Penicilina

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Penicilinas

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ANTIBITICOS

PenicilinasAntiobiticos Beta-LactmicosO grupo dos antibiticos beta-lactmicos formado pelas penicilinas, cefalosporinas, cefamicinas, cido clavulnico, carbapenens, nocardicinas e monobactmicos.

Os -lactmicos so uma classe ampla de antibiticos, que inclui a penicilina e seus derivados, que possuem agente antibitico e o ncleo -lactmico em sua estrutura molecular.

H mais de 50 anos os antibiticos beta-lactmicos tm demostrado eficincia teraputica e sua baixa toxicidade. Inicialmente mais ativos contra as bactrias Gram-positivas, porm tiveram seus espectros antimicrobianos ampliados.

Histria da PenicilinaA penicilina foi descoberta em1928 porAlexander Flemingquando saiu de frias e esqueceu algumas placas com culturas de microrganismos em seu laboratrio.Quando voltou, reparou que uma das suas culturas deStaphylococcustinha sido contaminada por um bolor, e em volta das colnias deste no havia maisbactrias.

Ento Fleming e seu colega, Dr. Pryce, descobriram um fungo do gneroPenicillium, e demonstraram que o fungo produzia uma substncia responsvel pelo efeito bactericida: a penicilina. Eles comprovaram as suas qualidades antibiticas, assim como a sua no-toxicidade e a utilizaram clinicamente em 1941.

Fleming foi mdico militar durante a Primeira Guerra Mundial, ficando impressionando com a mortalidade atravs de feridas por arma de fogo que resultavam em gangrena gasosa

Aps sua descoberta e consequente utilizao a penicilina pde diminuir expressivamente o nmero de doenas causadas por doenas infecciosasFoi o marco inicial da Era dos antibiticos.Alexander Fleminghttp://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSZw_EvVXXHoTmvmWezaHwQ9T76pqhYvlMpi9ynSzNgSHIyz-AQ

4Estrutura qumica Trata-se de um grupo de antibitico que contm o cido 6-aminopenicilmico, tendo uma cadeia lateral ligada ao grupo 6-amino.As penicilinas contm um anel ativo, o anel beta-lactmico, que partilham com as cefalosporinas.. O ncleo penicilnico o principal requisito estrutural para sua atividade biolgica, seu rompimento representa perda completa da atividade da droga.

Classificao das Penicilinas 1 gerao ou NaturaisBenzilpenicilina (Penicilina G) (IV ou IM) Penicilina G procaina (IM)Penicilina G benzatina (IM)Fenoximetilpenicilina (Penicilina V) Penicilinas resistentes Beta-Lactamase (semi-sinteticas) Meticilina Oxacilina Dicloxacilina

Classificao das Penicilinas Penicilinas de Amplo Espectro: 2 gerao, espectro semelhante ao da benzilpenicilina acrescido de atividade sobre bacilos gram negativos: Ampicilina (indicada para Shigella) IV, VO.Amoxicilina (indicada para Salmonella) IV,VO

Penicilinas de espectro ampliado Penicilinas de 3 gerao (indicadas para Pseudomonas) -Carbenicilina (IV) -Ticarcilina (IV, IM) Penicilinas de 4 gerao (indicadas para enterobactrias - E. coli, Proteus) -Azlocilina (IM ,IV) -Mezlocilina (IM,IV) -Piperacilina

Mecanismo de aoTodos os antibiticos beta-lactmicos (penicilinas e cefalosporinas) interferem na sntese de parede celular bacteriana, atravs da ligao de enzimas PBP. A penicilina acopla num receptor presente na membrana interna bacteriana PBP (protenas ligantes de penicilina) e interfere com a transpeptidao que ancora o peptidoglicano estrutural de forma rgida em volta da bactria. Como o interior desta hiperosmtico, sem uma parede rgida h afluxo de gua do exterior e a bactria lisa.

Mecanismo de aoA parede celular das bactrias composta de peptideoglicanos, ou seja, feita de peptdeos e unidades de acar. A estrutura da parede celular consiste de um esqueleto de acares, contendo dois tipos de acares, o cido N-acetilmurmico (NAM) e a N-acetilglucosamina (NAG). As cadeias de peptdeo so ligadas ao NAM e, no passo final da biossntese da parede celular, essas cadeias de peptdeos se ligam pela substituio da D-alanina de uma cadeia pela glicina de outra cadeia. A enzima responsvel pela reao de ligao cruzada conhecida como transpeptidase.O ltimo passo da reao cruzada que inibido pelas penicilinas e cefalosporinas,a penicilina acopla num receptor dessa parede e interfere com a transpeptidao que ancora o peptidoglicano estrutural de forma rgida em volta da bactria. Como o interior desta hiperosmtico, sem uma parede rgida h afluxo de gua do exterior e a bactria lisa (explode).

Interaes MedicamentosasAs penicilinas ocasionalmente podem potencializar o risco de sangramento em pacientes tratados com anticoagulantes orais. O mecanismo exato desta interao no bem conhecido, porm provvel que as penicilinas interfiram no tempo de agregao plaquetria.

Interaes MedicamentosasOXACILINAPresena de alimentos ou leite diminui sua absoro. Cefoxitina, potente indutor de betalactamases, diminui sua eficcia.

Interfere com a eficcia de anticoncepcionais orais.

Cloranfenicol, tetraciclina e eritromicina podem inibir a atividade antibacteriana da penicilina.

Interaes MedicamentosasPENICILINA G BENZATINATetraciclinas podem diminuir o efeito bactericida da penicilina.

Os anticoncepcionais orais podem ter seus efeitos reduzidos.

Probenecida compete com a secreo tubular renal e prolonga a meia-vida da penicilina

Interaes MedicamentosasPENICILINA G CRISTALINATetraciclinas podem diminuir o efeito bactericida da penicilina.

Os anticoncepcionais orais podem ter seus efeitos reduzidos.

Probenecida compete com a secreo tubular renal e prolonga a meia-vida da penicilina. Pode aumentar os efeitos de varfarina.

Interaes MedicamentosasPENICILINA G PROCANA

Tetraciclinas diminuem a efetividade da penicilina G procana.

O efeito anticontraceptivo oral diminudo.

Probenecida aumenta o efeito da penicilina G procana.

Probenecida compete com a penicilina G pela secreo tubular, prolongando sua meia-vida srica.

Efeitos Colaterais Reaes de hipersensibilidade incluindo febre, urticria, dores articulares; angioedema.Pacientes com alergia atpica (asma, eczema) tem mais chance de serem alrgicos penicilina.Pacientes alrgicos a um tipo de penicilina so alrgicos a todos os tipos.Um efeito txico raro e grave a encefalopatia devido irritao cerebral. Isto pode resultar de doses excessivamente elevadas ou nos pacientes com insuficincia renal severa. As penicilinas no devem ser dadas por injeo intratecal porque podem causar encefalopatia que pode ser fatal.

Efeitos Colaterais Choque anafiltico apenas em doentes com hipersensibilidade s penicilinas.Diarria ocorre freqentemente durante a terapia oral, sendo mais comum com penicilinas de largo espectro, que podem tambm causar colite.A penicilina V (fenoximetilpenicilina) pode causar tambm esofagite, alteraes da funo heptica e descolorao da lngua.Raramente nefrite intersticial, anemia hemoltica, anemia, leucopenia, trombocitopenia, e alteraes na coagulao.

Contra- indicaesReao anafiltica prvia, comprovada, aps uso de penicilina;

Dermatite esfoliativa;

Necrose epidrmica txica relacionada especificamente com uso de penicilinas

Usos ClnicosPenicilina G (1 gerao ou natural)infeces estreptoccicas, incluindo as provocadas pelo Enterococcus faecalis (pneumonias, celulites, endocardites, meningites, sepse neonatal, etc); infeces por estafilococos no produtores de beta-lactamase ( pneumonias, endocardites, abscessos, etc.).Infeces por germes anaerbios Gram- positivos incluindo clostridium perfringens,etc.( gangrena gasosa, pneumonia aspirativa, etc.).Difteria;Leptospirose;Meningite meningoccica ;Profilaxia de febre reumtica (incluindo penicilina V);Profilaxia de endocardite bacteriana (especialmente a penicilina V);Usos Clnicos(1 gerao ou natural)

Usos ClnicosAminopenicilinas A ampicilina mais ativa contra Enterococcus e H. influenzae do que a penicilina G;Atualmente, uma porcentagem significativa de E. coli resistente s aminopenicilinas.Ampicilina usos clnicos mais frequentes:Meningite bacteriana;Enterococcia (em associao a aminoglicosdeo);

Usos Clnicos

Penicilinas resistentes s penicilinases ou antiestafiloccicasUsos ClnicosBenzilpenicilina ( 1 gerao)-altas doses por via intravenosa ;- meningite bacteriana (por exemplo, causada por Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae);-Gonorria;

fenoximetilpenicilina (1 gerao) -faringite (por S. pyogenes)

Amoxicilina (2 gerao,Amplo espectro)bronquite (infeces mistas comuns);Pneumonia;Infeces do trato urinrio;

Referncia BibliogrficaSILVA, Penildon. Farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Mdica 9. Ed. Rj . Guanabara Koogan, 1997.