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PLANO DE NEGÓCIOS 2020
Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. Tecnologia Nacional em Benefício da Sociedade
Elaborado pela Coordenadoria-Geral de Negócios
da AMAZUL, para a realização das atividades
empresariais envolvendo seus principais
stakeholders, este Plano de Negócios tem como
objetivo contribuir para o acompanhamento da
execução dos empreendimentos e seus respectivos
projetos, ao longo do ano de 2020, em atendimento
às exigências da Lei nº 13.303/2016. O artigo 23,
parágrafos 1º e 2º, trata da responsabilidade da
AMAZUL em apresentar o Plano de Negócios ao
Conselho de Administração, a quem cabe aprová-lo
e promover, anualmente, a análise de atendimento
das metas e resultados na sua execução.
VERSÃO 2 DO PNA-2020
REVISÃO DATA DESCRIÇÃO AUTOR APROVAÇÃO
01 05/11/2019 Emissão inicial. Documento Versão 1 encaminhado para a apreciação da Diretoria Executiva da AMAZUL.
Daniel Santos Nilo de Almeida
02 11/11/2019 Revisão em função dos comentários da Diretoria Executiva da AMAZUL realizados em 06/11/2019. Documento Versão 1 encaminhado para a apreciação do Conselho de Administração da AMAZUL.
Daniel Santos Nilo de Almeida
03 26/11/2019 Revisão em função dos comentários preliminares dos Conselheiros de Administração realizados em 21/11/2019. Documento Versão 1 encaminhado para a apreciação do Conselho de Administração da AMAZUL.
Daniel Santos Nilo de Almeida
04 20/12/2020 Emissão inicial da Versão 2 do documento.
Daniel Santos Nilo de Almeida
ÍNDICE
Resumo Executivo ...............................................................................................................................................16
1. A AMAZUL ....................................................................................................................................................20
1.1. Missão ......................................................................................................................................................20
1.2. Visão de Futuro (2040) ..........................................................................................................................21
1.3. Valores .....................................................................................................................................................21
1.4. Governança e Compliance .....................................................................................................................21
1.5. Planejamento Estratégico da AMAZUL ...............................................................................................22
1.6. A Importância Estratégica da AMAZUL ...............................................................................................23
1.7. Força de Trabalho ..................................................................................................................................25
2. A Estratégia do Plano de Negócios da AMAZUL ..................................................................................28
2.1. Os Componentes Estratégicos ..............................................................................................................28
2.1.1. As Forças Motrizes .......................................................................................................................29
2.1.2. Os Fatores Críticos de Sucesso ..................................................................................................29
2.1.3. Os Produtos e Serviços ................................................................................................................29
2.2. Nacionalização de Tecnologias .............................................................................................................30
2.3. Estratégia de Negócios ..........................................................................................................................30
3. Os Projetos do Plano de Negócios ..........................................................................................................33
3.1. Projetos em Fase de Execução .............................................................................................................. 36
3.1.1. Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) ...................................................................................36
3.1.2. Plano de Negócios do RMB (PN-RMB) .....................................................................................37
3.1.3. Sistema de Gerenciamento da Plataforma do SN-BR (SGP-SNBR) e Sistema Nuclear de
Geração de Vapor do SN-BR (NSSS-SNBR) ............................................................................................37
3.1.4. Motor-Mancal do “Coração de Jatene” - Dispositivo de Assistência Ventricular (DAV) 38
3.1.5. Central de Geração Nucleoelétrica de Angra 1 (ANGRA-1) .................................................39
3.1.6. Centro de Radiofarmácia do IPEN (CR-IPEN) .........................................................................41
3.1.7. Participação na Obtenção do Bloco 40 do LABGENE (Bloco 40-LABGENE) ...................42
3.1.8. Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio (UCEU) .......................................................43
3.1.9. Instrumentação e Controle do LABGENE (IC-LABGENE) ....................................................44
3.1.10. Implantação Interna da Gestão do Conhecimento (GC) ....................................................44
3.1.11. Unidade de Testes e Preparação de Equipamentos e Treinamentos (UTT) ..................45
3.2. Projetos em Fase de Negociação .......................................................................................................... 46
3.2.1. Consultoria Externa da Gestão do Conhecimento (Ext-GC) ................................................46
3.2.2. Centro de Manutenção Especializada do Estaleiro e Base Naval de Itaguaí (CME-EBN)
46
3.2.3. Centro Nacional de Tecnologia Nuclear e Ambiental (CENTENA) .....................................47
3.2.4. Comissionamento e Manual de Operação do LABGENE (CMO-LABGENE) ....................47
3.2.5. Central de Geração Nucleoelétrica de Angra 3 (ANGRA-3) .................................................48
3.3. Projetos em Fase de Prospecção ..........................................................................................................48
3.3.1. Motor de Ímãs Permanentes (MIP) ............................................................................................48
3.3.2. Small Modular Reactor (SMR) .......................................................................................................50
3.3.3. Irradiadores (IRD) ..........................................................................................................................50
4. Acompanhamento do PNA ........................................................................................................................51
4.1. Avanços do PNA-2019 ..........................................................................................................................51
5. Perspectivas ..................................................................................................................................................54
Referências ...........................................................................................................................................................56
Anexo A Fichas de Projetos ............................................................................................................................57
A1. Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) ...............................................................................................57
A2. Plano de Negócios do RMB (PN-RMB) ................................................................................................. 60
A3. Sistema de Gerenciamento da Plataforma do SN-BR (SGP-SNBR) .................................................. 62
A4. Motor-Mancal do Dispositivo de Assistência Ventricular – Coração de Jatene (DAV) .................. 65
A5. Central de Geração Nucleoelétrica de Angra 1 (ANGRA-1) .............................................................. 68
A6. Centro de Radiofarmácia do IPEN (CR-IPEN)......................................................................................70
A7. Participação na obtenção do Bloco 40 do LABGENE (Bloco 40-LABGENE) ...................................72
A8. Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio (UCEU) .....................................................................74
A9. Instrumentação e Controle do LABGENE (IC-LABGENE) .................................................................. 76
A10. Implantação Interna da Gestão do Conhecimento (GC) ................................................................78
A11. Unidade de Testes e Preparação de Equipamentos e Treinamentos (UTT) .................................80
A12. Consultoria Externa da Gestão do Conhecimento (EXT-GC) .........................................................82
A13. Centro de Manutenção Especializada do Estaleiro e Base Naval de Itaguaí (CME-EBN) ..........84
A14. Centro Nacional de Tecnologia Nuclear e Ambiental (CENTENA) ................................................ 86
A15. Comissionamento e Manual de Operação do LABGENE (CMO-LABGENE) ................................88
A16. Central de Geração Nucleoelétrica de Angra 3 (ANGRA-3) ..........................................................90
A17. Motor de Ímãs Permanentes (MIP) ...................................................................................................92
A18. Small Modular Reactor (SMR) ...........................................................................................................95
A19. Irradiadores (IRD) ................................................................................................................................97
A20. Sistema de Combate do SN-BR (SC-SNBR) .....................................................................................99
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 – Projetos em Fase de Execução .....................................................................................................33
Tabela 2 – Projetos em Fase de Negociação .................................................................................................35
Tabela 3 – Projetos em Prospecção .................................................................................................................35
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Representação simplificada do ciclo do Planejamento Estratégico .......................................23
Figura 2 – Representação simplificada do Modelo de Negócios da AMAZUL .......................................29
Figura 3 – Representação do Triple Helix ........................................................................................................31
Figura 4 – Evento de lançamento da pedra fundamental do RMB em junho de 2018 .........................36
Figura 6 – Reunião de estruturação do projeto do Motor-Mancal do “Coração de Jatene” entre
AMAZUL e CTMSP ..............................................................................................................................................38
Figura 6 – Engenheiros da AMAZUL que participam do projeto em Angra 1 .........................................40
Figura 8 – Evento da assinatura do convênio entre a AMAZUL e a Eletronuclear para a extensão da
vida útil da usina Angra 1 ...................................................................................................................................40
Figura 9 – Equipe AMAZUL alocada no Centro de Radiofarmácia do IPEN............................................41
Figura 9 – Integrantes da CNEN e da AMAZUL no ato de formalização da renovação da parceria de
cooperação técnica no CR-IPEN em outubro de 2019 ................................................................................42
Figura 10 – Assinatura do TED entre AMAZUL e INB para o projeto UCEU em novembro de 2019
.................................................................................................................................................................................43
Figura 12 – Reunião na AMAZUL da Comunidade de Prática da Sociedade Brasileira de Gestão do
Conhecimento (SBGC) ........................................................................................................................................44
Figura 13 – Maquete conceitual do CENTENA .............................................................................................47
Figura 13 – Reunião entre AMAZUL e equipe do BNDES a respeito do projeto MIP durante a feira
LAAD em maio de 2019 .....................................................................................................................................49
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Distribuição dos empregados por localidade ............................................................................25
Gráfico 2 – Distribuição dos empregados por programa estratégico .......................................................26
Gráfico 3 – Distribuição dos empregados por nível de escolaridade ........................................................26
SIGLAS
AMA ............................ Assessoria de Meio Ambiente do CTMSP
AMAZUL .................... Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
ANEEL ........................ Agência Nacional de Energia Elétrica
ANVISA ...................... Agência Nacional de Vigilância Sanitária
BIC .............................. Brazilian Industrial Company
BID .............................. Base Industrial de Defesa
BNDES ....................... Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CDS ............................. Centro de Desenvolvimento de Submarinos
CDTN ......................... Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear
CEA ............................. Centro Experimental de ARAMAR
CGN ............................ Coordenadoria-Geral de Negócios da AMAZUL
CNEN.......................... Comissão Nacional de Energia Nuclear
COGESN .................... Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear
CONSAD.................... Conselho de Administração da AMAZUL
CT&I ............................ Ciência, Tecnologia e Inovação
CTMSP ....................... Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo
DDNM ........................ Diretoria de Desenvolvimento Nuclear da Marinha
DDNM-12 ................. Coordenadoria do Programa do Combustível Nuclear
DEPFIN ...................... Departamento de Financiamentos e Economia de Defesa
Det-SNBR .................. Detalhamento do Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro
DGDNTM .................. Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha
DPD ........................... Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN
DRS ............................. Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear da CNEN
EA ................................ Empregado AMAZUL
EBN ............................. Complexo do Estaleiro e Base Naval de Itaguaí
EED ............................. Empresa Estratégica de Defesa
END ............................ Estratégia Nacional de Defesa
FCN ............................. Fábrica de Combustível Nuclear
FGV ............................. Fundação Getúlio Vargas
FINEP ......................... Financiadora de Estudos e Projetos
FSGD .......................... First Step of Gradual Development
Fundação PATRIA .... Fundação Parque de Alta Tecnologia da Região de Iperó e Adjacências
FUNDEP .................... Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa
FUNTEC ..................... Fundo Tecnológico do BNDES
GC ............................... Gestão do Conhecimento
GSI ............................... Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República
GT ................................ Grupos Técnicos
IBAMA ........................ Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
ICN .............................. Itaguaí Construções Navais
IDPC ........................... Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia
IEN .............................. Instituto de Engenharia Nuclear
INB .............................. Indústrias Nucleares do Brasil
IPEN ............................ Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares
IPqM ........................... Instituto de Pesquisas da Marinha
MB............................... Marinha do Brasil
MCTIC ........................ Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
MD .............................. Ministério da Defesa
MEP ............................ Motor Elétrico Principal
MIP.............................. Motor de Ímãs Permanentes
MS ............................... Ministério da Saúde
NPP ............................. Núcleo de Produção e Pesquisa
PD&I ........................... Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
PEA ............................. Planejamento Estratégico da AMAZUL
PGE ............................. Programa de Gerenciamento do Envelhecimento
PNA ............................. Plano de Negócios da AMAZUL
PNB ............................. Programa Nuclear Brasileiro
PNM............................ Programa Nuclear da Marinha
PNP ............................. Programa de Nacionalização do PROSUB
PROSUB ..................... Programa de Desenvolvimento de Submarinos
RETID ......................... Regime Especial de Tributação para a Indústria de Defesa
RMB ............................ Reator Multipropósito Brasileiro
SBGC .......................... Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento
SC-SNBR .................... Sistema de Combate do SN-BR
SGP-SNBR ................. Sistema de Gerenciamento da Plataforma do SN-BR
SN-BR ......................... Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro
SUS ............................. Sistema Único de Saúde
TCU ............................. Tribunal de Contas da União
TED ............................. Termo de Execução Descentralizada
UFMG ......................... Universidade Federal de Minas Gerais
Unicamp ..................... Universidade Estadual de Campinas
USEXA ........................ Unidade de Produção do Hexafluoreto de Urânio
USP ............................. Universidade de São Paulo
UTS ............................. Unidade de Trabalho de Separação
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
14
APRESENTAÇÃO
Refletindo um cenário de maior demanda por transparência na
Administração Pública, a nova Lei das Estatais (Lei nº 13.303/2016)
estabelece a necessidade, por parte das empresas públicas, de elaborar
anualmente um Plano de Negócios. Produto dessa demanda, e em
consonância com o Plano Estratégico da AMAZUL, o Plano de Negócios da
AMAZUL foi elaborado pela Coordenadoria-Geral de Negócios da
AMAZUL para ser um instrumento de gestão que permita uma visão mais
clara, organizada e transparente do modelo de negócios da Empresa e dos
empreendimentos nos quais a Empresa está diretamente envolvida.
A missão da AMAZUL é desenvolver tecnologias para projetos estratégicos
de grande complexidade dos setores nuclear e de desenvolvimento de
submarinos; e entregar à sociedade brasileira conhecimento, novas
tecnologias e massa crítica de pessoal qualificado nessas áreas. Os desafios
são enormes, a empresa trabalha na fronteira do conhecimento dessas
áreas.
Para o cumprimento de sua missão, a AMAZUL dispõe de mão de obra com
elevado grau de capacitação. Todo o conhecimento obtido e gerado pela
Empresa e sua equipe é organizado, absorvido, disseminado e preservado
por meio da metodologia de Gestão do Conhecimento desenvolvida pela
própria AMAZUL; podendo assim entregar à nação Conhecimentos
Sensíveis, Tecnologias e Projetos Estratégicos com alto grau de inovação.
É dessa forma que a AMAZUL desenvolve as competências necessárias
para apoiar programas estratégicos como o Programa de Desenvolvimento
de Submarinos, Programa Nuclear da Marinha e Programa Nuclear
Brasileiro, atendendo assim o seu objeto social.
A Coordenadoria-Geral de Negócios da AMAZUL é responsável por
prospectar oportunidades de negócios que se convertam em
empreendimentos, projetos ou contratos, que atendam às demandas dos
Programas Estratégicos e do Comando da Marinha.
Plano de Negócios 2020
15
Ressalta-se que os projetos detalhados neste documento são
exclusivamente aqueles considerados estratégicos para a AMAZUL e que
contribuem diretamente para o cumprimento de sua missão institucional.
No Plano de Negócios da AMAZUL 2020 foram considerados os projetos
que estão em absoluta sintonia com os processos finalísticos da empresa,
quais sejam:
Participar de parcerias estratégicas com produtos e serviços na área
nuclear;
Participar de parcerias estratégicas com produtos e serviços na área
de projetos de submarinos;
Desenvolver produtos e serviços na área de projetos de
submarinos;
Desenvolver iniciativas de negócios para o fomento das atividades
de desenvolvimento de submarinos;
Desenvolver a Gestão do Conhecimento como estratégia de
negócios; e
Fomentar as atividades externas e de publicidade institucional para
o setor de negócios.
A apresentação dos empreendimentos contém explicações detalhadas
sobre os projetos, aos quais estão relacionados, bem como suas fases de
execução, custos, equipes e entidades envolvidas, prazos e análise de riscos
e oportunidades, dentre outras informações relevantes.
No Plano de Negócios da AMAZUL 2020, a AMAZUL apresenta onze
projetos em fase de execução, cinco projetos em fase de negociação com
parceiros e três projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em
prospecção.
A AMAZUL espera que as informações compiladas nesse Plano de
Negócios possibilitem uma visão clara da atuação da empresa e dos
negócios que ela desenvolve, e que sirvam como ferramenta de auxílio às
tomadas de decisão estratégicas do futuro da AMAZUL e de seus parceiros.
Antonio Carlos Soares Guerreiro
Diretor-Presidente
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
16
RESUMO EXECUTIVO
O presente Plano de Negócios foi elaborado pela Coordenadoria-Geral de Negócios da AMAZUL
(CGN), com objetivo de apresentar os principais componentes estratégicos de negócios da AMAZUL,
os empreendimentos estratégicos nos quais a empresa atua, as diretrizes atuais e as perspectivas de
atuação futura.
O capítulo 1 desse Plano de Negócios demostra como a AMAZUL se estruturou de forma concisa, se
fundamentando em diretivas de conselhos e comitês deliberativos, e Diretoria Executiva; que deram
origem à Política de Governança da AMAZUL, Manual de Compliance, Plano de Integridade, Código
de Ética e Conduta Empresarial, Planejamento Estratégico da AMAZUL (PEA), Plano de Negócios da
AMAZUL (PNA) e Política de Gestão de Riscos. Dessa forma, a empresa dispõe de avançada estrutura
de Governança, conhecimento de suas potencialidades, visão de futuro e planos claros de
cumprimento dos objetivos estratégicos. Essa mesma seção apresenta detalhes da Força de Trabalho
da AMAZUL, que é composta por 1.852 empregados, alocados nos Programas Estratégicos com a
seguinte distribuição aproximada: 81,4% dos empregados no Programa Nuclear da Marinha (PNM),
11,1% no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e 7,5% no Programa Nuclear
Brasileiro (PNB). Essa Força de Trabalho possui alto grau de instrução, sendo aproximadamente
56,3% da equipe detentora de diploma de ensino superior, dessa parcela, 23,1% detém título de
mestre, doutor ou pós-graduação. Geograficamente, aproximadamente 49,5% da equipe se
concentra no Centro Experimental de ARAMAR (CEA), 34,6% está locada no Centro de Tecnologia
da Marinha em São Paulo (CTMSP), 10,8% na AMAZUL-Sede e 5,2% nas demais Unidades
Operacionais.
A estratégia do Plano de Negócios da AMAZUL é tema do capítulo 2. Tal estratégia é estruturada na
atuação e apoio nos Programas Estratégicos: PNM, PROSUB e PNB. Dentro dos citados programas a
AMAZUL faz parte de Empreendimentos Estratégicos atuando de forma dinâmica e flexível,
fornecendo recursos humanos, executando projetos de engenharia, gerindo contratos com empresas
nacionais que atuam no desenvolvimento e absorção de tecnologias como Brazilian Industrial
Company (BIC), prestando serviços em forma de consultoria de Gestão do Conhecimento,
coordenando ou participado de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) desde a
prospecção de financiamentos e parcerias até a implementação das inovações, e apoiando a
nacionalização de equipamentos e sistemas empregados nos programas nucleares e de
desenvolvimento de submarinos. Para tal, a AMAZUL dispõe de instrumentos jurídicos, proveniente
de sua Lei de Criação, que permitem uma atuação dinâmica em parcerias com entidades públicas e
privadas; destacando-se: Dispensa do processo de licitação para contratações no âmbito da
administração pública, Termos de Execução Descentralizada, contratação de pessoal por tempo
Plano de Negócios 2020
17
determinado, estabelecimento de escritórios ou filiais, inclusive no exterior e participação minoritária
em empresas privadas e empreendimentos.
Os projetos em que a AMAZUL atua são apresentados no capítulo 3. Os 11 (onze) projetos que se
encontram em fase de execução são descritos na seção 3.1. A seção 3.2 apresenta os 5 (cinco)
projetos que se encontram em fase de negociação. Na seção 3.3 os 3 (três) projetos de PD&I em
prospecção são apresentados. A seguir uma lista com o resumo de cada um dos projetos:
Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) PNB
Projeto em execução, realizado pela Diretoria Técnica e de Operação (DTO) da AMAZUL em parceria com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). A AMAZUL é responsável pelo Projeto Detalhado, juntamente com a INVAP e apoia a CNEN no planejamento técnico e financeiro da implantação do RMB.
Plano de Negócios do RMB (PN-RMB) PNB
Projeto em execução por uma consultoria contratada da Fundação Getúlio Vargas (FGV), para elaboração de um Plano de Negócios Autossustentável para o RMB.
Sistema de Gerenciamento da Plataforma do SN-BR (SGP-SNBR) e Sistema Nuclear de Geração de Vapor do SN-BR (NSSS-SNBR) PROSUB
Projeto em execução por meio de um contrato firmado entre AMAZUL e Fundação Parque de Alta Tecnologia da Região de Iperó e Adjacências (PATRIA) para apoio ao projeto do SGP do Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro (SN-BR) no Centro de Desenvolvimento de Submarinos (CDS) e apoio ao projeto do NSSS na Diretoria de Desenvolvimento Nuclear da Marinha (DDNM).
Motor-Mancal do Coração de Jatene – Dispositivo de Assistência Ventricular (DAV) PNB
Projeto de PD&I em execução para o desenvolvimento, elaboração de documentação de produto e especificações técnicas de fabricação de um conjunto motor elétrico e mancal magnético para a aplicação em dispositivos de assistência cardíaca implantáveis. A AMAZUL e Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC) estão em processo de formalização do termo de cooperação técnica e científica entre as duas instituições.
Central de Geração Nucleoelétrica de Angra 1 (ANGRA-1) PNB
Projeto em execução, foi firmado convênio entre AMAZUL e Eletronuclear, com participação da Fundação PATRIA, para apoio ao projeto de extensão da vida útil da Usina Angra 1.
Centro de Radiofarmácia do IPEN (CR-IPEN) PNB
Projeto em execução por meio de um Termo de Execução Descentralizada firmado entre AMAZUL e CNEN/Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), para apoio ao projeto de boas práticas de fabricação de radiofármacos segundo critérios da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), no Centro de Radiofarmácia do IPEN.
Participação na obtenção do Bloco 40 do LABGENE (Bloco 40-LABGENE) PNM
Projeto em fase de preparação do início da execução. A AMAZUL e a NUCLEP já firmaram contrato para apoiar o CTMSP no desenvolvimento, na fabricação e na instalação das blindagens primárias do Bloco 40 do LABGENE.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
18
Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio (UCEU) PNB
Em preparação para o início da execução do projeto de expansão das instalações físicas e sistemas auxiliares para abrigar e alimentar as cascatas de enriquecimento de urânio da UCEU das Indústrias Nucleares do Brasil (INB).
Instrumentação e Controle do LABGENE (IC-LABGENE) PNM
Projeto em fase de preparação para início da participação da AMAZUL e da Fundação PATRIA nos projetos do CTMSP dos sistemas de instrumentação, controle e proteção da planta nuclear do LABGENE, e apoio à gestão do projeto, análise do projeto eletromecânico e qualificação do projeto do Elemento Combustível do LABGENE.
Implantação Interna da Gestão do Conhecimento (GC) PNM, PNB e PROSUB
Projeto em expansão da implantação da GC na Coordenadoria do Programa do Ciclo do Combustível Nuclear (DDNM-12) e prospecção de parcerias estratégicas com o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a empresa Pieracciani para desenvolvimento de uma plataforma digital e soluções tecnológicas para a GC.
Unidade de Testes e Preparação de Equipamentos e Treinamentos (UTT) PNB
Projetos Conceitual e Básico de engenharia da UTT. Se encontra momentaneamente suspenso por falta de recursos financeiros por parte da INB. AMAZUL e INB avaliam a retomada do projeto a partir de uma redução de escopo para seu reequilíbrio econômico-financeiro.
Consultoria Externa da Gestão do Conhecimento (Ext-GC) PNM, PNB e PROSUB
Em negociação de parceria com a empresa INBRA para projeto-piloto de prestação de serviço de consultoria externa de implantação da GC.
Centro de Manutenção Especializada do Estaleiro e Base Naval de Itaguaí (CME-EBN) PROSUB
Projeto em negociação com a COGESN, o CTMSP e a DDNM para participação da AMAZUL no Projeto Básico do CEM e no apoio ao licenciamento da planta, que será o centro de manutenção e recarga de combustível nuclear do SN-BR.
Centro Nacional de Tecnologia Nuclear e Ambiental (CENTENA) PNB
Projeto em negociação entre AMAZUL e o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), para os Projetos Básico e Detalhado de um repositório nacional para armazenamento e gerenciamento de material radiativo, ainda sem local definido.
Comissionamento e Manual de Operação do LABGENE (CMO-LABGENE) PNM
Projeto em negociação entre AMAZUL e DDNM para participação no comissionamento do LABGENE e elaboração do Manual de Operação do LABGENE.
Central de Geração Nucleoelétrica de Angra 3 (ANGRA-3) PNB
Projeto em negociação entre AMAZUL e Eletronuclear, para oportunidades de apoio da AMAZUL nos projetos de engenharia para a conclusão da Usina Angra 3.
Motor de Ímãs Permanentes (MIP) PROSUB
Projeto de PD&I em fase de prospecção de financiamento para a primeira fase, que visa a prototipação em escala reduzida de um motor elétrico para a propulsão de submarinos. A segunda fase do projeto terá objetivo de fabricar um motor de propulsão que atenda aos
Plano de Negócios 2020
19
requisitos do SN-BR. São parceiros no projeto AMAZUL, CTMSP, Fundação PATRIA, Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Small Modular Reactor (SMR) PNB
Projeto de PD&I em fase de prospecção de parceiros e financiamento para o desenvolvimento de um SMR com tecnologia nacional.
Irradiadores PNB
Projeto de PD&I em fase de prospecção de parceiros e financiamento para o desenvolvimento de irradiadores com tecnologia nacional, para tratamento de materiais e alimentos.
Uma breve compilação dos avanços obtidos pela AMAZUL na execução dos Planos de Negócios
anteriores é apresentada no capítulo 4. Comparando o PNA-2019 com o PNA-2020, os projetos em
fase de execução aumentaram de 3 (três) para 11 (onze). Os projetos em negociação, por sua vez,
tiveram crescimento de 2 (dois) para 5 (cinco). Parcerias estratégicas com a Eletronuclear, IPEN,
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e FGV se converteram em novos projetos e houve aumento
das relações com parceiros já habituais como a Marinha do Brasil (MB), Coordenadoria-Geral do
Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN). CTMSP, CDS,
DDNM, CNEN e INB.
No capítulo 5 são apresentadas as perspectivas de negócios da AMAZUL, que se sustentam no
reconhecimento técnico, de gestão e de negócios que a AMAZUL vem obtendo por meio dos
Empreendimentos onde atua.
A eficiência no estabelecimento e na gestão de contratos com as BIC’s participantes do PROSUB
credencia a AMAZUL como principal parceira do CDS nas tratativas desses contratos. A incessante
prospecção de empresas com competência técnica para parcerias no Programa de Nacionalização do
PROSUB e a presença atuante em eventos do meio empresarial colocam a AMAZUL em posição de
porta de entrada para as empresas nacionais no PROSUB.
Os resultados da implantação da GC nos Empreendimentos do PNM e o reconhecimento público
através da premiação concedida pelo Institute for Learning & Performance credenciam a AMAZUL para
expandir sua atuação nessa área, comercializando como serviço de consultoria a implementação da
GC, principalmente entre instituições interessadas nas Forças Armadas.
Além disso, logrando êxito na estruturação e na prospecção de financiamento de projetos de PD&I
de grande magnitude, como o MIP e o Coração de Jatene, a AMAZUL demostra a força e a penetração
que o seu setor de negócios tem nas agências investidoras, nos bancos e fundos de financiamento e
também a competência na gestão de projetos.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
20
1. A AMAZUL
A Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (AMAZUL) é uma empresa pública, sob a forma de
sociedade anônima, com personalidade jurídica de direito privado, patrimônio próprio, capital
pertencente integralmente a União e está vinculada ao Ministério da Defesa, por meio do Comando
da Marinha. Foi criada pela Lei nº 12.706, de 8 de agosto de 2012, e pelo Decreto nº 7.898, de 1º de
fevereiro de 2013.
A AMAZUL possui sede e foro na cidade de São Paulo, na Avenida Corifeu de Azevedo Marques,
nº 1.847, Butantã; e um Escritório na cidade do Rio de Janeiro, na Avenida Rio Branco, nº 53,
6º andar, sala 602.
Seu ambiente de negócios está relacionado a ações que buscam promover, desenvolver, absorver,
transferir e manter tecnologias e conhecimento necessários às atividades relacionadas ao:
Programa Nuclear da Marinha (PNM);
Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB);
Programa Nuclear Brasileiro (PNB); e
Gerenciamento de projetos aprovados pelo Comando da Marinha, que promovam o fomento
da Base Industrial de Defesa (BID) e do Setor Naval.
Dessa maneira, a AMAZUL entrega à Nação tecnologias, conhecimento e profissionais altamente
capacitados nas áreas nuclear e de desenvolvimento de submarinos.
1.1. Missão
Desenvolver, transferir e manter tecnologias necessárias ao Programa Nuclear da Marinha, ao
Programa de Desenvolvimento de Submarinos e ao Programa Nuclear Brasileiro, mediante a gestão
de pessoas e do conhecimento, a fim de contribuir com a independência tecnológica do País, em
benefício de nossa sociedade.
Lema: “Tecnologia Nacional em Benefício da Sociedade”
Plano de Negócios 2020
21
1.2. Visão de Futuro (2040)
Entregar à Nação, de forma sustentável, tecnologias, conhecimentos e profissionais capacitados nas
áreas nuclear e de desenvolvimento de submarinos.
1.3. Valores
Inovação: criatividade, conhecimento e aprendizado contínuo;
Iniciativa: proatividade, velocidade de atuação, cooperação e dinamismo;
Integridade: compliance e sustentabilidade de negócios;
Compromisso: comprometimento, assiduidade, pontualidade, lealdade e foco nas pessoas;
Responsabilidade: ética, transparência, accountability, credibilidade, sigilo, e responsabilidade
social e ambiental;
Segurança: saúde, bem-estar e proteção radiológica e ambiental.
1.4. Governança e Compliance
A Governança da AMAZUL prima pela excelência em responsabilidade coorporativa, transparência,
equidade e prestação de contas. Para tal, a AMAZUL tem instaladas instâncias deliberativas e
consultivas, com atribuições e nível hierárquico definidos pelo estatuto e regimentos, e outros
dispositivos, tais como: Política de Governança da AMAZUL, Manual de Compliance, Plano de
Integridade, Política de Gestão de Riscos e Código de Ética e Conduta Empresarial.
Em sua estrutura decisória, a AMAZUL conta com Assembleia Geral, Conselho de Administração
(CONSAD), Conselho Fiscal e Diretoria Executiva. Essas instâncias são assessoradas pelo Comitê de
Auditoria, Comitê de Elegibilidade, Auditoria Interna e Gerência de Riscos, Controle e
Monitoramento.
A AMAZUL tem como órgão de deliberação estratégica o CONSAD, responsável por definir e
monitorar as diretrizes estratégicas da empresa. A Diretoria Executiva da AMAZUL apresenta ao
CONSAD os desdobramentos e indicadores do Planejamento Estratégico da AMAZUL (PEA) e do
Plano de Negócios da AMAZUL (PNA). O CONSAD é composto por representantes dos seguintes
órgãos:
Comando da Marinha (presidente do conselho);
Ministério da Defesa;
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
22
Ministério da Economia;
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações;
Diretoria Executiva da AMAZUL, por meio do Diretor-Presidente da AMAZUL; e
Empregados da AMAZUL, por meio de representante eleito pelos empregados da AMAZUL.
O Conselho Fiscal da AMAZUL, responsável pela fiscalização da administração e das contas da
AMAZUL, tem representantes dos seguintes órgãos:
Tesouro Nacional;
Ministério da Defesa; e
Comando da Marinha.
O Comitê de Auditoria é um órgão de suporte ao CONSAD no que compete à fiscalização da
qualidade das demonstrações contábeis e efetividade das auditorias interna e independente.
Compete ao Comitê de Elegibilidade verificar a conformidade do processo de indicação e avaliação
dos administradores e conselheiros da empresa, reportando sua manifestação diretamente ao
acionista.
A Diretoria Executiva é o órgão executivo e de representação da administração da empresa, cabendo
à Diretoria Executiva implementar as diretrizes estratégicas definidas pelo CONSAD, prestar contas
ao Conselho Fiscal e ao Tribunal de Contas da União (TCU) e apoiar os conselhos e comitês.
1.5. Planejamento Estratégico da AMAZUL
O Planejamento Estratégico norteia a gestão da AMAZUL na realização de projetos e iniciativas com
Visão 2040, para que a empresa cumpra sua missão de desenvolver, transferir e manter tecnologias
necessárias ao PNM, ao PNB e ao PROSUB mediante à gestão de pessoas e do conhecimento, a fim
de contribuir com a independência tecnológica do País, em benefício de nossa sociedade.
É o Planejamento Estratégico que define os rumos mais adequados que a empresa deve tomar para
atingir seus objetivos, bem como para se adaptar com rapidez aos ambientes econômico, social,
tecnológico e político.
O PEA foi elaborado incialmente em 2014 e revisado em 2016 e 2019. Na elaboração e nas revisões
do PEA foram realizados os processos de seleção dos objetivos da organização e o estabelecimento
das políticas e dos programas estratégicos necessários para se atingir tais objetivos visando à
consecução das metas. Também foram identificados os Riscos aos Objetivos Estratégicos com seus
respectivos indicadores e Planos de Ação para subsidiar os Controles Internos.
Plano de Negócios 2020
23
Figura 1 – Representação simplificada do ciclo do Planejamento Estratégico
O PEA possibilita à AMAZUL:
Conhecer a natureza do próprio negócio e as potencialidades da empresa e dos mercados;
Visualizar o futuro e se preparar para enfrentá-lo;
Detectar ameaças e oportunidades, buscando alternativas para dar respostas a elas; e
Definir os objetivos e metas da empresa e as estratégias, táticas e iniciativas para atendê-los.
Para os gestores da empresa o PEA é uma importante ferramenta para a tomada de decisões, a
atuação proativa, a prevenção de crises e antecipação de mudanças que ocorrem no mercado.
O PEA estabelece dois de atuação níveis: estratégico e tático-operacional.
O PEA é periodicamente monitorado em reuniões de avaliação da estratégia trimestrais. Também em
regime periódico, a empresa promove a revisão do PEA para adequá-lo às novas realidades, novos
cenários e novas oportunidades de negócios.
1.6. A Importância Estratégica da AMAZUL
A Estratégia Nacional de Defesa (END) estabelece como essencial e primordial o desenvolvimento de
projetos regidos pelo princípio da autonomia e independência tecnológica nacional, principalmente
nos estratégicos setores espacial, cibernético e nuclear. A maestria dessas tecnologias sensíveis, em
especial a nuclear, permite não só o aperfeiçoamento do aparato de defesa nacional bem como o
progresso econômico e tecnológico do Brasil. Com o objetivo de fomentar projetos estratégicos e
gerenciar o uso da tecnologia nuclear em diversos empreendimentos relacionados ao PNM, PROSUB
e PNB, foi criada a AMAZUL, uma Empresa Estratégica de Defesa (EED).
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
24
No âmbito do PNM, a AMAZUL participa dos projetos relacionados ao Ciclo do Combustível Nuclear,
que desenvolve toda a tecnologia necessária para o enriquecimento de urânio e a fabricação de
combustível nuclear; e da construção do Laboratório de Geração de Energia Núcleo-Elétrica
(LABGENE), que será o laboratório em terra da propulsão nuclear do Submarino com Propulsão
Nuclear Brasileiro (SN-BR) O projeto do LABGENE contempla a construção, comissionamento,
operação e manutenção de uma planta que contém todos os sistemas da propulsão nuclear, desde o
reator nuclear até o eixo do hélice de propulsão. O SN-BR será o grande garantidor da soberania
nacional nas Águas Jurisdicionais Brasileiras, conhecida como “Amazônia Azul”, região de importantes
rotas marítimas comerciais, extremamente rica em sua biodiversidade e recursos minerais.
No PROSUB, por sua vez, auxilia a Marinha do Brasil (MB) no desenvolvimento de sistemas para a
construção de quatro Submarinos Convencionais, de um Submarino de Propulsão Nuclear e do
Complexo do Estaleiro e Base Naval de Itaguaí (EBN), em Itaguaí - RJ.
No PNB, AMAZUL é co-executora do mais importante empreendimento estratégico do PNB: o
projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que prevê diversas aplicações nas áreas da saúde
(medicina nuclear), indústria, agricultura e meio ambiente, pesquisas e testes de materiais e
combustíveis nucleares.
Dessa forma, ao agregar o máximo de tecnologia, conhecimento e valor aos empreendimentos em
que atua, a AMAZUL explora suas potencialidades de entregas à Nação.
Ressalta-se que, ao atender as demandas do setor nuclear e de desenvolvimento de submarinos, a
AMAZUL promove ações estratégicas que estimulam o desenvolvimento de projetos e produtos
inovadores junto as empresas nacionais. Dessa maneira, fomenta o arrasto de tecnologias
estratégicas duais (militar-civil) no mercado nacional, as quais permitem alavancar a capacidade
produtiva da indústria em setores-chave, de alto valor agregado. Logo, a AMAZUL, cuja razão social
evidencia a imprescindível importância da tecnologia de defesa para o País, contribui para o
fortalecimento da Base Industrial de Defesa, o desenvolvimento econômico do Brasil e a
independência tecnológica do país.
A fim de obter perfeito alinhamento com os objetivos estratégicos do PNB, a empresa participa de
Grupos Técnicos (GT) formados pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da
República, estando presente nos GT a seguir elencados, com as respectivas tarefas:
GT–1 ..... Elaborar a proposta da Política Nuclear Brasileira;
GT–3 ..... Ampliar a flexibilização do monopólio da União na produção de Radiofármacos;
GT–4 ..... Propor Termo de Cooperação entre as partes envolvidas no desenvolvimento e operação do
Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). O tema evoluiu para “Elaborar a proposta de
Estratégia Nacional para a Expansão da Medicina Nuclear”;
Plano de Negócios 2020
25
GT–8 ..... Estabelecer diretrizes e metas para o desenvolvimento do empreendimento Centro Nacional
de Tecnologia Nuclear e Ambiental (CENTENA); e
GT–9 ..... Dinamizar a capacitação de recursos humanos para o setor nuclear brasileiro.
1.7. Força de Trabalho
Para atender às demandas do PNM, do PROSUB e PNB, a AMAZUL, ao longo da sua existência, vem
contratando, qualificando e capacitando pessoal para as diversas áreas relacionadas à tecnologia
nuclear e ao desenvolvimento de submarinos. Tratam-se de áreas complexas e estratégicas, ainda
pouco difundidas no país, e que demandam vultosos investimentos em preparação, qualificação e
treinamento de pessoal, principalmente de engenheiros e técnicos. Devido as particularidades de
cada projeto que a empresa desenvolve, em sua grande maioria com entregas de longo prazo, foram
estabelecidas estratégias próprias de recrutamento e qualificação de pessoal. Para tanto, a empresa
realiza contratações de pessoal por meio de concurso público, para o quadro permanente, e de
processo seletivo simplificado, para o quadro temporário.
A força de trabalho da AMAZUL, na data de referência de 30 de setembro de 2019, era composta
por 1.852 empregados. Geograficamente, 916 desses empregados se concentram no Centro
Experimental de ARAMAR (CEA); 640 no Centro de Tecnologia da Marinha em São Paulo (CTMSP);
200 na AMAZUL-Sede e 96 nas demais Unidades Operacionais, conforme apresentado no Gráfico 1.
Gráfico 1 – Distribuição dos empregados por localidade
916 (49,5%)
640 (34,6%)
200 (10,8%)
33 (1,8%)
32 (1,7%)
15 (0,8%)
12 (0,6%)
4 (0,2%)
0 200 400 600 800 1000
CEA - Iperó/SP
CTMSP-Sede - São Paulo/SP
AMAZUL-Sede - São Paulo/SP
DGDNTM - Rio de Janeiro/RJ
COGESN - Rio de Janeiro/RJ
EBN - Itaguaí/RJ
AMAZUL-Rio - Rio de Janeiro/RJ
Eletronuclear - Angra dos Reis/RJ
1.852 TOTAL Data de referência 30/09/2019
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
26
A distribuição estimada dos Empregados AMAZUL (EA) por programas é 81,4% no PNM, 11,1% no
PROSUB e 7,5% no PNB, conforme é ilustrado no Gráfico 2.
A importância do grau de especialização e qualificação de seus funcionários é refletido em termos
estatísticos na AMAZUL, onde 56,3% dos funcionários possuem educação de nível superior, e 13,0%
pós-graduação. Mais dados são apresentados no Gráfico 3. Ademais, considerável parcela desse
montante é funcionário de carreira e possui, assim, um conhecimento especializado imprescindível
para o sucesso dos programas, o qual deve ser estrategicamente compartilhado e retido internamente
na empresa.
Gráfico 2 – Distribuição dos empregados por programa estratégico
Gráfico 3 – Distribuição dos empregados por nível de escolaridade
1.508 (81,4%)
206 (11,1%)138 (7,5%)
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
PNM PROSUB PNB
41 (2,2%)
106 (5,7%)
94 (5,1%)
802 (43,3%)
714 (38,6%)
28 (1,5%)
67 (3,6%)
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Doutorado
Mestrado
MBA, Pós-Graduação ou Especialização
Ensino Superior
Ensino Médio
Ensino Fundamental
Ensino Fundamental Incompleto
Data de referência 30/09/2019
Data de referência 30/09/2019
Plano de Negócios 2020
27
A fim de sempre elevar o nível de capacitação dos seus empregados a AMAZUL realiza anualmente a
avaliação de desempenho dos empregados, com o intuito de estabelecer um Plano de
Desenvolvimento Pessoal, que auxilia o empregado no desenvolvimento de capacitações técnicas e
gerenciais.
Mantendo uma constante preocupação com o nível de conhecimento e qualificação dos EA, bem
como a preservação desse precioso patrimônio da empresa, a AMAZUL desenvolve a Gestão do
Conhecimento, que objetiva a promoção, desenvolvimento, absorção e manutenção de tecnologias
ligadas às áreas de projeto de engenharia nuclear e de sistemas, construção de submarinos e
tecnologia nuclear. Seu grande desafio é assegurar a continuidade dos projetos, sobretudo os de longa
duração, ao estimular o compartilhamento espontâneo do conhecimento estratégico entre os
empregados, considerando seus diferentes perfis e sua variada alocação geográfica e,
simultaneamente a este processo, restringir o acesso ao conteúdo sensível nuclear.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
28
2. A ESTRATÉGIA DO PLANO DE NEGÓCIOS DA AMAZUL
O Plano de Negócios da AMAZUL (PNA) tem como objetivo principal nortear a atuação da AMAZUL
no âmbito dos seus negócios, com diretrizes para viabilizar o cumprimento do seu objeto social,
estabelecido na sua lei de criação (Lei nº 12.706/2012):
Promover, desenvolver, absorver, transferir e manter tecnologias necessárias às atividades
nucleares da Marinha do Brasil e do Programa Nuclear Brasileiro - PNB;
Promover, desenvolver, absorver, transferir e manter as tecnologias necessárias à elaboração
de projetos, acompanhamento e fiscalização da construção de submarinos para a Marinha do
Brasil; e
Gerenciar ou cooperar para o desenvolvimento de projetos integrantes de programas
aprovados pelo Comandante da Marinha, especialmente os que se refiram à construção e
manutenção de submarinos, promovendo o desenvolvimento da indústria militar naval
brasileira e atividades correlatas.
Para tanto, o Plano de Negócios da AMAZUL (PNA) está em sintonia o Plano Estratégico da AMAZUL
(PEA) – apresentado na seção 1.5 – seguindo os objetivos estratégicos estabelecidos no PEA como
guia para o cumprimento da sua missão (apresentada na seção 1.1) e atuação nos Programas PNM,
PROSUB e PNB.
2.1. Os Componentes Estratégicos
A AMAZUL está relacionada diretamente a empreendedorismo, inovação e tecnologia de ponta,
envolvendo o desenvolvimento de sistemas complexos, a nacionalização de equipamentos e sistemas,
e um portfólio estratégico compreendendo a prestação de serviços de engenharia e consultorias, a
comercialização de produtos e outras atividades relacionadas com o PNM, PROSUB e PNB.
Dentro desta perspectiva, o conhecimento, os produtos e os serviços de alta tecnologia se
apresentam como alicerce para traçar ações, objetivos e metas visando a atender as demandas
relacionadas aos Programas e Projetos Estratégicos de responsabilidade da AMAZUL. Tais ações se
baseiam em alguns elementos de fortalecimento dos negócios da empresa, denominados elementos
estratégicos de negócios, a saber:
Plano de Negócios 2020
29
2.1.1. As Forças Motrizes
Capacidade de gerar receitas próprias;
Inovação e tecnologia;
Pessoas capacitadas; e
Instalações adequadas.
2.1.2. Os Fatores Críticos de Sucesso
Profissionais qualificados;
Capacidade de inovação de produtos, serviços e tecnologias;
Tecnologia estratégica;
Qualidade e alto nível de serviço;
Capacidade gerencial e motivação para atuar em ambiente estratégico e competitivo;
Marketing empresarial;
Gestão da cadeia de valor – parceiros, clientes e fornecedores;
Parcerias estratégicas; e
Imagem reconhecida no mercado.
2.1.3. Os Produtos e Serviços
Produtos e serviços em eletrônica e em engenharia, inclusive com emprego dual;
Participação na produção de radiofármacos e combustível nuclear;
Desenvolvimento de tecnologias de defesa na área nuclear;
Serviços de gestão e fiscalização na área nuclear; e
Consultoria em metodologia de Gestão de Conhecimento.
Figura 2 – Representação simplificada do Modelo de Negócios da AMAZUL
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
30
2.2. Nacionalização de Tecnologias
As principais tarefas da AMAZUL estão relacionadas a absorção, promoção, transferência e
manutenção de conhecimento sobre tecnologias necessárias ao desenvolvimento de projetos e
empreendimentos relacionados ao PNM, PROSUB e PNB. O acesso à tecnologia pode ocorrer de
forma autônoma, como o desenvolvimento da tecnologia nuclear em âmbito nacional, ou por meio
de acordos internacionais de offset envolvendo transferência de tecnologia (obrigação do contratado
de empreender, no país contratante, o desenvolvimento da indústria de defesa). A transferência de
tecnologia e o processo de nacionalização de equipamentos e sistemas tornam-se importantes
porque ampliam a capacidade de inovação das empresas brasileiras, na medida em que um conjunto
de conhecimentos, tecnologias e habilidades são transferidos e absorvidos por essas empresas,
fortalecendo as indústrias de defesa.
O Programa de Nacionalização do PROSUB (PNP) prevê a fabricação no País de vários equipamentos,
componentes e sistemas para submarinos utilizando o máximo de conteúdo nacional e tecnologia de
ponta. Neste contexto, a AMAZUL, como uma empresa capacitada para fomentar e gerenciar a
complexa demanda por tecnologia e conhecimento especializado nas áreas de construção de
submarinos, vem atuando junto a empresas nacionais em busca do desenvolvimento e nacionalização
de produtos, sistemas e componentes necessários ao PROSUB.
O resultado desse esforço será o fortalecimento da BID; a redução da dependência de tecnologia
externa; produtos nacionais com maior valor agregado; indústria nacional mais competitiva
internacionalmente e a conquista de uma posição de destaque entre os poucos países que projetam
e constroem submarinos.
2.3. Estratégia de Negócios
Alguns mecanismos presentes na lei de criação da AMAZUL proporcionam à empresa flexibilidades
que contribuem significativamente para o cumprimento de sua missão. Para entregar à nação
tecnologia, conhecimento e profissionais capacitados nas áreas nuclear e de desenvolvimento de
submarinos, a empresa pode:
Ser contratada mediante processo de dispensa de licitação, no âmbito da administração
pública;
Contratar pessoal por tempo determinado, mediante Processo Seletivo Simplificado.
Estabelecer escritórios e filiais, no Brasil e no exterior; e
Participar minoritariamente de empresas privadas e empreendimentos.
Plano de Negócios 2020
31
Tais prerrogativas são importantes uma vez que permitem
maior dinamismo nas tomadas de decisão, agregando
celeridade nas ações empresariais, facilitando o
estabelecimento de acordos e parcerias estratégicas,
essenciais para o fomento dos negócios da empresa.
A AMAZUL, alinhada à Estratégia de Ciência, Tecnologia e
Inovação da Marinha do Brasil, tem como fundamento para
seus empreendimentos a crença de que a conquista de novos
conhecimentos e a inovação tecnológica devem estar
alicerçados numa relação tripartite e estratégica conhecida
como Triple Helix1, que envolvem a Academia, a Indústria e o
Governo, que devem trabalhar em conjunto, de modo
harmônico, interdependente e sinérgico. Essa parceria contribui enormemente para promover a
obtenção de financiamentos e investimentos, bem como confiança e credibilidade no
desenvolvimento de novos projetos. A Figura 3 apresenta de forma simplificada a Triple Helix.
Os empreendimentos e projetos da AMAZUL estão diretamente relacionados aos objetivos
estratégicos de seus parceiros tecnológicos principais (clientes), quais sejam: a Coordenadoria-Geral
do Programa de Desenvolvimento do Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), o Centro
Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), o Centro de Desenvolvimento de Submarinos (CDS),
a Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), a Diretoria de
Desenvolvimento Nuclear da Marinha (DDNM) , a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e
seus institutos de pesquisas (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN, Centro de
Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear - CDTN e Instituto de Engenharia Nuclear - IEN), a
Eletronuclear, as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), entidades afins, como a Fundação de
Desenvolvimento da Pesquisa (FUNDEP) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),
Fundação Parque de Alta Tecnologia da Região Iperó e Adjacências (PÁTRIA), e EED brasileiras.
Dentro dessa lógica, a AMAZUL busca identificar empresas brasileiras, que tenham interesse e
capacidade de desenvolver tecnologias sensíveis e inexistentes no país, para promover a
nacionalização de produtos e sistemas necessários ao PROSUB. São exemplos: Fundação Parque de
Alta Tecnologia da Região de Iperó e Adjacências (PATRIA), no Projeto do Sistema de Gerenciamento
da Plataforma do SN-BR (SGP-SNBR) e no Sistema Nuclear de Geração de Vapor do SN-BR
(NSSS-SNBR) e a Fundação EZUTE, no Projeto do Sistema de Combate do SN-BR (SC-SNBR).
1 O modelo de Triple Helix é lançado em 1990 por Etzkowitz (1993) e Etzkowitz e Leydesdorff (1995), englobando elementos de trabalho precursores de Lowe (1982) e Sábato e Mackenzi (1982), interpretação A Sociedade Industrial para um relacionamento triádico vem promovendo entre a indústria da indústria da sociedade do Conhecimento. Hoje é uma das metáforas mais populares e aceitas para explicar a capacidade de transformar o conhecimento científico em inovação tecnológica.
Figura 3 – Representação do Triple
Helix
GOVERNO
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
32
Atuando nesse cenário, a AMAZUL identifica criteriosamente a necessidade de empreendimentos e
busca, continuamente, soluções técnico-científicas inovadoras, em parcerias-chave com entidades
públicas, privadas, nacionais e estrangeiras, para os seus projetos. Para isto conduz ativamente as
relações institucionais da empresa por meio de participação em feiras, seminários, congressos e em
reuniões empresariais com o setor privado em associações e federações de indústrias dos setores
nuclear e de defesa.
Elaborando e gerenciando os seus contratos e acordos de parcerias, a empresa procura direcionar
seus esforços na busca por fontes alternativas de financiamento e na obtenção de novas fontes de
receitas para seus projetos. De igual modo, empenha-se em identificar produtos e serviços com
potencial comercializável visando a elaborar um portfólio que impulsione e promova pesquisas e
desenvolvimento de produtos estratégicos para o mercado interno e externo.
Atualmente a AMAZUL já tem visibilidade no cenário nacional e começa a ocupar o seu espaço no
meio empresarial, prospectando negócios e promovendo ações empreendedoras relacionadas a
comercialização de produtos, a prestação de serviços de engenharia de alta complexidade, a
consultoria nos setores nuclear e de construção de submarinos, bem como na implantação da gestão
do conhecimento.
Plano de Negócios 2020
33
3. OS PROJETOS DO PLANO DE NEGÓCIOS
O PNA-2020 se estrutura para apoiar os programas estratégicos PNM, PROSUB e PNB. Dentro
destes programas a AMAZUL atua executando projetos de engenharia nuclear e de desenvolvimento
de submarinos, fiscalizando entregas de projetos de engenharia nuclear e de desenvolvimento de
submarinos, fornecendo recursos humanos para o desenvolvimento de projetos; apoiando na gestão
de contratos com empresas nacionais; prestando serviços de consultorias; participando de projetos
relacionados a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), desde a prospecção de parcerias e
financiamentos até a implementação dos projetos.
O PNA-2020 constitui um importante instrumento de gestão para a empresa, uma vez que contribui
para a tomada de decisão sobre os rumos que a empresa deve seguir para atingir seus objetivos, bem
como assegura a execução das suas políticas e dos seus programas e projetos estratégicos.
Destacam-se no PNA, 11 (onze) projetos em fase de execução ao longo de 2019 e 2020, listados na
Tabela 1 e apresentados de forma resumida na seção 3.1; 5 (cinco) projetos em fase de Negociação,
listados na Tabela 2 e apresentados de forma resumida na seção 3.2; e por fim 3 (três) projetos de
PD&I em fase de prospecção de parceiros estratégicos e fomento são listados na Tabela 3 e
apresentados de forma resumida na seção 3.3.
Todos esses projetos são apresentados de forma mais detalhada em suas fichas de projeto constantes
no Anexo A.
Projeto Programa Detalhes do Projeto
Reator Multipropósito Brasileiro (RMB)
PNB Projeto Detalhado de engenharia do RMB; e
Planejamento da Implantação do RMB.
Plano de Negócios do RMB (PN-RMB)
PNB Confecção de um Plano de Negócios Autossustentável para o RMB.
Sistema de Gerenciamento da Plataforma do SN-BR (SGP-SNBR) e Sistema Nuclear de Geração de Vapor do SN-BR (NSSS-SNBR)
PROSUB Projeto em fase de First Step of Gradual Development do SGP-SNBR; e
Projeto do NSSS-SNBR.
Tabela 1 – Projetos em Fase de Execução
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
34
Projeto Programa Detalhes do Projeto
Motor-Mancal do Coração de Jatene – Dispositivo de Assistência Ventricular (DAV)
PNB Desenvolvimento de um Motor-Mancal eletromagnético para aplicação no DAV;
Elaboração da documentação de produto do motor-mancal eletromagnético; e
Elaboração das especificações técnicas para a fabricação do motor em escala industrial.
Central de Geração Nucleoelétrica de Angra 1 (ANGRA-1)
PNB Suporte ao projeto manutenção e revitalização para extensão da vida útil de ANGRA-1; e
Suporte à renovação da licença de operação de ANGRA-1 para mais 20 anos.
Centro de Radiofarmácia do IPEN (CR-IPEN)
PNB Projeto de boas práticas para fabricação de radiofármacos no CR-IPEN e
Registro de radiofármacos junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Participação na Obtenção do Bloco 40 do LABGENE (Bloco 40-LABGENE)
PNM Participação no projeto do Bloco 40; e
Contratação da fabricação e instalação de equipamentos de blindagem primária.
Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio (UCEU)
PNB Projeto da segunda fase de expansão das instalações físicas e sistemas auxiliares para abrigar e alimentar as cascatas de enriqueci-mento de urânio da UCEU.
Instrumentação e Controle do LABGENE (IC-LABGENE)
PNM Participação nos projetos dos sistemas de instrumentação, controle e proteção da planta nuclear;
Apoio à gestão do projeto, à análise do projeto eletromecânico e à qualificação de Elemento Combustível do LABGENE.
Implantação Interna da Gestão do Conhecimento (GC)
PNM PROSUB
PNB
Implantação da GC nas unidades operacionais da AMAZUL e da MB; e
Desenvolvimento de uma Plataforma Digital para a GC.
Unidade de Testes e Preparação de Equipamentos e Treinamentos (UTT)
PNB Projeto Conceitual e Básico da UTT; e
Suporte ao licenciamento da planta.
Continuação da Tabela 1 – Projetos em Fase de Execução
Plano de Negócios 2020
35
Projeto Programa Detalhes do Projeto
Consultoria Externa da Gestão do Conhecimento (Ext-GC)
PNM PROSUB
PNB
Parceria para execução de consultoria externa para implantação da GC na empresa INBRA.
Centro de Manutenção Especializada do Estaleiro e Base Naval de Itaguaí (CME-EBN)
PROSUB Participação no projeto de engenharia do CME-EBN; e
Apoio ao licenciamento da planta.
Centro Nacional de Tecnologia Nuclear e Ambiental (CENTENA)
PNB Projetos Básico e Detalhado de engenharia de um repositório nacional de armazenamento e gerenciamento de rejeitos radiativos.
Comissionamento e Manual de Operação do LABGENE (CMO-LABGENE)
PNM Suporte ao Comissionamento do LABGENE; e
Confecção do Manual de Operação do LABGENE.
Central de Geração Nucleoelétrica de Angra 3 (ANGRA-3)
PNB Elaboração de projetos de engenharia para a conclusão da construção de ANGRA-3.
Projeto Programa Detalhes do Projeto
Motor de Ímãs Permanentes (MIP) PROSUB Projeto de PD&I de um MIP com tecnologia nacional para propulsão de submarinos.
Small Modular Reactor (SMR) PNB Projeto de PD&I de um SMR com tecnologia nacional.
Irradiadores (IRD) PNB Projeto de PD&I de irradiadores com tecnologia nacional, para tratamento de materiais e alimentos.
A AMAZUL também se prepara para retomada do projeto do Sistema de Combate do SN-BR
(SC-SNBR) com o CDS, que deverá iniciar futuramente a fase de First Step of Gradual Development.
Histórico informações detalhadas desse projeto são apresentadas na seção A20 do Anexo A.
Tabela 2 – Projetos em Fase de Negociação
Tabela 3 – Projetos em Prospecção
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
36
3.1. Projetos em Fase de Execução
3.1.1. Reator Multipropósito Brasileiro (RMB)
O RMB tem a CNEN como empreendedora principal, a AMAZUL como co-executora, a INVAP
(empresa argentina) como parceira no desenvolvimento e a Fundação PÁTRIA como administradora
dos recursos financeiros do projeto provenientes da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), que
são destinados ao Projeto Detalhado de engenharia do RMB. O projeto RMB consiste no
desenvolvimento do projeto de engenharia, na preparação da implantação, na construção,
comissionamento e licenciamento de um reator nuclear multipropósito de 30 MW e toda a sua
infraestrutura. O reator é multipropósito por ser destinado à produção de radioisótopos e pesquisas
de irradiação e feixe de nêutrons. Esse reator permitirá a fabricação de radioisótopos empregados na
produção de radiofármacos (Medicina Nuclear) e fontes radioativas usadas em aplicações na indústria,
agricultura e meio ambiente. Permitirá também a realização de testes de irradiação em combustíveis
nucleares, blindagens e materiais de aplicação nuclear, e testes com feixe de nêutrons em estruturas
e materiais.
A AMAZUL integra a equipe de coordenação do RMB desde o início do Projeto Detalhado de
engenharia. Em parceria com a INVAP, que detalha o reator nuclear em si, a AMAZUL detalha todos
os demais sistemas e infraestruturas do Núcleo de Produção e Pesquisa (NPP) do RMB. O escopo de
Figura 4 – Evento de lançamento da pedra fundamental do RMB em junho de 2018
Plano de Negócios 2020
37
projeto da AMAZUL é desenvolvido na sede da empresa, com equipe integralmente dedicada ao RMB
de 66 empregados AMAZUL e 47 empregados terceirizados, todos sob a coordenação técnica da
AMAZUL.
A previsão é de que o Projeto Detalhado de engenharia se encerre em dezembro de 2020, as obras
de infraestrutura se iniciem em 2020, a montagem eletromecânica tenha início em 2022 e o
comissionamento seja iniciado em 2024.
O Projeto Detalhado de engenharia do RMB conta com financiamento da FINEP de
R$ 167,45 milhões. O custo total do empreendimento está estimado em U$ 500 milhões.
A subseção A1 do Anexo A apresenta informações detalhadas e histórico desse projeto.
3.1.2. Plano de Negócios do RMB (PN-RMB)
A AMAZUL contratou em dezembro de 2018 a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para elaborar um
Plano de Negócios Autossustentável do RMB. A FGV será responsável por conceber e elaborar o
PN-RMB dentro do prazo de 24 meses.
Esse Plano de Negócios visa a avaliar todo o panorama global do mercado de radiofármacos, principais
atores, modelos de gestão da operação e institucional e análise econômico-financeira; para por fim,
confeccionar um Plano de Negócios Autossustentável para a operação do RMB.
A AMAZUL acompanha e avalia o desenvolvimento do PN-RMB através da análise das sete entregas
do projeto, que serão seis relatórios preliminares e o PN-RMB em si. Os relatórios preliminares
contemplarão temáticas importantes do PN-RMB como: Principais atores do mercado global, análise
da gestão da operação, análise da autossuficiência econômico-financeira e modelo institucional.
A subseção A2 do Anexo A apresenta informações detalhadas e histórico desse projeto.
3.1.3. Sistema de Gerenciamento da Plataforma do SN-BR (SGP-SNBR) e Sistema Nuclear de Geração de Vapor do SN-BR (NSSS-SNBR)
O SGP-SNBR é desenvolvido pelo CDS, em parceria com a AMAZUL e a Fundação PÁTRIA, e consiste
em um sistema com a função de coletar informações de todos os sistemas do submarino, exceto o
sistema de controle do reator e o do sistema de combate; disponibilizar estas informações aos
consoles de operação e possibilitar a tomada de decisão e o comando da condução operacional do
submarino como plataforma. É composto por diversas interfaces e importantes subsistemas, a saber:
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
38
Subsistema da Plataforma;
Subsistema da Propulsão;
Subsistema Elétrico; e
Subsistema de Gerenciamento do Navio.
A AMAZUL contribui no desenvolvimento do SGP-SNBR, desde o início do projeto conceitual (Fase
A) em 2014. Na fase atual (Desenvolvimento Gradual) a AMAZUL compõe a equipe de
desenvolvimento, alocada no CDS, com 1 (um) coordenador. Além disso, gerencia 1 (um) contrato
com a Fundação PÁTRIA que disponibiliza 5 (cinco) engenheiros para atuarem em conjunto com a
equipe de desenvolvimento do projeto. A previsão é de que esse contrato se encerre em junho de
2020. A fase de Desenvolvimento Gradual tem previsão de duração de 36 meses, sendo previsto
também o aumento gradual da equipe de projeto a partir de 2020.
No NSSS foram alocados 3 (três) engenheiros por meio do contrato 08/2019 com a fundação PÁTRIA,
que serão responsáveis por auxiliar nos processos de gerenciamento do projeto, gestão dos custos,
das aquisições e da qualidade.
A subseção A3 do Anexo A apresenta informações detalhadas e histórico desse projeto.
3.1.4. Motor-Mancal do “Coração de Jatene” - Dispositivo de Assistência Ventricular (DAV)
A AMAZUL prepara um Acordo de Cooperação Técnica e Científica com o Instituto Dante Pazzanese
de Cardiologia (IDPC) para desenvolvimento de um motor-mancal eletromagnético para aplicação em
um Dispositivo de Assistência Ventricular (DAV) implantável nomeado “Coração de Jatene”. Esse
DAV visa ao atendimento de pacientes com insuficiência cardíaca grave. Ele funciona como uma
bomba de sangue que trabalha em paralelo com o coração debilitado. Sua aplicação resulta em
prolongamento da expectativa
de vida e melhoria da qualidade
de vida desses pacientes. Um
objetivo futuro do projeto é
fabricar o DAV em custo
acessível para o Sistema Único
de Saúde (SUS).
Apesar do Acordo de Coope-
ração Técnica e Científica ainda
estar sob análise contratual e
jurídica, as duas instituições em
Figura 5 – Reunião de estruturação do projeto do Motor-Mancal do “Coração de Jatene” entre AMAZUL e CTMSP
Plano de Negócios 2020
39
comum acordo já iniciaram as atividades técnicas e de desenvolvimento tecnológico do projeto.
No projeto não estão previstos repasses financeiros entre as instituições. A AMAZUL disponibiliza
equipe, especializada de desenvolvimento e conta com a estrutura laboratorial do CTMSP. O IDPC
disponibiliza parte da sua equipe para acompanhar o desenvolvimento e realizará todas as aquisições
e contratações que se fizerem necessárias no decorrer do projeto.
A AMAZUL será responsável pelo projeto, fabricação, aprimoramento e realização de testes de
bancada do motor mancal. Irá também elaborar toda a documentação técnica do produto e toda a
especificação técnica de fabricação do mesmo, para que seja possível a sua produção em escala
industrial. O IDPC será o responsável por elaborar os requisitos técnicos do projeto, acompanhar o
desenvolvimento do motor-mancal, realizar testes em animais e realizar as aquisições e contratações
necessárias ao projeto.
As aquisições previstas para o projeto são relacionadas à compra de materiais, componentes, insumos
e equipamentos para fabricação de peças que irão compor os protótipos do motor-mancal. E as
contratações, se necessárias, serão para a encomenda de fabricação de peças ou sistemas.
O IDPC deverá estabelecer os requisitos técnicos do motor-mancal do Coração de Jatene, para que
o mesmo atenda aos requisitos médicos solicitados pela ANVISA no futuro processo de homologação
do Coração de Jatene como equipamento médico de aplicação direta em humanos. A condução de
tal processo de homologação será de responsabilidade do IDPC.
A subseção A4 do Anexo A apresenta informações detalhadas e histórico desse projeto.
3.1.5. Central de Geração Nucleoelétrica de Angra 1 (ANGRA-1)
Eletronuclear e AMAZUL assinaram em agosto de 2019 um convênio para a cooperação da AMAZUL
no projeto de extensão da vida útil da usina nucleoelétrica de ANGRA-1. O convênio prevê a
participação da AMAZUL no projeto de manutenção, revitalização e suporte na renovação das
licenças necessárias para a operação da usina e a participação da Fundação PATRIA como
administradora dos recursos financeiros.
O convênio se dá dentro do âmbito do Programa de Gerenciamento do Envelhecimento (PGE) para
ANGRA 1, da Eletronuclear, que visa a estabelecer as bases técnicas para o processo de renovação
de licença operacional da usina, através de um conjunto de ações de manutenção, de operação e de
engenharia, para controlar os efeitos da degradação por envelhecimento das estruturas, sistemas e
componentes relacionadas à segurança da usina.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
40
A usina de ANGRA-1 entrou em
operação comercial no ano de
1895 e tem licença de operação
válida até o ano de 2024. O
objetivo é obter uma licença de
operação para estender o prazo
de operação da usina por mais 20
anos.
É prevista a participação de uma
equipe da AMAZUL composta
inicialmente de 5 (cinco) empre-
gados, com aumento gradual
para 19 (dezenove) empregados. Adicionalmente, a Fundação PATRIA alocará 11 (onze) funcionários
ao quadro de engenheiros e técnicos do projeto. O prazo para a realização dos trabalhos é de 60
(sessenta) meses.
A subseção A5 do Anexo A apresenta informações detalhadas e histórico desse projeto.
Figura 7 – Evento da assinatura do convênio entre a AMAZUL e a Eletronuclear para a extensão da
vida útil da usina Angra 1
Figura 6 – Engenheiros da AMAZUL que participam do projeto
em Angra 1
Plano de Negócios 2020
41
3.1.6. Centro de Radiofarmácia do IPEN (CR-IPEN)
A AMAZUL apoia as
atividades do CR-IPEN com
foco principal no plane-
jamento e na implemen-
tação do projeto de boas
práticas de fabricação de
radiofármacos, não se limi-
tando a isso. Esse projeto
visa a cumprir as exigências
da Agência Nacional de Vi-
gilância Sanitária (ANVISA)
para a manutenção da
licença de fabricação de
radiofármacos do IPEN e
também o registro dos radiofármacos do CR-IPEN na ANVISA.
O CR-IPEN é responsável pelo desenvolvimento, produção e distribuição de radiofármacos. O centro
fabrica 38 tipos de radiofármacos, que são distribuídos para 430 clínicas através do país,
possibilitando dois milhões de procedimentos de diagnóstico e terapia por ano.
Desde junho de 2018, estão alocados no CR-IPEN 14 (quatorze) empregados AMAZUL, que apoiam
o projeto de boas práticas de fabricação de radiofármacos e registro desses radiofármacos na
ANVISA. A equipe da AMAZUL também contribui com o controle de qualidade, logística e
manutenção de equipamentos do Centro.
O vínculo jurídico entre CNEN/IPEN e AMAZUL, no âmbito do CR, se dá através de um Termo de
Execução Descentralizada (TED).
A AMAZUL e a CNEN/IPEN renovaram em outubro de 2019 o TED para dar continuidade à
cooperação técnica no CR-IPEN. Essa nova fase da cooperação tem duração prevista de 71 meses e
aumento da equipe para 20 (vinte) empregados.
A subseção A6 do Anexo A apresenta informações detalhadas e histórico desse projeto.
Figura 8 – Equipe AMAZUL alocada no Centro de Radiofarmácia do
IPEN
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
42
Figura 9 – Integrantes da CNEN e da AMAZUL no ato de formalização da renovação da parceria de
cooperação técnica no CR-IPEN em outubro de 2019
3.1.7. Participação na Obtenção do Bloco 40 do LABGENE (Bloco 40-LABGENE)
No âmbito do projeto do LABGENE, que será a planta nuclear que servirá de laboratório em terra
para o desenvolvimento da propulsão nuclear do SN-BR, a AMAZUL firmou contrato com a NUCLEP
para participação no projeto do Bloco 40, que é o bloco do LABGENE que comporta o reator nuclear.
O projeto envolveu a elaboração de dispensa de licitação para contratação da NUCLEP para
fabricação e instalação de equipamentos, como o tanque de blindagem primária, o vaso de contenção
e suas estruturas associadas. A duração é de 44 meses, sendo a previsão de conclusão agosto de
2023. O projeto conta com coordenação técnica da DDNM.
O escopo de fornecimento da NUCLEP engloba as fases 1 e 3 do projeto. A fase 2 envolve a
montagem eletromecânica de equipamentos internos ao Bloco 40 e é objeto de estudo de dois
Grupos de Trabalho envolvendo AMAZUL, DGDNTM, COGESN, CTMSP, DDNM e NUCLEP, para
avaliar a viabilidade jurídica e técnica de contratação da Itaguaí Construções Navais (ICN) para
execução do escopo dessa fase 2.
Plano de Negócios 2020
43
Os recursos necessários para essa contratação serão enviados para a AMAZUL através de alteração
de crédito da DGDNTM.
A subseção A7 do Anexo A apresenta informações detalhadas e histórico desse projeto.
3.1.8. Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio (UCEU)
A UCEU é uma unidade industrial de enriquecimento de urânio instalada na Fábrica de Combustível
Nuclear (FCN) da INB localizada em Resende/RJ. O enriquecimento de urânio é realizado em cascatas
de ultracentrífugas desenvolvidas pelo CTMSP. A segunda fase do projeto UCEU é a expansão da
capacidade de produção da usina de 70.000 para 500.000 quilogramas de Unidade de Trabalho de
Separação (UTS) por ano. Essa capacidade de produção será suficiente para suprir a demanda de
combustíveis nucleares das usinas de ANGRA-1, ANGRA-2, ANGRA-3 e do RMB.
A AMAZUL se prepara para dar início à sua participação no projeto da segunda fase da UCEU, com o
escopo de expansão das instalações físicas e sistemas auxiliares para abrigar e a alimentar as cascatas
de enriquecimento de urânio da UCEU. O contrato foi assinado em novembro de 2019.
O contrato tem duração prevista de 14 meses e a AMAZUL prevê a alocação de uma equipe de 42
profissionais neste projeto.
A subseção A8 do Anexo A apresenta informações detalhadas e histórico desse projeto.
Figura 10 – Assinatura do TED entre AMAZUL e INB para o projeto UCEU em novembro de 2019
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
44
3.1.9. Instrumentação e Controle do LABGENE (IC-LABGENE)
A AMAZUL e a Fundação PATRIA participarão do projeto dos sistemas de instrumentação, controle
e proteção da planta nuclear do LABGENE. Além disso, também atuarão em atividades relacionadas
à gestão do projeto, análise do projeto eletromecânico e qualificação do projeto do Elemento
Combustível do LABGENE (combustível nuclear). O CTMSP é o coordenador técnico do projeto e a
AMAZUL e Fundação PATRIA contribuem com a gestão do projeto.
Os sistemas de proteção e controle englobam:
O Sistema de Proteção do Protótipo (SPP), responsável por efetuar o desligamento seguro da
planta e resfriamento do reator em caso de acidente;
O Sistema de Controle de Segurança (SCS), atua sobre todos os equipamentos de segurança
da planta; e
O Sistema Diverso de Atuação (SDA), tem função de atuar no caso de uma falha de modo
comum impedir a atuação do SPP.
É prevista a alocação de uma equipe de 30 engenheiros e técnicos por um período de 12 meses. A
AMAZUL receberá os recursos para esse projeto através de crédito da DGDNTM. A Fundação
PATRIA será contratada pela AMAZUL.
A subseção A9 do Anexo A apresenta informações detalhadas e histórico desse projeto.
3.1.10. Implantação Interna da Gestão do Conhecimento (GC)
O Projeto de Implantação
de Gestão do Conhecimen-
to consiste na normatização
e sistematização da meto-
dologia desenvolvida de
Gestão do Conhecimento
pela AMAZUL, visando a
absorção, disseminação e
guarda do conhecimento
desenvolvido por uma orga-
nização. Essa metodologia
de Gestão do Conhecimen-
to da AMAZUL foi desen-
volvida originalmente para
aplicação em elementos
Figura 11 – Reunião na AMAZUL da Comunidade de Prática da
Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento (SBGC)
Plano de Negócios 2020
45
organizacionais da MB voltados para o PNM e PROSUB. Em reconhecimento aos resultados obtidos
por essa metodologia, o projeto foi contemplado com o prêmio “Learning & Performance Brasil 2018”
na categoria “Referência Nacional”, concedido pelo Institute for Learning & Performance.
Atualmente a AMAZUL expande a GC, já implantada na Unidade de Produção do Hexafluoreto de
Urânio (USEXA) e na Assessoria de Meio Ambiente (AMA) do CTMSP, para a Coordenadoria do
Programa do Ciclo do Combustível Nuclear (DDNM-12) e desenvolve ferramentas computacionais
no âmbito da empresa para a formação de repositórios do conhecimento já mapeado.
Além disso, a AMAZUL em parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) busca de soluções
tecnológicas para o desenvolvimento de uma plataforma digital de Gestão do Conhecimento.
A subseção A10 do Anexo A apresenta informações detalhadas e histórico desse projeto.
3.1.11. Unidade de Testes e Preparação de Equipamentos e Treinamentos (UTT)
A UTT será projetada para ser uma unidade completa e autônoma para a realização de testes e
desenvolvimento de sistemas, equipamentos críticos, componentes e materiais industriais destinados
à Fábrica de Combustível Nuclear da INB. A UTT também servirá como unidade de treinamento de
operadores.
A AMAZUL executa os Projetos Conceitual e Básico de engenharia da UTT para a INB e também
suportará o processo de licenciamento da planta. Essa fase do projeto se iniciou em 2015, conta com
8 (oito) engenheiros e técnicos lotados na AMAZUL Sede.
O projeto se encontra momentaneamente suspenso por falta de recursos financeiros por parte da
INB. A AMAZUL e a INB avaliam a retomada do projeto a partir de uma redução de escopo do projeto
para seu reequilíbrio econômico-financeiro.
A subseção A11 do Anexo A apresenta informações detalhadas desse projeto.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
46
3.2. Projetos em Fase de Negociação
3.2.1. Consultoria Externa da Gestão do Conhecimento (Ext-GC)
A AMAZUL tem como objetivo estratégico consolidar a sua metodologia de GC como negócio. Para
tanto, a empresa negocia com parceiros a execução de consultoria externa para a implantação da GC
em caráter de projeto piloto.
Tratativas negociais se iniciaram com as empresas INBRA, IMBEL e GESPI.
As negociações mais avançadas são com a empresa fabricante de blindagens INBRA. A AMAZUL e a
INBRA já firmaram um acordo de confidencialidade e já trabalham na estruturação do projeto de
consultoria de implantação de GC. A previsão é de que esse projeto-piloto tenha duração de 12
meses, conte como uma equipe de 6 empregados AMAZUL.
A subseção A12 do Anexo A apresenta informações detalhadas desse projeto.
3.2.2. Centro de Manutenção Especializada do Estaleiro e Base Naval de Itaguaí (CME-EBN)
A AMAZUL negocia com a COGESN, o CTMSP e a DDNM a participação no projeto do Centro de
Manutenção Especializada (CME) do Estaleiro e Base Naval de Itaguaí (EBN). O CME é centro de
manutenção e radiológico do EBN, é nele que o SN-BR passará por manutenção e recarga de
combustível nuclear.
A DDNM desenvolveu, entre 2014 e 2018, os projetos civil, de arquitetura e eletromecânico do CME
além de documentos requeridos pela CNEN para o licenciamento da planta.
É prevista a participação da AMAZUL na nova fase do projeto, que contempla o Projeto Básico de
Engenharia do CEM, a verificação dos documentos emitidos nessa fase e o apoio ao licenciamento da
planta. Essa nova fase deverá ter duração de 48 meses, ainda sem definição do tamanho da equipe
que deverá ser alocada.
A subseção A13 do Anexo A apresenta informações detalhadas e histórico desse projeto.
Plano de Negócios 2020
47
3.2.3. Centro Nacional de Tecnologia Nuclear e Ambiental (CENTENA)
O CENTENA é um projeto da CDTN
que visa a construção de um reposi-
tório nacional de material radiativo.
Esse repositório terá a função de
abrigar rejeitos radiativos de muito
baixo, baixo e médio níveis de
radiação. A maior parte desses
rejeitos são provenientes das ativi-
dades das usinas nucleoelétricas (em
operação e futuras), aplicação de
radioisótopos na medicina, na indús-
tria e em pesquisa, e descomissionamento de instalações nucleares e radiativas. A previsão é de
operação da instalação por 60 anos, fechamento e vigilância por 300 anos. Ainda não foi definida a
localização da construção do CENTENA.
A AMAZUL coopera com a CDTN na estruturação do projeto, dos requisitos de segurança radiológica
e negocia a sua participação na elaboração dos Projetos Básico e Detalhado de engenharia. As
instituições já assinaram um Acordo de Confidencialidade.
A subseção A14 do Anexo A apresenta informações detalhadas e histórico desse projeto.
3.2.4. Comissionamento e Manual de Operação do LABGENE (CMO-LABGENE)
A AMAZUL e a DDNM negociam a participação da AMAZUL no comissionamento do LABGENE e na
confecção do manual de operação do mesmo.
A proposta inicial é que a AMAZUL seja contratada via alteração de crédito e o período do contrato
seja de 24 meses. Ainda do tamanho da equipe que deverá ser alocada ao projeto.
A subseção A15 do Anexo A apresenta informações detalhadas desse projeto.
Figura 12 – Maquete conceitual do CENTENA
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
48
3.2.5. Central de Geração Nucleoelétrica de Angra 3 (ANGRA-3)
A AMAZUL e a Fundação PÁTRIA negociam com a Eletronuclear um convênio para participação nos
projetos de conclusão de ANGRA-3. Ainda não foram estabelecidos escopo nem valores. Há
expectativa de que a AMAZUL possa participar alocando equipe nos projetos e apoiando na gestão
dos mesmos. A Fundação PÁTRIA deverá administrar os recursos desse convênio.
A AMAZUL aguarda as definições da Eletronuclear sobre esse projeto.
A subseção A16 do Anexo A apresenta informações detalhadas e histórico desse projeto.
3.3. Projetos em Fase de Prospecção
3.3.1. Motor de Ímãs Permanentes (MIP)
AMAZUL e CTMSP trabalham em conjunto na estruturação técnica e financeira de um projeto de
PD&I de um motor elétrico de propulsão naval. O objetivo principal é desenvolver motores que
possam ser empregados em submarinos de propulsão nuclear e convencional (diesel-elétrica), em
especial, que atenda às demandas do SN-BR. Devido aos requisitos de compacidade, peso e alta
densidade energética de motores de propulsão de submarinos, propõe-se o emprego de motores de
ímãs permanentes. Adicionalmente, propõe-se o emprego de motores de ímãs permanentes, dotados
de elevado número de fases independentes, comutadas eletronicamente para seu acionamento e
controle, a fim de atender aos elevados requisitos de confiabilidade dos motores de propulsão de
submarinos.
Esse projeto de PD&I foi estruturado adotando os moldes de triple helix, contando com o emprego da
academia, através de consultorias técnicas de universidades que são referência no desenvolvimento
de motores elétricos e conversores eletrônicos de acionamento e controle; contando com o apoio da
indústria nacional, por meio das empresas que fabricarão os protótipos e sistemas do MIP; e com a
atuação de entidades governamentais representadas pela AMAZUL e CTMSP.
Em parceria com a Fundação PATRIA e o CTMSP, e com o apoio do Departamento de Financiamentos
e Economia de Defesa (DEPFIN) do Ministério da Defesa (MD), a AMAZUL liderou tratativas para
obtenção de financiamento para a primeira fase do projeto MIP (prototipação em escala reduzida)
com o Departamento de Bens de Capital, Mobilidade e Defesa do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O projeto foi bem recebido e aprovado na primeira
Plano de Negócios 2020
49
etapa para obtenção de financiamento via Fundo Tecnológico do BNDES (FUNTEC), a avaliação do
comitê gerencial do BNDES.
Apesar da boa receptividade, as tratativas de obtenção de financiamento do MIP estão paralisadas,
uma vez que a MB, por meio do CDS, negocia com uma empresa o desenvolvimento do MIP dentro
de um pacote de fornecimento maior, englobando o sistema de propulsão de submarinos.
A AMAZUL aguarda as definições das tratativas lideradas pelo CDS para retomar ou abandonar o
projeto MIP.
A subseção A17 do Anexo A apresenta mais informações a respeito desse projeto.
Figura 13 – Reunião entre AMAZUL e equipe do BNDES a respeito do projeto MIP durante a feira
LAAD em maio de 2019
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
50
3.3.2. Small Modular Reactor (SMR)
A AMAZUL negocia com alguns parceiros um projeto de PD&I de um SMR com tecnologia nacional
com base no conhecimento obtido com o LABGENE.
Os SMR são geradores de energia compactos, com alta potência e que não emitem CO2. Por essas
características podem abastecer consumidores que apresentem grande demanda de energia e se
localizem em áreas remotas. Possíveis aplicações são: grandes plantas industriais remotas
(mineradoras e siderúrgicas), plantas de dessalinização de água, pequenas centrais de geração de
energia elétrica, plantas offshore e embarcações.
Dentre os possíveis parceiros, destacam-se a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e
concessionárias de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
A subseção A18 do Anexo A apresenta mais informações a respeito desse projeto.
3.3.3. Irradiadores (IRD)
A AMAZUL prospecta parcerias para um projeto de PD&I de irradiadores com tecnologia nacional.
Dentre as aplicações vislumbradas, destacam-se: irradiação para esterilização de equipamentos e
instrumentos médicos e cirúrgicos, preservação e desinfestação de alimentos, esterilização de
produtos de higiene e cuidados pessoais, aplicação de marcadores radiativos para rastreabilidade de
produtos, reticulação polimérica (melhoria da resistência térmica) dos revestimentos isolantes de
cabos elétricos e preservação de patrimônio histórico e cultural.
Os possíveis parceiros para esse projeto são empresas interessadas na implantação de centros
comerciais de irradiação, fabricantes de cabos elétricos e a ANEEL.
A subseção A19 do Anexo A apresenta mais informações a respeito desse projeto.
Plano de Negócios 2020
51
4. ACOMPANHAMENTO DO PNA
Os setores responsáveis por cada empreendimento promoverão as ações necessárias para manter o
acompanhamento, o controle dos riscos e o alcance das metas e resultados esperados na execução
deste Plano, mantendo a Coordenadoria-Geral de Negócios da AMAZUL informada.
Em alguns dos empreendimentos apresentados no PNA, a AMAZUL não é a coordenadora técnica, e
sim parte integrante de um projeto que aborda uma parcela do escopo do empreendimento. Dessa
forma, cabe às instituições responsáveis a coordenação técnica e a gestão dos resultados do
empreendimento e do projeto.
A Coordenadoria-Geral de Negócios da AMAZUL é responsável pelo acompanhamento do PNA e
pela proposição de ajustes na estratégia de negócios da AMAZUL à Diretoria Executiva e ao Conselho
de Administração (CONSAD).
4.1. Avanços do PNA-2019
Em sua primeira versão, o PNA foi apresentado em novembro de 2017, estabelecendo diretrizes para
os negócios da AMAZUL. Em 2018, o PNA foi consolidado, reforçou as diretrizes do setor de
negócios, apresentou os projetos estratégicos da empresa e os resultados obtidos a partir da
estruturação do PNA.
Durante o ano de 2019, tem sido possível observar o avanço dos empreendimentos apresentados no
PNA-2019 e também a eficácia das estratégias traçadas, uma vez que o volume de novos projetos é
maior, assim como o volume de projetos em negociação. A seguir um breve relato sobre a evolução
dos empreendimentos.
Os projetos Interfases do Sistema de Combate do SN-BR e do Sistema de Gerenciamento da
Plataforma do SN-BR foram concluídos dentro do prazo, entregues dentro dos critérios de qualidade
e sem quaisquer sobrecustos para as instituições participantes.
O projeto do Sistema de Gerenciamento da Plataforma do SN-BR progrediu para a fase de First Step
of Gradual Development através de um contrato entre AMAZUL e Fundação PATRIA. Esse contrato
também contempla parte do escopo do Sistema Nuclear de Geração de Vapor do SN-BR. O projeto
do Sistema de Combate ainda não teve sequência solicitada pela Marinha do Brasil.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
52
Os projetos de implantação da Gestão do Conhecimento (GC) nos elementos organizacionais da
AMAZUL e MB avançaram. A implantação da GC na Assessoria de Meio Ambiente (AMA) do CTMSP
foi concluída em setembro de 2019 e a implantação da GC na Coordenadoria do Programa do Ciclo
do Combustível Nuclear da (DDNM-12) está em fase de conclusão, com encerramento previsto para
novembro de 2019. Outra frente de trabalho é o monitoramento da GC nas unidades organizacionais
em que esta foi implantada. Além disso, atualmente, a AMAZUL negocia parcerias para prestação de
serviço de implantação externa da GC em empresas públicas e privadas; e negocia também, com
parceiros, o desenvolvimento de uma plataforma digital para a gestão do conhecimento.
O Projeto Detalhado do Reator Multipropósito Brasileiro segue em curso conforme o seu
planejamento. A AMAZUL segue projetando toda a infraestrutura predial e de sistemas do Núcleo de
Produção e Pesquisa do RMB e realizando a verificação técnica do desenvolvimento do reator nuclear
executado pela empresa argentina INVAP. Além disso, o planejamento da implantação do RMB segue
por meio do planejamento financeiro das fases subsequentes e prospecção de recursos financeiros
para a sua implantação. Ainda no âmbito do RMB, um novo projeto foi iniciado: o Plano de Negócios
Autossustentável do RMB, que vem sendo elaborado pela FGV.
Mais seis novos projetos foram iniciados: a participação da AMAZUL no projeto de extensão da vida
útil da usina nucleoelétrica de Angra 1, a participação no projeto de boas práticas de fabricação de
radiofármacos do Centro de Radiofarmácia do IPEN e o registro de radiofármacos na ANVISA, a
participação no desenvolvimento do Motor-Mancal do Coração de Jatene, a participação na segunda
fase de expansão da Unidade Comercial de Enriquecimento de Urânio da INB, a participação no
projeto de obtenção do Bloco 40 do LABGENE em parceria com a DDNM e a NUCLEP, e a
participação no projeto de desenvolvimento dos sistemas de instrumentação, controle e proteção da
planta nuclear do LABGENE em parceria com o CTMSP e a Fundação PATRIA.
As atividades estratégicas de prospecção de parceiros nacionais para o Programa de Nacionalização
do PROSUB e para o Projeto Detalhado do SN-BR continuam sendo executadas em todas as
oportunidades e eventos em que a Coordenadoria-Geral de Negócios tem contato com o meio
empresarial. O foco para o Programa de Nacionalização é encontrar fornecedores nacionais para as
demandas de equipamentos para o SN-BR. Já o Projeto Detalhado tem demanda de empresas de
engenharia nacionais com capacidade de desenvolvimento e integração de sistemas complexos. A
AMAZUL se conecta com as empresas em eventos setoriais, eventos acadêmicos, feiras empresariais,
fóruns ou recebendo empresas para reuniões. As empresas com potencial para parcerias são
encaminhadas à COGESN para avaliação.
Dentre os demais projetos em negociação, também ocorreram avanços:
O projeto do Centro Especializado de Manutenção do Complexo do Estaleiro e Base Naval de
Itaguaí se encontra em negociação inicial com a COGESN, o CTMSP e a DDNM, ainda sem
previsão de conclusão;
Plano de Negócios 2020
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O projeto do Centro de Tecnologia Nuclear e Ambiental da CDTN, que visa a construção de
um repositório nacional para material radioativo, se encontra em negociação para que a
AMAZUL execute os Projetos Básico e Detalhado da planta, aguardando no momento a
definição do local de implantação do Centro;
A AMAZUL negocia com a DDNM a participação no apoio ao comissionamento do LABGENE
e a elaboração do Manual de Operação do LABGENE; e
A participação da AMAZUL nos projetos para conclusão da Usina de Angra 3 está sendo
negociada com a Eletronuclear.
Dentre os projetos de PD&I em prospecção, apresenta-se:
O projeto do Motor de Ímãs Permanentes (MIP) para submarinos de propulsão nuclear e
convencional (diesel-elétrica), que vinha sendo estruturado pela AMAZUL em conjunto com
o CTMSP, com apoio da Fundação PATRIA e do DEPFIN do Ministério da Defesa, estava em
negociação com BNDES para o financiamento da primeira fase projeto. No entanto, essa
negociação foi interrompida em função de outra negociação em curso, entre a MB e um de
seus parceiros industriais para atender ao mesmo escopo. Estes dois últimos negociam o
desenvolvimento desse motor dentro de um pacote de fornecimento do sistema de propulsão.
Até que as tratativas da MB sejam concluídas, o projeto do MIP estruturado entre AMAZUL
e CTMSP seguirá em espera;
A AMAZUL busca parceiros para um projeto de desenvolvimento de um Small Modular Reactor
com tecnologia nacional. Algumas negociações já ocorreram com a ANEEL e a Petrobras para
obtenção de patrocínio; e
O projeto de desenvolvimento, com tecnologia nacional, de irradiadores também segue em
prospecção de parceiros estratégicos e fundos de investimento.
Além disso, a AMAZUL negocia a retomada dos projetos abaixo:
O projeto da Unidade de testes e preparação de equipamentos e de treinamento da INB, tem
sua retomada em negociação por meio de redução de escopo para reequilíbrio econômico-
financeiro; e
O projeto do Sistema da Combate do SN-BR aguarda entrada na fase de First Step of Gradual
Development, a AMAZUL negocia a participação nessa nova fase do projeto.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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5. PERSPECTIVAS
Baseada em uma política de inovação e de trabalho estruturado, a AMAZUL enfrenta os desafios do
atual cenário macroeconômico do país e visa a manter e ampliar suas atividades e projetos vinculados
aos programas PNM, PROSUB e PNB. Ciente de que o capital humano é a base fundamental de todas
as suas ações, a empresa busca aumentar, valorizar e reter o seu efetivo de pessoal com alto nível de
capacitação, e através da inovação desenvolver novas tecnologias, métodos e processos que
contribuam para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa brasileira, da Marinha e do Brasil.
Mediante o cenário econômico atual, a AMAZUL deverá desempenhar papel chave na conquista de
novos parceiros e investidores nos projetos relacionados aos programas acima mencionados, a fim de
que sua consecução seja garantida. Como estratégia, a empresa deverá adotar políticas inovadoras e
criativas, aprimorar a gestão de projetos e gestão de conhecimento. Para tal, os seguintes pontos
merecerão destaque:
Expansão e aprimoramento da Gestão do Conhecimento;
Estruturação do Escritório de Projetos na Coordenadoria-Geral de Negócios; e
Promoção de novos negócios e projetos junto a novos parceiros e investidores, aumentando
a participação da AMAZUL nos atuais programas;
A atuação da AMAZUL nos empreendimentos do PNM, PROSUB e PNB (apresentados na seção 3)
promove o desenvolvimento de capacidades técnicas, capacidades de gestão, inovação tecnológica e
reconhecimento no meio empresarial. É fundamentado nesse reconhecimento que novas
perspectivas e horizontes se abrem. Nesse contexto, é possível elencar:
Comercialização de serviço de consultoria de implementação de Gestão do Conhecimento a
partir da metodologia premiada, elaborada pela AMAZUL;
Atuação como agente viabilizador de projetos de PD&I no segmento de Defesa, em projetos
com potencial de aplicação dual, apoiando a estruturação dos projetos, as parcerias
estratégicas e as tratativas de obtenção de financiamento; seguindo os moldes estabelecidos
no projeto MIP que vem tendo excelente recepção das agências e bancos financiadores;
Se estabelecer como “porta de acesso” ao Programa de Nacionalização do PROSUB, em
função da grande procura das empresas nacionais à AMAZUL, para a apresentação de seus
portfólios e capacidades, e da grande atuação que a Coordenadoria-Geral de Negócios da
AMAZUL tem no meio empresarial e nas Associações e Federações de Indústrias;
Expandir a atuação na elaboração e gestão dos contratos entre as BIC’s e a MB, apoiando os
avanços do PROSUB no desenvolvimento, absorção, transferência e a manutenção de
tecnologias estratégicas na BID; e
Planejar, projetar e executar empreendimentos complexos em parceria com instituições
governamentais, participando também do desenvolvimento dos Modelos de Negócios dos
Plano de Negócios 2020
55
empreendimentos, a fim de identificar possibilidades de atuação também na operação futura
dos empreendimentos; à exemplo do RMB.
Dessa forma, amparada no presente Plano de Negócios, a AMAZUL coordenará as ações para a
evolução contínua, o alcance das metas e a conclusão dos objetivos dos projetos estratégicos; sempre
apoiada pela gestão de riscos; fundamentando assim as bases para a ampliação da atuação da empresa
nos programas estratégicos do país.
“TECNOLOGIA NACIONAL EM BENEFÍCIO DA SOCIEDADE”
São Paulo, novembro de 2019.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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REFERÊNCIAS
Lei nº 12.706/2012 ........... Autoriza a criação da empresa pública Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. - AMAZUL e dá outras providências. BRASIL, Presidência da República, Casa Civil, 2012.
Decreto nº 7.898/2013 .... Cria a empresa pública Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. – AMAZUL. BRASIL, Presidência da República, Casa Civil, 2013.
EMA 415 .............................. Estratégia de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha do Brasil. BRASIL, Comando da Marinha, Estado-Maior da Armada, 2017.
Estatuto da AMAZUL ........ Estatuto Social da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. – AMAZUL. BRASIL. Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A., 2019.
Lei nº 13.303/2016 ........... Dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. BRASIL, Presidência da República, Casa Civil, 2016.
RCA 006............................... Plano Estratégico da AMAZUL. BRASIL. Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A., 2014.
RCA 017............................... Código de Ética e Conduta Empresarial da AMAZUL. BRASIL. Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A., 2016.
RCA 028............................... Política de Governança da AMAZUL. BRASIL. Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A., 2018.
RCA 034............................... Regimento Interno da AMAZUL. BRASIL. Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A., 2018.
RDA 036 .............................. Manual de Compliance da AMAZUL. BRASIL. Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A., 2016.
RDA 037 .............................. Política de Gestão do Conhecimento da AMAZUL. BRASIL. Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A., 2016.
RDA 040 .............................. Programa de Integridade da AMAZUL. BRASIL. Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A., 2016.
RDA 044 .............................. Política da Gestão de Riscos da AMAZUL. BRASIL. Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A., 2016.
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ANEXO A FICHAS DE PROJETOS
A1. REATOR MULTIPROPÓSITO BRASILEIRO (RMB)
Programa
Programa Nuclear Brasileiro (PNB)
Objetivos Principais
Projeto Detalhado do Núcleo de Produção e Pesquisa (NPP) do RMB, onde a empresa argentina INVAP será responsável pelo projeto dos sistemas alocados dentro da zona de contenção do reator e a AMAZUL será responsável por todo o restante do projeto; e
Preparação da Implantação do RMB.
Organizações Participantes
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC): responsável pelo empreendimento;
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN): empreendedor principal;
AMAZUL: co-executora do empreendimento;
INVAP: empresa de engenharia contratada;
Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP): financiadora;
Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP): consultoria técnica e engenharia de requisitos; e
Fundação PATRIA: apoio administrativo e logístico.
Local de Execução
AMAZUL-Sede e sítio do RMB em Iperó/SP.
Histórico do Projeto
Projetos Conceitual e Básico, sem participação da AMAZUL e coordenados pela CNEN.
Duração: 2012 a 2014;
Equipe externa: INVAP e Intertechne;
Fase Atual
Projeto Detalhado, executado pela AMAZUL e INVAP, coordenado em parceria pela CNEN e AMAZUL e com apoio administrativo e gestão dos recursos financeiros (provenientes da FINEP) da Fundação PATRIA.
Duração: 05/2017 a 12/2020 (previsto);
Equipe AMAZUL: 66 engenheiros e técnicos;
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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Equipe externa: 47 engenheiros e técnicos terceirizados;
Empresas contratadas: INVAP;
Planejamento da Implantação, coordenado em parceria pela CNEN e AMAZUL.
Equipe AMAZUL: 2 engenheiros;
Fases Futuras
Obras de infraestrutura, ainda em planejamento.
Duração prevista: 2020 a 2021;
Equipe AMAZUL e equipes externas: a ser definido.
Obras de construção, ainda em planejamento.
Duração prevista: 2020 a 2023;
Equipe AMAZUL e equipes externas: a ser definido.
Montagem eletromecânica, ainda em planejamento.
Duração prevista: 2022 a 2024;
Equipe AMAZUL e equipes externas: a ser definido.
Comissionamento, ainda em planejamento.
Duração prevista: 2024 a 2024;
Equipe AMAZUL e equipes externas: a ser definido.
Custo estimado de todas as fases futuras: U$ 500 milhões
Ações em Execução pela AMAZUL
Verificação do projeto detalhado do escopo da empresa argentina INVAP;
Elaboração do Projeto Detalhado do escopo AMAZUL do NPP;
Planejamento, em conjunto coma CNEN, visando ao comprometimento do financiamento das fases subsequentes do empreendimento;
Apoio aos os Comitês Diretor e Executivo do RMB na obtenção das licenças do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e da Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear (DRS) da CNEN para início das obras;
Fatores Críticos
Comprometimento do financiamento das fases subsequentes do empreendimento; e
Obtenção da Licença de Instalação do IBAMA para o início das obras de terraplanagem (de responsabilidade da CNEN).
Riscos
Não obtenção das licenças do IBAMA (de responsabilidade da CNEN);
Falta de provisão de recursos financeiros;
Falta da consolidação do modelo de gestão do empreendimento que sustente a sua operação; e
Falta de comprometimento do financiamento das fases subsequentes do empreendimento.
Plano de Negócios 2020
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Propriedade Intelectual
Os contratos com as empresas parceiras preveem cláusula de propriedade intelectual. A INVAP
estabeleceu cláusula de não repasse do know-how implícito no seu projeto, de forma que a CNEN e a
AMAZUL não poderão utilizá-lo para construir e vender outros reatores semelhantes.
Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Dotar o país de uma infraestrutura estratégica para o desenvolvimento nacional das atividades do setor nuclear nas áreas de aplicações sociais e de qualificação de materiais usados em atividades nucleares;
Autonomia e autossuficiência do país na produção de radioisótopos para aplicação na saúde, indústria, agricultura e meio ambiente com ênfase na produção do radioisótopo molibdênio-99 para assegurar a produção de geradores de tecnécio-99m, utilizados em mais de 80% dos procedimentos de medicina nuclear;
Capacidade nacional de testes e qualificação, sob irradiação, de combustíveis nucleares para reatores de potência e de propulsão naval, de novos combustíveis e matérias para reatores de pesquisa;
Ampliação da capacidade nacional em pesquisas e em aplicações de técnicas nucleares, disponibilização à comunidade científica de um laboratório de análise por ativação e a criação de um laboratório nacional de pesquisas com feixes de nêutrons, aplicável a várias áreas do conhecimento;
Viabilizar um novo centro tecnológico de pesquisa e de aplicações da área nuclear do país, servindo de polo de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), além de produção de radioisótopos e prestação de serviços; e
Estreitar os laços de cooperação nuclear entre Brasil e Argentina.
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Produção e comercialização, financeiramente viável, do molibdênio-99 e dos demais radioisótopos utilizados na medicina nuclear, na indústria e na agricultura, bem como a prestação de serviços de irradiação, com potencial de geração de fluxo de caixa futuro com graus de liberdade para fazer frente às expectativas de retorno dos investimentos;
Supressão da necessidade de importação de radioisótopos;
Ampliação do número de exames de medicina nuclear, proporcionando uma redução no número de exames complementares, cirurgias e tratamentos quimioterápicos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS); e
Oportunidade para a AMAZUL participar do modelo de gestão da operação eliminando gargalos relacionados ao regime vigente de pessoal, de novas contratações e de gestão da receita gerada.
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Justificar-se junto à sociedade; e
Participar de parcerias estratégicas com produtos e serviços na área nuclear e de desenvolvimento de submarinos e os de interesse do Comando da Marinha.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de projetos que ampliem o uso médico da tecnologia nuclear; e
Contribuir para a construção de reatores nucleares.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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A2. PLANO DE NEGÓCIOS DO RMB (PN-RMB)
Programa
Programa Nuclear Brasileiro (PNB)
Objetivo Principal
Elaboração de Plano de Negócios Autossustentável para o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
Organizações Participantes
Fundação Getúlio Vargas (FGV); e
AMAZUL.
Local de Execução
FGV.
Fase Atual
Elaboração do plano de negócios.
Início: 12/2018;
Previsão de conclusão: 08/2020 (20 meses);
Entregas já realizadas:
o Relatório de consolidação da visão dos principais atores;
o Relatório de consolidação da base do conhecimento; e
o Relatório de análise da gestão da operação.
Próximas entregas:
o Relatório de análise de modelo institucional – 11/2019;
o Relatório de análise de auto sustentabilidade econômico-financeiro – 03/2020;
o Relatório de definição de modelo institucional – 05/2020; e
o Plano de negócios – 07/2020.
Equipe externa: FGV;
Fases Futuras
Não há previsão de fases futuras.
Ações em Execução pela AMAZUL
Revisão e aprovação da documentação entregue.
Fatores Críticos
Obtenção dos recursos financeiros para pagamento dos eventos do contrato.
Riscos
Não obtenção dos recursos financeiros para pagamento dos eventos do contrato.
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Propriedade Intelectual
Toda a propriedade intelectual é da AMAZUL.
Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Diagnóstico do mercado global de radioisótopos e radiofármacos; e
Modelo de operação sustentável para o RMB.
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Extrapolação do modelo de negócios para futuros empreendimentos correlatos.
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Justificar-se junto à sociedade; e
Participar de parcerias estratégicas com produtos e serviços na área nuclear e de desenvolvimento de submarinos e os de interesse do Comando da Marinha.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de projetos que ampliem o uso médico da tecnologia nuclear; e
Contribuir para a construção de reatores nucleares.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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A3. SISTEMA DE GERENCIAMENTO DA PLATAFORMA DO SN-BR (SGP-SNBR)
Programa
Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Objetivo Principal
Contribuir para o desenvolvimento do Sistema de Gerenciamento da plataforma do Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro (SN-BR), responsável por controlar e monitorar os equipamentos e sistemas do submarino, bem como gerenciar informações necessárias à sua condução.
Organizações Participantes
Centro de Desenvolvimento de Submarinos (CDS): Gestão do Projeto, Engenheiros e Técnicos;
Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN): Gestão de Recursos;
AMAZUL: Apoio de Engenheiros e Técnicos, e Gestão de Contratos com empresas parceiras;
Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM): Apoio de Engenheiros e Técnicos no desenvolvimento dos simuladores e ambiente de integração, e desenvolvimento do SIF (Shore Integration Facility);
Brazilian Industrial Company (BIC): Desenvolvimento de software, processadores e consoles (ainda em definição pela NAVAL GROUP e COGESN).
Local de Execução
Centro de Desenvolvimento de Submarinos (CDS).
Histórico do Projeto
Fase A (Projeto Conceitual) e Fase B (Projeto Preliminar): Estas fases fizeram parte de um único contrato da AMAZUL com a antiga empresa MECTRON.
Duração: 11/2014 a 11/2016 (24 meses);
Equipe AMAZUL: 1 coordenador;
Equipe externa: MECTRON (5 engenheiros);
Interfases: Consiste na finalização e verificação do projeto preliminar e na realização de atividades de suporte e consultoria para o início da Fase de Detalhamento do SN-BR.
Duração: 12/2016 a 12/2018 (24 meses);
Equipe AMAZUL: 1 coordenador e 5 engenheiros;
Fase Atual
Primeira etapa do FSGD (First Step of Gradual Development): Fase que antecede a Fase de Detalhamento (Fase C) e que está dividida em duas partes:
Fase C0’: Revisão da documentação e de todas as instalações do submarino.
Fase C1’: Avaliar condições de aquisição de equipamentos e sistemas via RFQ (Request for Quotation) com fornecedores/fabricantes nacionais e estrangeiros. Os dados obtidos servirão para a Fase de Detalhamento.
Previsão de duração: 12 meses
Plano de Negócios 2020
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Previsão de equipe AMAZUL: 1 coordenador;
Previsão de equipe externa: Fundação PATRIA (5 engenheiros para o SGP e 3 engenheiros para o NSSS);
Fases Futuras
Continuação do FSGD (First Step of Gradual Development): Fase que antecede a Fase de Detalhamento (Fase C) e que está dividida em duas partes:
Fase C0’: Revisão da documentação e de todas as instalações do submarino.
Fase C1’: Avaliar condições de aquisição de equipamentos e sistemas via RFQ (Request for Quotation) com fornecedores/fabricantes nacionais e estrangeiros. Os dados obtidos servirão para a Fase de Detalhamento.
Previsão de duração: 24 meses;
Fase C (Detalhamento do SN-BR): Essa fase deverá ser iniciada em 2023, ainda sem previsão de duração, data de conclusão e equipe necessária.
Ações em Execução pela AMAZUL
O desenvolvimento de todas as fases desse projeto está sendo acompanhado pela AMAZUL, por meio reuniões no CDS. A partir de 2019, com a realização de um contrato com a Fundação PÁTRIA, tais reuniões permitirão gerenciar o cronograma físico-financeiro do contrato.
Fatores Críticos
Manutenção dos recursos humanos para o desenvolvimento desse projeto.
Riscos
Contingenciamento de recursos orçamentários levando a redução do escopo do contrato; e
Dificuldade de acesso da equipe ao CTMSP nas primeiras semanas de trabalho.
Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Obtenção de novas tecnologias para o desenvolvimento de sistemas de combate para submarinos;
Agregação de conhecimento e qualificação técnica aos engenheiros envolvidos;
Fomento da Base Industrial de Defesa (BID), capacitando empresas brasileiras no desenvolvimento de projetos; e
Apoio ao Programa de Nacionalização do PROSUB, no que se refere ao Sistema de Combate.
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Realização de prestação de serviços de engenharia na área de sistemas de gerenciamento de plataforma para Marinhas de outros países; e
Promoção de empreendimentos, em outras áreas com projetos de mesmo grau de complexidade, em face do nível de conhecimento obtido pelos engenheiros e técnicos.
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de parcerias estratégicas com produtos e serviços na área nuclear e de desenvolvimento de submarinos e os de interesse do Comando da Marinha.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Atender as demandas do PROSUB
Plano de Negócios 2020
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A4. MOTOR-MANCAL DO DISPOSITIVO DE ASSISTÊNCIA VENTRICULAR – CORAÇÃO DE JATENE (DAV)
Programa
Programa Nuclear Brasileiro (PNB)
Objetivo Principal
Desenvolver, elaborar a documentação de produto e as especificações técnicas de fabricação de um conjunto motor-mancal para aplicação em bombas sanguíneas centrífugas para dispositivos de assistência cardíaca implantáveis.
Organizações Participantes
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC): Apoio Técnico, Requisitos Técnicos e Recursos Necessários;
AMAZUL: Gestão, Engenheiros e Técnicos;
Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP): Coordenação técnica, Engenheiros e Técnicos;
Local de Execução
CTMSP-2;
AMAZUL-Sede; e
IDPC.
Histórico do Projeto
O IDPC deu início ao desenvolvimento de um DAV nomeado “Coração de Jatene” no ano de 2009. Esse DAV implantável funcionaria como uma bomba sanguínea que trabalha em paralelo com o coração debilitado. Em 2011 o IDPC procurou o CTMSP para apoiar o projeto desenvolvendo o motor elétrico, cujo o principal desafio seria apresentar boa eficiência, ser compacto e não aquecer. Até 2015 foram desenvolvidos dois tipos de motores e fabricados protótipos. O IDPC testou os dois e atestou o melhor desempenho do segundo motor. Sem que houvesse novos contatos entre IDPC e CTMSP, o projeto foi interrompido
Fase Atual
Em negociação do Termo de Cooperação entre IDPC e AMAZUL, para a formalização da retomada do projeto.
Em paralelo, as equipes técnicas do IDPC e da AMAZUL já trabalham no desenvolvimento do motor-mancal do Coração de Jatene.
Fase 1 – Fabricação de Protótipos do Motor-Mancal Tipo 2 (o motor-mancal já testado pelo IDPC e que apresentou o melhor desempenho);
Início: 08/2019
Duração (estimada): 9 meses e conclusão prevista em 05/2020;
Equipe AMAZUL: 10 Empregados AMAZUL (EA);
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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Fases Futuras
Fase 2 – Projeto e Fabricação de Protótipos do Motor-Mancal Tipo 3 (melhoramento do Motor Tipo 2 em função dos resultados dos testes da etapa anterior);
Duração (estimada): 12 meses e conclusão prevista em 05/2021;
Equipe AMAZUL: 10 EA;
Fase 3 – Avaliação Comparativa e Seleção do Melhor Motor-Mancal (testes comparativos e seleção entre todos os motores desenvolvidos);
Duração (estimada): 3 meses e conclusão prevista em 08/2021;
Equipe AMAZUL: 6 EA;
Fase 4 – Documentação de Produto e Fabricação do Motor-Mancal Selecionado (elaboração da documentação de produto e das especificações técnicas de fabricação do motor-mancal);
Duração (estimada): 3 meses e conclusão prevista em 12/2021;
Equipe AMAZUL: 8 EA;
Ações em Execução pela AMAZUL
Processo de aprovação do Termo de Cooperação entre AMAZUL e IDPC.
As diretorias de todas as instituições envolvidas no projeto já deram aval para a participação de suas equipes no projeto, através de cooperação que não envolverá transferência de recursos financeiros entre as instituições (IDPC será responsável por arcar com despesas relativas às aquisições do projeto); e
Início das atividades técnicas que não demandam transferência de materiais entre as instituições.
Fatores Críticos
Manutenção das equipes técnicas das instituições envolvidas;
Interação entre as equipes envolvidas no projeto; e
Elaboração clara dos requisitos do projeto, para futuro atendimento dos requisitos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para homologação do produto.
Riscos
Corte nos recursos do IDPC; e
Falta de referência técnica, caso haja evasão de RH nas equipes do CTMSP-2 e do IDPC.
Propriedade Intelectual
Em princípio, toda a propriedade intelectual gerada deverá ser disponibilizada ao IDPC para a fabricação dos motores.
Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Melhoria do atendimento médico à população;
Redução dos gastos públicos em tratamentos cardíacos;
Desenvolvimento tecnológico do país na área médica; e
Aplicação dual de tecnologia desenvolvida no âmbito do Programa Nuclear da Marinha (PNM).
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Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Novas aplicações duais de tecnologias desenvolvidas no âmbito dos programas nuclear e de desenvolvimento de submarinos; e
Novas oportunidades de negócios por meio do conhecimento adquirido nesse empreendimento.
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Justificar-se junto à sociedade.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de projetos que ampliem o uso médico da tecnologia nuclear.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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A5. CENTRAL DE GERAÇÃO NUCLEOELÉTRICA DE ANGRA 1 (ANGRA-1)
Programa
Programa Nuclear Brasileiro (PNB)
Objetivos Principais
Suporte ao projeto de extensão da vida útil de ANGRA-1; e
Suporte à renovação da licença de operação de ANGRA-1.
Organizações Participantes
Eletronuclear; e
AMAZUL.
Local de Execução
Usina de ANGRA-1.
Fase Atual
Fundamentação técnica da renovação da licença de operação da usina, gerando subsídios para documentação a ser encaminhada à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Início: 08/2019;
Previsão de conclusão: 07/2024 (5 anos);
Equipe AMAZUL: 5 Empregados AMAZUL (EA), com aumento gradual até 19 EA;
Equipe externa: 11 funcionários da Fundação PATRIA; e
Fases Futuras
Ainda não há previsão de fases futuras.
Ações em Execução pela AMAZUL
Início das atividades técnicas do projeto na usina de ANGRA-1; e
Preparação para expansão da equipe técnica.
Fatores Críticos
Integração das equipes técnicas da AMAZUL e da Eletronuclear para difusão do conhecimento; e
Cumprimento dos prazos e encerramento do projeto antes do fim da vigência da licença de operação de ANGRA-1.
Riscos
Não atendimento do prazo de renovação da licença de operação de ANGRA-1; e
Evasão de membros das equipes técnicas da AMAZUL e da Eletronuclear no projeto.
Propriedade Intelectual
Não há tratativas de propriedade intelectual.
Plano de Negócios 2020
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Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Capacitação da equipe AMAZUL em manutenção, revitalização e renovação de licenças operacionais de instalações nucleares.
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Atuação futura em projetos de extensão de vida útil e renovação de licença de operação de plantas nucleares.
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de parcerias estratégicas com produtos e serviços na área nuclear e de desenvolvimento de submarinos e os de interesse do Comando da Marinha.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Atender as demandas de geração nucleoelétrica.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
70
A6. CENTRO DE RADIOFARMÁCIA DO IPEN (CR-IPEN)
Programa
Programa Nuclear Brasileiro (PNB)
Objetivos Principais
Projeto de boas práticas para fabricação de radiofármacos no CR-IPEN; e
Registro do projeto junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Organizações Participantes
CR-IPEN; e
AMAZUL.
Local de Execução
CR-IPEN
Histórico do Projeto
Primeiro contrato de Termo de Execução Descentralizada (TED).
Duração: 11/2018 a 06/2019 (7 meses);
Equipe AMAZUL: 14 Empregados AMAZUL (EA); e
Fase Atual
Novo contrato de TED.
Duração: 10/2019 a 08/2025 (71 meses);
Equipe AMAZUL: 20 EA; e
Fases Futuras
Ainda não há previsão de fase futura.
Ações em Execução pela AMAZUL
Retomada dos trabalhos da equipe AMAZUL no CR-IPEN; e
Ampliação da equipe de 14 (quatorze) para 20 (vinte) EA.
Fatores Críticos
Viabilidade financeira do projeto para o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN); e
Integração entre as equipes técnicas da AMAZUL e do CR-IPEN para difusão do conhecimento.
Riscos
Alterações normativas da ANVISA relacionadas à fabricação de radiofármacos.
Propriedade Intelectual
Não há tratativa de propriedade intelectual para esse projeto.
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Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Continuidade da produção e do suprimento de radiofármacos do CR-IPEN para a sociedade; e
Melhoria das práticas de produção de radiofármacos.
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Atuação na operação e controle de qualidade de outros empreendimentos da área nuclear; e
Atuação em centros de produção de radiofármacos.
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Justificar-se junto à sociedade.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de projetos que ampliem o uso médico da tecnologia nuclear.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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A7. PARTICIPAÇÃO NA OBTENÇÃO DO BLOCO 40 DO LABGENE (BLOCO 40-LABGENE)
Programa
Programa Nuclear da Marinha (PNM)
Objetivo Principal
Participação no projeto das estruturas físicas de contenção de radiação do Bloco 40 do LABGENE, onde será instalado o reator nuclear.
Organizações Participantes
Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM);
AMAZUL;
NUCLEP; e
Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP).
Local de Execução
Fabricação dos equipamentos e estruturas na NUCLEP em Itaguaí/RJ; e
Montagem no LABGENE, no CEA, em Iperó/SP.
Histórico do Projeto
A AMAZUL ingressou nesse projeto em outubro de 2019. Não há histórico.
Fase Atual
Preparação para início da execução do projeto das estruturas físicas de contenção de radiação do Bloco 40 do LABGENE com a NUCLEP (fases 1 e 3).
Início: 01/2020;
Conclusão: previsto 08/2023 (44 meses);
Equipe AMAZUL: a ser definido;
Estudos de viabilidade jurídica e técnica para contratação da Itaguaí Construções Navais (ICN) para a realização da montagem eletromecânica de equipamentos internos ao Bloco 40 (fase 2).
Fases Futuras
Contratação de empresa para a realização da montagem eletromecânica de equipamentos internos ao Bloco 40 (fase 2).
Ações em Execução pela AMAZUL
Preparação para início da execução do contrato com a NUCLEP (fases 1 e 3 do projeto); e
Criação de dois Grupos Técnicos para estudos de viabilidade jurídica e técnica para contratação ICN para execução da fase 2 do projeto.
Fatores Críticos
Dispensa de licitação para a contratação da NUCLEP;
Plano de Negócios 2020
73
Obtenção dos benefícios fiscais do Regime Especial de Tributação para a Indústria de Defesa (RETID);
Sincronia do prazo de fabricação e instalação dos equipamentos que serão adquiridos e avanço das demais obras do LABGENE;
Sincronia do prazo das fases 1 e 3 (NUCLEP) com a fase 2 (fornecedor ainda a ser definido);
Monitoramento e controle de prazo, custo e qualidade dos equipamentos que serão adquiridos; e
Integração dos equipamentos com os demais sistemas.
Riscos
Variação de fatores econômicos que alteram o preço dos equipamentos que serão adquiridos (inflação, câmbio, custo das matérias primas e etc.);
Não obtenção dos benefícios tributários do RETID;
Atraso na contratação da empresa responsável pela execução da fase 2 do projeto;
Não cumprimento dos prazos de entrega e instalação dos equipamentos; e
Conflitos de integração de sistemas.
Propriedade Intelectual
A ser definido.
Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Avanço do projeto LABGENE; e
Domínio da tecnologia de estruturas físicas de contenção de radiação de reatores nucleares.
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Participação em projetos futuros de reatores nucleares;
Participação em projetos futuros de estruturas físicas de contenção de radiação;
Participação em projetos futuros de equipamentos estáticos;
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de parcerias estratégicas com produtos e serviços na área nuclear e de desenvolvimento de submarinos e os de interesse do Comando da Marinha.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Contribuir para a construção de reatores nucleares.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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A8. USINA COMERCIAL DE ENRIQUECIMENTO DE URÂNIO (UCEU)
Programa
Programa Nuclear Brasileiro (PNB)
Objetivo Principal
Expansão das instalações físicas e sistemas auxiliares para abrigar e a alimentar as cascatas de enriquecimento de urânio da UCEU.
Organizações Participantes
Indústrias Nucleares do Brasil (INB); e
AMAZUL.
Local de Execução
AMAZUL-Sede.
Histórico do Projeto
A AMAZUL ingressou nesse projeto em novembro de 2019. Não há histórico.
Fase Atual
Em iniciação do projeto da segunda fase de expansão das cascatas de enriquecimento de urânio da UCEU.
Início: 11/2019;
Previsão de conclusão: 12/2020 (14 meses);
Equipe AMAZUL: 42 EA (previsto);
Fases Futuras
Não há previsão de fases futuras.
Ações em Execução pela AMAZUL
Desenvolvimento do projeto de expansão das instalações físicas e sistemas auxiliares para as cascatas de enriquecimento de urânio da UCEU.
Fatores Críticos
Integração das equipes técnicas da AMAZUL e da INB;
Licenciamento da planta; e
Contratação de parte da equipe técnica de elaboração do projeto.
Riscos
Não atendimento do prazo do projeto; e
Complicações no licenciamento da planta
Plano de Negócios 2020
75
Propriedade Intelectual
Ainda não há tratativa de propriedade intelectual nesse projeto.
Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Autossuficiência na produção de combustível nuclear para as usinas nucleoelétricas brasileiras e para o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB);
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Participação em projetos futuros de plantas nucleares;
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de parcerias estratégicas com produtos e serviços na área nuclear e de desenvolvimento de submarinos e os de interesse do Comando da Marinha.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Contribuir para a autonomia na produção de combustível nuclear.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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A9. INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DO LABGENE (IC-LABGENE)
Programa
Programa Nuclear da Marinha (PNM)
Objetivos Principais
Participação nos projetos dos sistemas de instrumentação, controle e proteção da planta nuclear;
Análise do projeto eletromecânico;
Apoio à gestão do projeto; e
Apoio à qualificação do projeto do Elemento Combustível do LABGENE.
Organizações Participantes
Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM);
AMAZUL;
Fundação PATRIA; e
Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP).
Local de Execução
Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) Sede.
Histórico do Projeto
A AMAZUL ingressou recentemente nesse projeto. Não há histórico.
Fase Atual
Preparação para início do projeto.
Período: Início previsto para 12/2019, duração de 12 meses;
Equipe AMAZUL: a ser definido;
Equipe externa: 30 engenheiros e técnicos;
Fases Futuras
Ainda não há previsão de fases futuras.
Ações em Execução pela AMAZUL
Preparação para início do projeto.
Fatores Críticos
Coordenação das equipes;
Integração com as equipes da DDNM; e
Integração com os demais sistemas do LABGENE.
Plano de Negócios 2020
77
Riscos
Dificuldade do acesso da equipe ao CTMSP nas primeiras semanas por questões de segurança; e
Atraso na entrega da documentação a ser elaborada.
Propriedade Intelectual
A ser definido.
Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Avanço do projeto LABGENE; e
Domínio do desenvolvimento de sistemas de instrumentação, controle e proteção de reatores nucleares.
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Participação em projetos futuros de reatores nucleares; e
Participação em projetos futuros de sistemas de instrumentação, controle e proteção de reatores nucleares.
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de parcerias estratégicas com produtos e serviços na área nuclear e de desenvolvimento de submarinos e os de interesse do Comando da Marinha.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Contribuir para a construção de reatores nucleares.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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A10. IMPLANTAÇÃO INTERNA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO (GC)
Programa
Programa Nuclear da Marinha (PNM), Programa Nuclear Brasileiro (PNB) e Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Objetivo Principal
Implantar a Gestão do Conhecimento nas áreas de projeto e desenvolvimento de submarinos e de utilização da tecnologia nuclear.
Organizações Participantes
AMAZUL e organizações parceiras.
Local de Execução
AMAZUL Sede e suas Unidades Operacionais (PNM, PROSUB e PNB).
Histórico do Projeto
Elaboração da metodologia de GC AMAZUL, realizada por equipe própria da AMAZUL em conjunto com consultorias externas.
Implantação do projeto piloto da GC na Unidade de Produção do Hexafluoreto de Urânio (USEXA).
Duração: 07/2016 a 11/2017 (16 meses);
Equipe AMAZUL: 14 Empregados AMAZUL (EA) da AMAZUL-Sede e 12 EA da USEXA;
Implantação da GC na Assessoria de Meio Ambiente do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (AMA).
Duração: 07/2018 a 09/2019 (14 meses);
Equipe AMAZUL: 13 EA da AMAZUL-Sede e 19 EA da AMA;
Fase Atual
Implantação da GC na Coordenadoria do Programa do Ciclo do Combustível Nuclear (DDNM-12).
Início: 07/2018;
Previsão de conclusão: 11/2019 (16 meses);
Equipe AMAZUL: 10 EA;
Equipe externa: 10 empregados do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP);
Fases Futuras
Desenvolvimento, através de parcerias estratégicas, de uma Plataforma Digital para a GC; e
Expansão da implantação da GC às estruturas organizacionais da AMAZUL.
Ações em Execução pela AMAZUL
Monitoramento da GC implantada na USEXA e AMA;
Implantação na Coordenadoria do Programa do Ciclo do Combustível Nuclear (DDNM-12); e
Plano de Negócios 2020
79
Em prospecção de parcerias para buscar e desenvolver soluções tecnológicas para uma plataforma digital de Gestão do Conhecimento. Tratativas iniciadas com o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a empresa Pieracciani.
Fatores Críticos
Manutenção da equipe que compõe o Grupo de GC da AMAZUL.
Riscos
Falta de monitoramento das atividades desenvolvidas nas áreas de aplicação.
Propriedade Intelectual
Ainda não existem tratativas de propriedade intelectual.
Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Conscientização dos empregados da importância da Gestão do Conhecimento; e
Sucesso na Implantação da GC por parte da AMAZUL.
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Atuar como gestor e manutentor do conhecimento mapeado em instituições parceiras.
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de parcerias estratégicas com produtos e serviços na área nuclear e de desenvolvimento de submarinos e os de interesse do Comando da Marinha; e
Consolidar a metodologia de Gestão do Conhecimento como negócio.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Atender às demandas específicas do Comando da Marinha;
Preservar o conhecimento da tecnologia nuclear no país; e
Incentivar a inovação e a gestão do conhecimento no setor nuclear.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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A11. UNIDADE DE TESTES E PREPARAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E TREINAMENTOS (UTT)
Programa
Programa Nuclear Brasileiro (PNB)
Objetivo Principal
Projetos Conceitual e Básico de engenharia; e
Suporte ao Licenciamento da planta;
Organizações Participantes
Indústrias Nucleares do Brasil (INB); e
AMAZUL.
Local de Execução
AMAZUL-Sede.
Histórico do Projeto
O projeto se encontra na primeira fase, não há histórico.
Fase Atual
Projeto Conceitual e Básico suspensos por falta de recursos da INB.
Início: 11/2015;
Suspensão: 06/2019;
Equipe AMAZUL: 8 empregados AMAZUL (EA);
Previsão de conclusão: sem previsão, o projeto se encontra suspenso;
Fases Futuras
Construção e licenciamento da UTT, ainda a ser definido.
Ações em Execução pela AMAZUL
Em negociação para retomada do projeto com a INB; e
Avaliação de redução de escopo do projeto para reequilíbrio econômico-financeiro.
Fatores Críticos
Negociação para retomada do projeto;
Manutenção da equipe que atuava no projeto até o mesmo ser suspenso; e
Licenciamento da planta.
Riscos
Falta de recursos orçamentários;
Desmobilização da equipe do projeto;
Plano de Negócios 2020
81
Não atendimento do prazo de entrega do projeto após a retomada; e
Complicações no licenciamento da planta;
Propriedade Intelectual
Não há tratativa de propriedade intelectual nesse projeto.
Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Obtenção de uma planta autônoma e flexível para o desenvolvimento de sistemas, componentes e materiais para aplicação nas unidades de enriquecimento de urânio da INB.
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Participação em projetos futuros de unidades de testes e plantas nucleares;
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de parcerias estratégicas com produtos e serviços na área nuclear e de desenvolvimento de submarinos e os de interesse do Comando da Marinha.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Contribuir para a autonomia na produção de combustível nuclear.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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A12. CONSULTORIA EXTERNA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO (EXT-GC)
Programa
Programa Nuclear da Marinha (PNM), Programa Nuclear Brasileiro (PNB) e Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Objetivo Principal
C consolidar a metodologia de Gestão de Conhecimento como negócio.
Organizações Participantes
AMAZUL e clientes.
Local de Execução
Sede e filias dos clientes e AMAZUL Sede.
Histórico do Projeto
Ainda sem histórico de consultorias externas de GC.
Fase Atual
Em negociação de parceria para consultoria de implantação da GC na empresa fabricante de blindagens INBRA em caráter de projeto-piloto.
Início: sem previsão;
Duração prevista: 12 meses;
Acordo de confidencialidade já firmado entre as duas instituições;
Equipe AMAZUL: 6 EA; e
Fases Futuras
Consolidar a metodologia de GC como negócio através de um projeto-piloto de consultoria externa de implantação de GC; e
Se posicionar no mercado como uma das referências nacionais em implantação de GC.
Ações em Execução pela AMAZUL
Estruturação da consultoria de implantação externa da GC; e
Negociação de parceria com a INBRA.
Fatores Críticos
Manutenção da equipe que compõe o grupo de GC da AMAZUL.
Riscos
Dificuldade de cumprimento dos prazos na primeira consultoria externa;
Retrabalhos e sobrecustos; e
Evasão de membros da equipe de GC para atuarem diretamente nos clientes.
Plano de Negócios 2020
83
Propriedade Intelectual
Ainda não existem tratativas de propriedade intelectual.
Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Novas receitas; e
Reconhecimento da AMAZUL no mercado.
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Prestação de serviço de consultoria externa de implantação de GC.
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Consolidar a metodologia de Gestão do Conhecimento como negócio.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Preservar o conhecimento da tecnologia nuclear no país; e
Incentivar a inovação e a gestão do conhecimento no setor nuclear.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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A13. CENTRO DE MANUTENÇÃO ESPECIALIZADA DO ESTALEIRO E BASE NAVAL DE ITAGUAÍ (CME-EBN)
Programa
Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Objetivos Principais
Projeto Básico de Engenharia do CEM, verificação dos documentos e o apoio ao licenciamento da planta.
Organizações Participantes
Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM);
Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN);
Diretoria de Desenvolvimento Nuclear da Marinha (DDNM);
Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP); e
AMAZUL.
Local de Execução
A ser definido.
Histórico do Projeto
A DDNM, com apoio de mão de obra da AMAZUL, desenvolveu os projetos civil, de arquitetura e eletromecânico do CME, entre 2014 e 2018. Além disso, emitiu documentos requeridos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) para o licenciamento da planta.
Fase Atual
Negociação para participação do projeto.
Período: ainda sem definição de início e duração prevista de 48 meses;
Equipe AMAZUL: a ser definido;
Equipe externa: a ser definido;
Fases Futuras
Ainda não há previsão de fases futuras.
Ações em Execução pela AMAZUL
Negociação do projeto.
Fatores Críticos
Coordenação das equipes; e
Requisitos de licenciamento da planta.
Plano de Negócios 2020
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Riscos
Atraso na entrega da documentação a ser elaborada.
Propriedade Intelectual
A ser definido.
Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Avanço do PROSUB.
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Participação em projetos futuros de plantas nucleares;
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de parcerias estratégicas com produtos e serviços na área nuclear e de desenvolvimento de submarinos e os de interesse do Comando da Marinha.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Atender as demandas do PROSUB.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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A14. CENTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA NUCLEAR E AMBIENTAL (CENTENA)
Programa
Programa Nuclear Brasileiro (PNB)
Objetivo Principal
Projetos Básico e Detalhado de engenharia do RBMN.
Organizações Participantes
Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN); e
AMAZUL.
Local de Execução
A ser definido.
Histórico do Projeto
Projeto Conceitual, realizado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)/CDTN.
Fase Atual
Cooperação com a CDTN na estruturação do projeto e dos requisitos de segurança radiológica.
Em negociação dos Projetos Básico e Detalhado de engenharia.
Início: a ser definido;
Previsão de conclusão: duração prevista de 12 meses;
Fases Futuras
Construção e comissionamento: a ser definido; e
Operação: a ser definido.
Ações em Execução pela AMAZUL
Em negociação com a CDTN para participação dos Projetos Básico e Detalhado; e
Aguardando a definição do local de implantação do repositório.
Fatores Críticos
Definição do local de implantação do repositório;
Recursos financeiros para o projeto; e
Alocação de equipes qualificadas.
Riscos
Não disponibilização de recursos financeiros; e
Resistência popular e política à implantação do repositório de material radiativo na localidade escolhida.
Plano de Negócios 2020
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Propriedade Intelectual
Ainda não há tratativa de propriedade intelectual nesse projeto.
Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Gerenciamento e armazenamento seguro de rejeitos radiativos;
Aumento da capacidade de armazenamento de rejeitos radiativos no país.
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Participar de futuros projetos de repositórios de materiais controlados;
Atuar na operação e manutenção de estruturas com alto grau de complexidade.
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Justificar-se junto à sociedade.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de projetos que contribuam para o gerenciamento seguro dos rejeitos radioativos.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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A15. COMISSIONAMENTO E MANUAL DE OPERAÇÃO DO LABGENE (CMO-LABGENE)
Programa
Programa Nuclear da Marinha (PNM)
Objetivos Principais
Participação no comissionamento do LABGENE; e
Confecção do Manual de Operação do LABGENE.
Organizações Participantes
Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM);
Diretoria de Desenvolvimento Nuclear da Marinha (DDNM); e
AMAZUL.
Local de Execução
A ser definido.
Histórico do Projeto
A AMAZUL tenta ingressar nesse projeto. Não há histórico.
Fase Atual
Negociação para participação do projeto.
Período: ainda sem definição de início e duração prevista de 24 meses;
Equipe AMAZUL: a ser definido;
Equipe externa: a ser definido;
Fases Futuras
Ainda não há previsão de fases futuras.
Ações em Execução pela AMAZUL
Orçamentação e negociação do projeto.
Fatores Críticos
Integração com as equipes da DDNM; e
Visão sistêmica de toda a operação do LABGENE.
Riscos
Dificuldade de obtenção de informações sobre as interfaces dos sistemas do LABGENE;
Dificuldade do acesso da equipe ao CTMSP nas primeiras semanas por questões de segurança; e
Atraso na entrega da documentação a ser elaborada.
Plano de Negócios 2020
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Propriedade Intelectual
A ser definido.
Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Avanço do projeto LABGENE.
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Participação em projetos futuros de reatores nucleares; e
Participação em projetos futuros de comissionamento de plantas nucleares.
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de parcerias estratégicas com produtos e serviços na área nuclear e de desenvolvimento de submarinos e os de interesse do Comando da Marinha.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Contribuir para a construção de reatores nucleares.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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A16. CENTRAL DE GERAÇÃO NUCLEOELÉTRICA DE ANGRA 3 (ANGRA-3)
Programa
Programa Nuclear Brasileiro (PNB)
Objetivo Principal
Elaboração de projetos para conclusão da construção de ANGRA 3.
Organizações Participantes
Eletronuclear;
AMAZUL; e
Fundação PATRIA.
Local de Execução
A ser definido.
Histórico do Projeto
A AMAZUL tenta ingressar nesse projeto. Não há histórico.
Fase Atual
Negociação para participação do projeto de conclusão de ANGRA-3.
Período: ainda sem definição de início e duração;
Equipes: ainda não definida necessidade de mão de obra;
Fases Futuras
A ser definido, o projeto ainda se encontra em negociação.
Ações em Execução pela AMAZUL
Negociações com a Eletronuclear para participação nos projetos.
Fatores Críticos
A ser definido.
Riscos
A ser definido.
Propriedade Intelectual
A ser definido.
Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Aumento da geração nucleoelétrica no país;
Plano de Negócios 2020
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Aumento da confiabilidade e previsibilidade da geração de energia elétrica na matriz energética brasileira; e
Aumento da geração de energia elétrica através de fontes livres de emissão de CO2.
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Participar de futuros projetos de usinas de geração nucleoelétricas.
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de parcerias estratégicas com produtos e serviços na área nuclear e de desenvolvimento de submarinos e os de interesse do Comando da Marinha.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Contribuir para a construção de reatores nucleares.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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A17. MOTOR DE ÍMÃS PERMANENTES (MIP)
Programa
Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Objetivo Principal
Atender a demanda do Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro (SN-BR), desenvolvendo e fabricando, no país, um motor de ímãs permanentes de terras raras que atenda aos requisitos do Motor Elétrico Principal (MEP) do SN-BR.
Organizações Participantes
AMAZUL: Gestão, Engenheiros e Técnicos;
Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP): Coordenação técnica, Engenheiros e Técnicos;
Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp): Pesquisadores e Engenheiros;
Empresas Parceiras: Engenheiros e Técnicos; e
Organizações Financeiras e Investidores: Recursos Necessários.
Local de Execução
CTMSP; e
Empresas parceiras.
Histórico do Projeto
A AMAZUL, em 2017, começou a apoiar o CTMSP nas negociações de parcerias e prospecção de financiamento do projeto MIP;
O projeto foi estruturado em 2018, em conjunto, pela AMAZUL e pelo CTMSP, prevendo o desenvolvimento do MIP em duas fases: Fase 1 de prova de conceitos e fabricação de protótipo de 1 MW, com duração estimada de 3 anos; e Fase 2 de industrialização e fabricação de um motor cabeça de série de 3,6 MW, com duração estimada de 4 anos;
Os protótipos do motor e do conversor de controle de 1 MW, previstos para a Fase 1, deverão ser desenvolvidos em conjunto pelas equipes da AMAZUL, do CTMSP e consultorias contratadas da USP e da Unicamp; e
Fase Atual
O projeto se encontra aguardando definições da Marinha do Brasil (MB). A MB, por meio do Centro de Desenvolvimento de Submarinos (CDS), negocia com um parceiro industrial a possibilidade de desenvolvimento e fornecimento do MIP dentro de um pacote maior de fornecimento do sistema de propulsão dos seus submarinos. Enquanto essas negociações não forem esgotadas não haverá uma definição de reativação ou cancelamento do projeto MIP;
As parcerias estratégicas com as universidades já foram estabelecidas;
Não foi realizada nenhuma parceria estratégica com um parceiro industrial de grande porte, as tratativas realizadas com a WEG nesse sentido não se concretizaram; e
Plano de Negócios 2020
93
Fases Futuras
Fase 1: Prova de conceitos do motor e do conversor de controle do MIP, através do projeto, fabricações e testes dos protótipos de 1 MW;
Duração (estimada): 3 anos;
Equipe AMAZUL: 5 engenheiros e 2 técnicos;
Fase 2: Industrialização e fabricação de um MIP cabeça de série, através do projeto, fabricação, testes e homologação do motor e do conversor de controle de 3,6 MW;
Duração (estimada): 4 anos;
Equipe AMAZUL (estimada): 5 engenheiros;
Ações em Execução pela AMAZUL
Aguardando definição da reativação ou cancelamento do projeto.
Fatores Críticos
Recursos financeiros necessários para iniciar a execução da Fase 1; e
Disponibilidade da equipe técnica prevista, uma vez que esta poderá ser alocada nos testes e comissionamento do MEP do LABGENE.
Riscos
Corte nos recursos que serão providos; e
Testes dos protótipos da Fase 1 indicarem inviabilidade na operação do MIP de 1 MW ou o avanço para a escala de potência de 3,6 MW.
Propriedade Intelectual
Em princípio, a MB (na figura do CTMSP) e a AMAZUL serão detentoras da tecnologia obtida nesse empreendimento. A proteção de novas tecnologias será feita por meio de manutenção de segredo industrial. A difusão dessas tecnologias na MB e em seus parceiros ocorrerá por meio da Gestão do Conhecimento.
Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Apoio ao Programa de Nacionalização do PROSUB;
Obtenção de inovação e novas tecnologias para o país;
Aumento da qualificação técnica dos engenheiros e técnicos;
Conquista da Independência Tecnológica;
Promoção de arrasto tecnológico (emprego dual) e
Fomento da Base Industrial de Defesa (BID).
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Comercialização do motor para empresas e indústrias de diversos setores, tais como ferroviário, energia eólica, propulsão naval, automobilístico, entre outros; e
Novas oportunidades de negócios por meio do conhecimento adquirido nesse empreendimento.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de parcerias estratégicas nas áreas nuclear, de desenvolvimento de submarinos e de interesse do Comando da Marinha; e
Aprimorar o relacionamento institucional.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Atender as demandas do PROSUB; e
Fomentar a Base Industrial de Defesa e as parcerias.
Plano de Negócios 2020
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A18. SMALL MODULAR REACTOR (SMR)
Programa
Programa Nuclear Brasileiro (PNB)
Objetivo Principal
Desenvolver um SMR com tecnologia nacional.
Organizações Participantes
AMAZUL; e
Parceiros em prospecção.
Local de Execução
A ser definido.
Histórico do Projeto
Projeto em prospecção, ainda sem histórico.
Fase Atual
Levantamento do estado da arte e do estado da técnica atual da tecnologia dos SMR’s no Brasil, prospecção de parceiros, prospecção de linhas de financiamento e definição de escopo de trabalho.
Fases Futuras
Estruturação do projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), estimativa dos recursos necessários (financeiros e humanos), identificação dos parceiros chave, definição da linha de financiamento a ser buscada.
Ações em Execução pela AMAZUL
Levantamento do estado da arte e do estado da técnica atual da tecnologia dos SMR’s no Brasil; e
Prospecção de parceiros e linhas de financiamento.
Fatores Críticos
Firmar parcerias estratégicas; e
Identificar agências de fomento interessadas no tema.
Riscos
Inviabilidade técnica no desenvolvimento da nova tecnologia; e
Complicações no licenciamento de um reator nuclear.
Propriedade Intelectual
A ser definido.
Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Avanço na tecnologia de reatores nucleares com tecnologia nacional;
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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Possibilidade de aplicação de reatores nucleares para o abastecimento de plantas industriais e equipamentos que possuem alto consumo energético; e
Possibilidade de geração de energia elétrica em áreas remotas sem emissão de CO2.
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Aplicação de SMR em plantas e equipamentos de dessalinização, pequenas centrais de geração de energia elétrica, áreas remotas, plantas offshore e embarcações; e
Participação em projetos futuros de desenvolvimento de reatores nucleares.
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de parcerias estratégicas com produtos e serviços na área nuclear e de desenvolvimento de submarinos e os de interesse do Comando da Marinha.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Atender as demandas de geração nucleoelétrica; e
Contribuir para a construção de reatores nucleares.
Plano de Negócios 2020
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A19. IRRADIADORES (IRD)
Programa
Programa Nuclear Brasileiro (PNB)
Objetivo Principal
Desenvolver irradiadores com tecnologia nacional.
Organizações Participantes
AMAZUL; e
Parceiros em prospecção.
Local de Execução
A ser definido.
Histórico do Projeto
Projeto em prospecção, ainda sem histórico.
Fase Atual
Levantamento do estado da arte e do estado da técnica atual da tecnologia de irradiadores no Brasil, prospecção de parceiros, prospecção de linhas de financiamento e definição de escopo de trabalho.
Fases Futuras
Estruturação do projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), estimativa dos recursos necessários (financeiros e humanos), identificação dos parceiros chave, definição da linha de financiamento a ser buscada.
Ações em Execução pela AMAZUL
Levantamento do estado da arte e do estado da técnica atual da tecnologia dos irradiadores no Brasil; e
Prospecção de parceiros e linhas de financiamento.
Fatores Críticos
Firmar parcerias estratégicas; e
Identificar agências de fomento interessadas no tema.
Riscos
Inviabilidade financeira; e
Complicações no licenciamento radiológico.
Propriedade Intelectual
A ser definido.
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Disponibilização de centros comerciais de irradiação no país; e
Uso da irradiação para a conservação alimentos, esterilização de materiais, aplicação de marcadores radiativos para rastreabilidade, reticulação polimérica de revestimentos de cabos elétricos e preservação de patrimônio histórico e cultural.
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Participação de projetos futuros de centros de irradiação; e
Uso da irradiação em diversas aplicações comerciais;
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Justificar-se junto à sociedade.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de projetos que ampliem o uso médico da tecnologia nuclear; e
Aplicar a tecnologia nuclear na conservação de alimentos.
Plano de Negócios 2020
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A20. SISTEMA DE COMBATE DO SN-BR (SC-SNBR)
Programa
Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Objetivo Principal
Desenvolver o Sistema de Combate para o Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro (SN-BR), responsável pelo sistema de armas do submarino.
Organizações Participantes
Centro de Desenvolvimento de Submarinos (CDS);
Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN);
AMAZUL; e
Fundação EZUTE.
Local de Execução
Centro de Desenvolvimento de Submarinos (CDS).
Histórico do Projeto
Fases A e B (Projeto Conceitual e Projeto Preliminar) executados juntamente com a Fundação EZUTE.
Duração: 11/2015 a 11/2016 (12 meses);
Equipe AMAZUL: 1 engenheiro e 1 técnico;
Equipe externa: Fundação EZUTE 2 engenheiros;
Interfases: Consiste na finalização e verificação do projeto preliminar e na realização de atividades de suporte e consultoria para o início da Fase de Detalhamento do SN-BR.
Duração: 11/2016 a 01/2019 (26 meses);
Equipe AMAZUL: 1 engenheiro e 1 técnico;
Equipe externa: Fundação EZUTE 4 engenheiros;
Fase Atual
Aguardando a próxima etapa do projeto.
Fases Futuras
FSGD (First Step of Gradual Development): Fase que antecede a Fase de Detalhamento (Fase C) e que está dividida em duas partes:
Fase C0’: Revisão da documentação e de todas as instalações do submarino.
Fase C1’: Avaliar condições de aquisição de equipamentos e sistemas via RFQ (Request for Quotation) com fornecedores/fabricantes nacionais e estrangeiros. Os dados obtidos servirão para a Fase de Detalhamento.
Previsão de duração: a ser definida;
Previsão de equipe AMAZUL: a ser definida;
AMAZUL Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.
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Previsão de equipe externa: provável participação da Fundação EZUTE;
Fase C: Detalhamento. Em princípio, a contratação da Fundação EZUTE, como uma BIC, ficará a cargo da NAVAL GROUP (antiga DCNS) a qual gerenciará essa fase do desenvolvimento. Essa fase ainda não tem seu início previsto, a previsão de prazo é de 4 anos.
Força de Trabalho
Estão envolvidos nesse projeto engenheiros do Centro de Desenvolvimento de Submarinos (CDS), incluindo a AMAZUL e a Fundação EZUTE, todos realizando suas atividades no CDS.
Ações em Execução pela AMAZUL
Aguardando a próxima etapa do projeto e mantendo contato com a equipe do CDS e da Fundação EZUTE.
Fatores Críticos
Uma vez que o esforço principal para o desenvolvimento desse projeto encontra-se com o CDS e a AMAZUL, e a participação no empreendimento por parte da Fundação EZUTE é pequena, não há situações pelas quais o projeto possa ser comprometido.
Riscos
A indisponibilidade da participação da Fundação EZUTE nas fases seguintes, por quaisquer motivos, causará a necessidade de localizar uma nova BIC para participar do empreendimento.
Propriedade Intelectual
A propriedade intelectual é do CDS.
Benefícios e Ganhos Tecnológicos
Obtenção de novas tecnologias para o desenvolvimento de sistemas de combate para submarinos;
Agregação de conhecimento e qualificação técnica aos engenheiros envolvidos;
Fomento da Base Industrial de Defesa (BID), capacitando empresas brasileiras no desenvolvimento de projetos e
Apoio ao Programa de Nacionalização do PROSUB, no que se refere ao Sistema de Combate.
Oportunidade de Negócios e Setores de Aplicação
Realização de prestação de serviços de engenharia na área de sistemas de combate, ou similares, para Marinhas de outros países e
Promoção de empreendimentos, em outras áreas com projetos de mesmo grau de complexidade, em face do nível de conhecimento obtido pelos engenheiros e técnicos.
Aderência aos Objetivos Estratégicos do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Participar de parcerias estratégicas com produtos e serviços na área nuclear e de desenvolvimento de submarinos e os de interesse do Comando da Marinha.
Aderência aos Objetivos de Contribuição do Planejamento Estratégico da AMAZUL
Atender as demandas do PROSUB
Tecnologia Nacional em Benefício da Sociedade