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7/23/2019 Portifolio-educação e Inclusão Social -St.2 José Antonio Carro Ra 1401379
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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
JOSE ANTONIO CARRO RA: 1401379
PORTFÓLIO DE EDUCAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL
POLO FATEC SÃO CAETANO DO SUL2015
7/23/2019 Portifolio-educação e Inclusão Social -St.2 José Antonio Carro Ra 1401379
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JOSE ANTONIO CARRO
PORTFÓLIO DE EDUCAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL
Reflexão e compreensão dos conteúdos
abordados nas videoaula desta disciplina.
Tutora: Luciana Ribolli de Oliveira.
SÃO CAETANO DO SUL – SP
2015
7/23/2019 Portifolio-educação e Inclusão Social -St.2 José Antonio Carro Ra 1401379
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Aulas 1,2,3,4 – Educação especial, desigualdade e diversidade, Depoimentos:
histórico e introdução à política nacional de educação especial avanços e
desafios, Marco jurídicos e conceituais, Debate 1: a política nacional de
educação especial na perspectiva da educação inclusiva,
Nestas quatro primeiras aulas foi possível entender que a educação especial é um
processo global e dinâmico que pode tomar distintas formas, de acordo com as
necessidades e habilidades dos alunos. A integração educativo-escolar refere-se ao
processo de educar-ensinar, no mesmo grupo, a criança, com e sem necessidades
educativas especiais, durante uma parte ou na totalidade do tempo de permanência
na escola.
Nas aulas iniciais foi ministrado a história da educação especial até os dias atuais e
vimos que:
Integração (Princípios da educação especial) – via de mão única.
Nos anos 60/70 à desinstitucionalização a educar em ambiente menos
restritivo;
Alguns considerados aptos passaram a ser encaminhados para escolas
regulares, classes especiais ou salas de recursos.
O deficiente passou a ser encarado como “necessidades educacionais
especiais” à problemas de aprendizagem à requeria atenção mais específica
e maiores recursos educacionais à reorganização curricular, formação de
professores, novos métodos de ensino, posturas na atuação e
responsabilidade das escolas;
Modelo médico da deficiência à problema está no indivíduo à ele que
precisava mudar para se adaptar à sociedade ou ser mudado através da
reabilitação ou cura.
No século XIX:
1854 à Serviço de atendimento aos cegos: Imperial Instituto dos meninos cegos
(com o decreto imperial 1.428), e, em 1891, foi instituído como: Instituto
Benjamim Constant (Decreto 1.320 de 1891); 1857 à Imperial Instituto do surdo-
mudo que, em julho de 1957, tornou-se o Instituto Nacional de Educação de
Surdos.
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No século XX:
1926 – Porto Alegre Instituto Pestalozzi;
1932 – Escola Estadual São Rafael – DV (MG);
1935 – Instituto dos Cegos (PE) e o Instituto Pestalozzi em Belo Horizonte;
1936 – Instituto dos cegos na Bahia;
1948 – Instituto Pestalozzi - DM (RJ) é ministrado, em 1950, o primeiro curso
de especialização para professores nesta área;
1950 – AACD (SP);
1954 – Inicia-se o movimento das APAES, com Beatrice e George Benis;
1962 – Federação das APAES (12);
Até a ditadura, eles eram chamados pelo termo “excepcionais”;
1988 – Constituição Federal à passaram a ser reconhecidos como pessoas
com deficiência. Pessoa: implica em reconhecer o direito de viver e conviver
em comunidade. Prevê o pleno desenvolvimento dos cidadãos, sem
preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade, bem como quaisquer outras
formas de discriminação. Garante o direito à escola para todos e coloca,como princípio para educação, o “acesso aos níveis mais elevados do ensino,
da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um”.
Artigo 208, da constituição – O estado assume a educação especial;
1989 à lei 7.853/89 – Define como crime recusar, suspender, adiar, cancelar
ou extinguir a matrícula de um estudante por causa da deficiência, em
qualquer curso ou nível de ensino, seja ele público ou privado. A pena para o
infrator pode variar de 1 (um) a 4 (quatro) anos de prisão mais multa;
1990 à Estatuto da Criança e do Adolescente – Garante o direito à igualdade
de condições para o acesso e permanência à escola, sendo o ensino
fundamental obrigatório e gratuito, o respeito dos educadores e atendimento
educacional especializado, preferencialmente na rede regular;
1994 – Com a Declaração de Salamanca (o texto não tem efeito de lei), diz
que a pessoa com deficiência deve receber atendimento especializado.
Crianças excluídas (trabalho infantil e abuso sexual) e deficiências graves
devem ser atendidas no mesmo ambiente de ensino;
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1996 – Com a Lei de Diretrizes de Base (LDB), o atendimento especializado
pode ocorrer em classes especiais, quando não for possível oferecê-lo na
escola comum. Este foi um ponto que gerou muita confusão, pois deu a
entender que, dependendo da deficiência, a criança só podia ser atendida em
escola especial;
2000 – Leis garantem a prioridade nos atendimentos prioritários de pessoas
com deficiência nos locais públicos. Estabelece normas de acessibilidade
física e definem, como barreira, obstáculos nas vias e no interior dos edifícios,
nos meios de transporte e tudo o que dificulte a expressão ou o recebimento
de mensagens por intermédio dos meios de comunicação, sejam ou não de
massa; 2001 – Convenção de Guatemala (Decreto 3.956) à Põe fim às interpretações
confusas da LDB. Esclarece as impossibilidades de tratamento desigual com
base na deficiência. O acesso ao ensino fundamental é um direito humano e
privar pessoas em idade escolar, dele, mantendo-as unicamente em escolas
ou classes especiais, fere a convenção e a Constituição. A Convenção da
Guatemala deixa clara a impossibilidade de tratamento desigual com base na
deficiência, definindo a discriminação como toda diferenciação, exclusão ourestrição baseada em deficiência, antecedente de deficiência, consequência
de deficiência anterior ou percepção de deficiência presente ou passada, que
tenha o efeito ou propósito de impedir ou anular o reconhecimento, gozo ou
exercício por parte das pessoas portadoras de deficiência de seus direitos
humanos e suas liberdades fundamentais (art. 1º, nº 2, “a”).
Podemos ver que a exclusão tem participado da nossa vida há muito tempo. Temos
que fazer uma reflexão sobre o nosso comprometimento no dia a dia com as maisvariadas situações. Estamos somente presentes ou realmente estamos presentes e
conscientes quando nos engajamos na profissão de professores.
https://palavrastodaspalavras.wordpress.com/2009/03/11/ilusoes-do-amanha-
poema-de-alexandre-lemos-aluno-da-apae/
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co _obra=124140
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http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co
_obra=20260
Abaixo texto interessante em forma de parábola de Jorge Márcio Pereira de Andrade
psiquiatra, psicanalista, analista institucional e editor responsável do informe
InfoAtivo DefNet
Incluir ou excluir
Dessa água, eu nunca beberei - incluir-se ou excluir-se, eis o dilema!
Por Jorge Márcio Pereira de Andrade
Conta um antigo relato oriental, daqueles que têm um conteúdo 'parabólico', que
Deus preveniu aos homens na Terra que haveria um grande Tsunami, seguido de
um terremoto que tragaria todas as águas da terra, trocando-as por outras que
enlouqueceriam a todos os seres humanos no mundo. Somente um profeta, um
ermitão, tomou esta profecia como verdade. Procurou trazer para sua toca, no alto
do monte, vários baldes de água, por ele considerada "pura", para que não lhe
faltasse este elemento essencial nos dias que se seguiram. Pouco tempo depois
veio o tsunami e o terremoto, que transformou a todas as águas em um novo líquido
vital e produziu uma espécie de loucura coletiva, um grande ataque histérico em
massa, tornando naturalizada a carnavalização da vida cotidiana, o que fez com que
todos acreditassem que era ele, o profeta, o único louco.
Diz esta estória que o profeta se recolheu à sua caverna, ficando contente por tersido o único precavido e prudente. Porém, com o passar do tempo, surgiu uma
insuportável solidão, que crescia a cada dia que passava. O profeta saiu de sua
caverna várias vezes em busca de alguém idêntico a ele, porém só foi discriminado
e intolerantemente afastado de todos os outros seres humanos. Eles eram agora
ainda mais diferentes dele. Então o profeta, tornando um filósofo humanista tomou
uma sábia decisão: tirou toda a água "pura" que havia guardado somente para ele,
bebeu da água "nova e impura" e se incluiu entre os seus semelhantes na "nova
loucura" instituída.
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Esta metáfora é uma provocação e uma busca de reflexão sobre a posição de
isolamento e de fechamento narcísico em nossos movimentos individuais de
estranhamento diante das diferenças e da diversidade humana
Idade Mídia
Nossos tempos, por mim denominado de IDADE MÍDIA, é um tempo de aparente
coletivização de todos os espaços, como por exemplo, as comunidades virtuais, à
moda de Orkuts. Porém ainda mantemos uma dificuldade de entendimento do
processo de exclusão, principalmente quando falamos de Novas Tecnologias,
Comunicação e Inclusão. Os avanços tecnocientíficos, no campo das tecnologias da
Informação e Comunicação, são alardeados como as mais sofisticadas e modernas
produções industriais, da história da modernidade, principalmente quando utilizamos
a palavra "progresso". Um progresso quase sempre emblema do mundo globalizado,
palavra da moda, quem sabe mais uma ilusão, ou campo de produção de
subjetividades dominadas.
Por isso é necessário questionar, eticamente, o que os avanços favorecem em
termos de mudanças de qualidade de vida. Inevitavelmente teremos de pensar tanto
em Inclusão como em Exclusão Social, pois ambos fazem como "Janus, o mito greto
de duas faces, parte de um mesmo processo. Um processo, como o mito, que tem
portas que se abrem e fecham, tanto para o passado com para o futuro. Se
olharmos, para uma das faces apenas, acabamos por nos esquecer do "outro lado
da moeda”, ainda mais num sistema neoliberal de consumo e produção de técnicas
e tecnologias, no qual estamos todos "incluídos".
A utilização acrítica e a política, de novas tecnologias, por si só, não modificam ou
revolucionam as estruturas sociais. Bem como não darão conta, sozinhas, do
processo de mudança de mentalidades e de práticas sociais ligadas ao preconceito,
estigmatização e vitimização que um sujeito diferente e estranho é submetido.
Porém sua utilização, aliadas a um processo educacional, por cidadãos em situação
de desvantagem, os que são colocados sob o preconceito, o estigma e
vulnerabilização, quaisquer que sejam, podem lhe garantir um processo de
equiparação de oportunidades e de criação de alternativas de conscientização
político-social de seu papel e direitos em uma comunidade ou movimento social.
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Por isso estamos cada mais propondo e produzindo a necessidade de um processo
EDUCATIVO INCLUSIVO. Um processo que pressupõe o reconhecimento de
diferenças, afirmação de cidadania e equiparação de oportunidades e direitos, com
ênfase em uma visão de Direitos Humanos, para todos os brasileiros e brasileiras,
sejam eles com ou sem deficiências.
É nos primórdios da formação ético-política e ecosófica dos sujeitos que poderemos
inserir alguns princípios ou novos paradigmas, daí a importância de promoção de
uma Escola aberta para a formação de cidadãos e cidadãs críticos e com letramento
suficiente para compreender que a sua inclusão pode se tornar uma falácia ou
engodo, caso este processo ativo não realize seu reconhecimento político e afirme
seus direitos.
"Brecha"
Uma única e recente informação comprova a compreensão de que: não basta sair
da caverna, beber a água digital dos novos tempos, tornar-se membro de uma
comunidade virtual, compactuar com as ilusões cibernéticas do Capitalismo Mundial
Integrado. Estamos todos, loucos ou aparentemente sãos, muito mais na Exclusão,
em especial a Digital, e na sua "brecha", que separa os que têm e os que não têmacesso. O Comitê Gestor da Internet (www.cgi.br) publicou (recentemente) uma
estatística que diz: Cerca de 54% da população brasileira nunca usou um
computador e 67% nunca navegou na Internet.
Fica ainda, então, uma pergunta: -e quantos ainda nem freqüentam uma escola?
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