHEUSVERNECK, SALVADOR- BA, [email protected]

Osvaldo Campos MagalhãesEngenheiro civil, mestre em Administração

[email protected]

No dia 30 de julho de 2013, con-forme promessa do ex-presidenteLula em evento de avaliação do

PAC realizado em 2010, a Ferrovia deIntegração Oeste-Leste (Fiol) deveria tersido inaugurada, marcando uma novaetapa para logística de transportes decargas no Brasil. Infelizmente, o que seconstatou é que nem um único metro detrilho foi instalado ao longo dos 1.022quilômetros do traçado previsto e que,no trecho entre as cidades de Caetité eBarreiras, praticamente nenhuma inter-venção foi feita até agora.Conforme amplas reportagens realizadas

pelo jornal Valor Econômico, que percorreutodo o traçado da ferrovia, a Valec, estatalresponsável pela implantação da Fiol, co-meteu o erro primário de licitar a ferroviasem dispor do projeto executivo da obra e,sem estudos ambien-tais adequados.Lembremos que o

ex-presidente da Va-lec, que dirigiu a em-presa durante seteanos e que foi res-ponsável pela licita-ção da Fiol, foi presopela Polícia Federal,acusado de práticade atos administrati-vos ilegais à frenteda empresa. Lembre-mos ainda que umdos principais tre-chos da ferrovia foiganho pela emprei-teira Delta Engenha-ria, líder em obrasdo PAC, acusada por corrupção ativa.Enquanto isso, as ligações ferroviárias

de Belo Horizonte a Salvador e Alagoi-nhas a Juazeiro, que tinham sido pri-vatizadas em 1996, e que apresentavammovimentação de cargas sempre decres-centes, acabam de ser retomadas pelogoverno federal, comprovando o fracassodo processo de privatização do setor fer-roviário na Bahia. O acesso ao Porto deSalvador e a ligação entre Recife e Sal-vador foram desativados ha mais de 10anos, sem que nenhuma providência ti-vesse sido adotada pela Agência Nacionalde Transportes Terrestres (ANTT).

Se as obras dos sistemas de metrôs nasprincipais metrópoles brasileiras nãoavançam, o governo federal continua co-locando como prioridade para o setor o

megaprojeto do trem-bala, ligando Cam-pinas ao Rio de Janeiro e orçado emR$ 35 bilhões. Curiosamente, atendendoa pedido da empresa alemã Siemens, aEmpresa de Planejamento Logístico (EPL)anunciou o possível adiamento da lici-tação do projeto.Coincidentemente, a mesma empresa

alemã, que integrou o Consócio Metrosal,responsável pelo fracassado projeto dometrô de Salvador, foi destaque na im-prensa nacional, ao revelar a existênciade esquema ilegal nos contratos relacio-nados às obras de metrô e trens urbanosem São Paulo.

Através de um acordo de leniência quegarantiu imunidade à empresa no pro-cesso, os executivos da Siemens, em de-poimento ao Conselho Administrativo deDefesa Econômica (Cade), revelaram astratativas que resultaram na formação decartel em pelo menos cinco licitaçõespara compra e manutenção de trens paraa Companhia Paulista de Trens Metro-politanos e para os Metrôs de São Pauloe do Distrito Federal.As denúncias atingem principalmen-

te as administrações do PSDB e DEM,envolvendo os governos Mário Covas,José Serra, Geraldo Alckmin e José Ar-

ruda. Destaque-seque o atual governode São Paulo temnos projetos de mo-bilidade urbana so-bre trilhos sua prin-cipal bandeira.Lembremos que a

Polícia Federal, emoperação denomi-nada Castelo deAreia, já havia com-provado a existên-cia de formação decartel e acordos depreços entre asprincipais emprei-teiras do Brasil, nasobras dos metrôsdas principais me-

trópoles brasileiras, incluindo o de Sal-vador, que após mais de 13 anos deobras, quase um bilhão de reais con-sumidos, ainda não foi capaz de trans-portar um único passageiro. Contudo, asprovas tinham sido obtidas através dedenúncia anônima, o que possibilitouao advogado das empreiteiras, MárcioThomas Bastos, conseguir junto ao STJ aanulação das mesmas. Enquanto os ca-minhões fazem filas de mais de 25 kmno Porto de Santos para o embarque desoja e os engarrafamentos travam a mo-bilidade urbana nas grandes cidades,provocando imensos prejuízos para eco-nomia e perda de qualidade de vidapara os cidadãos, permanece a questão:até quando o Brasil continuará fora dostrilhos?

Se as obras dossistemas de metrôsnas principaismetrópoles brasileirasnão avançam,o governo federalcontinua colocandocomo prioridade parao setor o megaprojetodo trem-bala

Menino JoelEm reunião realizada ontem na DefensoriaPública do Estado, o coordenador das basescomunitárias de segurança, tenente-coronelAdmar Fontes, comprometeu-se a permitir aexibição do documentário Menino Joel, noNordeste de Amaralina.Nodia 3 de agostoúltimo, a comunidadedo

Nordeste estava reunida em uma das praçasdo bairro para mais uma edição do Cine Ma-loca, projeto que acontece aos sábados, ondefilmes e documentários são exibidos gratui-tamente. Eles assistiriam ao vídeo que contaa história do menino que foi morto duranteoperação policial, caso de repercussão inter-nacional.PMsfortementearmadosproibirama exibição alegando que o vídeo incitaria apopulação contra eles.Indignados,membrosdaassociaçãodemo-

radores procuraram a Defensoria e pediramajuda. O defensorMarcos Fonseca convidou aPM e os moradores para uma conversa.Saiuoacordo.Odocumentário seráexibido

sábado, às 15h, sem intervenção da PM.Intrigante. A PM agora também censura?

Poder e sustoDuas notícias fizeram os aliados de JaquesWagner voarem do céu ao inferno ontem.Océu: ele apareceuem33º lugar entre as60

personalidade mais poderosas do Brasil, se-gundo listagem feita pelo site IG.O inferno: estava a bordo do avião da Gol

que foi abalroado ontem no Aeroporto doGaleão por um Boeing da Emirates.Wagner disse que só sentiu ‘um tranco’. E,

em entrevista à Metrópole ontem, brincou:– A Gol que vá reclamar. Quem bate no

fundo tem culpa.

Efeito DonadonEmvisitaoficial àChinanodiadavotaçãoquesalvou o mandato do deputado-prisioneiroNathan Donadon, a deputada Alice Portugal(PCdoB) teve imenso trabalho para se jus-tificar, após a execração midiática por contada ausência. E admite que não gostou.Ontem, ela apresentou um projeto de re-

solução que obriga o painel da Câmara queatesta as presenças a registrar os motivos daausência quando o deputado estiver fora.O presidente Henrique Eduardo Alves

achou a ideia boa.

Saques e tirosÁs de ouro na polícia baiana até sucumbirenvolvido no escândalo dos grampos telefô-nicos da era ACM, o delegado Valdir Barbosavolta à mídia, mas noutro personagem, o deescritor. Vai lançar dia 16, no Salão no Othon(19h), pela Casa de Cultura Carolina Taboada,olivroSaqueseTirosnaNoite–Sonhos,estóriase histórias de um homem de polícia.Valdir, que por vários anos foi delega-

do-chefe, narra uma série de episódios po-liciais, entre eles o de Leonardo Pareja, quesequestrou uma sobrinha de ACM em Feira.

Condenação revogadaLembraaquelahistóriadaex-secretáriadePla-nejamento da Prefeitura de Salvador ter sidocondenada anovemeses e 10 dias de detençãoporcalúnia, injúriaedifamação,numprocessomovido pelo empresário Alcebíades Barata?Nada disso está valendo mais.A juíza Sílvia Lúcia Bonifácio Carvalho, da

6ª Vara Criminal de Salvador, deu decisãofavorável a ela nos embargos de declaraçãoapresentados contra a sentença anterior.Ou melhor, anulou a condenação. Kátia se

disse prejudicada no direito de defesa.

SOS FipePressionado peloMovimento Passe Livre, quenão dá trégua, o prefeito de Ilhéus, Jabes Ri-beiro (PP), contratou a Fundação de PesquisasEconômicas (Fipe) para analisar o preço dapassagem de ônibus na cidade.Jabes diz que lá as linhas foram licitadas e

não pode bulir nas tarifas aleatoriamente.Se a Fipe constatar que épossível baixar, ele

se diz disposto a fazê-lo.Aliás, o MPL de Ilhéus não dá trégua tam-

bém ao deputado Ronaldo Carletto (PP), queé sócio de uma das empresas.Onde a Assembleia itinerante vai, o MPL

está na cola, como em Porto Seguro.

. ATransalvadorprometedeflagrar apartirde segunda as novas regras para as ope-rações de carga e descarga nas ruas de Sal-vador. Vai ficar proibida das 6h às 21h desegunda a sexta e aos sábados das 6h às 14h.Éoportuno.Ontempelamanhã,houvegran-de engarrafamento rua Thomaz AntônioGonzaga, em Pernambués. Era um cami-nhão de uma cervejaria descarregando.

. O jornalista Carlos Navarro deixou a as-sessoriadodeputadoNelsonPelegrino, comquem trabalhava desde o início da campa-nha eleitoral do ano passado.

COLABOROU: PATRÍCIA FRANÇA

Levi VasconcelosJornalista

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