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Página 1 de 60 Pesquisa de Dados Secundários Segmento Turismo DF 2010
GESTOR UAM: James Hilton Reeberg
PESQUISA DE DADOS
SECUNDÁRIOS SEGMENTO
TURISMO
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Serviço Apoio de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE/DF
PESQUISA DE DADOS SECUNDÁRIOS
Segmento Turismo
Brasília – DF SEBRAE 2010
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DIRETORIA EXECUTIVA DO SEBRAE/DF
José Carlos Moreira De Luca
DIRETOR SUPERINTENDENTE
Maria Eulália Franco
DIRETORA
Rodrigo de Oliveira Sá
DIRETOR
EQUIPE TÉCNICA
Roberto Faria dos Santos Filho
SEBRAE-DF/ Gerente da Unidade de Atendimento Coletivo Comercio e Serviço
Aparecida Vieira
SEBRAE-DF / Unidade de Atendimento Coletivo Comercio e Serviço
COORDENAÇÃO
Lucimar Santos
SEBRAE-DF/ Gerente da Unidade de Acesso a Mercado
James Hilton Reeberg
SEBRAE-DF/ Gestor da Unidade de Acesso a Mercado
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A Pesquisa de Dados Segmento Turismo
I. APRESENTAÇÃO
A Copa do Mundo de 2014 que será realizada no Brasil tendo como
cidades sedes: Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba,
Belo Horizonte, Salvador, Recife, Cuiabá, Fortaleza Natal e Manaus,
representa uma importante oportunidade para alavancar os negócios de
micro e pequenas empresas em todo o Brasil, em especial nos estados que
terão cidades como sedes dos jogos.
Uma atuação qualificada e inovadora através de produtos e
serviços para as micros e pequenas empresas contribuirá para melhorar a
imagem do país e se converterá em importante instrumento de acesso aos
mercados nacional e internacional. Serão evidentes os benefícios nos
setores de turismo, cultura e entretenimento, comércio, serviços,
gastronomia, artesanato, entre outros. Todos esses setores têm
participação massiva das micro e pequenas empresas.
Para melhor desenhar as ações do Sistema Sebrae foi inicialmente
realizada uma missão técnica a África do Sul, no mês de julho de 2009, com
a participação da maioria de dirigentes e técnicos dos estados onde
acontecerão os jogos da Copa 2014. Em seguida foi realizada uma reunião
de alinhamento em Brasília com representantes de todos os 12 SEBRAE/UF.
O Programa Nacional para Atuação do Sistema Sebrae e a Copa
2014 é justificado na medida em que se compreende os efeitos
mobilizadores e aceleradores que um evento como a Copa do Mundo traz
sob o ponto de vista do aproveitamento de oportunidades com a
perspectiva de horizontes de médio e longo prazo, atingindo vários setores
da economia que envolvem fortemente micro e pequenos negócios.
Embora a magnitude do evento influencie todos os setores da
economia, cabe ao presente termo, traçar uma delimitação da atuação do
SEBRAE, para que se possa concretizar um trabalho objetivo e de
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resultados que, embora preservando peculiaridades, apresente diretrizes
comuns, sem, entretanto deixar de contribuir para compartilhar informações
e dados que possibilitem um largo espectro de oportunidades.
Nesse sentido, os projetos a serem delineados dentro desse
conceito, deverão ter foco no recorte dos setores definidos, e a ação
nacional deve possibilitar a identificação de oportunidades para os micros e
pequenos negócios e empreendedores individuais, todos com o viés do
acesso a mercados, sustentabilidade com ênfase na abordagem da
responsabilidade sócio-ambiental e competitividade.
O Sistema Sebrae trabalha com a metodologia GEOR, uma maneira
transparente e que presta contas à sociedade. Além desta metodologia,
com objetivo de entender e atingir ainda mais sua clientela-alvo, o Sebrae
incorporou na GEOR, a metodologia FOCO NO MERCADO. Hoje, o número
de projetos dobrou. O Sebrae torna-se cada vez mais responsável e
comprometido com a qualidade e efetividade de suas ações.
Este documento tem como objetivo apresentar a pesquisa de
dados secundários do setor de Turismo do Distrito Federal e fazer uma
análise de consistência do Projeto Copa 2014, focando o segmento de
Turismo.
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S
SUMÁRIO
I. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................... 4 SUMÁRIO .................................................................................................................................................................... 6 II. TENDÊNCIAS PARA A COPA 2014 ................................................................................................................ 7 III. O BRASIL E A COPA DO MUNDO 2014 .................................................................................................... 19 AÇÕES DE TURISMO EM ANDAMENTO NO BRASIL ..................................................................................... 24 IV. BRASÍLIA E A COPA 2014 ............................................................................................................................ 30 V. TURISMO COPA DO MUNDO 2014............................................................................................................... 33 VI. TURISMO NO DISTRITO FEDERAL ............................................................................................................ 35
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T II. Tendências para a Copa 2014
O Brasil, país do futebol, foi o único país que esteve presente em
todas as Copas do Mundo. Esta será a segunda vez que vai sediar a copa –
a primeira foi em 1950.
Esta notícia foi oficializada no dia 30 de outubro - Brasil anfitrião da
Copa do Mundo de Futebol de 2014. O comunicado foi feito durante reunião
do comitê executivo da FIFA em Zurique, na Suíça, na qual estavam o
presidente Lula, o então técnico da seleção brasileira, Dunga, e o jogador
Romário. “Para os torcedores será uma oportunidade de assistir em casa ao
principal torneio da modalidade esportiva mais praticada no mundo.”
(Revista Veja).
Entre os meses de junho e julho de 2014, o Brasil sediará a vigésima
edição da Copa do Mundo de Futebol da FIFA (Fédération Internationale de
Football Association - Federação Internacional de Futebol), um dos mais
importantes eventos esportivos do mundo.
Devido às dimensões desta competição, ao grande número de
visitantes que deverão vir ao país e às exigências técnicas de um evento
transmitido para o mundo todo, os próximos anos irão incidir em extensos
processos de preparação e vultosos investimentos, tanto pelo setor público
como por empresas privadas. Além disso, a enorme exposição do país na
mídia, bem como os diversos legados ao país em termos de infra-estrutura,
tecnologia e capital humano gerarão reflexos e benefícios em diversos
setores da economia e da sociedade, sejam transientes ou duradouros,
diretos ou indiretos.
Para o Brasil, a Copa do Mundo da FIFA representa mais do que o
orgulho de ter o maior evento de futebol do planeta. É a oportunidade de
traçar metas e objetivos para incremento de infra-estrutura e serviços nos
diversos setores que se relacionam com o megaevento. Além disso, os
benefícios executados em uma cidade sede exercerão influência direta nos
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municípios geograficamente próximos, gerando empregos, investimentos e
desenvolvimento em geral.
O turismo é parte integrante deste contexto, uma vez que é de
responsabilidade deste setor receber e cuidar dos visitantes e espectadores,
em âmbito nacional e internacional, que se interessa por este grandioso
evento. Os investimentos em infra-estrutura turística e serviços visam ao
atendimento aos visitantes do evento e à promoção de uma imagem
positiva do País, e à criação de bases sustentáveis para o aproveitamento
do legado a ser deixado pelo evento.
O Brasil espera receber 500 mil turistas estrangeiros na ocasião da
Copa do Mundo e movimentar dezenas de milhões de brasileiros pelas
cidades sede, produzindo um impacto direto na atividade turística, gerando
empregos e promovendo a sustentabilidade econômica, social e ambiental.
Segundo pesquisas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da
Fundação Getulio Vargas (FGV), os investimentos em infra-estrutura e
serviços previstos para Copa do Mundo de 2014 ultrapassam R$ 30 bilhões.
Da construção de estádios ao treinamento de voluntariado, passando por
temas como reformas de aeroportos, capacidade hoteleira, sistemas de
segurança e meios de acesso, dentre outros, espera-se a geração de
milhares de empregos e a exposição massiva da imagem do País em âmbito
internacional.
A infra-estrutura necessária para a realização do evento é complexa,
compreendendo não apenas os estádios, que devem se adequar às
especificações da FIFA, como também a estrutura de tecnologia de
informação em cada cidade sede, os centros de mídia (International Media
Centers, ou IMCs) e de broadcasting (International Broadcasting Center, ou
IBC), e as instalações dos Fan Parks (espaço urbano, timbrado pela FIFA,
para exibição pública dos jogos). Adicionalmente, existem diversos aspectos
da infra-estrutura local que devem atender a determinados padrões
necessários à viabilidade do evento, como complexos hoteleiros e acessos
aos diversos modais de transporte que comportem o intenso deslocamento
associado à Copa. A Copa 2014 possibilita uma série de oportunidades e
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desafios para o país. É uma grande oportunidade de alavancar o turismo e
fortalecer ainda mais a imagem do Brasil no cenário internacional.
Empenhados com este compromisso, o Ministério do
Turismo/Embratur, o Sebrae e a Associação Brasileira das Operadoras de
Turismo (BRAZTOA) realizaram uma pesquisa de benchmarking sobre a
Copa do Mundo da Alemanha 2006. Esta pesquisa teve como públicos-alvo
pequenos e médios empresários, representantes ativos da cadeia produtiva
do turismo, que focam sua atuação principalmente nos 65 Destinos
Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional, identificados pelo
Ministério do Turismo, e atendem especialmente ao turismo receptivo
internacional, nos segmentos/temas de cada uma das viagens técnicas. O
objetivo deste documento foi identificar práticas de excelência.
A primeira prática feita pelo governo alemão foi a criação de um
Comitê Organizador da Copa de 2006. Neste comitê criou-se uma
estratégia de receptivo com 4 elementos principais:
1. Compromissos assumidos junto à FIFA e projetos em níveis
ministeriais:
a. Permissões de trabalho para os oficiais da FIFA, equipes
técnicas dos países estrangeiros, juízes, jornalistas;
b. Simplificação de processos alfandegários e até isenção
de impostos especialmente para a delegação da FIFA,
convidados, participantes do Congresso da FIFA;
c. Garantia de segurança para os times, imprensa,
jogadores e espectadores;
d. Melhoria do sistema de transporte e gerenciamento de
trânsito. Na Alemanha, embora o sistema de transporte
já fosse de boa qualidade, o governo investiu 3,7 bilhões
de Euros;
e. Protocolo, com garantia de presença de autoridades.
2. Campanha de Marketing da Alemanha (público externo),
composta de três programas principais:
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a. o German Land of Ideas (Alemanha Terra de Idéias) -
visando a valorização da Alemanha na contribuição ao
conhecimento humano e artes;
b. o Invest in Germany – meio de eventos e ações de
sensibilização para investidores;
c. o Alemanha destino turístico.
3. O Programa artístico e cultural durante a Copa, como atividade
complementar aos jogos, tendo o futebol e a bola como
motivos principais de inspiração;
4. A Campanha de sensibilização da comunidade germânica: “A
time to make friends” focada na melhoria da qualidade do
atendimento aos turistas. Este slogan - que foi intensamente
utilizado pelo governo, órgãos públicos, ONGs e empresas – foi
a idéia principal de uma campanha que objetivava, sobretudo
uma mudança de imagem sobre o povo alemão, de frio e
distante em acolhedor, simpático e hospitaleiro e um resgate
do nacionalismo. Pesquisas de imagem realizadas pós–Copa
confirmaram este absoluto êxito.
O estudo feito na Copa da Alemanha identificou práticas de referência
nas seguintes áreas: Gestão, Infra-estrutura, Negócio – Produtos e Serviços
Ofertados, Certificação, Segurança, Qualificação e Formação, Parcerias,
Network, Envolvimento da Comunidade e Segmento especifico.
A Alemanha fez inúmeras ações para alcançar seu êxito. Dentre as
ações desenvolvidas, pode-se classificá-las em 7 tipos:
1. Conhecimento de mercado - base de informações e interpretação;
2. Capacitação;
3. Gestão;
4. Melhoria de Processos de Comercialização;
5. Estratégias Mercadológicas;
6. Definições de ações para os 4 P’s (produto, preço, praça e
promoção);
7. Prospecção e CRM.
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Estas ações servem de base para o planejamento estratégico do
Brasil.
Abaixo segue o detalhamento das ações:
1. Conhecimento de mercado - base de informações e
interpretação
Desenvolvimento de pesquisas de mercado e de imagem em
competições esportivas internacionais com perfil de público semelhante ao
da Copa do Mundo para identificação de perfil de participantes.
Foram realizadas pesquisas na Eurocopa, na Bundesliga (principal
competição futebolística do país) e na Copa das Confederações.
Desenvolvimento de pesquisas de impacto econômico e de imagem
do evento para dimensionamento de resultados (antes, durante e pós
jogos).
Realização de viagem benchmarking - Japão e Portugal (EUROCOPA)
para observação de práticas relativas à organização de um evento
futebolístico de grande porte.
2. Capacitação
Desenvolvimento de Campanha de Hospitalidade e Serviços (sob o
slogan “A time to make friends”).
Esta campanha foi voltada para a sociedade alemã, visando a
melhoria da qualidade do atendimento aos turistas e o reposicionamento da
imagem do país perante o público externo.
O Comitê da Copa, formado por entidades futebolísticas,
representantes de órgãos governamentais federais, estaduais e municipais,
entidades e empresas, criou a campanha que foi amplamente divulgada e
teve uma serie de atividades, tal como:
• Realização de seminários;
• Produção de material promocional impresso de apoio: flyers e
brochuras:
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Destaca-se o “Álbum der Gastfreundschaft” (Álbum da Hospitalidade)
produzido unicamente em alemão, aborda individualmente cada país
participante da competição, com dados do mesmo, bebidas e comidas
típicas, vocabulário de boas vindas e cumprimentos, dados da seleção de
futebol, estrelas principais do time e curiosidades. Na brochura ainda havia
destaque para o treinamento on-line e constavam informações sobre os
jogos, estádios oficiais e cidades-sede.
• Realização de treinamentos on-line (e–learning), com custo de
credenciamento de 25 euros, disponível em uma plataforma específica -
www.germany-extranet.net - que teve a participação de mais de 3.000
pessoas;
• Aquisição de espaços em mídia para divulgação dos anúncios
relacionados à campanha;
Foi criado, também, postos de atendimentos de turistas em estação
de trem, com sinalização do programa.
Alguns resultados do GNTB (dados de 2007):
• 3,7 milhões de folders distribuídos por meio de seus 29 escritórios
regionais, feiras, workshops e coletivas de imprensa e ainda pela
internet utilizando o Formulário on-line para solicitação de
material promocional (GNTB Webshop);
• 35 web sites em 22 idiomas – incluindo 30 portais para
consumidores e 05 para imprensa e agentes turísticos;
• 30 milhões de acessos totais em websites;
• Realização de seminários sobre licenciamento da Logomarca
Oficial da FIFA da Copa do Mundo de 2006;
• Desenvolvimento de programa de voluntariado para atendimento
do evento;
• Desenvolvimento de campanha de sensibilização de comunidade
local para bem receber os turistas;
• Realização de visitas de inspeção e certificação de casas de família
autorizadas a receber turistas;
• Desenvolvimento de programa de capacitação para as diversas
áreas da atividade turística, em especial àquelas cujo contato com
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o turista é mais direto (motoristas de táxis e ônibus, proprietários
e atendentes de restaurantes e guias de turismo).
3. Gestão
• Elaboração de planejamento estratégico flexível com
uniformidade de processos, normas e procedimentos em todas
as etapas do programa;
• Elaboração de planejamento estratégico com ferramentas,
plano de ações, objetivos, metas e acompanhamento de
resultados;
• Política de gestão de pessoas;
• Formação de um comitê da cidade para discussão e definição
de estratégias;
• Adaptação de lei municipal para atendimento às necessidades
do evento;
• Gestão de riscos.
4. Melhoria de processos de comercialização
• Desenvolvimento de ações de marketing de alto impacto e
baixo orçamento;
• Oportunização aos torcedores a participação ativa na COPA por
meio das ações de voluntariado;
• Estruturação de uma equipe interna com auto-suficiência para
o desenvolvimento de ações de marketing;
• Utilização constante de estratégias de envolvimento da
comunidade para geração de visibilidade ao programa;
• Suplementação de infra-estrutura para atendimento do evento;
• Recuperação urbana e principalmente do estádio principal da
cidade;
• Adaptação de infra-estruturas existentes para a realização do
evento;
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• Melhoria de serviços de apoio ao turista durante a realização do
evento;
• Utilização de tecnologia de ponta e observação de alto padrão
de qualidade nas instalações.
5.Estratégias mercadológicas
• Desenvolvimento de logomarca própria, alternativa à
logomarca da COPA do Mundo para utilização em ações e
materiais promocionais da GNTB e demais agentes do trade
turístico;
• Realização de parcerias com a FIFA e seus provedores de
serviços oficiais para desenvolvimento de ações de promoção
do evento;
• Realização de parcerias com cidades-sede e parceiros privados
para planejamento e implementação de ações promocionais;
• Iniciativa de aproximação com o Comitê Organizador da FIFA
para obtenção de vantagens e oportunidades de negócio para
os associados;
• Realização de parcerias público-privadas para viabilização e
sustentabilidade econômica do programa;
• Desenvolvimento de parcerias com agentes públicos e privados
para viabilização financeira e promoção dos produtos (Sky
Arena);
• Desenvolvimento de parcerias com as cidades do entorno;
• Desenvolvimento de parceria com GNTB;
• Desenvolvimento de parcerias com o setor privado para
viabilização de ações relacionadas à criação de estruturas;
• Utilização constante de estratégias de envolvimento da
comunidade para geração de visibilidade ao programa;
• Direcionamento de ações para público do entorno;
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• Sensibilização dos empresários para definição de uma política
de preços da hotelaria, coerente com a sustentabilidade do
destino;
• Realização de reuniões com grandes operadoras de turismo
para entrar no canal de distribuição;
• Planejamento de ações que provocassem a integração da
população com os turistas.
6. Definições de ações para os 4 P’s (produto, preço, praça e
promoção)
• Definição de produtos (segmentos, nichos e destinos-chave)
para sugestão à comercialização;
• Motivação aos associados para elaboração de pacotes turísticos
alternativos àqueles oficias, comercializados pela FIFA;
• Adequação do produto às necessidades do evento;
• Otimização da imagem da cidade em razão da Copa, com o
desenvolvimento de produtos específicos e criativos
cuidadosamente planejados;
• Desenvolvimento de estratégias de entretenimento na cidade
como forma de reter os turistas, aumentar o gasto e criar um
diferencial competitivo, em especial nos dias de jogos;
• Desenvolvimento de ações de marketing focadas em diferentes
públicos-alvo: ações de marketing focadas na imprensa e
ações de marketing focadas em visitantes/torcedores.
7. Prospecção e CRM
• Desenvolvimento de campanha promocional focada no público
externo (turistas potenciais);
• Desenvolvimento de ações focadas na participação da
população no evento;
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• Manutenção de monumentos criados para a Copa após o
término da mesma, como forma de valorizar a realização do
evento e focar na exploração do nicho mercadológico dos
turistas esportivos/ fans de futebol;
• Desenvolvimento de estratégias de entretenimento na cidade
como forma de reter aos turistas, aumentar o gasto e criar um
diferencial competitivo, em especial nos dias de jogos;
• Desenvolvimento de ações de marketing focadas em diferentes
• públicos-alvo: ações de marketing focadas na imprensa e ações
de marketing focadas em visitantes/torcedores;
• Desenvolvimento de estratégias de fidelização de clientes.
Outro benchmarking feito pelo Brasil foi na Copa do Mundo da África
do Sul. Nesta, o Ministério do Turismo (Brasil) contratou a FGV para
pesquisar o perfil dos turistas da Copa. Nesta pesquisa foi identificado que a
maior parte dos turistas paga a sua viagem do próprio bolso e eles mesmo
organizam a sua viagem.
Quando questionado sobre o principal tipo e seguimento de turismo
de interesse, o resultado foi esporte. Este é um dado relevante, pois as
ações de comercialização empresariais podem estar focando neste nicho de
mercado.
De acordo com esta pesquisa, a maior parte dos turistas é do sexo
masculino. Quanto ao estado civil, a maioria é solteiro e tem entre 25 e
34 anos.
A maior parte dos turistas opta por alugar carro. Somente 14%
utilizam transporte público. Este dado é de estrema relevância para o
governo decidir onde irá aplicar seus recursos.
Outro dado levantado pela pesquisa é relativo a Copa do Mundo no
Brasil. Quando perguntado sobre as razões para assistir a Copa do Mundo
no Brasil, dentre as opções: clima, o povo, conhecer o país, a beleza e a
diversidade natural do país, a maioria disse que era para assistir à copa
mesmo.
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A maior parte dos turistas opta por fazer turismo adicional. Este
dado mostra oportunidades de negócios para cidades vizinhas, turismo
rural e vários elos da cadeia produtiva do turismo.
O gasto médio com a viagem, excluindo passagem aérea, foi de R$
11.412,50. A maior parte dos gastos é para a alimentação e bebidas e o
item hospedagem fica em 2º lugar. Os tipos de hospedagem mais utilizados
foram:
Página 18 de 60 Pesquisa de Dados Secundários Segmento Turismo DF 2010
Outro item levantado de extrema relevância para o Brasil é que a
maioria dos turistas não virá a Copa do Mundo no Brasil devido à
criminalidade. Muitas ações a serem implementadas até 2014 podem
reverter esta posição dos potenciais turistas estrangeiros.
A maioria dos entrevistados não viram o idioma como barreira. No
entanto, é de suma importância para as autoridades brasileiras, analisar
melhor os resultados das respostas “SIM, o idioma é uma barreira”. Em
alguns casos, chega a 49% das respostas. Plano de treinamento e
capacitação dos agentes de turismos para falar outros idiomas, em especial
o inglês, se faz necessário para encorajar estes torcedores a vir participar
da copa 2014 no Brasil.
Página 19 de 60 Pesquisa de Dados Secundários Segmento Turismo DF 2010
O
III. O Brasil e a Copa do Mundo 2014
A estruturação da oferta turística a partir do modelo proposto pelo
Programa de Regionalização do Ministério do Turismo, a realização de cinco
edições do Salão do Turismo, a revisão da legislação turística com a
promulgação da Lei do Turismo, a qualificação profissional e o
desenvolvimento do novo sistema de cadastramento de prestadores de
serviços turísticos são fatores favoráveis e determinantes ao crescimento do
turismo no Brasil.
O aumento do crédito para o setor, a ampliação das campanhas de
incentivo às viagens domésticas, o redirecionamento das estratégias de
promoção internacional com destaque para a diversidade natural e cultural
do País e, mais recentemente, a captação dos dois principais megaeventos
esportivos internacionais – a Copa do Mundo FIFA 2014 e os Jogos
Olímpicos de 2016 – representam conquistas significativas.
O Governo de fato tornou o turismo uma prioridade no Brasil. Isto
pode ser refletido nos dados de orçamentos anuais e sua execução.
Fonte: Turismo no Brasil 2011 - 2014
Página 20 de 60 Pesquisa de Dados Secundários Segmento Turismo DF 2010
O investimento na Copa é outro retrato desta priorização. Os
investimentos que estão sendo feitos serão de grande valia para a
sociedade brasileira. Segue abaixo os valores orçamentários previstos:
Fonte: Turismo no Brasil 2011 - 2014
Com isso, o Ministério do Turismo começou a realizar uma série de
ações estruturantes para a Copa do Mundo 2014.
Em abril de 2008, foi realizado o Seminário Internacional Perspectivas
e Desafios para o Turismo – Copa do Mundo 2014. Este evento reuniu
especialistas da África do Sul, Japão, China, Alemanha e Espanha. Além
disso, existem diversas ações que estão sendo feitas pelo governo, para
que o Brasil esteja preparado para a Copa do Mundo 2014. Segue abaixo as
ações classificadas por 7 eixos:
1. Conhecimento de mercado - base de informações e
interpretação
� Benchmarking Em Turismo: Aprendendo Com As Melhores
Experiências: Copa do Mundo da Alemanha 2006 Frankfurt/
Kaiserslautern/Heidelberg
� Pesquisa Word Cup Turistas, África do Sul, Junho 2010: Esta
pesquisa foi feita pela FGV, a pedido do Ministério do Turismo,
com objetivo de: Analisar hábitos, atitudes e opiniões em
relação à última Copa do Mundo, realizada na África do Sul;
Avaliar conhecimento e imagem espontânea do Brasil, medindo
Página 21 de 60 Pesquisa de Dados Secundários Segmento Turismo DF 2010
principais resistências e pontos fortes do País como sede da
Copa de 2014; e traçar perfil dos turistas que participaram do
evento e identificar caminhos atrativos para o mercado
potencial turístico para a próxima Copa do Mundo –
Brasil/2014
� Documento Turismo no Brasil 2011 - 2014: As propostas desse
documento estão organizadas por eixos temáticos, subdivididos
em temas, de modo a melhor enquadrar os seus objetivos e a
facilitar o processo de acompanhamento e avaliação dos
resultados da sua implementação.
Fonte: Turismo no Brasil 2011 - 2014
2. Capacitação
Foi elaborado um Caderno de propostas estratégicas de organização
turística das cidades�sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014. O MTur
determinou 5 fatores críticos de sucesso para qualificação:
� Segurança para o turismo;
� Hospedagem;
� Alimentação;
� Receptivo;
� Serviços em geral;
Muitas ações já estão sendo executadas pelos estados.
Página 22 de 60 Pesquisa de Dados Secundários Segmento Turismo DF 2010
3. Gestão
Tal como a Alemanha, o Brasil formou um grupo gestor com
participação de Secretarias, Diretorias e Coordenações do Ministério. Foi
feito um planejamento estratégico, onde o compromisso do governo federal
é validado pela atenção dedicada a cada uma das cidades-sede e
predisposição de fazer o melhor pelo crescimento do turismo em âmbito
nacional. Para organizar a estratégia brasileira, o governo federal elaborou
o mapa estratégico para Copa do Mundo 2014. Este mapa apresenta os
principais elementos para o alcance dos objetivos institucionais,
organizando esquematicamente a proposição de estratégias e propostas
para a cidade-sede e região.
Este mapa tem como objetivo principal estabelecer uma conexão
construtiva entre as diretrizes propostas, suas ações e seus prováveis
resultados.
Fonte: Proposta Estratégica de Organização Turística Copa do Mundo 2014 - Brasil
Página 23 de 60 Pesquisa de Dados Secundários Segmento Turismo DF 2010
Para as diretrizes propostas, foram elaborados os fatores críticos de
sucesso, baseados nas pesquisas feitas pelo MTur:
Fonte: Proposta Estratégica de Organização Turística Copa do Mundo 2014 - Brasil
4. Melhoria de Processos de Comercialização - 5. Estratégias
Mercadológicas - 6. Definições de ações para os 4 P’s (produto,
preço, praça e promoção) e 7. Prospecção e CRM
Para o marketing da Copa 2014 algumas diretrizes já foram
elaboradas. O documento Proposta Estratégica de Organização Turística
Copa do Mundo 2014 - Brasil fala sobre a importância da participação da
iniciativa privada, do setor público e do terceiro setor. Cita a importância
das cidades-sede em feiras e eventos, a elaboração de material
promocional, a criação de site e a elaboração de pesquisa de mercado.
Uma ação já executada é o site:
� http://www.copa2014.org.br
Página 24 de 60 Pesquisa de Dados Secundários Segmento Turismo DF 2010
Este site tem um ícone 2014 na mídia onde se pode acessar um
release diário das noticias da Copa.
A Copa vai expor o País em todo o mundo de forma incisiva nos
próximos anos, e é interesse de todos aproveitarem esta divulgação de
forma positiva.
Para que isso aconteça, é importante prover as cidades-sede com
toda a infra-estrutura turística necessária, para que o evento transcorra
com a maior tranquilidade, possibilitando uma experiência inesquecível e
feliz a todos aqueles que estiverem envolvidos, participando direta ou
indiretamente do evento.
Com base no exposto, o Ministério do Turismo já iniciou uma série de
ações com o objetivo de estruturar as cidades-sede para receberem os
milhares de turistas nacionais e internacionais. Os investimentos do
Governo Federal devem estar focados, portanto, em questões do âmbito
público, que influenciam o cotidiano dos moradores da cidade e que possam
se transformar no legado do evento. Neste escopo, incluem-se os
investimentos na área de transporte urbano, rodoviário e aéreo, na
qualificação profissional, na revitalização de áreas urbanas com potencial
turístico, na sinalização turística e na área de segurança pública. Muitos
projetos já em andamento vêm ao encontro das demandas preexistentes
das cidades-sede. A seguir apresentamos alguns desses projetos:
Ações de Turismo em andamento no Brasil
Turismo terá plano estratégico para a Copa de 2014
O Ministério do Turismo (MTur) apresentou, em Brasília, durante
reunião da Câmara Temática Nacional de Desenvolvimento Turístico
(CTNDT), uma proposta para a elaboração do Plano Estratégico do Turismo
Brasileiro para a Copa do Mundo da FIFA de 2014.
A idéia é partir do plano e sua aprovação pelo Grupo Executivo da
Copa, composto pela Casa Civil, ministérios da Fazenda, do Turismo, do
Esporte e do Planejamento, Orçamento e Gestão, para estabelecer uma
Matriz de Responsabilidades do Turismo Brasileiro para o Mundial de 2014.
Página 25 de 60 Pesquisa de Dados Secundários Segmento Turismo DF 2010
Ao definir o plano estratégico do turismo para Copa, otimizam-se
recursos e somam-se esforços para que o evento tenha o planejamento e o
tratamento adequado.
O planejamento estratégico reunirá dados sobre a situação atual e
demandas das cidades-sede para o mundial na área do turismo e, ainda,
apresentará propostas com indicação de investimentos e cronograma de
ações.
O plano será focado em seis áreas principais: estruturação da oferta
turística (meios de hospedagem, alimentação, receptivos e atrativos
naturais e culturais); infra-estrutura turística (sinalização e centros de
atendimento ao turista); qualificação profissional (gerentes a prestadores
de serviços turísticos); promoção e apoio à comercialização (nacional e
internacional); combate à exploração sexual (campanhas de sensibilização)
e estruturas e serviços temporários para a Copa.
A CTNDT tem por objetivo a proposição de políticas públicas e
soluções técnicas necessárias e eficientes na área do turismo tendo em
vista a Copa de 2014. A câmara é composta por representantes das 12
cidades-sede, dos ministérios do Turismo e dos Esportes, do Instituto
Brasileiro de Turismo (Embratur) e do Conselho Nacional do Turismo.
A CTNDT está entre as nove câmaras definidas pelo Grupo Executivo
da Copa. O grupo coordena e consolida ações, estabelece metas e monitora
os resultados de implementação e execução dos planos estratégicos do
governo brasileiro para realização da Copa do Mundo FIFA 2014.
Copa do Mundo: R$ 183 bi para a economia brasileira
A Copa do Mundo de 2014 vai gerar R$ 183 bilhões para a economia
brasileira, num período de dez anos, a partir de 2010 e até 2019, entre
impactos diretos – investimentos em infra-estrutura, turismo, empregos,
impostos, consumo – e indiretos, que é a recirculação de todo esse dinheiro
no país, o que representa 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) acumulado
no mesmo período, segundo estudo realizado por uma consultoria para o
Ministério do Esporte.
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Os dados foram apresentados no Encontro Técnico de Segurança para
a Copa de 2014, realizado em Brasília. Segundo esse estudo, somente em
infra-estrutura os investimentos projetados chegam a R$ 33 bilhões,
incluindo estádios, mobilidade urbana, portos, aeroportos,
telecomunicações, energia, segurança, saúde e hotelaria. Isso equivale ao
custo de construção de 24 mil quilômetros de estradas pavimentadas.
Na parte de turismo, a previsão é de que 500 mil turistas
estrangeiros assistam a Copa no Brasil e que 3 milhões de turistas nacionais
se desloquem internamente, o que terá um impacto na economia de R$ 9
bilhões. No consumo, haverá também um fluxo de R$ 5 bilhões, causado
pelas obras, que vão gerar empregos e, por consequência uma massa
salarial, entre trabalhadores permanentes e temporários. Somados, esses
impactos devem incrementar o PIB em R$ 47,9 bilhões.
Um dado comparativo levantado pelos autores do estudo é que os R$
5 bilhões a serem injetados no consumo pela renda gerada por esses
trabalhadores equivale a 1,3 ano de venda de geladeiras no Brasil ou 7,2
milhões de aparelhos. A expectativa, segundo o estudo é de que a Copa crie
mais de 700 mil empregos entre permanentes e temporários.
Sobre a arrecadação de tributos, a estimativa é de sejam
arrecadados R$ 17 bilhões, o que representa mais de 30 vezes os R$ 500
milhões em isenções fiscais que serão concedidas à Federação Internacional
de Futebol (FIFA) e empresas por ela contratadas para a realização do
Mundial. Somente em tributos federais serão arrecadados com a Copa R$
11 bilhões, um saldo de R$ 3,5 bilhões em relação aos investimentos
federais na realização do campeonato.
Os impactos indiretos da Copa na economia do país com a
recirculação do dinheiro são calculados pelo estudo em R$ 136 bilhões, até
2019, cinco anos depois da Copa. Um impacto pós-Copa, impossível de
dimensionar financeiramente transforma-se em turismo futuro. Além disso,
as obras que modernizarão estádios nas 12 cidades-sedes também geram
riqueza e impacto no PIB. Este valor, somado aos R$ 47 bilhões dos
impactos diretos, leva aos R$ 183 milhões que o estudo calcula que a Copa
vai gerar para o país.
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O estudo menciona ainda os benefícios “intangíveis” da Copa de 2014
para o Brasil: visibilidade internacional, consolidação da imagem do país no
exterior pela capacidade de organizar um evento desse porte, maior
exposição de produtos e serviços para o mundo e maior aproveitamento do
potencial turístico, principalmente com a divulgação de atrações regionais.
Na parte de infra-estrutura, esses benefícios serão as grandes obras de
mobilidade urbana, portos e aeroportos, que melhorarão a qualidade de
vida da população.
O estudo conclui que a Copa também vai fortalecer o orgulho
nacional, como ocorreu nos países anfitriões das últimas edições.
Hotelaria inicia qualificação de 19 mil pensando em 2014
Dezenove mil profissionais da hotelaria entre recepcionistas,
mensageiros, governantas, capitães porteiro e gerentes de meios de
hospedagem das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 e dos 65
destinos indutores priorizados pelo Ministério do Turismo (MTur) serão
qualificados até 2012.
A ação faz parte do programa Bem Receber Copa – Hotelaria,
desenvolvido pelo MTur em parceria com Associação Brasileira da Indústria
de Hotéis (ABIH). Os profissionais de Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Belo
Horizonte (MG), Natal (RN) e Fortaleza (CE) já começaram os cursos.
Até o final de 2010, 4.115 profissionais da hotelaria das 12 cidades-
sede participarão do programa. O restante das vagas será distribuído até
2012.
O Bem Receber será o legado humano da Copa de acordo com o
MTur. Ao qualificar os profissionais do setor, se aumenta a competitividade
do destino Brasil, preparando e aperfeiçoando os profissionais para bem
receberem os turistas que visitarão o país em 2014.
Os cursos serão realizados a distância por meio da Escola Virtual dos
Meios de Hospedagem. Os alunos participarão de aulas presenciais para
realização de oficinas de trabalho e avaliação da aprendizagem. A carga
horária é de 200 horas e deverá ser cumprida em quatro meses.
Página 28 de 60 Pesquisa de Dados Secundários Segmento Turismo DF 2010
Os participantes terão acesso a material didático impresso, em vídeo
e em CD-ROM. Além disso, os profissionais contarão, ainda, com tutoria via
internet e plantões de dúvidas no local de trabalho. Cabe aos donos dos
empreendimentos hoteleiros disponibilizarem espaço físico e computadores
para os profissionais fazerem as aulas.
Ao final dos cursos, os participantes receberão certificado. Já os
hotéis que capacitarem 80% do quadro de profissionais, receberão o Selo
Bem Receber Copa.
A meta do programa Bem Receber Copa é qualificar 306 mil
profissionais do setor turístico tendo em vista a Copa do Mundo de 2014. O
programa atuará, em parceria com entidades do setor, na qualificação de
profissionais de áreas específicas como hospedagem, serviços de
alimentação fora do lar, agentes de viagem e receptivo, locadoras de
veículos e companhias aéreas.
Cartão BNDES financia serviços de qualificação profissional em hotelaria
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
aprovou um conjunto de medidas que visam a apoiar investimentos no
setor de turismo, mais especificamente na modernização e ampliação da
rede hoteleira brasileira. O objetivo é dotar o país de infra-estrutura
turística adequada para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.
As iniciativas contemplam a inclusão no Cartão BNDES do
financiamento aos serviços de qualificação profissional do setor de hotelaria
e lazer. Com isso, os cursos de capacitação e de aperfeiçoamento
profissional relacionados às atividades de recepção, viagens, eventos,
serviços de alimentação, entretenimento e línguas (inglês e espanhol) estão
autorizados a obter financiamento do Cartão BNDES, desde que sejam
previamente credenciados no Portal de Operações.
O Cartão BNDES também passa a financiar contrapartidas financeiras de
programas de qualificação profissional executados pelo Ministério de
Turismo (MTUR) e pelo Sebrae, voltados para a promoção da
competitividade empresarial e para a qualificação profissional nas áreas de
hospitalidade e lazer.
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Atualmente mais de 33 mil empresas do ramo de hotéis, pousadas,
agências de turismo, bares e restaurantes possuem o Cartão BNDES, que
tem limite pré-aprovado para transações de R$ 1,2 bilhão. Com essa forma
segura e prática de se fazer negócios, as Micro, Pequenas e Médias
Empresas do setor que possuem o Cartão BNDES financiaram, em 2009,
12,6 mil operações, somando R$ 172,8 milhões. Em 2010, até 16 de
agosto, já foram financiadas 20,3 mil operações no valor de R$ 272,4
milhões.
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B
IV. Brasília e a Copa 2014
Brasília é a cidade mais bem preparada para sediar a Copa do Mundo
de 2014. O governo local foi o primeiro a entregar para a Confederação
Brasileira de Futebol (CBF) o relatório de andamento das obras que serão
construídas para o evento. Independentemente da conjuntura, o projeto
segue dentro do planejado e as obras ficarão prontas antes do prazo
estipulado pela Fédération Internationale de Football Association (FIFA).
Além das obras ligadas intrinsecamente à Copa do Mundo, há um
complexo de investimento voltado para a área social. No total, a estimativa
do governo federal é que os investimentos ultrapassem a marca de R$ 100
bilhões em todo o País.
A realização de um evento esportivo desse porte se justifica pelas
benesses que ficam para as gerações futuras.
O voluntariado nas escolas da rede pública, a promoção de cursos de
línguas para servidores da área de saúde, segurança e educação e a
construção de vilas olímpicas nas cidades são algumas das frentes sociais já
em andamento que permanecerão como legado para a população.
A essa altura, todas as obras de infra-estrutura já têm um
cronograma de execução definido. A expectativa é que a maior parte das
edificações esteja pronta até o final de 2012.
Estádio Nacional Mané Garrincha
O projeto está concluído, dentro do prazo estipulado pela FIFA. As
obras já foram iniciadas e serão concluídas até dezembro de 2012. O
financiamento virá da venda de terrenos na área central de Brasília,
próximos ao estádio, conforme estabelece o Plano Diretor de Ordenamento
Territorial (PDOT). O novo estádio vai custar cerca de R$522 milhões.
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Estádio do Gama
Está pronto. Custou R$ 50 milhões e tem capacidade para 20 mil
pessoas. Servirá como campo de treino para as seleções que ficarem em
Brasília. Foi inaugurado em novembro de 2008.
Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)
Ligará o Aeroporto Internacional de Brasília ao centro da cidade, onde
ficam os hotéis, o Estádio Nacional de Brasília e o Centro de Convenções. A
obra já começou e seu custo é estimado em R$1,5 bilhão. O VLT será
financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) e pela Caixa Econômica Federal (CEF).
Setor Hoteleiro
A rede hoteleira do Distrito Federal dispõe, atualmente, de 28 mil
leitos. A cadeia de hotéis se divide em pequeno, médio e grande porte.
Concentram-se, principalmente, nos Setores Hoteleiros Sul e Norte,
localizados na região central de Brasília. Com os investimentos para a Copa
de 2014, o número de quartos vai dobrar, até o final de 2012. Somente no
complexo do novo Estádio Nacional serão investidos R$ 650 milhões para a
construção de hotéis.
Malha Viária
As regiões em que haverá atividades ligadas à Copa do Mundo de
2014 vão receber um total de R$ 486 milhões em investimento para
melhorar o fluxo viário. Na Estrada Parque Taguatinga (EPTG), conhecida
como Linha Verde, serão investidos R$ 245 milhões. Cerca de 140 mil
veículos trafegam pela via todos os dias. Além da EPTG, as obras
contemplarão ainda a reestruturação da BR 020 e da Estrada Parque
Indústria e Abastecimento (EPIA), alem da construção do Viaduto do
Periquito, na entrada do Gama, e do Viaduto EPGU, além de pequenas
adequações e modernizações no tráfego das cidades.
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Metrô
O Metrô já liga o centro de Brasília a Taguatinga, ao Guará, a
Samambaia, a Ceilândia e a Águas Claras. No último ano, foram concluídas
oito novas estações. Atualmente, recebe a demanda de 150 mil passageiros
por dia. Até a Copa, contará com 48 novos carros, que aumentarão a
capacidade de transporte para 300 mil passageiros por dia.
Campos de grama sintética
O governo construirá 30 campos de grama sintética com alambrados,
iluminação e apoio nas cidades. Desses, 11 estão prontos e 19 serão
concluídos até dezembro de 2010.
Vilas Olímpicas
A primeira foi inaugurada em Samambaia, chama-se Vila Olímpica Rei
Pelé. Dispõe de duas piscinas olímpicas, piscina de salto, pista de atletismo,
campos de futebol, campos de areia, quadras poliesportivas e ginásio
coberto. Outras 11 estão em construção e serão concluídas até dezembro
de 2010.
Segurança Pública
Foram construídos 100 novos postos policiais e, até o final de 2010,
mais 100 estarão prontos. O governo enviou dez oficiais da Polícia Militar
para fazer cursos na área de gerenciamento de grandes eventos. A
contratação de mais 1.500 policiais e a compra de 264 novas viaturas com
câmera e computador de bordo completam o investimento em segurança
pública.
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T
V. Turismo Copa do Mundo 2014
No Documento Proposta Estratégica de Organização Turística Copa do
Mundo 2014 – Brasil, fica claro que uma das principais potencialidades do
evento Copa do Mundo de Futebol é a promoção internacional do país-sede.
De acordo com levantamento da FIFA, a Copa de 2006 teve 73 mil horas de
transmissão na TV, em 214 países e territórios. Segundo esta mesma
estimativa, o evento gerou uma audiência acumulada de 26 bilhões de
espectadores (múltiplos acessos). Os números são expressivos, e mesmo se
considerarmos uma expectativa conservadora para a Copa de 2014, ainda
assim tem�se uma audiência global muito significativa.
Este considerável potencial não pode ser desperdiçado ou ignorado, e
o País tem, então, o desafio de maximizar esta exposição, de forma a
contribuir para a boa imagem do País no exterior. Neste sentido, o esforço
nacional deve ser acompanhado pelo esforço conjunto das cidades�sede,
que devem também prever com a devida antecipação seus trabalhos de
imagem e promoção. A promoção adequada de Brasília requer a elaboração
de um planejamento de marketing capaz de identificar em que segmentos
de mercado a cidade quer se mostrar, ou se revelar, ao País e ao mundo.
Para a definição da estratégia de marketing do destino, é necessária
a elaboração de um planejamento de marketing formatado com base na
participação da iniciativa privada, do setor público e do Terceiro Setor, e
que estabeleça metas, ações, prazos e indicadores para o seu
acompanhamento, a partir da liberação pela FIFA das campanhas para a
Copa 2014, até as campanhas pós�Copa.
A participação de Brasília em feiras e eventos é importante para a
divulgação dos atrativos da cidade e para a comercialização de roteiros
locais e regionais. No entanto, é a definição de uma política formal, voltada
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aos segmentos de mercado que se deseja atingir, que garante ao destino
turístico a execução de ações planejadas.
Como parte dessa estratégia, cabe ressaltar a importância de
mensurar o impacto da participação em feiras e eventos como forma de
aprimorar as políticas de promoção do destino. Esse esforço adicional, cujo
modelo ideal contempla a participação de todos os atores, pode contribuir
para um maior conhecimento sobre o destino e para o aumento de
visitantes à cidade.
O material promocional é um dos elementos de marketing que ajuda
a compor a imagem da localidade, por isso deve refletir a realidade local e
estar voltado aos segmentos que se pretende atingir. Brasília deve incluir
em seu material promocional a logo da Copa, em consonância com as
regras da FIFA, a fim de estimular as expectativas com relação ao evento.
Uma ferramenta efetiva para o marketing do destino é dispor na
internet um site de uma determinada localidade, onde se deve concentrar
informações gerais sobre o destino. A utilização da internet, até 2014,
seguirá uma curva crescente, e a presença de Brasília na rede, com um site
atualizado em três idiomas (ao menos) é uma ferramenta extremamente
estratégica para sua promoção.
Os portais de internet, em geral, não estão bem estruturados, mas
vêm sofrendo ajustes constantes para atender turistas em outros idiomas.
Os canais de informação precisam melhorar no aspecto de marketing de
promoção.
No contexto de pesquisas de mercado, há informação reduzida e
carência de levantamento detalhado sobre o perfil do turista internacional e
respectivos segmentos de interesse, por município. Os dados oriundos das
pesquisas da Embratur precisam ser complementados pelas pesquisas locais
dos municípios.
Apesar de terem agendas de eventos bem movimentadas, na maioria
dos casos, não há programa formal de adequação do visitante ao turismo, o
que pode ser resultado de um grande número de eventos de amplitude local
ou de carência de estratégia que viabilize oportunidade para captação e
conquista de potenciais clientes.
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T
VI. Turismo no Distrito Federal
O turismo do Distrito Federal possui um grande potencial, pois tem
como destaque a cidade de Brasília, Patrimônio Cultural da Humanidade,
título conferido pela UNESCO. Planejada pelo urbanista Lúcio Costa,
atualmente reúne o maior número de monumentos e edifícios
governamentais de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer.
Além disso, possui uma infra-estrutura invejável para receber
turistas. Dispõe, ainda, de um aeroporto moderno, o terceiro em
movimentação de passageiros e aeronaves do Brasil e que, por sua
localização estratégica, é considerado “hub” da aviação civil, ou seja, ponto
de conexão para destinos em todo o País. Possui um dos melhores índices
de qualidade de vida do Brasil, e por ser a capital da República, tem lugar
de destaque, também, por acolher brasileiros de todos os rincões que aqui
chegam à busca de novas oportunidades. Da mesma forma, a hospitalidade
se faz presente com os estrangeiros – nem poderia ser diferente, num lugar
que abriga a sede de 84 embaixadas de países credenciados junto ao
governo brasileiro.
Rica em prestações de serviços, a região possui mão-de-obra
especializada e qualificada quando comparada a outros estados brasileiros.
Dessa forma, qualquer tipo de turismo praticado na capital gera grande
impacto, mesmo que indiretamente, na economia local. Afinal, com a
localização geográfica privilegiada e as políticas públicas de incentivo que
vêm sendo criadas, a capital tem vocação para ser um importante ponto de
turismo cívico, de negócios e de eventos.
A reformulação da imagem da capital é um fato concreto graças ao
trabalho da BrasiliaTur. O Distrito Federal ganhou projeção como destino
devido à participação em oito feiras de turismo no Brasil e nas cinco
principais no exterior. Esse trabalho atribuiu a Brasília o título de Capital
Americana da Cultura em 2008, o que resulta na exposição internacional do
Página 36 de 60 Pesquisa de Dados Secundários Segmento Turismo DF 2010
destino para todas as Américas, com repercussões na mídia espontânea
internacional. Outro ponto forte desenvolvido pela BrasiliaTur é o incentivo
ao turismo em regiões administrativas do DF, cujo foco é o turismo rural e o
ecoturismo.
Além de turistas interessados em participar de seminários, fazer
negócios e visitar os monumentos históricos, Brasília também é roteiro para
quem gosta de esportes. Para receber os amantes do futebol, o Governo do
Distrito Federal investiu na melhoria da infra-estrutura. O estádio Mané
Garrincha, inaugurado em 1974, passará por uma grande reforma para
receber partidas importantes da Copa de 2014. O projeto manterá boa
parte da estrutura do complexo esportivo, que dispõe de vestiários, sala de
fisioterapia, alojamento, restaurante e academias, e ampliará a capacidade
de 42 mil torcedores para 76 mil.
Outro importante investimento, fundamental para o turismo de
eventos, foi a reforma do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Desde
maio de 2005, os eventos promovidos já atraíram mais de 800 mil pessoas
ao local. O fomento ao turismo de negócios influenciou o Produto Interno
Bruto (PIB), fazendo com que Brasília, juntamente com São Paulo e Rio de
Janeiro, respondessem por 21% de toda a riqueza produzida no País.
Dados da Associação Brasileira das Indústrias de Hotéis no DF (ABIH)
mostram que, além de turistas brasileiros, Brasília recebe muitos
estrangeiros que passam, em média, três dias na cidade para desfrutar o
turismo de negócios. Em 2009, a ocupação dos hotéis da cidade foi de 30%,
totalizando cerca de 40 mil turistas.
E não é à toa que a capital atrai tantos empresários. É sabido que
planejamento aliado à infra-estrutura e à organização tem como resultado o
desenvolvimento econômico. Essa fórmula, quando aplicada à risca, gera
bons resultados, o que está acontecendo em Brasília atualmente. Cerca de
60 pólos econômicos fazem com que a cidade saia da sua condição de
reduto exclusivo de funcionários públicos para se tornar uma região de
empreendedores. São, aproximadamente, 80 mil empresas. Nada menos
que 40% do capital que circulam na cidade são extraídos desse contingente
de iniciativa privada.
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Onde há mercado, há empresas. Nos últimos cinco anos, estima-se
que setores como o Varejo e a Construção Civil cresceram 50% no Distrito
Federal, atraindo companhias de outras regiões e empreendedores locais.
Além da alta renda, outro trunfo brasiliense é a estabilidade no emprego do
funcionalismo. Em grande parte, os 190 mil servidores civis e militares que
vivem no Distrito Federal são os principais responsáveis pela explosão
imobiliária que movimenta Brasília e as Regiões Administrativas de alta
renda, como Guará e Águas Claras.
Brasília possui o segundo maior PIB per capita do Brasil – R$
40.696,00 – entre as capitais, superado apenas por Vitória, cujo PIB é de
R$ 60.592,00. Junto com Anápolis e Goiânia, faz do eixo Goiânia-Anápolis-
Brasília a região mais desenvolvida do Centro-Oeste brasileiro. Com toda
essa renda, o Distrito Federal já é o terceiro pólo de compras do País, atrás
apenas dos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro. Brasília se consolida
como um grande mercado e oferece uma gama de oportunidades aos
setores de Varejo e Serviços focados nas classes A e B.
Alguns Números da Capital Federal
28 Hotéis
28.000 leitos de hotéis
351 Agencias de Turismo
80 Agencias de Viagem
67 Prestadoras de Serviços e Infraestrutura para Eventos
52 Transportadoras Turísticas
29 Locadoras de Automóveis
135 Operadoras Turísticas
24 Receptivos Turísticos
65 Museus
70 Teatros
90 Salas de Cinema
70 Clubes de Esporte e Lazer
335 Agências Bancárias
1.075 Pontos de Atendimentos Bancários
3.500 Restaurantes
7.000 Bares
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Não parece, mas tanto crescimento e indicadores econômicos de
padrão europeu se deram em, apenas, 49 anos. Por isso, as expectativas,
por parte de estudiosos, políticos e economistas para os próximos anos são
permeadas de uma boa dose de otimismo.
Turistas não faltam em Brasília. De segunda a segunda, eles estão
espalhados pelos principais atrativos do Plano Piloto de Lucio Costa e Oscar
Niemeyer. Tiram bastantes fotos, gostam da cidade, acham tudo muito
bonito e até voltam algumas vezes. Mas quase sempre para pernoitar. A
capital do país não consegue segurar os visitantes por mais de dois dias. O
Correio Braziliense divulgou pesquisa inédita com o perfil do turista do
Distrito Federal. Os dados são do livro Impacto do turismo na economia do
DF, lançado recentemente pelos pesquisadores do CET/Unb-DF.
O sumário dos dados dessa pesquisa demonstra que:
� O turismo é importante para a geração de empregos e renda e
para o desenvolvimento socioeconômico.
� O setor de turismo, em 2007, foi responsável por 9,9% do PIB
mundial e por 8,3% dos empregos gerados (OMT).
� Para se avaliar as potencialidades socioeconômicas do turismo,
no Distrito Federal, torna-se necessário analisar as atividades
econômicas caracterizadas como turísticas.
� Essas atividades encontram-se no setor de transporte,
alimentação, hotelaria e atividades culturais e desportivas.
� Elas relacionam-se economicamente com várias outras na
economia como um todo, conforme se apreende da análise da
Matriz de Insumo-Produto, MIP, calculada para o Distrito
Federal no ano de 2004.
� Além disso, deve-se fazer diagnósticos econômico e ambiental
para o setor de turismo no Distrito Federal.
1. Setor de transporte rodoviário: (Demanda por transporte
rodoviário - desembarques)
� Desembarque de passageiros rodoviários no DF apresentou um
crescimento médio anual da ordem de 5% entre os anos de 1997
e 2005.
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� Efeito preço: aumento de 1% no preço médio da passagem, reduz
em 0,59% a demanda por transporte rodoviário, em média.
� Efeito renda: aumento de 1% na renda (PIB) da economia, eleva
em 1,22% a demanda por transporte rodoviário, em média.
� Além disso, 69% dos usuários repetem a utilização do transporte
rodoviário de passageiros em relação ao último período que
utilizaram o serviço.
2. Setor de transporte aéreo: (Demanda por transporte aéreo
(desembarques)
� O transporte aéreo de passageiros para o DF apresentou um
crescimento médio anual de 12% entre 1997 e 2005.
� Efeito preço: aumento de 1% no preço médio da passagem, reduz
em 0,28% a demanda por transporte aéreo.
� Efeito renda: aumento de 1% na renda (PIB) da economia, eleva
em 0,88% a demanda por transporte aéreo.
� Efeito preço-cruzado: aumento de 1% no preço da passagem do
transporte rodoviário, aumenta em 0,75% a demanda por
transporte aéreo (serviços substitutos).
� Os resultados também indicam que 86% dos usuários repetem a
utilização do transporte aéreo ao longo do tempo.
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Os números confirmam a tese de que Brasília atrai particularmente
turistas de negócios. Quase 60% dos que visitam a capital federal justificam
a viagem com reuniões de trabalho ou participação em convenções. Quando
o intuito é lazer, o percentual não chega a 7%. De férias ou não, pouco
mais de 70% dos turistas ficam, no máximo, dois dias em Brasília. Os que
chegam de avião são maioria. Mas ainda há muitos que vêm à cidade de
carro.
O turismo no DF é particularmente de negócios, recebe visitantes
principalmente de São Paulo e do Rio de Janeiro. Os turistas tendem a
retornar ao DF, e a ficar poucos dias aqui, cerca de dois dias em média.
Isso sugere que se desenvolvam programas para ampliar a estadia
média do turista.
Esta recomendação é reforçada pelo potencial de geração de
emprego que o setor de cultura e lazer representa no DF, situando-se em
terceiro lugar no ranking de criação de empregos formais e informais em
2005, logo após transporte e alimentação.
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A recepção dos estrangeiros em Brasília se revela incipiente —
visitantes de outros países representam 3,4% do total.
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Como os indicadores relativos ao mercado de trabalho possibilitam
aferir razoavelmente a dinâmica da economia, assim, é de suma
importância analisar a participação de cada ACT´s - Atividades
Características do Turismo no PIB. Segundo o IPEA, em 2007/2008 a
participação ficou da seguinte forma no DF.
Participação das ATIVIDADES CARACTERÍSTICAS DO TURISMO
- ACT’s no PIB do Turismo do Distrito Federal
Segmentação do Mercado Turístico
Como vivemos numa sociedade heterogênea, estressante, com
grande acesso a informações, aumento do tempo livre, facilidades cada vez
maiores para viajar, como financiamento e diminuição dos preços das
passagens, as pessoas acabaram sendo impulsionadas a buscar novas
experiências e sensações em diferentes destinos e atrações.
É seguindo essas mudanças mercadológicas, originadas basicamente
em função dos atrativos dos destinos, que a segmentação ocorre
naturalmente ou de forma planejada. Pois, segmentação nada mais é do
Página 43 de 60 Pesquisa de Dados Secundários Segmento Turismo DF 2010
que uma forma de tentar organizar e gerir o mercado. Estas gestão e
organização são feitas por meio do enfoque na demanda, identificando
certos grupos de consumidores, com particularizações que determinam suas
decisões, preferências e motivações. Já os produtos, roteiros turísticos em
geral são estabelecidos de acordo com a oferta (em relação à demanda), de
modo a caracterizar segmentos ou tipos de turismo específicos, porém, isso
não significa que um produto só pode apresentar e oferecer atividades
relacionadas a apenas um segmento de oferta ou demanda, uma vez que
novas denominações surgem o tempo todo, em decorrência da incessante
dinâmica das pessoas e mercados, na busca de novas experiências, aliada
às novas tecnologias e à criatividade das operadoras turísticas.
Por outro lado, o mercado atual tem implementado as mais diversas
motivações para se realizar uma viagem, propiciando o surgimento de
novos segmentos, nos quais podem constituir ofertas específicas. Tais
como observação de pássaros, de turismo GLS (gays, lésbicas e
simpatizantes), segmentos evangélicos entre outros que podem e devem
ser trabalhados de forma individualizada, como nichos de mercado
turísticos, ocasionando o aparecimento de agências de viagem e meios de
transporte especializados que satisfaçam essa demanda.
E é através do conhecimento desses diferentes grupos que se torna
possível a criação de novos produtos e serviços, desde que fique
comprovada sua potencialidade e crescimento, podendo-se também
detectar quais os produtos e serviços que estão em declínio, sendo esses
substituídos por outros mais interessantes e desejados.
A divisão dos grupos homogêneos tende a ser feita adotando-
se alguns critérios tais como geográfico, sociodemográfico, motivo da
viagem, psicográfico (estilo de vida e personalidade), comportamento e
outros.
Então, por ser a segmentação de suma importância para a
organização e gestão do mercado turístico, foi que o MTur – Ministério do
Turismo, segmentou o turismo no Brasil para fins estratégicos:
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� Turismo Social: é a forma de conduzir e praticar a
atividade turística promovendo a igualdade de
oportunidades, a equidade, a solidariedade e o exercício da
cidadania na perspectiva da inclusão.
� Ecoturismo: é um segmento da atividade turística que
utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e
cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de
uma consciência ambientalista através da interpretação do
ambiente, promovendo o bem estar das populações.
� Turismo Cultural: compreende as atividades turísticas
relacionadas à vivência do conjunto dos elementos
significativos do patrimônio histórico e cultural e dos
eventos culturais, valorizando e promovendo os bens
materiais e imateriais da cultura.
� Turismo Cívico: ocorre em função de deslocamentos
motivados pelo conhecimento de monumentos, fatos,
observação ou participação em eventos cívicos, que
representam o presente ou memória política e histórica
de determinados locais.
� Turismo Religioso: configura-se pelas atividades turísticas
decorrentes da busca espiritual e da prática religiosa em
espaços e eventos relacionados às religiões institucionalizas.
� Turismo Místico e Esotérico: caracterizam-se pelas
atividades turísticas decorrentes da busca da espiritualidade
e do autoconhecimento em práticas, crenças e rituais
considerados alternativos.
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� Turismo Étnico: constitui-se das atividades turísticas
decorrentes da vivência de experiências autênticas em
contatos diretos com os modos de vida e a identidade de
grupos étnicos.
� Turismo de Estudo e Intercâmbio: constitui-se de
movimentação turística gerada por atividades e programas
de aprendizagem e vivências para fins e qualificação,
ampliação de conhecimento e de desenvolvimento pessoal e
profissional.
� Turismo de Esportes: compreende as atividades turísticas
decorrentes da prática, envolvimento e observação de
modalidades esportivas.
� Turismo de Pesca: compreende as atividades turísticas
decorrentes da prática da pesca amadora.
� Turismo Náutico: caracteriza-se pela utilização de
embarcações náuticas como finalidade da movimentação
turística.
� Turismo de Aventura: compreende os movimentos
turísticos decorrentes da prática de atividades de aventura
de caráter recreativo e não competitivo.
� Turismo de Sol e Praia: constitui-se das atividades
turísticas relacionadas à recreação, entretenimento ou
descanso em praias em função da presença conjunta de
água, sol e calor.
� Turismo de negócios e eventos: compreende o conjunto
de atividades turísticas decorrentes de interesse
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profissional, associativo, institucional, de caráter comercial,
promocional, técnico, científico e social.
� Turismo de saúde: constitui-se das atividades turísticas
decorrentes da utilização de meios e serviços para fins
médicos, terapêuticos e estéticos.
� Turismo rural: é um conjunto de atividades turísticas
desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção
agropecuária, agregando valor a produtos e serviços,
regatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da
comunidade.
Principais atrativos do Distrito Federal e entorno
Brasília já possui diversos atrativos, que vão desde os culturais como
teatros, monumentos a diversos shows, festas e eventos. Conta ainda com
diversos museus, festas temáticas a várias opções de bares, restaurantes,
casas noturnas e centros de compras, com várias opções de shoppings
também, e pode-se observar a intensificação desses atrativos na capital,
com uma oferta cada vez maior desses serviços. Além das opções citadas
anteriormente, não se pode deixar de destacar os parques da cidade,
oferecendo uma área verde belíssima, que é um convite a prática de
esportes.
Brasiliatur, autarquia criada para gerir e promover o turismo na
capital elaborou e dividiu as atrações turísticas da cidade em três
diferentes segmentos do turismo, que são: Turismo Cívico/ Arquitetônico,
Turismo Ecológico e Rural, Turismo Místico, classificando algumas atrações
que não se pode deixar de ver e comentar, conforme demonstrado no seu
site oficial do órgão.
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O Turismo Cívico/Arquitetônico foi subdivido nas seguintes atrações:
O Turismo Ecológico e rural foi subdivido em:
• Parque da Cidade Sarah Kubitscheck
• Parque Nacional de Brasília (Água Mineral)
• Parque Águas Claras
• Parque Olhos d’água
• Jardim Botânico
• Estação Ecológica de Águas Emendadas
• Jardim Zoológico
• Chapada Imperial
• Parque Municipal Itiquira (Formosa GO)
• Lindas Serras dos Topázios (Cristalina GO)
• Chapada dos Veadeiros (Cidade de Alto Paraíso e São Jorge/GO)
• Cavalcante (Chapada dos Veadeiros/GO)
• Lagoa e Barragem do Paranoá
• Lago Bonita (Planaltina/DF)
• Lagoa Formosa (Planaltina/DF)
• Lagoa Feia (Formosa/GO)
• Praça dos três poderes• Panteão da Pátria• Espaço Lúcio Costa• Espaço Oscar Niemeyer• Congresso Nacional• Supremo Tribunal Federal• Palácio do Planalto• Palácio Itamaraty• Ministério da Justiça• Esplanada dos Ministérios• Teatro Nacional Cláudio Santoro• Centro Cultural da República• Estação Rodoviária de Brasília• Torre de Televisão• Centro Esportivo Ayrton Senna• Palácio do Buriti
• Memorial dos Povos Indígenas• Memorial JK• Praça do Cruzeiro• Estação Ferroviária • Quartel General do Exército• Banco Central do Brasil• Caixa Econômica Federal• Centro Cultural Banco do Brasil• Superior Tribunal da Justiça• Palácio da Alvorada• Catetinho• Ponte JK• Museu Vivo da Memória• Centro de Convenções Ulisses Guimarães• Catedral Metropolitana N.S. Aparecida• Superquadras 107, 108 e 308 Sul
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• Cachoeiras: Poço Azul (Brazlândia/DF), Mumunhas (Brazlândia/DF), Cachoeira da Saia Velha (DF), Piripipau (Planaltina DF), Salto do Corumbá (Corumbá de Goiás/GO), Cachoeira do Arrojado (Cristalina/GO), Salto do Tororó (DF), Buraco das Araras e Buraco das Andorinhas (Formosa/GO)
• Gruta São Domingos (São Domingos/GO – Parque Estadual Terra Ronca)
• Gruta do Tamboril (Unaí/MG)
• Gruta do Rio do Sal (DF)
O Turismo Místico:
"...e entre os paralelos 15º e 20º Sul, havia em um leito muito largo
e extenso que partia de um ponto onde se formava um lago. Quando
escavarem as minas escondidas no meio desses montes, aparecerá aqui a
grande civilização, a Terra Prometida de onde emana o leite e o mel..."
(Profecia de São João Bosco, 1883)
8 Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida
8 Santuário Dom Bosco
8 Igreja Nossa Senhora de Fátima
8 Mesquita do Centro Islâmico do Brasil
8 Templo Budista da Terra Pura
8 Seichô-no-iê
8 Catedral Santa Maria dos Milagres, Rainha da Paz
8 Oratório do Soldado
8 Comunhão Espírita
8 Ermida Dom Bosco
8 Igreja Messiânica Mundial
8 Templo da Ordem Rosa Cruz
8 Igreja Adventista do Sétimo Dia
8 Templo da Boa Vontade
8 Cidade Eclética (Santo Antônio do Descoberto/GO)
8 Cidade da Paz
8 Vale do Amanhecer
8 Planaltina – Encenação da Via Sacra no Morro da Capelinha
8 Pirenópolis – Festa do Divino
8 Cidade de Goiás – Procissão do Fogaréu
8 Festa da Circuncisão
8 Folia de Alvorada
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Na avaliação de alguns arquitetos, Brasília é uma imensa exposição
de arte moderna a céu aberto. Prédios como a Catedral Metropolitana, o
Museu Nacional, o Congresso Nacional e o Panteão da Pátria revelam os
traços modernistas da arquitetura que florescia no Brasil na segunda
metade do século passado.
O gráfico a seguir representa a opinião do trade quanto ao tipo de
turista que a capital mais recebe. Em destaque ficaram os turistas de
eventos e negócios. Outra parte os entrevistados indicaram somente o
turista de eventos, com 15% do total, e o turista de negócios com 13%.
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O turismo de eventos e negócios contabilizou mais da metade na
opinião do trade e uma pequena parcela indicou o turista cívico, cultural,
místico e religioso.
Se se levar em conta o turismo de eventos juntamente com o de
negócios, a pesquisa mostra que, como ocorrido na pesquisa na Pesquisa do
Brasília Convention em 1996 e na pesquisa Indicadores Econômicos,
realizada pelo CET e Brasíliatur, onde se levantou que o turista de negócios
e o de eventos são os turistas que a cidade mais recebe, o trade local
chegou à mesma conclusão, porém de acordo com a pesquisas acima o
turista de negócios ainda é o turista predominante na cidade,
desmistificando a questão que Brasília seria a capital de eventos do país,
pois a metade dos turistas da cidade vem a negócio e não a eventos,
congressos. Já na pesquisa com os gestores do trade o turista de negócio
ficou na terceira posição. Isso se deve às diversas propagandas, trabalho e
projetos vendendo a cidade como destino de eventos e também um desejo
do trade em tornar a cidade na Capital de eventos do país. A cidade de São
Paulo continua imbatível nesse quesito, dominando o mercado de evento
em aproximadamente 75%, realizando mais de 90 mil eventos ano.
Importante lembrar que este turista de negócios, que vem a Brasília,
é um público de alto poder aquisitivo, em sua maioria masculino e que
normalmente não utiliza os equipamentos de lazer e entretenimento da
cidade, reforçando, então, a idéia de uma fatia, ou segmento estratégico e
em potencial a ser explorada pelo trade, com o intuito de estimular esse
Página 51 de 60 Pesquisa de Dados Secundários Segmento Turismo DF 2010
público a usufruir mais os atrativos culturais da cidade e aumentar seu
tempo de permanência na capital.
A Pesquisa do perfil e da satisfação do turista de lazer e de negócios
em Brasília realizada em 2007/2008 pelo CET/ UnB - Centro de Excelência
em Turismo da Universidade de Brasília, contribui em muito para um claro
entendimento do comportamento dos turistas que vêem a Brasília. Como
resultado de uma análise mais detalhada, pode-se direcionar os
investimentos procurando adequar os aparelhos que compõem o turismo do
DF às demandas dos visitantes/turistas.
Resultados para o perfil
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Resultados para o perfil
Resultados hábitos de viagem
Turista de lazer Turista de negócios
1º Catedral 15%
2º Shopping Centers 8,2%
3º Praça dos TrêsPoderes
7,9%
4º Palácio da Alvorada 7,4%
5º Torre de TV 7,2%
6º Palácio do Planalto 7,1%
7º Congresso Nacional 6,8%
8º Museu JK 6,8%
9º Ponte JK 6,4%
10º Parque da cidade 5,2%
11º Teatro Nacional 4,5%
12º Museu Nacional 4,5%
13º Catetinho 3,6%
14º Ermida Dom Bosco 2,8%
1º Catedral 15,5%
2º Torre de TV 9,0%
3º Praça dos TrêsPoderes
7,8%
4º Shopping Centers 7,8%
5º Palácio do Planalto 7,3%
6º Palácio da Alvorada 7,0%
7º Congresso Nacional 7,0%
8º Memorial JK 6,8%
9º Ponte JK 6,3%
10º Palácio Itamaraty 6,2%
11º Parque da Cidade 5,5%
12º Museu Nacional 4,6%
13º Catetinho 2,8%
14º Ermida Dom Bosco 2,2%
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Resultados hábitos de viagem
Turista de lazer Turista de negóciosTransporte na cidade Transporte na cidade
Local de hospedagem Local de hospedagem
Gasto diário Gasto diário
Turista de lazer | Satisfação com a infra-estrutura
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Resultados hábitos de viagem
Turista de lazer | Satisfação com os equipamentos/serviços
Turista de negócios | Satisfação com os serviços/equipamentos
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A última questão abordada pelos pesquisadores foi a impressão geral
de Brasília como destino de negócios e o resultado foi positivo.
Aproximadamente 68% dos entrevistados apresenta boa impressão e para
cerca de 19% a impressão é ótima.
Seguem abaixo as impressões dos turistas entrevistados sobre o
destino Brasília:
Impressões positivas de Brasília:
• Hospitalidade do povo;
• Ser a capital do país;
• Para quem vem fazer turismo é um bom lugar.
Impressões negativas e sugestões:
• Disponibilizar mais informações a respeito de Brasília e o que
ela oferece para lazer e não somente política;
• Melhorias na sinalização, problemas e dificuldades na saída
do aeroporto;
• Falta de informação de como andar em Brasília;
• Os turistas não têm opções a não ser táxi ou ônibus;
• Falta de receptividade das pessoas não o influencia a gastar
com a cidade;
• Trânsito ruim e poucas passarelas;
• Faltam atrativos;
• Divulgação ostensiva de eventos e shows;
• Adotar medidas para melhorar o fluxo dos carros;
• Aumentar vagas em hotéis e transporte de qualidade para
turista e população local;
• Melhorar o acesso das cidades satélites até Brasília;
• Preços caros demais;
• Mudar toda a estrutura;
• Melhorar hotéis;
• Investir em opções que deixem a cidade menos monótona;
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• Precisa-se organizar melhor alguns pontos em Brasília
como, por exemplo, a rodoferroviária que é - uma vergonha
e a Rodoviária do Plano - que é imunda;
• Criar mais áreas de lazer;
• Necessário melhorar o trânsito;
• Considera Brasília uma repartição pública, não foi feita para
lazer;
• Enquanto não houver uma melhoria nos preços, o turismo
fica inviável;
• Os hotéis deveriam oferecer pacotes de lazer;
• Os táxis deveriam ser da mesma cor para facilitar a
identificação;
• Deve-se ter mais informativos sobre os horários de
funcionamento nos monumentos: táxi sem condição de
transitar, muitos velhos.
Nota-se que os pontos negativos estão se sobrepondo aos positivos,
então a necessidade de melhorar a infra-estrutura da cidade assim como a
informação que deveria chegar ao turista é indiscutível, visto que o turista
de negócios não está satisfeito com a infra-estrutura em geral
(equipamentos, serviços e sinalização), nem com o atendimento que aqui
está recebendo.
A principal dificuldade ou deficiência para que Brasília se destaque
como destino turístico no Brasil na opinião dos entrevistados:
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No caso do turismo de negócios a estratégia de comercialização mais
importante não é atrair mais turistas de negócios, mas sim atrair os turistas
de negócios para permanecer mais tempo em Brasília.
Para ampliar a permanência média do turista de negócios há
necessidade de uma maior divulgação dos atrativos para esses visitantes. A
produção e distribuição de material promocional, principalmente um
calendários de eventos culturais, nos hotéis é uma das estratégias. A
promoção desses atrativos na mídia de revistas e de vídeos dentro dos
aviões que se direcionam à Brasília é outro instrumento. A criação de um
cartão de fidelidade dos turistas de Brasília também poderá contribuir para
que os turistas de negócios ampliem sua permanência na cidade.
No que diz respeito ao turismo de eventos há necessidade também
de produção e distribuição de material promocional específico para os
promotores e organizadores de eventos. A realização de fam tours com
decisores de localização de eventos de calendários é também uma
estratégia importante. A promoção de Brasília como um destino de turismo
de eventos deverá ser feita também em feiras segmentadas.
O desenvolvimento do turismo de eventos de Brasília necessita de um
envolvimento forte do Brasília Convention & Visitors Bureau. A captação de
eventos depende da ação da Brasiliatur e das demais secretarias do Distrito
Federal. No entanto, o papel do Convention Bureau é fundamental para que
o número de eventos se amplie na região.
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B
SEBRAE / DF S.I.A Trecho 03 Lote 1580 71 200-020 – S.I.A – Brasília/DF Diretoria: Maria Eulalia Franco Unidade de Acesso a Mercado Sebrae/DF Unidade de Acesso a Mercado Gerente: Lucimar Santos Gestor do Projeto: James Hilton Reeberg 061 33621623 [email protected] Foco no Mercado José Maria Fernandes
Consultor de Mercado
UniNegócios
Demanda: Unidade: UACCS Projeto: Copa do Mundo 2014 – Turismo
VIII. Bibliografia ------------ Benchmarking em Turismo: Aprendendo com as melhores
experiências internacionais: Copa do Mundo da Alemanha 2006 –
Frankfurt/Kaiserslautern/Heidelberg. 2008/2009
Disponível em:
http://www.copa2014.turismo.gov.br/export/sites/default/copa/pesquisas/R
elatorio_Final_Alemanha.pdf.
------------- Guia de Referência para Projetos com Foco no Mercado.
Edição Sebrae Nacional, Brasília (DF), 2009
Página 59 de 60 Pesquisa de Dados Secundários Segmento Turismo DF 2010
------------- Mandalinha Projetos com Foco no Mercado. Edição Sebrae
Nacional, Brasília (DF), 2009
--------- Manual de Elaboração e Gestão de Projetos Orientados para
Resultados – GEOR. Versão 5. Edição Sebrae Nacional, Brasília (DF), 2007
Disponível em:
http://200.143.12.93/export/sites/default/dadosefatos/outros_estudos/dow
nloads_outrosestudos/Turismo_no_Brasil_2011_-
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Disponível em: http://deolhoem2014.terra.com.br/.
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Disponível em: http://www.oportal.net/copa2014/.
Disponível em: http://www.sebrae.com.br/customizado/acesso-a-
mercados/conhecaseu-mercado/pesquisas-de-mercado/conceitos.
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Disponível em: http://www.tendenciasemercado.com.br/negocios/turismo-
tera-planoestrategico-para-a-copa-de-2014/
Disponível em: http://www.turismo.gov.br/turismo/noticias
Disponível em:
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http://www.copa2014.turismo.gov.br/export/sites/default/copa/pesquisas/2
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Disponível em:
http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&rlz=1R2ADFA_pt-
RBR376&um=1&ie=UTF-
8&q=operadoras+de+turismo+no+df&fb=1&gl=br&hq=operadoras+de+turi
smo&hnear=Distrito+Federal&view=text&ei=GveETOC2AsH-
8AaAlrjvAQ&sa=X&oi=local_group&ct=more-
results&resnum=1&ved=0CCcQtQMwAA
Disponível em:
http://200.143.12.93/dadosefatos/conjuntura_economica/pesquisa_conjunt
ura_turismo/
Lemes, Weider Daniel - Mercado turístico de Brasília e sua principal vocação turística, Lemes-Weider Daniel. – Brasília, 2009. Pós-graduação Lato Sensu - Curso de Especialização em Gestão de Negócios em Turismo – CET/UnB
Pesquisa do perfil e da satisfação do turista de lazer e de negócios em Brasília – 2007/ 2008 - Universidade de Brasília – CET
Indicadores Econômicos para o Planejamento do Turismo no DF 2007/2008 - Universidade de Brasília – CET