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Papilomatose cutânea em cachorro-vinagre (Speothus venaticus Lund, 1842) - primeiro relato de casoCutaneous papillomatosis in a Bush Dog (Speothus venaticus Lund, 1842) – first case report

José Ricardo Pachaly - Médico Veterinário, Mestre, Doutor. Professor Titular do Programa de Mestrado em Ciência Animal da Universidade Paranaense – UNIPAR, Umuarama – PR. Diretor Científico do Instituto Brasileiro de Especialidades em Medicina Veterinária – ESPECIALVET, Rua Lopes Trovão, 250, Maringá – PR, CEP 87014-080. E-mail: [email protected] / www.especialvet.com.brPedro Ribas Werner - Médico Veterinário, Mestre, Doutor. Laboratório Werner & Werner, Curitiba – PR.Rogério Ribas Lange - Médico Veterinário, Mestre. Universidade Federal do Paraná – UFPR, Curitiba – PR.Manuel Lucas Javorouski - Médico Veterinário, Mestre. Universidade Tuiuti do Paraná – UTP e Departamento de Zoológico da Prefeitura Municipal de Curitiba – PR.Rodrigo Filippi Prazeres - Médico Veterinário, Especialista. Universidade Paulista – UNIP e Clínica VetZoo, São Paulo – SP.

Pachaly JR, Werner PR, Lange RR, Javorouski ML, Prazeres RF. Medvep Dermato - Revista de Educação Continuada em Dermatologia e Alergologia Veterinária; 2012; 2(3); 134-137.

ResumoRelata-se um caso de papilomatose cutânea em um cachorro-vinagre (Speothus venaticus) macho com idade de seis anos, pertencente ao plantel do Zoológico de Curitiba, Paraná. O paciente foi anestesiado pela associação de cetamina, xilazina e atropina, para avaliação clínica geral. Foram encontrados tumores localizados em ambos os lados da face, especialmente ao redor das narinas, nos lábiose sob o olho direito. Essas lesões mediam 0,4 a 2,0 cm de diâmetro e até 0,5 cm de altura, e foram removidas cirurgicamente. O exame histopatológico mostrou que a epiderme apresentava hiperplasia irregular endo e exofítica com formações papiliformes curtas e irregulares, além de ortoqueratose compacta. A camada granulosa da epiderme exibia grânulos de queratohialina irregulares e grosseiros, sugestivos de causa viral. Os quera-tinócitos proliferados não apresentavam sinais importantes de atipia, e a derme subjacente apresentava edema e infiltrado inflamatório misto, em padrão perivascular a difuso.As lesões macroscópicas e mi-croscópicas possibilitaram o diagnóstico de papilomatose cutânea. Trata-se de uma doença comum em cães domésticos, mas este caso é o primeiro relatado em Speothus venaticus, canídeo neotropical ameaçado de extinção. Este artigo resgata um caso originalmente apresentado em 1998, no XVI Congresso Paname-ricano de Ciências Veterinárias (Santa Cruz de La Sierra, Bolivia).

Palavras-chave: neoplasia, cirurgia, canídeos selvagens.

AbstractIt is reported a case of cutaneous papillomatosis in a six-year old, male Bush Dog (Speothus venaticus), from the Zoo of Curitiba, Paraná, Brazil. The patient was submitted to general anesthesia with the asso-ciation of ketamine hydrochloride, xylazine hydrochloride and atropine sulfate, for routine clinical exa-mination. There were found tumors in both sides of the face, mostly around the nostrils, on the lips, and under the right eye. They measured 0.4 to 2.0 cm in diameter and up to 0.5 cm in height, and were sur-gically removed. Samples were collected and microscopically examined.Histologically, epidermis sho-wed irregular endophytic and exophytic hyperplasia with short and irregular papilliform formations, as well as compact orthokeratosis. The epidermal granulous layer showed irregular and coarse granules of queratohyalin, suggesting a viral etiology.The proliferative keratinocytes did not show significant signs of atypia, and underlying dermis has edema and mixed inflammatory infiltration in a perivascular to diffuse pattern. The macroscopic and microscopic features supported a diagnosis of cutaneous papillo-

RELATO DE CASO

Medvep Dermato - Revista de Educação Continuada em Dermatologiae Alergologia Veterinária (2012); 2(3); 134-137.

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matosis. This is a fairly common disease in domestic dogs, but this case is the first one ever-reported in Speothus venaticus, a neotropical canid endangered with extinction. This paper recovers a case originally presented in 1998, at the XVI Pan-American Congress of Veterinary Sciences (Santa Cruz de la Sierra, Bolivia).

Keywords: neoplasia, surgery, wildcanids.

Papilomatose cutânea em cachorro-vinagre (Speothus venaticus Lund,1842) – primeiro relato de caso

Introdução e Revisão de LiteraturaO papiloma cutâneo é um neoplasma epitelial benig-

no que se origina a partir do epitélio escamoso ou fibroso, emergindo dos queratinócitos epidérmicos, sendo fre-quentemente induzido por um papilomavírus espécie--específico (1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11).

Comumente acomete cães (5,6,7,8,10,13,12,13,14), bovi-nos e equinos (5,8,10,12,15), e mais raramente afeta caprinos (5,8,10,12,15), coelhos (10), gatos (1,5,6,7,8,9,10,12,13,14), ovinos (5,8,10,15), suínos (8,10) e porquinhos-da-Índia (16).

Clinicamente os papilomas são observados como pro-jeções verrucosas queratinizadas circunscritas, múltiplas ou solitárias, de tamanho variado (6,7,12,13,17). Na maior parte das vezes as lesões iniciam como pápulas ou placas brancas, achatadas, lisas e brilhantes (6,7,10,18). Quando em involução, as lesões são vistas como placas e recebem o nome de verruga plana (14).

Em cães domésticos, a papilomatose foi inicialmente classificada em quatro síndromes clinicamente identificá-veis – papilomatose viral canina, papilomas cutâneos, pa-pilomas cutâneos invertidos e papilomas múltiplos dos coxins (6,17). Atualmente, entretanto, dois novos quadros clínicos foram incorporados à classificação – papilomas cutâneos pigmentados múltiplos e placas pigmentadas múltiplas, totalizando seis síndromes distintas (7).

A papilomatose viral canina é uma doença contagiosa frequentemente observada em cães jovens, sem aparente predileção por sexo, sendo também denominada de papi-lomatose oral. As lesões são quase sempre múltiplas e po-dem se localizar em mucosa oral, língua, palato, faringe, laringe, plano nasal, pálpebras, conjuntiva, córnea e pele (1,6,7,10,12,18). Tais lesões em geral têm diâmetro menor que 1,0 cm e regridem espontaneamente na maioria dos casos, mas há descrições de transformação para carcino-ma de células escamosas (10,12,18).

O papiloma cutâneo ocorre em cães mais velhos, sen-do comumente observado em machos das raças Cocker Spaniel Inglês e Kerry Blue Terrier (6,7,17), Poodle (19), Dogue Alemão, Setter Irlandês e Beagle (8). As lesões cutâneas podem ser simples ou múltiplas, ocorrendo pre-dominantemente na cabeça, pálpebras e extremidades dos membros. São circunscritas e alopécicas e em geral são pedunculadas ou têm forma de couve-flor, apresen-

tando menos de 0,5cm de diâmetro(6,7).O papiloma invertido cutâneo é ocasionado por um

papilomavírus diferente do agente etiológico da papilo-matose viral canina, sendo frequentemente diagnostica-do em cães entre oito meses a três anos de idade, sem nenhuma predileção aparente por sexo ou raça. As lesões ocorrem comumente nas regiões abdominal ventral e in-guinal e têm diâmetro de 1,0 a 2,0 cm, sendo elevadas e firmes, contendo um poro central que se abre na super-fície cutânea (6,7,10,14,20). Essa síndrome necessita de diagnóstico diferencial com o acantoma ceratinizante in-fundibular (7,14,15).

Os papilomas múltiplos dos coxins ocorrem em cães adultos e podem afetar dois ou mais membros, dificultan-do a deambulação, e frequentemente essas lesões estão associadas à presença de estruturas córneas. De todas as formas de apresentação dos papilomas em cães, apenas os papilomas múltiplos que afetam os coxins não têm etiologia viral conhecida (6,7,12).

A síndrome dos papilomas cutâneos pigmentados múltiplos foi descrita em um cão da raça Boxer com cerca de seis anos de idade, sendo associada a um novo tipo de papilomavírus (21).

Finalmente, as placas pigmentadas múltiplas são idênticas ao que anteriormente era identificado como “nevo epidérmico pigmentado”, cujos relatos se concen-tram nas raças Setter Irlandês, Shar-Pei, Schnauzer e Pug, sendo que nas duas últimas, a síndrome parece ser uma condição herdada, com um traço autossômico dominan-te. As lesões surgem por volta dos dois a quatro anos de idade e comumente ocorrem na região abdominal ventral e na face interna dos membros pélvicos (7,22). Esta sín-drome deve ser distinguida dos melanocitomas (23).

Os diagnósticos diferenciais de papilomas em cães domésticos incluem ceratoacantoma e corno cutâneo (6,7), acantose papilada, carcinoma de células escamosas, hiperplasia sebácea nodular e ceratose liquenóide (23).

As condutas terapêuticas em casos de papilomas cutâneos incluem excisão cirúrgica, criocirurgia, eletro-cirurgia e observação sem tratamento (1,6,7). Nos casos de papilomatose viral canina, embora as lesões regri-dam totalmente em poucos meses, muitas vezes o trau-ma constante as torna ulceradas e hemorrágicas, o que dificulta muito a alimentação e pode levar à caquexia.

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Em tais situações, muitos proprietários chegam a solici-tar eutanásia (18).

Relato de Caso

Um exemplar de cachorro-vinagre (Speothus venaticus) macho com idade de seis anos, pertencente ao plantel do Zoológico de Curitiba – PR, foi anestesiado pela adminis-tração intramuscular da associação de cetamina, xilazina e atropina, para avaliação clínica geral.

Ao exame físico foram encontrados tumores localiza-dos em ambos os lados da face, especialmente ao redor das narinas, nos lábios e sob o olho direito (Figuras 1 a 3). Essas lesões mediam 0,4 a 2,0 cm de diâmetro e até 0,5 cm de altura, e foram removidas cirurgicamente.

Amostras foram conservadas em solução de formol a 10% e submetidas a exame histopatológico. A avaliação microscópica mostrou que a epiderme apresentava hiper-plasia irregular endo e exofítica com formações papilifor-mes curtas e irregulares, além de ortoqueratose compacta.

A camada granulosa da epiderme exibia grânulos de queratohialina irregulares e grosseiros, sugestivos de causa viral (Figura 4). Os queratinócitos proliferados não apresentavam sinais importantes de atipia, e a derme subjacente apresentava edema e infiltrado inflamatório misto, em padrão perivascular a difuso.

As lesões macroscópicas e microscópicas possibilita-ram o diagnóstico de papilomatose cutânea.Figura 1 - Imagem fotográfica de um exemplar macho de

cachorro-vinagre (Speothus venaticus), com idade de seis anos, pertencente ao plantel do Zoológico de Curitiba, Paraná, anestesiado pela associação de cetamina, xilazina e atropina, apresentando papilomatose cutânea na face esquerda.(Fotografia: José Ricardo Pachaly)

Figura 2 - Imagem fotográfica do mesmo exemplar macho de cachorro-vinagre

Figura 3 - Imagem fotográfica do mesmo exemplar macho de cachorro-vinagre (Speothus venaticus) mostrado nas Figuras 1 e 2, apresentando papilomatose cutânea na face direita.(Fotografia: José Ricardo Pachaly)

Figura 4 - Fotomicrografia da pele de um exemplar macho de cachorro-vinagre (Speothus venaticus Lund,1842), com idade de seis anos, pertencente ao plantel do Zoológico de Curitiba, Paraná. Existe proliferação papiliforme exofítica dos queratinócitos da epiderme acompanhada de ortoqueratose compacta, e a camada granulosa exibe grânulos de queratohialina irregulares e grosseiros, que sugerem causa viral (Hematoxilina de Harris e Eosina, Aumento de 400x).(Fotografia: Juliana Werner)

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Discussão e Conclusão

As neoplasias de pele e do tecido subcutâneo são as mais freqüentes em cães domésticos, sendo a papi-lomatose cutânea um neoplasma epitelial benigno co-mum na rotina clínica dermatológica (5,6,7,8,10,11,13,12,13,14,17,19). A prevalência de neoplasias cutâneas em mamíferos selvagens, entretanto, ainda é pouco relata-da e estudada, existindo enorme lacuna na literatura especializada.

Neste caso, a abordagem clínica, laboratorial e tera-pêutica do papiloma cutâneo tradicionalmente aplica-da ao cão doméstico (Canis familiaris) foi seguida para o canídeo selvagem Speothus venaticus (cachorro-vina-gre), possibilitando diagnóstico conclusivo e resposta terapêutica adequada.

O presente artigo relata o primeiro caso de papi-lomatose cutânea em um espécime adulto de cachor-ro-vinagre (Speothus venaticus), canídeo neotropical ameaçado de extinção, contribuindo com o estudo das enfermidades cutâneas dos animais selvagens. Além disso, resgata um caso diagnosticado originalmente em 1995, e apresentado em 1998 no XVI Congresso Pana-mericano de Ciências Veterinárias, realizado em Santa Cruz de La Sierra, Bolivia (24).

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Recebido para publicação em: 29/04/2012.Enviado para análise em: 25/05/2012.Aceito para publicação em: 11/06/2012.

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