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Dezembro 2014
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Plano de Atividades e Orçamento 2015
ÍNDICE
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 2 1. O Centro Tecnológico das Indústrias do Couro ................................................................ 3
1.1. Missão ............................................................................................................................... 4
1.2. Organigrama ...................................................................................................................... 4
1.3. Recursos Humanos ............................................................................................................ 5
1.4. Recursos Tecnológicos ...................................................................................................... 5
1.5. Marketing .......................................................................................................................... 5
1.6. Cooperação e colaboração com outras entidades ........................................................... 6
2. Plano de Actividades ......................................................................................................... 8
2.1. Atividades a desenvolver .................................................................................................. 9
2.2. Ambiente e Energia ......................................................................................................... 11
2.3. Implementação de Sistemas de Gestão .......................................................................... 14
2.4. Serviços Externos de Segurança e Saúde do Trabalho ................................................... 16
2.5. Laboratórios .................................................................................................................... 16
2.6. Investigação, Desenvolvimento e Inovação .................................................................... 17
2.7. Formação ......................................................................................................................... 20
3. Plano Financeiro .............................................................................................................. 22
3.1. Pressupostos ................................................................................................................... 23
3.2. Balanço Previsional ......................................................................................................... 24
3.3. Conta de Exploração Previsional ..................................................................................... 25
3.4. Prestação de Serviços por área ....................................................................................... 26
3.5. Subsídios de Projetos ...................................................................................................... 26
3.6. Fornecimentos e Serviços Externos ................................................................................ 27
3.7. Proveitos Operacionais ................................................................................................... 28
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INTRODUÇÃO
De forma a cumprir os Estatutos, vem o Conselho de Administração apresentar o Plano de Atividades e Orçamento para o exercício de 2015.
As perspetivas para 2015 a nível mundial apontam para uma melhoria, ainda que ligeira, do desempenho da economia, assente no reforço do crescimento das economias avançadas. No entanto, a incerteza permanece elevada, com o crescimento de tensões geopolíticas em vários pontos do globo, e que poderão afetar a recuperação económica.
Na parte final do ano de 2014 nota-se alguma perda de dinamismo da economia da zona euro, que poderá vir a refletir-se negativamente nas perspetivas traçadas pelo governo português de crescimento do PIB de 1,5%.
Apesar do cenário de alguma incerteza, espera-se que a estratégia que tem vindo a ser empreendida pelo setor de curtumes se revele bem-sucedida. O processo de internacionalização está em fase de consolidação, fruto de uma aposta na qualidade e inovação dos produtos, com um progressivo posicionamento em segmentos superiores do mercado.
A atividade do CTIC em 2015 estará bastante condicionada por esta realidade, pelo que este Plano surge como uma proposta prudente, sustentável e cautelosa sem deixar no entanto de refletir alguma ambição.
De facto, após um interregno provocado pela transição de quadro comunitário, espera-se que os novos programas no âmbito do Portugal 2020 constituam o indispensável estímulo ao investimento empresarial, abrindo novas janelas de oportunidade para a dinamização das atividades do Centro.
Pretende-se continuar a consolidar a ligação ao tecido económico, nos mais variados setores, assente nas competências e experiência acumuladas, oferecendo às empresas um conjunto alargado de áreas cruciais para o seu desenvolvimento: o apoio tecnológico na inovação de processos e produtos, a certificação de sistemas de gestão, as soluções ambientais e energéticas, a segurança e higiene do trabalho, a segurança alimentar e a formação profissional dos seus colaboradores.
No âmbito dos novos quadros de incentivos financeiros, tanto nacionais como europeus serão promovidos novos projetos de inovação tecnológica em conjunto com empresas e entidades do sistema científico.
A qualificação dos recursos humanos é um fator chave para a competitividade das empresas, pelo que, além da formação corrente que já vinha a desenvolver, o CTIC irá promover, em parceria com o Instituto Politécnico de Tomar e o Município de Alcanena, um curso de nível superior, na área de curtumes, com duração de dois anos.
A cooperação com as restantes infraestruturas representativas do setor será mantida:
- Com a APIC, no desenvolvimento de ações de apoio ao sector, com destaque para a área da internacionalização, e no novo curso para curtumes.
- Com a AUSTRA, como apoio tecnológico na implementação dos projetos relacionados com as melhorias ambientais em curso no Sistema de Alcanena.
Para o sucesso das atividades propostas neste Plano, é fundamental a habitual dedicação de toda a equipa de colaboradores do CTIC.
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1. O Centro Tecnológico das Indústrias do Couro
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1.1. Missão
O CTIC está apostado em oferecer às empresas um leque alargado de serviços, cobrindo as suas
necessidades de caráter tecnológico, organizacional e de reforço de competências, e que constitua
um forte impulso para a inovação e competitividade do tecido económico nacional.
1.2. Organigrama
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1.3. Recursos Humanos
Os Quadros Comunitários de Apoio constituem uma ferramenta importante para fomentar o
desenvolvimento das atividades do Centro, pelo que
esta fase de transição em que os novos programas
tardam em ter início, tem reflexos negativos no nível
de atividade.
Assim, e após uma pequena contração em 2014 do
quadro de colaboradores, prevê-se para o próximo
ano uma pequena redução para um número médio
de 23.
A formação dos colaboradores continuará a ser uma
prioridade, esperando-se que o próximo quadro –
POCH – a contemple, pois até agora não existe
qualquer incentivo, o que significa um esforço
acrescido por parte do Centro na promoção dessa
formação.
O carácter de polivalência dos colaboradores deverá continuar a ser uma mais-valia para a
consolidação de uma capacidade de oferta diversificada de atividades e de serviços ao tecido
económico.
1.4. Recursos Tecnológicos
Após os investimentos de atualização tecnológica e de reforço de capacidade efetuados nos dois
últimos anos, em 2015 é altura de tirar partido desse esforço financeiro, explorando o potencial
existente.
1.5. Marketing
Com a nova imagem do CTIC já consolidada, continuará a ser dada particular atenção à promoção e
comunicação no mercado, isto é, junto das empresas e outras entidades, mas também do público em
geral, também como forma de chegar a novos mercados e áreas de negócio.
Continuará a aposta na divulgação dos serviços, no reforço da capacidade tecnológica e do
desenvolvimento de novas e inovadoras soluções para as empresas, através de um conjunto de
ações a desenvolver:
• Continuação das campanhas de divulgação, direcionada e personalizada por setor de atividade e
por área de trabalho do CTIC, nomeadamente através de mailings direcionados para diferentes
mercados alvo e contacto direto;
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• Participação em eventos nacionais e internacionais (Feiras, Seminários, entre outros);
• Atualização permanentemente do sítio da Internet (www.ctic.pt);
• Newsletter - tem como objetivo dar destaque e divulgar as atividades desenvolvidas, atualizações
legais assim como informações relevantes referentes aos diversos serviços prestados pelo CTIC, de
forma a manter uma relação duradoura e constante com os clientes e parceiros;
• Curtnews – manter uma ligação e atualização ao setor dos curtumes, através de publicações
periódicas de informações importantes para o setor;
• Manter a frequência de publicidade em meios de comunicação social;
• Realização de workshops temáticos;
• Otimizar a relação com os clientes e a disponibilização de documentação através de acesso a
áreas reservadas, nomeadamente no site;
Pretende-se dinamizar e incrementar a atividade desenvolvida via protocolos de trabalho com outras
entidades, de forma a promover os serviços do CTIC e angariar um maior número de clientes, noutras
áreas geográficas.
1.6. Cooperação e colaboração com outras entidades
A cooperação e as parcerias estabelecidas com outras entidades são um importante instrumento
para a prossecução dos objetivos do CTIC no apoio ao tecido empresarial, pelo que serão
dinamizados protocolos ou entendimentos em diversas áreas, tais como:
• APIC – Associação Portuguesa dos Industriais de Curtumes – promoção e internacionalização do
sector de curtumes;
• AUSTRA – Associação de Utilizadores do Sistema de Tratamento de Águas Residuais de Alcanena –
soluções ambientais;
• Câmara Municipal de Alcanena e Instituto Politécnico de Tomar, na instalação do Museu dos
Curtumes, e na criação do Curso Técnico Superior Profissional para curtumes.
• Relacre, IPQ e IPAC – Comissões técnicas de normalização e desenvolvimento das actividades
laboratoriais;
• CENTI – Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes – Centro de I&D
nos campos de materiais têxteis, tecnologias de processamento e design de produtos inovadores
relacionados com os sectores têxtil, vestuário, calçado e curtumes;
• ADENE – Agência para a Energia – Organização de cursos de Gestão de Energia na Indústria;
• Com entidades do Sistema Científico Nacional no desenvolvimento de projetos de Investigação e
Desenvolvimento.
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Por outro lado, o Centro está inserido em algumas parcerias cujo objectivo é a cooperação entre
infraestruturas. Estas redes de cooperação, nacionais e internacionais, reúnem instituições que
possuem objectivos comuns. São potenciadas a troca de experiências, a transferência de
conhecimentos e inovação tecnológica, a criação de sinergias provenientes da actividade
desenvolvida e vantagens de exploração em termos tecnológicos.
• Nacionais
Com os restantes Centros Tecnológicos, no desenvolvimento de projetos comuns (Pense Indústria,
Gabinete de Apoio à Propriedade Industrial, Business and Technical Intelligence e outros).
PRODUTECH – Pólo de competitividade das Tecnologias de Produção
A PRODUTECH é uma associação que tem por finalidade a implementação de estratégias e iniciativas
de eficiência colectiva que visem a inovação, a qualificação e a modernização das empresas
produtoras e utilizadoras de tecnologias para a produção, fomentando, de uma forma sustentada, a
sua competitividade global.
Em 2015 dar-se-á continuidade ao desenvolvimento de atividades e projetos conjuntos.
Associação POOL-NET Portuguese Tooling Network - entidade que gere o Pólo de Competitividade e
Tecnologia Engineering & Tooling
• Internacionais
GERIC – Groupe Européen de Recherche des Industries du Cuir
O CTIC pertence a esta rede de investigação tecnológica da COTANCE - Confederação das Associações
de Curtumes da Europa, formada pelos Centros e Institutos europeus de investigação e formação no
sector do couro, e que tem como objetivo contribuir para a melhoria dos processos e tecnologias e
da produtividade na indústria de curtumes.
Após um período com atividade mais reduzida, espera-se em 2015 um relançamento da cooperação
entre os Centros, agrupados no GERIC, no âmbito do Horizonte 2020.
• IULTCS – International Union of Leather Technologists & Chemists Societies
O CTIC continuará a colaborar neste fórum que reúne especialistas de curtumes a nível mundial, e
que é o palco de importantes debates de natureza tecnológica relacionadas com a indústria de
curtumes.
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2. Plano de Atividades
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2.1. Atividades a desenvolver
2.1.1. Consultoria Tecnológica e Transferência de Tecnologia
O apoio tecnológico ao sector de curtumes em 2015 seguirá uma tendência já verificada nos últimos
anos, incluindo três áreas fundamentais: otimização de processos; desenvolvimento de produtos;
sustentabilidade. Esta é naturalmente uma atividade que resulta de um acumular de experiência e
conhecimento que se sustentam em atividades de I&DT e de transferência de tecnologia realizadas
no passado recente. Naturalmente, continuará a realizar-se um contínuo trabalho de pesquisa no
sentido de conhecer as novidades que vão surgindo no mercado, fundamentalmente com origem em
fornecedores de máquinas e produtos químicos.
Esta atividade assentará nos recursos humanos do CTIC ligados às áreas de investigação, assistência
técnica e testes laboratoriais. As infraestruturas e equipamentos existentes, continuarão a dar
suporte físico a toda esta atividade. Salientam-se como laboratórios fundamentais, a Unidade de
Apoio Tecnológico e os Laboratórios de Ensaios Físico-mecânicos e de Análises Químicas.
Atividades de I&DT e Transferência de Tecnologia nas empresas
As principais linhas da intervenção do CTIC junto das empresas de curtumes serão as seguintes,
dentro das três áreas atrás mencionadas:
- Sustentabilidade:
• Desenvolvimento e implementação industrial de novos processos de ribeira, nomeadamente de
caleiro, com menor impacte ambiental.
• Desenvolvimento e implementação industrial de novos processos de curtume, desde a
preparação (desencalagem, purga e piquelagem) até à fixação, passando pelo agente de curtume a
dosear. Também neste caso o objetivo será diminuir o impacte ambiental, seja pela menor carga
poluente nos efluentes, seja pelo aumento da possibilidade de valorização material dos resíduos
curtidos.
• Desenvolvimento e implementação industrial de processos de curtume/recurtume que permitam
a diminuição no artigo acabado do teor de substâncias cuja presença nestes produtos tem vindo a
ser restringida. A título de exemplo pode referir-se o formaldeído, o crómio hexavalente, o fenol,
entre outras.
• Desenvolvimento de bioprodutos, ou seja, novos produtos químicos de origem natural que
possam ser utilizados no processamento de peles, desde o curtume até ao acabamento.
• Estudo de novas possibilidades de valorização de resíduos sólidos da indústria de curtumes e
outras semelhantes, como é o caso dos matadouros, armazenistas de couros, entre outros.
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- Otimização de processos:
• Otimização de unidades produtivas de curtumes e afins. O principal objetivo neste caso será o
aumento de eficiência destas unidades, melhorando-as do ponto de vista da rastreabilidade /
controlo de qualidade, da limpeza, e da produtividade.
- Desenvolvimento de produtos:
• Desenvolvimento de novos produtos químicos com aplicação na indústria de curtumes, com vista
a um maior grau de curtimenta, a melhores resistências físico-mecânicas ou a propriedades estéticas
melhoradas.
• Funcionalização de artigos em pele, nomeadamente pela exploração de transferência de
tecnologia, integrando na produção de artigos em pele ativos químicos e técnicas recentemente
desenvolvidos para a indústria têxtil. As nanotecnologias têm aqui um importante papel.
• Desenvolvimento estético de artigos e coleções.
• Desenvolvimento de catálogos (realização de ensaios com novos produtos químicos para
elaboração de portfólios de artigos em couro).
• Melhoria da performance de produtos, nomeadamente no que respeita a valores de solidez das
cores e a resistências físico-mecânicas da estrutura fibrosa.
Regulamentação europeia relativa às substâncias químicas
No que diz respeito à legislação sobre produtos químicos, o CTIC continuará a acompanhar as
diferentes fases de implementação dos vários regulamentos europeus vigentes nesta área, entre os
quais se destacam o REACh, a BPD e o CLP. O REACh diz respeito ao controlo de todas as substâncias
químicas existentes no mercado europeu, à exceção de biocidas, polímeros e extratos vegetais sem
transformação química. A BPD está ligada ao controlo de substâncias de ação biocida. O CLP é o
regulamento recentemente criado para regular a classificação e rotulagem de produtos químicos.
Todos estes regulamentos têm grande impacto nas empresas que se dedicam à produção e
comercialização de produtos químicos, mas trazem também exigências para a indústria
transformadora, onde o setor de curtumes se inclui.
Implementação do Regulamento (CE) n.º 1774/2002 ao nível dos couros e peles
O CTIC continuará a apoiar processos de licenciamento de empresas do sector, no que vulgarmente
se designa por regulamento dos subprodutos animais, junto da DGAV - Direção Geral de Alimentação
e Veterinária.
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2.2. Ambiente e Energia
É expectável considerar que os próximos anos serão de continuidade na afirmação do CTIC enquanto
entidade de referência no acompanhamento das temáticas ambientais e energéticas a nível setorial
(industria, agricultura, comércio e serviços) e regional.
Com valores partilhados de rigor, responsabilidade e fidelização, o CTIC projeta o futuro, apoiando-se
nos seus colaboradores, na sua experiência, nas suas áreas de atuação, nas suas parcerias e na
constante aposta em soluções tecnológicas diferenciadoras.
As atividades do Departamento de Ambiente e Energia do CTIC são desenvolvidas por um quadro de
profissionais com formação e com uma vasta experiência, vocacionados e motivados para oferecer
consultoria, soluções e serviços especializados, ajustados à natureza e dimensão das empresas.
A necessidade crescente de dar resposta a um conjunto cada vez maior e mais exigente de requisitos
legais, bem como a progressiva interação com outros setores de atividade, induziram o
desenvolvimento de mais competências próprias na prestação de serviços nas áreas do Ambiente e
da Energia, que constituem atualmente o “core business” deste Departamento.
Por forma a complementar os seus serviços, o CTIC desenvolveu parcerias com técnicos e empresas
de reconhecida competência e credibilidade.
Além dos serviços técnicos e de consultoria, participa também ativamente em vários projetos de
investigação e desenvolvimento.
Processos de Licenciamento
Nos últimos anos o paradigma dos licenciamentos das empresas, bem como o da comunicação com
as diferentes entidades (CCDR, APA, Municípios, Ministério da Economia, etc.) foi significativamente
alterado, passando a ser usado um formato eletrónico, nomeadamente através do Sistema da
Indústria Responsável (SIR), do “Balcão do Empreendedor” e do SILiAMB – Sistema Integrado de
Licenciamento do Ambiente.
O CTIC apoia as empresas nos processos de licenciamento no âmbito do REAI e de outros regimes
conexos, tais como:
− Alvará de utilização;
− Industrial;
− Ambiental;
− Equipamentos sob Pressão (geradores de vapor e reservatórios de ar comprimido);
− Reservatórios de armazenamento de combustíveis;
− Utilização do domínio hídrico (captação de águas e descarga de efluentes);
− Operador de Gestão de Resíduos: transporte, valorização interna e destino final de resíduos;
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− Atribuição de número de controlo veterinário;
− Produção de energia.
Estudos, Relatórios, Documentação e Comunicação
Dando resposta a um conjunto de requisitos legais cada vez mais específicos e complexos, o CTIC
presta consultoria às empresas na elaboração de:
− Planos de Desempenho Ambiental (PDA) e Relatórios Ambientais Anuais (RAA), no âmbito das
Licenças Ambientais, bem como o acompanhamento do seu cumprimento. Enquanto os primeiros
reúnem os elementos demonstrativos do cumprimento do licenciamento ambiental, os segundos
integram as ações de melhoria ambiental que as empresas se propõem implementar, de acordo com
as Melhores Técnicas Disponíveis (MTD’s) específicas para o setor da atividade em causa, com o
objetivo de minimizar ou eliminar os efeitos adversos no ambiente;
− Inventário PRTR (Pollutant Release and Transfer Register – Registo de Emissões e Transferência de
Poluentes;
− Estudos de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE): Instrumento de avaliação de impactes de
natureza estratégica cujo objetivo é facilitar a integração ambiental e a avaliação de oportunidades e
riscos de estratégicas de ação no quadro de um desenvolvimento sustentável;
− Estudos de Impacte Ambiental: Serviço realizado em parceria com outras entidades, onde se
reúne uma equipa de especialistas nos diferentes domínios ambientais;
− Estudos de Avaliação de Riscos Ambientais;
− Plano de Gestão de Resíduos (PGR): Implementação de planos globais de gestão de resíduos que
contemplam a definição de um “Parque de Resíduos”, sinalética, manual de gestão, diagramas e
procedimentos operacionais, visando a melhor gestão, manuseamento e controlo dos resíduos
(gerados/armazenados), assim como o encaminhamento para destino autorizado;
− Planos de Gestão de Solventes (PGS), relativos à limitação da emissão de compostos orgânicos
voláteis (COV’s) resultantes da utilização de solventes orgânicos em determinadas atividades e
instalações;
− Estudos da altura das chaminés, que comprovem o cumprimento da legislação relativa à altura
das chaminés;
− Estudos de tratabilidade de águas residuais;
− Apoio ao planeamento estratégico e implementação de práticas de gestão ambiental nas
empresas. O CTIC continuará a implementar práticas de gestão ambiental e de controlo da utilização
dos recursos (medidas de racionalização dos consumos de água, matérias-primas e energia,
substituição de substâncias perigosas e minimização das emissões de poluentes).
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− Criação e manutenção do “Dossier Ambiente” nas empresas, implementação de metodologias de
controlo e atribuição de responsabilidades e aplicação de conceitos de contabilidade ambiental;
− Soluções de utilização racional da água, de eficiência energética, de valorização de resíduos e de
tratamento de efluentes gasosos;
− Pegada Ecológica: Desenvolvimento de medidas para a melhoria da “pegada ecológica” do setor
de curtumes e das empresas da região (melhoria da eficiência energética, utilização de fontes de
energia renováveis ou pela correta e adequada gestão dos recursos naturais);
− Documentação para promover as boas práticas energético-ambientais, com especial relevância
nos setores relacionados com a água e os resíduos;
− Avaliação de aspectos e impactes ambientais;
− Atualização de legislação e consultoria na sua interpretação;
− Apoio ao desenvolvimento da investigação e desenvolvimento nas áreas ambientais e energéticas
– novo conceito de produto, ciclo de vida do produto, resíduos, tratamento de águas e efluentes
gasosos, etc.
Considerando que o futuro sustentável se baseia numa política ambiental e energética responsável,
em 2015 o CTIC pretende desenvolver também alguns seminários ou worshops sobre as temáticas
ambientais, nomeadamente a utilização de MTD’s, a gestão da água e da energia e a valorização de
resíduos.
Diagnósticos e Auditorias Ambientais
As empresas estão a sentir cada vez mais necessidade de apoio para acompanhar a permanente
atualização da legislação ambiental, a fim de lhe dar cumprimento. Em 2014 foram realizadas várias
auditorias de verificação da conformidade legal, tendência que se prevê manter em 2015.
Por outro lado, tem-se verificado alguma continuidade nos trabalhos de consultoria na
implementação de sistemas de gestão ambiental (NP EN ISO 14001).
Auditorias e soluções energéticas
A gestão energética torna possível a monitorização dos consumos energéticos, a correção de
ineficiências e a identificação de oportunidades de poupança de energia. Além da capacidade interna
desenvolvida nos últimos anos, o CTIC estabeleceu parcerias com técnicos qualificados e empresas
reconhecidas pela ADENE, para continuar a apoiar as empresas na realização de auditorias
energéticas e de estudos de qualidade da energia e a acompanhar os planos de ação ou ARCE –
Acordos de Racionalização dos Consumos de Energia.
Projeto e exploração de ETAR’s e outros equipamentos
No âmbito do tratamento de águas de consumo, tratamento de águas residuais e valorização de
resíduos, o CTIC estabeleceu parcerias com fornecedores de equipamentos e tecnologias que
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contribuirão para a resolução de problemas concretos das empresas com impacto na sua
competitividade (cumprimento da legislação, minimização de custos e aumento de capacidade).
Nomeadamente no caso das ETAR’s, a atividade desenvolve-se no arranque, afinação e reconversão
das instalações, sendo apoiada por estudos de tratabilidade e análises in-loco e laboratoriais.
Monitorização Ambiental
O Centro está dotado de equipamentos e de técnicos especializados na realização de
amostragens/análises: efluentes gasosos, ruído ambiental, águas residuais e efluentes líquidos, águas
de consumo, águas de processo, resíduos sólidos, lamas e solos. Dispõe dos seus laboratórios
acreditados para um vasto conjunto de parâmetros analíticos nestas matérias.
Em 2015 será dada continuidade aos trabalhos de monitorização de “lixeiras” encerradas e aterros,
já realizados com diversos municípios e entidades gestoras, nomeadamente: análise da composição
dos lixiviados e das emissões gasosas, acompanhamento da qualidade das águas subterrâneas e
superficiais, com elaboração de relatórios periódicos de acompanhamento.
Sistema de Alcanena (AUSTRA)
O CTIC, como parceiro tecnológico da AUSTRA, continuará a prestar assistência técnica na melhoria
da exploração das diferentes infraestruturas que compõem o chamado Sistema de Alcanena
(SIRECRO – Sistema de Recuperação de Crómio, rede de coletores, ETAR de Alcanena e aterros de
resíduos sólidos e de lamas).
Recentemente verificou-se a alteração do sistema de arejamento no tratamento primário,
transformando-o num primeiro sistema biológico e a implementação de um sistema dedicado à
dessulfuração dos banhos de caleiro. Estas importantes remodelações inserem-se numa Plano de
Melhoria da Eficiência da ETAR, que em 2015 irá incidir na remodelação da rede de coletores.
Em 2014, o Centro coordenou o processo de reformulação do Regulamento de Descarga de Águas
Residuais, documento que tem vindo a ser complementado com a implementação de novos sistemas
de medição de caudal e controlo analítico mais incisivo, com vista a reformular o sistema de tarifação
em 2015.
Também neste processo de melhoria, o CTIC encontra-se a finalizar um Guia de Boas Práticas para as
empresas, cujo conteúdo irá ser explicado em ações de formação e de demonstração a realizar no
final de 2014 e início de 2015.
Além disso, o CTIC continuará a colaborar com a AUSTRA noutras áreas como a consultoria
tecnológica, análises laboratoriais, formação e gestão energética.
2.3. Implementação de Sistemas de Gestão
No âmbito dos sistemas de gestão, o CTIC continuará a efetuar consultoria em empresas de vários
setores de atividade, na implementação e manutenção de diversos referenciais, nomeadamente:
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• ISO 9001 – Sistemas de Gestão da Qualidade
• ISO 14001 – Sistemas de Gestão Ambiental
• OHSAS 18000 - Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho
• SA 8000 – Sistemas de Gestão de Responsabilidade Social
• ISO 22000 e HACCP - Hazard Analysis Critical Control Point
• BRC Consumer e IFS
• GlobalGap
• Sistemas Integrados de Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde e Segurança Alimentar
• ISO 17025 - Acreditação de Laboratórios
• Certificação de produtos
• Marcação CE
• Formação
• Auditorias
Normalização – ONS
O Organismo de Normalização Sectorial no âmbito de Curtumes e Produtos de Couro com exclusão
do calçado, manterá a atividade da Comissão Técnica CT 49, assegurando a sua dinamização através
das três Subcomissões, assim como a representação nos organismos europeus e internacionais,
nomeadamente no CEN (TC 289) e na ISO (TC 120).
O ONS continuará a colaborar com o IPQ na votação de projetos de normas e pareceres técnicos a
nível internacional, assim como na tradução de normas.
Prevê-se durante o próximo ano a comercialização de um DVD com uma coletânea das normas
editadas pelo CTIC até ao momento.
A elaboração de uma nova brochura neste âmbito está também prevista.
Participação em Comissões Técnicas
O CTIC continuará a participar na Comissão Técnica da Gestão da Qualidade e Garantia da Qualidade
(CT 80) e nas reuniões periódicas das Comissões Técnicas da Relacre em vários âmbitos: Análises de
Águas, Emissões Gasosas, Ruído Ambiental.
OVM – Organismo de Verificação Metrológica
O CTIC continuará a exercer a sua atividade como OVM – Organismo de Verificação Metrológica para
equipamentos de medição da área das peles.
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2.4. Serviços Externos de Segurança e Saúde do Trabalho
O CTIC continuará a apoiar as empresas, no âmbito da autorização concedida pela ACT – Autoridade
para as Condições do Trabalho para prestação de serviços externos de Segurança do Trabalho,
incluindo também as seguintes atividades de risco elevado:
- Atividades que impliquem a exposição a agentes biológicos do grupo 3 ou 4;
- Atividades que impliquem a exposição a gentes cancerígenos, mutagénicos ou tóxicos para a
reprodução;
- Trabalhos em obras de construção, escavação, movimentação de terras, túneis, com risco de
trabalho em altura ou soterramento, demolições e intervenções em ferrovias e rodovias sem
interrupção de tráfego (empresas com CAE de construção civil).
O CTIC pretende assim reforçar a sua capacidade de intervenção, prevendo-se desenvolver as
seguintes atividades:
- Consultoria e acompanhamento técnico em Segurança do Trabalho nas empresas clientes
- Formação intraempresas e interempresas em Segurança e Saúde do Trabalho
- Implementação de Planos de Segurança Internos em empresas
Será dinamizado o serviço de Avaliações de Higiene Industrial no local de trabalho nas seguintes
áreas:
- Vibrações no sistema corpo inteiro e sistema mão-braço.
2.5. Laboratórios
Nos dois últimos anos foram realizados investimentos de atualização tecnológica e reforço de
capacidade nos laboratórios, sendo o parque instalado adequado de momento, pelo que não se
preveem novas aquisições para 2015.
A qualificação dos recursos humanos é fundamental pelo que serão realizadas formações específicas.
O conjunto dos Laboratórios o CTIC será assim composto por quatro unidades orgânicas:
LEFM - Laboratório de Ensaios Físico- Mecânicos em peles;
LAQ - Laboratório de Análises Químicas em peles, produtos químicos, efluentes industriais, resíduos,
águas de consumo e produtos alimentares;
NUTECA - Núcleo de Tecnologias Ambientais: controlo de efluentes gasosos;
NUAR – Núcleo de Acústica e Ruído em avaliações de ruído industrial (posto de trabalho) e ruído
ambiental (incomodidade para o exterior).
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Métodos Instrumentais de Análise
Para poder responder com celeridade e tendo em conta a necessidade crescente de reduzir os prazos
de realização dos ensaios prevê-se a implementação de novas técnicas instrumentais em parâmetros
que já são determinados por métodos clássicos, nomeadamente:
• Hidrocarbonetos e de óleos e gorduras
• Aniões e catiões por cromatografia iónica
Acreditação dos Laboratórios
A manutenção da acreditação dos laboratórios pela Norma NP EN ISO/IEC 17025, para os ensaios no
âmbito de peles, águas consumo e residuais, efluentes gasosos, ruído no local de trabalho e ruído
ambiental continuará a ser indispensável para o cumprimento das exigências legais, assim como dos
requisitos dos cliente e/ou partes interessadas.
Prevê-se que em 2015 os laboratórios do CTIC efetuem a extensão flexível da sua acreditação, a
extensão da acreditação para métodos instrumentais de alguns parâmetros que já estão acreditados
no âmbito das análises clássicas em águas de consumo e residuais, a extensão da acreditação para os
compostos orgânicos voláteis nos efluentes gasosos.
Ensaios Interlaboratoriais
Continuar-se-á a participar em ensaios interlaboratoriais no âmbito das águas de consumo e águas
residuais, ruído, efluentes gasosos, por forma a demonstrar e a garantir a qualidade dos resultados
obtidos.
2.6. Investigação, Desenvolvimento e Inovação
Projetos de I&DT
Os projetos de I&DT têm uma grande importância para o CTIC, dado que permitem o
desenvolvimento técnico e científico de tecnologias verdadeiramente inovadoras, que geram
produtos novos, possibilitando às empresas que colaboram com o CTIC nestes projetos um elevado
grau de diferenciação e a presença em nichos de mercado de alto valor acrescentado. Em 2015, este
trabalho continuará, sendo desenvolvidas atividades de ID&I - Investigação, Desenvolvimento e
Inovação, em conjunto com outras entidades do sistema científico e tecnológico, nacionais e
estrangeiras, bem como com empresas industriais.
No quadro seguinte apresentam-se projetos que estão em curso e transitam para o ano de 2015.
Como é do conhecimento geral, o ano de 2014 esteve já integrado no novo programa comunitário de
apoio – Portugal 2020. No entanto, o acesso a candidatar projetos de I&DT ainda não se tornou
realidade. Sendo assim, apesar de existirem várias ideias que entretanto foram exploradas do ponto
de vista da pesquisa e da realização de estudos prévios, as respetivas candidaturas não foram ainda
submetidas. Este fosso temporal, gerado pela impossibilidade de submeter a avaliação candidaturas
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de projetos de I&DT no último ano, cria um abaixamento momentâneo do número de projetos
assegurado para execução no ano que se avizinha – 2015. De qualquer modo, assim que haja
possibilidade de submeter as ditas candidaturas, vários projetos serão propostos para financiamento,
dado que as ideias estão já suficientemente exploradas e os consórcios criados. Estão nesta situação
de espera quatro projetos de I&DT:
- Funcionalização de artigos em pele para forro, no sentido de aumentar o conforto e bem-estar do
consumidor final;
- Funcionalização de artigos em pele para marroquinaria no sentido de lhes conferir novas
propriedades que gerem mais-valias no produto final;
- Desenvolvimento de novos produtos químicos que ao serem utilizados no processamento de peles
permitam aumentar a sustentabilidades destes processos, diminuindo a sua carga poluente e
minimizando o impacte ambiental do produto no final do seu ciclo de vida;
- Exploração de novas possibilidades de valorização de resíduos sólidos curtidos da indústria de
curtumes.
Programa Projeto Duração Objetivos Parceria
QREN / SI I&DT: Projectos em Co-promoção
LightShoes 18 meses (2014/2015)
O projeto LightShoes visa o desenvolvimento de materiais que possam ser integrados na produção da RXM, gerando artigos de maior conforto e permitindo à empresa incrementar o grau de inovação dos seus produtos. Durante o ano de 2015 será possível a RXM apresentar aos seus clientes alternativas aos materiais tradicionais, que integradas no calçado, gerarão uma maior satisfação do consumidor final.
- RXM Shoes, Lda. - CTIC
QREN / SI I&DT: Projectos Individuais
Fun2Fur 18 meses (2014/2015)
Este projeto arrancou no início de 2014 e pretende gerar novos produtos, por um lado com características de qualidade melhoradas, e por outro com novas propriedades funcionais, contribuindo desta forma para um aumento do grau de diferenciação dos produtos da Cortadoria no mercado em que atua. Os trabalhos serão concluídos durante o ano de 2015.
- Cortadoria Nacional do Pêlo, S. A. - CTIC (sub-cont.) - CENTI (sub-cont.)
QREN / SI I&DT: Projectos Individuais
HydroSyst 18 meses (2014/2015)
Este é um projeto que visa o desenvolvimento de novos sistemas de hidrofugação e de produção de artigos laváveis. Em 2015 serão concluídos os trabalhos que permitirão à Indinor lançar no mercado uma nova gama de produtos hidrofugantes.
- Indinor, S. A.. - CTIC (sub-cont.)
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GAPI – Gabinete de Apoio à Propriedade Industrial
O CTIC dispõe de um serviço de apoio às empresas, o GAPI - Gabinete de Apoio à Propriedade
Industrial, reconhecido pelo INPI.
A Propriedade Industrial visa a proteção das invenções, das criações estéticas (design) e dos sinais
usados para distinguir produtos e empresas no mercado.
Neste sentido o GAPI-CTIC, continuará a:
- Divulgar a importância da proteção da imagem e dos investimentos em I&DT numa política de
internacionalização;
- Promover a sensibilização das PME em matéria de PI (ex.: Pré-Diagnósticos);
- Implementar atividades de suporte ao “enforcement”;
- Prestar assistência técnica à instrução de processos de Pedidos de Registo (modelos, marcas,
patentes) e acompanhamento pós-registo para manutenção dos direitos adquiridos
- Efetuar vigilância e difusão seletiva da inovação e de registos relevantes para o sector
- Desenvolver competências em “soft IP” (acordos de confidencialidade, acordos de consórcio e
regulamentos de PI, segredo de negócio, entre outros).
- Levar a PI a públicos complementares, desenvolvendo materiais e atividades específicas, por
exemplo para escolas.
Neste sentido o GAPI-CTIC irá participar e desenvolver atividades, quer nacionais, quer europeias, no
sentido de, por um lado, divulgar as suas atividades e por outro de manter os seus conhecimentos
atualizados, no que à legislação comunitária, diz respeito.
Pense Indústria – Nova Geração
O projeto Pense Indústria está orientado para mobilizar os jovens, os seus educadores e as empresas
para o desenvolvimento da Formação e Qualificação Tecnológica - através da valorização do
conhecimento científico, técnico e tecnológico - essencial para a melhoria dos ativos da Indústria
Portuguesa, e consequentemente, a evolução da mesma.
As atividades deste projeto dividem-se entre:
- Escolas onde se visa sensibilizar grupos de alunos para divulgação global do projeto e apoio nas
atividades em que estes participem.
- CTIC no qual decorrem ações explorativas das atividades aqui desenvolvidas apresentando uma
imagem real de um local de trabalho relacionado com a indústria.
- Empresas onde os alunos podem ter um maior e mais real contacto com a atividade industrial;
- Realização de concursos F1 in Schools e Isto é uma Ideia
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BTI Business & Technical Intelligence para PME
Este projeto visa promover a transferência pelas empresas do conhecimento discutido em Comités
Técnicos e de Normalização, necessário à atividade de empresas que pretendam dinamizar uma
presença internacional, traduzindo-se num benefício indireto para estas empresas (maioritariamente
PME).
É também objetivo do projeto B&TI a promoção de uma rede de conhecimento, representada pelos
Centros Tecnológicos dos vários setores industriais, constituindo-se como um instrumento coletivo
importante ao serviço da melhoria da competitividade das empresas, nomeadamente visando a
dinamização da inovação tecnológica e do processo de internacionalização e criando condições para
uma maior e melhor penetração das PME nos mercados internacionais.
2.7. Formação
O CTIC, como entidade equiparada reconhecida pela DGERT - Direcção-Geral do Emprego e das
Relações de Trabalho, procura dar sempre resposta ao tecido empresarial e às reais necessidades de
formação.
Espera-se no próximo ano desenvolver ações de formação financiadas no âmbito do novo POCH -
Programa Operacional do Capital Humano, quer para os colaboradores das empresas, quer para a
população em geral, de forma a reforçar as competências do mercado de trabalho, tornando as
empresas mais competitivas.
O CTIC continuará a disponibilizar formação profissional não financiada, abrangendo áreas
específicas, ajustadas às empresas e desenvolvidas à medida das suas necessidades.
As parcerias estabelecidas com outras entidades têm um papel muito importante, pelo que se
pretende reforçar e dinamizar as parcerias existentes e criar novas.
Prevê-se aumentar e diversificar o leque de oferta formativa certificada, prevista para as seguintes
áreas:
Desenvolvimento Pessoal, Línguas e Literatura Estrangeira, Secretariado e Trabalho Administrativo,
Informática na ótica do utilizador, Segurança e Higiene do Trabalho, Construção Civil e Engenharia
Civil, Comércio, Proteção do Ambiente, Marketing e Publicidade, Materiais (madeira, cortiça, papel,
plástico, vidro e outros), Indústrias Alimentares, Hotelaria e Restauração, Secretariado e Trabalho
Administrativo, Indústrias do Têxtil, Vestuário Calçado e Couro, Contabilidade e Fiscalidade,
Metalurgia e Metalomecânica, Enquadramento na Organização/Empresa, Gestão e Administração,
Eletricidade e Energia, Serviços de Transporte.
O CTIC será parte integrante e ativa no sector para a qualificação da fileira da moda, ou seja, irá
conceber cursos do sector de curtumes que façam parte do Catálogo Nacional de Qualificações.
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O curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho vai ser sujeito a um novo processo
de homologação com uma revisão do mesmo, e pretende-se apresentar um pedido de homologação
para a Reciclagem de TSSHT e Formação Pedagógica Inicial de Formadores.
A formação específica em curtumes conhecerá um novo impulso com o lançamento no próximo ano
de um novo curso para o setor, em parceria com o Instituto Politécnico de Tomar e com apoio da
Câmara Municipal de Alcanena.
Trata-se do Curso Técnico Superior Profissional, denominado de ARTEC – Arte e Técnica do Couro,
com duração de dois anos, e que será ministrado na sua componente mais técnica, nas instalações
do CTIC.
Para tal espera-se que seja aprovada a candidatura submetida em Dezembro de 2014.
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3. Plano Financeiro
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3.1. Pressupostos
As previsões para 2015 enquadram-se no cenário descrito na Introdução, e que decerto irá
condicionar a atividade do CTIC de um modo geral.
Assim, foram traçadas perspetivas de alguma contenção, tendo em conta também o arranque tardio
do novo Quadro Comunitário de Apoio - Portugal 2020 – cujos resultados práticos serão visíveis já no
decurso do ano.
Espera-se pois uma redução do volume de prestação de serviços, a par também de uma quebra nos
subsídios à exploração respeitantes a projetos e cursos de formação financiada.
Acompanhando esta tendência, os custos de exploração deverão também conhecer alguma
contração, mais evidente no Pessoal, por uma pequena redução do seu número, e nos
Fornecimentos e Serviços Externos, motivada nestes últimos essencialmente por um menor volume
de subcontratação de formadores e outros consultores, quando comparado com o ano anterior.
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3.2. Balanço Previsional
RÚBRICAS 2014 2015
ATIVO (Prev) (Prev)
Ativo não Corrente Ativos Fixos Tangíveis 921.536 838.736 Participações financeiras -mét. equiv.patrimonial 9.231 9.231 Participações financeiras - outros métodos 29.970 29.970 Ativos por impostos diferidos 0 0 Total Ativo não Corrente 960.737 877.937 Ativo corrente Inventários 38.540 33.670 Clientes 426.366 406.000 Estado e Outros Entes Públicos 0 0 Outros Contas a Receber 650.960 406.282 Diferimentos 5.500 6.523 Depósitos Bancários e Caixa 3.100 2.539 Total Ativo Corrente 1.124.466 855.014 TOTAL DO ATIVO 2.085.203 1.732.951 CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO Capital Realizado 311.500 311.500 Reservas Legais 22.079 22.079 Outras Reservas 438.267 438.267 Outras Variações no Capital Próprio 541.410 494.924 Resultados Transitados -245.073 -274.635 Resultados Líquidos do Período -29.562 1.493
Total do Capital Próprio 1.038.622 993.629
PASSIVO Passivo não Corrente Financiamentos obtidos 20.200 8.200 Passivos por Impostos diferidos 0 0 Total Passivo não corrente 20.200 8.200 Passivo Corrente Fornecedores 330.290 272.400 Estado e Outros Entes Públicos 58.000 56.000 Financiamentos obtidos 170.000 165.000 Outros Contas a Pagar 236.745 186.200 Diferimentos 231.346 51.522 Total Passivo Corrente 1.026.381 731.122 TOTAL PASSIVO 1.046.581 739.322 TOTAL Capital Prop+Passivo 2.085.203 1.732.951
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3.3. Conta de Exploração Previsional
RÚBRICAS 2014 2015
(Prev) (Prev)
RENDIMENTOS E GASTOS Vendas e Serviços Prestados 905.432 873.115 Subsídios à Exploração 275.684 146.825 -Directos 19.375 9.364 -De Prestação de Serviços 256.308 137.461 Custo Merc. Vendidas e Mat. Consumidas -36.672 -35.870
Fornecimentos e Serviços Externos -425.592 -289.350
Gastos com Pessoal -682.937 -634.855
Imparidade de Dividas a Receber -13.250 -12.800
Outros Rendimentos e Ganhos 66.899 59.219
Outros Gastos e Perdas -16.909 -8.710
Resultados antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 72.653 97.573
Gastos/ Reversões de Depreciação e Amortização -90.000 -82.800
Imparidade de Inv. Depreciáveis/ amortizáveis 0 0
Resultado Operacional (antes gastos financ.e imp.) -17.347 14.773
Juros e rendimentos similares obtidos 3.194 1.100
Juros e gastos similares suportados -12.209 -12.180
Resultados antes de impostos -26.362 3.693
Imposto s/ o Rendimento do Período -3.200 -2.200
RESULTADOS LIQ. PERIODO -29.562 1.493
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3.4. Prestação de Serviços por área
Rúbricas 2014 2015
Prev. Prev.
Laboratórios 264.055 262.000
Consultoria Tecnológica 307.075 293.900
Certificação 149.766 163.805
Formação 89.606 70.250
Controlo Emissões Gasosas 77.656 83.160
Outros 17.274 0
Total 905.432 873.115
3.5. Subsídios de Projetos
Descrição 2015
Prev
PING 9.776
B&TI 9.602
GAPI 9.925
Lightshoes 22.024
Painéis fotovoltaicos 26.000
Couro reciclado 25.000
Formação POCH 35.135
Total Geral 137.461
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3.6. Fornecimentos e Serviços Externos
RÚBRICAS 2014 2015
Prev. Prev.
Subcontratos 157.595 100.650 Serviços especializados 139.276 73.800 Trabalhos Especializados 96.014 42.340 Publicidade e Propaganda 18.755 7.000 Vigilância e Segurança 4.317 3.360 Honorários 3.121 3.300 Conservação e Reparação 13.300 14.000 Outros Serviços 3.770 3.800 Materiais 12.645 12.500 Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 7.666 7.500 Livros e Documentação Técnica 1.119 1.500 Material de Escritório 3.861 3.500 Energia e Fluídos 37.156 37.900 Eletricidade 10.187 11.000 Combustíveis 24.606 24.500 Água 2.363 2.400 Deslocações, estadas e transporte 31.597 29.900 Deslocações e estadas 29.878 28.100 Transporte das mercadorias 1.719 1.800 Serviços Diversos 47.323 34.600 Rendas e alugueres 16.339 7.800 Comunicação 11.736 9.600 Seguros 7.978 7.800 Contencioso e notariado 984 900 Despesas de representação 145 200 Limpeza, higiene e conforto 4.200 4.800 Outros serviços 5.942 3.500
TOTAL 425.592 289.350
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3.7. Proveitos Operacionais
Os efeitos da transição de Quadro
Comunitário estão bem evidentes no
gráfico. Os proveitos resultantes do
desenvolvimento de projetos de inovação
enquadrados em programas de incentivos
assumem, em 2015, um valor bem inferior
aos anos anteriores. Deste modo, a
prestação de serviços ganha maior peso,
atingindo uns expressivos 86%.