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/ Entrevista Secretário-Geral OMT Taleb Rifai TURISMO É ESSENCIAL PARA PORTUGAL LIFESTYLE Ver as estrelas no primeiro Starlight Tourism Destination ATUALIDADE Big Data: o que é que o setor do turismo pode ganhar ANÁLISE Estudo EyeforTravel mostra as tendências do setor OPINIÃO Conceição Estudante Case-Study sobre o Turismo da Madeira Nº 6 • agosto/setembro • 2013 • 5 €

Ponto Turismo 6

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Entrevista Secretário-Geral OMT Taleb Rifai

TURISMO É ESSENCIAL PARA PORTUGAL

LIFESTYLEVer as estrelas no primeiro Starlight Tourism Destination

ATUALIDADEBig Data: o que é que o setor do turismo pode ganhar

ANÁLISEEstudo EyeforTravel mostra as tendências do setor

OPINIÃOConceição Estudante Case-Study sobre o Turismo da Madeira

Nº 6 • agosto/setembro • 2013 • 5 €

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3editorialpontoT U R I S M O

48,7%“No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade.” – Albert Einstein

48,7% é a percentagem de quar-tos por ocupar em Portugal em 2012, segundo os dados do Turismo de Portugal (TP).

Quase metade de toda a possível ocupação em Portugal. 48,7% de receitas potenciais perdi-das. 48,7% de estruturas físicas por amortizar, de custos financeiros a suportar, de salários a pagar, de manutenção, etc. É uma indústria. Os custos fixos estão lá todos. Cada dia que passa não volta e as potenciais receitas, nestes casos, foram perdidas. Os custos, esses, já se soma-ram aos dos dias anteriores.Não sendo hoteleiro, presumo que esta deva ser uma das principais preocupações do dia-a-dia daqueles. Sendo gestor, pergunto quantos operadores turísticos estariam dispostos a programar as restantes 23,5 milhões camas disponíveis? Certamente muitos…Sendo português, observo por outro lado, que cerca 4,5% do PIB é conseguido apenas com os resultados dos turistas estrangeiros (fonte TP). Adicionalmente, outros 6% do PIB advêm das nossas viagens cá dentro. É um total de 10,5% do PIB com apenas metade dos quar-tos ocupados! Curiosamente, o défice revisto do PIB para este ano 2013 é de 5,5%! Ou seja, “apenas” metade dos 48,7% de quartos por ocupar, se pudéssemos medir assim.Sei que o turismo é o nosso principal exporta-dor com 14% das exportações. E sei que algum esforço adicional na promoção independente e/ou conjunta do nosso setor poderia reduzir a distância que separa o deficit das tranches milionárias que a “troika” nos envia. Temos perto de 10% do nosso PIB potencial parado nesta indústria. O que nos falta para, público e/ou privados, concertarem ações específicas e alavancarem mais receitas para este setor?

1 Ano! Ponto.Há um ano começou uma aventura que continua com as páginas que estão entre as suas mãos. Se me perguntarem se já chegá-

mos ao nosso destino, direi que não. Longe disso. Mas sei que navegámos “mares nunca antes navegados” e com orgulho posso afir-mar que somos muito mais marinheiros que há um ano. Não me esqueço dos diferentes vaticínios de êxito. De todas as formas e fei-tios. Para nós, a opinião que verdadeiramen-te conta é a sua, leitor.

Neste sexto número trazemos uma entre-vista com o Secretário-Geral da Organiza-ção Mundial de Turismo – Taleb Rifai. A en-trevista, simples mas enriquecedora, com a personalidade máxima do Turismo no mun-do, deu-nos um gozo especial. Também em exclusivo mundial para os nossos leitores da Ponto, poderão ler a análise do setor re-alizado pela EyeforTravel. Detalhista e como sempre, dinâmica. Neste número também quisemos dar uma visão diferente do negócio e pedimos opi-nião sobre a insularidade à Dra. Conceição Estudante – Secretária Regional da Cultura, Turismo e Transportes da Madeira e sobre inovação ao Diretor Geral da Let’s Bonus em Portugal - Ricardo Mesquita.Finalmente, a nossa revista vem também mais “light”. Mais “silly season”. Veja lá den-tro porquê. Espero que gostem.Até daqui a dois meses e… boa leitura!

Miguel QuintasDiretor GeralDiretor Geral

48,7%

“quantos operadores turísticos estariam dispostos a programar as restantes 23,5 milhões camas disponíveis?”

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APOIO: TODAS AS INFORMAÇÕES EM:ORGANIZAÇÃO

Todo o PaísOnde?

Estudantes > Turismo, Marketing, Gestão

Empresas > Todo o setor do Turismo

Para quem?

Programa de apoio à contratação de jovens qualificados

O que é?

Inicio a partir do mês de Outubro

Quando?

Reconhecimento e valorização da carreiraIntegração de jovens nas empresasAumento da competitividade para as empresas

Para quê?

www.forumturismo21.orgwww.facebook.com/forumturismo21

PROGRAMAVALORIZA-TE

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5índiceFicha Técnica pontoT U R I S M O

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Propriedade

Amadeus Soluciones Tecnologicas, S.A.Sucursal em Portugal

SedeRua de São José, 35 - 4º andar

1150-321 LisboaPortugal

Tel.: 21 321 30 99 - Fax: 21 322 58 75E-mail: [email protected]

Diretor GeralMiguel Quintas

Diretora da Ponto Turismo Helena Torres

Bimestral • Ano - 2013 - Edição 6

Coordenação [email protected]

Tel.: 21 321 30 99

Produção de Conteúdos e EdiçãoMediapearl - Comunicação e Serviços, Lda.

Tel.: 216 024 [email protected]

[email protected]

Tel.: 21 321 30 99

Ilustração CapaPedro Taquelim

FotografiaMediapearl

ProduçãoMediapearl - Comunicação e Serviços, Lda.

Centro Empresarial TejoRua de Xabregas, Lote A, Piso 1, Sala 13

1900-440 [email protected]

Impressão e AcabamentoRBM- Artes Gráficas

Tiragem1000 exemplares

Registo na ERC N.º 126281

Depósito Legal N.º 350109/12

A revista Ponto Turismo é uma publicação da Amadeus Portugal. A empresa não se identifica necessariamene com o conteúdo dos artigos nem com as opiniões dos seus colaboradores. É proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização prévia da empresa editora.

03 Editorial

06 OpiniãoMadeira: Case-Study no Turismo

08 EntrevistaTaleb Rifai, Secretário-Geral O.M.T.

11 ReportagemFestas Amadeus deixam trade ao rubro

15 Caderno Amadeus

24 TecnologiaTurismo digital Apps como apoio ao desenvolvimento turístico

26 AnáliseModelo de social buyingOnline travel sales: ativar para reter

28 Atualidade Estudo EyeforTravelQuais as tendências para o canal móvel?

32 LifestyleDark Sky Destination: Estar às escuras no Alqueva é bom!

32 Viagem de: Cláudia Vieira“A Tailândia superou todas as nossas expetativas”

16 Entrevista INATELO Presidente da Fundação Inatel Fernando Ribeiro Mendes fala sobre o novo posicionamento da instituição

19 Soluções Amadeus Mobile Messenger: uma solução em tempo real

21 Notícias Amadeus, Copenhaga e Munique juntos no desenvolvimento de tecnologia para os aeroportos solução em tempo real

22 Notícias Consórcio All Ways Travelling para apoiar o “Roteiro do espaço único europeu dos transportes”

“Colocar o turismo no topo das agendas políticas dos responsáveis no mundo é um dos objetivos da OMT”

Na entrevista o Secretário-Geral da Organização Mundial do Turismo fala sobre Portugal e a sua estratégia para o turismo. O alto-responsável sublinha também a necessidade de maior cooperação entre o turismo e o transporte aéreo

APOIO: TODAS AS INFORMAÇÕES EM:ORGANIZAÇÃO

Todo o PaísOnde?

Estudantes > Turismo, Marketing, Gestão

Empresas > Todo o setor do Turismo

Para quem?

Programa de apoio à contratação de jovens qualificados

O que é?

Inicio a partir do mês de Outubro

Quando?

Reconhecimento e valorização da carreiraIntegração de jovens nas empresasAumento da competitividade para as empresas

Para quê?

www.forumturismo21.orgwww.facebook.com/forumturismo21

PROGRAMAVALORIZA-TE

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opinião Madeira Case-Study

Conceição EstudanteSecretária Regional da Cultura, Turismo e Transportes

Fronteiras que se dissipam no espaço e no tem-po, novos mundos que se descobrem… formas de pensar, estar e sentir que se partilham, entre si.

É nesta dialética que assenta a atividade turística. Uma atividade dinâmica que contribui, direta e indi-retamente, para o crescimento socioeconómico das regiões onde se desenvolve e que hoje, mais do que nunca, se assume, entre todas, como a mais capaz de inverter o ciclo de adversidades em que nos encontra-mos, apoiando a necessária estabilidade e o encontro de soluções inovadoras que sustentem o salto qualita-tivo de que o nosso país precisa.A Madeira é uma terra de turismo. No contexto na-cional assume-se como um destino turístico ímpar e genuíno e é, indubitavelmente, um dos principais destinos portugueses, tanto em termos de imagem e projeção nacional e internacional, quanto em termos de produtividade, com indicadores que, nos primeiros quatro meses de 2013, apresentam crescimentos entre os 5 e os 15%, face a 2012.Sendo o principal motor da economia regional e aquele que mais contribui para a sustentabilidade, requalifi-cação e desenvolvimento de toda a Região e do seu te-cido empresarial, o turismo contribui, ainda, para a sua imagem de marca e para a sua maior credibilidade no exterior, enquanto Região Autónoma.Com um percurso de afirmação muito próprio, que se confunde com a evolução histórica da ilha, o turismo da Madeira cresceu, consolidou-se e conquistou, ao

longo do tempo, o reconhecimento dos seus turistas, num trabalho constante e contínuo de aperfeiçoamen-to e requalificação. Fizemo-lo, em conjunto, com o país que somos, com o país que integramos e divulgamos, sempre que proje-tamos a nossa imagem e o nosso nome, no exterior.Neste pequeno espaço que somos, todo ele utilizável e utilizado como recurso turístico – desde o ambiente natural à cultura que se pratica e oferece, das infraes-truturas e do património construído aos serviços que se prestam – soubemos transformar dificuldades em mais-valias para melhor responder às exigências dos nossos clientes. A integração, o envolvimento e a participação ativa dos turistas na evolução do nosso destino foram notáveis e foram, inequivocamente, fulcrais para que, hoje, a Madeira tenha chegado ao patamar de excelência que, para além dos nossos visitantes, muitas entidades e instituições internacionais já lhe reconhecem. A nossa autenticidade e a espontaneidade com que bem recebemos quem nos visita, são a nossa imagem de marca. Há toda uma cultura turística, fruto da nos-sa história de 200 anos de turismo, que nos distingue de outros destinos. Que nos faz escolha entre milhares de outras opções. Que cativa e fideliza. Que faz da Ma-deira, mais do que um destino de férias, uma segunda casa.Se é verdade que aqueles que nos visitam insistem em afirmar que é a beleza natural e a paisagem que os atrai, em regra, para a primeira visita, são as pessoas

Falar de turismo implica falar de mobilização, interação e integração sociocultural. É falar de uma atividade que assenta em gostos, tendências e preferências de pessoas e, de pessoas que, diariamente, dão o seu melhor, em prol de bem receber os outros.

Transformar dificuldades em mais-valias para melhor responder às exigências dos clientes

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Madeira Case-Study opinião

que os fazem regressar, vezes e vezes sem conta, como testemunham, aliás, os cerca de 45% de turistas que, atualmente, já repetem o nosso destino. Enquanto produto global de grande qualidade, a Ma-deira possui um extraordinário e único conjunto de micro-produtos turísticos, alguns dos quais ainda com grande potencial e margem de desenvolvimento, que a identificam e distinguem de outros destinos, direta-mente concorrenciais. Neste quadro, desenham-se um sem número de ativi-dades de lazer que podem ser aqui praticadas e desfru-tadas, ao longo de todo o ano, diretamente ligadas à natureza – tanto no mar como em terra e no ar – ao pa-trimónio e à tradição. A estas, juntam-se muitas outras propostas de animação, às quais as ilhas da Madeira e Porto Santo servem de palco, de forma continuada, ao longo do ano. A nossa oferta, vasta e multifacetada, renova-se e reinventa-se, diariamente, para ir ao en-contro das preferências e gostos dos nossos clientes.A nossa identidade e os principais atributos que nos caracterizam no mercado – beleza natural e paisagís-tica, hospitalidade, qualidade de serviços, segurança, património, animação, clima temperado e acessibilida-des – têm contribuído para a crescente diferenciação e sucesso do nosso destino e correspondem ao perfil das escolhas turísticas do futuro. Hoje, temos cinco mercados principais (Portugal, Reino Unido, Alemanha, França e Espanha) e mercados emer-gentes com crescimentos exponenciais, como é o caso da Rússia e do Brasil e serão estes os nossos targets.Através de diferentes e sucessivos estudos, o perfil do cliente foi identificado e sabemos que a Europa e a po-pulação sénior, que crescerá nas próximas décadas, são públicos-alvo a manter, aliados ao potencial do público mais jovem e ativo, que procurará, cada vez mais, ativi-dades ao ar livre, na montanha e no mar, que a Madeira já hoje possibilita, em qualquer estação.

Assente num projeto de desenvolvimento sustentá-vel de atividade turística, a Região procurará retirar, na atual conjuntura, o melhor partido possível da sua imagem no exterior, enquanto destino turístico de ex-celência, utilizando, para tal, todos os recursos e capa-cidades existentes. De forma estratégica, as entidades públicas e priva-das deverão apostar, inequivocamente, na promoção do turismo interno e externo e na devida valorização e rentabilização dos recursos turísticos, felizmente dis-poníveis entre nós. Acredito que o setor do turismo pode e deve contribuir, como nenhum outro, para a estabilidade de que a Re-gião e o país precisam. n

A integração, o envolvimento e a participação ativa dos turistas na evolução do nosso destino foram notáveis e foram, inequivocamente, fulcrais para que, hoje, a Madeira tenha chegado ao patamar de excelência

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entrevista Taleb Rifai - Secretário Geral da OMT

Taleb Rifai:SECRETÁRIO-GERAL DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO

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Taleb Rifai - Secretário Geral da OMT entrevista

Ponto Turismo - Quais são os desafios que se colocam atualmente à OMT e como é que os enfrenta?Taleb Rifai – O Turismo é atualmente um setor de biliões de dólares, que contribui para as exportações, investimen-to, crescimento económico, criação de emprego e desen-volvimento de nações em todo o mundo. Em 2012, houve 1,035 milhões de chegadas de turistas internacionais que geraram 1,3 biliões de dólares nos países que visitaram. Com mil milhões de turistas a viajarem todos os anos no mundo, chegam muitas oportunidades mas tam-bém muita responsabilidade. O nosso desafio e ta-refa principal é, sem dúvida, assegurar que maximi-zamos os impactos positivos do turismo, ao mesmo tempo que se minimizam os seus potenciais efeitos ne-gativos assegurando que o nosso setor age de acordo com os princípios do desenvolvimento sustentável e contribui, como força do bem, para uma melhor sociedade para todos.No entanto, existem ainda muitas barreiras que obs-truem o crescimento do turismo doméstico e internacio-nal; esses são os desafios e prioridades da OMT e incluem tributação injusta, políticas que limitam as ligações nas viagens aéreas e o cenário económico atual que restrin-gem a capacidade de investimento tanto do setor público como do privado. Além disso, os processos complicados de obtenção de vis-to continuam a entravar as viagens dos turistas, especial-mente de economias emergentes, que são um dos merca-dos emissores do mundo com o crescimento mais rápido. Finalmente, e apesar do grande potencial que o turismo tem para o desenvolvimento sócio-económico e criação de emprego, o setor ainda carece de prioridade entre os principais decisores no mundo. Uma área fundamental no trabalho da OMT é inserir o turismo na agenda global de modo a promover políticas que apoiem o crescimento do setor, assegurando em simultâneo que tal crescimen-to se faça sob os três pilares da sustentabilidade – econó-mico, social e ambiental.

P. Turismo – Como é que o turismo pode ajudar Portugal a sair da sua crise económica?

Secretário-Geral da OMT:“Turismo é essencial para a economia de Portugal”

O turismo em Portugal deve continuar a sua estratégia de diversificação de produtos e procurando mais mercados, diz o Secretário-Geral da Organização Mundial do Turismo, que considera que o turismo é “essencial” para a economia portuguesa. Taleb Rifai defende ainda uma maior cooperação entre o turismo e o transporte aéreo.

T.R. – Nestes tempos de desafio quando muitos líderes europeus procuram soluções para enfrentar a crise, o tu-rismo pode de facto ser visto como uma ajuda para amor-tecer a recessão económica. O turismo é um dos maiores criadores de emprego do mundo, empregando 1 em cada 11 pessoas no mundo e uma categoria chave no comér-cio, ao ter fortes ligações com outros setores da economia. Na verdade, o turismo internacional é uma enorme fonte de divisas e investimento, criando emprego a proporcio-nando oportunidades de negócio. Portugal é um exemplo. O turismo é fundamental para a economia portuguesa em que representa 9% do seu PIB e é responsável por 8% do emprego total. Com um valor de 8,6 mil milhões de euros em 2012, o turismo internacional é uma categoria de exportação essencial no país, representando até 14% do total das exportações. Mais importante ainda é que o turismo internacional para Portugal tem continuado a crescer apesar da atual situação económica na zona Euro.Neste contexto, colocar o turismo no topo das agendas política e económica, irá com certeza contribuir para ma-ximizar a contribuição que o setor do turismo poderá ter na recuperação económica de Portugal.

“colocar o turismo no topo das agendas política e económica, irá com certeza contribuir para maximizar a contribuição que o setor do turismo poderá ter na recuperação económica de Portugal”

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entrevista Taleb Rifai - Secretário Geral da OMT10 pontoT U R I S M O

P. Turismo – Pode Portugal fazer mais no turismo. Está no caminho certo?T.R. – O turismo internacional para Portugal tem vindo a crescer gradualmente desde a última década. O mais re-cente barómetro da OMT mostra que as chegadas a Por-tugal e as receitas aumentaram 8% nos primeiros cinco meses de 2013, face ao período homólogo do ano ante-rior; tudo isto num contexto de uma situação económica séria na Europa de onde são originários a maior parte dos visitantes para Portugal.À semelhança de outros destinos maduros, Portugal pode certamente beneficiar continuando a avançar com a sua

atual estratégia de diversificação de produtos, atingindo novos mercados e promovendo o valor dos seus vários bens, tais como a sua rica gastronomia e história.

P. Turismo – A atual crise coloca mais pressão sobre os ob-jetivos de desenvolvimento do milénio das Nações Uni-das. Acha que vão ser atingidos até 2015? T.R. – Os Millennium Development Goals (MDGs) das Nações Unidas são o esforço global de combate à pobre-za melhor sucedido na história. Governos, organizações internacionais e grupos de sociedade civil em todo o mundo uniram-se pela primeira vez para tomar medidas sobre algumas das questões mais prementes do mundo e houve um progresso significativo em muitas áreas. Os níveis de pobreza extrema foram cortados para metade. Milhões de mais raparigas vão à escola. Há menos 14 mil crianças a morrerem todos os dias. Mortalidade materna caiu em 47%. Em 2011 oito milhões de pessoas recebiam medicamentos que lhes salvam a vida, para o HIV. Em dez anos foram evitados 1,1 milhões de óbitos por malária. Desde 1990, 2,1 mil milhões de pessoas passaram a ter acesso a água para beber limpa. O serviço da dívida dimi-nuiu para os países em desenvolvimento.Naturalmente, é necessário fazer muito mais, e como estamos a contar os 1.000 dias que faltam para a data chave de 2015 para atingir os objetivos MDG, este é o momento para todos nós acelerarmos a ação para atingir esses propósitos.

P. Turismo – Os países estão mesmo comprometidos com o desenvolvimento turístico sustentável?T.R. – Sim, cada vez mais os países percebem que o desen-

“Portugal pode certamente beneficiar continuando a avançar com a sua atual estratégia de diversificação de produtos, atingindo novos mercados e promovendo o valor dos seus vários bens, tais como a sua rica gastronomia e história”

Cada vez mais os países percebem que o desenvolvimento do turismo apenas pode ser plenamente atingido se for feito dentro dos princípios da sus-tentabilidade, diz o Secretário geral da OMT

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Taleb Rifai - Secretário Geral da OMT entrevista

volvimento do turismo apenas pode ser plenamente atin-gido se for feito dentro dos princípios da sustentabilidade: a sustentabilidade económica, social e ambiental. À medi-da que os paradigmas da produção e do consumo mudam, o turismo não pode ser deixado para trás. De facto, ao de-senvolver o turismo de uma forma sustentável, estenden-do os seus benefícios a todos e respeitando o ambiente, não só é correto como faz sentido para os negócios. Ao mesmo tempo, o valor do turismo sustentável está a ganhar cada vez mais reconhecimento na comunidade internacional. Na Cimeira Rio+20 do ano passado, o Do-cumento Final, “The Future We Want”, acordado pelos líderes mundiais, Ao mesmo tempo, o valor do turismo sustentável tam-bém é cada vez mais reconhecido pela comunidade in-ternacional. Na Rio +20 Cimeira de no ano passado, o Documento Final, The Future We Want, acordado pelos líderes mundiais, destacou que “o turismo pode dar uma contribuição significativa para as três dimensões do de-senvolvimento sustentável, tem laços estreitos com ou-tros setores, e pode criar empregos decentes e gerar opor-tunidades de negócio”. P. Turismo – O Turismo é frequentemente rotulado como a Indústria da Paz. Quais são as principais dificuldades para que isto seja verdade?T.R. – Sem dúvida que os valores da paz e compreensão multicultural estão no coração do turismo. Com mais de mil milhões de turistas a viajarem no mundo, não há for-ma melhor de quebrar as barreiras de indiferença e into-lerância uma vez que estes viajantes recolhem a experi-ência de outras culturas, outras pessoas e outras crenças. No entanto, mesmo sendo o turismo um direito reconhe-cido para todos, nem todos têm a flexibilidade para viajar, muitas vezes devido a procedimentos de vistos restritivos. Cruzar fronteiras é uma parte fundamental da experiência de viagem, mas processos complicados, custos e tempo de espera impedem turistas de muitas nações de viajarem.

P. Turismo – Porque é que foi escolhido o tema da Água e Turismo para o Dia Mundial do Turismo?T.R. – A Assembleia-Geral da OMT, que se realiza a cada dois anos, decide os temas para o Dia Mundial do Turis-mo. Como agência especializada para o turismo das Na-ções Unidas, tentamos alinhar os temas em observância com os anos das Nações Unidas, tal como o deste ano, que está em consonância com a declaração de 2013 da Assembleia-Geral das Nações Unidas do Ano Internacio-nal de Cooperação pela Água das Nações Unidas.A celebração deste ano é uma oportunidade única para chamar a atenção para a água como o recurso e bem hu-mano mais precioso e nas ações que são necessárias para enfrentar o desafio da água. O turismo é, hoje em dia, um dos maiores setores económicos do mundo. O setor do tu-rismo tem que ter um papel de liderança e assegurar que as empresas e destinos investem na gestão adequada da água na cadeia de valor.

P. Turismo – Como vai ser celebrado o Dia Mundial do Tu-rismo?T.R. – Tal como todos os anos, haverá um Think Tank, que irá contar com a participação de peritos e decisores polí-ticos no domínio do turismo e da água, que será trans-mitido ao vivo das Maldivas, o país anfitrião das come-

morações oficiais deste ano. Países em todo o mundo irão também celebrar o Dia Mundial do Turismo com ativida-des especiais e eventos centrados no tema da água. P. Turismo – Quais são as expetativas para o turismo de 2013?T.R. – O turismo internacional deverá continuar com um crescimento sólido em 2013, com um resultado ao final do ano de +3% a +4%. De facto, o último barómetro da OMT confirma esta previsão; entre janeiro e abril viaja-ram mais 12 milhões de turistas do que no mesmo perío-do do ano passado.Por região, Ásia e o Pacífico lideram a previsão de cresci-mento, projetado para 5% a 6%, seguido de África com um crescimento de 4% a 6%, as Américas (+3% to +4%) e Europa (+2% to +3%).

P. Turismo – Com base nas tendências atuais, como é que será o turismo do futuro?T.R. – De acordo com a previsão a longo prazo da OMT, Tourism Towards 2030, as chegadas internacionais glo-bais deverão crescer uma média anual de 3,3% no perí-odo entre 2010 e 2030 e irá chegar a 1,8 mil milhões até 2030.Uma das principais tendências no turismo internacional é a da crescente importância dos mercados emergentes e destinos. As chegadas de turistas internacionais nos des-tinos das economias emergentes da Ásia, América Latina, Europa Central e Oriental, Mediterrâneo Oriental, Médio Oriente e África deverão exceder as das economias avan-çadas até 2015, e em 2030, 57% das chegadas internacio-nais será nos destinos das economias emergentes. Por re-gião, o maior crescimento será na Ásia e no Pacífico, onde as chegadas estão previstas atingir 535 milhões em 2030.Enquanto isso, prevê-se que a tecnologia continue a mu-dar as empresas do turismo bem como a forma como os turistas procuram informação, viajam e partilham expe-riências de viagens, tornando-se cada vez mais uma par-te importante do setor. Outras tendências importantes incluem o facto dos consumidores valorizarem cada vez mais a autenticidade, as experiências locais e o respeito pelos princípios da sustentabilidade. P. Turismo – Qual é o futuro da aviação, tendo em conta que os aeroportos não podem crescer sem limitações?T.R. – Tendo em conta que o transporte aéreo e o turismo têm uma relação simbiótica, deve haver uma maior coo-

“cada vez mais os países percebem que o desenvolvimento do turismo apenas pode ser plenamente atingido se for feito dentro dos princípios da sustentabilidade”

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entrevista Taleb Rifai - Secretário Geral da OMT

peração entre o setor do turismo e aviação, para que am-bos avancem da melhor forma e concentrem-se na procu-ra futura e nos rácios de capacidade. A procura turística e o crescimento da capacidade devem ser trabalhados em simultâneo e, por isso, é crucial a coordenação entre os intervenientes do turismo, autoridades aeroportuárias e companhias aéreas. As previsões mais recentes da ICAO [Organização Inter-nacional para a Aviação Civil] mostram que as partidas de avião irão crescer dos presentes 30 milhões, para 60 milhões até 2030, apoiando as próprias projeções do tu-rismo da OMT até 2030 de 1,8 mil milhões de pessoas irão viajar pelo mundo. Por isso, o trabalho em conjunto é de extrema importân-cia para resolver a capacidade do sistema de transporte aéreo e alterações relacionadas, a gestão do fluxo de pas-sageiros nos aeroportos, a capacidade aérea para os paí-ses menos desenvolvidos e a redução dos impactos am-bientais decorrentes das viagens aéreas internacionais e turismo. Em março passado, a OMT e a ICAO assinaram

uma Declaração Conjunta especial sobre Aviação e Tu-rismo, que reforça o compromisso a longo-prazo destas agências-irmãs das Nações Unidas para o desenvolvi-mento sustentável do turismo e da aviação.

P. Turismo – O turismo parece sempre recuperar das cri-ses. A OMT tem um departamento que lida com a gestão de crises. Como é que funciona?T.R. – Realmente umas das características mais signi-ficativas do turismo é a sua capacidade de recuperação relativamente rápida e com mais força. Apesar das múl-tiplas alterações e choques que foram desde as preocu-pações de saúde a desastres naturais e crises provocadas pelo Homem, o turismo, mesmo vulnerável, tem sempre recuperado, provando a sua resistência e capacidade de resposta. O turismo internacional tem crescido gradual-mente durante as décadas mais recentes, caindo apenas em três ocasiões: em 2001 depois dos ataques de 11 de setembro, em 2003 com o impacto da SARS e em 2009 no meio da crise económica global. Em todos os casos, o turismo internacional recuperou com força nos anos se-guintes com taxas de crescimentos muitas vezes acima da tendência do longo prazo da última década (+4%).O programa da OMT Risk and Crisis Management auxilia os Estados-Membros na avaliação e mitigação de riscos relacionados com o turismo, bem como no desenvolvi-mento, planeamento e implementação dos sistemas de gestão de crises que irão reduzir o impacto de crises e aju-dar na recuperação. Isto é fulcral uma vez que o nível cor-reto de preparação pode reduzir, de forma significativa, o impacto de qualquer crise no turismo. Os projetos e atividades principais incluem implementa-ção de medidas que facilitem as viagens internacionais, apoiar os Membros na identificação e redução dos ris-cos globais e locais relacionados com o turismo em co-ordenação com o sistema das Nações Unidas, melhorar a capacidade dos membros para desenvolver, planear e implementar sistemas de gestão de crises, e prestar as-sistência de emergência aos membros com o objetivo de apoiar os esforços de gestão de crises no turismo a nível nacional. A este respeito, a OMT publicou uma Tool Box para a Comunicação de Crise, que eu aconselho a todos os que trabalham no setor conhecerem.

P. Turismo – Que outros projetos da OMT sublinharia?T.R. – Durante mais de três décadas a OMT tem vindo a construir o desenvolvimento do turismo pelo mundo. A experiência da OMT torna-nos capazes de proporcionar orientações políticas e assistência técnica aos Estados-Membros no desenvolvimento do seu turismo. As nossas áreas de atividade incluem a integração do turismo nas agendas globais, melhorar a competitividade, promover a contribuição do turismo para a redução da pobreza, edu-cação e capacitação e desenvolvimento sustentável. A “facilitação” das viagens, taxas e ligações, nomeada-mente em termos de transporte aéreo, foram identifi-cados como políticas fundamentais a serem abordadas pela OMT no curto prazo. Enquanto isso, continuamos a desenvolver e implementar projetos na área de sus-tentabilidade, como a iniciativa Hotel Energy Solutions, que tem como objetivo ajudar os hotéis a avaliarem e a reduzirem suas emissões; auxiliando nossos membros através do nosso Programa de Cooperação Técnica e muitos outros. n

“A procura turística e o crescimento da capacidade devem ser trabalhados em simultâneo e, por isso, é crucial a coordenação entre os intervenientes do turismo, autoridades aeroportuárias e companhias aéreas”

A experiência da OMT torna-nos capazes de proporcionar orientações po-líticas e assistência técnica aos Estados-Membros no desenvolvimento do seu turismo

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Festas Amadeus em foco

Festas Amadeus

deixam trade ao rubro no verão

O Amadeus Terrace é o ponto de encontro do trade que já colocou na sua agenda as festas temáticas de verão do final tarde de quintas-feiras onde a diversão, o convívio e a originalidade são garantidos.

Em 2012 os cocktails contaram com a presença de mil pessoas mas a contagem não pára. Nas primeiras duas festas deste ano estiveram mais de 500 convidados. Balanço feito após a quinta

festa e foram já mais de mil os presentes.Este verão o calendário estende-se até ao final de agosto e clientes e não clientes da Amadeus já puderam ver ani-mação da DJ Rita Mendes, figuras públicas como Cláudia Vieira, Pedro Teixeira, Iva Domingues, Ângelo Rodrigues, Ana Rita Clara e José Carlos Pereira, além de divertirem-se com temas originais e adereços como chapéus altos, e plumas do burlesco.Estes encontros informais pretendem fomentar o conví-vio entre os diversos atores da indústria, proporcionando a oportunidade de reverem e de conhecerem pessoas.Até ao final da temporada os profissionais contaram com o Sassaricando – música brasileira ao vivo, com caipirinhas, gin, pastéis de massa tenra e bolinhos de brigadeiro. A encerrar o ciclo o DJ João Pavia vai trazer um sabor popular com o tema Em brasa! A acompanhar haverá sangria, cerveja e enchidos assados na brasa.n

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em foco Festas Amadeus

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Caderno

15Fernando Ribeiro Mendes entrevistaT U R I S M O

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FERNANDO RIBEIRO MENDES PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO INATEL

O Franchising Social é uma das iniciativas de apoio da INATEL

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21 Notícias Amadeus, Munique e Copenhaga juntos no desenvolvimento e implementação de produtos de Tecnologia de Informação

19 Soluções Amadeus Mobile Messenger oferece uma solução em tempo real para um suporte e uma gestão eficiente de incidentes

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16 entrevista Fernando Ribeiro Mendes

Fernando Ribeiro Mendes PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO INATEL

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Fernando Ribeiro Mendes entrevista 17

Novo posicionamento da INATELUma organização de referência da economia social

Ponto Turismo – A INATEL é uma fundação que funcio-na em diversas vertentes, uma delas o INATEL Turismo. Quer explicar um pouco o universo da INATEL? Fernando Ribeiro Mendes - Fundada em 1935 como Fundação Nacional para Alegria no Trabalho (FNAT), a Fundação INATEL é de iniciativa do Estado, tutelada pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, e afir-ma-se como uma instituição que promove a ocupação dos tempos livres e o lazer de todos, desenvolvendo e valorizando o turismo social, a criação e fruição cultural, a atividade física e desportiva, bem como a inclusão e a solidariedade social. Na área do turismo, opera através da Marca INATEL TU-RISMO especializada em turismo social, cultural, natu-reza, e de saúde e bem-estar, proporcionando viagens quer internacionais quer nacionais. Dispõe de uma rede de 17 hotéis, 3 Parques de Campismo, 1 Casa de Turis-mo Rural e dois balneários termais - representando uma oferta global de 4200 camas, distribuídas pelo continen-te e ilhas, localizadas em locais únicos e memoráveis.Estamos presentes em todo o território através de uma rede de 24 agências, que funcionam não só como pon-tos de venda dos nossos produtos de turismo como tam-bém se assumem como serviços de apoio à cultura po-pular e ao desporto amador, promovendo a assistência técnica e financeira ao movimento associativo, cultural, etnográfico, folclórico, recreativo e desportivo, no con-tinente e nas regiões autónomas. Além disso, gerimos equipamentos de cultura e desporto de grande qualida-de como sejam o Teatro da Trindade, em Lisboa, e dois parques desportivos - o Parque de Jogos 1º de Maio, em Lisboa, e o Parque de Ramalde, no Porto, além de vários pavilhões desportivos e piscinas em todo o País.

P. Turismo – Como é que a INATEL se posiciona? F.R.M – Posiciona-se como uma organização que promo-ve um turismo acessível, formativo e gerador de riqueza, com objetivos de inclusão e solidariedade social. Nes-te sentido, especializou-se em segmentos de mercado como os seniores, mas também os jovens e famílias. Atualmente, estamos a reposicionar a marca INATEL, uma vez que a generalidade dos portugueses, em espe-cial os não associados, tem uma visão da marca ainda associada quase só ao segmento sénior e, no que diz respeito ao turismo, a programas de excursão em mas-sa com alojamento em hotéis de fraca qualidade, o que não corresponde, de todo, à verdade.

É de salientar que fomos pioneiros, nos anos 90, no tu-rismo aventura e desportivo, quando praticamente em Portugal não existiam empresas de animação e que a nossa massa associativa desportiva é bastante jovem e numerosa. Relativamente a programas de turismo, te-mos uma forte ligação ao meio académico, criando rotas originais e diferenciadoras, visando o desenvolvimento pessoal dos cidadãos, o desenvolvimento económico das regiões, educando e motivando para a valorização do património cultural. Temos igualmente um progra-ma de turismo jovem em colónias e campos de férias, de grande qualidade. A nossa hotelaria é de boa qualidade, oferecendo alojamento em unidades modernas muito bem situadas.

P. Turismo – Qual é a imagem que a INATEL/INATEL Tu-rismo quer passar para o mercado? F.R.M – Tendo em conta o posicionamento que estamos a desenvolver, a INATEL gostaria de ser vista como uma organização de referência da economia social, atuando na vertente cultural, desportiva e de turismo social, de-senvolvendo programas de aproveitamento dos tempos livres inovadores e que criam riqueza para o país.

P. Turismo – Quais os planos da INATEL para o futuro, a nível de hotelaria? F.R.M – A FI tem nos últimos anos investido nas suas unidades hoteleiras, com recuperações integrais, como aconteceu no Inatel Cerveira Hotel****, no Inatel Porto Santo Hotel*** e mais recentemente no Inatel Albufeira (Edifício da Praia). Realizamos igualmente intervenções menos profundas, como em Oeiras, onde foram recupe-rados cerca de metade dos quartos, Luso, Entre-Os-Rios, Foz do Arelho e Castelo de Vide.No que concerne a investimentos futuros priorizamos a intervenção de requalificação da nossa unidade de Man-

Lançado em Maio deste ano, houve 132 candidaturas ao Franchising Social

Fundação INATEL posiciona-se como uma organização que promove o turismo social, isto é, um turismo acessível, formativo e gerador de riqueza, com objetivos de inclusão e solidariedade social

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entrevista Fernando Ribeiro Mendes

teigas, localizada em plena Serra da Estrela e com esta-belecimento termal operado por nós, cujo investimento recairá na recuperação das suas unidades de alojamen-to, e também na ligação entre o hotel e o balneário ter-mal, permitindo assim um maior aproveitamento das excelentes condições ali existentes para tratamentos de saúde, aos quais vamos acrescentar a vertente de lazer num conceito de SPA Termal.Todos os investimentos realizados, têm por base a estra-tégia de modernização da nossa oferta hoteleira com o objetivo final de fidelizar a nossa base associativa atu-al de turismo social, ao mesmo tempo que propomos a novos segmentos diferenciados da procura soluções de lazer com qualidade e a preços acessíveis, seja no turis-mo cultural e natureza, seja no de saúde e bem-estar, fruídos de forma ativa e retemperadora.

P. Turismo – Como é que funciona o produto “Experiên-cias”, tem tido adesão? F.R.M – As Experiências Inatel surgiram no final de 2012 e é similar a outras ofertas existentes no mercado, dis-tinguindo-se das mesmas por oferecer apenas produtos Inatel, ou seja, as ofertas residem sobretudo em viagens, estadas, gastronomia e desporto Inatel, o que transmite ao cliente a segurança de uma marca de confiança com

78 anos, e também lhe garante que a sua Experiência Inatel não depende de parcerias com terceiros.Sendo um projeto com poucos meses de vida, considera-mos que as vendas das Experiências Inatel estão em li-nha com os objectivos definidos, sendo mais um produto que colocamos no mercado para dar a conhecer a nossa oferta. Sendo um produto cíclico, a validade das atuais Experiências Inatel termina em Junho de 2014, pelo que em breve lançaremos a 2.ª edição, com renovadas ofertas.

P. Turismo – Sei que recentemente apresentaram o pro-jeto “franchising social”. Do que é que se trata? F.R.M – Trata-se de um programa de grande alcance social, desenhado para projetar a oferta de serviços da Fundação aos seus associados e à comunidade em geral. Baseamos este programa na fórmula de franchi-sing e reorientamo-la num sentido eminentemente so-cial. Dirigimos convites a jovens à procura do primeiro emprego e menos jovens em situação de desemprego para criarem o seu próprio negócio como franchisados INATEL nas áreas de restauração e de lojas de viagens. Trabalhamos com parceiros públicos e privados que dão formação inicial e aconselhamento técnico e financeiro aos futuros franchisados para desenvolverem os seus planos de negócio de forma consistente e viabilizando o recurso à microfinança. Lançado em Maio deste ano, houve 132 candidaturas ao Franchising Social, dirigidas para a restauração e as viagens em igual proporção. Após uma primeira seleção de candidatos, segue-se a seleção final dos participantes na fase piloto (2 restaurantes, um em Lisboa e outro no Porto, e 1 loja de viagens, em Espinho). A abertura dos espaços-piloto está prevista entre Setembro e Dezem-bro de 2013; seguir-se-á a abertura de novos espaços entre Junho e Dezembro de 2014, após a avaliação da fase piloto para as indispensáveis correções e afinações do programa. Pretende-se abrir mais 16 restaurantes “Kantina INATEL”, localizados nas restantes capitais de distrito, e 20 lojas “INATEL Viagens”, que serão abertas em localidades onde existam com relevância clientes da Fundação mas que não possuam agências de viagens de proximidade para comercializar os produtos INATEL.

P. Turismo – Em termos de tecnologia, como é que a INA-TEL se posiciona? F.R.M – A FI tem feito um sério esforço de inovação no desenvolvimento tecnológico que numa organização complexa, com uma gama tão variada de serviços, e com as naturais limitações orçamentais, não é simples. Temos consciência plena que a tecnologia é fundamen-tal para o sucesso de qualquer organização, podendo posicioná-la no pelotão da frente. Nas organizações da economia social não é diferente, pelo que é fundamen-tal essa visão. Muito já tem sido feito mas, ainda há mui-to para fazer nomeadamente em termos de sistemati-zação e simplificação de processos pela via digital. P. Turismo – Como está a ser a experiência da INATEL com o parceiro tecnológico Amadeus? F.R.M – A Experiência Amadeus é muito recente, pelo que é prematuro fazer balanços. Estamos convictos de que o passo dado é fundamental para o nosso crescimento e autonomia. Para já a equipa Amadeus tem sido incansá-vel no que diz respeito à formação das nossas agências e a todo o apoio na implementação do projeto. n

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Mapa da Interface AMM numa consulta por polígono

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Caderno Amadeus soluções

Amadeus Mobile MessengerLocalizar, ajudar e comunicar com os seus viajantes

Uma solução que vai ao encontro das necessidades das agências de viagens e que garante:

Ajuda profissional rápida e eficiente

Otimização do fluxo de trabalho:Funcionalidade única de envio de mensagens, ferra-mentas de filtros e de distribuíção do fluxo de trabalho

Atualizações automáticas em tempo real: os dados mais atuais para a gestão de incidentes

Satisfação do cliente reforçada

Permite atuar de uma forma proativa, ajudando a eco-nomizar nos custos das assistências

Promove o "dever de assistência" aos viajantes ao lon-go da sua viagem

Providencie uma gestão de incidentes rápida e eficien-te, com toda a informação de que necessita para iden-tificar, analisar e assistir os seus viajantes numa única ferramenta.

O Amadeus Mobile Messenger (AMM) é uma solução Amadeus em parceria com a Charter Solutions, que pro-porciona uma assistência profissional para lidar com in-cidências, tais como alterações climáticas, instabilidade política ou desastres naturais e permite comunicar com os viajantes em qualquer momento. Tenha a situação sob controlo e proporcione paz de espírito aos viajantes.

O Amadeus Mobile Messenger inclui uma série de re-cursos inteligentes que permitem otimizar o fluxo de trabalho para gestão de incidentes, economizar tempo e tornar o processo mais eficiente.

Uma consulta por polígono permite selecionar um gru-po de viajantes numa área específica para facilitar a as-sistência.

O envio de mensagens automáticas permite a comuni-cação com estes viajantes, bem como com os viajantes que estão selecionados para serem incluídos num po-lígono num período de datas específico.

Os dados dos viajantes são atualizados em tempo real, garantindo aos utilizadores toda informação atualizada. Fundamental para a gestão de incidentes.

O Amadeus Mobile Messenger oferece uma solução única, fácil e em tempo real para um suporte e uma gestão eficiente de incidentes.

Mapa da Interface AMM numa consulta por polígono

O envio de mensagens automáticas permite a comuni-cação com estes viajantes, bem como com os viajantes que estão selecionados para serem incluídos num po-lígono num período de datas específico.

Os dados dos viajantes são atualizados em tempo real, garantindo aos utilizadores toda informação atualizada. Fundamental para a gestão de incidentes.

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soluções Caderno Amadeus

O Amadeus Mobile Messenger proporciona novas oportunidades aos Agentes de Viagens que po-dem assim oferecer serviços adicionais aos seus clientes.

Mensagens

A comunicação com os viajantes pode ser feita através de uma aplicação de mensagens, via SMS ou por email.

Mensagens baseadas na aplicação são enviadas para uma aplicação de um SmartPhone na forma de notifi-cações. Poderá ser uma boa opção se o nível de urgên-cia não for muito alto e o viajante tiver um SmartPhone com a aplicação instalada.

Mensagens baseadas na aplicação também permitem respostas automatizadas nos pedidos de resposta.

SMS são a melhor opção para mensagens importantes e/ou urgentes e fornecem melhor acessibilidade para os viajantes (funciona em todos os telefones).

Funcionalidades do Amadeus Mobile MessengerO ecrã principal é o único ecrã completo da aplicação. Todas as funcionalidades estão disponíveis a partir da-qui. Não existem outros ecrãs ou uma interação com-plexa. Todas as restantes janelas estão no topo do ecrã principal que se mantem sempre visível. Esta Interface simples permite que novos utilizadores se familiarizem rápidamente e se sintam confiantes com a aplicação.

Localização imediata dos ViajantesOs itinerários são representados na interface do mapa dinâmico, permitindo identificar a localização exata de um viajante. Os viajantes podem ser localizados através da funcionalidade GPS de um smartphone ou por geolo-calização de um aeroporto, hotel, etc.

Comunicar sem esforçoO Amadeus Mobile Messenger oferece-lhe os meios para comunicar com os viajantes a qualquer momen-to, através de mensagens predefinidas disponíveis para facilitar a comunicação de informações críticas para os viajantes.

Mensagens bidirecionais: comunicar de forma rápida e eficiente com os viajantes

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Caderno Amadeus notícias

Amadeus, Munique e Copenhaga juntos no desenvolvimento e implementação de produtos de TI

Os aeroportos de Munique e Copenhaga chegaram a acordo com a Amadeus para implementar respetiva-mente as soluções Amadeus Airport Sequence Manager e Amadeus Airport Fixes Resoure em 2013 e 2014, que vão integrar o novo conjunto de soluções para aeroportos da empresa de soluções tecnológicas.Os acordos permitem à Amadeus trabalhar em conjunto com os dois aeroportos no desenvolvimento e implemen-tação das novas soluções e lançar a base tecnológica do seu novo conjunto de produtos para aeroportos Em colaboração com o aeroporto de Munique, um dos mais movimentados da Europa, com cerca de 400.000 movimentos de aeronaves em 2012, a Amadeus vai lan-çar a solução Airport Sequence Manager. Esta solução oti-miza a sequência de descolagem e proporciona, a todos os participantes nas operações do aeroporto, um maior conhecimento situacional e operacional. Através da nova solução serão assegurados dados preci-sos, melhor capacidade de previsão e performance atem-pada, mesmo em condições adversas. A solução des-bloqueia a capacidade aeroportuária existente e reduz o desperdício de vagas com uma sequência de partidas otimizada. O impacto das condições adversas no plane-amento das partidas é reduzido, em particular com os procedimentos de degelo. A solução Amadeus Sequence Manager é o coração da Airport Collaborative Decision Making (A-CDM), uma iniciativa da indústria que visa me-lhorar a eficiência operacional de todos os operadores de aeroportos, com foco na recuperação de aeronaves e no processo de sequência de descolagem.Para Michael Zaddach, Senior Vice President IT, do aero-porto de Munique: “Os aeroportos precisam decidir se mantêm-se puros gestores de infraestruturas ou se evo-luem o seu modelo de negócio de modo a tornar-se em mais sofisticados prestadores de serviços orientados para o negócio”, acrescentando que “A Amadeus encontra-se

muito bem posicionada, no coração do ecossistema das viagens, podendo ajudar os aeroportos com a evolução apresentada e estamos contentes de cooperar para es-tabelecer as bases de uma plataforma tecnológica que permita antecipar o futuro.” No caso do aeroporto de Copenhaga, o principal aeropor-to Escandinavo, a Amadeus vai desenvolver a solução Air-port Fixed Resource Optimiser que se destina à melhor alo-cação possível de recursos fixos aos horários de voo e aos atributos baseados nos drivers de negócio dos aeroportos e das companhias aéreas, incluindo os passageiros. No modo de planeamento, a solução aperfeiçoa a utiliza-ção de infraestruturas através de uma utilização otimiza-da de parqueamento e portas de embarque, que levam à redução de custos. No que toca às operações, a solução permite uma experiência aprimorada para passageiros e companhias aéreas, com um processo de recuperação mais rápido, ou uma transferência mais fácil e rápida, di-minuindo o risco de atrasos nos voos. Por sua vez Christian Poulsen, Vice President and CIO, Cdo aeroporto de Copenhaga, referiu que “Melhorias na eficiência operacional apenas podem gerar mudança se todos os agentes: operadores de aeroporto, ground han-dlers e companhias aéreas ‘falarem a mesma linguagem’ , acrescentando que “A abordagem holística ao aeropor-to da tecnologia Amadeus melhorou a forma como as companhias aéreas e os ground handlers trabalham em conjunto, e nós esperamos ansiosamente o dia em que os aeroportos possam também fazer parte desta aborda-gem integrada em relação às operações”.John Jarrell, Head of Airport IT, Amadeus diz que “A tec-nologia tem o potencial necessário para transformar a eficiência das operações aeroportuárias, garantindo que a tomada de decisão entre parceiros seja mais colabora-tiva, mais precisa e baseada numa visão do cliente e dos requisitos operacionais de toda a cadeia de viagens.” n

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notícias Caderno Amadeus

CE nomeia consórcio All Ways Travelling para apoiar o “Roteiro do espaço único europeu dos transportes” O consórcio All Ways Travelling irá entregar um trabalho de base para desenvolver um sistema de reservas e de informação de transportes de passageiros pan-europeu.

A All Ways Travelling, um consórcio liderado pela Ama-deus e composto pela BeNe Rail, IATA, Thales, Unife e Zeppelin University, foi nomeado pela direção-geral de mobilidade e transporte da Comissão Europeia para desenvolver e validar um modelo para um sistema mul-timodal de reservas e de informação de transportes de passageiros pan-europeu.A nomeação do consórcio surge no âmbito do Roteiro do espaço único europeu dos transportes (“Roadmap to a Single European Transport Area”) preconizado pela CE, e que tem como objetivo construir um sistema de trans-porte mais eficiente e sustentável, de forma a aumentar a mobilidade em toda a Europa, fomentar o crescimen-to e o respetivo grau de empregabilidade no setor dos transportes, e reduzir as emissões de carbono.Ao ter como meta a exigência clara para o fácil acesso a soluções de viagens que combinem diferentes meios de transportes, o roteiro vai estabelecer um quadro para o transporte multimodal na Europa que permite agilizar a compra, emissão de bilhetes e os processos de pagamento. Numa primeira fase do projeto o consórcio All Ways Tra-velling irá realizar um estudo aprofundado sobre a mul-timodalidade, a ser conduzido pela Zeppelin University e que deverá ser concluído antes do final deste ano. Logo que os resultados sejam validados pela Comissão

Europeia (CE), o consórcio vai verificar uma série de pro-vas de conceito (PoC) em termos de modelos de negócio, operações e tecnologias específicas que foram identifi-cadas como essenciais para lançamento no mercado. O objetivo da CE a longo-prazo é facilitar as viagens pela Europa, utilizando vários meios de transporte, tais como o urbano, aéreo e ferroviário, permitindo aos residentes europeus e aos visitantes, desfrutar de uma experiência única de viagem porta a porta. Em comentário o vice-presidente para o pelouro dos transportes da Comissão Europeia Siim Kallas, subli-nhou que “Necessitamos de desenvolver o planeamen-to de viagens europeias. Para fazer o melhor uso de to-dos os meios de transporte e infraestruturas existentes, é necessário garantir a disponibilidade, acessibilidade e troca de informações relevantes, tais como horários, ca-pacidade e rotas.”Por sua vez, Thomas Drexler, Global Head of Amadeus Rail and Ground Transportation, disse: “Além da ampli-tude de conhecimento e experiência dentro do próprio consórcio, decidimos criar um conselho consultivo com-posto por dez representantes dos principais players da indústria, de forma a assegurar que a abordagem da via-gem multimodal é realmente benéfica para a indústria do turismo no seu todo”. n

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tecnologia Turismo Digital

O Portal de Turismo e o desenvolvimento de apps concretizam em grande medida a prossecução dos objetivos de estruturação da oferta turística e promoção dos destinos Porto e Norte de Portugal através de uma presença online

O Município do Porto, através do Departamento Municipal de Turismo ambiciona posicionar a cidade do Porto como um destino turístico de excelência, diferenciando-a pela qualidade

da sua oferta turística, tornando-a numa referência a nível nacional e internacional. A missão desta unidade orgânica municipal consiste em recolher, organizar e editar informação de toda a oferta turística da cidade, e promover o destino. Neste contexto, um dos mais relevantes projectos assu-midos foi a criação de um Portal de Turismo como base de uma plataforma multicanal de relacionamento com o visitante e turista potencial e real do destino, projecto este que impulsionou a criação de uma Base de Dados de Recursos Turísticos Porto e Norte de Portugal (BDRT), que tem por objetivo recolher, organizar e classificar a informação turística disponível sobre o destino promo-vendo a criação de valor para cada segmento específico de consumidores (famílias, seniores, jovens, investiga-dores, homens de negócios, organizadores MICE, entre outros), e apresentando um leque variado de categorias de POIs (Pontos de Interesse) (Visitar, Comer & Beber, Alojamento, Lazer, Compras, Informação útil, Serviços públicos, Saúde, Transportes, Educação, II&D(1) e forma-ção, Negócios, Multimédia, Entidades).Os segmentos de visitantes do destino Porto representam diferentes grupos de pessoas ou organizações, para quem o modelo de negócio é especialmente dirigido. Consoante as suas necessidades, comportamentos e/ou outros atri-butos comuns dos destinatários, há que agrupá-los em diferentes segmentos, de forma a melhor a satisfazer as necessidades específicas. Pretende-se, essencialmente

1 II&D: Inovação e Investigação & Desenvolvimento

Turismo digital, Apps como apoio ao desenvolvimento turístico

através do marketing de conteúdos, captar: visitantes e turistas; estudantes, trabalhadores temporários e inves-tigadores (até um ano); empresários para realização de eventos e investimento direto na região.O relacionamento com os destinatários dos conteúdos da BDRT constitui um elemento essencial da sua valori-zação. Por um lado, aproveitando as características em-blemáticas (recursos e infraestruturas) da cidade a fim de estabelecer uma relação de empatia com os turistas, um tipo de relacionamento que pode ser estabelecido em visitas anteriores e dar origem a recomendações a outros turistas. Por outro lado, potenciando a partilha mútua de informação com os parceiros, colaboradores ou clientes com o objetivo de acrescentar valor aos pro-dutos ou serviços da cidade e da região. Os visitantes são envolvidos na produção de um bem ou serviço acrescen-tando valor a esse bem ou serviço, uma vez que podem interagir no terreno, nomeadamente através de comen-tários em redes sociais, partilha de conteúdos (imagens, vídeo, voz ou texto) ou páginas WEB. Tudo isto para além da relação direta estabelecida com os vários segmentos de turistas do destino Porto, nomeadamente através dos serviços de informação turística (presenciais e não presenciais). A forma como a informação é associada e apresentada conduz, igualmente, à oportunidade de cross-selling, com o potencial de venda de mais do que um produto/serviço ao mesmo turista do destino Porto (e Norte de Portugal) para além dos que este procura. Desta forma pode acrescentar-se valor à oferta, e obter-se maior satisfação e fidelização com o destino. O desafio é o aumento da atratividade e o desenvolvi-mento de uma imagem positiva da cidade do Porto no exterior, potenciando a difusão dos conteúdos em vá-rios canais de distribuição, permitindo-nos promover o

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Turismo Digital tecnologia

destino Porto junto dos variados segmentos de poten-ciais turistas.Sendo os canais de comunicação de distribuição e inje-ção dos pontos de interesse e conteúdos da BDRT a base da relação entre o destino e os visitantes, permitindo-lhe conhecer melhor o que o destino tem para lhes ofe-recer, assumem por isso importante papel na experiên-cia do visitante.Desde logo a World Wide Web, enquanto canal de in-formação cada vez mais utilizado na escolha e procura de informação sobre os locais a visitar, é a aposta pri-mordial para a promoção do destino junto de todos os segmentos. Em maio de 2011 o Município do Porto lançou o seu novo Portal de Turismo do Município do Porto – www.visitporto.travel – alimentado pela BDRT. Esta plataforma web foi a primeira de muitas que se espe-ra possam vir a usufruir da informação ali recolhida e trabalhada. O Portal de Turismo apresenta já dois canais distintos para públicos diferenciados – o Canal Visitar e o Canal Negócios e II&D, com a previsão de lançamento a curto prazo de dois novos canais – Viver e Mais Porto. A estes canais irá juntar-se a designada “Área pessoal”, que permite o registo do utilizador e, através deste a recomendação e planeamento personalizado de visita.O Portal de Turismo e o desenvolvimento de apps con-cretizam em grande medida a prossecução dos objeti-vos de estruturação da oferta turística e promoção dos destinos Porto e Norte de Portugal através de uma pre-sença online, procurando afirmar-se como uma referên-cia de qualidade para os vários agentes envolvidos na transação entre a oferta e a procura turística. Assenta num conceito de marketplace, integrado num sistema de informação e promoção de turismo que combina uma série de ferramentas e tecnologias com vista à implementação de um conjunto integrado de soluções para satisfazer os utilizadores do sistema. Através da implementação de um conjunto de Web API’s (i.e. Interface de Programação de Aplicações), é possível disponibilizar o uso por parceiros externos de webservices como a BDRT (Recursos Turísticos) e conte-údos do Portal de Turismo (Eventos, Circuitos Turísticos e Oportunidades), para extensão de serviços do Portal, valorização e criação de novos produtos e serviços, pre-ferencialmente aplicações para dispositivos móveis e plataformas interativas.A utilização dos webservices permite libertar as empre-sas para se concentraram no seu core business, em vez

de estarem ocupadas com o carregamento e atualização de base de dados. A oferta de um serviço de conteúdos mais abrangente - oferta integrada de serviços entre aplicações e Portal de Turismo - constitui mais valor para os clientes e consumidores.Webservices disponíveis para a oferta turística:• Serviço Best Price : disponibiliza o best price de unida-

des de alojamento, permitindo procurar dados na pla-taforma por diferentes parâmetros disponíveis e sendo a reserva concretizada na plataforma de oferta hotelei-ra dos associados da APHORT pelo envio dos dados de seleção da unidade de alojamento do utilizador final. A conclusão do passo de confirmação e registo será to-talmente processada na plataforma de oferta hotelei-ra da APHORT.

• Serviço Base de dados de Recursos Turísticos: dispo-nibiliza informação relativa a recursos turísticos (ti-picamente POI’s). A Oferta atualiza os seus dados di-retamente na Base de Dados de Recursos Turísticos, mediada pelos técnicos do Turismo (1154 atualizações / 2636 Pontos de interesse, em maio de 2013).

• Serviços Eventos Agenda: disponibiliza informação re-lativa a eventos de agenda na cidade do Porto. A Oferta atualiza os seus dados diretamente no serviço nEven-tos (Base de Dados Metropolitana de Eventos de Agen-da). Esta informação sustenta o Portal.

• Serviço Circuitos Turísticos: disponibiliza informação relativa aos circuitos turísticos organizados por diver-sos temas.

• Serviço Oportunidades: disponibiliza informação rela-tiva às Oportunidades (ofertas especiais) organizadas por diversos temas.

• Serviço Toursplan: um Serviço de Apoio à Decisão (SAD) que integra diversos algoritmos de inteligência artifi-cial para recomendações personalizadas com base nos interesses e motivações do utilizador e para o planea-mento de percursos (tendo em conta o tempo a des-pender, horário de funcionamento, orçamento e meio de deslocação).

Presentemente há já várias aplicações que usam os we-bservices do Turismo do Porto, designadas Porto Official City Guides, havendo outros projetos (Apps e Platafor-mas Web) em curso (disponíveis em http://visitporto.travel/Visitar/Paginas/Apps/appsmoveis.aspx:• oPORTOnity City (Windows 8)• Farol City Guide – Porto (Android)• Vporto (iOS e Android)• oPORTOnity City (Symbian)• B-AROUND (Multiplataforma)Estas aplicações móveis – Porto Official City Guides – são assim a concretização de alguns objetivos estratégicos a que se propôs o Município do Porto em matéria de turismo: criar redes potenciadoras de parcerias público-privadas orientadas para a valorização do património e conteúdos; criar produtos integrados que promovam a cidade e a região; e criar parcerias com o setor privado com o objetivo de desenvolver material de informação/ divulgação/ promoção do destino Porto. n

João Pedro CapeloProject LeaderDepartamento Municipal de TurismoCâmara Municipal do Porto

A utilização dos webservices permite libertar as empresas para se concentraram no seu core business, em vez de estarem ocupadas com o carregamento e atualização de base de dados

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análise Vendas online – Lets Bonus Case Study

Desde 2010 que existe no mercado português o modelo então conhecido como compra coletiva. Se bem se recordam, eram necessários um X número mínimo de compradores para ativar determinada oferta.

Modelo de social buying

Online travel sales: ativar para reter

Entretanto houve uma evolução para um mode-lo de social buying mais depurado, onde o push se realiza igualmente através do envio diário de Newsletters, mas sem a necessidade de um

número mínimo de compras para ativar a oferta e com ênfase nos conteúdos mais recentes. Vou procurar expor ao longo das próximas linhas a fa-cilidade, dinamismo, flexibilidade e correspondentes benefícios do canal online para a área do Turismo. Dos aspetos mais interessantes da realidade online é o fac-to de cada dia podermos dar relevo às ofertas que me-lhor performance têm ou aos parceiros que procuram maior protagonismo para as suas campanhas. Atualmente, as ofertas tendem a permanecer mais

tempo online, elencadas em forma de diretório, garan-tindo maior visibilidade para as marcas e maior poten-cial de venda efetiva. O objetivo deste modelo sempre foi o de gerar maior visibilidade e notoriedade para os parceiros e simultaneamente ativar vendas para o pe-ríodo selecionado. Convém assinalar que as vendas de que falamos po-dem ser cirurgicamente disponibilizadas de acordo com a taxa de ocupação, capacidade instalada e obje-tivo do parceiro. Com isto quero dizer que o online discount na indústria do turismo é perfeitamente adaptável aos objetivos dos parceiros/anunciantes que aí promovem os seus serviços. Uma determinada unidade hoteleira ou gru-

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Vendas Online – Lets Bonus Case Study análise

po de hotéis pode ter interesse em apenas maximizar ocupação em dado período ou em determinada unida-de e não em toda a sua rede. O volume de vendas gerado também é interessante podendo incrementar substancialmente se realizamos uma campanha além fronteiras. Alguns dos destinos mais apetecíveis que estão online este mês são ven-didos fora do mercado nacional, por isso vale a pena consultar a plataforma www.letsbonus.com para per-ceber qual o tratamento de texto e imagem que é dado a cada oferta e destino. Faz sentido sublinhar que é exatamente no modelo LetsBonus que maior impacto pode ter uma campanha online para o Destino X. Utilizemos, numa escolha puramente pessoal, o des-tino Açores como exemplo, focando-nos na Natureza e Família. Gosto dos Açores onde procuro ir todos os anos, seja para mergulhar ou para caminhar pelos tri-lhos e paisagens deslumbrantes. Os Açores são uma das últimas regiões por explorar da Europa, talvez pela sua evidente vocação Atlântica. Digo isto no melhor dos sentidos, pois significa que ainda há muito por onde crescer. O modelo de online sales & promotion, permite-nos criar uma Newsletter totalmente dedica-da ao destino Açores. Com um benefício fantástico e imediato: pode ser enviada para os mercados fora de Portugal. Podemos colocar ofertas de alojamento, aviação, res-tauração e atividades (whale watching, mergulho, etc). Em simultâneo, é possível criar uma parceria com a Re-gião de Turismo e divulgar, através de uma skin ou ban-ner na Newsletter a visão mais abrangente dos Açores. Numa única ação promovemos os agentes turísticos da Região, com real ativação de vendas, enquanto a própria região é promovida como destino de natureza, família, etc A título de exemplo concreto recente, nos dois últimos Verões, a LetsBonus trouxe largas centenas de turis-tas espanhóis para destinos nacionais, com particular incidência nas ilhas da Madeira e no arquipélago dos Açores. Para estes dois destinos turísticos nacionais, vendemos milhares de noites de hotel desde 2011. Como sabem, conseguir que dois destinos insulares nacionais com-pitam com as Ilhas Baleares ou com o Sul de Espanha, exige uma proposta de valor clara para o visitante es-

trangeiro. Um dos aspetos mais curiosos que temos vindo a notar nos últimos anos é a capacidade que o destino Portugal tem em atrair o público que compra online em Espanha, Itália e UK. Quer no Verão de 2011 como em 2012, também pro-movemos outros destinos portugueses no mercado es-panhol e em Itália. E no ranking de vendas, logo depois da Madeira e dos Açores, vieram ilhas de expressão portuguesa como Cabo Verde, São Tomé e Príncipe ou mesmo um mercado imenso como o Brasil. A força deste tipo de ações promocionais e de vendas, ultrapassa largamente os benefícios diretos gerados para os parceiros pois captamos turistas espanhóis, que vão passar uma média de sete noites numa ilha portuguesa e que durante esse período de tempo, vão ter necessidade de consumo local, que já não passa por nós. O proveito deste tráfego gerado pela capacidade de captação e ativação da LetsBonus tem um efeito dire-to nos demais agentes económicos. Por isso mesmo, trata-se de uma ferramenta sólida de comunicação e venda online que está ao alcance de todos os players da indústria do turismo em Portugal. Nos últimos 3 anos foi possível incorporar as especi-ficidades do mercado português ao modelo de negó-cio, procurando ir ao encontro das necessidades dos parceiros locais. É essa flexibilidade e capacidade de adaptação que nos torna ágeis para corresponder às expetativas dos nossos parceiros e clientes. Quer na hotelaria, quer na aviação, quer junto dos ope-radores turísticos, o trabalho de divulgação do canal online é melhor ativado através da associação de um preço apetecível e do envio de uma e-Newsletter dire-cionada para um público-alvo que mostra querer estar informado sobre as melhores ofertas de viagens dispo-níveis no mercado nacional. Deixo dois dos aspetos críticos a considerar para es-tabelecer parcerias na área de discount social buying/discount travel deals:

1. Definir o propósito da Ação/Campanha: quais os be-nefícios que se pretendem extrair? (p.e. maximizar ocupação e preencher a capacidade instalada ou in-crementar a promoção/venda/captação em merca-dos externos?)

2. Avaliar a capacidade Instalada: Dimensão da unida-de hoteleira ou disponibilidade de lugares no voo X; definir exatamente o que está disponível para ven-der e quando;

Termino afirmando algo que muitos vêem com algu-ma relutância, temor ou mesmo desconhecimento: A internet, o e-commerce e o mobile vieram para ficar. Quanto mais rápido aprender a gerir a presença onli-ne da sua marca/serviço e pricing, melhores serão os seus resultados no curto prazo. Abrace este canal como parte da sua estratégia de vendas. Vai ver que os be-nefícios serão imediatos e no médio prazo a sua men-sagem chegará a um público (entenda-se: potenciais clientes) muito mais vasto. Não é o que todos procu-ramos? n Ricardo de Melo Mesquita Country Manager da LetsBonus Portugal | Co-Fundador da Beta i

A internet, o e-commerce e o mobile vieram para ficar. Quanto mais rápido aprender a gerir a presença online da sua marca/serviço e pricing, melhores serão os seus resultados no curto prazo

Modelo de social buying

Online travel sales: ativar para reter

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análise Estudo EyeforTravel

Estudo EyeforTravel

Quais as tendências para o canal móvel?O canal móvel está em evolução nas Viagens, mas qual será o modelo de negócio e a estratégia Web a longo prazo para este canal?

O recente relatório publicado pela EyeforTravel “Social Media and Mobile in Travel Distribution Report: Online strategies, consumer and indus-try trends, 2013” destaca muito bem a dificul-

dade do crescimento e o quão ágil é necessário ser-se para sobreviver. O relatório, feito com base em 30 entrevistas à indústria, cerca de 2.000 inquéritos a executivos e a mais de 20.000 consumidores, destaca as tendências fascinan-tes dos consumidores que estão a surgir. Eis um resumo de alguns dos destaques.

1. “Mobile” é crucial hoje em diaO canal móvel já não é visto como obrigatório – qualquer marca que queira sobreviver e perdurar nos próximos anos está a agarrar a oportunidade de integrar o canal móvel no seu modelo de negócio para o fazer crescer. São sensatos em fazê-lo uma vez que o comportamento dos consumido-res está a mudar e o acesso a informação enquanto se está em movimento faz parte dessa mudança. Por esta razão os sites otimizados para dispositivos móveis são conside-rados imprescindíveis para o negócio e, na verdade, alguns players na metabusca não agregarão operadores que não tenham esta funcionalidade. A maior mobilidade está a dar mais dinâmica ao last-minute através da tecnologia da geolocalização – um segmento lucrativo e em crescimento.

Estatísticas-chave do relatório • 20% das vendas feitas através de dispositivos móveis em

2013• 37% dos consumidores acederam à internet por causa

de viagens através dos seus smartphones• 63% dos fornecedores de viagens viram as reservas através

de dispositivos móveis aumentarem entre 2011 e 2013• 43,8% dos consumidores fariam uma reserva de last-mi-

nute num smartphone até uma semana antes de viajar em 2013

“Através da linha temporal das reservas, observada nas re-servas em PC, o canal móvel não está simplesmente a mu-dar essas reservas. O tráfego móvel está em franco cresci-mento na janela do last-minute”William Becker, chefe do Departamento de Inovação, Last-

minute.com; fundador alltherooms.com – um dos 30 pe-ritos na indústria entrevistados para o relatório

2. Redes Sociais: faz sentido, mas ainda não chegámos lá Sim, os executivos das viagens estão empenhados nas redes sociais apesar de o investimento previsto para o anotenha caído. A maioria tem uma presença nas redes sociais, no entanto apenas um terço dos intermediários acredita que tem impacto na distribuição versus metade dos fornecedores. Quem é que tem razão? Uma coisa é certa, social media já não é apenas o Facebook.Estatísticas-chave do relatório • 7 horas – tempo que os consumidores passam ligados

às redes sociais num dia• 1.000 milhões de utilizadores do Facebook no mundo • 8% das pessoas provavelmente poderão reservar atra-

vés das redes sociais (logo, não é ainda visto como uma plataforma de reservas, mas pode mudar!)

• 36% dos fornecedores veem as redes sociais como uma ferramenta de informação crucial (35% intermediários)

• 90% dos intermediários e fornecedores têm presença no Facebook

• 29.957 menções nas redes sociais de uma interrupção de serviço a nível nacional da America Airlines

“Nós estamos a consolidar as nossas páginas e lugares par-tindo do pressuposto que a pesquisa social tem futuro…”Gregg Tilston, Global Social Media Leader, Flight Centre

3. O mundo está a inclinar-se para o OrienteAs nações BRIC, em particular a China, demonstraram um rápido crescimento nas compras online e nas interações nas redes sociais e, desde 2011, estão a viajar mais do que nunca. As marcas turísticas que queiram envolver-se com a Rússia podem estar confiantes em desenvolver aplica-ções - o estudo mostra que este é um mercado que gosta de aplicações. E se isto não for suficiente para o conven-cer, tem surgido uma onda recente de viajantes da Ásia e Extremo Oriente: os consumidores Chineses e Indianos aparecem em força.

Estatísticas-chave do relatório:• 597 milhões de utilizadores de social media na China• 3 vezes mais chineses viajaram para o estrangeiro em

2011, face a 2003 • 43% de consumidores chineses fariam uma compra no

valor inferior a 200 dólares através do telemóvel• 6 milhões de consumidores Indianos têm acesso ao 3G• 82% de utilizadores na China com idades entre 16-24

anos têm um smartphone

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Estudo EyeforTravel análise

Estudo EyeforTravel

Quais as tendências para o canal móvel?

A última pesquisa EyeforTravel descreve como antigos e novos players se adaptam neste mercado dinâmico, hiper competitivo

4. Alerta Google Não podemos falar como o cenário das viagens está a mudar sem mencionar o Google. E a indústria das via-gens está a observar de perto os desenvolvimentos e a começar a compreender o impacto do Google nos seus negócios. Eis o porquê:• 42,7% dos consumidores começam a sua busca por via-

gens no Google• 24% é a percentagem de crescimento que o Google pre-

vê para as pesquisas online relacionadas com hotéis em 2013 (cairá 5% depois disso)

• 68% é quanto o Google prevê que as pesquisas em tele-móveis irão crescer ano-a-ano

• 180% é o crescimento ano-a-ano que o Google prevê para as pesquisas com o tablets

Então os dispositivos móveis estão na mira do Google, mas como é que tudo isso irá afetar as pesquisas dos con-sumidores? E qual o impacto que terão as buscas basea-das na localização em dispositivos móveis na melhoria da capacidade do Google em disponibilizar as características das viagens diretamente ao consumidor?

Mas para compreender qualquer tendência, tem de co-nhecer o consumidor – Quais as tendências que o estudo revelou? “Com a penetração dos dispositivos móveis a ultrapas-sar os 100% na maioria dos mercados desenvolvidos e as nações em desenvolvimento a seguirem rapidamente o exemplo (We are Social, 2012), todos os consumidores de viagens têm o potencial para ser um consumidor de viagens móvel. Os consumidores estão a usar um canal móvel para ace-der a viagens em todos os pontos do processo de compra. Está a aumentar em pesquisa e reserva. A porção de via-jantes que utilizam os dispositivos móveis para reservar está a crescer anualmente, mas no geral permanece um quarto do total.Este número salta quase para metade no segmento last-minute, demonstrando claramente que as reservas atra-vés dos dispositivos móveis é um fator importante quan-do se consideram as opções de viagens uma semana ou menos antes da data de viagem.

“Através da linha temporal das reservas… observada no nas reservas em PC, o canal móvel não está simplesmen-te a mudar essas reservas. O tráfego móvel está em franco crescimento na janela do last-minute”, explica Beckler, da Lastminute.

Segundo o estudo de consumidor para 2013 da Eyefor-Travel • 41% dos viajantes preferem fazer pesquisa em PC

• 37,3% utilizam um dispositivo móvel (smartphone ou laptop)

• A confiança nas transações através do telemóvel é baixa, cerca de 10%, mas a ganhar popularidade a pouco e pouco

O mais recente estudo sobre consumidores da EyeforTravel revelou que 37,3% dos consumidores do mundo acedeu à internet através dos seus smartphones. Os desktops, porém, continuam a ser o meio dominante de início de pesquisa de viagens. Uma média de 10,4% dos inquiridos começaram a sua pesquisa num smartphone, enquanto uma média de 16,1% utilizou um tablet. Isto é 30,6% e 24,9% menos do que aqueles que utilizam o PC; uma média de 41% dos via-jantes prefere pesquisar através deste canal.Curiosamente, há mais consumidores a preferirem falar com um agente de viagens offline (apesar destes pode-rem ter também uma presença na Web) do que a utiliza-rem o smartphone. Isto não acontece por não terem aces-so à tecnologia – os inquiridos são membros da WAYN: uma rede social global de viagens e lifestyle.

O estudo mostra que, apesar de um terço dos consumi-dores que utilizam os aparelhos móveis para acederem à internet e uma porção menor, mas significativa, estarem na disposição de utilizar estas plataformas, a disponibili-dade para reservar em canais movies afunda para 10,8% em tablets e 7,5% em smartphone. Os que estão dispos-tos a reservar viagens através de PC mantém-se estável numa media de 41,1%. Esta experiência é repercutida por Nigel Pocklington, CMO, Hotels.com: “Temos 15 milhões de downloads da aplicação e um site otimizado para telemóvel que enco-raja os clientes a fazerem o download da aplicação. Mas não estamos a ver muito pagamentos no canal móvel. Na internet, será interessante ver o progresso de pagamen-tos alternativos, quais é que estão a aumentar, particu-larmente na Alemanha, mas acho que é muito cedo para pagamentos em canal móvel” n

Tim Gunstone,Managing Diretor, EyeforTravel

A EyeforTravel é uma empresa que segue as tendências online do Turismo, cujo estudo mais recente sobre o canal “mobile” pode encontrar em http://events.eyefortravel.com/social-me-dia-mobile-travel-report/ .

70,1 %

53,2 %

37,3 %

19,5 %

8,8 %4,4 % 2,2 %

0

20

40

60

80

Computador portá

til

Computador de casa (P

C)

Televisão

Consola de videojogos

Outros

Tablet

Smartphone

Source: EyforTravel consumer research in association with WAYN, May 2013, 15,187 respondents

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30 pontoT U R I S M O

atualidade Big Data

A ligação de grandes volumes de dados novos e destruturados proporciona melhores processos de decisão, mais inovações de produto e relações com os clientes mais fortes, diz o estudo, sendo

por isso, tempo de agir.Os Big Data, definidos como um volume maciço de dados estruturados e destruturados que pela quantidade se tor-nam difíceis de processar utilizando tecnologia de trata-mento estatístico e software de base de dados tradicionais, têm o potencial de transformar a forma como as empresas de viagens oferecem os serviços aos viajantes, indica o estu-do encomendado pela Amadeus “At the Big Data Crossroa-ds: turning towards a smarter travel experience”. No entan-to, alerta para o facto da indústria estar numa “encruzilhada de grandes dados” e que as empresas devem fazer destes uma prioridade urgente para realmente maximizarem os seus benefícios e assegurar uma experiência de viagem mais inteligente e rápida.O estudo revela o surgimento de novas tecnologias e es-tratégias para gerir os grandes dados, e define como estes podem ser ligados de modo a focar as viagens nas preferên-cias e necessidades dos clientes e não nos procedimentos da indústria.

Os inputs fornecidos por CIOs (Chief Information Officers) e por peritos em Big Data de empresas em todo o mundo incluindo Air France-KLM, Cathay Pacific, Eurostar, Facebook, Frontier Airlines, KAYAK, Marriott Hotels e o Aeroporto de Munique, levaram conclusões como, entre outras, a neces-sidade de agir.Segundo o estudo é altura das empresas de turismo come-çarem a amadurecer o seu benchmarking para a indústria, ao mesmo tempo que concentram as competências neces-sárias na ciência grandes dos dados e formulam uma estra-tégia geral sobre Big Data para as suas organizações.O trabalho do professor Davemport conclui que os Big Data oferecem grandes oportunidades às empresas de turismo de melhorarem tanto o seu negócio como a experiência de viagem. Os benefícios do Big Data incluem a melhoria do processo de decisão, melhor produto e inovação de serviço e relações mais fortes com os clientes, trazendo também novas abordagens à gestão de clientes, gestão de receita e operações internas.Outra conclusão é que já há algumas pequenas inovações possibilitadas pelo uso de grandes dados. O estudo inclui exemplos de como empresas líderes no turismo estão a usar os Big Data. Desde o modelo de previsão de tarifas

Segundo o estudo “At the Big Data Crossroads: turning towards a smarter travel experience” do professor Thomas H. Davenport da Harvard Business School, os Big Data vão moldar o futuro das viagens, com potenciais benefícios tanto para as empresas de viagens como para os viajantes pelo que estas devem tomar uma decisão sobre o assunto.

Estudo global diz Indústria das viagens deve tomar uma decisão sobre Big Data

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31pontoT U R I S M O

Big Data atualidade

aéreas da Kayak que dá aos clientes a oscilação provável de preço que pode ocorrer no período de uma semana, até à Air France-KLM, que utiliza o Hadoop como base de um amplo sistema de gestão de receita.As tecnologias emergentes serão a chave para a evolução dos grandes dados conclui ainda o estudo. O aparecimento de novo software open-source para dividir as tarefas de pro-cessamento de dados pelos diversos servidores, junto com os novos tipos de bases de dados e linguagens de programa-ção emergentes como Python, Pig e Hive, combinam-se de modo a mostrar o potencial de ligação dos grandes dados.O estudo chega também à conclusão que para aceder à oportunidade dos Big Data, a indústria do turismo deve su-perar desafios significativos como a fragmentação de dados em múltiplos sistemas, a coexistência das arquiteturas de gestão tradicionais e dos Big Data; encontrar e recrutar es-pecialistas em Big Data, ter de gerir dados de forma respon-sável e no interesse de todos.O autor do estudo Thomas H. Davenport diz que a indústria das viagens está num cruzamento de Big Data com as novas tecnologias e técnicos que oferecem o potencial para trans-formar os cada vez maiores volumes de dados em lucros mais altos e operações mais eficientes. Algumas das empresas líderes são pioneiras no uso dos Big Data e já estão a sentir o grande impacto. Na sua opinião as companhias aéreas, aeroportos, hotéis, caminhos de fer-ro e agentes devem perguntar-se se têm uma estratégia de Big Data e se esta lhes irá permitir estar na dianteira desta oportunidade.Em resumo os Big Data já têm um impacto substancial em processos-chave na indústria das viagens, mas a sua in-fluência está no início. Alguns setores e empresas estão a testar e a utilizar os Big Data numa base de produção, mas muitas outras ainda têm de experimentar. De todas as em-presas entrevistadas nenhuma contradisse a hipótese de que os Big Data têm o potencial de remodelar a indústria.A chave é passar do potencial para a realidade, pelo menos à escala pequena, e para tal a indústria das viagens precisa de seguir cinco recomendações: 1. Pesquisar Big Data – no mínimo, qualquer organização

no setor do turismo deve começar a investigar e a seguir o trajeto dos Big Data. Será que a concorrência está a utilizá-los? Será que os clientes estão a começar a utilizá-los? Qual é a trajetória da adoção dos grandes dados no seu segmento de negócio? E, principalmente, será que se pode dar ao luxo de ser um seguidor em vez de ser um líder nesta área?

2. Montar uma estratégia de Big Data. As empresas devem observar o que está a acontecer na indústria com os Big

Data e ver de que modo podem participar nas tendên-cias. Onde é que é necessário melhores dados e melhores decisões no negócio? Onde é que existem dados atual-mente que podem ser utilizados de forma útil, tanto in-ternamente como para os clientes, mas que estão a ser ignorados?

3. Não se deve apenas explorar a tecnologia dos Big Data. Tal como outras tecnologias revolucionárias, não basta implementar para ver o seu potencial. Para usufruir de forma efetiva do uso dos Big Data, as empresas precisam de alterar os processos operacionais e de negócio, o estilo de decisões e culturas corporativas e as competências dos empregados.

4. As empresas precisam de começar a reunir especialistas em Big Data que são escassos e por isso é preciso começar já. A procura pode ser feita interna ou externamente em firmas de consultoria, desde que seja adeptos da gestão analítica de dados, de solucionar e comunicar problemas no negócio.

5. Trabalhar com parcerias. As necessidades de viagens dos clientes são intermodais, internacionais e interativas. As empresas devem procurar parcerias com outras empre-sas para fornecer a experiência de grandes dados que os clientes querem. n

Para ler o relatório aceda a:http://www.bigdata.amadeus.com/assets/pdf/Ama-deus_Big_Data.pdf

“os Big Data já têm um impacto substancial em processos-chave na indústria das viagens, mas a sua influência está no início”

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32 lifestyle Dark Sky Alqueva

A Reserva Dark Sky Alqueva, que abrange seis con-celhos, foi classificada como a primeira Starlight Tourism Destination do mundo, pela Fundação Starlight e reconhecida pela Unesco e OMT, preci-

samente pela qualidade do céu. Ali podemos ver o que nem imaginávamos que se pudesse observar a olho nu… Saturno por exemplo, é perfeitamente visível, e basta um pequeno telescópio para conseguir ver até os seus anéis, perfeitamen-te moldados e alguns dos satélites ou luas da sua órbita.Ver as estrelas é algo que faz parte do imaginário de todos sem exceção. Quem é que não olha para cima quando está numa zona de céu aberto? Quem é que não se maravilha com fenómenos como os eclipses, as chuvas de estrelas, as superluas… a prová-lo estão os milhares de posts com fotos e comentários que no dia seguinte ou, minutos depois, in-vadem os murais das redes sociais.O certo é que para ficar maravilhado a olhar para o céu basta agarrar no carro e viajar até ao Alentejo… para ficar melhor servido de céu, o ideal será mesmo ficar pela Reser-va Dark Sky Alqueva que inclui os concelhos do Alandroal, Barrancos, Moura, Mourão, Portel e Reguengos de Monsa-raz que juntos formam um só destino de eleição para os astro-turistas ou todos aqueles que simplesmente querem gozar um tempo tranquilo e observar e a descobrir as cons-telações.

Parece um contrassenso, mas, quanto mais escuro, mais se vê… falamos do céu, ou melhor, das estrelas e planetas que enchem os céus para lá da nossa visão, e na cidade não se consegue ter a perceção do quanto se pode ver a olho nu, sem recorrer a telescópios.

A ver estrelas no Alentejo: Dark Sky Destination: Estar às escuras no Alqueva é bom!

O exercício é simples, apenas exige paciência para ficar acordado até mais tarde se quiser observar determina-dos corpos celestes que vão aparecendo com o avançar da noite. Por exemplo o planeta Vénus, também popular-mente conhecido por Estrela da Tarde ou da Manhã, só pode ser observada quando o Astro-Rei se põe ou quando nasce.

FOTOS: RESERVA DARK SKY ALQUEVA / MIGUEL CLARO

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Page 33: Ponto Turismo 6

T U R I S M O

pontoT U R I S M O

33Dark Sky Alqueva lifestyle

A ver estrelas no Alentejo: Dark Sky Destination: Estar às escuras no Alqueva é bom!

SABIA QUE?

• Quandosefalaemestrelapolarfala-sedePolaris(es-trelaAlfadaUrsaMenor),tambémchamadadees-treladonorte.Évisívelapenasnohemisférionorte.

• As estrelas possuem cores variadas, consoante atemperatura.Geralmenteestrelasmaiorestemcorazuladaeasmaisfriastemcoloraçãoavermelhada.

• Umcarroa160km/hdemoraria221milmilhõesdeanosachegaraocentrodanossagaláxia,aViaLác-tea

• Siriusénaverdadeumaestreladupla,etambémamaisbrilhantequepodeserobservadanocéu(emmagnitudeaparente-escaladecomparaçãodobri-lhodasestrelas),nãolevandoemcontaonossoSol.PertenceàconstelaçãodoCanisMajorisquepodeserobservadaemambososhemisférios.

• OplanetaSaturnoéomenosdensodoSistemaSo-lar.Asuadensidadeémenordoqueaágua.Sehou-vesseumoceanosuficientementegrande,Saturnoflutuaria.

Ursa Menor

Ursa Maior

Polar

Cassiopeia

Além de inovador, o produto tem impactos positivos para a região, nomeadamente no âmbito da redução da fatura energética e o posicionamento privilegiado face a novos mercados, já que reduzir a sazonalidade da procura é um dos objetivos. Uma vez que a ideia subjacente à reserva foi criar um des-tino onde o motivo de atração é usufruir de um céu estre-lado livre de poluição luminosa que permita oferecer ao turista atividades noturnas, já está criada a “Rota Dark Sky Alqueva”, onde o turista pode realizar passeios pedestres ou a cavalo, observação de estrelas, birdwatching, wildni-ghtwatching, entre outras atividades, e ficar alojada em unidades de alojamento associadas que já estão aptas a receberem os astro-turistas, podendo fazer visitas guiadas ao céu. Além do alojamento, também fazem parte da rota restaurantes e empresas de animação turística.Recentemente decorreu a segunda Dark Sky Party, uma ini-ciativa de divulgação do produto, que contou com muitas atividades diurnas e noturnas que os participantes pude-ram fazer gratuitamente. n

O Programa Dark Sky Alqueva é desenvolvido pela Genui-neland | Rede de Turismo de Aldeia do Alentejo em parceria com a Turismo Terras do Grande Lago Alqueva, EDIA, SA, Associação Portuguesa de Astrónomos Amadores e com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo. Surgiu em 2009 e pretende dar à região do Alque-va uma nova vida ao cair da noite.

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34 pontoT U R I S M O

viagem de: Cláudia Vieira

Cláudia Vieira

“A Tailândia superou todas as nossas expetativas”

Ponto Turismo - Qual é a vossa viagem até agora?Cláudia Vieira - Se tiver que nomear a minha viagem, e tenho a certe-za que posso falar pelo Pedro, teria de escolher Tailândia. Foi há quatro anos e amámos. Conseguimos nessa altura estar os dois de férias ao mesmo tempo. Foram duas semanas de férias maravilhosas, onde pas-sámos pelas ilhas Phi-Phi que gostámos muito e Banguecoque. Fomos também para Phuket que achámos muito turístico. Gostámos muito porque foi muito completo. Procurávamos um desti-no diferente, mas que tivesse muita praia, que era o tipo de férias que queríamos fazer.Claro que queríamos descansar, mas queríamos estar numa cultura di-ferente, e ter um bocadinho de contato com isso. Acabámos por visitar alguns templos e palácios como o do Buda Deitado, fizemos o passeio do mercado flutuante, tirámos fotos geniais que é uma das coisas que o Pedro mais gosta de fazer. Outra coisa que fizemos foi andar nos tuc-tuc, num trânsito que é caótico. Relaxámos, descansámos, fizemos fes-tas na praia. Foi um pouco de tudo.

P. Turismo - Que episódios podem contar dessa viagem?C.V. - Ficámos “íntimos” de um taxista que foi surpreendente. Confiá-mos nele inteiramente. Visitámos aqueles mercados em Banguecoque e fizemos aquelas compras típicas de marca entre as quais um relógio que não estava bom, e o taxista foi-nos levar ao aeroporto, porque es-tava na hora de nos levar lá, mas antes foi tentar trocar o relógio e foi ao aeroporto para nos entregar. Uma coisa incrível e de confiança que foi surpreendente. Os tailandeses são pessoas de fácil sorriso e identifi-quei-me com eles nesse sentido.

P. Turismo - E para este ano já escolheram o vosso destino de férias?C.V. - Este ano não vamos ter férias. O Pedro vai terminar as gravações em agosto, eu vou estar a gravar até fevereiro próximo. Vamos fazer fé-rias de fim-de-semana prolongado, quando não gravar numa segunda e numa sexta-feira, arrancamos para descansar um bocadinho e no má-ximo iremos a Barcelona ou a Londres, a Amesterdão. Mas não vamos ter um destino de férias de 15 ou 20 dias.

P. Turismo - A Tailândia é um destino a repetir?C.V. - Eu quero muito conhecer o norte da Tailândia. Toda a gente me disse que se gostei do que vi irei adorar o norte. Já me disseram que é totalmente distinto e é exatamente por isso.

P. Turismo - Qual é a viagem de sonho?C.V. - Não é bem uma viagem de sonho, é um país que gosto muito. O Brasil. É um país que me fascina. Sou sempre muito feliz no Brasil. Des-ligo completamente, sou contagiada pelas características do povo. Ado-rei, estive em Búzios, Rio de Janeiro que adoro, quase que o poderia por como viagem de sonho, mas na realidade, não sou dada a grandes cida-des. Estive em Nova Iorque, que adorei, passei uma passagem de ano em Times Square, mas não sou dada a grandes cidades. Gostava muito de visitar a Escócia, a Austrália. Há alguns destinos que quero conhecer.

O que é que a marcou na Tailândia?C.V. - Foi marcante porque estávamos muito a precisar de férias, preci-sávamos muito de estar os dois sozinhos, e conseguimos isso mesmo. Se fosse noutro destino se calhar conseguíamos o mesmo. Agora não há dúvida que a Tailândia superou as nossas expetativas. n

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A Tailândia foi o destino de eleição da atriz Cláudia Vieira e do seu companheiro, e também ator Pedro Teixeira, pelo momento que ambos viviam e por ter excedido as expetativas. Foi uma viagem “completa” afirmaram e um destino a repetir.

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