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Mais que uma História Por Raquel Rosa e Rodrigo Brancaglioni Tema: Natal, sentido do Natal, história do Natal, salvação em Cristo. Texto Base: Mateus 1.18-26; Lucas 1.25-35 e 2.1-16. Personagens: José Júlia Jesus (criança de aproximadamente 7 anos) Maria Pastores Duração: 20 25 minutos. Sinopse: José e Júlia compartilham experiências de sua vida que envolveram o Natal. José narra a história do nascimento de Cristo sob o seu ponto de vista. Júlia conta como o Natal transformou a sua vida, pois sua conversão se deu nesse dia. Ideia Central: A peça contrasta a história do primeiro Natal com o Natal cristão contemporâneo. José e Júlia contam histórias que ocorreram num tempo passado e que eles estão relembrando no tempo presente. Durante suas narrativas as duas personagens compartilham os mesmos sentimentos. Copyright Raquel Rosa e Rodrigo Brancaglioni. Todos os direitos reservados. Usado com permissão. Proibido fazer cópias.

Peças de Natal

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Page 1: Peças de Natal

Mais que uma História Por Raquel Rosa e Rodrigo Brancaglioni

Tema: Natal, sentido do Natal, história do Natal, salvação em Cristo.

Texto Base: Mateus 1.18-26; Lucas 1.25-35 e 2.1-16.

Personagens:

José

Júlia

Jesus (criança de aproximadamente 7 anos)

Maria

Pastores

Duração: 20 – 25 minutos.

Sinopse:

José e Júlia compartilham experiências de sua vida que envolveram o Natal. José

narra a história do nascimento de Cristo sob o seu ponto de vista. Júlia conta como o

Natal transformou a sua vida, pois sua conversão se deu nesse dia.

Ideia Central:

A peça contrasta a história do primeiro Natal com o Natal cristão contemporâneo.

José e Júlia contam histórias que ocorreram num tempo passado e que eles estão

relembrando no tempo presente.

Durante suas narrativas as duas personagens compartilham os mesmos sentimentos.

Copyright Raquel Rosa e Rodrigo Brancaglioni. Todos os direitos reservados.

Usado com permissão. Proibido fazer cópias.

Page 2: Peças de Natal

Sentimentos José Menina

Medo

José fica sem saber o que

fazer quando Maria lhe dá a

notícia de que está grávida e

ele não sabe que a criança é

Filho de Deus.

Ela não sabe o que fazer e

sente-se perdida porque

ainda não conhece a

salvação.

Alegria

José recebe a notícia em

sonho de que o bebê que

Maria espera é fruto do

Espírito Santo. Esse

sentimento continua na cena

do nascimento.

Ela finalmente compreende o

plano da salvação. A ideia

aqui é de que Cristo nasceu

no coração dela, fazendo um

paralelo com o Natal.

Louvor

José e Maria recebem a visita

dos pastores que vêm adorar

Jesus.

Aqui o paralelo é com a

adoração dos pastores, eles

visitaram Jesus no Natal,

porém a personagem

percebe que ela deveria

curvar-se perante Cristo

todos os dias, numa vida de

adoração.

Page 3: Peças de Natal

Enredo:

Cena 1:

Júlia e José entram no palco pelos lados opostos e param lado a lado no centro.

Júlia: De vez em quando eu fico pensando se todo mundo passa por isso...

José: ...Se todo mundo já se viu dentro de uma história tão grande, maior do que si

mesmo, e que tenha transformado todas as outras histórias que iríamos viver.

Júlia sai pelo mesmo lado pelo qual entrou.

José: Eu era jovem e estava apaixonado. Maria era o grande amor da minha vida e

nós dois iríamos nos casar. Era um momento lindo, de muita alegria para as nossas

vidas. Tínhamos grandes sonhos e um futuro que prometia muitas conquistas e

felicidades... (pausa) Então um dia ela veio até mim e me disse sem rodeios que ela

estava grávida. Aquela notícia arrasou meu coração. Eu fiquei confuso, senti até raiva

no começo. Esperando um bebê que não era meu! Como isso pôde acontecer? Maria

então me assegurou que aquele bebê havia sido enviado pelo próprio Deus, e ela

recebera a notícia através de um anjo. Eu estava desesperado e muito triste. Seria

isso verdade? Como eu poderia saber? O que eu podia fazer com essa situação?

José vai para a bancada e começa a trabalhar.

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Cena 2:

Júlia:

Júlia entra pelo seu lado do palco. Ela carrega uma grande caixa de papelão com

enfeites de Natal. Enquanto fala ela vai tirando as coisas da caixa.

O Natal sempre foi uma data especial pra mim. Eu adorava aquela sensação de

alegria, de... antecipação, sabe? Ah, eu nem sei como explicar direito... Era só chegar

novembro e todas as lojas ficavam decoradas, as ruas e as casas cheias de luzes, a

decoração... e as festas em casa então? A cada ano, uma pessoa da família ficava

responsável por contar a história do Natal, pra mim isso era parte de todo aquele ritual

de Natal, junto com as luzes e todo o resto!

Júlia encontra a caixinha de madeira da sua “infância”.

Olha! É a minha caixinha de lembranças! Puxa, quanto tempo! Eu queria que o Natal

nunca acabasse... por isso cada ano eu guardava uma lembrança especial de cada

Natal nessa caixinha. Era como uma forma de guardar um pedacinho daquela magia

toda. Mas o Natal sempre acabava, e aí a vida normal voltava e sempre voltava aquele

vazio... e eu me perguntava: por que não podia ser Natal o ano inteiro? Por que essa

alegria toda só acontecia no Natal?

Júlia abre a caixinha e tira um folheto evangelístico de Natal.

Um folheto... eu me lembro! Eu ganhei quando a gente estava no shopping e um coral

parecido com aqueles dos filmes estava cantando uma música... era tão bonita,

alguma coisa da noite de Natal, como era mesmo? Ah, eu não vou me lembrar...

Júlia continua montando sua àrvore de Natal.

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O NATAL DE TODOS NÓS Por Raquel Rosa e Rodrigo Brancaglioni

Tema: Natal, sentido do Natal.

Texto base: Mateus 1.18-26.

Personagens: Cinco: três homens e duas mulheres.

Idoso

Menino ambulante

Segurança da estação

Estudante

Jovem Cristã

Duração: 20-25 minutos.

Sinopse:

Vários personagens se encontram na véspera de Natal numa estação de trem. Eles

não se conhecem e também não conhecem o sentido do Natal. Está nas mãos de uma

jovem cristã mostrar o que o Natal tem a ver com a vida de cada um deles.

Ideia Central:

A peça se desenrola em diferentes tempos.

Na parte 1 (cenas de um a cinco), segmentos da cena principal são encenados, mas

as personagens contracenam sem a presença dos outros atores que compõem a cena

Copyright Raquel Rosa e Rodrigo Brancaglioni. Todos os direitos reservados.

Usado com permissão. Proibido fazer cópias.

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principal. Nesse jogo cênico, ocorrem pausas e as personagens fazem seus

monólogos falando sobre o que aprenderam naquele dia.

Na parte 2, a cena principal se desenrola do começo ao fim e então os segmentos da

parte 1 são apresentados com todas as personagens interagindo, de modo que

descobrimos que a Jovem Cristã foi fundamental para esclarecer diversas faces do

Natal para os demais.

Cenografia:

Essencialmente um banco de estação de trem. Alguns outros itens característicos

podem ser adicionados, como um relógio e placas de indicação.

Enredo:

Parte 1 (cenas de 1 a 5)

Cena 1 : Menino ambulante

Encena partes da cena principal.

A: O Sinhor quer um chocolate? 3 por 1 real.

Afasta-se, aguarda um tempo...

A: Moça compra um chocolate?

A: É... o Natal num vem pra todo mundo mesmo...

Posiciona-se no centro da luz de foco. Palco apaga e luz se acende apenas nele. O

personagem pode falar seu monólogo como se estivesse pensando alto, não

exatamente se dirigindo ao público. (Isso deve ser repetido para todos os personagens

até a cena 5).*

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A: Eu nunca tive Natal. Na verdade eu nem sabia o que era Natal. Se Natal era

brinquedo, eu tive Natal só uma vez. Eu mesmo me fiz um carrinho com uma lata de

atum que achei na rua.

Nunca ganhei presente... nem tive peru. Como que poderia ser Natal pra mim?

Bom, mas agora eu sei uma novidade, né? O Natal é o nascimento de Jesus e Jesus

nasceu tão pobrinho como eu...

Poxa, logo ele, filho de nosso Senhor... E eu achava que Natal era só coisa de rico...se

fosse assim então nunca seria Natal, né?

Porque, olha só: o Natal é uma coisa tão importante; uma festa que acontece no

mundo todo; cheia de cores e de enfeites e de tantas coisas... mas o primeiro Natal foi

em um lugar tão simples, com pessoas tão simples...e foi o mais importante de todos

os natais, porque foi o verdadeiro.

Que diferença, né? Cada ano aumentam as festas, mas diminuem cada vez mais a

verdade de comemorar o Natal.

Ei... então eu posso comemorar o Natal! Mesmo sem presente! Mesmo sem peru! Se

bem que um peru não seria nada mal...

Mas não importa. Importa que esse ano vai ser diferente... porque eu descobri que o

Natal tem uma origem tão humilde quanto a minha.

Luz se acende e ele volta a encenar sua outra parte da cena principal.

A: Moça compra um chocolate? Só um vai... pra ajudá eu...

Sai de cena.

Cena 2 : Idoso

Encena partes da cena principal.

Sentado no banco, tenta puxar conversa com as pessoas do lado, mas ninguém se

importa (essas são pessoas imaginárias, neste segmento de cena, mas presentes

como figurantes na cena principal ao final da peça).

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I: Iiiii filha... isso num é bem assim não... veja bem eu vivi já 72 anos.. e o Natal nunca

fez diferença na minha vida, não.

Interrompe a cena e se vira para o público.*

I: Eu já vivi muito tempo na minha vida. Não tive esposa... não tive filhos... e agora

também não me sobraram parentes próximos. É... eu sou sozinho mesmo. Pra mim

todo o dia é igual. Aliás, todo dia é muito chato. Ficar sozinho acho que é uma das

piores coisas que pode acontecer pra alguém.

Mas hoje, fiquei pensando no que ouvi: “A virgem dará à luz um filho e irá chamá-lo

Emanuel”... Emanuel, que significa Deus conosco.

É que nunca realmente me importei com o Natal. O clima é bom, os enfeites são

bonitos. Mas a história, o motivo da festa, eu nunca tinha parado pra pensar.

Comemorar sozinho, que graça tem? Mas, hoje, depois de tanto tempo, venho

descobrir que o Natal é Deus conosco. O pequeno bebê da manjedoura é o filho de

Deus, o Deus que em toda a minha vida eu imaginei estar lá nas alturas sem se

importar muito com o que acontecia comigo aqui na terra.

Deus conosco, que bela frase. Em 72 natais eu me lembrei de presentes, enfeites e

outras bugigangas... Mas agora eu, que nunca liguei para o Natal, descobri que o

Natal é a resposta para a solidão.

O Natal é a resposta pra minha solidão, porque, nesse dia, Deus veio habitar conosco.

Luz se acende e ele volta a encenar sua outra parte da cena principal.

I: Já faz uns 10, 15 minutos que passou um, o outro não deve demorar não...

Luz se apaga e ele sai de cena.

Page 9: Peças de Natal

Parte 2 (Cena principal completa):

Idoso (I) está sentado na estação. Tenta puxar assunto com as pessoas que estão ao

seu lado, mas elas se retiram. Entra o menino ambulante (A) vai até os figurantes para

vender chocolates, também sem sucesso. Após isso, figurantes se retiram.

Menino vai até o idoso.

A: O Sinhor quer um chocolate? 3 por 1 real.

I: Que nada filho... velho num pode comer dessas coisas

Menino ambulante se afasta.

Entra a Jovem Cristã (J). O menino vai até ela.

A: Moça compra um chocolate?

J(andando): Não... hoje não...

Moça anda e se afasta do menino, parando na plataforma.

A: É... o Natal num vem pra todo mundo mesmo...

Moça olha para o menino que está resmungando. Mostra-se relutante, mas resolve ir

falar com ele.

J: Ô menino! (caminha até o menino)

A: Mudou de idéia, moça?

J: Eu só queria dizer que é Natal pra você também!

A: E como que é? Eu sô pobre.. num vo ganhá presente.. num vo te festa.. num tenho

nem árvore de Natal se a moça quer saber...

J: Ora, mas o Natal verdadeiro não teve nada disso também. Sabe, o Natal é a

comemoração do nascimento de Jesus. E Jesus nasceu em uma estrebaria, um lugar

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onde eles guardavam os animais. Seu primeiro berço foi uma manjedoura, o lugar

onde os animais comiam. E os primeiros a receber a notícia do seu nascimento não

foram reis, ou pessoas ricas...foram pastores, que estavam no campo cuidando das

suas ovelhas... eles é que estavam lá no primeiro Natal! Viu? O Natal é bem

humilde...

A: Uhm...

J: Então é claro que hoje é Natal pra você também! O Natal é pra todo mundo!

No meio da fala dela o idoso se intromete. Enquanto os dois conversam, ambulante

sai de cena.

I: Iiiii filha... isso num é bem assim não... veja bem eu vivi já 72 anos.. e o Natal nunca

fez diferença na minha vida, não.

J: Mas como não? O Natal é alegria!

I: Você diz isso porque é jovem... eu sou sozinho.. não tive ninguém pra comemorar

comigo... aí não tem porque ter alegria...

Enquanto o idoso fala a moça se senta ao lado dele. O menino ambulante se

desinteressa pela conversa e sai.

J: O senhor sabe a história do Natal?

I: Claro que sei! E ouvi você contar tudinho de novo pra esse menino aí. Mas uma

criança que nasceu há mais de 2000 anos com certeza não muda em nada minha

situação agora.

J: Aí é que o senhor se engana. Acho que tem uma parte que você não sabe...Maria

era noiva de José, e recebeu a notícia de um anjo dizendo que ela daria à luz a um

filho gerado nela pelo Espírito Santo..

I: E daí?

J: ...e daí que José ficou meio com um pé atrás com toda essa história e pretendia

desmanchar seu noivado com Maria de forma secreta, para que ela não ficasse

difamada e...

I: Sim, e daí?

Page 11: Peças de Natal

J: ...e daí que um anjo apareceu em sonho para José e disse: “Eis que a virgem

conceberá e dará à luz um filho, e irá chamá-lo Emanuel”, que traduzido é Deus

conosco. Ou seja, o menino que nasceu há mais de 2000 anos é o Filho de Deus, é a

presença de Deus conosco aqui na terra... e Ele é tudo isso ainda hoje, porque : “A

todos quantos o receberam, aos que creem em seu nome, deu-lhes o poder de serem

feitos filhos de Deus”.

Ao lado do próprio Deus e feito filho dele não é possível que o Natal seja triste,

solitário ou indiferente.

Enquanto ela fala, a estudante (E) chega e se senta ao lado dela. O menino ambulante

volta.

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Cheio de Natal! Por Raquel Rosa

Tema: Natal contemporâneo.

Personagens: Dois.

Duração: 5-7 minutos.

Sinopse:

Dois personagens arrumam suas festas de Natal enquanto falam sobre suas

experiências com essa data.

Ideia Central: De uma forma bem humorada, a ideia da peça é expor como o Natal é

visto por muitas pessoas que não conhecem seu verdadeiro sentido. Cada

personagem representa um ponto de vista: um fala sobre um Natal vazio, comercial; o

outro fala de um Natal cheio de esperança, alegria, paz felicidade, cheio de Jesus.

Page 13: Peças de Natal

Enredo:

1 e 2 falam sobre suas experiências de Natal. Os dois se dirigem para o público

inicialmente. Eles discursam sobre o Natal enquanto entram, saem ou circulam pelo

seu lado do palco arrumando coisas de Natal, trazendo presentes, a árvore,

embrulhando caixas, etc.

1: (Quase como num suspiro empolgado) Ah!! O Natal! Eu amo o Natal!

2: (Assim como 1) Ah! O Natal! (Muda para uma raiva sarcástica) Eu odeio o Natal!

1: Natal é tempo de boas novas!

2: O Natal está chegando... qual é a boa notícia?

1: No Natal as pessoas mudam a si mesmas....

2: No Natal as pessoas ficam fora de si...

1: Nessa época você sente um senso de humanidade nas pessoas, todos se sentem

mais unidos, existe um clima de fraternidade...

2: Não existe nada mais fraternal do que ter que trabalhar no dia 24... meu chefe com

certeza leva muito a sério essa coisa de união natalina...

1: As pessoas estão felizes e presenteiam umas as outras em sinal de amor,

admiração e gratidão...

2: No Natal, as pessoas se acham no direito de exigir presentes de todos, é amigo-

secreto no trabalho, na família, na academia, na faculdade... e você sempre acaba

ganhando um presente que vale muito menos do que aquele que você deu pro seu

amigo, e que geralmente, você não vai usar pra nada...

1: É um tempo de paz...de compaixão....

2: E tem gente que diz que é tempo de paz e compaixão...Experimente procurar

compaixão nas pessoas no estacionamento do shopping nessa época. Não há nada

mais sem paz e compaixão que estacionamento de shopping e fila de caixa no Natal...