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Plano para projeto de educação ambiental a ser realizado na trilha do Beija-Flor
na Estação Experimental e Ecológica de Itirapina, SP
DIEGO DEMARCO1, GUILHERME HENRIQUE AGUIRRE1, JÚLIA CARAM SFAIR1, MIRELLA ABRAHÃO
CREVELARO1, PATRÍCIA JUNGBLUTH1, PRISCILA ANDRESSA CORTEZ1, RENATO FERNANDES1,
VALÉRIA FORNI MARTINS1,2
RESUMO – (Plano para projeto de educação ambiental a ser realizado na trilha do Beija-Flor na Estação
Experimental e Ecológica de Itirapina, SP). No atual contexto de degradação do meio ambiente, a educação
ambiental vem sendo utilizada como veículo de divulgação de ideais de conservação e conscientização da
população. O presente projeto tem como objetivo o melhoramento da Trilha do Beija-Flor, localizada na
Estação Experimental e Florestal de Itirapina, para posterior utilização em atividades educacionais para o
público em geral. Para tanto, será realizado um levantamento florístico do bosque onde está localizada a
trilha, além da confecção de um guia informativo, placas ilustrativas sobre algumas espécies arbóreas do
local e panfleto para divulgação.
Palavras-chave - Projeto, educação ambiental, trilha, Itirapina, guia
1 Curso de Graduação em Ciências Biológicas, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Caixa Postal 6109 13081-970, Campinas, SP, Brasil. 2 Autor para correspondência. E-mail [email protected]
2
Panorama atual
A Trilha do Beija-flor, localizada na Estação Experimental e Ecológica de Itirapina (Endereço: Rua 8,
s/no. Bairro Santa Cruz, Itirapina, SP. Caixa Postal 22, CEP 13530-970), existe há oito anos e foi criada com
o intuito de ser uma área destinada à educação ambiental de alunos em idade pré-escolar, principalmente
daqueles que freqüentam o pré-fundamental. A trilha tem extensão de 525 m. A visita é acompanhada por
professores e orientada por um monitor da Estação. Os alunos recebem informações sobre ecologia e
características das árvores presentes ao longo da trilha, com o objetivo de despertar neles o interesse pela
natureza. O estudo desenvolvido na trilha é particularmente procurado por escolas de Itirapina, em especial
a Creche Menino Jesus e a Escola Municipal de Ensino Fundamental.
A importância da educação ambiental
Atualmente, a redução rápida e crescente da cobertura vegetal natural tem despertado a
preocupação de especialistas em meio-ambiente, de algumas Organizações Não Governamentais e da
população, ganhando o interesse da mídia e tornando-se objeto de constante estudo em algumas escolas.
É neste contexto que a Educação Ambiental ganha força, servindo à conscientização da população para a
importância da manutenção e preservação da natureza, como meio de diminuir a exploração desordenada
dos recursos naturais e atentar para os problemas que a devastação e a extinção de espécies podem trazer
ao próprio homem.
O projeto
Com o objetivo de proporcionar integração entre o saber científico e o popular, bem como o de
estender a educação ambiental, elaborou-se um plano a ser desevolvido a longo prazo na Trilha do Beija-
Flor. O projeto e sua elaboração foram realizados pelos alunos de Graduação, da disciplina BT-791
(Tópicos em Ecologia), do Curso de Ciências Biológicas da UNICAMP, com o intuito de que os alunos dos
próximos anos desta disciplina, viabilizem e executando as várias etapas deste projeto
Primeiramente, será realizado um levantamento de todas as espécies arbóreas existentes no
bosque que circunda a trilha (lista preliminar: anexo 6), bem como uma descrição das relações ecológicas
existentes. Algumas árvores ao longo da trilha receberão placas explicativas (anexo 1) e, dentro do bosque,
também serão selecionadas aquelas que apresentarem maior porte ou características interessantes
evidentes. As placas serão numeradas, e constarão de desenhos de caracteres morfológicos tais como
folhas, flores, frutos e sementes e suas respectivas legendas, nomes científico e vulgar e local de origem.
3
As placas poderão ser feitas com a ajuda da comunidade, sendo possível pensar-se em programas
envolvendo alunos em fase escolar e trabalhadores da região.
Também poderá haver a implantação (reimplantação) de um programa de coleta seletiva de lixo,
com cestos identificados dispostos estrategicamente ao longo da trilha. Para isto, será preciso uma
mobilização da comunidade para que a coleta seja extendida à cidade como um todo. Pode-se também
pensar na possibilidade de se criar uma cooperativa com tal finalidade, sendo que o dinheiro será revertido
para a do próprio parque.
Será elaborado um pequeno guia (anexo 2) para orientar os visitantes, alunos de séries mais
avançadas, e os professores que acompanharão aqueles ainda em fase de alfabetização na trilha,
agilizando e facilitando suas explicações, além de criar uma certa autonomia em relação aos monitores da
Estação. Para que tudo isto seja possível, o guia utilizará termos simples e de fácil entendimento, para que
o mesmo possa ser utilizado por todos que tenham interesse, desde o leigo até aquele com algum
conhecimento da área. O guia constará de um mapa da área (adaptado do mapa existente no Plano de
manejo Integrado das Unidades de Itirapina; anexo 3), incluindo a trilha (anexo 4) nela contida, onde serão
enumerados pontos que permitirão localizar as espécies que estarão identificadas nas placas. No guia
poderão ser encontradas informações sobre a morfologia, hábitos, animais que visitam as flores e frutos
(quando possível), uso popular, local de ocorrência, período de floração; curiosidades sobre a ecologia,
fotos de caracteres morfológicos observáveis (tronco, raiz, folhas, flores, frutos e sementes) e informações
adicionais quando necessário.
Também será feito um panfleto para divulgação (anexo 5), com informações sobre a trilha
(extensão, objetivos, número de espécies arbóreas, data da implantação, mapa, fotos), a Estação
(endereço, clima, altitude) e informações adicionais.
Considerações finais
Este plano de projeto, plausível de quaisquer modificações, pode ser complementado por
professores que queiram estender a educação ambiental além da visita à trilha. Isto pode incluir trabalhos a
serem desenvolvidos pelos alunos, antes e depois da visita, possibilitando a continuidade e ciclicidade das
noções ambientais aprendidas na trilha.
4
Bibliografia consultada
Plano de manejo Integrado das Unidades de Itirapina. 1994. Governo do Estado de São Paulo; Secretaria
do Meio Ambiente; Coordenadoria de Informações Técnicas, Documentação e Pesquisa Ambiental;
Instituto Florestal.
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