8
IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO Nº 9912152106 ECT/DR/DF ABEn - Assoc. Bras. de Enf. ACF CONIC - STO: 10900586 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA ABEn participa do Congresso do CIE em Durban (África do Sul) Pág. 6 Presidente da ABEn/CE detalha o 61º CBEn Pág 8 SENABS discute Atenção Básica à Saúde Pág 8 Parto humanizado ABEn e ABENFO defendem humanização do atendimento às mulheres como forma de redução da mortalidade materna e neonatal Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, diz que a Enfermagem é fundamental para o SUS Entrevista Uma Publicação da Associação Brasileira de Enfermagem Ano 52 - Nº 03 Jul/Ago/Set de 2009 Brasília/DF/Brasil ISSN 1984-9761

Parto humanizado - ABEn Nacionalabennacional.org.br/download/Jornal_ABEn_A52_N3.pdf · Parto humanizado ABEn e ABENFO ... O Enfermeiro vem assumindo papel estratégico e catalisador

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Parto humanizado - ABEn Nacionalabennacional.org.br/download/Jornal_ABEn_A52_N3.pdf · Parto humanizado ABEn e ABENFO ... O Enfermeiro vem assumindo papel estratégico e catalisador

IMPRESSO ESPECIALCONTRATO Nº 9912152106

ECT/DR/DFABEn - Assoc. Bras. de Enf.

ACF CONIC - STO:10900586

DIS

TRIB

UIÇ

ÃO G

RATU

ITA

ABEn participa do Congresso do CIE em Durban (África do Sul) Pág. 6

Presidente da ABEn/CE detalha o 61º CBEnPág 8

SENABS discute Atenção Básica à Saúde Pág 8

Parto humanizado ABEn e ABENFO defendem humanização do atendimento às mulheres como forma de redução da mortalidade materna e neonatal

Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, diz que a Enfermagem é fundamental para o SUSEntrevista

Uma Publicação da Associação Brasileira de EnfermagemAno 52 - Nº 03

Jul/Ago/Set de 2009Brasília/DF/Brasil

ISSN 1984-9761

Page 2: Parto humanizado - ABEn Nacionalabennacional.org.br/download/Jornal_ABEn_A52_N3.pdf · Parto humanizado ABEn e ABENFO ... O Enfermeiro vem assumindo papel estratégico e catalisador

2

Agenda da Presidente

É notória a trajetória histórica da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) de participação na construção téc-nico-científica, ética, política e social em prol da Enfermagem e da conquista de melhoria da qualidade de vida e

dos serviços de saúde/enfermagem para a população brasileira. Em especial, a ABEn tem contribuído sobremaneira para o processo de implementação e fortalecimento do Sistema Único de Saúde(SUS). O Seminário Nacional de Diretrizes de Enfermagem na Atenção Básica em Saúde (SENABS), em sua segunda edição, caracteriza-se por ser um evento da ABEn para discussões e propostas sobre a atuação da Enfermagem na Estratégia de Saúde da Família (ESF). O evento busca destacar as contribuições da profissão, respaldando a necessidade de se ampliar e valorizar as ações da Atenção Básica em Saúde.

A reorganização do modelo de atenção à saúde, com base nos princípios do SUS, ainda se constitui um desafio para todos os atores envolvidos em sua construção e a ESF apresenta-se como estratégia técnica e política para este processo. Entretanto, a reversão do modelo de atenção depende da superação de vários obstáculos relacionados aos espaços da macro e da micro-política setorial, exigindo mudanças nos modos de produção do cuidado à saúde, onde o processo de trabalho é um dos pontos críticos e a integralidade. Nesse sentido, a atuação em equipe multi-profissional se coloca como um dos elementos chaves.

O Enfermeiro vem assumindo papel estratégico e catalisador na equipe de trabalho. Isso possibilita maior criati-vidade e autonomia no desenvolvimento das competências, precisando, cada vez mais, definir suas especificidades e responsabilidades. Para tanto, a ABEn investe no desenvolvimento de projeto científico e político com vistas à construção de uma terminologia brasileira de Enfermagem - ferramenta de sistematização da prática - e à capacita-ção profissional para sua utilização.

Também são enormes os investimentos para a melhoria das condições de vida e trabalho para os profissionais da Enfermagem. É prioritária a luta das organizações de Enfermagem, com o apoio integral da categoria, para a aprovação do Projeto de Lei 2295/2000, que regulamenta a jornada dos trabalhadores de Enfermagem para 30 ho-ras semanais. A proposta também busca humanizar o trabalho e minimizar o desgaste físico e mental.

A ABEn reitera a necessidade urgente de se discutir e fortalecer “agora mais do que nunca” a Atenção Básica à Saúde, com vistas a avançar na (re)orientação da formação dos profissionais de saúde/enfermagem. Lutamos pela reversão do modelo de atenção, implantação da Política Nacional de vPromoção da Saúde e a qualificação do Pacto pela Saúde, conquista da regulamentação da Emenda Constitucional 29 e fortalecimento do controle social.

Maria Goretti David LopesPresidente

A ABEn reforça investimento na Atenção Básica à Saúde

Estimada Presidente da ABEn Nacional, Maria Goretti Lopes,

É com muita satisfação que tomo ciência do Presidente da ABEN-FO Nacional, Prof. Dr. Valdecyr Herdy Alves, de sua diligência tão com-petente e acertada no CISMU. Esta medida dignifica a profissão, na defesa do ensino e prática das Enfermeiras Obstetras, uma área que, no momento, precisa de uma visibilidade política e social de acordo como nosso compromisso, na defesa dos direitos de cidadania. Por esta razão, parabenizo e registro meu reconhecimento a tão digna Presidente da ABEn Nacional, esta Associação à qual na minha gestão como Presidenta da ABENFO Nacional em 1997 vinculamos nossa Entidade.

Saudações Universitárias,Profa. Dra Maria Antonieta Rubio TyrrellDiretora da EEAN/UFRJPresidenta da ALADEFE/UDUAL

Prezada Secretária Geral da ABEn, Simone Peruzzo,

Agradeço o envio dos Jornais n” O 1 e 02/2009 da Associação Brasileira de Enfermagem - ABEn. Quero parabenizar essa renomada Associação pela edição e publicação de tão riquíssimo material, no qual solicita o empenho do Congresso Nacional na aprovação do Projeto de Lei n° 2.295/2000, que “Dispõe sobre a jornada de trabalho dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, alterando a Lei n° 7.498, de 1986, fixa a jornada de trabalho em seis horas diárias e trinta horas semanais”.

Informo que estarei apresentando o meu voto de aprovação ao referido projeto no momen-to de sua apreciação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputa-dos, da qual sou membro titular.

Congratulo a todos da Associação Brasileira de Enfermagem e coloco-me inteiramente à disposição de Vossa Senhoria para lhe atender nos assuntos de interesse da ABEn dentro do Congresso Nacional.

Vital do Rêgo FilhoDeputado Federal do PMDB/PB

Expediente Editorial

Cartas

1 Oficina de trabalho – PL 2.295/2000 - Reunião no Departamento de Gestão e Regulação do Trabalho na Saúde do Ministério da Saúde - Sede MS

3 e 4 Encontro da Enfermagem - Cuiabá – MT

8 Reunião do Fórum Nacional de Entidades de Trabalhadores na Saúde – FENTAS - Brasília

09 e10 201ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde – CNS - Brasília

11 Profissionais de Enfermagem e COREN Goiás: Um Encontro - Goiânia – GO

Setembro 2009

2

DirEtOriA ABEN 2007 – 2010

Maria Goretti David Lopes PRESIDENTE

Simone Aparecida Peruzzo SECRETÁRIA GERAL

Telma Ribeiro Garcia PRIMEIRA SECRETÁRIA

Regina Coeli Nascimento de Souza TESoUREIRA

Maria Madalena Januário Leite DIREToRA DE EDUCAção

Maria José Moraes Antunes DIREToRA DE ASSUNToS PRoFISSIoNAIS

Rosalina Aratani Sudo DIREToRA CIENTíFICo-CULTURAL

Jussara Gue Martini DIREToRA DE PUBLICAçõES E CoMUNICAção SoCIAL

Ivone Evangelista Cabral DIREToRA Do CEPEN

CONsElhO FisCAl

Maria José Fernandes Torres Nilton Vieira do Amaral Ângela Maria Alvarez

SUGESTõES DE PAUTA E oBSERVAçõES:[email protected]

Tiragem: 6 mil exemplares

Coordenação Editorial: Evidência Consultoria e Comunicação

Jornalista Responsável: Larissa Meira

MT 5133/14/124/DF

Redação:Carolina Marócolo

Julita Kissa

Criação e Diagramação: Duo Design (61) 3045-4577

Impressão: Athalaia Gráfica

14 Reunião Pesquisa da Enfermagem no Brasil - Rio de Janeiro

15 Audiência Pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados – DF

16 e 17 Câmara Técnica de Regulação do Trabalho na Saúde CRTS - Brasília

18 Homenagem a Marcos e Edma Valadão - 10 anos sem Justiça - Rio de Janeiro

23 Reunião com Conselho Federal de Enfermagem - Brasília

29 Abertura do 12º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF) - Expominas – Belo Horizonte – MG

Page 3: Parto humanizado - ABEn Nacionalabennacional.org.br/download/Jornal_ABEn_A52_N3.pdf · Parto humanizado ABEn e ABENFO ... O Enfermeiro vem assumindo papel estratégico e catalisador

3

Entrevista

“Precisamos cuidar bem de quem cuida das pessoas”Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ressalta a necessidade de investimento no profissional da Enfermagem, considerado por ele como peça fundamental para efetivação das políticas públicas da área

permitirá também melhorar a remuneração daqueles que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde. O objetivo, neste momento, é realizar um grande esforço, que depende muito da contribuição dos profissionais da área, para que a EC 29 seja aprovada neste semestre no Congresso Nacional.

JornalABEn: Quais os investimentos feitos para a valorização dos trabalhadores da saúde?

temporão: O Ministério da Saúde tem uma secre-taria específica para cuidar da gestão do trabalho e da educação em saúde. Um exemplo é a reinstalação da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS e seu funcionamento ininterrupto desde 2003.

Temos trabalhado também na formulação de dis-positivos que identificam, reconhecem e estimulam o trabalho em saúde. Considero a desprecarização dos vínculos de trabalho condição essencial para a melhoria das relações de trabalho no SUS. O provimento de pes-soal sem a observância dos aspectos legais e constitu-cionais coloca a gestão de saúde em situação débil.

A nossa Política Nacional de Humanização apresenta em um dos seus pilares a importância de “cuidar do cuida-dor”, de todas as formas. Precisamos cuidar bem de quem cuida das pessoas, para que a política seja completa.

JornalABEn: Como avalia o trabalho da Enfer-magem no SUS?

temporão: É nítida a evolução técnica e científica da enfermagem ao longo dos anos. Isso aconteceu sem que a enfermagem se fragmentasse em diversas espe-

No comando da saúde pública do Brasil desde 2007, o ministro José Gomes Temporão tem longa

trajetória acadêmica dedicada à medicina. É especia-lista em Doenças Tropicais, mestre em Saúde Pública e doutor em Medicina Social. A preocupação com a democratização do acesso às políticas de combate e prevenção às doenças é rotina no trabalho como Mi-nistro da Saúde. Temporão quer mobilizar o Congresso Nacional pela aprovação da Emenda Constitucional 29, que adiciona cerca de R$ 15 bilhões à rede pública por ano. “Em um sistema de saúde como o SUS, com um forte componente de atenção primária, o trabalho da Enfermagem é fundamental”, ressaltou o ministro, du-rante entrevista exclusiva para o Jornal ABEn.

JornalABEn: O senhor acredita na regula-mentação da Emenda Constitucional 29 ainda em 2009?

José Gomes temporão: Se por um lado temos avançado bastante desde que conseguimos criar um sistema de saúde disponível à totalidade da população brasileira, deparamo-nos com fragilidades evidentes. Apenas para dar um exemplo, em 2005, a despesa de consumo final com bens e serviços de saúde foi de R$ 171,6 bilhões (8,0% do PIB). Desse total, as famílias gastaram R$ 103,2 bilhões e a administração pública gastou somente R$ 66,6 bilhões.

É evidente que esse subfinanciamento crônico coloca obstáculos à ampliação da cobertura. Uma das soluções para o problema está no Congresso Nacional: a regulamentação da Emenda Constitucional 29. Isso nos

cialidades e áreas de atuação, o que fez com que fosse preservada uma visão integral do ser humano. Em um sistema de saúde como o SUS, com um forte compo-nente de atenção primária, o trabalho da enfermagem é fundamental. No Brasil, é fácil perceber a contribuição da enfermagem para a construção do Sistema Único de Saúde. Trata-se de uma área que dá sustentabilidade à Estratégia de Saúde da Família. São profissionais que trabalham incessantemente pela garantia do princípio da integralidade e das linhas de cuidados nas políticas e ações de promoção, prevenção e reabilitação.

A enfermagem é uma categoria de destaque, não apenas numérico, mas também por sua notória qualificação. A enfermagem de nível médio mobilizou uma agenda política que culminou com a formação de 181.362 auxiliares e 75.767 técnicos de enfermagem.

JornalABEn: A que o senhor atribui o cresci-mento significativo de cesarianas no Brasil?

temporão: O Ministério da Saúde está absoluta-mente empenhado na redução do número de cesáreas desnecessárias. É importante alertar sempre sobre os riscos de complicações e morte decorrentes destas cirurgias. Em diversas situações, há um desrespeito pelo papel da mulher nesse processo, com a prevalência de convicções pessoais do profissional assistente, nem sempre baseadas nas melhores evidências científicas.

Para as mães, a cesárea desnecessária representa chances maiores de hemorragia, infecções no pós-parto e recuperação mais difícil. Para o bebê, mais chances de desenvolver problemas respiratórios agudos e ne-cessidade de internação. Finalmente, para o sistema de saúde, resulta em custos mais elevados.

JornalABEn: De que forma o governo tem incentivado o parto normal? Como a Enfermagem pode colaborar ?

temporão: Embora no Brasil a taxa de mortalidade infantil venha mantendo tendência contínua de queda desde 1990, precisamos avançar mais. Somente neste ano, estamos investindo R$ 110 milhões em ações para qualificar a atenção ao pré-natal, ao parto e ao recém-nas-cido. São diversas as ações desenvolvidas no SUS para re-duzir as cesáreas desnecessárias. Devemos chegar ao final de 2009 com 580 profissionais médicos e enfermeiros que atuam em hospitais do SUS qualificados por meio de um curso de urgências e emergências obstétricas, classifica-do como um dos mais completos do mundo. O Programa Trabalhando com Parteiras Tradicionais também permitiu que sensibilizássemos 736 gestores e profissionais de saú-de para reconhecer nas parteiras tradicionais parceiras na atenção à saúde da comunidade.

JornalABEn: Após a avaliação do PROFAE, o Mi-nistério da Saúde prevê a continuidade do programa?

temporão: Seguir realizando a complementação profissional dos atuais auxiliares para técnicos de enfer-magem é um desafio. Reconhecemos que não é tarefa simples dar conta do atendimento a mais de 300 mil trabalhadores. Mas nos orgulhamos do PROFAE.

Roosewelt Pinheiro/ABr

Page 4: Parto humanizado - ABEn Nacionalabennacional.org.br/download/Jornal_ABEn_A52_N3.pdf · Parto humanizado ABEn e ABENFO ... O Enfermeiro vem assumindo papel estratégico e catalisador

4

Obstetrícia

Profissionais de Enfermagem defendem parto humanizadoDados do Ministério da Saúde mostram que o aumento da mortalidade materna está vinculado ao crescimento da quantidade de cesarianas. A propagação do parto normal é apontada como alternativa para reduzir o índice. Tema foi debatido durante o VI Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal

A Organização das Nações Unidas (ONU) definiu como meta dos Objetivos do Milênio a redução de 75% da mortalidade

materna no Brasil até 2015. Normas e diretrizes implantadas para a humanização do parto, ao longo dos 20 anos do Sistema Único de Saúde (SUS), têm contribuído para a redução. Entretanto, dados do Ministério da Saúde revelam a dificuldade de alcançar a proposta da organização internacional. Em 2005, a razão de mortalidade materna (RMM) foi de 74,7 óbitos por 100 mil bebês nascidos vivos. Uma agravante é o aumento expressivo de cesarianas realizadas no País. Na contramão do crescimento de partos cirúrgicos, que causam mais mortes, a Associação Brasileira de Obstetrizes e En-fermeiros Obstetras (ABENFO) mobilizou profissionais da área para defender o parto humanizado.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a mor-te materna é aquela provocada por problemas ligados à gravidez

ou por ela agravados, no período da gestação ou até 42 dias após o parto. Segundo estimativa da OMS, são registrados 585 mil faleci-mentos desta natureza por ano. Ou seja, uma morte materna a cada minuto. No Brasil, a criação do Pacto pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, em 2004, provocou avanços significativos. Entre eles, a implantação de mecanismos para prevenção, como os Comitês de Mortes Maternas, as políticas de humanização do parto e a obtenção de dados mais precisos sobre as causas dos óbitos maternos. A ampliação da cobertura dos exames pré-natal no País é outro dado positivo. Quase 100% (99%) das mulheres brasileiras tiveram acesso ao pré-natal em 2006, contra 86% em 1996.

Apesar dos progressos, dados do Ministério da Saúde mostram que a meta da ONU é audaciosa: as cesáreas causam 3,7 vezes mais óbitos que o parto normal. O Brasil apresenta a maior taxa mundial deste tipo de cirurgia, sendo que 70% dos partos realizados em

Com incentivo do Governo Federal e o apoio de entidades da Saúde, as Casas de Parto oferecem atendimento humanizado às parturientes: o objetivo é reduzir a morte materna e neonatal

4

Page 5: Parto humanizado - ABEn Nacionalabennacional.org.br/download/Jornal_ABEn_A52_N3.pdf · Parto humanizado ABEn e ABENFO ... O Enfermeiro vem assumindo papel estratégico e catalisador

5

Maria Goretti, presidente da ABEn Nacional, defende a participação e qualificação do profissional de Enfermagem para propagação do parto humanizado

Dados do Governo

Em 2001, foram realizados 2,4 milhões de partos

Partos Cesareanos:

- 603 mil- 325 mulheres morreram após a cesárea

Parto Normal:

- 1,8 milhões - 257 mulheres morreram após o parto

Comparação:

- A cada 100 cesáreas, morreram

53,8 parturientes

- A cada 100 mil que tiveram parto

normal, morreram 14,2 mulheres

hospital públicos são cesáreas. Nos privados, a média sobe para 90%. Nos últimos anos, o País tem conseguido reduzir os índices nos hospitais da rede do SUS. Mas apesar da diminuição, a taxa bra-sileira ainda não atingiu o limite máximo de 20% recomendado pela OMS para os países da América Latina. Ainda de acordo com a organização, apenas 15% necessitam de intervenção cirúrgica ou de medicamentos. Os 85% restantes, com pré-natal de qualidade, poderiam ser partos normais.

Nas últimas décadas, o Brasil viveu uma al-teração cultural na concepção do parto, com a substituição da casa pelo hospital, da parteira pelo médico, com a incorporação de avanços tecnológicos e a crescente utilização de interven-ções desnecessárias decorrentes das cirurgias de cesáreas. Profissionais de saúde passaram a observar a gestação e o parto como patologias, e não, processos fisiológicos. O conceito, porém, foi arduamente defendido durante o VI Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal (COBEON), realizado na cidade de Teresina (PI), em junho deste ano. Ao final do evento, foi elaborada a Carta de Teresina, um manifesto pelo parto normal humanizado e pelo direito de informação e de escolha. O documento convida a sociedade a lutar pela transformação do modelo intervencionista de assistência ao parto.

Promovido pela ABENFO, o congresso reuniu aproximadamente 1.115 profissionais favoráveis à ideia de que, no momento do nascimento, a mu-lher deve ser a protagonista. A proposta consiste em oferecer à mãe a autonomia para escolher o tipo de parto, quem a assiste e onde quer que seu filho nasça. Modelos de atenção ao parto e nas-cimento menos intervencionistas e baseados no acompanhamento da mulher, no estímulo à sua participação ativa e no suporte emocional têm sido implantados, no País, na tentativa de retomar

a fisiologia do parto. As Casas de Parto são bons exemplos de centros de parto normal. Elas surgi-ram como uma possibilidade de resgatar a per-cepção do nascimento como um processo biop-sicossocial e espiritual, e não, um ato médico. “São ambientes acolhedores que estimulam a partici-pação da família e, em especial, do companheiro. São aspectos que tranquilizam a mãe e favorecem o nascimento do bebê”, ressaltou a presidente da Associação Brasileira de Enfermagem ABEn, Maria Goretti David Lopes.

NAS MãoS DE ENFERMEIRAS

No dia 04 de junho deste ano, uma decisão da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro revoltou profissionais da Enfermagem. Ela determinou que a vigilância sanitária fechasse a Casa de Parto David Capistrano Filho sob a alegação de que, no local, não atuavam médicos. No entanto, a legislação de-termina a obrigatoriedade apenas de profissionais da Enfermagem. O espaço, que funciona desde março de 2004, já realizou 1350 partos, 820 consul-tas de pré-natal por mês e organizou 116 grupos educativos com gestantes. Após considerar essas e outras questões, o Conselho Nacional de Saúde, em reunião ordinária realizada nos dias 08 e 09 de julho de 2009, aprovou a moção de apoio referente à abertura definitiva da Casa de Parto David Capis-trano Filho.

Segundo a presidente da Associação Brasileira de Enfermagem do Rio de Janeiro (ABEn-RJ ) e diretora do Hospital Maternidade Carmela Dutra, Iraci do Carmo França, o Mistério da Saúde regula-mentou a criação de casas de parto a fim de reduzir o número de cesáreas. “Com a diminuição de in-tervenções desnecessárias, consequentemente há uma redução da morbidade de mães e bebês”, declara Iraci. A OMS recomenda que o parto ocorra

no local em que a mulher se sinta segura, em um ambiente onde toda a atenção e cuidados estejam concentrados nas necessidades e segurança da parturiente e de seu bebê (OMS, 1996).

Em 2003, Adriana Tanese Nogueira optou por ter a filha em casa após pesquisar alguns livros so-bre o assunto. “A vantagem do parto humanizado é que você é quem dá à luz em vez de ser induzida, manipulada, monitorada. Foi a experiência mais linda e extraordinária que tive na vida”, relata. Com o sucesso do parto domiciliar, Adriana fundou a ONG Amigas do Parto, que tem como meta orien-tar os envolvidos na parturição. “Se por um lado as questões técnicas da humanização começam a ser mais conhecidas, aquelas humanas ainda são desconhecidas. É preciso saber lidar com as fortes emoções que o parto suscita em mulheres e profis-sionais”, defende.

Para a coordenadora de Ações Técnicas do De-partamento de Gestão da Educação da Saúde, do Ministério da Saúde, Clarice Ferraz, a mortalidade neonatal e mortalidade materna é um problema de saúde pública que merece ser tratado com dignida-de e seriedade. “Nós precisamos ter relevância téc-nica e elaborar proposta para qualificação da saúde familiar e materna com terapias intensivas”, alerta. “A ABEn tem uma relação histórica com o Ministério da Saúde. A interlocução da associação tem gerado grandes lutas e, neste momento de luta por meno-res taxas de mortalidade, não poderia ser diferente”, analisa. “A ABENFO foca na questão da obstetrícia em si. É uma parceira na dimensão política, cultura e técnica”, conclui Clarice.

Page 6: Parto humanizado - ABEn Nacionalabennacional.org.br/download/Jornal_ABEn_A52_N3.pdf · Parto humanizado ABEn e ABENFO ... O Enfermeiro vem assumindo papel estratégico e catalisador

6

Durante o lançamento da Classificação Interna-cional da Prática de Enfermagem CIPE® Versão 2.0, a Presidente da ABEn, Maria Goretti, aproveitou o encontro com a diretora e coordenadora do Progra-ma CIPE®, Amy Coenen e à Claudia Bartz, respectiva-mente, para convidá-las a participar do 10º Simpósio Nacional de Diagnóstico de Enfermagem (SINADEn). Elas receberam bem o convite e deverão vir a Brasília em maio de 2010 para falar sobre o desenvolvimento atual do programa e sobre os Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da CIPE® creditados pelo Conselho Internacional de Enfermeiras.

A CIPE é um programa do Conselho Internacional de Enfermeiras, que representa o trabalho de enfermei-ros e outros especialistas nos últimos 20 anos. Trata-se de uma ferramenta que facilita a comunicação entre profis-sionais da área de saúde/enfermagem e governantes.

Representação

Parcerias que enriquecem a categoria

O documento intitulado “Brasil: uma nova rela-ção institucional entre o Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN) e a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn)” selou a reaproximação entre as duas organizações nacionais que representam os profissionais da área. Durante o encontro do Conse-lho de Representantes Nacionais (CRN), o conselhei-ro do COFEN, Gelson Albuquerque, entregou o texto a todos os representantes das associações filiadas ao Conselho Internacional de Enfermeiras (CIE). O even-to, ocorrido em Durban (África do Sul), em junho, contou com a presença das diretoras da ABEn, Maria Goretti David Lopes, Jussara Gue Martini, Simone Pe-ruzzo , Telma Ribeiro Garcia, as presidente da Seção-PR, Carmem Moura dos Santos, e da Seção-PB, Maria Miriam Lima da Nóbrega.

A reaproximação entre as entidades brasileiras é abordada no documento assinado pelo presidente

ABEn e CoFEN juntos pela EnfermagemLideranças internacionais da Enfermagem tomaram conhecimento, durante Congresso do CIE, da reaproximação entre as organizações representativas da categoria no Brasil

do COFEN, Manoel Carlos Neri da Silva. Há 12 anos, o conselho retirou da ABEn o assento no CIE, o que deu início a uma relação conflituosa entre as entidades. O documento representa o registro formal da nova relação e foi distribuído aos 95 países presentes na reunião, com versões em língua inglesa e espanhola.

Segundo a presidente da ABEn, Maria Goretti, a iniciativa foi extremamente importante para esclarecer as lideranças internacionais. “Elas têm, inclusive, condi-ções de contribuir com o Conselho Inter-nacional de Enfermeiras na implantação de um novo modelo de filiação, que garanta a ampla representatividade e, ao mesmo tempo, respeite a opção de cada País”, salientou Maria Goretti.

Maria Goretti e Jussara, da ABEn Nacional, Maria Miriam da ABEn-PB, Marcia do CoFEN e Carmen da ABEn-PR comemoram parceria

A participação da Presidente da ABEn no Con-gresso Quadrienal do Conselho Internacional

de Enfermeiras (CIE) foi fundamental para a conquis-ta da parceria entre a editora Elsesier e a entidade brasileira. Responsável pela publicação da obra “No-tes on Nursing”, lançada durante o evento, a Elsesier aceitou a proposta da ABEn de traduzir e publicar o livro em português.

O livro assinado pelo CIE é um remake da obra de Florence Nightingale publicada há 150 anos, estendendo o seu alcance para a nova geração encarregada de cuidar das pessoas que amam. Caberá à Associação Brasileira de Enfermagem cumprir o compromisso de facilitar o acesso dos profissionais à obra. A entidade pela importância da obra lançará o “Notes on Nursing” o mais breve possível.

Page 7: Parto humanizado - ABEn Nacionalabennacional.org.br/download/Jornal_ABEn_A52_N3.pdf · Parto humanizado ABEn e ABENFO ... O Enfermeiro vem assumindo papel estratégico e catalisador

7

O Conselho Nacional de Saúde (CNS), com repre-sentante dos diversos segmentos sociais, se reúne men-salmente para discutir temas de interesse de todos. As reuniões sempre são transmitidas na íntegra ao vivo, em tempo real pela internet. Quanto mais profissionais da área e usuários dos serviços de saúde acompanhar os encontros, mais preparados estarão para acompanhar as políticas públicas de saúde. A reunião pode ser assistida por todos conselheiros, usuários, gestores ou qualquer cidadão. Basta acessar aos sites relacionados abaixo:

http://www.conselho.saude.gov.br

Atenção! Eleição no CNS dia 25 de novembro

CNS pela internet

A primeira secretária da Associação Brasileira de Enfermagem, Telma Ribei-ro Garcia, representou a ABEn no II Fórum Internacional de Enfermagem, em São Paulo. Ocorrido entre os dias 26 e 29 de maio, o evento homenageou os 70 anos da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). “É uma faculdade antiga, com tradição de ensino, que teve papel importante na formação de profissionais da Enfermagem. Foi uma comemo-ração justa para uma universidade que é referência de ensino de graduação e pós- graduação”, declarou.

De acordo com a primeira secretária da ABEn, os professores que com-põem o quadro do Departamento de Enfermagem primam pela qualidade em educação desde que o curso foi implantado, em 1939, na Escola Paulista de Medicina – atual Universidade Federal de São Paulo. A graduação tem carga horária aproximada de 4 mil horas, distribuídas em quatro anos.

Enfermagem comemora 70 anos da UNIFESP

Ex-presidente da Associação Brasileira de Enferma-gem (ABEn), a maranhense Maria da Graça Simões

Côrte Imperial construiu importante trajetória na área desde 1946, quando ingressou na Escola de Enfer-magem Anna Nery. Formada em 1949, iniciou a vida profissional na Maternidade Carmela Dutra, do SESC Regional Rio de Janeiro. A presidente da ABEn Nacional entre 1975 e 1976 faleceu no dia 25 de junho de 2009.

“É com pesar que a ABEn rende homenagens à sua ex-presidente nacional pelo compromisso e dedica-ção de tantos anos à entidade”, declara a presidente da Associação, Maria Goretti Lopes. “Exemplo disso foi sua participação no 15º SENPE. Maria da Graça ainda se pre-ocupava com as questões da profissão na atualidade e frequentemente apresentava sugestões, comentários e elogios à atual gestão”, acrescenta.

A cidade maravilhosa foi palco da 15ª edição do Seminário Nacional de Pesquisa em Enfermagem

(SENPE). O evento, ocorrido de 8 a 11 de junho no Rio de Janeiro, celebrou os 30 anos do seminário. A realização desta versão ocorreu em parceria com a Seção ABEn Rio de Janeiro, a Faculdade de Enfermagem da Univer-sidade do Estado do Rio de Janeiro e a Escola de Enfer-magem Anna Nery, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, juntamente com as quatro pós-graduações de Enfermagem do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ, UNI-RIO, UERJ, UFF) e o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Aproximadamente 1300 profissionais da área das cinco regiões do País, entre pesquisadores profissionais, em formação e iniciantes participaram do 15o SENPE.

O tema central “Enfermagem: conhecimento, cuidado e cidadania” viabilizou a apresentação de

ABEn se despede de sua presidente, gestão 1975 e 1976, que faleceu em 25 de junho

Maria da Graça Simões Côrte Imperial

Entre 1988 e 1998, Maria da Graça comandou a Unidade de Fiscalização do COREN paulista. Ainda em vida, a ex-presidente da ABEn recebeu diversas homenagens e elogios por sua atuação como enfer-meira assistencial e administrativa. A carreira dela foi dedicada também à docência, nas escolas de Enfer-magem Luiza de Marilac (PUC), Escola Anna Nery (UF) e Faculdade Rachel Haddock Lobo (UERJ).

Na Associação Brasileira de Enfermagem, ocupou a presidência da ABEn Guanabara entre 1965 e 1970, antes de assumir a vice-presidência da ABEn Nacional, em 1973. Em abril de 1975, deu posse à primeira diretoria do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), no Ministério do Trabalho. Maria da Graça Simões Côrte Imperial faleceu em São Paulo.

resultados de pesquisa com impacto sobre a saúde da população, bem como a reflexão e discussão sobre os rumos da produção do conhecimento cientifico e sua aplicação prática para a promoção do bem-estar da população. Durante o evento, os participantes analisa-ram o papel social da pesquisa em Enfermagem e pu-deram refletir sobre as possibilidades de contribuição da produção do conhecimento da área para estabele-cer um espaço de intercâmbio e de socialização.

Foram apresentados 500 trabalhos científicos e quase 350 participantes assistiram aos 18 cursos pré-evento oferecidos sem custo adicional. As sessões de abertura e de encerramento foram conduzidas pela presidente da ABEn, Maria Goretti David Lopes, na pre-sença de autoridades da área de saúde, pesquisa e de organização profissional de Enfermagem.

Homenagem

15º SENPE reúne 1.300 pesquisadores

Maria da Graça durante o 15º SENPE

Produção do conhecimento em Enfermagem foi debatida no RJ

Page 8: Parto humanizado - ABEn Nacionalabennacional.org.br/download/Jornal_ABEn_A52_N3.pdf · Parto humanizado ABEn e ABENFO ... O Enfermeiro vem assumindo papel estratégico e catalisador

8

Brasil e diretores de importantes departamentos do Ministério da Saúde também prestigiaram o seminário. “As representantes do departamento de atenção básica puderam entender os projetos e ver como podem ser colocados em prática”, explicou Maria Goretti. Como resultado, a equipe conseguiu agendar uma reunião no Ministério da Saúde para

Evento

O que fazer com o lixo hospitalar? Como oti-mizar o transporte de órgãos para transplan-

tes? Essas e outras perguntas serão debatidas e respondidas durante o 61º Congresso Brasileiro de Enfermagem (CBEn), que será realizado entre os dias de 7 e 10 de dezembro, em Fortaleza (CE). Promovido pela Associação Brasileira de Enferma-gem (ABEn), o evento tem como principal objetivo discutir a “Transformação Social e Sustentabilidade Ambiental”.

Além do tema central, os participantes po-derão debater outros assuntos como a saúde do idoso, da criança e adolescente, da mulher e do tra-balhador, a violência urbana e o centro cirúrgico. O

cuidado com o ser humano e a atuação do profis-sional de Enfermagem na luta pelo bem estar do paciente também serão questões a ser discutidas durante o congresso.

Esta edição do evento representará uma grande oportunidade para integrar a categoria e promover o compartilhamento de experiências. Será um es-paço aberto para discussão, que contará ainda com palestras e apresentação de projetos desenvolvidos por profissionais de Enfermagem sobre o tema. Realizado pela terceira vez na capital cearense, o Congresso Brasileiro de Enfermagem de 2009 deve manter a marca de seis mil inscritos, número atingi-do no último congresso há dois anos. Profissionais e estudantes interessados em participar têm até o mês de dezembro para efetuar a inscrição no portal da ABEn eventos: www.abennacional.org.br

Durante entrevista ao Jornal da ABEn, a pre-sidente da entidade no Ceará, Samya Coutinho, destacou as expectativas para o 61º Congresso Brasileiro de Enfermagem (CBEn).

JornalABEn: Qual a novidade na organiza-ção do 61º Congresso Brasileiro de Enfermagem?

samya Coutinho: O grande diferencial deste evento é a temática central ”Transformação Social e Sustentabilidade Ambiental”, que, por consti-tuir- se a maior preocupação da atualidade, deverá sensibilizar a categoria.

JornalABEn: Qual a importância do evento acontecer na capital cearense?

samya Coutinho: O Ceará, além de ser pólo de grandes eventos nas mais diversas áreas, no-tabiliza-se pelo espírito acolhedor e receptivo do seu povo. Um Congresso desse porte prestigia os profissionais da Região Nordeste e também gera repercussões positivas para o turismo e comércio estadual. O governo do Estado está ciente da rea-lização do 61º CBEn e disponibilizará todo o apoio necessário.

JornalABEn: O que os participantes podem esperar do 61º CBEn?

samya Coutinho: Serão apresentados temas instigantes para exerício da profissão por meio de conferências, encontros temáticos, mesas redondas e oficinas. Contaremos com os Espaços Paulo Freire (Educação Popular) e Ekober ( Práticas Alternativas de Saúde), I Mostra de Experiências da Enfermagem em Saúde da Família e Oficinas sobre Hanseníase e Saúde da Mulher, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos.

JornalABEn: Como os profissionais de En-

fermagem podem atuar na preservação do meio ambiente?

samya Coutinho: Inicialmente tomando consciência e abraçando a causa. Como educado-res e formadores de opinião na educação da socie-dade, como assistenciais e/ou gerentes na mini-mização dos riscos, na coleta seletiva dos resíduos hospitalares, no destino adequado desses produto e na utilização de matérias biodegradáveis.

A capital pernambucana sediou, entre os dias 20 e 22 de agosto, o 2° Seminário Nacional de Diretrizes para

a Enfermagem na Atenção Básica à Saúde (SENABS). O encontro organizado pela Seção Pernambuco da Asso-ciação Brasileira de Enfermagem (ABEn) reuniu mais de 350 profissionais em torno da discussão sobre o avanço na qualidade e acesso à Atenção Primária/Saúde no Brasil. O tema deste ano foi (Re)Construção de Cenários na Aten-ção Básica em Saúde.

Mesmo com a coincidência de datas entre o evento e a campanha nacional de vacinação, a parti-cipação de profissionais da Enfermagem foi expressi-va. “Havíamos programado para a terceira semana de agosto justamente para não coincidir com a agenda da campanha de vacinação. Mas a data foi alterada de última hora pelo Ministério da Saúde, o que com-prometeu um pouco em termos de público, mas não em termos de resultados”, comemorou a presidente nacional da ABEn, Maria Goretti David Lopes.

Grandes nomes ligados à saúde pública no

61º Congresso Brasileiro debate a Sustentabilidade Ambiental

2° SENABS reúne profissionais em Recife

Mais de seis mil profissionais de Enfermagem devem se reunir em Fortaleza (CE) para discutir a atuação da área de saúde na preservação da vida e construção de um mundo melhor

A anfitriã Samya Coutinho promete vasta programação científica para o Congresso

avaliar as possíveis parcerias. O 2° SENABS apresen-tou temas dos mais variados aspectos por meio de conferências, mesas redondas e discussões com te-mas livres. Foram mais de 17 horas de conferências. “A Enfermagem compreende que o atendimento primário de saúde é a chave para alcançar as metas do SUS”, concluiu a presidente da ABEn.