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Porque treinar Operadores de empilhadeira. Quais os problemas ocasionados por operadores de empilhadeiras não especializados ou não treinados? Como treinar? Estes e outros assuntos são destaque nesta matéria especial. Sem dúvida, o operador é o grande responsável pela performance da empilhadeira, como também da fluidez do processo logístico. Afinal, este veículo é básico em qualquer processo logístico e a sua operação correta, além de evitar acidentes, faz com que a sua vida útil seja prolongada e que a operação seja maximizada. Mas, no dia-a-dia, não é bem isto que se percebe. Operadores de empilhadeiras não especializados ou não treinados adequadamente podem trazer sérios problemas. Perda de produtividade O engenheiro Marco AurelioCarmacio, gerente regional de vendas e marketing da Dabo Brasil/Clark (Fone: 19 3881.1599) enumera vários problemas. O primeiro é a perda de produtividade do equipamento. “E isso é simples de ser medido: a) deve-se identificar o CCV (custo do ciclo de vida de uma empilhadeira) = produtividade x custo da produtividade. Com isso pode ser medido o custo por palete movimentado. As informações de faturamento x movimentação por palete mensal dão à empresa uma clara visão da perda de produtividade e imediatas ações a serem tomadas.” Ainda segundo Carmacio, outro problema é o aumento do custo operacional e de manutenção: estima-se que 30% dos custos de manutenção são originados da má ou abuso na operação. E, por fim, há os processos trabalhistas já que muitos operadores são instruídos a processar empresas após seu desligamento, pois o mesmo deve ser treinado por um órgão oficial. “Os treinamentos operacionais são investimentos com retorno garantido, pois a produtividade aumenta de forma imediata, porém é de fundamental importância a reciclagem desses profissionais, que deve ser feita anualmente, atendendo às normas do Ministério do Trabalho”, completa. José Roberto Coelho, gerente de pós-vendas da Still (Fone: 11 4066.8100) também reconhece estes problemas. Para ele, operadores não especializados ou sem treinamento incidem em alguns problemas como, além dos já citados, possíveis danos aos produtos e riscos de acidentes com as empilhadeiras, caminhões e porta-paletes. De fato, operadores desqualificados podem ocasionar diversos problemas e dificuldades para as empresas, como risco de acidentes envolvendo pessoas, principalmente, e riscos à sua própria integridade, além de danos ao patrimônio da empresa, às cargas transportadas e ao equipamento, por operação inadequada. Esta análise converge os pensamentos de Cyro Corrêa Aranha, representante distrital de vendas sênior da Yale (Fone: 11 5521.8100), e de Isan Georges Hayek, gerente de contratos da Bauko (Fone: 11 9900.3427). De acordo com Antonio Augusto Pinheiro Zuccolotto, diretor de operações da Paletrans (Fone: 16 3951.9999), “é fundamental que o operador de empilhadeiras tenha em mente o limite operacional do equipamento. A consciência desse limite é a garantia de que o equipamento trabalhe com segurança e que a máquina tenha a maior vida útil possível. Capacidade residual de carga, condições de operação, elevação máxima, procedimento de recarga de bateria, velocidade máxima de translação, entre outros, são informações que devem estar bem fixadas na mente dos operadores. Isso evita uma série de problemas como tombamentos de carga, atropelamentos, colisões, danos na estrutura física da empilhadeira e proporciona uma redução nos custos de reparos e manutenção.”

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Porque treinar Operadores de empilhadeira.

Quais os problemas ocasionados por operadores de empilhadeiras não especializados ou não

treinados? Como treinar? Estes e outros assuntos são destaque nesta matéria especial.

Sem dúvida, o operador é o grande responsável pela performance da empilhadeira, como também

da fluidez do processo logístico. Afinal, este veículo é básico em qualquer processo logístico e a sua

operação correta, além de evitar acidentes, faz com que a sua vida útil seja prolongada e que a

operação seja maximizada.

Mas, no dia-a-dia, não é bem isto que se percebe. Operadores de empilhadeiras não especializados

ou não treinados adequadamente podem trazer sérios problemas.

Perda de produtividade

O engenheiro Marco AurelioCarmacio, gerente regional de vendas e marketing da Dabo Brasil/Clark

(Fone: 19 3881.1599) enumera vários problemas. O primeiro é a perda de produtividade do

equipamento. “E isso é simples de ser medido: a) deve-se identificar o CCV (custo do ciclo de vida

de uma empilhadeira) = produtividade x custo da produtividade. Com isso pode ser medido o custo

por palete movimentado. As informações de faturamento x movimentação por palete mensal dão à

empresa uma clara visão da perda de produtividade e imediatas ações a serem tomadas.”

Ainda segundo Carmacio, outro problema é o aumento do custo operacional e de manutenção:

estima-se que 30% dos custos de manutenção são originados da má ou abuso na operação. E, por

fim, há os processos trabalhistas – já que muitos operadores são instruídos a processar empresas

após seu desligamento, pois o mesmo deve ser treinado por um órgão oficial. “Os treinamentos

operacionais são investimentos com retorno garantido, pois a produtividade aumenta de forma

imediata, porém é de fundamental importância a reciclagem desses profissionais, que deve ser feita

anualmente, atendendo às normas do Ministério do Trabalho”, completa.

José Roberto Coelho, gerente de pós-vendas da Still (Fone: 11 4066.8100) também reconhece estes

problemas. Para ele, operadores não especializados ou sem treinamento incidem em alguns

problemas como, além dos já citados, possíveis danos aos produtos e riscos de acidentes com as

empilhadeiras, caminhões e porta-paletes.

De fato, operadores desqualificados podem ocasionar diversos problemas e dificuldades para as

empresas, como risco de acidentes envolvendo pessoas, principalmente, e riscos à sua própria

integridade, além de danos ao patrimônio da empresa, às cargas transportadas e ao equipamento,

por operação inadequada.

Esta análise converge os pensamentos de Cyro Corrêa Aranha, representante distrital de vendas

sênior da Yale (Fone: 11 5521.8100), e de Isan Georges Hayek, gerente de contratos da Bauko

(Fone: 11 9900.3427).

De acordo com Antonio Augusto Pinheiro Zuccolotto, diretor de operações da Paletrans (Fone: 16

3951.9999), “é fundamental que o operador de empilhadeiras tenha em mente o limite operacional do

equipamento. A consciência desse limite é a garantia de que o equipamento trabalhe com segurança

e que a máquina tenha a maior vida útil possível. Capacidade residual de carga, condições de

operação, elevação máxima, procedimento de recarga de bateria, velocidade máxima de translação,

entre outros, são informações que devem estar bem fixadas na mente dos operadores. Isso evita

uma série de problemas como tombamentos de carga, atropelamentos, colisões, danos na estrutura

física da empilhadeira e proporciona uma redução nos custos de reparos e manutenção.”

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Luiz AntonioGallo, gerente comercial da Skam (Fone: 11 4582.2286) avalia que treinar, habilitar e

conscientizar o operador de empilhadeira são fatores diretamente ligados à segurança. E que o fator

segurança e os acidentes estão intimamente ligados a operações inadequadas. Mesmo que o

operador seja treinado e habilitado, em alguns casos existem erros e/ou irresponsabilidade nas

operações. “Operadores que fazem brincadeiras com as empilhadeiras geralmente acabam

provocando algum acidente”, alerta.

Para Gallo, tornar cíclico o treinamento de operadores é uma das ações mais importantes para a

conscientização dos trabalhadores dessa área. “Treinar, para operar uma empilhadeira com os

critérios de segurança e com o conhecimento técnico das funções da máquina, é obrigação de todas

as empresas, pois uma empilhadeira pode se tornar um instrumento muito perigoso nas mãos de

uma pessoa inabilitada, ou de alguém que a utilize mal qualquer uma das suas funções”, diz o

gerente da Skam.

Mário Valentini e NoboYanagihara, gerentes de operação da Somov (Fone: 11 3718.5090), também

consideram que, em princípio, o problema mais grave é aquele causado pela imperícia e/ou

negligência e, em adição, acidentes que podem causar parada de produção.

Ainda sobre este assunto, José Valentim Maia, supervisor técnico da Retrak (Fone 11 6431.6464),

vai por um caminho diferente. Para ele, os operadores em geral não recebem treinamentos por

empresas especializadas. “Em geral, os equipamentos evoluem muito rapidamente e algumas

empresas não acompanham este desenvolvimento.” Em função disto – ainda de acordo com

Valentim - os operadores continuam usando as máquinas sem utilizar todos os recursos disponíveis

e, por conseqüência, gerando desgastes desnecessários.

“Como exemplo podemos citar que a grande maioria dos equipamentos possui um sistema de

frenagem eletrônica com desgaste „zero‟ e os operadores continuam usando o freio mecânico.” Outro

ponto importante é o conhecimento das regras básicas de segurança na operação. “Muitos

operadores não conseguem interpretar corretamente a identificação de capacidade de carga

existente nas máquinas. A maioria dos acidentes poderia ter sido evitado através de um treinamento

adequado”, pondera o supervisor da Retrak.

Respeito às leis

Sobre se existe alguma lei que obrigue a especialização destes operadores, as opiniões dos

entrevistados são divergentes.

Carmacio, da Dabo Brasil/Clark, Valentim, da Retrak, Coelho, da Still, e Aranha, da Yale, apontam a

norma NR-11 11.5.5 do Ministério do Trabalho, que diz que “nos equipamentos de transporte, com

forca motriz própria, o operador devera receber treinamento especifico, dado pela empresa, que o

habilitará nessa função”.

Neste aspecto, o supervisor técnico da Retrak lembra que um curso de máquina a combustão é bem

diferente de um curso para máquina elétrica.

Por sua vez, o gerente de pós-vendas da Still diz que devemos lembrar que várias empilhadeiras

operam em locais onde existem profissionais circulando pelo mesmo espaço físico, sendo que os

mesmos precisam ter habilitação e treinamento especificos para que exista harmonia entre ambos.

Já o representante distrital de vendas sênior da Yale aponta que os operadores treinados por

empresas especializadas recebem certificado, enquanto que as empresas que treinam seus

operadores adotam meios próprios de credenciamentoHayek, da Bauko, destaca que a

obrigatoriedade legal para o exercício da atividade para condutor de veiculo automotor, onde se inclui

o de operador de empilhadeira, está contida no Código de Transito Brasileiro, Lei 9503, de 23 de

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setembro de 1997, e é uma exigência dos órgãos de fiscalização do Ministério do Trabalho.

Por outro lado, ainda segundo ele, as exigências legais envolvem possuir Carteira Nacional de

Habilitação e Certificado de Conclusão de Curso de Operador de Empilhadeiras, este último

realizado por órgão credenciado junto ao Ministério do Trabalho, (SENAI, Sest/Senat, etc.).

De acordo com o gerente de contratos da Bauko, no caso da CNH, normalmente se exige a

classificação com a letra “B” e existem segmentos onde se exige categoria de habilitação com as

letras “C” ou “D“ , dependendo da complexidade das atividades e dos produtos movimentados.

Também ocorrem atividades onde se exige do operador de empilhadeiras formação escolar mínima

em 2o Grau e até com formação em cursos técnicos.

“Na Portaria 3214, a NR - Norma Regulamentadora 11, em seu item 11.1.6, diz que „os operadores

de equipamento de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir se durante o

horário de trabalho portarem um cartão de identificação com nome e fotografia em lugar visível‟. O

item 11.1.6.1 diz que „o cartão terá validade de 1 ano salvo imprevisto e, para a revalidação, o

empregado deverá passar por um exame de saúde completo, por conta do empregador‟”.

Pelo seu lado, Gallo, da Skam, responde à pergunta se há alguma lei que obrigue a especialização

destes operadores com um sim e com um não.

“Sim, existe uma norma do Ministério do Trabalho que exige carteira de habilitação e curso para

operadores de empilhadeiras com operador sentado e máquinas a combustão em geral. E não para

máquinas de pequeno porte que são dirigidas por timão e operador a pé (não se exige a carteira de

habilitação) e, em muitas empresas, a CIPA exige pelo menos que os operadores possuam curso

especifico, ou um certificado de operação.”

Zuccolotto, da Paletrans, também opta pelo não. “Para as empilhadeiras manuais e elétricas

fabricadas pela Paletrans, que têm capacidade de carga de até 1600 kg e elevação máxima de até

4,50 m, não existe obrigatoriedade legal. Isso não exclui a importância do conhecimento técnico para

a operação desse tipo de equipamento”, destaca.

Valentini e Yanagihara, da Somov, afirmam que o que a legislação obriga é que os operadores

tenham carteira de habilitação, no mínimo na categoria “B”, e curso de operador de empilhadeira

ministrado por um órgão credenciado.

Como treinar?

A esta pergunta, Carmacio, da Dabo Brasil/Clark, responde que existe o método tradicional em uma

escola aprovada pelo ministério do trabalho. “A Clark tem sua estratégia diferenciada de treinar os

operadores de todo território nacional, independente da sua localização. Isso é possível através do

nosso programa de treinamento a distância. O sistema foi elaborado com questionários que são

preenchidos e acompanhados pela Clark.

O operador recebe um certificado se for aprovado nas várias etapas de qualificação”, afirma.

Para o diretor de operações da Paletrans, a melhor forma de treinar o operador é no próprio local de

uso do equipamento, mostrando o funcionamento da empilhadeira e instruindo o operador sobre

como utilizá-la de forma segura. “A Paletrans realiza a entrega técnica da sua linha de empilhadeiras

elétricas sempre no ato da compra. Essa entrega técnica é realizada pela rede de revendedores”,

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completa.

Por sua vez, Valentim diz que a Retrak trabalha com a JGM, que é a empresa indicada pela Still.

“Os instrutores recebem treinamentos diretamente na fábrica e isso nos tranqüiliza quanto às

informações que são repassadas aos nossos funcionários, tanto relacionadas com a segurança

como aos recursos técnicos dos equipamentos”, diz ele.

O supervisor técnico também destaca que a Retrak oferece treinamento para os operadores das

empilhadeiras quando o cliente solicita ou é identificada a necessidade. Ele explica que este

treinamento está voltado somente para a necessidade do operador conhecer os vários recursos de

seu equipamento e suas limitações – “não treinamos a função armazenar”.

Gallo, da Skam, afirma que o mais comum é obter esses treinamentos no SENAI, que realiza cursos

periódicos a custo acessível para máquinas a combustão e também elétricas. Esses cursos são

certificados e reconhecidos pelo Ministério do Trabalho. “A Skam realiza treinamento de operadores

de máquinas elétricas sempre que o cliente solicita, e o treinamento também é realizado por ocasião

da entrega da referida máquina no local de operação do cliente.

Os clientes mais antigos ou grandes clientes, geralmente já possuem seus operadores devidamente

treinados, embora tenhamos como norma realizar uma entrega técnica dos equipamentos, onde

passamos para os operadores uma gama de informações inerentes ao funcionamento da máquina e

plenas noções de segurança com o equipamento. Com os novos clientes, sempre pedimos para que

permitam que façamos os treinamentos e isso ocorre com freqüência”, explica o gerente comercial

da Skam.

Aranha, da Yale, também sugere treinamento teórico e prático através do SENAI – “é uma boa

opção”. Ele também diz que a NMHG Brasil (fabricante das empilhadeiras Yale e Hyster) não oferece

treinamento para operadores externos, ficando essa ação a critério da rede de distribuidores. “O

SENAI Ary Torres, de Santo Amaro, bairro de São Paulo, SP, conta com o apoio da NMHG Brasil,

que disponibiliza, sempre que solicitado, uma empilhadeira para a parte prática de seus cursos de

formação de operadores. Os distribuidores Yale, regionalmente e a seu critério, estudam essa

possibilidade de acordo com as necessidades dos clientes”, diz o representante distrital de vendas.

Já segundo Coelho, da Still, para operações convencionais, o treinamento teórico e prático para

operadores pode ser efetuado em cerca de 40 horas/aula, porém existem diversas operações onde

algumas habilidades pessoais são imprescindíveis devido às características exigidas nas operações,

como câmaras frigoríficas, espaços reduzidos para manobras e cargas especiais, além de acessórios

especiais instalados nas empilhadeiras, como clamp, push-pull, altímetros e etc.

O gerente de pós-vendas também diz que a Still oferece aos clientes cursos de formação e

reciclagem em equipamentos elétricos e a combustão adequados à Norma NR 11, podendo os

mesmos serem uma condição comercial ou também perante uma solicitação especifica do cliente.

“Para o próximo ano, estaremos abrindo para os profissionais de mercado, além de estarmos

estudando parcerias com entidades do mercado” completa.

Valentini e Yanagihara, pelo seu lado, informam que “a Somov oferece cursos de treinamento de

operadores que pode ser feito „in house‟ ou, dependendo da quantidade de operadores, em

instalações fora do cliente. Existe o treinamento de novos operadores, bem como reciclagem com

foco em movimentação com segurança. O treinamento é feito com o envolvimento dos clientes, dos

especialistas em operação da Somov e em parceria com instituições credenciadas”, informam os

gerentes.

Hayek, da Bauko, explica que o treinamento deve ser feito sempre no ambiente de trabalho,

compreendendo fundamentalmente a reciclagem da parte prática e dos pontos teóricos e criando um

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ciclo contínuo de teoria + execução + acompanhamento continuo para garantir a qualidade e

eficiência das atividades.

“A Bauko oferece um treinamento para segurança na operação de empilhadeiras onde são tratados

temas como check-list antes de iniciar a operação de empilhadeira, habilitação e qualificação do

operador, manutenção e conservação e operação correta da empilhadeira e movimentação de

cargas. Porém, esta modalidade de treinamento não habilita para operação de empilhadeiras, ela

tem a finalidade de reciclagem”, completa o gerente de contratos.

O que exigir

Sobre o que exigir do operador de empilhadeiras para o bom desempenho de suas atividades,

Carmacio, da Dabo Brasil/Clark, diz que o operador, assim como qualquer funcionário de qualquer

empresa, precisa ser motivado. “Como sugestão, as empresas poderiam criar „competições‟,

medindo as seguintes variáveis: operador apresentou o melhor número de paletes movimentados x

danos ocorridos no período; quem melhor cuidou do seu equipamento através das inspeções diárias

e periódicas efetuadas; aquele que apresenta soluções voltadas para a melhoria do processo.”

Valentim Maia, da Retrak, destaca que o operador deve conhecer o limite do seu equipamento e ter

condições de fazer uma pequena inspeção (diária) antes de iniciar a operação. Isto poderá salvar a

vida dele e evitar danos aos equipamentos.

Pensamento semelhante tem Gallo, da Skam, para quem todo operador deve ter a consciência de

que esta montado sobre um equipamento que pode se tornar muito perigoso. “Se ele tiver atitudes

brincalhonas ou promover atos de irresponsabilidade com uma máquina desse porte, poderá

ocasionar graves acidentes, para si próprio e para outras pessoas.”

Portanto – ainda segundo o gerente comercial da Skam -, deve-se exigir do operador muita

responsabilidade, bom senso, seriedade e conhecimento de todas as funções da máquina.

“A maneira como uma empilhadeira é operada aumenta ou reduz a quantidade de manobras na

movimentação e armazenagem dos materiais, o consumo de energia/combustível durante o turno de

trabalho, a quantidade de manutenções corretivas do equipamento e o estado geral do equipamento.

Além disso, velocidade e tempo utilizados na movimentação e armazenagem dos materiais são

excelentes indicadores de desempenho de operadores e também para o controle das máquinas”,

avalia Coelho, da Still.

Para Aranha, da Yale, a pergunta sobre o que exigir do operador de empilhadeiras exigiria uma

resposta muito longa, tendo em vista que são inúmeras as exigências para uma operação segura.

“Entretanto, vamos abordar alguns tópicos que, no nosso entender, são essenciais: observar e seguir

as regras de segurança em sua área de trabalho; fazer verificações diárias e periódicas na máquina

antes de iniciar a operação; obedecer às leis de segurança e tráfego; operar em velocidade

compatível com a área de trabalho e a visibilidade; nunca operar a empilhadeira em via pública; não

permitir que pessoas permaneçam próximas à empilhadeira ou debaixo da carga; e evitar

sobrecargas, tendo a certeza de que a máquina tem capacidade para a operação que está sendo

executada.”

Para os gerentes de operação da Somov, movimentação e operação segura e conhecimento das

limitações do equipamento que está operando são o mínimo que se deve exigir do operador.

Finalmente, para Hayek, da Bauko, é indispensável que o operador tenha plena consciência da

importância de sua função. Não basta dirigir uma empilhadeira, é necessário saber como executar

corretamente todos os procedimentos que envolvem sua profissão.

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Segundo o gerente de contratos, é preciso conhecer a empilhadeira com a qual vai trabalhar - ter

noções de suas características técnicas, abrangendo peculiaridades do equipamento e dos

acessórios que o compõe, saber operar utilizando correta e adequadamente todos os recursos da

empilhadeira; conhecer a área de trabalho, o local onde será executado o trabalho, o tipo de piso, a

largura dos corredores, a altura de empilhamento, a distância a ser percorrida, a movimentação de

outras empilhadeiras e de pedestres, qual a velocidade permitida, etc.; conhecer as atividades que

serão realizadas, qual o fluxo de movimentação dos produtos, quais os procedimentos internos para

a atividade a ser executada, quais os tipos e características dos produtos a serem movimentados,

etc.; espírito de equipe, comprometimento e responsabilidade, disponibilidade e disposição para se

manter no posto de trabalho em casos de possíveis faltas de colegas, não abandonar o posto de

trabalho; estar atento aos problemas que ocorrem com a empilhadeira, atenção e sensibilidade para

identificar e saber reportar qualquer problema na empilhadeira, informando ao mecânico de

manutenção o ocorrido; conhecer e cumprir as normas de segurança, de operação da empilhadeira,

as internas do local de trabalho e as normas de legislação vigente; usar de forma correta e sempre

todos os EPIs exigidos e fornecidos para o exercício da atividade.