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Poesia de Solidão. 01 Depusestes. Conto a minha saudade nas cartas, Não havendo meios de calar-me, Pelas súplicas do nosso tempo, Pois o vento não separa meus prantos. Sabes de minha dor em teus olhos, Sentindo o meu coração sangrando, Derrama-se, o silêncio em Fel. Colhendo-me pelas noites escravas. Cá, em meu peito morastes sem fim, Se depusestes em não me amar; Atrelado como uma estaca. E vou neste chão caindo infernal, Despetalado por minha alma! Sentindo o aroma do meu espírito. Ednaldo F. Santos Poema de Solidão. 02 Falso Amigo. Sozinha, minhas palavras abrem; Pergunto sempre ao meu coração, Trazendo um boque no vaso vazio. E nos meus olhares sabem quem sou. Procurando apenas a liberdade, Se neste caminho ainda fico; Tento esquecer, como fui prometida. E enfeito ela com minhas indecisões. As vezes me vejo no espelho, E uma leve brisa me descreve, Como um começo de uma noite. Pelos lábios fechados do tempo, Buscando a minha incidência! Pois o dia, é o meu falso amigo. Ednaldo F. Santos

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Poesia de Solidão. 01

Depusestes.

Conto a minha saudade nas cartas,

Não havendo meios de calar-me,

Pelas súplicas do nosso tempo,

Pois o vento não separa meus prantos.

Sabes de minha dor em teus olhos,

Sentindo o meu coração sangrando,

Derrama-se, o silêncio em Fel.

Colhendo-me pelas noites escravas.

Cá, em meu peito morastes sem fim,

Se depusestes em não me amar;

Atrelado como uma estaca.

E vou neste chão caindo infernal,

Despetalado por minha alma!

Sentindo o aroma do meu espírito.

Ednaldo F. Santos Poema de Solidão. 02

Falso Amigo.

Sozinha, minhas palavras abrem;

Pergunto sempre ao meu coração,

Trazendo um boque no vaso vazio.

E nos meus olhares sabem quem sou.

Procurando apenas a liberdade,

Se neste caminho ainda fico;

Tento esquecer, como fui prometida.

E enfeito ela com minhas indecisões.

As vezes me vejo no espelho,

E uma leve brisa me descreve,

Como um começo de uma noite.

Pelos lábios fechados do tempo,

Buscando a minha incidência!

Pois o dia, é o meu falso amigo.

Ednaldo F. Santos

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Poema de Solidão. 03

Petulante.

Testemunho o clarão da madrugada,

No jeito, do lume das estrelas,

Tornando-me, sua prisão preferida.

Apagando todo o meu coração.

Porque, fostes embora sem palavras,

Incrédula a noite espia-me,

E minhas lágrimas, acompanhando-me.

Deixando o meu corpo todo aberto.

Se tuas mãos me querem faceiras,

Mas, tu, estais, de num, momento petulante,

Aderes, este meu corpo em tremores.

Sentindo toda a minha calma,

Pois agora abristes a janela!

Enganando, minha alma, sozinha.

Ednaldo F. Santos

Poema de Solidão. 04

Postergado.

Sobre os lençóis da vida, me toca,

E o sol tocando nossas faces.

De rubro espinho em roseira.

Toda verdade escolhida do saber.

Dias lindos de manhãs primaveris,

De lembranças o passado infiel,

Eh-Amor, fostes tu o derradeiro.

Nos olhares, da tua alma insana.

És do meu crescer teu encontrar,

Sobre o leito de flores vazias?

Infames, deste teu amor, postergado.

Onde eu busco o grivo da alma,

A flama que arde neste meu destino.

Trazendo-te nesta minha confidência.

Ednaldo F. Santos

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Poema de Solidão. 05

Salutante.

Confiança tem poder;

Entender contém prevalecer.

Ajo do mesmo modo,

mas não reproduzo segredos.

E porquê, o dizer fique comigo?

Nas voltas que o mundo retoma!

__Ah carinho que foi-se dito!

( Toque este peito, mil vezes.)

!Pois a saudade tem algares!

Obriga-me...!

(...)Os lados da noite,

e um sombrio amor presenciado.

-Tempo?"

Obriga-me, ser indiferente.

Mas não oferecido de vossa dor!!!

__Todo nulo aborrecimento.

( E, este seu dia salutante

esperado, sem minha volta!)

Ednaldo F. Santos

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Poema de Solidão. 06

Posse.

Diante da posse deste meu coração,

Tenho de presença há paixão carnal,

Nas orgias do mundo pelas vielas.

Nos lugares mais imundos possíveis.

Lá atrás, um ser dizia-me, resta-te,

De carinhos na memória finjo,

Encontrar todo o meu percurso.

Alguns valores do nelo malogrando-te?

Esta linha que se dobra em valha,

Careço nas respostas desiguais,

De tempo é meu júbilo troféu...

Quando de solidão vós me achares,

Serei dele, uma pequena miséria?

Porquê tudo, tem que ser, numa verdade!

Ednaldo F. Santos Poema de Solidão. 07

Arbítrio.

Lança-me neste meio universo,

Soma-te por tuas sensações ligeiras,

Retalhando o meu ser moribundo.

Entre o fundo do abismo azulado.

Que nos teus dias eu morro eterno,

Lembrado por ti, e mas do infinito,

Serena de condessa nas estrelas.

Ilhado pelas rochas do mar selvagem.

Do meu corpo, jogado pras águias,

Invernante neste ardente arbítrio!

Enquanto hão nos rastros atenções.

Caminhas ó solidão de saudades,

Tu, arfes aos céus, toda temeridade!

E não mais me deixe aqui sozinho.

Ednaldo F. Santos

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Poema de Solidão. 08

Faço.

Pouco faço, mais tudo eu desejo,

Não lembro quem sou, mas sai de mim!

E não brinco com a vida desenganada,

Neste lago que se chama ilusão.

Brindo meu copo de sonhos perfeitos,

Mas derramo uma gota a mais,

Se a tarde, o sol se põe na sombra,

Quisera meu ser, nascer sobre eles.

Deste todo desejo de nascer-me,

Relança-me no futuro do passado,

Imputando-me o bem querer viver.

Se sou somente saudade ardente,

Banho-me de risos e sorrisos...

Então me vens esconder, mais o quê?

Ednaldo F. Santos Poema de Solidão. 09

Prisão.

Por onde andas, que eu me perco,

E as vezes conto, que fico sozinha,

E passo o tempo neste meu quarto,

Sem rumo e sem destino procurado.

Terminando, em uma paixão inexplicável,

Abandonada, pois sinto o querer,

Imaginando algo, do que havíamos.

Sou, quem, mais queres, digas, por favor.

E as respostas, para que, servirão-te?

Nesta prisão, procures minhas lágrimas,

Se não posso, convencer-te adiante.

Esquartejando toda minha saudade,

Sofrer ou te perder de repente...

Pois são açoites com a noite fria.

Ednaldo F. Santos

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Poema de Solidão. 10

Busca.

Quantas vezes me pergunto de Ti,

O silêncio me descuida um pouco,

E pareço perdido neste mundo.

Pois é difícil de amar você amor.

Pedaços de mim, se soltam comigo,

Como vou deixar meu momento,

De tardes que vão me acalentando.

Ficando difícil de viver sozinho.

Quantas diferenças tenho comigo;

Nestas margens de nuvens constantes

Em vezes que me deixam confuso.

Se vão bem distante no persuadir,

Mude o seu coração, por favor;

E a busca não escolhe minhas opções.

Ednaldo F. Santos

Poema de Soldão. 11

Amotino.

Contenhas minha sede mulher,

Alimentes, este peito carente,

Que por ti, chora a noite inteira,

Malditas, são as horas perdidas.

A lua, escondida nas estrelas,

Minha alma, trilhando em brilhos,

Verdade, onde serei o deleite.

Amo-te, na densa primavera.

Onde me amotino de saudades,

Entre os prantos das orquídeas.

Solo, porquê, tu fostes, ingrato.

Ah!Como esquecer teus carinhos,

No tempo roubado de minha vida!

Donde jamais, esquecerei, seu nome.

Ednaldo F. Santos

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Poema de Solidão. 12

Liso Espelho.

Esta minha alma que me alucina;

Na ferida, que me contenho sozinha.

Minhas lágrimas arde sem teus lábios!

Neste universo de tantas palavras.

Um frio que deixo viver comigo,

Dentre os prazeres do meu amor,

Nesta cama caio de horas cruéis.

Sob o liso espelho de minha face.

A janela se abrindo na solidão,

Trilha os meus carinhos escondidos!

Pelo meu corpo se formam vergões.

No luar que tenho sem a primavera,

E, derrama por minhas veias correntes!

Neste meu sonho de cama vazia.

Ednaldo F. Santos

Poema de Solidão. 13

Espinheiro.

A esperança que colhe o Narciso,

Surtas seus brilhos na taça do poeta!

Pintando o seu muro converso,

Refugias o tempo no casulo!

Aça nos sóis, da turva obreira,

No punhal de sua sombra astral;

Soa o verde trigo plantado;

Andando nos gritos das querências.

Sob a escrava nascente das águas,

Cominam as suas madeixas soltas,

Se empolga na sua quietude.

Cá, vão as tormentas cruas famintas,

Engolindo, a estação das borboletas;

No colgue do seu crivo espinheiro.

Ednaldo F. Santos

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Poema de Solidão. 14

Bosque de Algum.

Diante as paisagens das estrelas,

Meu ser flutua pelos universos,

Terminando em lugar de algum;

Dentre minhas vestes se rasgando!

Ás sombras nas nuvens alvoreciam,

De colírios sobre minhas vistas;

De suplícios por uma vereda,

Se agia pela magia reinada!

Cá, ouço de estampar os girassóis,

Abaixados pela hora atrevida,

De respingos, no esperar do amanhã.

No tocar de seus tempos instigantes,

Atando-me ao nevoar do sol em luto,

Sangra-me, pelo bosque de algum.

Ednaldo F. Santos

Poema de Solidão. 15

Minhas Palavras.

minhas palavras de amores,

perguntando onde fostes, por deixar-me, sozinho,

iguais, as espumas estouradas.

Ednaldo F. Santos

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Poema de Solidão. 16

Inaudito Silêncio.

Inaudito silêncio me fez entender,

Que na terra e no mar, vou encontrar!

O haver, n'alma o desejo de amar.

Semeado dentre lagunas infinitas.

Lua, Lua, fiquei enamorado,

Por certos encantos de uma Flor.

Ferido fui, no destino arrematado.

Lá estava eu, embaixo do celeiro.

Pingo na rosa, rosa no palheiro,

Asas no tempo, de corça sem dono.

Sob os temporais aos desamores.

Ah saudade, foste tu, minha amiga;

Um acalento na minha realidade.

E algodões me sacudindo favores.

Ednaldo F. Santos

Poema de Solidão. 17

Carinhos Refeitos.

Abandona-me pelos céus ávidos,

Oh!Amor das suas palavras retiro-me;

Como o sol atravessando a escuridão.

Soam por meu viver estando sozinha!

Confessas, teu amor sobre mim,

Aos prantos que se perdem nas faces,

Com a lua desigual em nossas almas?

O meu coração carente, senti só você.

O calar-me nesta sua boca molhada?

As chuvas são as mínguas d'águas!

À cor em tinto negro, o mel do viver.

Das areias cresço aos brilhos perdidos;

Sob as tormentas da flor, sou carência!

Nestes meus carinhos refeitos, d'amores.

Ednaldo F. Santos

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Poema de Solidão. 18

Alamedas .

Sonda meu coração escondido;

Neste começo, sou desespero,

De lua girante a contar mais;

Fazem das noites, o meu confessar.

Senhor nestas alamedas tortas?

São divisões, nos rasos corações...

Avesso nos traços dos embaraços?

Ilustres nas goteiras pingadas...

Me escondo, por não saber de ti?

Fico perdido, por não voltares;

Aos prantos, nas descidas, do amor.

Com as despedidas, dos abraços?

Meus sonhos, estão inconscientes;

Nas saídas, deste seu coração...

Ednaldo F. Santos

Poema de Solidão. 19

Assim Sofro.

Meu anjo colibri, assim sofro?

Sem ao menos, esperar a noite;

Onde foi os abraços do viver;

Correntezas que o tempo levou.

O meu sangue todo derramado;

Nestes goles dos nossos lábios?

Intensos, pelos nossos encontros,

Foram horas benditas de amar!

O oceano vem, me encontrar;

Escondido, nesta sua alma,

No intenso prazer, de branco-tinto;

Tardas, minhas razões, sem ter ela?

Por esta vida injusta oh céus...

Pois, o meu copo trincou, por lembrar.

Ednaldo F. Santos

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Poema de Solidão. 20

Transborda na Alma .

Sob o mar que transborda na alma?

Alcanço teus abraços entre mim!

Sou enamorado velejando...!

No acolher do sol na neblina.

Sabendo que nada vem comigo?

Ali tenho? O desejo de mais;

Escutando seu coração cruel?

Afundando meu tempo ao resto.

O tempo não apaga no olhar;

O corpo que está desnudado,

E, sem amar estou velejando.

Dizente do falar, me relendo?!

À vida!O berço balança,

Ao ninar, minhas lágrimas, em dor.

Ednaldo F. Santos

Poema de Solidão. 21

Leva e Traz .

Seu leva e traz enamora-me!

De cuidados entre as saudades,

Por este recanto do meu peito;

Ah, se fosse as minhas verdades?

Esquecer o desamor aberto...

Nas fechaduras do cadeado.

Sorri, e, me deixas nos mistérios,

Em algo que talvez eu o tenho...

Suave é a vida com ninguém;

E nós dois, em números ímpares.

Em ti, viajar sem fim, quero sim.

Solidão, será uma sensação.

Onde poderei enamorar-te,

Hoje, agora, através de mim!

Ednaldo F. Santos

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Poema de Solidão. 22

Interferências .

Teus olhos me perdem na noite,

Em rotas deixadas pelo vento!

Redobra-me, oh meu sol girante,

Das águas do tempo procurado.

Dialeto pela amarga flor;

Pelo teu silêncio das luas...

Onde se vão, meus pensamentos.

Em jasmins de cores infinitas.

Acomodam entre minha alma?

De caminhos pelo anoitecer,

No som do lírio escaldante.

Nos refúgios dos horizontes,

Nossos corpos nus, nos desenhando!

As interferências do nascer.

Ednaldo F. Santos

Poema de Solidão. 23

Abandono .

No encontro a dois, ao mundo!

Aos terços desta alma cortiça;

Envolto da gentil primavera,

Vago dos céus aos infinitos;

Quando em meus ventos soprarem?

As pétalas do meu abandono;

Caio, pelos prantos, á haver-me!

Neste solo, amargo das flores.

Às estas horas atenuantes...

Donde serei, o teu cais negro;

Destas nossas vidas, ao nelo sol.

Pelo endosso da esperança?

Dependo, das ousadas saudades!

Que por nós, como grilhões, nos une.

Ednaldo F. Santos

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Poema de Solidão. 24

Desesperos Noturnos .

O meu olhar fere-me em dor silenciando-me,

Por este tocar, dos meus lábios que buscam,

Meu conhecer contigo, desencontrado amor!

Sofrendo pelas linhas que sugerem meu corpo.

Defronte ao horizonte e eu aqui perto de mim;

Calada ao desviar-me meu viver, deixando-me!

Aproximo seu olhar pela chuva do meu espírito;

Deixando cada dia a saudade de ti, procurar-me.

Este mar azul de infinitos que não vejo acontecer;

Buscando entre minha alma tão distante de mim!

Ouvir-me um pouco mais ao meu desamigo anoitar.

À tarde sozinha pelos meus lábios derramados,

Esta obsessão agraciada entre meus momentos!

Quando toco meu corpo nos desesperos noturnos.

Ednaldo F. Santos

Poema de Solidão. 25

Noites Pensando .

Venho, pelas noites pensando em ti;

E, como sofro caladamente, contigo!

As vezes olho o que deixei para trás;

E você me perguntando sobre amor.

Tenho sonhos a cada olhar seu deixado.

E todas as vezes que eu te vejo no olhar?

Meu coração clama, sua falta pelo tempo,

Deixo passados sem horas por tanto amor.

Sufocando-me como o sol nas noites suadas;

Velejo além do mar, sem as areias dos corpos.

Inaudito sentimento venho colhendo em tu'alma.

Sinto teu espírito em nosso quarto de saudades.

Me chamando, para encontros, em nossa solidão.

E aqui fica, meu coração, preso, na transposição!

Ednaldo F. Santos

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Poesia de Solidão. 26

Atributos.

Quisera eu ser a gentileza?

Para ir além das borboletas!

Nas bambas do talho alicerce,

aos tumultos da alma errante.

Pela quimera ao vento brando,

No afogo de minhas ilusões;

Na lua branca do mar vermelho?

Quisera ser, um tosco escravo!

Procurar o lugar mais profundo,

atando meu respiro nas nuvens.

E padecer-me, sob as pétalas...

E na solidão á fantasiar;

Pelos colos fortes das veredas,

Quisera, sondar meus atributos.

Ednaldo F. Santos

Poesia de Solidão. 27

Igualdades .

Por descrevê-la, sinto a alma!

Sob os espinhos negros da vida,

Frente aos mares das igualdades;

Meus pensamentos te acarinham.

Estou pelos chãos do labirinto!

À vida, nesta sua jornada;

No frio, me adentro suado...!

Neste gosto amargo da paixão.

Férvido destas minhas escritas?

Deste tempo inaudito à ti!

Pelos becos, me torno parido.

Sou laço, ao universo rubro?

Neste seu sangue de igualdades.

Me desfaleço, pela presença.

Ednaldo F. Santos

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Poema de Solidão. 28

Beija-Flor Rosado .

Nos tragos fundos, à minha alma?

O sol vem do meu acariciar,

Nas lágrimas, brilham os encontros seus,

Amas, a vida, oh poeta!

Nesta terra, em pedaços do teu chão?

Á seiva dos meus prantos debandam;

Em versos de poesia amante.

Dizeis, poeta de obrigação!?

Nestas suas águas, de amores.

Em carinhos, na seiva ao pólen!

No viver dos meus prantos carmesins.

Sobre a terra, que tu nascestes?

Deflagras, paixões pelos cantinhos.

À flora do beija-flor rosado.

Ednaldo F. Santos

Poema de Solidão. 29

Beijos Principiantes.

Enamora-me, oh rosa em flor;

Por esta dor que respiro de ti!

Foge da vida por sua alma,

O tempo escasso do meu amor.

Sórdidas serão as tardes sem ti,

Por ver, os horizontes escuros!

Adjuntos no caule, do teu sonho,

Me ames través, da última vez.

No pesar das ondas em saudades.

Donde o mar se manta noturno;

Vou, trilhar os meus desassossegos!

Ao esmurrar, os trincos da morte!

Neste fruto, ao pêssego raro?

Colho teus beijos principiantes.

Ednaldo F. Santos

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Poesia de Solidão. 30

Frios Pardos .

Falo de você pra mim sozinho?

Oh dor que aqui me prendes só!

Sufocas, meu peito na solidão;

Pelos versos deste meu poema.

Se por aqui vou, ti escutando!

Calmo, tenso e, pouco amado?

Vou de encontros nos teus olhares!

Esquecendo-me do vento belo.

Vais me ferir, a todo começo,

Pétalas pelos chãos, frios pardos;

Cruel ao fogo rasante, solo!

Se por aqui, fico ao presente,

Seu coração me deixas, tão louco?

Partes de mim, me abandonando.

Ednaldo F. Santos Poesia de Solidão. 31

Ornamental.

Deixar apenas as manias abertas,

A sinceridade vem nos galopes,

Entregue no pensamento perfeito.

Consegue-se ver quando alguém mente.

A vida, tem formas simples e ágeis,

Mas são nos versos da vida que corrige,

A ansiedade de alguém prevalecer,

Contudo o destino se oprime.

Estando o sentimento persuasivo,

Os olhos cedem a tristeza alindante,

Por não ocasionar o respeito.

Pois não importa, as interrogações,

De não permitir a passagem da segurança!

Se há história figura ornamental.

Ednaldo F. Santos

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Poesia de Solidão. 32

Espinho.

Quantas vezes eu chamei teu nome;

Apenas ouço a minha saudade,

Gritando aos recantos do peito!

Neste meu ser, que a ti derrama.

Sobre o frio pálido das roseiras;

Em meu peito, o espinho selvagem

Respinga na manhã de tanta dor.

De versos com o destino mentiroso.

Acompanhes meu silêncio amor;

Pranteiam ilusões de um sonho,

De estar do seu lado permanente.

Nas horas que me invade apaixonado,

Nos amores de cores carmesins.

Minhas lágrimas correm desfalecidas.

Ednaldo F. Santos

Poesia de Solidão. 33

Paixão Travessa.

Neste peito que fura o espaço,

A imensidão rasura teu nome,

Na ordem dos meus sentimentos;

Acorda meus segredos mensageiros!

Pois digo loucuras de paixão travessa,

Pobre memória de mim, que lhe procuras,

Onde eu caminho sinto teu coração;

Sobre um lago de meus prantos negros.

Não te esqueças, eu te amo demais;

Tempo de um grandeza minúscula.

De mar que degola as salinidades...

Favorecem meu prantos deixados,

Um dia, eu, escondi o meu amor;

E, permaneço atado do seu amor.

Ednaldo F. Santos

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Poesia de Solidão. 34

Libera a Alma.

Você pranteia nas madrugadas,

Tentando se encontrar de amor,

Apaixonada com o tempo descrente,

Implora por seu corpo prazeres.

Toca-se nua e desprotegida,

Os invernos não lhe dizem calores,

Libera a alma como as pétalas,

Chama um nome, de vários nomes.

Buscando no olhar dos espelhos,

A confissão do seu corpo desnudo,

Onde se apega pelas lágrimas.

Se aquecem dos seus sentimentos,

Falecem as noites como os dias,

Deixando, nos sofrimentos, o desamor.

Ednaldo F. Santos

Poesia de Solidão. 35

Derradeiro.

Haja flor de lótus sobreposta,

O dia que tu és pequenina;

Suspirai o amanhã derradeiro,

Debandas tuas lavadas lavandas.

Sê tens um começo pela aurora,

Corrijas as folhas de seus pingos;

Embora estão de amores, embora.

Nos risos da lua estampada.

O negro escaravelho de aflições,

Consiste por seu talo avergante,

Rasas o fundo de suas raízes.

Ávida, fostes ao colibri intrigante,

Sobre as espumas dos seus diamantes,

Decantar o seu corpo pelos universos.

Ednaldo F. Santos

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Poesia de Solidão. 36

Mensuras.

Lembra-te oh céus da vida desencontrada,

Lá estou de braços com teus abraços;

Conhecendo as funduras do sangue;

Embora tu vais oco no meu coração!

Rasga-te no silêncio dos emaranhados;

Vergas pelos vazios desta alma;

Passageira neste outono escaldante.

Si pouco ouço os gritos da chuva.

Fenece a rosa de cistos espinhais!

Cá, arrasa-me nos invernos atenciosos;

Nos caíres de minha hora esperada.

E, minha voz grita aos sentidos;

Estando pelos tristes contratempos,

De mensuras aos entalhes promíscuos.

Ednaldo F. Santos

Poesia de Solidão. 37

Procurante.

Do ósculo deste sol beirante,

Descansa no meu peito a lembrança,

Ao procurar-te nos chãos infinitos.

Risas o pêndulo dos meus sonhos.

Pois me deixou saudades neste leito,

Quieto busco nestas minhas palavras,

Amargantes começos sem amar-te.

Na criva decisão desta lua escandalosa.

Águas da minha face, nos soletram,

Pois não ti darei aquilo que pedires;

À decisão de acariciar...

Para, há vida, que nos entorpeceu;

Arrependida, sonhadora, procurante!

O haver, dos meus lábios, seu desespero!

Ednaldo F. Santos

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Poesia de Solidão. 38

Ateres .

O rinho de onde me deixastes?

Nas têmporas do amor doído!

Encalças de atrevimento,

Nesta pele que, me desfalece!

Não vás, me ateres, da solidão?

Nas estrelas adagas submersas;

Se lá, tu és, minha alma gêmea?

Ata-te, do meu corpo desnudo.

Em deleites de nossos olhares?

Finitos medos pelos lábios,

Ao prover, o espinhado prazer.

De tão longe, das rosas caídas?

Meu ser, domina-te nas lágrimas,

Suspiram dos solos, aos céus negros.

Ednaldo F. Santos

Poesia de Solidão. 39

Asas Azuis .

Se por lá vais, tranques a janela;

Descanse sua alma comigo...!

Frutai à estas minhas palavras,

Ao doce pêssego amarelo.

Os beija-flores de asas azuis;

Cores assim, fico perambular!

Névoa branca, resta do meu ar,

Por onde me laceio, contigo!

De haver, sinto teus desejos!

Minha alma, terá separações!?

Decidas, tu terás meu coração?

O carmesim, deletam nas veias,

Povoas meu coração, ó mulher?

Me oxigenas, por teu corpo nu.

Ednaldo F. Santos

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Poesia de Solidão. 40

Solista.

E nestes chãos fostes o meu vazio,

Grandiosa teria nossa liberdade,

Quando tocaste minha face menina.

Donde moras com meu pranto inóculo.

A dor de minha alma sombria,

Rubro pelo silêncio acometido,

Pois fostes aquele primeiro amor.

Lupa minhas lágrimas pela aurora.

Pelo ostento de tua alma,

Tua boca me penetraste imersa?

Minha juventude sem amanhecer.

Num cisco, com minhas lágrimas viris;

Condenando minha peregrinação!

Dado pelo seu carinho solista.

Ednaldo F. Santos

Poema de Solidão. 41

Solista.

E nestes chãos fostes o meu vazio,

Grandiosa teria nossa liberdade,

Quando tocaste minha face menina.

Donde moras com meu pranto inóculo.

A dor de minha alma sombria,

Rubro pelo silêncio acometido,

Pois fostes aquele primeiro amor.

Lupa minhas lágrimas pela aurora.

Pelo ostento de tua alma,

Tua boca me penetraste imersa?

Minha juventude sem amanhecer.

Num cisco, com minhas lágrimas viris;

Condenando minha peregrinação!

Dado pelo seu carinho solista.

Ednaldo F. Santos

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Poema de Solidão. 42

Arbustos.

Abutres no céu vagando,

Avessas e esperando alcançarem,

Um lugar, no gargalo esperançosas.

Almas no chão espiando desajustadas.

De abismo no campo holocausto,

Promessas ao reinado aproximado,

Mas petardo lançaram sem avisar;

Solidões em prantos cegos infelizes.

Deitando as cobras nos arbustos,

Num parir do sol embranquecido,

Tendo tremores em suas peles.

Uma viagem dentre os altares,

Escandalizando as pederneiras.

Mas cá são eiras fluindo extintas.

Ednaldo F. Santos

Poema de Solidão. 43

Estilha.

Aderindo minhas veias no silêncio,

Tão bela a lua têm minhas promessas,

E prossegue, por meus prantos famintos.

Burlando o meu coração no horizonte.

Toco minha face machucada,

Libertando-me, das noites tristes.

Repousando meu vergar no espírito.

Aberta pela ferida do destino.

Ao atravessar esta selva desfiada;

Ao adentrar no caminho assintomático,

Escrevo apenas os meus sonhos.

O meu sangue vai se alastrando,

Escondendo aquele ser parido.

A viuvez de minha morte estilha.

Ednaldo F. Santos

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Poema de Solidão. 44

Desuso.

"Trescalando perdões de vozes vazias,

(Abertas de tantas maldições avessas,

Ruas que ferem, espinhos desfigurados)

Todo caminhar de um homem sábio?"

Rios das flores azulantes campestres,

__Silêncio frente ás nuvens tortuosas,

__Carentes rente ao solo impróprio,

Lançado no inferno sem pudores.

Quereis ferir de escolha castigante,

-Caído e ilusivo o céu

Como um leão sobre o gamo.

!Foste seu e, perdestes a gentileza,

Tendo fome sem teres apetite...

Dos lis nas serventias do seu desuso!

Ednaldo F. Santos Poesia de Solidão. 45

Adianto.

Embora-ei de trazer-te ao sonho!

Prendo-me, sobre os céus e me adianto,

Hei entre a face, o amor especial,

Transporto teu corpo, em dândi.

Fleumático aconselho o ígneo,

Sobre a têmpora de minha alma!

Frugal me faço tão ignóbil implícito,

Ao insolente destino incólume.

No homizio do teu espírito,

Dentre o âmago de minha sobriedade.

Perene, foste, minha senhoria!

Plissado e, tardio momento rubicundo,

Taciturno, caminho tênue confuso.

Nas asas do exício que nos separou.

Ednaldo F. Santos

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Poema de Solidão. 46

Oneras.

Nestes céus vazios oneras devasso,

Atribuas pelos caminhos juvenis,

O pisar nas areias de absolvições.

Se dos meus momentos, cá bastarão.

Então, se fores minha dor crédula,

Ó dia, que em nós, nos alimenta,

Há esperança e tantas perfeições.

Entoe meu cântico no espírito.

Embaixo do pôr, que nos lanças pormenores,

No vento, hei, confissões nas lágrimas,

És vida, que do mundo, nós respiramos.

E queiras, acarretar-nos de saber,

Vasta nas linhas de suas mortalhas.

O encanto do funesto transparecer.

Ednaldo F. Santos

Poema de Solidão. 47

Braços.

Onde vais de carinhos dourados,

Se o destino é puro bronze,

Sobre as águas dos lençóis,

Quero lhe dizer tantas palavras.

Frio nefando o tempo incrédulo,

Esta dura sensação da morte,

Querendo amanhecer comigo,

E se abrindo na minha janela.

Ó, vida que em teus braços vivo.

Neste leito, me perfumo amante;

Olhai, os desejos dos meus lábios.

Suave, de algodões macios,

Este, tempo cruel, é o meu ferimento!

Na minha alma, lateja em dilema.

Ednaldo F. Santos

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Poema de Solidão. 48

Rege.

Enquanto reencontro o outono,

Minha Alma clareia nas nuvens,

No silêncio do meu amor vivido,

Deixo-me haver entre as folhas.

As ilusões dos dias, acorrenta-me;

Dedilhando meu coração suplicante,

No desenhar de suas mãos carinhosas.

De sonhos e a vida que restou.

Nas asas de um bem-te-vi campeiro,

Suspenso nas copas das nuvens tortuosas,

Rege minha manhã no bosque.

À suma saudade que de ti restou;

Neste mundo de cristais quebrados,

Deixo-lhe o recolher do meu amor.

Ednaldo F. Santos

Poema de Solidão. 49

Almas Pacíficas.

Na sombra do universo ferido,

O sangue derramado nas frestas!

Sob o colar de uma romã suave,

Em desejos de começar infiltrados.

Em confins de suas almas pacíficas,

Fugindo das têmporas primaveris,

Na prata que decora suas alianças!

Talhando a vida de seus domínios.

À lápide de suma semelhança,

Amanhecendo sem vestes brancas,

No alvo das labaredas dos querubins.

Protegidos e ausentes de confissões,

Nas ramas de um pássaro ferido!

Silenciando no âmago, os seus lugares.

Ednaldo F. Santos

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Poema de Solidão. 50

Felicidade Amiga.

As velas acesas no meu coração;

Partido, aludido, enganado;

E a aurora sem me escutar.

Azuis de cristais ocos tempestuosos.

A névoa na alma chama-me,

Vaguear, flertar, amar, talvez, sacudido!

Lume as gotas de minhas sensações,

Curando a felicidade amiga.

Cá, estou, em um bosque sem rio;

Perdido, desorientado, assustado,

Carece-me, ó tempo finito.

Pois aqui, sou uma andorinha,

Mensageira de asas pro ar!

Entrando para as nuvens acalmada.

Ednaldo F. Santos

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