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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHAGUERA DE SÃO PAULO
Departamento de Engenharia Mecânica
Denis Marin – RA 2164257375
Fernando Vanilto – RA 1094160807
Rafael Pulido – RA 3251573355
Roberto A. Lima – RA 3276572630
José Itamar dos Santos – RA 9248669886
Rogério Seawright – RA 9230621646
Luis C. F. Lima – RA 9213607928
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA PROGRAMA DE CONTROLE AUDITIVO
Alberto Mota Barbosa Junior
SÃO PAULO 2013
Programa de Controle Auditivo
SEGURANÇA DE TRABALHO – ENGENHERIA MECÃNICA Página 2
Sumário
Introdução .............................................................................................................................. 3
Benefícios ............................................................................................................................... 4
Características de Programas Efetivos. ................................................................................ 5
Cinco fases de um PCA ......................................................................................................... 5
1. Educação: ................................................................................................................................... 5
2. Levantamento das áreas de ruído. ........................................................................................... 5
3. Medidas de Engenharia e/ou Administrativas. ....................................................................... 5
4. Proteção Auditiva Individual: .................................................................................................. 6
5. Testes Audiométricos: ............................................................................................................... 6
Organograma do PCA ........................................................................................................... 6
O PCA obedece à seguinte ordenação: ........................................................................................ 6
EPI’s ....................................................................................................................................... 7
Motivando empregados a usar EPI’s........................................................................................... 7
Como criar um Programa de Controle Auditivo PCA ......................................................... 8
O primeiro é conhecer a situação. ................................................................................................ 8
Controlar a correta realização das medições .............................................................................. 8
Elaborar alternativas para reduzir a exposição. ........................................................................ 9
Modelo de solicitação dos resultados da audiometria ................................................................ 9
Controlar e negociar a aplicação de medidas preventivas. ..................................................... 10
Conclusão ............................................................................................................................. 11
Referências Bibliográficas .................................................................................................. 12
Sites de internet ........................................................................................................................... 12
Programa de Controle Auditivo
SEGURANÇA DE TRABALHO – ENGENHERIA MECÃNICA Página 3
Introdução
Linhas gerais no desenvolvimento de efetivo programa de conservação da audição (PCA)
O propósito em implementar efetivo PCA é prevenir perdas auditivas induzidas pelo ruí-
do.
Não existe regulamentação que garanta adequada proteção contra o ruído à população
industrial. Mesmo que esta existisse, só o incentivo para cumprir a regulamentação não se-
ria suficiente para se ter um PCA eficiente.
Na realidade, efetivos PCA só se obtêm quando todos os níveis de uma corporação se
unem para proteger a audição do funcionário. Em anexo, apresentamos o esboço de um
organograma do PCA.
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SEGURANÇA DE TRABALHO – ENGENHERIA MECÃNICA Página 4
Benefícios
Instalar um PCA proporciona benefícios primários e secundários. O primeiro resulta em
evitar que o funcionário adquira perda auditiva induzida pelo ruído. Está claramente estabe-
lecido que exposição habitual a níveis de ruído acima de 85 dB(A) causarão significativa
perda auditiva em mais de 50% da população exposta. Existem dados de que este nível de
ruído, para algumas pessoas, já possa ser lesivo a 75 dB(A).
A par destes óbvios e bem documentados efeitos lesivos, o ruído relaciona-se a muitos
outros efeitos fisiológicos e de comportamento, se bem que esta evidência não seja facil-
mente conclusiva.
Estes efeitos extra-auditivos são muito difíceis de qualificar, já que são não-específicos e
muitas outras causas danosas e/ou estressantes podem coexistir. Estudos realizados para de-
tectar o benefício extra-auricular do PCA indicam que menos acidentes da trabalho e menos
problemas médicos ocorrem, assim como menor ausência do trabalho e mais produtividade.
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Características de Programas Efetivos.
a) Apoio Gerencial.
b) “Chave” individual- é a pessoa responsável pelo PCA.
c) Comunicação ativa - linhas ativas de comunicação abertas entre todos os níveis da
empresa. Os funcionários têm facilidade em discutir o PCA com seu supervisor,
que, por seu turno, procurará soluções em níveis mais elevados e as transmitirá aos
funcionários.
d) EPI’s efetivos - além da adequada proteção auditiva, devem ser confortáveis, durá-
veis e fáceis de usar.
Cinco fases de um PCA
1. Educação:
informar a todos sobre os efeitos danosos do ruído.
informar claramente o que o PCA deseja realizar.
descrever como a perda auditiva ocorre e como a proteção deve ocorrer.
definir os benefícios para o funcionário e para a empresa.
formas de educação: depende do tamanho da empresa e de seus processos de produ-
ção. Algumas opções:
encontro um a um: durante o exame periódico;
formação de pequenos grupos;
encontros regulares de segurança;
cartazes, filmes, palestras;
competição entre os vários grupos;
educadores: pessoas que os empregados reconheçam ser sinceramente
interessados e
familiarizados com o ambiente de trabalho;
2. Levantamento das áreas de ruído.
3. Medidas de Engenharia e/ou Administrativas.
a) Administrativas:
não comprar equipamentos que aumentem o ruído ou procurar os que podem redu-
zi-lo
não submeter funcionários a doses diárias de ruído superior ao tolerável permitido,
aproveitando-os em outros setores menos ruidosos.
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b) Engenharia:
efetuar a proteção coletiva contra o ruído, atuando na fonte e no meio.
4. Proteção Auditiva Individual:
nas fases anteriores a cooperação o funcionário não era tão necessária, ao contrário
desta. Isto significa que adequada motivação é necessária para que os funcioná-
rios usem o EPI.
a compra dos EPI’s deve receber o aval do Setor de Segurança e Medicina do Tra-
balho, para que protetores realmente eficientes sejam adquiridos.
5. Testes Audiométricos:
os achados audiométricos devem ser fornecidos aos operários. A evolução dos ní-
veis auditivos funciona como fator motivador.
Organograma do PCA
É importante que o PCA tenha um coordenador, para que sob seu comando as ações se
processem. A implantação do PCA não exige admissão de nenhuma pessoa, apenas o dire-
cionamento de esforços dos profissionais já existentes neste sentido ( médico do trabalho,
engenheiro de segurança, enfermeiro do trabalho, técnico de segurança, assistente social,
psicólogo, gerente de recursos humanos, recrutadores ).
O PCA obedece à seguinte ordenação:
O coordenador se reporta à diretoria para informar resultados dos testes audiomé-
tricos, sugerir condutas e receber aprovação;
O coordenador amplia o leque de sua atividade, informando as chefias dos vários
setores sobre os testes, bem como estabelecendo as condutas do PCA e treinando-
os para implantar o Programa;
As chefias, pela sua atuação junto aos operários, vão implantar o PCA, a partir dos
conhecimentos difundidos pelo coordenador;
O coordenador também atua diretamente junto aos operários, promovendo pales-
tras, exibição de filmes, confecção de cartazes.
Toda esta atividade tem fluxo nos dois sentidos, o que estabelece adequado canal de co-
municação, pelo qual as dúvidas são manifestadas e as respostas adequadas podem ser in-
formadas.
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EPI’s
Motivando empregados a usar EPI’s.
O sucesso no uso de EPI’s depende de:
1. Apoio gerencial - é demonstrado ao empregado que o nível gerencial acredita no E-
PI’s e no PCA, e que eles são importantes para a empresa e para a saúde do emprega-
do.
2. Educação - ensinar as funções do ouvido, como o ruído o lesa, treinar as pessoas para
o uso do EPI, Filmes, palestras e cartazes são úteis. A educação deve ser assistida por
pessoas responsáveis, que conheçam o dia-a-dia do empregado, o que vai fazer a edu-
cação pessoalmente importante, mostrando diretamente como o ruído afeta. As pesso-
as responsáveis pelos setores devem usar EPI constantemente, assim como visitantes,
gerentes e empregados temporários.
3. Motivação - a melhor motivação é administrar adequadamente testes audiométricos
rotineiros. Por ocasião destes testes, existe excelente oportunidade de reforçar-se os
problemas do ruído. Informar aos empregados os resultados, sejam idênticos, sejam
piorados, mostra o interesse da empresa com a saúde.
4. Confortáveis e eficientes EPI’s - nem todos os EPI’s são confortáveis e proporcio-
nam a mesma atenuação. O coordenador do PCA precisa pesquisar e adquirir produ-
tos adequados. É importante proporcionar ao empregado ao menos um tipo concha e
dois “plugs” , o que possibilita escolha individual.
5. Fazer cumprir as determinações - é medida antipática, mas ocasionalmente deve ser
utilizada, de forma firme. Quatro medidas disciplinares consistem em:
( a ) Advertência verbal;
( b ) Advertência por escrito;
( c ) suspensão;
( d ) demissão
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Como criar um Programa de Controle Auditivo PCA
Listaremos abaixo formas utilizadas em um programa de controle auditivo
O primeiro é conhecer a situação.
Como norma geral, sempre que não se pode conversar normalmente a ½ metro de distân-
cia, deve-se suspeitar de que o nível de ruído é maior do que 80 dB(A), e portanto
deve ser avaliado. Para conhecer a situação, solicitar da empresa que faça as medições
ambientais, ou que apresente os resultados.
Conhecer as atividades que expõem trabalhadores a:
· Níveis menores do que 80 dB(A) - 8 horas.
· Níveis entre 80 e 85 dB(A) - 8 horas.
· Níveis entre 85 e 90 dB(A) - 8 horas.
· Níveis superiores a 90 dB(A) - 8 horas.
Controlar a correta realização das medições
a. Que se realizem sempre na presença de um representante dos trabalhadores.
b. Verificar com calibrador manual a calibração do aparelho de medição antes e depois da
mesma, tomando nota do resultado.
c. Assegurar de que no momento da medição as condições de trabalho em relação a expo-
sição ao ruído são as habituais.
d. Comprovar que se medem todos os postos de trabalho nos lugares onde habitualmente
se colocam os trabalhadores, e na altura de seu ouvido.
e. Utilizar dosimetros do ruído e calibrador para avaliar postos de trabalho que impliquem
em mobilidade do trabalhador, ou avaliar exposição de funções que expõem o trabalhador
a diferentes níveis de exposição.
f. Avaliar a exposição real de cada função/trabalhador, e não só o nível de ruído de cada
máquina.
g. Realizar dosimetria representativa da atividade em pelo menos 40% a 50% do tempo da
atividade. Realizar duas amostragens se ruído maior que 75 dB(A) ou se o
trabalhador é remanejado constatemente entre postos de trabalho.
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Elaborar alternativas para reduzir a exposição.
a. Analisar informações procedentes da Empresa, sobre os estudos e programas de preven-
ção.
b. Analisar os estudos e planos (cronogramas) de redução dos níveis de exposição a um
máximo de 85 dB(A) - 8 horas.
c. Conhecer as ações realizadas pela empresa para diminuir os limites de exposição ao ruí-
do, verificando medições antes e depois destas ações, e registros fotográficos e
documentais.
d. Conhecer a justificativas técnicas de que não foi possível reduzir os níveis de ruído por
outro meio, e que portanto se devem utilizar EPIs auditivos.
Modelo de solicitação dos resultados da audiometria
a. Conhecer os resultados globais dos testes audiométricos com as seguintes informações:
b. Resultado (numérico e percentual) dos trabalhadores afetados ou não, segundo os níveis
de exposição:
Entre 80 e 85 dB(A) - 8 horas.
Entre 85 e 90 dB(A) - 8 horas.
Superiores a 90 dB(A) - 8 horas.
c. Resultado (numérico e percentual) dos trabalhadores com audição estável, com desenca-
deamento e/ou agravamento da perda, segundo os níveis de exposição:
Entre 80 e 85 dB(A) - 8 horas. Entre 85 e 90 dB(A) - 8 horas.
Superiores a 90 dB(A) - 8 horas.
d. Resultado (numérico e percentual) dos trabalhadores afetados ou não, segundo as fun-
ções que desempenham.
e. Resultado (numérico e percentual) dos trabalhadores com audição estável, com desen-
cadeamento e/ou agravamento da perda, segundo as funções que desempenham.
f. Resultado (numérico e percentual) dos trabalhadores afetados ou não, segundo o tempo
de trabalho.
g. Resultado (numérico e percentual) dos trabalhadores com audição estável, com desen-
cadeamento e/ou agravamento da perda, segundo o tempo de trabalho.
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Controlar e negociar a aplicação de medidas preventivas.
a. Detecção precoce dos primeiros sinais de lesão auditiva, e análise de cada caso para es-
tabelecer internamente eventual nexo causal.
b. Remanejar para áreas onde a exposição ao ruído seja menor do que 80 dB(A) para traba-
lhadoras grávidas, no ultimo trimestre de gestação.
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Conclusão
O protetor auditivo deve ser utilizado durante todo o tempo em que se estiver exposto ao
ruído. Quando o protetor é retirado em área ruidosa, mesmo que por alguns minutos durante
a jornada de trabalho, a proteção efetiva será reduzida.
É importante ressaltar que a perda da audição está diretamente relacionada ao nível equiva-
lente Leq. dBA.
Estudos realizados mostram que um protetor com atenuação 20dB, quando utilizado por
apenas 50% do tempo em uma jornada de 8 horas, apresentará uma atenuação real de ape-
nas 3dB.
Outro fator fundamental no desempenho dos protetores auditivos é o treinamento dos usuá-
rios para a correta colocação. Observe atentamente as informações contidas nas embala-
gens, assim como os desenhos de instruções de colocação.
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Referências Bibliográficas
Oliveira, Chrysóstomo Rocha de - Manual prático de LER - lesões por esforços repetiti-
vos: Belo Horizonte:: Health:, 1998
Couto, Araujo Hudson - Ergonomia Aplicada ao Trabalho, Vol I e II: Belo Horizonte::
Ergo Editora:, 1995
Fontoura, Ivens - Ergonomia: Apoio para a Engenharia de Segurança, Medicina e Enfer-
magem do Trabalho. Curitiba: UFPR/Dep. Transporte, 1993. 36p. Apostila.
Sites de internet
http://www.mte.gov.br/seg_sau/default.asp
http://www.fundacentro.gov.br/
http://www.novasipat.com.br/index.php?cPath=1&osCsid=mspvughoiltkgjctkia3ea9286