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Partilhar o pão para que as juventudes tenham vida.
Rede Cáritas na ação com Juventudes
“Não podemos deixar de falar daquilo que vimos e ouvimos”.
O que nos motiva a estar aqui hoje e apresentar alguns elementos sobre a realidade da juventude na América Latina, Caribe e na Rede Cáritas, é a memória do que vivemos durante o Encontro Internacional de Jovens da Cáritas e a Jornada Mundial da Juventude.
Concepções de juventudes e dados da realidade.
Queremos partilhar com a CORE alguns elementos da conjuntura social, política, eclesial e econômica que refletimos no Brasil no mês de julho. E esperamos que esse diálogo possa fortalecer a atuação da Cáritas com as juventudes.
Falar dos/das jovens na América Latina e Caribe implica reconhecer mundos diversos e multifacetados onde esses sujeitos vivem e se relacionam. Vivemos num continente diverso, marcado por desigualdades sociais, assimetrias de poder e de acesso aos direitos humanos. Nesse contexto diversificado, fazemos a opção pelo termo “juventudes”, numa tentativa de apreender as diferentes formas de ser e viver dos/das jovens, bem como os lugares em que eles estão inseridos.
Na América Latina vivem, de acordo com recente pesquisa do OIJ, 150 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos. Para a ONU, os sujeitos que estão inseridos nessa faixa etária são considerados jovens.
Os jovens na América Latina vivem como estudantes, trabalhadores/trabalhadoras e também desempregados. Existem jovens que trabalham em atividades domésticas, mas não recebem nenhuma remuneração. São jovens das zonas rurais e também jovens que vivem nas periferias das regiões metropolitanas, pertencentes a grupos étnicos e raciais, membros de movimentos sociais.
Segundo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 10 milhões de jovens estão desempregados na América Latina; 22 milhões de jovens não estudam e mais de 30 milhõesque trabalham na informalidade ou em condições precárias. Entre todos os desempregados latino americanos, 46% são jovens.
“La condición juvenil contemporânea atraviesa por la ya famosa serie de contradicciones que los hace ciudadanos de um mundo globalizado por médio de la tecnologia, el conocimiento y la inovación pero a la vez atados em lo local por las desigualdades, discriminaciones y exclusiones de nuestras sociedades polarizadas.” (Encuesta Iberoamericana de Juventud, OIJ, 2013).
Alguns paradoxos das juventudes latino-americanas: (CEPAL – OIJ, 2004).
Possuem mais acesso a educação e menos acesso ao emprego.
Gozam de mais acesso a informação e menos acesso ao poder.
Tem muitos expectativas de autonomia e menos opções para materializá-la.
São mais propícios a mobilidade, mas são mais afetados pelas trajetórias migratórias incertas.
São mais aptos para as mudanças produtivas, mas são excluídos deste processo.
Ocupam lugar ambíguo entre receptores de políticas e protagonistas de mudanças.
Estão confrontados entre a autodeterminação e o protagonismo por uma parte, e por outra pela precariedade e desmobilização.
2011:
2011:Jornada Mundial da Juventude – delegação de 5 jovens da Cáritas Brasileira.
2011: IV Congresso da Cáritas Brasileira: Carta compromisso.
“Cáritas teu rosto é jovem também”
2012:
Reunião do Coletivo de Jovens da Cáritas Brasileira: apontamentos para um planejamento na ação com juventudes
Composição do Grupo de Trabalho de Juventudes: 4 jovens e 1 referência do Secretariado Nacional.
Realização de Seminários Regionais. Participação de uma delegação de
jovens na Cúpula dos Povos \ Rio+20.
2013:
Cáritas Brasileira assume o apoio a Campanha contra a Violência e Extermínio de Jovens.
2013: Encontro Internacional de Jovens da Cáritas: 100 jovens da América Latina
“Partilhar o Pão para que as Juventudes tenham Vida”
Brasil, Colômbia, Argentina, Uruguai, Honduras, Costa Rica, México, Haiti, El Salvador.
2013:
Semana Missionária em Belo Horizonte: 50 jovens.
Participação de Monsenhor Pierre Dummas (Haiti) e Monsenhor Gregório Rosa Chavez (El Salvador)
Jornada Mundial da Juventude, Rio de Janeiro: Delegação com 50 jovens de Cáritas.
2013:
JMJ: Encontro com Cardeal Oscar Andrés Rodrígues Maradiaga, bispo de Honduras e presidente da Caritas Internationalis:
“Precisamos que os corações ardam e que se diga que vale a pena ser um jovem da Cáritas.”
2013:
JMJ: Participação na Tenda das Juventudes.
JMJ: Participação na Marcha Mundial contra a Violência e Extermínio de Jovens.
JMJ: Participação nos atos centrais da JMJ: Chegada do Papa, Via Sacra, Vigília, Missa de encerramento.
2013:
XIX Assembléia da Cáritas Brasileira: Discussão do tema: Infância, adolescência e juventude
Formação, Parcerias, Participação, Ação contra violência.
Ação da Cáritas com as juventudes:
Reconhecer que no âmbito da Igreja na América Latina e Caribe já existem outros movimentos e pastorais juvenis. Destacamos a Pastoral Juvenil Latino Americana (PJ).
PJ Latino Americana está vivenciando um processo de revitalização. 2011 – 2015.
Precisamos apoiar e estar presente nas ações da PJ Latino Americana, mobilizando e participando de seus movimentos.
Miramos, porém, que muitos jovens buscam na Cáritas elementos que não são tão fortes no trabalho da PJ latino Americana: o acompanhamento direto às comunidades, grupos de Economia Solidária, agricultores, mulheres, crianças e jovens e outros. Além disso, a missão e identidade da Cáritas motivam muitos jovens.
Pistas para a ação da Cáritas:
Reconhecer a presença dos jovens como sujeitos nas ações da Cáritas;
Processos de formação com os jovens que estão nas oficinas diocesanas, regionais e nacionais;
Criar espaços nacionais, regionais e internacionais para formação e articulação dos/das jovens da Cáritas;
Envolver os jovens nos espaços de gestão e deliberação na Rede Cáritas;
Fomentar nos jovens o exercício da Caridade e da Solidariedade Libertadora;
Grupo de Trabalho de Juventudes na Cáritas da América Latina.