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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PLANO DE TRABALHO DE AUDITORIA PARA A CONTA
INVESTIMENTOS
Por Rosilda Maria Macedo de Oliveira Caetano
Orientador
Professor Sergio Majerowicz
Rio de Janeiro
Janeiro/2011
2
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Apresentação de monografia à Universidade Cândido
Mendes como requisito parcial para obtenção do grau
de especialista em Controladoria e Auditoria
Por Rosilda Maria Macedo de Oliveira Caetano
3
RESUMO
O trabalho foi desenvolvido para elaborar um plano de auditoria da conta
investimentos presente nas demonstrações financeiras das empresas
auditadas.
O propósito deste trabalho é confirmar a hipótese de que o plano de
auditoria da conta investimentos é essencial para encontrar as evidências das
boas e más práticas de registros das transações das empresas.
O objetivos geral de conhecer eventos, conceitos e riscos inerentes as
transações de investimentos das organizações empresariais; entendimento
sobre as atividades de risco do trabalho de auditor para o item investimentos e
elaboração de um plano de auditoria também foi alcançado.
Portanto, a bibliografia utilizada foi de fundamental importância e
suficiência para o desenvolvimento da pesquisa.
4
METODOLOGIA
Este trabalho trata de uma pesquisa bibliográfica. Os principais autores
utilizados na realização deste trabalho foram Boynton, William C.; Johnson,
Raymond N. e Kell, Walter G., especificadamente no livro intitulado Auditoria,
editado pela editoria Atlas em 2002, em São Paulo.
5
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 6
CAPÍTULO I 8
CAPÍTULO II 13
CAPÍTULO III 23
CONCLUSÃO 35
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 37
ÍNDICE 38
FOLHA DE AVALIAÇÃO 40
6
INTRODUÇÃO
O objetivo desta monografia é elaborar um Plano de auditoria para a
conta Investimentos. Para alcançar tal objetivo é necessário conhecer a
importância dos procedimentos dos trabalhos de auditoria.
Em uma instituição, o papel do auditor externo, isto é, aquele que não
tem vínculo com a empresa contratante, é expressar uma opinião sobre as
demonstrações financeiras, no sentido de que estão de acordo com os
princípios contábeis geralmente aceitos. As verificações realizadas em
documentos, transações e registros contábeis embasam o processo de
julgamento. A apresentação correta das diversas contas presentes nas
demonstrações financeiras é um reflexo de procedimentos adequados, bem
fundamentados que confortam o usuário das informações das Demonstrações
contábeis, sejam fornecedores, financiadores, investidores ou quaisquer outras
relações que empresa mantiver.
No caso de perceber distorções entre o registros e documentos,
primeiro se atribui uma classificação de relevância e do risco da auditoria, ou
seja se o problema encontrado compromete a empresa e se a falta de
importância oferecida ao caso compromete o trabalho do auditor.
Para um bom desenvolvimento dos trabalhos de auditoria é conveniente
que o profissional auditor tenha um entendimento do negócio a ser auditado,
como também dos eventos e transações que naturalmente refletem nas
Demonstrações Financeiras.
Considerando que a questão central do trabalho é encontrar um bom
formato para o Planejamento de Auditoria da conta Investimentos das
empresas, foi destacado como norte a seguinte pergunta:
• como auditar a conta Investimentos presente nas Demonstrações
Financeiras das empresas?
7
Esta monografia tem o objetivo de apresentar um plano de trabalho de
auditoria para conta INVESTIMENTOS das Demonstrações Financeiras,
conhecendo eventos, conceitos e riscos inerentes às transações. Por isso, foi
destacado um capítulo para conceituar os documentos geralmente examinados
pelo profissional auditor, como também foram pontuados conhecimentos
básicos presentes na prática rotineira da auditoria para melhor compreender o
plano elaborado, apresentado no último capítulo.
8
CAPÍTULO I
PROGRAMA DE AUDITORIA
Todo e qualquer trabalho desenvolvido pelo profissional auditor segue
um programa para atender aos objetivos da auditoria. A proposta do
profissional auditor para com a organização contratante é embasada na
natureza, extensão e época de realização dos trabalhos.
Sobre o programa destacamos o seguinte conceito:
“A estratégia de auditoria geralmente balanceia os
procedimentos entre (1) obtenções de entendimento do
negócio e dos controles internos do cliente e comparação
dos saldos reais de contas com os esperados, e entre (2)
testes de controles e testes substantivos.”
(Boynton; Johson y Kell, 2002, página 216)
Na auditoria, o procedimento de revisão analítica é aplicado para
comparar um resultado apresentado em algum item com levantamentos
apurados de forma paralela, envolvendo formas alternativas para levantar os
dados, ou comparações com resultados de outras empresas, destacados como
índices de um setor no mercado.
As tarefas abaixo são exemplos de procedimentos de revisão:
1. verificar se os cálculos de investimentos foram desenvolvidos de forma
adequada;
2. observar o resultado dos investimentos da empresa quanto a escolhas de
bons investimentos sem vínculos pessoais;
9
3. a quantidade de empregados registrados está correta em relação ao
número de funcionários existentes.
Podem ser aplicadas outras formas de verificações, como é o caso dos
testes.
1.1 Testes
Os testes são procedimentos de verificações para:
• entender o negócio e o setor;
• avaliar a razoabilidade dos saldos apresentados nas Demonstrações
Contábeis, revendo analiticamente os detalhes nas transações e saldos;
• certificar sobre a eficácia e estrutura dos controles internos.
Assim, os controles administrativos, manuais ou da tecnologia da
informação já existentes na empresa podem passar por verificações.
Como exemplo de conhecimento do negócio de uma auditoria do Ativo
Imobiizado, segundo Boynton; Raymond y Kell (2002), auditor poderia iniciar
com os seguintes questionamentos:
“Quais ativos são necessários para as operações da
entidade e quais são os planos de longo prazo da
administração para o crescimento da correspondente
base de ativos?
Quais ativos foram adquiridos,vendidos ou baixados
durante o período?
10
Como os ativos adquiridos tem sido financiados e quais
são os planos de longo prazo da administração para o
financiamento do crescimento da entidade?” (p. 707)
Os testes são realizados com a observação dos fatos, verificação de
documentos, reexecução de tarefas, questionários.
1.2 Riscos da Profissão de Auditor
Risco de informação acontece quando existem incorreções nas
demonstrações contábeis.
A auditoria busca oferecer segurança sobre o contido nas
demonstrações contábeis. Sua limitação é não garantir totalmente os saldos
demonstrados já que trabalha com amostras dos eventos e processos
separados por relevância. Esta fragilidade é percebida pela impossibilidade de
examinar todos os saldos de contas e transações. Assim, o profissional auditor
submete-se aos riscos de sua profissão entendidos como:
• Risco Inerente – são possibilidades de erros pela complexidade que alguns
itens das operações apresentam. Os controles e verificações permanentes
auxiliam na mitigação deste risco.
• Risco de Controle – são resultados não esperados causados por erros ou
classificações indevidas que provocaram distorções no resultado de algum
item ou informação.
• Risco de Detecção – são erros não encontrados nos procedimentos e
verificações das amostras selecionadas.
Observemos Boynton; Johson y Kell (2002):
11
“Finalmente, o conceito de risco de auditoria é consistente
com o fato de que a auditoria é desenhada para fornecer
segurança razoável, não segurança absoluta, de que as
demonstrações contábeis não contenham erros ou
classificações indevidas materiais. A auditoria não garante
que as demonstrações contábeis não contenham erros ou
classificações indevidas materiais.” (p. 183)
1.3 Tratamento das Evidências Encontradas pelo Auditor
O resultado das verificações realizadas pelo auditor servirá de base para
emitir o parecer final. O embasamento do profissional será nas evidências
encontradas. Destaca-se a importância do material analisado ser suficiente em
volume e confiança para os objetivos da auditoria. Neste sentido, Boynton,
Johson y Kell (2002), esclarece:
“Relevância significa que a evidência deve ter pertinência
com o objetivo do auditor, (...).Quando o auditor obtem
evidência irrelevante ou quando ele não entende
completamente a substância econômica revelada na
evidência, custo e tempo desnecessários são gastos.”
(p.185)
Os documentos examinados podem conter evidências documentárias
quanto a autenticidade, enquanto que a verificação da existência e estado dos
bens tangíveis são avaliadores da existência física.
O profissional auditor planeja o trabalho de forma a encontrar nas
demonstrações contábeis as evidências descendentes dos negócios
comparando resultados obtidos entre organizações originados da mesma
proposta. Também podem planejar a auditoria ascendente ou inerente ao
negócio.
12
Segundo Boynton; Johson y Kell (2002), a distinção entre as evidências
descendente e ascendente está no foco do trabalho desenvolvido. Em se
tratando de entendimento do negócio e da indústria, nos objetivos e nas metas
da administração, em como a administração utiliza seus recursos para atingir
tais objetivos e metas, na vantagem competitiva que a organização tem no
mercado em que atua, em seus principais processos e em se lucro e fluxo de
caixa, a evidência é ascendente. O procedimento focalizado é a realização de
testes de transações, saldos e da tecnologia da informação. Já os
procedimentos descendentes ajudam o auditor a diagnosticar aéreas de
auditoria que necessitam de atenção adicional. Geralmente, o auditor
desenvolve uma estratégia de auditoria que combina evidência descendente e
ascendente.
1.4 Papéis de Trabalho A documentação das evidências de auditoria é inserida em papéis de trabalho. Neles ficam registrados os procedimentos, testes realizados, informações obtidas e as conclusões que o auditor chegava a medida em que realizava o trabalho. Os papéis de trabalho representam a fonte para a emissão do parecer do auditor. 1.5 Parecer do Auditor O parecer do auditor é o documento conclusivo dos trabalhos de auditoria. Representa a opinião do profissional quanto aos aspectos relevantes observados, bem como sobre a veracidade da posição financeira e patrimonial, resultado das operações e fluxos de caixa da empresa auditada.
13
CAPÍTULO II
VISÃO ABRANGENTE DO MERCADO DE CAPITAIS
O conhecimento sobre a matéria analisada pelo auditor é um facilitador
para elaboração de um plano de auditoria. Assim, para melhor compreender os
documentos e situações inerentes ao mercado de capitais, primeiramente
vamos conceituá-lo, segundo (Pinheiro, 2009 - 5ª edição), página 174
“O mercado de capitais pode ser definido conjunto de
instituições e de instrumentos que negociam com títulos e
valores mobiliários, objetivando a canalização dos
recursos dos agentes compradores para os agentes
vendedores. Ou seja, o mercado de capitais representa
um sistema de distribuição de valores mobiliários que tem
o propósito de viabilizar a capitalização das empresas e
dar liquidez aos títulos emitidos por elas.(...)”
2.1 Títulos de Investimentos
Dá-se o nome de investimentos a aplicação do excedente de
disponibilidade em títulos e valores mobiliários.
As empresas financiam suas atividades com capital próprio ou de
terceiros. Os recursos internos, que já são de sua propriedade, são aqueles
advindos dos lucros retidos, desmobilização, aumento de capital. Optando por
captações externas, a empresa pode obter empréstimos, compras a prazo e
negociar títulos de investimentos no mercado de capitais. A lista abaixo
representa os principais títulos negociados na opinião de (Pinheiro, 2009 - 5ª
edição), pág. 191:
“No mercado de capitais brasileiro, são negociados
diversos títulos, como:
14
• debêntures (conversíveis ou não em ações);
• notas promissórias comerciais (commercial papers);
• bônus de subscrição;
• certificados de depósito de valores mobiliários;
• opções de compra e venda de valores mobiliários;
• direitos de subscrição;
• recibos de subscrição;
• quotas de fundos imobiliários;
• certificados de investimento audiovisual;
• contrato de parceria para a engorda de animais;
• certificados representativos de contratos mercantis de
compra e venda a termo de energia elétrica;
• depositary receipts (recibos de depósitos), instrumento
utilizado na colocação de ações de companhias
brasileiras no exterior; e
• certificados de recebíveis imobiliários (CRI).
Com o objetivo de melhor compreensão sobre os documentos que serão
examinados pelo auditor, os títulos serão caracterizados na mesma ordem da
lista acima.
2.1.1 Debêntures
Debêntures são títulos de valores mobiliários adquiridos de uma
sociedade por ações de capital aberto ou fechado. As instituições ofertantes
15
destes títulos tem a finalidade de captar recursos destinados, geralmente, ao
financiamento de projetos de investimento ou quitar dívidas. Para o investidor,
o título é reembolsável ao final de um período pré-determinado, tem como
garantia os ativos da empresa emissora e possui remuneração de juros.
2.1.2 Notas Promissórias
Estes títulos são investimentos de curto prazo para o adquirente com
rentabilidade pré-fixada. Representa para a empresa que ofereceu os títulos
uma captação de capital de giro. É possível renegociá-lo no mercado para
outrem que não o emissor.
2.1.3 Bônus de subscrição
São títulos adquiridos de uma empresa, cujo estatuto lhe permitia
subscrever ações. É um direito do acionista a ser exercido em um prazo pré
determinado junto a empresa ofertante das novas ações. Apresentando o título
o investidor recebe o valor de emissão da ação. Se, no entanto, estiver fora do
prazo, perde seu direito sem restituição do valor pago.
Certificados de Depósito de Valores Mobiliários
• certificados de depósito de valores mobiliários;
• direitos de subscrição;
• recibos de subscrição;
2.1.4 Opções de compra e venda de valores mobiliários
A opção de compra e venda de valores mobiliários são títulos
derivativos, isto é, seus títulos originais são aqueles relacionados por na folha
10, retro. As formalizações negociais são através de contratos denominados:
Contrato a Termo, Contrato Futuro, Swaps, Contrato de Opções.
16
O Contrato a Termo é um instrumento particular de compra e venda de
ativos ou mercadorias entre duas empresas, onde uma assume obrigação de
vender enquanto a outra assume a obrigação de comprar em data futura,
declarada, por um preço estabelecido, quando se dará entrega do ativo e
liquidação do contrato.
Assim, no momento contratado, se busca eliminar risco de variação de
preços futuros, todavia o risco permanece para a data do vencimento da
operação.
Contrato Futuro é um instrumento negociado em bolsa de valores que
tem como objetivo proteger-se dos efeitos negativos de variações de preços
(hedge) e ou especulação. É considerado uma evolução do Contrato a Termo
por ser negociado em bolsa, portanto com divulgação do interesse a um grande
número de participantes. Além disso a liquidação do contrato pode ser por uma
liquidação financeira (diferença entre o valor de compra e venda), isto é não há
obrigatoriedade de entrega do ativo do contrato. Outro interesse por esta
proteção, headge, se dá pela possibilidade de ajuste diário, reduzindo os riscos
no vencimento.
SWAP é um instrumento privado que pessoas físicas ou jurídicas
utilizam para intercambiar a variação de um valor base, estipulado, com a
aplicação de um determinado índice de correção. O acordo em forma de swap
não transfere dívida nem outra obrigação do contrato original, simplesmente
especula a variação financeira de uma moeda, taxa ou mercadoria constante
neste contrato.
O contrato por opção é um instrumento em que figuram um comprador,
titular da operação e um vendedor, chamado de lançador da opção. O
comprador adquire o direito, e não obrigação, de comprar os ativos ou
mercadorias lançadas em data certa por preço acordado, mediante pagamento
de um valor, denominado prêmio, ao vendedor da opção que passa a ter
obrigação de vender conforme acordado.
17
Resumindo as divergências entre os contratos a termo e futuro, com
base Iudícibus; Martins e Gelbcke (2002) foram comparadas conforme abaixo:
• O contrato futuro é protegido contra as variações nos preços e
especulação, havendo ou não transferência das mercadorias.
O contrato a termo é protegido contra a variação do preço com entrega
do produto contratado.
• O contrato futuro pode ser negociado antes do vencimento.
O contrato a termo não pode ser negociado.
• O contrato futuro é de responsabilidade da Câmara de Compensação e
a forma é estabelecida pela Bolsa de Futuros.
O contrato a termo é de responsabilidade das partes contratantes que
também o são em relação a qualidade e quantidade estabelecidas.
• O local para negociação do contrato futuro é a Bolsa de futuros.
Os contratantes escolhem o local para negociação no contrato a termo.
• As garantias são obrigatórias no contrato futuro.
No contrato a termo pode exisitir ou não as garantias.
• Os vencimentos são estabelecidos pela Bolsa de Futuros no contrato
futuro.
Os vencimentos são negociados entre as partes no contrato a termo.
• No contrato futuro podem participar qualquer pessoa física ou jurídica.
Não importa se o porte do contratante é pequeno, médio ou grande.
No contrato a termo somente os produtores ou consumidores podem
participar. O participante é de grande porte.
18
• No contrato futuro não é necessário dar comprovação de boa situação
creditícia.
É exigido alto padrão de crédito.
• Os ajustes são diários no contrato futuro.
Os ajustes do contrato a termo ocorrem somente no vencimento.
2.1.5 Fundos de Investimento
Segundo Bruni (2009) o investidor aplica recurso através de aquisição
de cotas. As regras de funcionamento dos fundos são ditadas e
acompanhadas pela CVM. Os investidores de um fundo formam um
condomínio que possuem características próprias. O documento firmado é o
Termo de adesão dos fundos de investimentos. Os fundos podem ser:
1. Abertos: quando é permitida há a entrada e saída de cotistas, porém
sem direito de transferir ou ceder as cotas.
2. Fechados: são formados por um grupo específico de investidores,
geralmente vinculado a um empreendimento, que se obrigam a permanecerem
até alcançarem a meta pré-estabelecida.Por isso não podem resgatar seus
investimentos antes da meta do empreendimento, contudo é permitido a
transferência de cotas por meio de documento em cartório, bolsa de valores e
de mercado de balcão organizado.
3. Exclusivos: as cotas são de um único cotista.
• certificado de investimento audiovisual;
• contrato de parceria para a engorda de animais;
• certificado representativo de contrato mercantil de compra e venda a termo
de energia elétrica;
19
• depositary receipts (recibos de depósitos), instrumento utilizado na
colocação de ações de companhias brasileiras no exterior; e
• certificado de recebíveis imobiliários (CRI).
2.1.6 Ações
As ações são títulos representativos de uma fração do capital de uma
empresa. No caso deste trabalho, o foco é a compra de ações, pois sensibiliza
a conta Investimentos. Observemos os esclarecimentos que (Pinheiro, 2009 –
5ª edição) Pág. 179 oferece:
“Quando uma empresa precisa fortalecer sua base de
capital próprio, nem sempre os atuais acionistas são
capazes de subscrever as ações de uma nova emissão.
Nesse caso, é preciso que mais gente se associe àquela
empresa. Diante desta necessidade, surge o prestador de
serviço financeiro que converterá os poupadores em
investidores por meio da operação de underwriting no
mercado primário de ações.”
Desta forma, a empresa investidora participa como sócia na qualidade
de acionista, podendo ou não ter o direito de voto ou controle, conforme o
percentual de sua participação.
As ações são títulos de renda variável. O capital investido em ações é
remunerado através das seguintes formas:
a) dividendos- corresponde a distribuição obrigatória dos lucros das
sociedades anônima. O percentual é previamente definido em seus estatutos;
b) bonificações – corresponde ao aumento da participação nas empresas
na qual figura como investidor, pelo aumento do capital social quando este se
dá pela incorporação de reservas e lucros ao capital.
20
c) juros sobre o capital próprio – é o ganho do acionista sobre seu capital
investido;
d) split – como as bonificações também é um aumento da participação da
empresa, porém constitui um desdobramento do capital em maior número de
ações;
e) inplit – é o inverso do split,pois condensa o capital em um número menor
de ações. O valor da ação é aumentado.
2.2 Riscos de Investimentos
O risco é uma possibilidade de um resultado diferente do esperado e em
que geralmente as probabilidades de ocorrência dos múltiplos resultados
possíveis são conhecidas.
Bruni (2009) alerta:
“(...) A relação entre risco, retorno e liquidez das
diferentes alternativas nunca podem ser esquecida.
Quanto menor o prazo disponível para aplicação dos
recursos ou quanto menor o nível de tolerância ao risco,
mais conservadora e com maior liquidez deverá ser
alternativa de investimento sugerida. Por outro lado,
investidores com prazos maiores e com maiores níveis de
tolerância ao risco, podem colocar seus recursos em
alternativas mais arrojadas, com maior risco, mas que
oferecem maior perspectiva de rentabilidade futura.”
2.2.1 Risco do Investidor
De uma forma geral, quanto maior o retorno de uma aplicação
financeira, maior o risco a ela associada.
21
A diversificação dos investimentos é o principal atenuante para redução
do risco incorrido. Por meio desta prudência investidores podem reduzir
substancialmente os riscos, sem necessariamente, sacrificarem os retornos a
eles associados. Existem alguns componentes de risco, que afetam ativos e
que não costumam ser eliminados por diversificação. A conceituação de tais
riscos para Bruni (2009) é
“4.3.4.1 Risco sistemático e não sistemático
O risco não sistemático corresponde a uma parcela de
investimentos que são eliminados pela diversificação. A
outra parcela que não se reduz forma o risco sistemático.
“Como o risco não sistemático é eliminável pela
diversificação, a única parcela do risco a ser remunerada
pelos mercados financeiros seria a parcela sistemática do
risco.” (p.118 e 119)
Os principais riscos do investidor são: risco de mercado, crédito e
liquidez .
2.2.1.1 Principais Riscos do Investidor
Risco de mercado é aquele que influencia negativamente o
comportamento do preço do investimento realizado devido as flutuações do
câmbio, juros, ações e mercadorias. O investidor deve acompanhar e
quantificar os impactos das alterações dos preços de seus investimentos.
As mudanças no cenário macroeconômico mundial, riscos geopolíticos
específicos de cada país investido, questões legais, regulatórias e tributárias
específicas de um país afetam o mercado. (Bruni, 2009 - 2ª edição), pág. 113
discorre:
“A crescente integração dos mercados financeiros
mundiais provocou a necessidade da compreensão dos
22
risco de mercado associado a fatores externos,como
mudanças no cenário macroeconômico mundial,
oscilações na taxa de câmbio e mesmo impactos
decorrentes de mudanças legais, regulatórias e tributárias
específicas de um determinado país. Em função de
eventos não planejados, fluxos de investimentos de curto
prazo podem se mover em grandes velocidades,
provocando oscilações simultâneas em muitos países. De
uma forma recente, pode-se perceber tais efeitos
associados à crise do mercado de hipotecas imobiliárias
dos Estados Unidos. A ameaça de recessão na economia
norte-americana provocou fortes oscilações nos mercados
de todo o mundo.”
2.3 Risco de Crédito
O risco de crédito está relacionado a possíveis perdas de investimentos
que poderão não ser recebidos. A título de exemplo, este risco existe no caso
da falência de uma empresa emissora de debêntures, já que os investidores
sofrerão perdas financeiras associadas ao risco de crédito. A deterioração do
crédito pode provocar perdas, ainda que a situação de inadimplência não tenha
se verificado de fato.
2.3.1 Risco de Liquidez
O risco de liquidez pode ser definido como o risco de perdas devido à
incapacidade de se desfazer rapidamente um investimento ou obter
financiamento, devido às condições de mercado.
23
CAPÍTULO III
PLANO DE TRABALHO PARA A CONTA
INVESTIMENTOS
O plano de trabalho é imprescindível para a profissão do auditor.
A conta Investimentos figura nas Demonstrações Financeiras no
grupamento do Ativo não Circulante. No ativo, por força da Lei 6404/76, artigo
178, as contas são organizadas em ordem decrescente de Liquidez.
A compreensão dos itens e subitens de Investimentos, enquanto
negócios do cliente, pode ser através de análise da documentação pertinente;
no entendimento dos ciclos dos investimentos e verificação de saldos,
utilizando as ferramentas de testes e revisão analítica. Com base em Boynton;
Johson y Kell, (2002), o item 3.1, abaixo, oferece um norte para desenvolver
os trabalhos com os itens verificáveis de Investimentos.
3.1 Plano de Trabalho - conhecimento do negócio
A lista dos títulos abaixo contem os documentos a serem examinados.
Vale salientar que o aviso de negociação é o principal documento para
esclarecer o preço e quantidade dos títulos envolvidos.
3.1.1 Título: Ações
3.1.1.1 Documento: Certificado de ações; Certificado de bônus.
Verificação : Confirmar a quantidade de ações.
3.1.1.2 Documento: Escritura de lançamento de bônus.
24
Verificação: Confirmar a quantidade de bônus e reconhecer os
termos de lançamento de bônus.
3.1.2 Título: Certificado de Depósito Bancário
3.1.2.1 Documento : Aviso de negociação
Verificação: Observar os valores e a contabilização.
3.1.3 Título:Debêntures
3.1.3.1 Documento: Aviso de negociação
3.1.3.2 Documento: Extrato de corretora de títulos
Verificação: Observar valores, quantidades, guarda.
3.1.4 Título:Depósitos a Prazo Fixo
3.1.4.1 Documento: Aviso de negociação;
3.1.4.2 Documento: Extrato do investimento
Verificação: Observar os valores
3.1.5 Investimento em Fundo de Investimento de Renda Fixa ou Variável
3.1.5.1 Documento: Autorizações da administração para compra e venda
de títulos
3.1.5.1.2 Documento: Extrato do investimento
Verificação: Observar os valores e quantidades
3.1.6 Investimento emFundos de aplicação Imediata;
3.1.6.1 Documento: Autorizações da administração para compra e venda
de títulos
25
3.1.6.2 Documento: Extrato do investimento
Verificação: Observar os valores e quantidades
3.1.7 Investimento em Letras Câmbio
3.1.7.1 Documento: Extrato do investimento
Verificação: Comparação entre a quantidade de títulos e a
contabilizada e observar os valores registrados.
3.1.8 Investimento e documento Notas Promissórias (Commercial Papers)
3.1.8.1 Extrato do investimento
Verificação: Comparação entre a quantidade de títulos e a
contabilizada e observar os valores registrados.
3.1.9 Ouro
3.1.9.1 Documento:Registro de ajustes de variação no preço de mercado
3.1.9.2 Documento: Extrato do investimento
Verificação: Observar os valores e quantidades registrados
3.1.10Títulos do Banco Central
3.1.10.1 Documento: Registro de ajustes de variação no preço de mercado
3.1.10.2 Documento: Extrato do investimento
Verificação: Observar os valores e quantidades registrados
26
3.2 Ciclos de Transações dos Investimentos em Títulos
Os ciclos do investimento são refletidos na entrada de Caixa pelos
recebimentos de Dividendos e Juros. As aquisições dos investimentos são
saídas de Caixa. Portanto, verificação do Caixa e Receitas evidenciam os
investimentos, enquanto que os investimentos também evidenciam entradas e
saída de Caixa e gastos. O fluxo de caixa livre deve justificar o volume dos
investimentos.
Alguns procedimentos são aplicáveis exclusivamente para
Investimentos. A relevância para se fazer as verificações está na confirmação
da existência dos títulos e saldos que beneficiam a empresa e seu processo de
continuidade e descontinuidade, a saber em casos de solvência de curto prazo,
rendimentos auferidos. Se houver movimentação em contas semelhantes as
relacionadas abaixo a estratificação do saldo no período auditado norteia o
trabalho do auditor:
Contas de Ativo - Patrimoniais
• Investimento em ações e títulos de dívida
(classificados como títulos para negociação ou títulos disponíveis para a
venda)
• Contas de ajuste a valor de mercado
(das contas de investimento em ações e títulos de dívida classificados
como títulos para negociação ou títulos disponíveis para venda)
• Investimento em ações contabilizadas pelo método da
equivalência patrimonial
(investidor exerce influência siginificativa sobre a emissora das ações)
• Investimento em ações contabilizadas pelo custo
27
(valor justo não é determinável)
• Investimento em títulos de dívida classificados como mantidos até
o vencimento
(contabilizados pelo custo amortizado).
Contas de Patrimônio Líquido
• Ganhos e perdas de carregamento não realizadas
(sobre ações e títulos de dívida classificados como títulos disponíveis
para a venda)
Contas de Resultado
• Receita de dividendos
(decorrentes de investimentos não contabilizados pelo método da
equivalência patrimonial)
• Receita de juros
(sobre investimentos em títulos de dívida)
• Ganhos e Perdas realizadas
(sobre as transações com ações e títulos de dívida)
• Ganhos e Perdas de carregamento não realizadas
(decorrentes de alterações, durante o período corrente, no valor justo
de ações e títulos de dívida classificados como títulos para negociação)
• Participação no lucro da afiliada
(para investimentos contabilizados pelo método da equivalência
Patrimonial)
28
O desenvolvimento da auditoria em relação a conta movimentada por
transação de investimento deve pautar um objetivo de verificação. Com base
em Boynton; Johson y Kell (2002) as ocorrências tem uma forma pertinente
para verificação, como a seguir ilustrado:
• Ocorrência de Receitas de Investimentos, ganhos e perdas
realizados e ganhos e perdas não realizados incluídos na
demonstração do resultado decorrem de transações que
ocorreram durante o período.
A abrangência dos trabalhos será verificar todos os efeitos de
investimentos em títulos sobre o lucro do período na
demonstração de resultado.
• Investimentos de curto e de longo prazo contabilizados
representam investimentos que existiam na data do balanço
• Todos os investimentos em títulos contabilizados são de
propriedade da entidade.
• As entradas de caixa e pagamentos devem oferecer segurança
quanto a responsabilização pelo recebimento e documentação da
operação, seja pela venda de títulos, seja pela transferência de
fundos.
• Saldos de investimentos encontram-se adequadamente
identificados e classificados nas demonstrações contábeis.
• Investimentos em partes relacionadas, critérios para avaliação de
investimentos e caucionamento de investimentos como segurança
colateral encontram-se adequadamente evidenciados.
29
3.3 Riscos que Envolvem a Conta Investimentos
Boynton; Johson y Kell (2002), aponta os riscos mais comuns que
envolvem a conta Investimentos quais sejam: Risco Inerente, Risco de Controle
e Risco de Revisão analítica.
O risco é inerente pela complexidade que envolve a sua guarda e
contabilização. O método utilizado para avaliar o título influenciará seu valor
patrimonial, bem como do Lucros do exercício pois o reconhecimento das
receitas podem ser postergados ou acelerados, o que cria margem para
polêmicas quanto a mensuração. Por essa conseqüência faz-se necessário
verificar se o método adotado pela empresa está amparado pelas normas
vigentes.
Quanto ao Risco de Controle, buscando minimizá-lo, é preciso saber
sobre a integridade dos responsáveis pela guarda e acompanhamento das
transações, inclusive sobre os registros contábeis, recomendando-se
integração entre o sistema de informação e contábil. Também é necessário
verificar as autorizações da administração para as transações de aquisição e
venda de títulos; recebimento, guarda e entrega de títulos. A mitigação do risco
de procedimentos de revisão analítica para a conta de Investimentos pode ser
com a confirmação dos saldos e as comparações de movimentação anterior
com a atual, valores orçados e contabilizados. Para a aceitação dos saldos é
tão importante verificar se as compras, vendas e rendimentos foram registrados
de acordo com os comprovantes, como também se as responsabilidades pela
contabilização e custódia foram segregadas.
3.4 Testes Substantivos de Investimentos em Títulos
O risco de detecção de investimentos no desenvolvimento dos testes é
baixo quando a empresa tem poucos investimentos em títulos. Os lançamentos
nas contas são verificados.
30
Pode-se utilizar os avisos de negociação como evidência de
movimentação na conta e rastrear os registros realizados a débito ou a crédito
da conta de Ativo.
3.5 Testes de Detalhes de Saldos
Os testes sugeridos Boynton; Johson y Kell (2002), são três:
- Inspecionar e contar os títulos;
- Confirmar o título em poder de terceiros (empresa ofertante de títulos);
- Recalcular a receita de investimentos.
Os títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo custo de
amortização. A auditoria deve verificar se a empresa está condições de manter
tais títulos.
Os títulos destinados a renegociação são avaliados pelo valor justo.
Neste caso o auditor pode confirmar o valor junto às corretoras, distribuidoras
ou outras fontes externas. Não é necessário que o auditor seja o avaliador. Ele
pode contratar especialista que determine o valor do título. Sua atuação é
avaliar a razoabilidade dos valores divulgados pela empresa auditada.
Há relevância nas seguintes evidências, se encontradas:
• valor justo abaixo do custo;
• grau de risco do investimento considerado alto por agência de
classificação de risco;
• redução de dividendos e juros abaixo do esperado.
3.5.1 Inspecionar os títulos
31
Estes testes são acompanhados pelo responsável pela guarda dos
títulos que deve oferecer conformidade a recepção de todos os títulos após os
testes.
A atenção do auditor deve estar para verificar:
• numeração dos certificados;
• se o nome da empresa consta como titular;
• descrição e natureza do título;
• quantidade de títulos;
• nome do emitente
3.5.2 Confirmação de títulos em poder de terceiros
Enquanto um profissional realiza o teste acima, item 3.4.1, outro na
mesma data confirmar a existência dos títulos em poder de terceiros. Se os
títulos estiverem custodiados por determinação judicial, deve-se confirmar a
sua existência junto ao custodiante. O que se espera é verificar a quantidade e
valor dos títulos e o saldo correspondente nos registros contábeis.
3.5.3 Recálculo da receita de investimentos
Deve-se recalcular as receitas por evidência documental. O recebimento
de dividendos são conferidos nas datas, quantidades. As receitas de juros são
verificadas com exame das taxas aplicadas. A proporção da participação no
lucro deve ser apurado pelo método de equivalência patrimonial.
4. Roteiro de testes para a conta investimentos
32
Com base no modelo de Boynton; Johson y Kell (2002), abaixo é
sugerido um modelo para aplicação dos testes como roteiro do auditor para a
conta Investimentos:
1. Procedimentos preliminares
1.1 Obter entendimento do negócio e do setor e determinar:
1.1.1 A importância de saldos e transações de investimentos em
títulos;
1.1.2 As decisões administrativas para investimento de
excedentes de caixa;
1.1.3 Os principais direcionadores econômicos que influenciam a
aquisição de investimentos, identificando a conceituação
da aplicação no mercado financeiro;
1.1.4 Normas aplicáveis ao tipo de investimento escolhido,
avaliando o impacto dos investimentos sobre o lucro da
empresa auditada;
1.2 Executar procedimentos preliminares sobre saldos de contas e
registros de investimentos em títulos que serão submetidos a
testes adicionais.
1.2.1 Relacionar os saldos iniciais de contas relacionadas com
investimentos em títulos, ativo e do patrimônio líquido,
consultando inclusive o papéis de trabalho do ano interior.
1.2.2 Analisar a movimentação de contas patrimoniais e de
resultado relacionadas com investimentos em títulos e
investigar lançamentos que parecem incomuns, em valor e
origem;
33
1.2.3 Obter os demonstrativos de investimentos elaborados pela
empresa auditada, conferir seus totais verticais e horizontais,
confrontando o saldo com o razão analítico das contas
verificadas;
2. Procedimentos de revisão analítica
2.1 Executar procedimentos de revisão analítica
2.1.1 Calcular os índices financeiros de:
2.1.1.1 Investimentos de curto prazo sobre o ativo
circulante.
2.1.1.2 Investimentos de longo prazo sobre o ativo total.
2.1.1.3 Taxas de retorno por categoria de investimento.
2.2 Comparar resultados dos índices com expectativas em dados
do ano anterior, de orçamento e de outras fontes.
3. Testes de detalhes
3.1 Inspecionar e contar os títulos em mãos.
3.2 Confirmar títulos em guarda de terceiros.
3.3 Recalcular a receita de investimentos.
3.4 Identificar os títulos mantidos até o vencimento, títulos para a
negociação e títulos para a venda e:
3.4.1Examinar a documentação da intenção da
administração.
3.4.2 Verificar a coerência entre as ações e intenção da
administração.
34
3.4.3 Verificar a capacidade da administração manter os
títulos até o vencimento.
3.4.4 Obtenção por escrito sobre a concordância da
administração sobre a classificação dos títulos.
3.5 Obter informações para evidenciar o valor justo dos
investimentos:
3.5.1 Preço de mercado presentes em publicações
financeiras.
3.5.2 Estimativa de valor justo obtida com corretora,
distribuidora ou outras partes externas.
3.5.3 Análise da adequação de modelos de avaliação
4 Apresentação e Divulgação
4.1 Comparar apresentação das demonstrações contábeis com o
planejamento da administração:
4.1.1 Determinar se os saldos das contas de investimentos,
bem como as receitas e despesas relacionadas, estão
classificadas adequadamente nas demonstrações
contábeis.
4.1.2 Determinar a adequação de divulgação das avaliações
dos investimentos, ganhos e perdas auferidos e não
realizados.
35
CONCLUSÃO
O trabalho do auditor é essencialmente desenvolvido através de um
plano de trabalho. A conta investimento faz parte deste planejamento.
O auditor deve entender os negócios auditados, podendo compará-los
aos resultados esperados na própria empresa, com base no planejamento da
administração, como também aos resultados obtidos no setor econômico no
qual a empresa está inserida.
No desenvolvimento de seus trabalhos terá que verificar as
coincidências ou divergências entre saldos iniciais de contas de investimentos
com os saldos finais que constam dos papéis de trabalho do ano anterior. A
análise da movimentação das contas relacionadas com investimentos em
títulos deve apontar os lançamentos não usuais.
Os demonstrativos de investimentos elaborados pela empresa devem
ser verificados quanto a forma de cálculo, de registros contábeis e resultado
dos saldos das contas.
A aplicação de testes de verificações deve constar no planejamento da
auditoria e serve como roteiro de trabalho. Os testes devem refletir todas as
verificações para conhecimento do negócio como também das normas
pertinentes e as apurações de saldos.
É relevante para o auditor conhecer o planejamento da administração
para a empresa, pois os valores apresentados e divulgados nas
Demonstrações Contábeis devem ser comparados planejamento da
administração.
Também o auditor pode utilizar questionários para obter opniões,
comentários e sugestões de solução para os problemas apontados. Muitas
vezes são as observações da forma de trabalho que podem detectar
ineficiência de controles ou outras facilidades para fraudes e erros.
36
Todas os trabalhos realizados pelo auditor deve ser documentado em
papéis de trabalho. São estes documentos que representam a fundamentação
do parecer da auditoria. Com os procedimentos descritos no capítulo III é
possível atingir aos objetivos de auditoria para a conta de Investimentos.
37
BIBLIOGRAFIA
BRUNI, Adriano Leal – Certificação Profissional ANBID Série 10 – CPA 10. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2009 BOYNTON, Wiliam C.; Johnson, Raymond N.; Kell, Walter G. – Auditoria. São Paulo: Atlas; 2002. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto – Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações (Aplicável às Demais Sociedades) – São Paulo: Atlas, 2007 LIMA, Iran Siqueira; Galardi, Ney; Neubauer, Ingrid – Mercados de Investimentos Financeiros – Manual para Certificação Profissional – Série 20 (CPA – 20). São Paulo: Atlas, 2006 PINHEIRO, Juliano Lima – Mercado de Capitais – Fundamentos e Técnicas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009
38
ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2
RESUMO 3
METODOLOGIA 4
SUMÁRIO 5
INTRODUÇÃO 6
CAPÍTULO I – Programa de Auditoria 8
1.1 - Testes 9
1.2 - Riscos da Profissão de Auditor 10
1.3 – Tratamento das Evidências Encontradas pelo Auditor 12
1.4 – Papéis de Trabalho 12
1.5 – Parecer do Auditor 13
CAPÍTULO II – Visão Abrangente do Mercado de Capitais 13
2.1 – Títulos de Investimentos 13
2.1.1 – Debêntures 14
2.1.2 – Notas Promissórias 15
39
2.1.3 – Bônus de Subscrição 15
2.1.4 – Opções de Compra e Venda de Valores Mobiliários 16
2.1.5 – Fundos de Investimento 18
2.1.6 – Ações 19
CAPÍTULO III – Plano de Trabalho para a Conta Investimentos 23
3.1- Plano de Trabalho – Conhecimento do Negócio 23
3.2 – Ciclos de Transações dos Investimentos em Títulos 26
3.3 – Riscos que Envolvem a Conta de Investimentos 29
3.4 – Testes Substantivos de Investimentos em Títulos 29
3.5 – Testes de Detalhes de Saldos 30
4 – Roteiro de Testes para a Conta de Investimentos 32
CONCLUSÃO 35
BIBLIOGRAFIA 37
ÍNDICE 38
FOLHA DE AVALIAÇÃO 40
40
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição : Universidade Cândido Mendes – Instituto a Vez do Mestre – Pós Graduação “Lato Sensu” Título da Monografia : Plano de auditoria para a conta Investimentos Autora : Rosilda Maria Macedo de Oliveira Caetano Data da entrega : 28.01.2011 Avaliado por : Sergio Majerowicz - Conceito: