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Introdução
Há séculos o homem retira da natureza materiais úteis a sobrevivência no dia
a dia. Com o avanço tecnológico, materiais naturais começaram a serem
processados para atender novas utilizações. Como exemplo destes materiais
podemos citar o papel, decorrente da transformação da madeira, o ferro obtido
através das reações adequadas com a hematita que é um minério extraído do
subsolo e também o material de interesse do nosso estudo, os plásticos, que podem
ser obtidos de materiais naturais como a celulose, carvão, petróleo e gás natural,
sendo o petróleo a matéria prima mais importante. Em uma refinaria o petróleo bruto
é separado em vários componentes através da destilação, um desses componentes
é a nafta, o destilado mais importante para a fabricação dos plásticos. A nafta é
quebrada em vários componentes por um processo chamado craqueamento. Esses
componentes são a matéria prima para a produção dos plásticos.
Nossa vida seria difícil sem os plásticos, imaginemos a eliminação do
colchão, da escova de dente, das roupas de náilon e poliéster, canetas, embalagens
e acessórios de automóveis, o conforto proporcionado por estes materiais
indiscutivelmente estaria ameaçado se eles não existissem.
Leves e resistentes, práticos e versáteis, duráveis e relativamente baratos,
eles são uma das expressões máximas da ideia da tecnologia a serviço do homem.
Os plásticos ou polímeros, produzidos atualmente ultrapassam em varias
vezes as propriedades dos materiais naturais. Para as diferentes necessidades
existem diversos materiais que se adequam as aplicações.
Para utilização de um material a uma aplicação é de extrema importância o
conhecimento das propriedades do material para que sejam atendidas as
necessidades requeridas. As propriedades do material estão vinculadas a sua
estrutura molecular, justificando a necessidade do conhecimento dos materiais
poliméricos.
Colocar figura
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1.1. Definições
1.1.1. Monômeros
É a matéria prima dos polímeros. Consiste de moléculas simples de produtos
obtidos a partir do gás natural e principalmente do petróleo. Alguns monômeros
foram por muitos anos resíduos da gasolina ou óleo de aquecimento.
1.1.2. Polímero
A palavra polímero é originada do grego, e seu significado é muitas partes. A
denominação polímero foi dada as grandes moléculas formadas por unidades
químicas simples repetitivas. As unidades simples são originadas de células simples
e são denominadas monômeros.
1.1.3. Polimerização
O conjunto de reações através das quais os monômeros reagem ente si,
formando uma macromolécula polimérica é chamada polimerização. O rendimento, a
velocidade de reação e os seus mecanismos dependem de vários fatores sendo os
principais temperatura, pressão, tempo e tipo de reator.
1.1.3. Classificação dos polímeros
Os polímeros classificam-se sobre vários aspectos:
-Origem: os polímeros podem ser naturais ou sintéticos. Os polímeros
originados na natureza, como a celulose, amido, proteínas do leite, lignina são ditos
polímeros naturais e os polímeros obtidos através de reações de moléculas simples,
fabricadas pelo homem como polipropileno, polietileno, são ditos polímeros
sintéticos.
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-Reação de preparação: os polímeros podem ser preparados por reação de
poli adição ou poli condensação. As poli adições são reações em cadeia com três
diferentes fases racionais de velocidade e mecanismos diferentes: iniciação,
propagação e terminação. Uma vez iniciada a cadeia, o seu crescimento é muito
rápido e altos graus de polimerização são obtidos logo no inicio da reação, mesmo
com pouca conversão.
A poli condensação é uma reação em que não há distinção de fases
racionais. O crescimento da cadeia polimérica é vagaroso e essa cadeia só alcança
altos pesos moleculares quando atinge alto grau de conversão de monômero a
polímero. O peso molecular desse tipo de reação é da ordem de 10000 enquanto na
poliadição é de 200000.
-Estrutura química: A estrutura química dos polímeros pode ser linear,
ramificada ou reticulada.
Os polímeros de cadeia linear são polímeros que possuem macromoléculas
que cresceram em uma direção apenas, já os polímeros de cadeia ramificada são
polímeros cuja cadeia principal possui moléculas curtas ou longas dependuradas
resultando em estruturas ramificadas e polímeros reticulados, também conhecidos
como polímeros com ligações cruzadas, são polímeros com moléculas entrelaçadas,
que formam ligações primárias entre elas, resultando em reticulados tridimensionais.
-Características de fusibilidade: Os plásticos podem ser termoplásticos ou
termofixos. As características de fusibilidade dos polímeros determinam seu tipo de
processamento.
Termoplásticos são polímeros que, sob efeito de temperatura e pressão,
fundem e fluem, podendo ser moldados, e quando resfriados, endurecem e
adquirem a forma do molde. Aplicando-se temperatura e pressão novamente, eles
podem reiniciar um novo ciclo de fusão e endurecimento.
Os termofixos são polímeros obtidos sob efeito de temperatura e pressão em
pré-polímero, que fundem, fluem, adquirem a forma do molde e reagem entre si
quimicamente formando ligações cruzadas, e por fim, se solidificam. Este tipo de
polímero não permite novo ciclo de fusão.
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-Comportamento mecânico: quanto ao comportamento mecânico, os
polímeros se classificam em plásticos, elastômeros e fibras.
Plásticos são materiais poliméricos sólidos a temperatura ambiente. Os
elastômeros são materiais poliméricos os quais a temperatura ambiente pode dilatar
no mínimo a duas vezes o seu comprimento original, e depois de retirada a
solicitação, retorna ao seu comprimento original. As fibras são termoplásticos
orientados que apresentam uma relação comprimento diâmetro de no mínimo 100.
-Heterogeneidade da cadeia: os polímeros podem ser homopolímeros ou
copolímeros.
Homopolímeros são polímeros formados por um único tipo de monômero. Os
copolímeros são polímeros formados por mais de um tipo de monômero e esses
podem ser copolímeros aleatórios, copolímeros alternados, copolímeros em bolos e
copolímeros grafitizados ou enxertados.
1.1.3. Ligações químicas nos polímeros
As cadeias poliméricas possuem dois tipos de ligações, as ligações primarias
e as ligações secundarias.
As ligações primarias são ligações intramoleculares entre os monômeros na
cadeia polimérica são fortes e podem ser de vários tipos:
Iônica ou eletrovalente: Átomos que satisfazem a regra do octeto, com a
doação e recebimento de elétrons. São raras em polímeros.
Metálica: pouco comum em polímeros, ocorrem quando íons metálicos são
incorporados ao polímero.
Covalente: consiste em compartilhamento de elétrons entre átomos, é o tipo
mais comum em polímeros e determina a força das ligações intramoleculares. As
ligações covalentes possuem curtas distancias (1 a 2 Ǻ) e altas energias (35 a 200
kcal/mol).
As ligações secundárias são interações entre as macromoléculas ou entre
segmentos de uma mesma cadeia, portanto são ligações intermoleculares. Possuem
comprimento de 2 a 10 Ǻ e energia de ligação de 2 a 10 Kcal/mol. Existem dois tipos
de ligações secundárias: as forças de Van der Waals e as pontes de Hidrogênio.
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As forças intermoleculares vão determinar a maioria das propriedades físicas
do polímero: temperatura de fusão cristalina, solubilidade, cristalinidade, difusão,
permeabilidade a gases e vapores, deformação. Quanto maior é a atração entre as
cadeias, tornando mais difícil a separação ou deslizamento de uma cadeia sobre a
outra.
1.1.4. Estéreo Isomeria
Existem polímeros que possuem grupos pendentes na sua estrutura, sendo
que esses grupos podem variar suas posições espacialmente. O uso de
catalisadores estéreo específicos podem determinar a estrutura espacial do
polímero, e conseqüentemente, suas propriedades.
Os polímeros classificam-se nesse aspecto em isotáticos, atáticos e
sindiotáticos.
Os polímeros são isotáticos quando os grupos pendentes estão sempre na
mesma posição espacial ao longo da cadeia molecular, sindiotáticos quando os
grupos pendentes estão posicionados de forma alternada, ao longo da cadeia e
atáticos quando os radicais estão posicionados de forma aleatória, ao longo da
cadeia polimérica.
1.1.5. Cristalinidade
O processo de cristalização de polímeros difere dos sólidos cristalinos
convencionais devido a sua a natureza peculiar que se apresenta na forma de
longas cadeias poliméricas. Os domínios cristalinos chamados cristalitos, são
menores do que os cristais normais. Eles contem mais imperfeições e estão
interconectadas as regiões amorfas, não havendo uma divisão clara entre as regiões
cristalinas e amorfas. Além disso, uma completa transformação para o estado
cristalino é impossível porque normalmente apenas uma parte da molécula adota a
conformação ordenada necessária.
Polímeros que possuem facilidade de se cristalizarem são os de cadeia linear,
com ramificações ou grupos laterais suficientemente pequenos, ou dispostos regular
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e simetricamente ao longo das cadeias. A estéreo regularidade é essencial para o
desenvolvimento da cristalinidade.
Os polímeros possuem transições térmicas características. Se partirmos de
uma temperatura muito baixa e aquecemos um polímero, haverá uma temperatura
em que as cadeias macromoleculares da fase amorfa do polímero adquirem
mobilidade; essa temperatura é a de transição vítrea, Tg. Abaixo dessa temperatura,
os polímeros são frágeis, rígidos e quebradiços. Acima da Tg os polímeros 100%
amorfos apresentam-se moles e com comportamento borrachoso.
Continuando o aquecimento, haverá uma temperatura em que os arranjos
cristalinos do polímero se fundem, as forças intermoleculares entre as cadeias são
destruídas e o polímero adquire estado fundido. Essa é a temperatura de fusão
cristalina, Tm, ela é muito importante na determinação de condições de
processamento.
Se partirmos do estado fundido e resfriarmos o polímero, haverá uma
temperatura em que os polímeros cristalizáveis irão se arranjar em forma de cristais,
isto é, irão cristalizar. Essa é a temperatura de cristalização, Tc.
Alguns termoplásticos cristalinos possuem Tm> Tg, como o polipropileno e
outros termoplásticos possuem Tm>Tc no caso do Pet. Tm esta entre Tg e Tc.
Qualquer fator que favoreça o aumento das interações intermoleculares aumenta a
Tg e a Tm.
1.1.6. Fatores que afetam a cristalinidade dos polímeros
Linearidade: Cadeias lineares facilitam o empacotamento, favorecendo a
cristalinidade. Ramificações tendem a gerar volumes livres nas portas das cadeias e
dificuldade de empacotamento, na região próxima da ligação da ramificação com a
cadeia principal.
Taticidade: Polímeros estéreo regulares apresentam uma ordem na
disposição do grupo lateral e, portanto tem uma regularidade. Tendem a apresentar
cristalinidade. Polímeros atáticos normalmente são amorfos.
Polaridade: A presença de polaridade na molécula, não é uma
obrigatoriedade para cristalização, mas se estiver presente, vai facilitar a
aproximação das cadeias e gerar cristalinidade. O principal exemplo é o nylon, que
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apresenta polaridade na carbonila, produzindo pontes de hidrogênio entre ela e o
hidrogênio da amida da cadeia vizinha, aumentando as forças intermoleculares,
gerando cristalinidade, e por conseqüência, aumentando a temperatura de fusão
cristalina.
Copolimerização: O copolímero, por possuir dois monômeros diferentes na
cadeia principal, tende a ter dificuldade de empacotamento e de cristalinidade.
Aditivos: Normalmente estas moléculas são substancias estranhas dos
polímeros, que se aloja entre as cadeias, dificultando o empacotamento e
diminuindo a porcentagem de cristalinidade.
Taxa de resfriamento: No estado fundido, todos os polímeros, inclusive os
cristalinos são amorfos e dependendo da velocidade de resfriamento o polímero terá
um teor de cristalinidade. Se o resfriamento for brusco o teor de cristalinidade tende
a ser menor, pois as cadeias não terão tempo de organização e a estrutura amorfa
predominará. Esse recurso é usado para aumentar a transparência do material,
porém as propriedades mecânicas são ameaçadas.
Um polímero com alto teor de cristalinidade possui maior densidade, maior
rigidez, maior dureza, menor resistência ao impacto, menor transparência e menor
permeabilidade aos gases.
1.1.7. Relação entre as estruturas e propriedades dos polímeros
As propriedades de um polímero estão diretamente relacionadas à sua
estrutura, ou seja, são dependentes do peso molecular e de sua distribuição,
quantidades de ramificações, presença de impurezas ou aditivos. Por exemplo,
quanto maior o peso molecular de um polímero maior a rigidez, maior resistência a
tração, maior viscosidade, maior a resistência ao stress-cracking e menor a
transparência.
1.1.8. Principais técnicas de polimerização
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As principais técnicas de polimerização são a polimerização em massa, a
polimerização em emulsão, a polimerização em solução e a polimerização em
suspensão.
Colocar figura
Tipos de plásticos e suas propriedades
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2.1. Polietileno- PE
Até meados de 1950, o polietileno convencional era produzido por processos
de alta pressão, entretanto, esses materiais eram ramificados de peso molecular
moderado, geralmente menor que 50000.
Em 1954, dois outros métodos foram desenvolvidos, um usando catalisadores
de oxido metálico (processo Phillips) e outro usando alquil alumínio ou materiais
similares (processo Ziegler). Por esses processos, os polímeros podem ser
preparados em temperaturas e pressões menores.
Devido a essas modificações, os polímeros passaram a apresentar
densidades mais elevadas, ficaram mais rígidos e com alto ponto de amolecimento.
Atualmente, o polietileno é produzido tanto pelo processo de alta pressão,
como pelo processo de baixa pressão (processo Phillips). O processo Ziegler
fornece polietilenos com características intermediárias.
2.1.1. Preparação do etileno
O etileno é obtido através do cracking do etano ou de naftas virgens,
provenientes do gás natural e do petróleo, segundo a reação:
desidrogenação
H3C-CH3 H2C=CH2
etano etileno
2.1.2. Polimerização do etileno
A polimerização do etileno ocorre segundo a reação:
H2C=CH2 --[H2C--CH2]--
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etileno polietileno
Existem quatro métodos de polimerização do etileno: processo de alta
pressão, processo Ziegler, processo Phillips e processo Standard Oil.
No processo de alta pressão são obtidos polietilenos conhecidos por
polietilenos de baixa densidade (PEBD), o processo Ziegler são obtidos polietilenos
de média densidade (PEMD) e no processo Standard Oil e Philips são obtidos
polietilenos de alta densidade (PEAD).
Figura
Os polímeros comerciais apresentam diferentes propriedades por três razões
básicas que são grau de ramificação, peso molecular e sua distribuição e presença
de impurezas.
Figura
O polietileno é um termoplástico de aspecto ceroso, translúcido, mas que sob
a forma de filmes pode ser transparente. Possui densidade menor que a da água e
amolece a uma temperatura de 80-130º C. Apresenta excelente característica
dielétrica, muito boa resistência química, tenacidade e moderada resistência a
tração.
Todas as propriedades mecânicas do polietileno são dependentes da historia
térmica da amostra. Se resfriarmos rapidamente o material desde o estado fundido,
o solido terá densidade e cristalinidade menores, portanto será mais mole, mais
flexível, mais resistente ao stress cracking e mais transparente.
O resfriamento lento ou recozimento da amostra, por exemplo, por tratamento
em água fervente, dá um produto mais cristalino, mais duro, mais rígido, menos
resistente ao impacto, mais resistente a tração e menos transparente.
As propriedades elétricas do polietileno são excelentes, ele tem baixa perda
dielétrica, baixa constante dielétrica, alta resistividade e alta resistência dielétrica.
2.1.3. Processamento
Os polietilenos podem ser processados por varias técnicas de transformação,
entretanto as mais empregadas são injeção e extrusão.
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As principais características a serem observadas no processamento dos
polietilenos são a baixa absorção de umidade do polímero evita a necessidade de
pré secagem, exceto quando aditivos higroscópicos estão presentes, o material
principalmente em estado fundido, não deve ficar muito tempo em contato com o ar,
pois este oxida com facilidade, embora a temperatura de processamento seja baixa
comparada com outros materiais plásticos, o calor especifico é alto, a viscosidade do
polietileno diminui à medida que aumenta a temperatura e a cristalinidade é
responsável pela contração do material no molde durante o resfriamento, assim
quanto maior o grau da cristalinidade do polímero, mais este se contrai.
2.1.4. Aplicações
O polietileno é um dos termoplásticos mais consumidos, devido a varias
vantagens como baixo custo, boa processabilidade, boas propriedades elétricas,
resistência química e outras. Este polímero apresenta algumas desvantagens como
baixo ponto de amolecimento, baixa resistência a tração, alta permeabilidade a
gases, baixa resistência ao risco e oxidação.
O polietileno tem seu maior consumo na forma de filme, nas indústrias de
embalagens de alimentos e na agricultura. É muito utilizado na produção de
recipientes ocos como garrafas, tanques de combustível de automóveis e peças
técnicas pelo processo de extrusão-sopro. Os tubos de polietilenos são usados para
mangueiras de água e em tubos que conduzem produtos químicos.
2.2. Polipropileno- PP
O polipropileno foi desenvolvido em 1957, pela Montecatini, em Milão, com
base nos estudos do professor G. Natta e nos catalisadores desenvolvidos por
Ziegler e introduzidos no mercado por volta de 1959. O termoplástico é obtido pela
polimerização do propeno ou propileno que é uma olefina que sob pressão, passa
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para o estado gasoso. Pode ser obtido através da pirólise de hidrocarbonetos mais
pesados (naftas), ou ainda, da recuperação direta dos gases de refinaria.
H2C=CH l CH3
propileno
Para polimerização o propileno deve ser extremamente puro, a água deve
estar ausente, pois destrói o catalisador e o metil acetileno deve ser retirado porque
age como iniciador de ligações cruzadas.
Na polimerização do propeno emprega-se a técnica de polimerização em
solução e os diluentes normalmente usados são hidrocarbonetos de fração C6 e C8.
Os iniciadores usados são produtos obtidos pela reação de compostos
organometálicos, conhecidos como catalisadores Ziegler Natta, principalmente
triaquil alumínio e tetra cloreto de titânio.
O polipropileno possui grupos pendentes na estrutura e as posições destes
grupos influem sobre as propriedades finais do polímero. A posição dos radicais
metilas ao longo da cadeia polimérica depende do catalisador empregado durante a
polimerização do propeno.
O polipropileno pode ser atático, sindiotático ou isotático de acordo com a
posição dos radicais metilas ao longo da cadeia polimérica. O polipropileno
comercial apresenta a estrutura isotática, são produzidos com catalisadores Ziegler
Natta e podem se cristalizar.
Na forma cristalizada, três moléculas de polipropileno formam uma unidade
helicoidal completa dando um a configuração espiralada a cadeia molecular do
polímero. Esses espirais organizam-se paralelamente uns aos outros originando um
polímero com alto grau de cristalinidade, elevada rigidez, boa resistência mecânica,
boa dureza superficial e boa resistência térmica.
2.2.1. Propriedades
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As propriedades do polipropileno dependem parcialmente do grau de
isotáticidade, da cristalinidade, do peso molecular e do tipo de polipropileno
(copolímeros, reforçados).
A maioria dos polipropilenos disponível no mercado tem aproximadamente a
mesma isotáticidade, enquanto que a cristalinidade depende da maneira como o
material foi resfriado durante o processamento, sendo assim as principais diferenças
entre os vários tipos comerciais esta no peso molecular, que pode ser avaliado
através do ensaio do índice de fluidez.
O peso molecular exerce grande influência sobre as propriedades do
polipropileno. O aumento do peso molecular exerce diminuição no índice de fluidez,
provoca um aumento na viscosidade no estado fundido e da resistência ao impacto.
Por outro lado verifica-se uma diminuição da resistência a tração, da dureza e da
rigidez. Essas variações podem ser explicadas partindo-se do principio que um
aumento no peso molecular dificulta a cristalização do polímero, variando o grau de
cristalinidade.
O polipropileno apresenta pobres propriedades de impacto principalmente a
baixa temperatura. A melhoria das propriedades de impacto pode ser realizada,
produzindo um material com peso molecular alto, mas o recurso mais utilizado é a
introdução de uma fase elastomérica, através de copolimerização ou por produção
de blendas.
Uma importante propriedade do polipropileno e a excelente resistência a
fadiga por flexão, sendo muito empregado na fabricação de dobradiças. Para se
obter tais dobradiças as peças devem ser flexionadas 3 a 4 vezes logo ao saírem do
molde, para que haja orientação molecular no sentido do fluxo.
As propriedades elétricas não são afetadas pela isotáticidade ou pelo peso
molecular, mas sim pela presença de resíduos metálicos proveniente do catalisador
empregado.
Devido à natureza apolar, o PP possui uma grande resistência aos agentes
químicos que aumenta com peso molecular e densidades maiores. È atacado por
soluções de agentes fortemente oxidantes, como acido nítrico concentrado,
halogênios, acido sulfúrico fumegante e acido sulfônico, entretanto, reage bem a
soluções de ácidos e álcalis minerais, a soluções aquosas de sais inorgânicos e a
maioria dos solventes orgânicos. Os hidrocarbonetos, assim como alguns óleos e
gasolina, produzem particularmente a altas temperaturas, certo inchamento
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prejudicando as propriedades do material. Possui excelente resistência ao stress
cracking.
O PP apresenta baixa permeabilidade a gases em geral, sendo pouquíssimo
permeável a vapores da água, o que o torna indicado para o uso em embalagens.
A resistência a abrasão do PP não pode ser considerada ótima. Entretanto
quando reforçada com fibra de vidro, esse polímero apresenta melhor resistência
que muitos termoplásticos.
Por não constituir terreno nutritivo para os microorganismos, o PP não é
atacado por estes.
2.1.3. Aplicações
Por extrusão, o PP pode ser transformado em fibras, filmes, chapas, tubos e
cabos.
As fibras são de grande importância na fabricação de cordas, pois
apresentam baixa densidade, alta tenacidade, boa resistência a abrasão e alta
resistência a tração.
Quando se necessita fabricar tubos, revestimentos de tanque e tubulações
para a indústria química, a matéria prima mais indicada é o PP, por apresentar
inércia química, entretanto, deve-se considerar a sua baixa resistência aos produtos
fortemente oxidantes.
Por injection-blow (injeção e sopro) são produzidas garrafas e produtos
similares.
Na moldagem por injeção, são produzidos objetos domésticos, mobiliários,
brinquedos e artigos para a indústria automobilística como: carcaças e faróis, caixas
de bateria, dobradiças, pedais de acelerador e etc.
Também na fabricação de caixas de óculos, paquímetros e embalagens de fio
dental.
O PP também é muito usado em aplicações hospitalares, por apresentar
baixo peso especifico e resistência a esterilização em autoclaves.
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2.3. Poliestireno- PS
Durante o inicio da moldagem por injeção as resinas de poliestireno foram
muito importantes no desenvolvimento deste processo. Conhecido desde 1845, esse
polímero adquiriu grande importância industrial somente no inicio da segunda guerra
mundial (1939) e atualmente, é um dos termoplásticos mais consumidos, sendo
superado apenas pelo polietileno.
Os transformadores aceitaram rapidamente o poliestireno, devido ao seu
baixo custo, menor peso e boas propriedades elétricas. Sua transparência, alto
brilho e boa resistência aos ácidos fortes, fazem do PS um material muito aplicado
em situações em que essas propriedades são necessárias.
1.3.1. Obtenção do monômero
O monômero para a produção do poliestireno é o estireno, que quimicamente
é um hidrocarboneto aromático insaturado de fórmula C6H5C2H3. É também chamado
de vinil benzeno. O estireno é um líquido, com ponto de ebulição 145ºC e ponto de
solidificação -30,6ºC. Quando puro é incolor e apresente um odor agradável e
adocicado.
O estireno pode ser obtido industrialmente a partir de vários processos,
entretanto o mais utilizado consiste na desidrogenação do Etil-Benzeno.
O etil-benzeno é obtido a partir do etileno e do benzeno, na presença de um
catalisador, como por exemplo: Cloreto de Alumínio (AlCl3). A desidrogenação do
etil benzeno é provocada pela ação do calor, e na presença de óxidos metálicos, tais
como o óxido de zinco, cálcio, magnésio, ferro ou cobre. A temperatura do sistema
deve ser entre 600ºC a 800ºC. A reação é endotérmica e a pressão é reduzida, pois
ela se dá com aumento de volume.
1.3.2. Polimerização do estireno
O polímero pode ser preparado pelos métodos de massa, suspensão, solução
e emulsão, sendo os dois primeiros os mais importantes. A polimerização em massa
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tem a vantagem de ser um método simples e de fornecer um polímero com alta
clareza e boas propriedades de isolação elétrica. Existem, entretanto sérios
problemas quanto à exotermia da reação e o produto podem ter uma larga
distribuição de peso molecular. A polimerização em solução reduz a exotermia, mas
causa problemas quanto o grau de pureza do polímero. O solvente pode atuar como
um agente de transferência de cadeia e pode causar uma redução de peso
molecular. A polimerização em suspensão não apresenta esses problemas, mas
existe uma pequena contaminação do polímero, pela água e pelo agente de
suspensão, porem o polímero pode ser secado e agregado em grânulos para
moldagens por extrusão e por injeção. A polimerização em emulsão utiliza uma
grande quantidade de sabões metálicos, que afeta a clareza e as propriedades de
isolação elétrica, esse processo é usado apenas para a produção de látex de
poliestireno.
1.3.2. Tipos de poliestireno
O poliestireno é encontrado no mercado em vários tipos de formulações para
diversas áreas de aplicações.
Poliestireno Cristal: É essencialmente um homopolímero de estireno.
Dependendo do tipo de processamento, o material recebe uma pequena quantidade
de lubrificante, tanto de ação externa quanto interna, facilitando o fluxo na injeção ou
na extrusão.
Poliestireno Resistente ao Calor: Este tipo de poliestireno é basicamente o PS
cristal, porém o material não sofre distorções mesmo quando imerso em água a
95ºC, devido ao seu maior peso molecular. Este aumento no ponto de distorção é
inversamente proporcional a facilidade de processamento, sendo utilizado somente,
onde a alta resistência ao calor é desejada.
Poliestireno Alto Impacto: Em seu estado original, o PS é um termoplástico
duro, rígido e transparente, tem excelentes propriedades, mas para aplicações onde
é exigida uma grande resistência ao impacto, o PS não pode ser usado. O aumento
da resistência ao impacto foi alcançado com a incorporação de elastômeros, em
proporções variáveis segundo as propriedades desejadas do produto final.
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Poliestireno Expandido: O estireno é polimerizado em suspensão, o agente de
expansão usado é uma fração do petróleo tal como o n-pentano, que pode ser
incorporado antes da polimerização ou usado para impregnar as pérolas sob
aquecimento e pressão em uma operação de polimerização local da aplicação.
1.3.2. Aplicações
Os poliestirenos são muito consumidos devido suas características de
estabilidade dimensional, baixo peso especifico, excelentes propriedades elétricas,
alto índice de refração e baixo custo.
Os poliestirenos com maior peso possuem melhores propriedades elétricas do
que os tipos comuns, devido à ausência de lubrificantes internos.
Os filmes ou laminados de Ps Cristal podem ser obtidos de forma orientada.
Após a extrusão o PS é estirado biaxialmente de depois esfriado bruscamente.
Assim são obtidos laminados com resistência a tração ao alongamento maior.
O PS é muito utilizado em equipamentos de refrigeração nos quais a baixa
condutividade térmica e as propriedades de impacto a baixas temperaturas são
requeridas.
O PSAI é usado em moldagens para utensílios domésticos, como recipientes
de armazenamento de alimentos, brinquedos, equipamentos de esportes e jogos,
equipamentos elétricos e rádios (caixas, botões e interruptores) e em acessórios
para banheiros.
Na Europa e na America do norte, aproximadamente 1/3 do poliestireno
expandido é usado na construção civil. Nesse campo o EPS compete ainda com as
espumas de poliuretano. O EPS tem uma baixa densidade, uma baixa relação
custo/peso, é menos frágil e poder set aditivado com retardantes de chama. Por
outro lado as espumas de poliuretano, produzidas por sistemas que usam agente de
expansão auxiliares são de menor condutividade térmica e podem ser formadas In
Situ.
O poliestireno expandido é usado para embalagens de equipamentos
delicados, fabricação de bóias (e outros artigos flutuantes), caixa de ovos,
recipientes para conservação de alimentos e transporte de sorvetes e bebidas.
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2.4. Policloreto de vinila- PVC
1.3.2. Preparação do cloreto de vinila a partir do etileno
O processo consiste na eliminação do gás clorídrico, a partir do dicloro etano,
obtendo-se o cloreto de vinila. O dicloreto etano se produz por reação do etileno com
cloro, em fase líquida, a 30 - 35ºC, utilizando como catalisador cloreto de ferro. Não
é estritamente necessário que o etileno seja puro, sendo possível uma corrente de
etileno - etano sem separação prévia, através do reator. A reação é exotérmica, e é
necessário realizá-lo a baixas temperaturas, pois às temperaturas altas, favorecem a
reação de cloração que produz tri e tetracloreto etano.
Economicamente, este processo é mais vantajoso, pois, o etileno é mais
barato que o acetileno e também, porque o cloreto de hidrogênio pode ser
aproveitado, por exemplo, na produção do cloreto de vinila via acetileno.
1.3.2. Polimerização
Em vista do alto calor de polimerização de cloreto de vinila, (cerca de 25
Kcal/mol) deve haver durante a polimerização uma boa eliminação do calor
desprendido. Ao lado de agitação da mistura em reação e camisa de refrigeração,
deve-se conduzir a polimerização em meio solvente ou diluente. O mais barato é a
água, porém, emulsões e suspensões podem ser facilmente formadas, usando-se
agentes de emulsificação e suspensão.
Polimerização em Emulsão: Devido a sua baixa solubilidade em água, o
cloreto de vinila pode polimerizar-se em emulsão. O monômero deve ser altamente
puro, e a polimerização deve ser efetuada em atmosferas livres de oxigênio. A
utilização de iniciadores inorgânicos, solúveis em água tem possibilitado reações
rápidas de polimerizações a baixas, da ordem de 20ºC.
A emulsão é formada de pequena de gotas de monômeros, dispersas na fase
aquosa e misturas de sabão contendo monômeros. A polimerização ocorre dentro
das misturas, iniciada pela difusão de radicais provenientes da fase aquosa. As
21
partículas de polímero que se formam ficam em suspensão formando um látex
aquoso.
Os ingredientes para polimerização são colocados no reator, a emulsão é
formada por agitação e a polimerização iniciada aquecendo-se até a temperatura
desejada. Este deve ser mantida constante, por meio de resfriamento adequado.
Quando a polimerização está concluída, o monômero que não reagiu é recuperado e
purificado.
O PVC obtido por emulsão contém quantidades consideráveis de
emulsificantes (2 - 5%) que influi nas propriedades, de isolação e transparência. Em
alguns casos estes inconvenientes são parcialmente evitados através de lavagens
especiais, porém, o polímero é mais caro.
Polimerização em Suspensão: Este método é fora de dúvida o mais utilizado
para a preparação do PVC no mundo, hoje em dia. Consiste fundamentalmente em
suspender o monômero em água em forma de gotículas, que são assim mantidas
por um agente de suspensão, tal como gelatina, metil ou etil celulose, ou álcool
polivinílico. A água auxilia o controle de calor formado durante a reação de
polimerização, um agente de molhadura, tal como óleo de mamona sulfonado, é
também usado, e uma polimerização com mecanismo de radical livre é iniciada por
um catalisador solúvel em óleo e insolúvel em água, como peróxido de benzoíla ou
laurila.
É necessária uma agitação constante e vigorosa para manter os reagentes
em suspensão, e a polimerização ocorre em cada gotícula. A Velocidade de
agitação é um fator muito importante e controla o tamanho das partículas; quanto
maior a velocidade de agitação, menor o tamanho das partículas e vice-versa. A
polimerização é levada a efeito por um tempo pré-determinado que é em geral 12 a
24 horas, e quando a reação estiver completa o polímero se apresenta na forma de
lama, que passa a um tanque de separação para a remoção do cloreto de vinila que
não reagiu, sendo então filtrada e secada. A secagem é feita em tambor relativo ou
secador por pulverização.
Polimerização em Massa: Não é um método satisfatório para o PVC, pois só
fornece polímero de baixo peso molecular. Mistura-se iniciador e monômero e inicia-
se a polimerização. O polímero formado é insolúvel no monômero e, portanto,
precipita logo que é formado, dando polímeros de baixo peso molecular, embora de
22
excelente pureza. A resistência mecânica é também pobre e o problema prático da
polimerização é como dissipar todo o calor pela reação.
1.3.2. Propriedades
A natureza dos elementos monoméricos que, quando polimerizados,
constituem a macromoléculas determina o comportamento químico e as
propriedades elétricas de um plástico, para ter um quadro completo das
propriedades mecânicas é primordial importância a composição estrutural.
- Densidade 1,4 g/cm3;
- Não mantém combustão:
- Propriedades dielétricas excelentes;
- Inodoro e não tóxicos;
- Resistentes a esforços de tração da ordem de 400 a 600 kgf/cm2;
- Boa dureza;
- Boa rigidez;
- Boa resistência a abrasão;
- Boa resistência química;
- Superfícies brilhantes;
- Baixo custo por kg;
1.3.2. Aplicações
O PVC é um polímero extremamente versátil e que tem aplicação bastante
diversa. Pode ser usado na construção civil e em brinquedos por exemplo.
O PVC flexível é muito usado em aplicações de isolamento elétrico, em
filmes para substituir couro, em mangueiras e em filmes para embalagens de
alimentos.
O PVC rígido é muito utilizado na indústria química, devido a sua elevada
resistência a produtos corrosivos. Também é amplamente aproveitado na
construção civil por ser muito resistente a intempéries e por ter boa resistência à
23
chama. E usado como tubulações, esquadrias, janelas e pode substituir a madeira,
diminuindo custos na construção.
Os vários tipos de PVC são usados na produção de embalagens para óleos,
sucos de frutas, detergentes, produtos cosméticos, brinquedos, calças para bebês,
etc.
As aplicações citadas estão diretamente relacionadas as formulações
utilizadas, portanto é justificável a sua versatilidade.
2.5. Poli (metil metacrilato) – PMMA
2.5.1. Obtenção do monômero
O processo desenvolvido para a preparação do metil metatrilato,
consiste em, primeiramente, reagir a acetona com cianeto de hidrogênio,
para formar a acetona cianídrica. A cianídrica é, então, hidrolisada com ácido
sulfúrico, formando o sulfato de metacrilamida.
O sulfato não é isolado da mistura reativa a qual passa por um
recipiente de esterificação e reage continuamente com metanol.
No final do processo, adiciona-se ao monômero obtido, inibidores,
normalmente hidroquinona, que evita a polimerização prematura do
monômero durante a escotagem ou durante o manuseio. O metacrilato é, em
condições normais de temperatura e pressão, um líquido que apresenta as
seguintes propriedades: Temperatura de ebulição-100.5ºC
Densidade-0,94 g/cm3
Índice de refração-1,416
Calor de polimerização-11,6 kcal/mol
2.5.2. Polimerização
O metilmetacrilato pode ser facilmente polimerizado em massa,
solução, suspensão e emulsão.
24
Comercialmente, a técnica mais empregada é a de massa, pois
possibilita a obtenção direta do produto desejado. Um exemplo típico da
utilização desta técnica seria a fabricação de chapas por casting. Neste caso,
é bom lembrarmos que, a técnica empregada na fabricação de artigo (chapa)
é conhecido como casting, porém, a técnica empregada na polimerização do
monômero é em massa.
Polimerização em Massa: Esta técnica de polimerização é mais
empregada na fabricação de chapas acrílicas. Pode ser dividida em 3 etapas:
- Eliminação do inibidor: como já vimos normalmente empregado para
evitar a polimerização do monômero durante o manuseio ou na estocagem, é
a hidroquinona. Este aditivo pode ser eliminado por lavagem do produto com
um solução alcalina (por exemplo, alcoolatode sódio) ou por simples
destilação .
- Pré-polimerização: é adicionado ao monômero isento de inibidor o
iniciador da reação de polimerização, como por exemplo azodiisobutrilonitrila
e o sistema é aquecido, sob constante agitação, durante alguns minutos, até
que o monômero adquira uma consistência xaroposa. Em seguida, é esfriado
até a temperatura ambiente e feito a eliminação do ar sob vácuo.
- Polimerização propriamente dita: o monômero xaroposo é colocado
em moldes adequados (normalmente de vidro) e estes são levados a uma
estufa com uma temperatura de aproximadamente 45ºC. Dentro da estufa se
mantém uma boa circulação de ar, para retirada adequadamente o calor
desenvolvido pela reação de polimerização.
Como no final da reação a viscosidade do produto se torna
extremamente elevada, eleva-se a temperatura da estufa para cerca de 80ºC
garantindo, assim, a total polimerização do monômero. A Contração que
ocorre durante a conversão do monômero a polímero é de aproximadamente
20%. Após a sua remoção do molde, muitas vezes, as chapas obtidas
apresentam tensões internas.
Estas podem ser eliminadas pendurando as chapas verticalmente numa
estufa e aquecendo-se a cerca de 80ºC por um período de tempo, cuja
duração depende da espessura da chapa.
Polimerização em Solução: Nesta técnica de polimerização, o
monômero dissolvido em um solvente orgânico adequado é colocado em um
reator de aço inoxidável ou de metal revestido de vidro, provido de
25
agitadores e de camisas de refrigeração. Esta técnica apresenta interesse
comercial somente quando deseja-se empregar o polímero resultante na
forma de solução, como é o caso de adesivos e lacas acrílicas.
Portanto, deve-se escolher um solvente orgânico que solubilize tanto o
monômero como o polímero resultante. Os solventes mais empregados na
polimerização do metilmetacrilato são: tolueno, acetona, e acetato de etila.
Polimerização em Emulsão: Adiciona-se primeiro um emulsionante a
água e um catalisador solúvel em água e, em seguida, se efetua a dispersão
do monômero com agitação conveniente. Os típicos catalisadores solúveis em
água convenientes para esta reação incluem o peróxido de hidrogênio (água
oxigenada), o persulfato de amônio ou o persulfato de potássio. Os
emulsificantes podem ser do tipo aniônicos ou não aniônicos, sendo este o
preferido por causa de sua estabilidade.
As emulsões acrílicas assim preparadas são usadas para revestir
couros, tecidos e na manufatura de tintas a base de água.
Polimerização em Suspensão: Em um processo típico, uma parte de
metilmetacrilato é agitada com duas partes de águas e 0,2% de peróxido de
benzoíla empregado como catalisador. A temperatura inicial da reação é de
80ºC, podendo atingir até 120ºC devido à exotermia de reação. Para se
controlar a tamanho das partículas, adiciona-se carbonato de magnésio, o
qual é eliminado mo final do processo pela adição de ácido sulfúrico à
mistura. O PH do meio e o peso molecular médio do polímero são controlados
pela adição de fosfato ácido de sódio etricloroetileno respectivamente.
O produto final se apresenta na forma de pequenas pérolas, que são
peneiradas, lavadas e secadas. Em seguida, podem ser granuladas e
transformadas pela técnicas convencionais aplicadas na moldagem de
termoplásticos.
2.5.3. Propriedades
Densidade 1,2 g/cm3, transição vítrea de 110ºC, amorfo,
transparência aproximada de 92%, duro, rígido, ponto de amolecimento
105ºC, indice de refração, absorção de umidade, boa resistência química,
26
5.5.4. Aplicações
Uma das aplicações mais conhecidas para as chapas de Polimetil-
Metacrilato é o campo da iluminação ou da cobertura transparente. O uso de
chapas acrílicas se estendeu às construções, especialmente substituindo o
vidro nos luminosos na fabricação de telhados corrugados altamente
transparentes e no interior de casas e edifícios como paredes divisórias em
quartos, banheiros, etc. As lanternas para automóveis, luzes de
estacionamento e pisca-pisca, são moldados com acrílicos devido às suas
excelentes propriedades ópticas, resistência às intempéries e resistência
mecânica.
Os usos industriais do Polimetil-Metacrilato são numerosos, incluindo
painéis de instrumentos, chapas de proteção, janelas de inspeção, óculos
protetores, etc., servem também para a construção de maquetes, nas quais
sua alta transparência ressalta os detalhes desejados no interior dos moldes.
Na medicina, pode ser usado na fabricação de olhos artificiais, lentes
de contatos e dentaduras artificiais. Na fabricação de lustres para iluminação
e decoração, está perdendo o campo de aplicação para as resinas poliésteres,
devido seu maior custo.
27
2.6. Poli Carbonato- PC
2.6.1. Obtenção dos monômeros
Os policarbonatos podem ser considerados como poliésteres de compostos
de ácido carbônico e polihidróxidos. O fosgeno e o difenil carbonato são os dois
derivados mais usados em produções comerciais do PC. Como mencionado
anteriormente, o bisfenol A é o composto polihidroxilado mais usado para a
fabricação do policarbonato atualmente.
Fosgeno: O fosgeno (ou dicloreto de carbonila) é obtido pela reação do gás
cloro com o monóxido de carbono a aproximadamente 20ºC, na presença de
carbono ativo como catalisador.
O fosgeno é um gás com ponto de ebulição de 8ºC, de odor pungente. 17.1.2.
Bisfenol A.
O Bisfenol A é obtido através do fenol (2 moles) e da acetona (1 mol).
O fenol e a acetona são misturados e aquecidos a aproximadamente 50ºC. O
HCl (catalisador) é passado pela mistura por aproximadamente 8 horas, durante
este período, a temperatura é mantida a aproximadamente 70ºC para evitar a
formação de produtos isoméricos. O Bisfenol A precipta, é filtrado e lavado com
tolueno para remover o fenol que reage que é recuperado. O produto é então
recristalizado em etanol aquoso.
O Bisfenol A com elevado grau de pureza e ponto de fusão de 154ºC a 157ºC
é usado para preparação dos policarbonatos. Um material impuro resulta em um PC
com coloração pobre e baixas propriedades.
28
2.6.2. Polimerização
Neste processo o polímero é obtido pela trans-esterificação entre o Bisfenol A
e difenil carbonato.
Em um processo típico, uma mistura de Bisfenol A e difenil carbonato junto
com um catalisador básico (hidreto de lítio, óxido de zinco ou óxido de antimônio) e
fundida e agitada a aproximadamente 150ºC sob nitrogênio. A temperatura e então
aumentada para aproximadamente 210ºC por uma hora e a pressão é reduzida a
aproximadamente 20 mmHg. Ao término deste tempo, o fenol e destilado. A mistura
reacionária e então tratada por um período de 5 a 6 horas durante o qual a
temperatura e aumentada para aproximadamente 300ºC e a pressão e reduzida
para aproximadamente 1 mmHg. Durante este período a viscosidade do fundido
aumenta muito e a reação e eventualmente parada. O material e extrudado e
granulado.
A trans-esterificacão requer equipamentos mais complexos (também altas
temperaturas e baixas pressões são envolvidas) e a alta viscosidade do polímero
fundido faz a impraticabilidade do manuseio dos produtos com pesos moleculares
maiores que 50.000. Mesmo assim, o método da trans-esterificacão e usualmente
preferido a fosgenação direta em operações industriais.
2.6.3. Propriedades
Densidade 1,20 g/cm3, super rígido, super duro, altamente transparente, alta
pureza, temperatura máxima de uso 135ºC, alta resistência a deformação, alta
estabilidade dimensional, excelente resistência ao stress-cracking, tg 149ºC, tm
225ºC, absorção de umidade 0,35%, atóxico.
2.6.4. Aplicações
Os policarbonatos são materiais muito utilizados onde a tenacidade, o caráter
auto-extinguível e a transparência são necessários em uma peça.
29
Atualmente, o consumo de metade da produção de PC e aplicada nas
indústrias elétricas e eletrônicas, na fabricação de relês, bobinas, terminais, plugs,
recobrimento de fusíveis, sendo necessárias propriedades como resistência a
chama, bom isolamento, dureza, resistência ao calor, resistência a oxidação.
Em aplicações domésticas, os policarbonatos são usados em vasos, pratos,
cabos de talheres, etc.
São usados ainda em capacetes, lanternas de automóveis, recipientes de
filtros de óleos, réguas, luzes de posição para aviões, rotores de bombas, lentes de
semáforos, janelas de aviões, chassis para geradores, etc.
2.7. Poliamida (PA).
2.7.1. Obtenção dos monômeros
Hexametileno Diamida: Um processo starndard comercial para a obtenção da
hexametileno diamina é através do ácido adípico.A hexametileno diamida é um
sólido branco cristalino, com ponto de fusão de 41ºC.
Ácido Adípico: A principal técnica comercial de obtenção do ácido adípico é
através do benzeno. O ácido adípico é um sólido branco cristalino com ponto de
fusão de 152ºC.
Ácido Sebácico: O ácido sebácico é normalmente obtido do óleo de castor,
que é essencialmente um triglicerído do ácido ricinoleíco. ácido sebácico é um
sólido incolor cristalino com um ponto de fusão de 134,5ºC.
Ácido W – Aminoundecanóico: O ácido w - aminoudecanóico é
normalmente preparado pelo óleo de castor. O ácido w - aminoundecanoíco, é um
sólido cristalino com ponto de fusão de 189ºC.
Caprolactama: O processo de obtenção da Caprolactama mais importante
comercialmente é através do ciclohexano. A Caprolactama é um sólido branco
cristalino com ponto de fusão de 70ºC.
Ácido W - Aminoenântico e Perlargônico: Os W - aminoácidos podem ser
obtidos através de telômeros isolados pela hidrólise do grupo -CCl3 aquecendo o
telômero com H2SO4 concentrado por uma hora a 90 - 100ºC e então são tratados
com uma solução aquosa de amônia sob pressão.
30
2.7.x. polimerização
As poliamidas lineares podem ser preparadas por diversos métodos, porém
apenas 3 são de grande importância comercial:
Reação de diamidas com ácidos dicarboxílicos, via uma "sal de Nylon", auto-
condensação de um W-aminoácido, e a abertura de um anel de lactama.
Poliamida 6:6.
O sal de Nylon 6:6 preparado pela reação do hexametilenoiamina e ácido
adípico em metanol, o sal insolúvel com ponto de fusão de 190 - 191ºC.
Poliamida 6:10.
A Poliamida 6:10 é preparada através do sal apropriado (pf 170ºC) por uma
técnica similar à similar à da Poliamida 6:6.
Poliamida 6.
Os processos contínuos e bateladas tem sido usados para a fabricação da
Poliamida 6. Em um processo batelada típico, a caprolactama a água (que atua
como um catalisador) e um telômero (ácido acético), são carregados em um reator
sob atmosfera de N2 a 250ºC por aproximadamente 12 horas.
Poliamida 11.
Este polímero pode ser preparado pela agitação do ácido aminoundecanoíco
fundido a aproximadamente 220ºC. A reação é controlada pela medida da
condutibilidade elétrica do fundido e pela viscosidade de soluções em M-cresol.
Poliamida 12.
A abertura do anel de caprolactama para a Poliamida 6 envolve uma reação
de equilíbrio que é facilmente catalisada com água. No caso da Poliamida 12,
através do Dodecil Lactama, são necessárias temperaturas maiores que 260ºC para
abrir a estrutura cíclica, porém, neste caso, a concentração não é uma reação de
equilíbrio e o processo tem como rendimento aproximadamente 100% de polímero
linear.
2.5.4. Propriedades
As poliamidas alifáticas tais como a 6, 6:6, 6:10, 11, 12 são polímeros
lineares, portanto, termoplásticos. Elas contem os grupos polares-CONH, espaçados
31
em intervalos regulares, tornando os polímeros cristalizados e com uma alta atração
intermolecular.
Estas cadeias poliméricas também possuem os seguimentos de cadeia
alifáticos que conferem certa flexibilidade às regiões amorfas. Portanto, as
combinações da alta atração entre as cadeias nas zonas cristalinas e a flexibilidade
das zonas amorfas conferem às poliamidas, rigidez a temperaturas acima da Tg.
A alta atração intermolecular confere ao polímero um alto ponto de fusão.
Entretanto, acima do ponto de fusão, a viscosidade no estado fundido é baixa devido
à flexibilidade do polímero a estas temperaturas, geralmente maior que 200ºC.
Devido à alta DEC e seu estado cristalino, os polímeros são solúveis somente
em poucos solventes com altos parâmetros de solubilidade, que são capazes de se
interarem com os polímeros.
Existe um número de variáveis estruturais que podem afetar
consideravelmente as propriedades das PAs alifáticos:
A distância entre a repetição do grupo -CONH- : A presença dos grupos
CONH tornam as poliamidas muito diferentes dos PEs. Comparando-se estes dois
materiais tem-se:
- Maior densidade nas Poliamidas D: 1,14 g/cm3;
- Maior força para separar mecanicamente as moléculas das poliamidas e,
conseqüentemente maior resistência à tração, rigidez e dureza;
- Maior Tm e HDT nas poliamidas;
- Maior absorção de umidade nas poliamidas;
A Poliamida 11 tem o dobro da distância entre os grupos amidas do que a
Poliamida 6, conseqüentemente, é intermediária em propriedades entre a Poliamida
6 e o polietileno.
O número de grupos metilenos nos monômeros: Observa-se que, polímeros
obtidos com monômeros que possuem número par de grupos metilenicos, têm
pontos de fusão mais elevados que polímeros similares com um número ímpar de
grupos metilenicos. As pontes de hidrogênio formadas são responsáveis pela alta
resistência e pelo altos pontos de fusão.
Peso molecular: Os tipos especiais de poliamidas, por exemplo, a 6:6, são
freqüentemente encontrados em diversos pesos, moleculares. A diferença entre
tipos é na viscosidade no estado fundido, os grupos mais viscosos são usados para
processamento por extrusão.
32
As poliamidas são consideradas polímeros auto-lubrificantes devido à
presença de oligômeros na estrutura. A resistência à abrasão pode ser aumentada
através da aditivação com lubrificantes externos.
Os nylons são considerados materiais cristalinos polares com excepcional
resistência aos hidrocarbonetos. Os ésteres, haletos e glicóis causam pouco efeito
sobre eles. Os álcoois causam um inchamento. Existem poucos solventes para as
poliamidas, dentre eles, o ácido fórmico, o ácido acético glacial, fenóis e cresóis.
Os ácidos minerais atacam os nylons, mas o grau de ataque depende do tipo
de nylon e da natureza e concentração do ácido. O ácido nítrico é ativo em altas
concentrações. As poliamidas são higroscópicas, água absorvida tem um efeito
plastificante o qual diminui a resistência à tração e aumenta a resistência ao
impacto.
5.5.4. Aplicações
As poliamidas são utilizadas em buchas, engrenagens, rebites, peças para
eletrodomésticos, filme para alimentos e produtos farmacêuticos, revestimentos de
cabos elétricos, monofilamentos usados em escovas de cabelos, perucas artificiais,
linhas de pescas, linhas para suturas cirúrgicas, tapeçaria, indústrias têxteis, tubos
flexíveis para petróleo e outros líquidos, tubulações para plantas químicas, auto
peças em geral, indústria aeroespaciais (Poliamida com fibra de carbono), etc.
2.2. Polietilenotereftalato (PET)
2.2.1. Obtenção do monômero
O PET pode ser obtido pela reação com o ácido tereftálico, porém o
polímero resultante possui alto grau de impureza devido à dificuldade de
purificar o ácido tereftálico. O dimetil tereftálico é obtido através do p-xileno.
21.2. Propriedades
33
Rígido, amorfo, tg 70ºC, absorve muita umidade, boa resistência ao impacto,
boa resistência química, boa resistência a isolação elétrica, elevado barreira contra
gases, etc.
21.3. Aplicação
Na forma de filamentos, o PET á aplicado como fio tecelagem. Os filmes de
PET são geralmente orientados biaxialmente, sendo aplicados como fitas
magnéticas, filmes fotográficos e para raio-x, isolação elétrica (metalização para
capacitores), laminados para impressão e embalagem de alimentos, incluindo
aqueles que são cozidos dentro do próprio invólucro em fornos convencionais e em
microondas, suportando temperaturas de até 150ºC.
2.3. ACRILONITRILA-BUTADIENO-ESTIRENO (ABS)
2.3.1.Obtenção dos Monômeros
Acrilonitrila: A obtenção da Acrilonitrila a partir do propileno, tem sido a via
preferida, em vista de utilizar-se matéria-prima de menor custo, representadas pelo
propileno, amoníaco e oxigênio, em vez de acetileno e cianeto de hidrogênio.
O processo consiste em promover a reação entre propileno, amoníaco e
oxigênio; na presença de catalisador, como fosfomolibdato de bismuto, a
temperatura de 375 a 560ºC e pressão pouco superior a atmosfera.
Butadieno: Desidrogenação catalítica do butano. O processo de
desidrogenação catalítica do butano tem lugar a uma temperatura de ordem de 600 -
690ºC e pressão relativamente baixa, na presença de vapor de água e catalisador.
Estireno: O monômero para a produção do poliestireno é o estireno ou vinil
benzeno, que é quimicamente um hidrocarboneto. O método mais empregado
consiste na desidrogenação do etil benzeno. A desidrogenação do etil benzeno
ocorre pela ação do calor e na presença de óxido metálico, e uma temperatura de
34
600 a 800ºC a a pressão reduzida, pois a reação é exotérmica com aumento de
volume reagido.
Polimerização
1 - Processo Químico: o processo inicia-se com a polimerização do butadieno,
passando a polibutadieno. Em seguida é adicionado ao reator o monômero estireno
e o acrilonitrila que copolimerizam-se resultando no estireno-acrilonitrila.
Faz-se a fusão da mistura (polibutadieno estireno-acrilonitrila) obtendo-se
acrilonitrila-butadieno-estireno, usualmente conhecido como ABS.
Neste processo a polimerização que ocorre é conhecida como polimerização
por enxerto, porque, como os poliestirenos modificados com borracha, as resinas de
ABS consistem de duas fases inclusão de borracha em uma matriz vítrea. Neste
caso a matriz é um copolímero de estireno butadieno.
2 - Processo Mecânico: no processo mecânico a obtenção das resinas de
ABS consiste, apenas, em se fazer a mistura dos monômeros já polimerizados.
Normalmente a fusão da mistura é feita através de extrusoras ou calandras.
2.3.2. Propriedades.
As propriedades das resinas são formecidas pelos monômeros, e estes
variam de acordo com as concentrações de cada monômero utilizado.
Geralmente as concentrações dos monômero são as seguintes:
ACRILONITRILA - 20 a 30%
ESTIRENO - 20 a 30%
BUTADIENO - 20 a 40%
- Boas resistência ao impacto (quantidade de butadieno);
- Boas resistência a tensão (quantidade de butadieno);
- Boas resistência ao alongamento (quantidade de butadieno);
- Boa dureza (quantidade de butadieno ou acrilonitrila);
- Boa resistência química (quantidade de acrilonitrila);
- Boa resistência térmica (quantidade de acrilonitrila);
- Boa moldabilidade (quantidade de estireno);
35
- Rigidez (quantidade de estireno);
- Brilho superficial (quantidade de estireno).
14.4. Aplicação
São utilizadas pelas indústrias de eletrodoméstica e automobilística, na
fabricação de peças sujeitas a esforços mecânicos.
Tubos de ABS são empregados no transportes de fluidos a altas pressões
podendo ser utilizados a temperatura de até 100ºC. Folhas destinadas a moldagem
a vácuo, são produzidas em grandes quantidades por extrusão ou calandras
principalmente em combinação ABS/PVC.
As resinas de ABS têm um novo campo de aplicação na fabricação de portas
de geladeiras isoladas com poliuretanos em vez de poliestireno (geralmente usado),
pois este é atacado pelo flúor carboneto empregado para fixar ao poliuretano.
Seu baixo poder eletrostático tornam indicadas para aplicações onde a
estática é indesejável como em bobinas para a indústria têxtil.
Suas propriedades anti-ressonantes recomendam seu emprego em gabinetes
para rádios, televisores, gravadores e aparelhos similares.
36
Capitulo 3
Processo de transformação
Na preparação de uma mistura moldável de plástico, além das resinas
plásticas, podem ser utilizados aditivos tais como: plastificantes, cargas, corantes e
pigmentos, estabilizantes, modificadores de impacto e lubrificantes.
Após o processo de produção, os plásticos que são gerados em forma de
grãos são enviados para as indústrias transformadoras, que irão transformar a
resina em produtos através dos seguintes processos:
Extrusão: A matéria-prima amolecida é expulsa através de uma matriz
instalada no equipamento denominada extrusora, produzindo um produto que
conserva a sua forma ao longo de sua extensão. Os produtos flexíveis, como
embalagens, sacolas, sacos e bobinas também conhecidos como filme, após o
processo de extrusão, podem ser gravados sendo modelados o produto final com
soldas e cortes. Os produtos rígidos ou semi-rígidos, como tubos, perfis, mangueiras
e chapas, tem o mesmo processo, havendo mudança da matéria-prima e matriz.
Injeção: A matéria-prima amolecida pelo calor e sob pressão é injetada
através de pequenos orifícios do molde, modelo do produto a ser fabricado,
instalado num equipamento denominado injetora. O produto, depois de resfriado
suficiente para manter a forma e medida necessária é extraído do molde.
Sopro: A matéria-prima amolecida pelo calor é expulsa através de uma matriz
e ou fieira, formando uma mangueira quando o molde fecha sobre esta mangueira é
introduzido uma agulha onde o ar é soprado, que força o material a ocupar as
paredes ocas do molde, sendo moldada então a peça e após resfriamento extraída.
Injeção / Sopro – Pré-forma: é um processo conjugado de injeção e sopro.
Desenvolvido para moldar a matéria-prima PET. A resina PET tem características
muito peculiares, onde o produto pode ser moldado em dois processos distintos,
sem comprometer suas características de resistência e transparência. A matéria-
prima PET é injetada mantendo o formato de uma embalagem, sem nenhum ar
internamente, denominada pré-forma. Quando aquecida no segundo processo,
dentro do equipamento próprio e especial, o ar é soprado internamente tomando o
37
formato do produto final. Este processo é para produtos de frascaria, usados em
refrigerantes, água mineral. Possui alto índice de transparência e bom desempenho
no envase de gaseificados.
Rotomolagem: A matéria-prima fluída e sob rotação modela os produtos. Este
processo é muito utilizado nas resinas elastoméricas (emborrachado) para produzir
cabeças de bonecas, peças ocas, câmeras de bola, grandes contenair, peças
rígidas de alta complexidade na extração do molde.
Fundição: é um processo para baixa produção, quase sempre utilizado
protótipos. Consiste em despejar a resina líquida adicionada a outras substâncias
enrijecedoras dentro de um molde. Na fundição podem ser utilizadas tanto resinas
termoplásticas como resinas termorrígidas, mesmo que termofixas, não é
empregado aquecimento ou pressão. Este método é usado para a produção de
brindes, pequenos adornos, dentre outros.
Termoformagem: Moldagem de produtos a partir do aquecimento de uma
chapa de resina termoplástica, que introduzida no molde fixado em uma prensa e
acionado molda o produto. A moldagem pode ser feita com a utilização de ar quente,
o qual suga a chapa dentro da cavidade ou aquecimento do molde, moldando a
chapa sem utilização de ar. Este processo é utilizado na maioria dos produtos de
vasilhames descartáveis, como copos, pratos, etc.
Processos complementares tipo caladragem com ou sem laminação: onde
são agregados outros materiais não plásticos como tecidos, metais para produção
de mancais, isolantes, toalhas de mesa, bem como embalagens de várias camadas
com papel, metal e outros.
Laminação: Este processo com superposição de materiais como papel,
papelão, metais, previamente tratados com resina termoplástica, forma um
“sanduíche” que é prensado com aquecimento, proporcionando a aderência total das
camadas, resultando em produtos altamente resistentes. Havendo indicação técnica
em ter as espessuras uniformes e ou dimensionalmente controladas utiliza-se o
sistema de caladragem, ou seja, o estiramento por dois ou mais cilindros.
38
3.1.1. Dê um título para o seu sub-item
Plástico no setor automobilístico
A indústria automobilística e os polímeros
Os plásticos têm demonstrado um alto índice de confiabilidade e muitas
vantagens sobre os materiais tradicionais que vieram a substituir, tais como o aço, o
alumínio e o vidro, por exemplo. Além de permitir maior flexibilidade de projeto e
economia na produção, sua baixa densidade é essencial para a redução do
consumo de combustíveis, uma vez que a substituição de materiais diversos por
cerca de 100 quilos de plástico, em um carro pesando 1 tonelada, trará uma
economia de combustível de 7,5%. Aproximadamente, para 100 quilos de peças
plásticas utilizadas em um veículo, 200 a 300 quilos de outros materiais deixam de
ser consumidos, o que se reflete em seu peso final. Assim, um automóvel, com uma
vida útil de 150 mil quilômetros, poderá economizar 750 litros de combustível devido
a utilização dos plásticos
Dados norte-americanos informam que, como são produzidos naquele país 15
milhões de carros/ano, quasi 20 milhões de litros de gasolina são economizados e
4,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono deixam de entrar na atmosfera
devido ao uso de peças plásticas.
No que se refere especificamente a ítens de segurança, os polímeros
possibilitam a fabricação de pára-choques com propriedades de absorção de
impacto, air-bags, proteções contra impacto lateral (que não lascam ou fraturam) e
cintos de segurança, diminuindo de forma marcante os casos fatais em acidentes.
De uma forma geral, pode-se depreender que a principal vantagem advinda
do uso de plásticos se refere à economia, tanto de combustível quanto de
investimentos em produção. Por outro lado, existe a possibilidade de sofisticação do
design, o uso de formas e soluções menos tradicionais e o aumento de segurança.
Quanto às desvantagens apontadas, elas se referem a itens que são comuns
a maioria dos materiais plásticos. Entretanto, de acordo com a especificação
necessária do material a ser utilizado, pode existir um tipo de polímero
especialmente produzido para atender às exigências de uso, superando uma
desvantagem encontrada em um plástico comum. Por exemplo, a mistura de
poli(óxido de metileno) e poliamida, disponível no mercado sob o nome de Noryl
(marca registrada da GE), é um material com características especiais para receber
39
pintura, além de ter excelente resistência ao impacto e altíssima estabilidade
dimensional. Ainda, o poli(sulfeto de fenileno) é um material com alta resistência à
chama, o que o torna ideal para aplicações que exijam esse tipo de propriedade.
Foram produzidos no mundo, em 2000, cerca de 59 milhões de veículos. No
Brasil, a produção em 2000 foi de 1,7 milhão de veículos e o faturamento dessa
indústria, no valor de US$ 20 milhões, representou 10,2% do PIB industrial brasileiro
daquele ano, o que demonstra sua importância no cenário do país.
Com base nesses números, partindo-se do princípio que um automóvel médio
pesa em torno de 1 tonelada, e que cada veículo usa cerca de 100 quilos de
plástico, isto é, aproximadamente 10% de seu peso, pode-se estimar que em 2000 a
indústria automobilística mundial consumiu em torno de 6 milhões de toneladas de
plástico. No Brasil, esse cálculo leva a um montante em torno de 170 mil toneladas
de plástico.
Aplicações em automóveis
Polímeros PE
Propriedades
Resistência a calor, resistência a solventes, baixa permeabilidade, boa
processabilidade e baixo custo.
Peças produzidas
Bombona de reserva, caixa do triângulo de emergência, proteção anti
cascalho, reservatório de água do pára-brisa, sistema de distribuição de combustível
e tanque de combustível
Polímero PP
propriedades
Alta resistência química e a solventes, boa estabilidade dimensional,
flexibilidade, durabilidade, baixos custos, excelente balanço impacto/rigidez, boa
resistência às intempéries e boa resistência a riscos.
40
peças produzidas
Bandeja traseira (sobre o porta-malas), caixa da bateria, caixa de calefação,
caixa de ferramentas, caixa de primeiros socorros, caixa do cinto de segurança,
caixa do retrovisor interno, caixa elétrica central, calotas, carpetes, cobertura da
bateria (proteção da parte superior, prevenção contra curto-circuito), cobertura do
volante, cobertura dos amortecedores, conduto de aspiração de ar, condutos de ar,
conjunto de regulagem dos bancos, console, corpo do filtro de ar, depósito de
expansão da água de refrigeração do motor, depósito do fluido de freio,
empunhadura do freio de mão, estribo de acesso das portas, frisos laterais, grades
de circulação de ar, inserto (alma) do encosto de cabeça, inserto (alma) do quebra-
sol, inserto do descansa braço, painéis das portas, painel de instrumentos, pára-
choques, porta-cassetes, porta-luvas, proteção da borda dos pára-lamas, proteção
da correia dentada, proteção do ventilador, do radiador, revestimento da coluna de
direção, revestimento das colunas, revestimento do marco da porta, revestimento do
porta-malas, revestimento do teto (interno), revestimento dos bancos, revestimento
interior dos pára-lamas, revestimento interior traseiro, revestimento lateral do teto
(interno), Spoiler traseiro (porta-malas), Spoiler traseiro (teto), tampas da bateria e
ventilador.
polimeroPoli(óxido demetileno)(POM)e seus copolímeros
Propiedades
Excelente estabilidade dimensional, baixa absorção de água, resistência à
fricção e alta resistência à fadiga.
Peças
Movimentação dos vidros das portas, manivela de movimentação dos vidros
das portas, guia dos vidros das portas, engrenagens do motor e dutor do sistema de
movimentação dos vidros das portas, limpadores de pára-brisa, engrenagens do
motor e dutor do sistema de acionamento do limpador, cintos de segurança,
ancoragem do cinto de segurança na coluna do veículo, dispositivo de retração,
espelhos retrovisores, coxim e elementos deslizantes, carcaça e engrenagens do
motor e dutor do sistema de movimentação do espelho, suporte do espelho
retrovisor, fechaduras, carcaça do mecanismo de fechamento, corpo de fechamento
da tampa do porta malas, engrenagens do sistema de fechamento centralizado,
41
circuito de combustível, bóia do carburador, carcaça do filtro de combustível,
componentes da bomba de combustível, gargalo de alimentação do combustível,
tampa do gargalo de alimentação de combustível, válvula anti-retorno de
combustível, alavanca da abertura das portas, grampos para instalação dos frisos
Laterais, guias de movimentação do teto solar, parte dos pára-choques, alavanca de
rebatimento do encosto dos bancos dianteiros (veículos de 2 portas), alavanca de
abertura da tampa do porta malas, alavancas de comando dos limpadores de pára-
brisa e das setas, guia de deslocamento dos bancos, manivela de regulagem de
posição do encosto dos bancos, suporte do quebra-sol, suporte do encosto de
cabeça, tampa dos alto-falantes, sistemas de frenagem, transmissão, amortecimento
e direção, elemento de regulagem dos faróis, elementos deslizantes da coluna de
direção, engrenagens do sistema de embreagem, suporte da alavanca das marchas,
terminais do chicote de cabos, válvula do servofreio, sistema de calefação,
alavancas de regulagem, engrenagens dos comandos do sistema de calefação,
manivela de movimentação do teto solar, partes do macaco para elevação do
veículo, pistão do sistema de transmissão hidráulica, rotor da bomba d’água e
terminal do cabo de embreagem.
Ptfe
propriedades
Alta resistência térmica, resistência a óleo e resistência a agentes químicos.
peças
Bomba de combustível elétrica, elemento deslizante do amortecedor,
elemento deslizante do freio, guia do pistão do amortecedor e indicador de desgaste
de freio.
pbt
Boa resistência mecânica, boa resistência térmica, boa estabilidade
dimensional, baixa absorção de água e isolamento elétrico.
Ancoragem dos retrovisores laterais, caixa de conectores do sistema elétrico,
calota, carcaça da bomba do circuito de água para o pára-brisa, carcaça do motor e
dutor do sistema de movimentação dos vidros, carcaça do motoredutor dos
limpadores de pára-brisa, carcaça do sistema de ignição (distribuidor), carcaça dos
faróis, cinzeiros, comando do sistema de movimentação dos vidros, conectores,
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elementos de regulagem dos faróis, estojo de fusível, grades, palhetas dos
limpadores de pára-brisa, pára-lama, pistão do servofreio,
Porta-escovas de motores elétricos; Relés; Suporte do regulador
dosretrovisores laterais; Tampa do air-bag
Lcp
Resistência ao calor
Auto-retardante de chama
Baixa absorção de água
Alta resistência mecânica
Excelente resistência química
Fácil processabilidade
Conectores; Porta-escovas de motores elétricos; Suporte da bobina
PPS
Elevada rigidez
Excelentes propriedades mecânicas
Transparência a micro-ondar
Excelentes propriedades elétricas
Fácil processabilidade
Auto-retardamento de chama
Carcaça dos faróis; Paletas da bomba de vácuo; Suporte da bobina; Suporte
do porta-escovas do motor de refrigeração; Válvulas do filtro de ar
PC
Semelhança a vidro
Alta resistência ao impacto
Boa estabilidade dimensional
Boas propriedades elétricas
Boa resistência às intempéries
Resistência à chama
Capacidade de refletir a luz
Estabilidade a radiações de ultravioleta
Faróis; Lanternas; Painel de instrumento
Pu
Excepcional resistência a abrasão
Absorvedor de energia
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Isolamento acústico
Fácil processabilidade
Pára-choque; Estofo dos bancos; Coxins; Tapes Suporte do motor;
Enchimento do pára-choque;
PA
Boa processabilidade
Resistência à tensão
Resistência a alta temperatura
Excelente estabilidade dimensional
Dutos de captação de ar; Engrenagens; Conectores de sistema de injeção;
Sistema de freio de estacionamento; Escaninho do airbag
Pmma
Semelhança ao vidro
Boa resistência química
Alta resistência às intempéries
Transparência
Fibras ótica; Lanternas; Protetos de chuca nas janelas
Abs
Resistência à corrosão
Alta resistência química
Ótima processabilidade
Resistência ao impacto
Resistência a baixas temperaturas
Grande estabilidade dimensional
Grades; Calotas; Painel de instrumentos; Carcaça de lanterna
Pet
Alta resistência mecânica
Alta resistência térmica
Alta resistência química
Transparência
Alta impermeabilidade
Fácil processabilidade
Carcaça de bombas; Carburador; Limpador de parabrisa; Componentes
Elétricos
44
Automóveis, polímeros e inovação tecnológica
Em nível internacional, o relacionamento entre as indústrias de polímeros e de
veículos tem sido intenso e bastante profícuo. Conforme observado anteriormente, a
presença de peças plásticas nos automóveis foi fundamental para se conseguir
melhores padrões de segurança, economia de combustível e flexibilidade de
manufatura.
Ao longo dos anos, os consumidores se tornaram mais exigentes em relação
aos produtos que adquirem. Eles querem carros que tenham alta performance,
porém não consideram menos importantes ítens como confiabilidade, segurança,
conforto,economia, estilo, preço competitivo e, cada vez mais, respeito ao meio
ambiente. Somente os materiais plásticos podem responder aos desafios advindos
dessas demandas conflitantes.
Ainda, a crescente personalização que o consumidor espera dos veículos,
fazendo com que aumentem os chamados produtos tailor-made, faz prever que a
diversidade se tornará, em pouco tempo, a regra em vez de exceção – e somente a
versatilidade e a flexibilidade dos plásticos permitirão que se fabriquem diferentes
carros, baseados no mesmo chassis. Preve-se, portanto, que essas duas
indústrias não deverão dissociar seus rumos por muitos e muitos anos de modo a,
cada vez mais, cumprir o desafio de fabricar veículos seguros, econômicos e
confortáveis, dentro de avançados padrões tecnológicos.
No que se refere ao Brasil, pode-se afirmar que a indústria automobilística foi
uma das grandes catalisadoras da introdução de inovações tecnológicas na indústria
de polímeros. Isto se tornou mais real a partir da fabricação no país dos “carros
mundiais”, quando as subsidiárias nacionais das montadoras passaram a exigir
produtos que tivessem os mesmos padrões aprovados pelas suas matrizes, em seus
países de origem.
A indústria automobilística encontra no Brasil um grande fabricante de
polímeros para usos gerais e para alguns usos especiais e que está preparado, por
esforço próprio, para atender, através de fornecimento tailor-made, às crescentes
exigências das montadoras. Essa autonomia tecnológica também faz com que o
país seja um importante fabricante de compostos poliméricos, especialmente
desenvolvidos para suprir as necessidades dessas montadoras. Além disso, a
indústria de polímeros no Brasil é, de longe, a mais importante da América do Sul,
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sendo, por isso, um destacado fornecedor para montadoras de automóveis em
outros países latinos, especialmente a Argentina.
Entretanto, conforme já mencionado, peças plásticas, que demandem
situações extremas de uso, são confeccionadas no país a partir de matéria-prima
importada. Essas peças utilizam polímeros que representam o que existe de mais
avançado tecnologicamente na área. Por um lado, sabe-se que as quantidades
demandadas por esses materiais no país são pequenas, não justificando a produção
dos mesmos em escalas mínimas que seriam, na melhor das hipóteses, anti-
econômicos.
Por outro lado, existe todo um processo de não globalização tecnológica na
área de polímeros, centralizando em poucos fornecedores mundiais tecnologias o
que representa o estado da arte no setor, conforme discutido por Hemais et al . É de
se esperar que haja grande dificuldade para que empresas nacionais consigam
licenciar o que existe de mais atual em matéria de tecnologia em polímeros, caso
desejem produzir no país esses materiais mais sofisticados.
A realidade nacional mostra a existência de empresas produtoras de
polímeros excessivamente comprometidas com P&D de curto prazo, tentando
adaptar seus produtos às condições do país e diferenciá-los para ganhar nichos de
mercado, nos quais conseguem se fazer competitivas face às multinacionais de
grande porte e nisso elas se destacam com grande sucesso. Essas empresas,
contudo, negligenciam os desenvolvimentos de longo prazo, que trazem consigo um
alto grau de incerteza e de imprevisibilidade, mas que poderiam garantir altos
ganhos (tanto financeiro, quanto de competitividade) no futuro.
ê um título para o seu sub-item
Comece o texto aqui...
3.1.3. Dê um título para o seu sub-item
Comece o texto aqui...
3.1.4. Dê um título para o seu sub-item
46
Comece o texto aqui...
3.2. Dê um título para o seu item 2
3.2.1. Dê um título para o seu sub-item
Comece o texto aqui...
3.2.2. Dê um título para o seu sub-item
Comece o texto aqui...
3.2.3. Dê um título para o seu sub-item
Comece o texto aqui...
3.3. Dê um título para o seu item 3
3.3.1. Dê um título para o seu sub-item
Comece o texto aqui...
3.3.2. Dê um título para o seu sub-item
Comece o texto aqui...
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3.3.3. Dê um título para o seu sub-item
Comece o texto aqui... (o último parágrafo de cada capítulo, etapa ou unidade
de leitura deve apresentar o desfecho das idéias apresentadas).
(Para continuar sua ATPS para a B2, será necessário acrescentar essa
estrutura para as demais Etapas, copie e cole esta estrutura do modelo).
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Considerações Finais
Comece o texto aqui... (faça um paralelo entre as análises, apresentadas ao
longo da pesquisa. Aqui você fará apenas a contextualização dos resultados obtidos
com a pesquisa).