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Política, poder e gestão democrática na escola pública. Secretaria Municipal de Educação Joselita Romualdo da Silva 28/02, 14/03, 28/03

Política, poder e gestão democrática na escola pública. · Vitor Paro, USP Althusser, Arroyo, Baudelot, Bobbio, Bourdieu, Saviani, Weber... Gestão Escolar Poder Política. Relação

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Política, poder e gestão

democrática na escola

pública.

Secretaria Municipal de Educação

Joselita Romualdo da Silva

28/02, 14/03, 28/03

O que é Democracia?

A quem compete fazer a

gestão democrática no

interior da escola?

Como nós exercitamos a

gestão democrática no

interior da instituição

escolar?

Democracia X Ditadura

De

mo

cra

cia

Democracia é a forma de governo em que a soberania éexercida pelo povo.

Dita

du

ra

Todos os poderes do Estado estão concentrados em um indivíduo, um grupo ou um partido. O ditador não admite oposição a seus atos e ideias, possui poder e autoridade absoluta.

Exemplo –Vídeo Violência na Escola

3’

Ângelo Ricardo de Souza,

UFPR

Adorno, Bobbio, Bourdieu,

Habermas, Touraine, Weber...

Vitor Paro, USP

Althusser, Arroyo, Baudelot,

Bobbio, Bourdieu, Saviani, Weber...

Gestão

Escolar

Poder

Política

Relação entre política e educação

escolar A escola não é neutra. Estando articulada com uma concepção

particular de mundo e de sociedade.

3 significados de política:

A) Luta política: ação que se empreende visando à conquista (ou

preservação) do poder;

B) Sagacidade, perspicácia, “diplomacia”, astúcia: é o uso de diferentes

maneiras ou artifícios para agir e influenciar grupos e pessoas a agirem

de acordo com seus interesses.

C) Como Consciência política: é a posse de saberes que propiciem a

compreensão da realidade social, como condição para identificar o

sentido da luta política. Trata-se essencialmente de tomar consciência

do estado de injustiça social para compreender a luta contra os

opressores.

Política:

Atividade humano-social com o propósito

de tornar possível a convivência entre

grupos e pessoas , na produção da

própria existência da sociedade.

Essa convivência tanto pode dar-se de

forma pacífica e cooperativa quanto de

maneira conflituosa e dominadora. (Entrevista Vitor Paro 2 – 15:50)

“(...) o ser menos leva os oprimidos, cedo ou

tarde, a lutar contra quem os fez menos. E

esta luta somente tem sentido quando os

oprimidos, ao buscarem recuperar sua

humanidade, que é uma forma de criá-la, não

se sentem idealisticamente opressores, nem

se tornam, de fato, opressores dos

opressores, mas restauradores da

humanidade em ambos”. Paulo Freire, 2000.

Estamos dispostos de fato à superação do

ranço autoritário-burocrático expulsando a

opressão no mesmo movimento que

restauramos os sujeitos por ela

massacrados? Ou nos deixaremos seduzir

por novos discursos de uma

pseudodemocracia, de uma

pseudoparticipação ou de uma pseudo-

autonomia?

Gestão democrática – conceito

Agir em conjunto com outros

construindo uma vontade comum.

(ARENDT, 2000; BOBBIO, 2000)

QUAIS OS PRESSUPOSTOS DA

GESTÃO DEMOCRÁTICA?

ALTERIDADE

DIÁLOGO

RECONHECIMENTO ÀS ESPECIFICIDADES TÉCNICAS DAS DIVERSAS FUNÇÕES

Participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar

Respeito as normas coletivamente construídas

Garantia de amplo acesso às informações aos sujeitos da escola

Não há democracia sem o respeito aos

interesses da maioria, mas tampouco, sem o

respeito aos direitos das minorias. (P 131)

RESPEITO A MAIORIA

Coletivo

Indivíduo

Gestão Democrática

A escola, como instituição que tem a tarefa de promover o diálogo, a humanização do humano e a sua emancipação (ADORNO, 1998), ao pautar seus processos de gestão a partir sempre da lógica da maioria, corre sério risco de padronizar suas tomadas de decisão em procedimentos que podem ser mais expressão da violência do que da democracia, uma vez que a maioria, mesmo que fluida, quando ciente do controle que possui sobre as decisões, dificilmente abre mão de suas posições, mesmo tendo frágeis argumentos para mantê-las, pois tem, nesse caso, o principal argumento: a força.

Gestão democrática - Processo político no qual as

pessoas que atuam na/sobre a escola ...

Identificam problemas

Discutem,

Deliberam,

PlanejamEncaminham, Executam

Acompanham

Controlam,

Avaliam

Quais os mecanismos/instrumentos

da G. D.?

DECISÃO PARTILHADA

FORTALECIMENTO DA PARTICIPAÇÃO

ESTUDANTIL

FINANCIAMENTO PÚBLICO PARA A

EDUCAÇÃO

ELEIÇÃO PARA DIRETOR

CONSTRUÇÃO COLETIVA DO P.P.P.

E DA PROPOSTA CURRICULAR

CONSELHO ESCOLAR

CONSELHO DE CLASSE

ASSEMBLÉIA COM A COMUNIDADE

AUTONOMIA DA ESCOLA

Por que trabalhar na perspectiva da

G. D.?

A instituição escolar é financiada por

todos para atender ao interesse de todos.

Questão legal (LDB – art. 14)

... Não parece possível erradicar o

autoritarismo sendo autoritário, construir

o diálogo sendo demagógico, superar a

violência agindo de forma preconceituosa.

Ângelo R. de Souza, 2009.

Participação

Participar? Por quê? Para quê?

A participação é um instrumento e não

um fim em si mesmo.

Autonomia da Escola

Eleição para diretor

Eleição para diretor = condição para

gestão democrática e não garantia...

Diretor = função eminentemente e

historicamente política

Eleição para diretor...

Positivo

Diretor eleito pela comunidade local e

escolar

O compromisso político do diretor é com a comunidade

que o elegeu

Legitimidade e liderança política

Negativo

Práticas clientelista

Práticas corporativistas

Positivo

Favorece a discussão e faz emergir e tornar

transparente os conflitos internos;

Estimula a relação da direção com as

dimensões pedagógicas da gestão;

Diminui o poder clientelístico de

ocupantes de cargo de poder público;

... parece que o diretor consegue perceber melhor, agora, sua situação contraditória, pelo fato de ser mais cobrado pelos que elegeram. Esse é um fato novo que não pode ser menosprezado. À sua condição de responsável último pela escola e de preposto do Estado no que tange ao cumprimento da lei e da ordem na instituição escolar, soma-se agora seu novo papel de líder da escola, legitimado democraticamente pelo voto de seus comandados, que exige dele maior apego aos interesses do pessoal escolar e dos usuários, em contraposição ao poder do Estado. (PARO, 2001)

O segredo é não correr atrás das

borboletas... É cuidar do jardim para que

elas venham até você.

Mario Quintana