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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Engenharia de Computação
PLANEJAMENTO DE PROJETOS DE CABEAMENTO DE
TELECOMUNICAÇÕES PARA REDE ESTRUTURADA
Itatiba
2013
DIOGO GABRIEL
LUCAS CAETANO CUNHA DA SILVA
TALES VALENCISE
PLANEJAMENTO DE PROJETOS DE CABEAMENTO DE
TELECOMUNICAÇÕES PARA REDE ESTRUTURADA
Monografia apresentada à disciplina Trabalho
de Conclusão de Curso, do curso de
Engenharia de Computação da Universidade
São Francisco, sob orientação do Prof.
Anderson Luís Pancotto, como exigência para
conclusão do curso de graduação.
Itatiba
2013
Aos amigos a familiares e
professores que sempre nos apoiaram.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a nossos familiares que nos momentos mais difíceis, estiveram
ao nosso lado. Mostrando paciência nos momentos em que por ventura estávamos
ausentes, dando forças e auxiliando na medida do possível para que o trabalho
ficasse pronto, aos Professores da Universidade São Francisco que guiarão em toda
trajetória do curso, em especial ao professor Anderson Luis Pancotto, nosso
orientador pelo empenho e dedicação em nos auxiliar na elaboração desse trabalho.
Mostrou-se sempre disponível para tirar nossas duvidas e em certas situações
mostrando a direção em o trabalho deveria seguir.
A todos os amigos e colegas que por muitas vezes participaram de diversas
discussões sobre o projeto dando suas opiniões e da certa forma também ajudaram
na concepção.
“O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem nunca perder o entusiasmo”
Winston Churchill
RESUMO
O planejamento de um sistema cabeado de telecomunicação deve utilizar
de conhecimentos técnicos em redes de telecomunicações e normas, como a NBR
14565 da ABNT, para que seja desenvolvido com escolhas adequadas de projeção
e desenho de um sistema estruturado. Ao longo dos anos, a ênfase dada à etapa do
planejamento tem obtido importância significativa, pois o custo e as vantagens de
um projeto bem programado fazem grande diferença na vida econômica e produtiva
da empresa que decide por utilizar este recurso. Além de realizar um estudo sobre a
ação de se planejar projetos de sistemas estruturados, o presente trabalho propõe
soluções para determinados cenários, levando em consideração questões como
custo de implantação e benefícios gerados ao cliente, para exemplificação do
conhecimento apresentado.
Palavras-chave:cabeamento, estruturado, NBR 14565, cabos, telecomunicações.
ABSTRACT
The plannig of a Telecommunications cabling system must use technical
expertise of telecommunications networks and norms, such as ABNT NBR 14565, to
be developed with appropriated choices of projection and design of a structured
system. Over the years the emphasis on the planning stage has achieved significant
because the costs and benefits of a well planed design make a difference in the
economic and productive life of the company that decides to use this feature. In
addition to conducting a study on the action of planning structured cabling systems,
the present work proposes solutions to certain scenarios, taking in consideration
issues such as cost of implementation and costumer benefits generated, for
exemplification of the knowledge presented.
Key-words: cabling, structured, NBR 14565, cables, telecommunication.
8
LISTA DE ILUSTRAÇÔES
Figura 1 - Exemplo de rack em uma sala de telecomunicações .......................... 18
Figura 2 - Exemplo de cabeamento horizontal ..................................................... 19
Figura 3 - Estrutura do cabeamento ..................................................................... 20
Figura 4 - Dispositivos de conexão ..................................................................... 22
Figura 5 - Diferença entre conexão cruzada e interconexão ................................ 22
Figura 6 - Exemplos de sistemas para cabeamento horizontal ........................... 23
Figura 7 - Exemplo de rack 44u onde são colocados os equipamentos .............. 29
Figura 8 - Conversor de mídia .............................................................................. 36
Figura 9 - Ligação entre os prédios via radiofrequência ....................................... 37
Figura 10 - Antena Nano Loco M5 e fonte PoE ................................................... 38
9
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Resumo das distancias do cabeamento secundário ........................... 19
10
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
ANSI - American National Standards Institute
CAT - Categoria
CFTV - Circuito fechado de TV
CPD - Data Center
EIA -Eletronic Industry Alliance
ERP - Enterprise Resource Planning
FTP - Foiled Twisted Pair
GHz - Gigahertz
IP - Internet Protocol
ISO - International Organization for Standardization
mm - milímetros
Mb -Mega bits
PABX - Troca automática de ramais privados
PoE - Power Over Ethernet
PVC - Polyvinyl chloride
SO - Sistema Operacional
TIA - Telecommunication Industry Assiciation
UTP -Unshielded Twisted Pair
11
Sumário
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 12
2. OBJETIVO ............................................................................................................................ 13
3. METODOLOGIA ................................................................................................................... 13
4. REDES DE COMUNICAÇÃO ................................................................................................... 13
4.1. Cabeamento não estruturado ............................................................................................... 14
4.2. Cabeamento estruturado ...................................................................................................... 15
4.3. Cabeamento estruturado em edifícios comerciais ou residenciais ...................................... 17
4.4. Tipos de equipamentos e estruturas .................................................................................... 20
4.4.1. Escolhendo o tipo de tomada e cabos .............................................................................. 21
4.4.2. Cross-connect horizontal................................................................................................... 21
4.4.3. Caminhos e espaços para o cabeamento horizontal ........................................................ 23
4.5. PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO .................................................................................................... 25
5. PROJETOS ....................................................................................................................... 26
5.1. Características de Projetos .................................................................................................... 26
5.2. Gerenciamento de projetos .................................................................................................. 26
6. CENÁRIOS ....................................................................................................................... 27
6.1. Classificação de cenários ....................................................................................................... 27
6.2. Objetivo de cenários ............................................................................................................. 27
7. ANALISE DE ESTRUTURAÇÃO OU REESTRUTURAÇÃO CABEAMENTO
ESTRUTURADO. ..................................................................................................................... 28
7.1. Organização de pequeno porte ............................................................................................. 28
7.1.1. Proposta de Infraestrutura implantação de cabeamento estruturado ........................ 29
7.2. Empresa de porte médio ....................................................................................................... 31
7.2.1. Proposta de Infraestrutura implantação de cabeamento estruturado ........................ 33
7.3. Empresa de grande porte ...................................................................................................... 33
7.3.1. Proposta de Infraestrutura implantação de cabeamento estruturado ........................ 34
7.4. Considerações sobre custos e tempo de execução. ............................................................. 39
8. CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 41
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................ 43
12
1. INTRODUÇÃO
O Brasil é o país do futuro e das grandes oportunidades, bordão conhecido
por todos ou pelo menos a maioria da população brasileira. Mas a maioria das
pessoas ainda não concluiu que já estamos vivendo o sonhado futuro de grandes
oportunidades que chegaram, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de
2016. Estes são exemplos de duas grandes oportunidades que pequenas, médias e
grandes empresas tem para mostrarem ao mundo o enorme potencial que possuem,
assim como a qualidade dos serviços prestados no país. A economia forte e estável,
o parque industrial moderno e diversificado misturado ao mercado consumidor
interno aquecido e exportações em crescimento acentuado são alguns dos atrativos.
E os dados? A era da comunicação é a bola da vez e tudo se inicia com o
planejamento, projeto e aquisição de um sistema de cabeamento, que é também o
primeiro passo no desenvolvimento de um sistema de telecomunicações.
Grande parte das empresas passa frequentemente por mudanças de layout
durante o decorrer do tempo. Pesquisas do exterior demonstram que cerca de 25%
dos funcionários sofrem mudanças de local dentro das empresas no prazo de um
ano (ROSS, 2007). Estas mudanças podem ser realizadas de uma maneira bem
simples dentro de um Sistema de Cabeamento estruturado, pois as tomadas
modulares de oito posições conhecidas como RJ-45 não são proprietárias, sendo
assim permitido não somente ligar computadores, mas muitas vezes outros
equipamentos como, telefones ou sistema de circuito fechado de TV.
No passado o planejamento dos sistemas cabeados foi colocado em segundo
plano. Desta forma, era implantado após todos os componentes da rede já estarem
instalados (sem prever, por exemplo, um possível crescimento estrutural da empresa
e possível aumento demanda de rede). Em consequência desta postura adotada, o
alto custo embarcado na constante substituição da infraestrutura criou a
necessidade do desenvolvimento de normas que garantissem o planejamento de um
sistema ideal, menor em obsolescência, mais eficiente e seguro.
A importância do assunto também abrange a questão da manutenção do
cabeamento, que se torna mais simples quando existe um planejamento adequado,
13
e da garantia de uma instalação profissional embasada em certificações de
qualidade. A descrição e análise dos processos que constituem a etapa de
planejamento de um projeto de sistema de cabeamento estruturado motiva o
desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso.
2. OBJETIVO
O objetivo consiste no planejamento de um sistema de cabeamento
estruturado baseado na norma brasileira NBR14565, e ressaltar aspectos não
normatizados que cabem à decisão do planejador.
3. METODOLOGIA
Primeiramente serão realizados estudos dentro da área de redes de
computadores, assim tendo como base para o trabalho os conceitos e técnicas
utilizadas dentro de uma estrutura de redes. Para a pesquisa Livros teóricos, Artigos
científicos e dissertações iram prevalecer como materiais.
Em seguida as teorias sobre cabeamento estruturado e suas respectivas
normas ABNT vão servir como um tema para uma pesquisa mais detalhada e
aprofundada dentro do trabalho, com isto será possível encontrar as melhores
soluções para cada sistema, como também o modo correto para se realizar um
projeto de um cabeamento estruturado.
Alguns casos serão expostos no trabalho, e também o planejamento e projeto
para as soluções destes, como por exemplo, os produtos e equipamentos
adequados para se utilizar em cada um deles, o modo correto de se realizar a
implantação e até mesmo os instrumentos utilizados.
4. REDES DE COMUNICAÇÃO
Segundo TANENBAUM e WETHERALL (2011), existem muitas redes no
mundo, com frequência apresentando diferentes tipos de hardware e software.
Normalmente, as pessoas conectadas a redes distintas precisam se comunicar entre
si. Para que esse desejo se torne uma realidade, é preciso que se estabeleçam
conexões entre redes quase sempre incompatíveis, às vezes por meio de máquinas
14
chamadas gateways, que estabelecem a conexão e fazem a conversão necessária,
tanto em termos de hardware quanto de software.
Praticamente todas as empresas têm um número significativo de
computadores, por exemplo, uma empresa pode ter computadores separados para
monitorar a produção, controlar os estoques e elaborar a folha de pagamento.
Inicialmente, cada um desses computadores poderia funcionar isolado dos outros,
mas, em um determinado momento, a gerência deve ter decidido conectá-los para
poder extrair e correlacionar informações sobre a empresa, fazer ligação em termos
um pouco mais genéricos, ou seja, a bola da vez é compartilhar recursos e como
estes dados serão utilizados, e o objetivo é tornar todos os programas,
equipamentos e especialmente dados ao alcance de todas as pessoas na rede,
independente da localização física do recurso e do usuário, obviamente levando em
consideração questões como permissão de acesso e segurança das informações
disponibilizadas.
Atualmente, até mesmo uma pequena empresa como, por exemplo, uma
agência de viagens com poucos trabalhadores depende de redes de computadores
para permitir aos seus funcionários acessarem documentos e informações
relevantes de uma maneira instantânea, porem muitas destas empresas não visam a
importância em se criar uma organização dentro das áreas tecnológicas de sua
empresa.
4.1. Cabeamento não estruturado
Muitas organizações e edifícios comerciais ou residenciais, diante da
complexidade e custo de se planejar e implementar um cabeamento estruturado
encontre-se a maioria das redes com características contrárias àquelas
normatizadas. São, portanto, redes não estruturadas identificadas pela falta de
dimensionamento adequado que considere possíveis modificações ou expansões, e
ausência de uma estrutura única de cabeamento que suporte tipos variados de
aplicações (dados, voz, CFTV, etc.). Sobre as características das redes de
cabeamento não estruturado, podemos citar:
• Passagem de cabos que utiliza dutos já utilizados por outros sistemas, como
elétricos.
15
• Cabeamento planejado apenas para locais onde já existam dispositivos, sem
qualquer antecipação de uso de outros locais.
• Falta do uso de tomadas de telecomunicação ou uso de tomadas não
dimensionadas com cabos apertados.
• Conectorização de cabeamento executada fora dos padrões da norma
• Falta de documentação adequada sobre identificação de pontos e
equipamentos componentes da rede.
Como resultado do cabeamento não estruturado, encontram-se diversos tipos de
padrões, topologias, conectores e cabos simultaneamente compondo as redes.
Disso decorrem problemas como a dificuldade de administração e resolução de
problemas
4.2. Cabeamento estruturado
Segundo COELHO (2003), um sistema de cabeamento estruturado é um
conjunto e produtos de conectividade que conecta os serviços como Voz, dados,
vídeo e outros sistemas de administração de um edifício, tais como alarmes, sistema
de segurança, sistemas de energia e de controle de ambiente. Usa topologia física
em estrela hierárquica em que o cross-conect é o centro desta estrela e o ponto
principal de fornecimento de serviços.
A Topologia em estrela oferece um arranjo flexível que permite qualquer tipo
de serviço seja oferecido a qualquer parte do ambiente a partir do ponto central.
Possibilitando que mudanças sejam feitas a qualquer momento sem interferir no
funcionamento da arquitetura do sistema. Com ela é possível à transmissão de
qualquer serviço de comunicação através de um único sistema de cabeamento
universal. Dentro dos sistemas estruturados é possível se obter altas taxas de
transmissão, e também se realizar rápidas mudanças de layout e ampliações. Sem
interrupção dos serviços dos usuários.
COELHO (2003), diz que entre as principais vantagens de um sistema de
cabeamento estruturado, pode ser citado:
• Interface de conexão padronizada;
• Diversidade de fornecedores;
16
• Maior retorno de investimento;
• Suporte a qualquer tipo de serviço;
• Manutenção facilitada;
• Integração com sistemas antigos;
• Banda de trabalho mínima.
Conectores, cabos e sistemas mais antigos podem facilmente ser
interconectados, com o uso de baluns adequados. Um balum é um adaptador de
mídia, que permite converter um sistema particular de cabos e conectores para um
novo sistema de cabeamento estruturado, ou seja, são dispositivos que tem como
função realizar a conexão de linhas de comunicação com características elétricas
muito diferentes, como os cabos coaxiais e cabos UTP. (COELHO, 2003)
A utilização de sistemas de cabeamento estruturado nem sempre é fácil. O
projetista de cabeamento tem encontrado, muitas vezes, prédios que
"aparentemente" são muito bem construídos, mas que não fora devidamente
projetados para darem o suporte adequado à infraestrutura dos serviços de
telecomunicações (COELHO, 2003). Mesmo utilizando opções de infraestrutura,
como piso elevado (que no Brasil ainda tem um preço elevado), muitos projetos são
inviabilizados pela exigência de obras para adaptação ao projeto de cabeamento,
aumentando muito o custo de implantação e podendo, inclusive, inviabilizar o
projeto. Podem-se considerar também outros ambientes que trazem enormes
dificuldades para a implantação de um sistema de cabeamento estruturado, como:
• Prédios novos, em que os projetos não levam em consideração os
serviços de telecomunicações que estes abrigarão.
• Prédios antigos, em que as obras para adaptação dos sistemas de
cabeamento estruturado ficam muito caras.
• Prédios tombados pelo Patrimônio Histórico, onde não se podem fazer
obras civis.
Os padrões definidos pela norma ANSI/EIA/TIA 569A permitem que a criação
e mudanças estruturais de um edifício sejam desenhadas e implementadas a fim de
acomodar a necessidades de seus ocupantes. A norma ANSI/EIA/TIA 569A
reconhece três conceitos fundamentais aos edifícios comerciais:
17
• Edifícios são dinâmicos, ou seja, mudanças e restaurações são comuns
durante a vida útil.
• Os sistemas de telecomunicações, equipamentos, softwares e meios
físicos de comunicação de dados e voz também são dinâmicos e mudam
sempre. Esta norma reconhece este fato especificando sistemas que sejam
independentes de fabricantes.
4.3. Cabeamento estruturado em edifícios comerciais ou residenciais
Segundo MORIMOTO (2008), montar uma rede doméstica é bem diferente de
montar uma rede local de 100 pontos em uma empresa de médio porte. Não apenas
porque o trabalho é mais complexo, mas também porque existem normas mais
estritas a cumprir. O padrão a se seguir para realizar as instalação de redes locais
em prédios e que especifica suas normas para uma instalação de cabeamento, a
sua topologia e outros quesitos abordados e que o conhecido como cabeamento
estruturado é o ANSI/TIA/EIA-568-B. No Brasil, existe a norma NBR 14565, esta foi
publicada pela ABNT em 2001.
Como principal característica do cabeamento estruturado é a de se realizar
todo o cabeamento de um prédio sendo necessário colocar pontos de rede em todos
os locais onde estes possam ser necessários. Os pontos devem ser interligados por
cabos que vão se centralizar em um local, onde neste ficam os equipamentos de
rede.
Segundo a NBR 14565 (2000), a sala de equipamento também chamada de
equipment room, é a área central da rede, nesta se localizam os principais
equipamentos como roteadores, switches, os servidores, entre outros que possam
ser importantes para a estrutura da rede. Em um prédio, por exemplo, esta sala
ficaria normalmente no andar térreo, e por este motivo não seria viável realizar a
passagem de um cabo separado para cada um dos pontos de rede do prédio inteiro,
indo da sala de equipamento até cada ponto de rede individual, por isto existe um
segundo nível hierárquico, representado pelos armários de telecomunicações ou
salas de telecomunicações. O local tem como função a de ser um ponto de
distribuição, de onde os cabos que vão até os pontos individuais saem. Geralmente
é utilizado um rack que contem todos os equipamentos, que é instalado em uma
18
sala ou em um armário de acesso restrito como pode ser visualizado na Figura 1.
Um equipamento muito utilizado nos armários de telecomunicações é o painel de
conexão também bastante conhecido como patch panel. Ele é um intermediário
entre as tomadas de parede e outros pontos de conexão e os equipamentos
utilizados na rede como, por exemplo, os switches.
Figura 1 - Rack em uma sala de telecomunicações
Fonte: Elaborado por Diogo Gabriel
Uma das grandes vantagem sem se utilizar o patch panel é a de que com os
cabos concentrados nele, tarefas como desativar um ponto ou remanejar o mesmo a
outro segmento da rede ficam muito mais simples.(MORIMOTO, 2008)
Outro elemento existente dentro de um cabeamento estruturado é a sala de
entrada de telecomunicações este que se encontra na entrada do prédio, onde são
conectados os cabos externos, como por exemplo, os links de internet, as linhas de
19
telefones, ou ate mesmo cabos que ligam o prédio a outros vizinhos.(NBR 14565,
2000)
Existe em seguida o cabeamento secundário que é conhecido como o
cabeamento horizontal, ou como é chamado dentro da norma internacional
"horizontal cabling", este cabeamento é composto pelos cabos que ligam a sala de
telecomunicações às tomadas onde nestas são conectados os equipamentos da
rede. Estes são os cabos permanentes, que são instalados como parte do
cabeamento inicial e continuam sendo usados por muito tempo. Seguindo o padrão,
o cabeamento da rede secundária não deve ter em sua somatória total mais do que
100 metros como mostra a tabela 1.
Tabela 1 - Resumo das distancias do cabeamento secundário, segundo NBR
14565, 2000.
Descrição Distancias
Cabeamento Horizontal Maximo de 90 metros
Cabos de equipamento Maximo de 5 metros
Cabos de manobra Maximo de 5 metros
Soma dos cabos de equipamento e manobra
Maximo de 10 metros
A somatória do patch cord entre o patch panel e o switch, e o cabo entre a
tomada e o PC não deve ter mais do que 10 metros, esta estrutura pode ser mais
bem entendida pela Figura 2.
Figura 2 - Exemplo de cabeamento horizontal
Fonte: KRAUSER (2002)
20
Os ambientes ou salas que contem as tomadas, onde podem ser as áreas
destinadas ao trabalho, são conhecidas como área de trabalho, ou seja, a "work
área", que dentro de um escritório correspondem às áreas úteis, onde os
funcionários trabalham. Nestas áreas podem ser instalados os equipamentos como
computadores, telefones, entre outros. Por este motivo dentro da norma da ABNT,
as tomadas são chamadas de "pontos de telecomunicações" e não de "pontos de
rede". pois a ideia do cabeamento estruturado é a de também utilizar cabos de
telefone e de outros tipos de cabos de telecomunicação, não se limitando somente
aos cabos de rede. (KRAUSER, 2002)
Finalizando toda a estrutura, o cabeamento responsável pela interligação
entre as salas de telecomunicações, a sala de entrada e a sala de equipamentos é o
backbone cabling, este é o cabeamento primário responsável por estas interligações
e também as ligações verticais entre pisos.
O cabeamento estruturado para melhor compreensão é composto por seis
elementos, para melhor exemplificar veja a figura 3 onde são apresentados todos
estes e onde se localiza cada um deles. Para implementar um cabeamento nestas
condições são necessários estruturas e equipamentos, estes que serão
apresentados a seguir.
Figura 3 - Estrutura do cabeamento
Fonte: <http://www.rnp.br/newsgen/9806/cab-estr.html>. Acesso em: 19 novembro 2013.
4.4. Tipos de equipamentos e estruturas
Quando se fala em cabeamento estruturado existem regras que devem ser
seguidas quanto ao tipo de equipamento a ser utilizado e as estruturas necessárias
21
à passagem dos mesmos. Dessa forma cabe ao responsável pela implantação
verificar as condições do local e estabelecer qual a melhor solução para o cenário
em questão.
Para serem utilizados como meios físicos nos sistemas de telecomunicações
deve se basear em cabos em cobre ou fibras ópticas. Como o cabo de cobre
conhecido por par trançado que consistem em dois fios de cobres isolados, e estes
são trançados entre eles, assim produzindo um efeito de cancelamento de correntes
e também realizando a proteção no cabo contra interferências externas. Estes cabos
podem possuir um ou mais pares, isso irá depender da necessidade, em redes de
cabeamento estruturado são utilizados cabos de quatro ou 25 pares.
4.4.1. Escolhendo o tipo de tomada e cabos
Para o local onde se encontrão cada estação de trabalho deve-se ter, no
mínimo, duas tomadas de telecomunicações, estas podem ser posicionadas dentro
do mesmo espelho ou separadamente. Alguns sistemas que são mais avançados
possuem entre 4 e 5 tomadas podendo ser geralmente um cabo para fibra óptica e
quatro para cabos metálicos. Ao menos uma das tomadas a serem utilizadas devera
ser um cabo de cat3 ou superior de quatro pares e 100 ohms segundo a
ANSI/TIA/EIA-568-B. 2.Portanto a outra tomada deve ser entre duas opções, uma
delas é a de se utilizar um cabo metálico de quatro pares de 100 ohms na categoria
5e ou 6 segundo a ANSI/TIA/EIA-568-B. 2b. 2, ou utilizar um cabo de fibra com no
mínimo duas fibras multímodo 62,5/125µou50/125µde acordo com a ANSI/TIA/EIA-
568-B.3.
4.4.2. Cross-connect horizontal
O ponto onde ocorre a conexão cruzada ou então a interconexão é conhecida
como cross-connect horizontal, este permite a distribuição dos sinais de
telecomunicações para as tomadas da área de trabalho. Para terminar os cabos das
áreas de trabalho neste local podem ser utilizados dispositivos como blocos de IDC,
patch panel ou mesmo distribuidor interno óptico como mostrado na Figura 4, isto ira
depender do cabo que esta sendo utilizado.
22
Figura 4 - Dispositivos de conexão.
Fonte: Elaborado por Diogo Gabriel
Como mostrado neste ponto existem dois tipos de conexões conhecidos estes
que podem ser observados na Figura 5, a conexão cruzada pode ser explicada
como a necessidade de os cabos que vem das tomadas de telecomunicações e dos
equipamentos que são ligados a dispositivos de conexões diferentes, assim sendo
necessário utilizar cordões de manobra para realizar estas interligações. E as
interconexões aonde os cabos que vem diretamente das tomadas são ligados aos
dispositivos de conexão e os equipamentos são ligados diretamente por cordões de
manobra a estes dispositivos de conexão.
Figura 5 - Diferença entre conexão cruzada e interconexão.
Fonte: KRAUSER (2002)
23
4.4.3. Caminhos e espaços para o cabeamento horizontal
Existem diversos caminhos que o cabeamento horizontal pode percorrer das áreas de
trabalho até os armários de telecomunicações. Os principais são por canaletas metálicas ou
de PVC, eletrodutos, eletrocalhas, leito de cabos, malha de piso e pisos elevados como pode
se observar exemplo dos mesmos na Figura 6.
Figura 6 - Exemplos de sistemas para cabeamento horizontal
Fonte: Elaborado por Diogo Gabriel
As canaletas geralmente são fixadas sobre as paredes, e possui uma capacidade que
é apresentada pelos fabricantes, estas são calculadas com uma taxa de 40% da ocupação,
porem no caso de a ocupação já ser a definitiva é utilizado 60%. As curvas e adaptadores de
tomadas especificam para telecomunicação já fazem parte do sistema de distribuição, eles
podem ser metálicos ou normalmente de PVC. Quando circuitos elétricos e de
telecomunicações seguirem pela mesma canaleta, esta deverá possuir
compartimentos separados para os dois serviços. Outra solução para a
passagem do cabeamento horizontal que também é muito utilizada são os eletrodutos,
possuem um formato cilíndrico, e podem ser flexíveis ou rígidos, os mesmos também
possuem a sua estrutura em aço-carbono ou PVC. Geralmente se encontra para venda
24
barras de três metros de comprimento possuindo ou não roscas, existem diversos acessórios
para realizar as mudanças de direções. (KRAUSER, 2002)
Utilizado muitas vezes as eletrocalhas servem para levar o cabeamento do
armário de telecomunicações até as salas onde estão localizadas as áreas de
trabalho e então são utilizados canaletas ou eletrodutos para distribuir os cabos para
as áreas de trabalho. As eletrocalhas podem ou não ser ventiladas e deve-se
colocar uma separação metálica e aterrada caso necessite distribuir juntamente
eletricidade com a comunicação assim mantendo os dois casos separados sem o
problema de interferências.Devem ser utilizadas curvas pré-fabricadas e especificas,
nas dimensões da eletrocalha utilizada, ela deve respeitar os raios de curvatura
máximos dos cabos, assim evitando a exposição a cantos vivos.
Os leitos de cabos são utilizados geralmente nas salas de telecomunicações
ou nas salas de equipamentos para receber e rotear as grandes quantidades de
cabos que chegam nestes espaços. Porem eles não podem ficar em locais abertos,
pois não possuem uma proteção contra acessos indesejados, mas permitem um
gerenciamento bem fácil. Sobre as estruturas os cabos devem ser fixados com
velcros, mas tem que se tomar cuidado para evitar curvaturas destes cabos alem
dos limites, e no caso de se utilizar abraçadeiras plásticas elas devem ser apertadas
sem marcar os cabos.
Um sistema de distribuição também conhecido são as malhas de
piso,possuem dutos alimentadores e distribuidores, que são dispostos sobre a laje
ficando embutidos no contra piso.No Brasil, é utilizada pelos fabricantes uma taxa de
ocupação de 30% dos dutos e deve ser observado o espaço no suporte de
equipamento para o conector sem ocupar a seção da calha. A maior das vantagens
de se utilizar este sistema é a flexibilidade em atender as áreas de trabalho,
principalmente em salões grandes onde a distanciadas paredes dificulta no
atendimento de todas as áreas, apesar disso seu custo é elevado e a instalação do
mesmo deve ser pensada e realizada antes de se construir o contra piso.
Uma opção para se utilizar é o piso elevado ele é formado por placas, estas
são colocadas acima de uma malha de sustentação metálica, assim sendo fornecido
um espaço por onde os cabos podem passar. Os pisos elevados são geralmente
encontrados em CDBs ou em salas onde possuem grande quantidade de
25
equipamentos de telecomunicações. Alguns escritórios com necessidade de muitos
recursos de telecomunicações também o utilizam.O sistema é composto por uma
estrutura metálica que irá suporta os painéis removíveis. A estrutura se utiliza de
pedestais metálicos reguláveis, eles podem variar de 15 cm a 30 cm de altura e
hastes metálicas que são fixadas nos pedestais formando um reticulado aonde são
encaixados as placas. Antes de se escolher um sistema de piso elevado deve-se
analisar as cargas dinâmicas, estáticas e de impacto sobre ele, a dissipação de
eletricidade estática, as proteções contra incêndio e o aterramento do mesmo. Vale
ressaltar que abaixo do piso os cabos devem sem passados utilizando eletrocalhas,
eletrodutos ou outros sistemas específicos.
4.5. PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO
A instalação é uma atividade crítica, pois dela depende o correto
funcionamento dos componentes. Ao utilizar-se todos os componentes de mesma
categoria, deixando o cabo cheio de nós e dobras, não se obterá o desempenho
desejado. Uma conectorização mal feita é igual a um mau contato. Sendo assim, é
importante que se observe as técnicas corretas de instalação para garantir o
investimento.
• O componente (bloco, patch panel, patch cord, tomadas, cabos, etc.) de
menor categoria define a categoria do sistema. Se utilizar um patch panel
com tomadas cat6 e o cabo for cat5, todo o sistema será classificado
comocat5.
• Os patch cords não devem ser confeccionados em campo
• Quando o sistema for blindado, deve-se ter cuidado com a ligação do fio
dreno do cabo FTP com o hardware de conectividade.
• Nos cabos ópticos de 2 ou 4 fibras, no cabeamento horizontal, o raio de
curvatura não deverá ser menor do que 25 mm, sem tensionamento, ou 50
mm com tensionamento.
• O raio de curvatura mínimo para o cabo UTP é quatro vezes o diâmetro do
mesmo e dez vezes no caso de fibra óptica.
• São proibidas extensões e/ou emendas nos cabos.
26
5. PROJETOS
Segundo VIANA (2005), Define projeto como um conjunto de ações que será
executado de forma coordenada por um grupo ou organização em período de tempo
pré-estabelecido com o intuito de alcançar o objetivo especifico. Podem envolver um
numero pequeno de pessoas envolvidas ou milhares delas, isso de depende do
escopo do projeto. Em certas situações envolvem pessoas que necessariamente
não estão ligadas a organização, que inicialmente concebeu o projeto, como clientes
fornecedores e órgãos governamentais.
5.1. Características de Projetos
Os projetos possuem algumas características próprias como:
• Ser Temporário: todo o projeto possui um cronograma de execução
onde determinadas o quanto de tempo vai ser gasto para realização de
tarefa que faz parte do projeto. Todo o projeto tem um prazo de inicio e
conclusão.
• Multifuncional: pois geralmente os projetos envolvem varias área das
organizações para conseguir alcançar os objetivos do projeto.
• Gerencia equipe transitória: nem sempre é possível contar com todos
os integrantes do projeto do inicio ao fim, principalmente em projetos
que tem um prazo muito grande entre o inicio e o fim o projeto.
(SIMÕES, Haroldo; OLIVEIRA, Valter.2011)
5.2. Gerenciamento de projetos
Segundo VIANA(2005), pode ser definido gerenciamento de projetos como
um conjunto de ferramentas de gerenciamento que permitem realizar o controle de
eventos que ocorrem no decorrer do tempo, esses eventos não são repetitivos,
podem ser complexos ou não, dentro de um cenário de tempo e custos e qualidade
pré-determinados.
Segundo KERZNER(2011), para melhor gerenciar um projetoum gerente tem
que administrar três fatores importantes que são o custo, tempo e escopo do projeto.
Influenciam diretamente nos resultados podem definir até se objetivo do projeto será
alcançado. Dessa forma não convém alterar esses itens durante a execução.
27
6. CENÁRIOS
Segundo KAHN (1969), cenários podem ser definidos como sequencia
hipotética de eventos construídos com o propósito de localizar processos casuais e
pontos de decisão.
Então podemos definir cenário como um objeto utilizado para representar
alguma uma situação, tendo como a intenção analisar os possíveis caminhos a ser
seguidos dependendo das decisões tomadas durante o processo de execução. Em
certos casos também é utilizado para identificar erros e dessa forma propor uma
solução para o problema encontrado.
Sua principal função hoje em dia é mostrar quais seriam os possíveis
desdobramentos futuros de uma ação a ser tomada no presente. Para que durante a
execução do processo ou projeto não apareçam situações em não foram previstas.
6.1. Classificação de cenários
Pode ser classificado como exploratórios onde analisamos os possíveis
futuros dentro de uma base de conhecimento limitada ao que já conhecemos. Nesse
caso não se coloca informações posteriormente a analise como pontos de vista e
colocações particulares.
Outra forma de se classificar um cenário é como desejável nesse caso pode
na hora da elaboração pode se levar em consideração questões como pontos de
vista, suas expectativas em relação ao que esta sendo analisado e o que se espera
para as situações futuras que venham ocorrer.
6.2. Objetivo de cenários
Michel Godetdiz que objetivo do cenário e realizar reflexão sistemática que
visa orientar a ação presente à luz de futuros possíveis. Tem como finalidade
diminuir as incertezas mostrando os possíveis desdobramentos para dessa forma
possamos administrá-los. Tem uma importância muito grande, poispossibilita as
organizações traçar caminhos quando, por exemplo, existe uma tomada de decisão
que pode ter vários desdobramentos para que no futuro não aconteçam situações
que não estavam previstas.
28
7. ANALISE DE ESTRUTURAÇÃO OU REESTRUTURAÇÃO
CABEAMENTO ESTRUTURADO.
Atualmente grande parte de organizações seja publica ou privada,
independente do porte tem sérios problemas com a prática de se instalar de maneira
improvisada sistemas de cabos para a interligação de uma rede de computadores
sem que seja realizado um planejamento e a observação de técnicas específicas,
para uma ou até centenas de máquinas que compõe a estrutura.
Segundo DERFLER (1994), cerca de 70% dos problemas que ocorrem em
uma rede de computadores devem-se a má estruturação do cabeamento. Apesar
das inúmeras vantagens que um sistema bem estruturado oferece, no Brasil, ainda é
encontrado na maioria das empresas e indústrias um sistema não estruturado, ou
seja, sem planejamento de uma futura expansão do parque de informática.
O conceito de cabeamento estruturado teve origem nas instalações dos
sistemas telefônicos comerciais e surgiu como uma solução frente ao crescimento e
procura por serviços de telecomunicações, visa apresentar alguns conceitos sobre
estudos de casos onde se tem diferentes tipos de soluções para cada tipo de
organização levando em consideração características e porte do projeto, um estudo
contemplando analise em três situações pequeno, médio e grande porte.
7.1. Organização de pequeno porte
Como estudo de caso a seguinte situação será julgada, uma organização a
qual realiza a locação de um andar de um prédio, o mesmo já foi utilizado antes por
um antigo locatário este que deixou o local sem estrutura alguma para uma
organização no cabeamento.
Dessa forma antes de dar inicio ao processo de reestruturação e implantação,
alguns aspectos têm que ser levantados em consideração, como o numero de
funcionários, os equipamentos utilizados em cada estação de trabalho e o layout da
distribuição do espaço físico do local. A resposta é a de uma organização de
pequeno porte com cerca de 20 funcionários, cada pessoa possui sua área de
trabalho exclusiva, com pelo menos um computador e um ramal de telefone, o local
29
irá possuir uma central de segurança com alarme e câmeras, e também uma central
de PABX que ira realizar o gerenciamento das ligações que são utilizados por todos
os setores da organização.
Atualmente o andar locado não possui nenhuma repartição por paredes, o
mesmo é uma ampla sala aberta, e os setores eram divididos por baias instaladas
por todo o andar, os cabos que foram deixados estão totalmente desorganizados e
sem identificação o que dificultava e muito, manutenções e mudanças de layout.
7.1.1. Proposta de Infraestrutura implantação de cabeamento
estruturado
Uma das principais adaptações necessárias para se realizar a centralização
do cabeamento é a de se possuir uma sala de telecomunicações, esta que tem
como principal função o abrigo das terminações do cabeamento e de dispositivos de
hardware necessários. A mesma possui a necessidade em ser climatizada para
evitar o superaquecimento dos equipamentos como servidores, switches e
rotadores, nobreaks que em geral ficam ligados o tempo todo. Os equipamentos
devem ficar preferencialmente colocados em um rack próprio para facilitar
manutenções neste caso pode se utilizar um rack de 44u como mostrado na Figura
7.
Figura 7 - Exemplo de rack 44u onde são colocados os equipamentos
Fonte: Elaborado por Diogo Gabriel
30
Pode ser observado que a área de trabalho e a sala de equipamentos onde
ficam todos os equipamentos da rede de comunicação, servidores e centrais de
segurança, estarem em um mesmo andar, não existem a necessidade de se ter a
padronização de cabeamento vertical que seria o responsável por ligar os andares
do prédio e a sala de equipamentos, havendo a necessidade de apenas definir qual
será o local da sala de equipamentos, que neste caso por se tratar de uma
organização de pequeno porte esta por ser acoplada juntamente com a sala de
telecomunicações, por padronização e logística o local deve ser em um ambiente
distinto, pois se a qualquer mudança de layout houver necessidade de mudar esta
sala os custos ficariam muito altos.
Como o andar não possui divisórias a sala devera ser implantada no local
onde se encontra a caixa de distribuição do próprio andar, podendo ser construída
com drywall, esta área é a mais adequada, pois é nesta caixa que se encontra o
cabeamento do prédio que distribui os serviços de telecomunicações.
Conforme as normas de cabeamento estruturado os cabos devem ser
identificados e organizados dentro dos racks por patch panel estes que fazem as
ligações dos cabos com cada tomada, e que são os responsáveis por realizar as
conexões cruzadas, ou seja, é neste equipamento que vamos realizar a ligação de
uma tomada a um equipamento, assim facilitando a troca da função de cada tomada
dentro de um ambiente.
Após a conclusão da sala de equipamentos e telecomunicações, existe a
necessidade de verificar como será realizada a ligação dos cabos desta sala até as
estações de trabalhos. A forma mais indicada seria de se colocar pisos elevados em
todo o andar do prédio, e abaixo do piso realizar a passagem dos cabos através de
calhas de metal, assim sendo possível instalar tomadas em lugares estratégicos no
próprio piso ou ate mesmo saindo abaixo do piso rente às paredes e sendo
instaladas tomadas nas paredes através de canaletas que escondem os cabos.
Desta maneira a manutenção do cabeamento, as ampliações futuras e ate mesmo
as mudanças no layout da sala não estariam comprometidos.
31
7.2. Empresa de porte médio
Tense Para exemplificar a situação de uma empresa de médio porte, será
desenvolvido o planejamento um projeto de cabeamento estruturado para uma
empresa fictícia, chamada Matrix Tecnologia em Cabos. Esta empresa é
especializada em produção e comércio de cabos e conectores para equipamentos
eletrônicos, e está localizada na cidade de São Paulo - SP. A Matrix Tecnologia em
Cabos está em fase de mudança de sede para novas instalações na cidade de
Itatiba - SP.
Para sua nova sede, a empresa deve construir um prédio de quatro andares.
Sabe-se que a rede será utilizada em todos os ambientes da empresa, inclusive
aqueles que inicialmente não contarão com ocupantes. Inicialmente a empresa não
possui um projeto definido para estruturação do prédio conforme suas necessidades.
A Matrix Tecnologia em Cabos possui um sistema relativamente moderno de
PABX que deve ser reaproveitado no novo prédio, além de uma pequena rede
baseada em cabos coaxiais e UTP, com 40 computadores para a área de vendas e
um sistema de terminais burros que roda em um Servidor com UNIX. Esse
computador é usado pelas áreas de administração, serviços, contas a pagar e
receber, controle de estoque e pessoal.
A empresa também planeja utilizar um sistema de cabeamento flexível, que
permita que quaisquer dos pontos de telecomunicações disponibilizados possam ser
configurados para dados ou telefonia. Os terminais burros ainda serão usados em
alguns pontos da área administrativa, como estoque, recepção e despacho de
mercadorias, embora na grande maioria sejam usadas redes de 10 e 100mbps. O
departamento de informática da empresa estudou tecnologias de integração de
dados, voz e imagens e deseja que o cabeamento a ser implantado suporte
aplicações de videoconferência e multimídia, e, para isso, precisa de um backbone
que possibilite trafego em Gigabit Ethernet.
Sabe-se que a empresa obteve recentemente o certificado ISO 9001 após um
longo processo de implantação da qualidade total e a mesma considera de vital
importância a aplicação de normas e procedimentos cabíveis para manter sua
certificação.
32
Como primeiro passo ocorre o questionamento e levantamento de dados
necessários ao desenvolvimento do projeto. Dentre os principais questionamentos,
podemos citar a questão da distribuição dos espaços na planta, número de pontos
de telecomunicação, as aplicações que funcionarão sobre a estrutura, as intenções
de gastos financeiros com a infraestrutura, o projeto de rede elétrica do prédio, as
projeções futuras de expansão da empresa e o cronograma da obra. Como
resultado, o projetista obtém as seguintes informações:
A distribuição dos espaços na planta seguirá a distribuição departamental,
alocando-se:
•••• No subsolo os departamentos de produção e logística.
•••• No andar térreo a recepção e os departamentos de vendas e
engenharia.
•••• No segundo andar os departamentos de recursos humanos e
marketing.
•••• No terceiro andar os departamentos de administração, financeiro e
compras.
Desta forma fica definidos o número de pontos por andar, referente ao
número de funcionários de cada setor, e a distribuição dos mesmos pelos espaços
físicos.
A projeção do tráfego gerado pelas aplicações na estrutura de comunicação
pode basear-se nas trocas de dados entre o servidor do sistema ERP e as estações,
assim como a troca de dados entre os terminais uns com outros e a comunicação
com a internet. Existe também o tráfego gerado pelos sistemas de backup, o que
aumenta a necessidade do cliente por equipamentos com gerenciamento de pacotes
mais robusto.
Sobre as intenções de gastos, a empresa deseja montar uma infraestrutura
com qualidade ótima e preço razoável, visando minimizar qualquer problema
posterior por conta de baixa qualidade ou falta de capacidade dos equipamentos
empregados. Não há intenção de crescimento elevado no número de dispositivos da
empresa a pequeno e médio prazo.
33
7.2.1. Proposta de Infraestrutura implantação de cabeamento
estruturado
Apenas após toda a coleta de informações junto do cliente, o planejamento
começa a ganhar seu desenho. Como segundo passo, sobre o resultado o projetista
decide se utilizará arquitetura baseada em rede distribuída ou em rede centralizada.
Para este caso o modelo de arquitetura distribuída, por conta da menor densidade
de equipamentos de backbone e melhor custo-benefício ao cliente. Além disso, a
arquitetura distribuída segue os padrões TIA/EIA e ISO.
Para cada posto de trabalho é necessário pelo menos dois pontos de
telecomunicações e três tomadas elétricas. Estes poderão ser levados até as áreas
de trabalho através de instalações por eletrodutos ou canaletas e tomadas
aparentes, terminando sempre em tomadas fêmea de acordo com a norma NBR.
Visando à facilidade de conexão com equipamentos externos ao prédio, deve
ser alocada uma sala de telecomunicação no andar térreo, que receberá o tráfego
dos equipamentos de todos os andares do prédio. A sala de telecomunicação
deverá ser climatizada, ter suas instalações elétricas devidamente aterradas e
deverá contar com recursos de segurança, vigilância e monitoramento.
Serão necessárias prumadas diretas entre os andares para estabelecer a
interligação, e cada andar contará com um rack de telecomunicações que por sua
vez receberá todo o cabeamento horizontal das áreas de trabalho.
7.3. Empresa de grande porte
Para finalizar o estudo de reestruturação e implantação de cabeamento
estruturado temos o ultimo caso. Onde temos uma empresa de grande porte, que
possuí dois prédios que estão cerca de cem metros de distancia. Os prédios
possuem cerca de dez andares e os setores da empresa estão distribuídos entre
eles. Cada andar abriga atualmente um ou mais setores, dessa forma a empresa
necessita de se ter vários pontos de comunicação espalhados no andar. Atualmente
isso não ocorre e devido a isso possíveis mudanças de layout acabam por
demorarem muito e até mesmo não podem ser feitas.
A ligação entre os andares hoje é feita de forma que o primeiro se liga ao
segundo e o segundo ao terceiro e assim por diante, o que segundo as normas já
34
mencionadas está errado. Como já existem conduites para a passagem dos cabos
os mesmos podem ser reaproveitados. A ligação entre os prédios está sendo feita
por par metálico e no meio existe um repetidor de sinal para garantir a comunicação
entre os prédios. Existe a necessidade de se identificar todos os cabos que são
utilizados já que hoje somente parte deles tem identificação.
A empresa hoje tem cerca de 2000 funcionários que trabalham em diversos
turnos e precisa reestruturar sua rede de comunicação, pois vem enfrentando
problemas como interrupções de serviços e demora em manutenções que venham
ocorrer.
Em relação à parte de voz da empresa hoje ele possui um PABX muito antigo
que vem apresentando problemas e tem passado por constantes manutenções
ocasionando a interrupção do serviço. Dessa forma, existe a necessidade de troca
desse equipamento, uma das soluções que pode ser levada em consideração é
utilizar um PABX virtual ao invés de um convencional, já que ele possui um custo de
implantação menor em relação ao tradicional.
7.3.1. Proposta de Infraestrutura implantação de cabeamento
estruturado
Como mencionado já anteriormente antes de iniciar o projeto de
reestruturação têm-se a necessidade de definir alguns parâmetros com relação à
forma como os serviços de telecomunicações serão entregues pelas prestadoras de
serviço. Como por exemplo, o link de internet vai ser entregue: via par metálico,
radio frequência ou fibra ótica. A central PABXa ser utilizada vai ser convencional ou
será utilizada tecnologia voip.
Nesse caso essas informações são de estrema importância, pois com elas
vamos definir onde, por exemplo, vão se localizar dentro da planta da empresa a
sala de comunicações e de equipamentos.
O cliente tem a necessidade de reformular toda a parte de voz de sua
empresa. Dessa forma, uma solução a se propor a o PABX virtual que consiste em
utilizar o servidor baseado em Linux como uma central de telefones convencional,
35
Um exemplo disso é o Asterix um software Linux, que possuí todas as
funcionalidades de uma PABX convencional. Sua principal vantagem em relação a
convencional e o baixo custo de implantação e manutenção. Ele utiliza voz sobre IP
e utiliza três diferentes tipos de protocolos de comunicação diferentes o que permite
a integração com a maioria dos padrões utilizados hoje em telefonia.
Portando com o hardware preparado para receber as linhas telefônicas que a
empresa já possui, e configurado a SO mencionado acima que fará todo o
gerenciamento das linhas telefônicas permitindo aos usuários fazer e receber
ligações. Bem como, permitir a redução nos gastos. Por exemplo, a empresa pode
possuir varias linhas telefônicas de varias operadoras diferentes assim quando o
sistema identificar que a ligação de saída é para determinada operadora ele utiliza
aquela linha garantindo assim uma redução nas tarifas o mesmo se aplica a ligações
para celulares. Também permite a configuração de ramais internos, filas de
atendimento e até mesmo a separação de números específicos para que funcionem
somente em um único ramal.
Em relação ao link de internet existe a necessidade de se ter pelo menos dois
links de operadoras diferentes, para que em caso de interrupção em um deles o
esse serviço não seja interrompido. Dessa forma o meio de transmissão também
deve ser diferenciado, podemos utilizar então um link que chega via par metálico ou
fibra ótica e um link que chega via radiofrequência. Como existe uma quantidade
muito grande de maquinas que vão utilizar o link existe a necessidade de se ter uma
banda maior cerca de 8Mb a 10Mb.
Após terem sidos definidos os itens mencionados acima temos que escolher
os locais aonde vão se localizar a sala de equipamentos que abriga os principais
equipamentos responsáveis pelo gerenciamento da rede como os servidores,
firewalls, switches, roteadores, central telefônica e demais equipamentos
relacionados e rede de dados e voz.
Tem que ser em local em que o numero de circulação de pessoas seja baixo,
possuir um sistema de refrigeração que funcione constantemente, sistema aprova de
incêndios, piso elevado permitindo que cabos saiam ou entrem na sala sem haver
36
qualquer dano. Um sistema que restrinja a entrada de pessoas como, por exemplo,
senhas para liberação das portas ou cartões magnéticos.
A localização da sala de telecomunicações pode ser próxima entrada do local
para facilitar as manutenções que venham ocorrer. Após isso os serviços podem ser
levados ate a sala de equipamentos via fibra ótica que garante a qualidade de
entrega e não existe a necessidade de se utilizar um repetidor no meio do caminho.
Então teríamos na sala os cabos que chegam da prestadora de serviços um
conversor de sinais elétricos e luz e os cabos de fibra saindo dessa sela e se
dirigindo a sala de equipamentos.
Figura 8 - Conversor de mídia
Fonte: <http://www.intelbras.com.br/Produtos/Redes/Redes-com-fio/Conversores-de-midia>. Acesso em: 22 novembro 2013.
Com relação à passagem dos cabos até o local temos duas opções por potes
que já existam e levam eletricidade ao local ou então por dutos subterrâneos esses
podem ser feitos de alvenaria o mesmo de PVC desde que tenham todo um sistema
de drenagem para evitar inundações e sistema contra roedores para que não exista
a possibilidade da interrupção dos serviços. Caso exista movimento de veículos por
onde ira passar esses dutos existe a necessidade de nesse ponto reforçar para
estrutura para evitar problemas.
As valas têm que ter uma profundidade razoável e caso exista necessidade
de se passar por uma área onde temos plantas de raízes o ideal é que seja feito
algo apropriado para evitar problemas.
37
Lembrando que existe e necessidade de marcar ao longo do percurso do
duto. Isto pode ser feito, por exemplo, pintando os asfalto de cor diferente e colocar
uma sinalização do tipo cuidado fibra ótica. O mesmo deve ser aplicado aos cabos
de fibra passados nos postes.
Ligação entre os prédios pode ser feita de duas maneiras uma seria utilizar
fibra ótica, outra solução interessante seria utilizar uma radiofrequência, essa
provavelmente teria um custo menor e não perderíamos em nada a qualidade de
transmissão de dados. Bastaria ter duas antenas uma em cada prédio, cada uma
deles apontada uma para outra e em dois switches em casa prédio fazendo a
ligação entre as redes.
Figura 9 -Ligação entre os prédios via radiofrequência
Fonte: <http://www.juliobattisti.com.br/artigos/wireless/002.asp>. Acesso em: 22 novembro 2013.
No mercado hoje em dia existe vários tipos de rádios que possibilitam realizar
o enlace entre dois pontos distantes uns dos outros. O que influencia na escolha de
quais equipamentos a serem utilizados é a distancia entre os pontos, se existe
visada limpa, ou seja, se é possível enxergar os dois locais sem que exista algo na
frente que possa obstruir como arvores de grande porte, construções entre outros.
Como nesse caso a distancia não é grande e a visada é limpa podemos utilizar
equipamentos menos potentes e que tem um custo menor, mas mantendo a
qualidade de transmissão de dados.
Uma desvantagem desse tipo de equipamento são as possíveis interferências
que esses equipamentos podem sofrer. Como por exemplo, outros equipamentos
que trabalham na mesma faixa de frequência, motores elétricos que podem gerar
campo eletromagnético interferindo nas ondas de transmissão. Temos hoje no
mercado equipamentos que trabalham em diferentes faixas de frequência como por
2,4 GHz ou 5,8GHz ou até mesmo em outras faixas. Os mais utilizados atualmente
são os que trabalham e 2,5GHz e 5,8GHz. Recomenda-se a utilização rádios de
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uma frequência de 5,8GHz existem no mercado versões em 2,4GHz, mas essas não
são recomendadas, já que essa faixa de frequência tem um índice maior de
interferência. Pois existem varias maquinas e motores que trabalham nessa faixa e
inúmeros equipamentos eletrônicos causando um índice maior de problemas. Já na
5,8GHz as interferências ocorrem, mas com índice bem menor.
Então para realizar a ligação entre os prédios podemos utilizar uma antena da
linha ubiquiti que possui vários equipamentos cada um com suas particularidades, é
de fácil configuração pode ser utilizado de diversas formas dependendo de suas
necessidades. Ela funciona em 5,8 GHz possui versões em 2,4 GHz também, mas
como dito anteriormente recomenda-se utilizar as antenas de 5,8GHz. Tem
capacidade para transmitir alta quantidade de dados vão diminuindo de acordo com
a distância entre os pontos e possíveis obstáculos pelo caminho.
Para facilitar as antenas desse fabricante utilizam o sistema de alimentação
de energia conhecido como PoE (Power Over Ethernet). Que consiste em levar em
um mesmo cabo UTP dados e energia. Facilitando assim a instalação de
equipamentos, pois podem ser instalados em locais que não possuem energia
próxima: topos de prédios, torres de transmissão entre outras. Funciona da seguinte
forma são separados dois pares para levar energia ao local e os outros cabos para
realizar a transferências de dados.
Figura 10 - Antena Nano Loco M5 e fonte PoE
Fonte: <http://www.ubnt.com/airmax#nanostationm>. Acesso em: 22 novembro 2013.
Em relação ao cabeamento vertical responsável por fazer a ligação entre os
andares de o prédio dever ser feito através de prumadas que farão a ligação da sala
de equipamentos e os armários de telecomunicações nos andares. O armário por
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sua vez será o responsável por interligar o cabeamento vertical e ao horizontal. Esse
por sua vez é o responsável por interligar o armário de telecomunicações até a área
de trabalho geralmente o cabeamento horizontal termina em tomadas de conexão
que ficam bem próximas as mesas geralmente em paredes ou ate mesmo no chão.
A ligação até as maquinas pode ser feita através de pathc cords.
7.4. Considerações sobre custos e tempo de execução.
De acordo com DERFLER e FREED (1994), 70% dos problemas que podem
vir a acontecer em uma rede de comunicação estão ligadas ao tipo de cabeamento
utilizado. O sistema de cabeamento tem vida útil de 15 anos, já os softwares
acabam passando por evoluções significativas entre 2 a 3 anos e os equipamentos
de hardware media cinco anos.
Como dito anteriormente o sistema de cabeamento tem vida útil bem acima
dos outros componentes da rede, desse modo os custos de projeto acabam por
sendo compensados pelo tempo de vida útil e redução em grande parte dos
problemas na rede.
O que ocorre é que a maioria das empresas acaba por deixar de lado
questões referentes ao cabeamento o que muitas vezes quando existe a
necessidade real de troca ou reestruturação acabam encarecendo ainda mais os
custos do projeto.
Segundo PINHEIRO (2003), estatisticamente os custos para implantação de
uma nova rede de cabeamento estruturado são de apenas 6% do gasto total de uma
rede. Percebe-se que ao contrario do que se imagina o que encarece os projetos
são os software e custos de maquinas de usuários.
Em relação ao tempo de execução dos projetos vai depender de alguns fatores
como:
• Caso já exista uma rede implantada no local. Isso pode aumentar o tempo de
execução do projeto já que o mesmo tem que encontrar uma maneira de se
integrar a rede já existente a nova a ser criada de forma a não interromper os
serviços.
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• A quantidade de mão de obra envolvida no projeto. De certa quanto maior a
quantidade de pessoas envolvidas menor é o tempo de execução. Por outro
lado, isso pode encarecer os custos.
• Outro fator que também é que porte do projeto como foi possível perceber
quanto maior estrutura física maior o tempo de execução. Como foi possível
perceber quanto maior o porte da organização será necessárias mais
intervenções no local para adaptar as normas de cabeamento.
Enfim, podemos perceber que quanto maior porte da organização, e se existe
ou não uma rede já instalada, quantidade de mão de obra envolvida e o orçamento
disponível para o projeto. Maior ou menor será o tempo de execução. Todos os
fatores citados acima acabam por influenciar o tempo de execução do projeto.
41
8. CONCLUSÃO
Foi concluído que o sistema de cabeamento é um componente crucial, sendo
tipicamente um dos mais difíceis de serem implantados e com menor probabilidade
de serem alterados durante seu uso. Entende-se, portanto que da importância do
planejamento, que compreende o estagio inicial de todo o projeto, decorre o risco do
sucesso ou fracasso dos próximos passos, como a implementação e a certificação
de todo o seu funcionamento.
Diante da amplitude do tema “planejamento e projeto de sistemas de
cabeamento estruturado”, notamos que a maior dificuldade reside não durante, mas
no princípio do projeto, onde o planejador encontra-se na responsabilidade de
utilizar todo seu conhecimento prático e teórico na busca pelo ponto de equilíbrio
entre as necessidades e os desejos do cliente. Além disso, também cabe ao
planejador procurar uma forma sucinta de estruturar o plano que será implantado
para que não haja, por exemplo, excessos em orçamentos ou falta em estrutura e
recursos no fim do projeto. Ao mesmo tempo em que causam certa confusão e
dificuldade, estes aspectos do planejamento são os mais empolgantes sob nosso
ponto de vista.
Após o esclarecimento teórico sobre cabeamento estruturado nota-se que a
prática do planejamento de projetos ocorre em etapas distintas, desde o
questionamento do cliente até a definição final daquilo que será executado. Dentre
todas as etapas, a normatização de critérios e práticas aprovadas traz ao planejador
a segurança de um funcionamento garantido do sistema projetado. Junto da
segurança trazida pelas normas, observa-se também que grande parte do sucesso
do projeto está apoiada no bom senso e experiência do planejador, uma vez que
este deve encontrar o equilíbrio entre os desejos e as necessidades do cliente,
buscando no melhor custo-benefício os melhores resultados para o cliente.
Comparado a curta vida das tecnologias em hardwares e softwares, espera-
se da infraestrutura de cabeamento, planejada sob as normas, uma vida de ao
menos 10 anos sem quaisquer alterações. A dificuldade no desenvolvimento de uma
infraestrutura que dure em média 10 anos dentro das necessidades está na
antecipação das futuras necessidades tecnológicas que serão agregadas.
42
Atribui-se a esta documentação a finalidade de atentar sobre a importância do
planejamento completo e bem estruturado, assim como a demonstração dos reflexos
de um planejamento eficiente.
43
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANSI/TIA/EIA-569A – Commercial Building Standard for Telecommunications
Pathways and Spaces, fevereiro de 1998
COELHO, Paulo Eustáquio. Projetos de redes locais com cabeamento estruturado.
Belo Horizonte: Instituto Online, 2003. 453 p
DERFLER, Frank J.; FREED, Les. Tudo sobre cabeamento de redes. Campus,
1994. 227p.
ESPECIFICAÇÕES Técnicas para a Execução dos Serviços de Instalação,
Reparação e Reestruturação em Rede Lógica na UFAL. Maceió.2008
<http://www.bcq.usp.br/normalizacao_tecnica.htm> 04/09/11 as 12h30min.
KAHN, Hearman. A Escalada Metáforas e Cenários. Bloch, 1969. 459p.
KERZNER, H. Project Management: A Systems Approach to Planning, Scheduling,
and Controlling. 7ª. ed., New York: John Wiley & Sons, 2001.
KRAUSER, Faial Varella. Cabeamento estruturado para telecomunicações. Florianópolis: SENAI/CTAI, 2002. 118p.
MARIN, Paulo Sérgio Cabeamento Estruturado - Desvendando cada passo: do
projeto à instalação. 3ª ed. São Paulo: Érica.
MORIMOTO, Carlos E. Redes, Guia Prático. GDG Press e Sul Editores, 2008. 560p
NBR 14565 “Procedimento básico para elaboração de projetos de cabeamento de
telecomunicações para rede interna estruturada”.
PINHEIRO, José Maurício S. GUIA COMPLETO de Cabeamento de Redes. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2003. 248p.
ROSS, Julio. Cabeamento Estruturado.Antenna Edições Técnicas, 2007. 48p
SIMÕES, Haroldo; OLIVEIRA, Valter. Introdução ao Gerenciamento de Projetos.
Departamento de Extensão e Pós-Graduação. Valinhos, SP: Anhanguera
Educacional, 2011.
TANENBAUM, Andrew S; WETHERALL, David. Computer Networks. Upper Saddle
River: Prentice-Hall, 2011. 933 p.
44
Telecommunication Industry Assiciation /Eletronic Industry Alliance - ANSI/TIA/EIA-568B –
Commercial Building Telecommunications cabling Standard
VARGAS. Ricardo V. Gerenciamento de Projetos: Estabelecendo Diferenciais
Competitivos. 6ª Edição. Rio de Janeiro. Brasport, 2005.