Posso te contar uma coisa? O guia da garota descolada

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Coordenação Editorial Silvia Segóvia

Preparação Andrea Bassoto

Diagramação Abreu‘s System

Capa Monalisa Morato

Revisão Gleice Couto

Ilustrações: Josué Rodrigues Gomes

([email protected])

2014

IMPRESSO NO BRASIL

PRINTED IN BRAZIL

DIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO À

NOVO SÉCULO EDITORA LTDA.

CEA – Centro Empresarial Araguaia II

Alameda Araguaia, 2190 – 11º andar

Bloco A – Conjunto 1111

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Copyright © 2014 by Bruna Camporezi

Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua

Portuguesa (Decreto Legislativo nº 54, de 1995)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Camporezi, Bruna

Posso te contar uma coisa?: O guia da garota descolada / Bruna Camporezi.

– Barueri, SP: Novo Século Editora, 2014.

1. Adolescência 2. Adolescentes (Meninas) – Conduta de vida 3. Autoa-

juda – Técnicas 4. Relações interpessoais na adolescência I. Título.

14-07843 CDD-869

Índices para catálogo sistemático:

1. Adolescentes (Meninas) : Conduta de vida :

Guia : Literatura 869


5

Agradecimentos

À minha família, principalmente aos meus pais, Jurema e Gerson,

que me deram todo suporte necessário para eu chegar até aqui.

Obrigada por abraçarem minhas ideias e por sempre me ajuda-

rem a torná-las realidade. Agradeço a vocês por todas as conquis-

tas. Tenho certeza de que muitas ainda estão por vir.

Um agradecimento especial à minha mãe que desde minha

infância me incentivou a ler e me mostrou os maravilhosos pra-

zeres que uma bela história pode proporcionar.

Também agradeço aos meus queridos irmãos, Gerson e

Mickelli, que muitas vezes deixaram suas próprias vontades

de lado para me ajudar com a carreira. Um apoio que jamais

serei capaz de agradecer o sufi ciente. Guardo os dois no co-

ração. Obrigada por tudo.

Ao Victor Hugo, pela compreensão e apoio nos momentos

difíceis. Obrigada por compartilhar as emoções que essa car-


reira proporciona e por segurar a minha mão nas horas que

mais preciso.

Agradeço também à Elisa, que me incentivou a seguir neste

gênero literário.

Ao professor Márcio Palumbo e à Isilda Neves pelo apoio ao

projeto, e aos seus alunos pelas dicas e inspirações.

Agradeço a todos os jovens que compartilharam seus pen-

samentos comigo, ajudando-me a trazer as informações neces-

sárias para fazer deste livro algo indispensável para uma garota.

Também queria agradecer à Editora Novo Século, que pro-

porcionou com profi ssionalismo a realização de meu sonho.

Em especial ao Cleber Vasconcelos, que acreditou em mim

e, com paciência, me mostrou o melhor caminho profi ssional

a ser seguido; e à minha produtora Silvia Segóvia, que guiou

meu projeto com todo o cuidado.

Agradeço aos meus queridos leitores pelo constante carinho

e por continuarem a acompanhar minha carreira. São vocês

que me incentivam a fazer sempre um trabalho melhor, inde-

pendente das difi culdades. Obrigada, de coração.


Dedico este livro a todas as garotas que

por vezes se sentiram inseguras ou com medo

do desconhecido. Que este livro seja capaz de abrir

a mente de vocês, a ponto de libertá-las para uma

adolescência ainda mais signifi cativa e feliz.



Sumário

Recadinho da autora! 13

Capítulo I – Iii... É agora! Primeiro dia de aula! 15Entendendo a tortura. 17Preparando o corpo. 19

Ajude-me a dormir! 19 Controlando a ansiedade! 20

Quando toca o sinal! 20 Chegou o grande dia! 20 Não quero ficar sozinha! 21 Trabalho em grupo! E agora? Não conheço ninguém! 24 Como saber quem é meu amigo? 27 Bullying... Como evitar? 29

Capítulo II – Entendendo meu corpo para entender meus sentimentos. 33

Mudanças na adolescência. 35 Puberdade! Que bicho é esse? 36 Entendendo meus hormônios. 37 Por que me sinto assim? 39


Ninguém me entende! 40 Por que meus pais nunca me escutam? 41 Como posso ajudar o casamento de meus pais? 44 Divórcio... De que lado eu fico? 46

Será que compartilho isso com alguém? 48 Em casa... 49 Na escola... 50 Com o namorado... 50

Capítulo III – Estudos x Diversão. Preciso mesmo deixar algum de lado? 53

Na escola. Provas! 55 Como ir bem sem precisar “me matar” de estudar?! 57 Será que ainda rola aquele passeio? 60 Nota baixa! Como melhorar? 61 Meu futuro! 62

“Diga-me com quem andas e eu te direi quem és”. 63 Será que minhas amizades são prejudiciais? 64 Álcool, drogas e cigarros. O que fazem no meu corpo? 67 A pressão de ser adolescente! 70

Diversão ou exagero? 70 Eu não quero, mas... 71 Se todo mundo faz... 72 Como consigo falar “NÃO” sem ser chata? 73

Capítulo IV – Será mesmo que preciso seguir o sonho dos meus pais? 75

Eles querem, mas... 77 Como entrar em acordo com meus pais? 78 Pais. Será que sempre preciso escutá-los? 81

Coração x Razão. Quem precisa falar mais alto? 84 Como posso escolher minha profissão? Tenho idade para isso? 84


Um passo de cada vez. 85

Testando suas habilidades. 87

Escolhendo uma faculdade. 87

A importância de ser feliz. 89

Capítulo V – Será que ele vai falar comigo? 91

Ele é lindo! Mas e agora? 94

Como saber se ele gosta de mim? 95

Será que posso ter iniciativa? 99

Desvendando os garotos. 101

Será que ele é bom para mim? 104

O que minhas amigas falam dele? Devo acreditar? 105

O que você diz é lindo, mas sua reputação grita

em meus ouvidos. 106

Capítulo VI – Primeiro encontro! E agora!? 107

É agora!!! 109

Quero que ele goste de mim. O que eu faço? 110

Dicas de beleza! 111

Suas palavras refletem quem você é. 113

O primeiro beijo. 114

E depois? 118

Será que vou conseguir falar com ele amanhã na escola?

Que vergonha! 118

Como lidar com os amigos? 120

Como lidar com meus pais? 120

O namoro. 121

Vou mudar de escola! O amor pode continuar? 124

Iii... Deu errado! E agora? 125

Por que eu me sinto assim? 126

Como esquecê-lo? 127

Como conviver com ele na sala de aula? 128


Capítulo VII – Redes sociais! Será que podem me prejudicar? 131

Socializando 133

Minha vida é nossa! 134

Será que quero mesmo que todo mundo saiba disso? 135

Será que vou magoar alguém? 136

O que eu posto reflete quem eu sou. 137

Posso conhecer o garoto que gosto pelo o que ele posta? 137

A rede e meus pais. 139

Que horas são? 140

Perigos na rede 141

Armadilhas comuns. 141

A polícia adverte... 143

Meu colega invadiu minha conta! E agora? 144

Capítulo VIII – Testes! 147

Sou uma boa amiga? 149

Ele gosta de mim? 153

Estou correndo perigo na internet? 156

Mais! 159


13

Recadinho da autora!

Minha querida,

se você admira escritores, admire a si própria, pois todos nós

temos a plena capacidade de escrever nossa própria história.

Somos o personagem principal dela, então, todo o resto pode

ser escolhido. Apenas lembre-se de que nenhum capítulo po-

derá ser apagado assim que escrito, então, escreva com a certe-

za de que é o que quer.

Não planeje muito, pois isso sempre entedia os leitores, mas

escolha um caminho. Não temos um destino, assim, escreva

sua história como sentir que deve. Esse é um presente dado a

nós e precisa ser valorizado.

Corra atrás de seus sonhos e se agarre à felicidade, pois é ela

que te dirá quando você “chegou lá”. E não perca muito tempo

pensando aonde será o “lá”. Apenas o sinta e seja guiad a por ele. A

felicidade não é de todo vista, mas pode ser plenamente sentida.


Sinta suas próprias palavras escritas e se orgulhe delas,

pois ninguém teria feito melhor. Sua vida é seu livro, suas

palavras são seus passos e seus capítulos, suas conquistas.

Desejo muitos capítulos a você.

E lembre-se: as melhores coisas do livro da vida não são

vistas e nem compradas, mas são sentidas...

Espero que este livro a ajude em todos os aspectos da sua

vida e lhe dê a fi rmeza de que você precisava para continuar

escrevendo uma bela história.

Com muito carinho,

Bruna Camporezi.


Capítulo I – Iii... É agora! Primeiro dia de aula!



“Odeio o primeiro dia de aula. Não conheço ninguém e

nunca sei o que fazer. É uma tortura.”

Alunos para um lado, alunos para o outro e

você no meio daquela multidão sem saber

o que fazer. As garotas parecem encará-la

como se você tivesse um rato morto na cabeça e os garotos a

analisam até o último fi o de cabelo, mas nenhum deles lhe dá

as boas-vindas. E agora?! Com quem conversar? Será melhor

fi car quieta e esperar alguém falar com você?

Entendendo a tortura.

Mudar de escola nunca é fácil! Não importa o que lhe falem,

é assim mesmo: uma tortura! Sabe por quê? Porque enfrentar

o novo não é uma tarefa simples. Mas você não precisa se pre-

ocupar com isso, pois não é a única que sofre com mudanças.


18

POSSO TE CONTAR UMA COISA?

Acha que os adultos gostam de mudar de emprego? Ou de

casa? Não. Toda mudança é estressante e exige alguns esforços,

afi nal, seus medos começam a aparecer e você começa a se sen-

tir insegura com tudo o que vai encontrar.

Os novos amigos, os novos professores, o novo prédio, a

nova sala, a nova paixão... Todo aquele trabalho que você teve

para conquistar os amigos e os professores do antigo colégio...

PUFT! Sim, você terá de fazer tudo de novo! E quer saber?

Talvez seja uma oportunidade para consertar tudo aquilo que

você não gostava na escola antiga! Só é preciso conhecer al-

guns truques! E isto são coisas que você só descobriria depois,

mas este livro vai lhe adiantar vários desses truques para você

sobreviver na escola e na adolescência!

Mas, antes disso, é melhor explicar o motivo de suas noites

em claro e de toda aquela ansiedade que você sente antes do

temido início das aulas. No fundo, no fundo, você quer ir para

a escola nova! Você tem curiosidade para saber o que te espera

e fi ca criando muitas expectativas.

Sim, sim. Toda essa confusão de sentimentos é normal. Mas

você precisa controlá-la, ok? Senão vai acabar se decepcionan-

do ou perdendo algum momento importante.

Mas, vamos lá! O que fazer para chegar arrasando no

primeiro dia? Sabemos que a primeira impressão é muito

importante e que você quer logo fazer amigos e conhecer

a escola nova já no primeiro dia, mas lembre-se de que as


III... É AGORA! PRIMEIRO DIA DE AULA!

19

amizades são cultivadas com o tempo, então, não dê o passo

maior que a perna! Com este livro você será capaz de enten-

der tudo o que sempre quis saber sobre você e seus amigos!

E então, está pronta?

Preparando o corpo.

Ajude-me a dormir!

Ok! O que fazer para dormir? Afi nal, você não quer chegar

no primeiro dia de aula com olheiras gigantescas, não é?

Bom, dormir bem é sempre importante, mas, em dias espe-

ciais assim, isso talvez seja uma tarefa quase impossível! Para

reverter essa situação que, convenhamos, ninguém merece,

uma dica é desligar todos os aparelhos eletrônicos uma hora

antes de dormir. Esse tipo de entretenimento deixa nosso cé-

rebro ligadão! E não queremos isso, não é mesmo?

Tomar um bom banho para relaxar também ajuda muito.

Faça do jeito que está acostumada. Não tente inventar! Ape-

nas tome seu banho sem pressa. Um leite quente e um chá

calmante são uma boa pedida para quem quer dormir bem. E

não fi que pensando ou imaginando o que acontecerá no dia

seguinte. Essas ilusões vão, com certeza, espantar o seu tão es-

perado soninho. E não vá para a cama sem sono. Uma dica é

ler um livro e esperar o sono chegar, então, deite e durma.


20


Controlando a ansiedade!

E essa ansiedade que não descansa?! Eu sei que é um grande

trabalho controlar a própria mente, mas a ansiedade pode ser

dominada com algum esforço. Uma boa maneira de fazer isso

é praticando exercícios! Praticar exercícios faz com que o seu

corpo eleve a produção de serotonina, uma substância que nos

traz a sensação de prazer. A nossa mente é assim mesmo, bem

confusa! Mesmo que você não goste de praticar exercícios, essa

atividade será uma boa pedida para controlar o seu estresse.

Além disso, praticar exercícios é muito bom para a saúde. Não

importa qual deles (danças, lutas, caminhada, corrida, nata-

ção...), é importante que faça parte da sua vida.

Essa prática também vai ajudá-la a ter mais confi ança, pois

exige o seu esforço para alcançar um objetivo (desde derrubar um

oponente no judô até aprender uma nova coreografi a no balé),

não importa qual seja, e seu cérebro sempre a recompensará com

uma boa dose de serotonina quando isso acontecer, e, assim, você

acaba criando um vício saudável, que a incentiva a ser proativa.

Quando toca o sinal!

Chegou o grande dia!

Não entre em pânico. Não há motivo para se preocupar tan-

to. Você é uma garota incrível e qualquer um deveria se sentir



21

lisonjeado em conhecê-la. E nada de negar! Você precisa acre-

ditar nisso para conseguir passar esse sentimento positivo aos

outros. É assim que funciona. As pessoas só vão gostar de você

se VOCÊ gostar de si mesma primeiro. Elas só vão acreditar

em você se VOCÊ o fi zer primeiro. Uma coisa leva a outra,

mas o primeiro passo é sempre seu.

Não quero fi car sozinha!

Assim que você entra em uma nova escola, muito prova-

velmente você não conhece ninguém. Não desanime. Como

sempre, o primeiro passo precisa ser seu! Afi nal, você é a no-

vata. Não pense que isso é algo ruim. Pense que dará a você

a oportunidade de escolher com quem se relacionar. Sinta-se

uma caçadora! O segredo é observar e ser esperta.

Assim que entrar na sala de aula esteja confi ante. A lingua-

gem corporal consegue revelar nossas emoções e nossos pen-

samentos! Então, você precisa moldar isso a seu favor! Não

importa o que você fala se o que mostra é completamente di-

ferente. E, quando se trata de escola nova, é preciso mostrar

confi ança.

E como fazer isso?

Não vá para a escola com muitas coisas para carregar. Sinta-

-se segura com aquilo que carrega. Não queremos que você

tropece no primeiro dia, né? Já imaginou?! Então, já sabe! Ma-

neire com as tranqueiras. Além disso, capriche na aparência.


22


É a primeira coisa que todos na sala vão ver. Tome banho, use

roupas limpas e se vista apropriadamente, sem exageros. Sério!

Sem exageros! E tome cuidado com sua higiene. Vacilar um

dia sequer com a higiene pode causar danos difíceis de serem

reparados no futuro.

Entre na sala sem hesitar. Você é uma garota confi ante!

Assim que entrar na sala de aula, tente observar ao máximo

tudo o que acontece ao seu redor, discretamente. Escolha uma

cadeira que a agrade, próxima a alguém que, de preferência,

esteja sorrindo. O sorriso é um convite, mas você precisa iden-

tifi car se aquele sorriso é falso ou verdadeiro. Alguns sorrisos

dizem: “Não gosto de você e não quero conversar. Estou sor-

rindo por obrigação”. Outros já dizem: “Você realmente parece

legal. Quero conversar com você”. Uma forma de identifi car

um sorriso verdadeiro é observar as ruguinhas perto dos olhos.

Os sorrisos falsos não têm isso.

Assim que escolher sua primeira “vítima”, observe o que ela

está fazendo e tente encontrar um ponto em comum. Talvez

em algum material que ela levou ou um livro que está lendo.

As pessoas, normalmente, dão muitas dicas de sua personali-

dade e gostos em seus objetos ou modo de se vestir. Observe

isso e procure um assunto que a interesse. Uma boa maneira de

iniciar uma conversa é perguntar algo como: “Você sabe qual

a primeira aula?”, e, então, não deixe o assunto morrer após

a resposta. Continue a conversa! Se a colega falar o nome de



23

uma matéria, pergunte se ela conhece o professor que a mi-

nistra e depois conte algo sobre sua escola antiga que esteja

relacionado ao assunto. Obviamente, estas são apenas dicas de

como continuar a conversar, mas você pode fazer seu próprio

caminho para o diálogo.

Assim que você puxar um assunto ou se direcionar à pes-

soa, apresente-se, levante levemente a sobrancelha e sorria

de forma genuína, mostrando os dentes. As pessoas se sen-

tem bem com estes gestos e será mais fácil para sua “víti-

ma” se identifi car com você. Um sorriso puxa outro − isto

é cientifi camente provado. Mas cuidado com os sinais que

ela manda para você. Sorriso escondendo os dentes não é

um bom sinal, pois indica rejeição ou desconforto. Deixar

as pernas e braços cruzados também é um sinal de defen-

siva. Fique atenta a estes pontos e tome cuidado para não

se tornar uma boba-alegre, que sorri por qualquer motivo.

Aprenda com a situação e aja com tato e inteligência. Seja

simpática, mas sem excessos.

Procure manter uma distância confortável de seu novo ami-

go e olhe nos olhos dele. Você não pode parecer desesperada.

Se ela ou ele não gostar de você, dane-se! Você sempre terá

outra oportunidade e outras pessoas para conversar.

Sempre pense assim: quando se entra em uma escola nova,

você não tem nenhum amigo, certo? Então, independente do

que você faça, não pode fi car pior!


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Deixe a timidez de lado e mostre confi ança. Todo mundo

quer ser amigo de alguém confi ante. Este é o ponto. Se você é

naturalmente tímida, é preciso um pouco mais de esforço, mas

qualquer pessoa pode demonstrar confi ança.

Outro ponto interessante para observar é se a escola ofere-

ce alguma atividade de integração para novos alunos. Se sim,

participe delas! É sempre um bom modo de conhecer pessoas

e fazer amizades. Os professores também estão lá para ajudar.

Qualquer dúvida, não hesite em perguntar. Ficar com cara

de perdida no primeiro dia de aula é furada! Se não sabe,

pergunte!

E, se tudo der errado, lembre-se: sempre temos o dia se-

guinte para ajeitar o que o dia anterior não permitiu.

Trabalho em grupo! E agora? Não conheço ninguém!

Quem nunca passou por isso? Todo mundo conhece aquela

sensação esquisita de se sentir realmente um peixe fora d’água.

Parece que o chão desaparece dos nossos pés quando o pro-

fessor fala “Trabalho em grupo” logo no primeiro dia, ou na

primeira semana de aula! Afi nal, ter um grupo de amigos leva

certo tempo. Então, o que fazer?

Primeiro passo, não pire! Você é uma garota confi ante,

esqueceu? Então, nada de surtar no meio da sala de aula.

E tente não parecer desesperada. Ninguém gosta de traba-

lhar com pessoas desesperadas. Levante levemente a cabeça



25

e olhe para os lados. Você se lembra de que, quando chegou

à sala, você se sentou perto de alguém que pareceu ser sim-

pático aos seus olhos? Então, olhe para ele (ou ela) de novo

e pergunte: “Já tem algum grupo em mente?”. Dependendo

da resposta, ajeite a situação. Se ele (ou ela) responder que

não, diga algo do tipo: “Legal! Podemos fazer o trabalho

juntos, se quiser. Conhece mais alguém que toparia entrar no

nosso grupo?”. E, então, continue a conversa. Preste atenção

no tema do trabalho e pense em como pode ajudar. Logo de

cara diga algo sobre o trabalho, mostrando que você não será

um peso morto no grupo. Não se esqueça: você é confi ante e

inteligente!

Agora, se a pessoa responder que sim, ou seja, que não quer

fazer grupo com você, dê uma piscadela, responda algo do tipo

“Sem problemas!” e vire a cabeça para outra direção. Procure

outra pessoa que pareça simpática aos seus olhos e faça a mes-

ma pergunta. Nunca mostre que você fi cou triste ou chateada

por não pertencer ao grupo! Você não precisa daquela pessoa

que a rejeitou! Você é uma garota confi ante!

Depois que tiver o grupo formado, trabalhe duro e mostre

que você é alguém que vale a pena ter por perto. Acredite

em mim, ninguém gosta de pessoas “encostadas” e preguiço-

sas. Obviamente, tome cuidado para não ser inconveniente,

cobrando demais dos outros integrantes ou fazendo mui-

tos comentários negativos. Trabalhar em grupo é uma óti-


26


ma forma de fazer amizades e conhecer um pouco mais os

colegas. Você já vai perceber quem são as pessoas que quer

ter por perto e quem são aquelas com as quais você não se

identifi cou muito. Tudo isto vai contribuir para sua adapta-

ção na escola nova. Aproveite essas oportunidades e não as

veja como barreiras.

E não fi que com vergonha de perguntar para seus professo-

res qualquer dúvida que tiver. Ninguém vai achá-la careta por

isso. E, se por acaso, algum engraçadinho zoar você por cau-

sa da pergunta, mantenha a calma. Falaremos sobre bullying

ainda neste capítulo, mas, a princípio, aja com calma e senso

de humor. Não ligue para a afronta e continue sua conversa

com o professor, agradeça e se dirija para a cadeira novamen-

te. Sempre em um ritmo confi ante e calmo. Lembre-se: se

a pessoa gostar da sua reação, ela vai provocá-la de novo. A

melhor forma, no começo, é ignorar. Mas vamos falar mais

sobre isso.

Agora... E se ninguém te aceitar? Bom, isso provavelmente

não vai acontecer se você fi zer o que está escrito acima, mas, se

tudo der errado, dirija-se ao professor e explique a situação. Ele

colocará você em um grupo já formado. Quando isto aconte-

cer, sorria e puxe algum assunto relacionado ao trabalho. Não

fi que calada. Agradeça aos colegas que a aceitaram e dê o seu

melhor no grupo, sempre com simpatia e confi ança. Lembre-

-se: um sorriso puxa outro.



27

Como saber quem é meu amigo?

Novamente, aqueles truques de linguagem corporal vão

ajudar bastante! É claro que sempre teremos algumas sur-

presas desagradáveis, mas identifi car esses gestos é um ponto

importante para saber quem é seu amigo de verdade. Porém,

NUNCA observe apenas um gesto para tirar conclusões! Seja

razoável!

Você pode descobrir se sua amiga está mentindo para você

ou escondendo alguma coisa se ela fi car se desviando de algum

assunto ou se começar a falar sobre muitas coisas ao mesmo

tempo, deixando a conversa sem sentido. Já com meninos é

um pouco diferente. Eles costumam fi car de braços cruzados

ou com as mãos no bolso quando tentam enrolar alguém. Algo

que pode ser notado também é se a pessoa toca na boca ao fa-

lar. Inconscientemente, ao fazer isso ela está tentando segurar

suas próprias mentiras.

Você pode descobrir se alguém não gosta de você ou se não

quer escutar o que diz quando os pés da pessoa estão apontan-

do para o lado e ela está olhando para outra direção que não

seja você. Isto signifi ca que ela quer ir embora. Neste caso, é

bom não insistir. Como já dito, pernas e/ou braços cruzados

também não são um bom sinal. Perceba também se seu colega

está com o rosto apoiado em um dos braços. Isto mostra que

ele está entediado e não quer escutá-la. Sinais como estes vão

ajudá-la a saber quem é seu amigo.


28


Obviamente, você precisa entender que há exceções. Se a

pessoa estiver muito cansada, provavelmente segurará o rosto

com uma das mãos, mas nem por isso estará achando você um

tédio, afi nal, ela só está cansada. Ou, se ela estiver toda enco-

lhida com pernas e braços cruzados, talvez ela só esteja com

frio. Então, aprenda a perceber tudo com atenção, para não

perder amigos sinceros.

Mas, antes de qualquer coisa, para fazer verdadeiros amigos

é preciso tomar muito cuidado com fofocas. Fuja delas e jamais

espalhe algo de alguém que você não espalharia de si mesma.

Isto é muito importante para fazer amizades e se tornar al-

guém confi ável. Sempre demoramos muito para conquistar a

confi ança de alguém e um simples erro pode desmoronar todo

esse trabalho! Por isso, cuidado com o que fala e não acredite

em tudo o que lhe dizem. Procure fatos antes de arrumar uma

briga. E, antes de qualquer coisa, aprenda a perdoar. Coloque-

-se no lugar da pessoa e veja qual seria a sua atitude. Dessa

forma você encontrará amigos verdadeiros e não os perderá

com facilidade.

Nunca se esqueça: as pessoas erram, mas nem por isso dei-

xam de ser verdadeiros amigos. Uma coisa não interfere na

outra. Depende de você analisar as consequências de um erro e

a verdadeira intenção da pessoa que vacilou com você. Seja es-

perta e amorosa ao mesmo tempo. Só assim conquistará ami-

zades que valem a pena.



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Bullying... Como evitar?

O que é isso? Bullying é um termo utilizado para descrever

violências psicológicas ou até mesmo físicas contra alguém.

Normalmente, estas são intencionais, cruéis e são praticadas

repetitivamente, causando constrangimento para quem está

sendo descriminado. Sim, esta palavrinha assusta qualquer

um! Mas vou ensiná-la como se desviar dela logo no primeiro

dia, ok?

Quer saber o segredo? Confi ança! Sim, sim, eu sei que

isto já não é novidade para você, mas é preciso saber lidar

com algumas coisas para conseguir sair ilesa da escola todos

os dias.

Bom, primeiro eu preciso convencê-la de que não há nada

de errado com você. Se você não acreditar fi elmente nisto,

aqueles bobões que te zoam também não vão acreditar.

Os bullyings mais comuns são contra os “nerds”, ou seja,

alunos dedicados que estudam demais e quase não se mistu-

ram. Você precisa entender que ser inteligente e estudiosa não

é algo ruim. Ao contrário, você deveria se sentir honrada quan-

do lhe dizem isso, afi nal, você, no futuro, será a chefe desses

idiotas. Acredite em mim quando digo que todo sucesso só

vem após um grande trabalho. Estudar é, sim, o caminho para

um futuro brilhante e ninguém pode decidir qual futuro será

o seu a não ser você mesma. Nós plantamos aquilo que colhe-

mos! Já escutou isso? Pois bem, essa frase é bem verdadeira.


30


Não sinta vergonha de correr atrás daquilo que você quer. O

futuro é seu e é você quem o escreve.

Por outro lado, não se isole! Nós aprendemos muito quan-

do conversamos e interagimos com as pessoas. Fazer amizades

é muito importante. É conversando e interagindo com outras

pessoas que aprendemos algumas coisas que as apostilas não

ensinam. Isso será muito signifi cativo para o seu futuro tam-

bém. Verá que a conversa abre muitas portas e pode até livrá-la

de algumas encrencas. Então, não se feche para o mundo e

aprenda a dialogar.

Praticar esportes também é muito importante, inclusive

para auxiliá-la a estudar melhor. Coloque como meta ter no-

vos amigos e praticar algum esporte. Isto vai te ajudar. Pode ter

certeza!

Outro grupo que sofre são os que estão fora do peso ide-

al. Ninguém pode discriminá-la por isso e uma maneira de

evitar esse estresse é interagindo com o agressor com humor.

Por incrível que pareça, o bullying só é prazeroso para o agres-

sor quando a vítima sofre e demonstra isso. Mostrar-se forte e

confi ante numa situação dessas é realmente muito difícil, mas

você consegue, afi nal, o que você é mesmo? Confi ante! Isso

mesmo! Nunca se esqueça dessa palavra. Independente de qual

bullying você sofra, mostrar confi ança e não se abalar é a me-

lhor arma contra os agressores. Entretanto, lembre-se sempre

de cuidar da sua saúde. Ame a si mesma e cuide do seu corpo.



31

Você precisa estar sempre feliz consigo mesma, o que lhe traz

ainda mais confi ança.

Se você já sofreu alguma violência física e não contou a nin-

guém, faça isso! Não sofra sozinha! Ninguém tem o direito de

machucar você. Com certeza muitas pessoas estão dispostas a

lutar essa batalha ao seu lado.

Agora, se você já praticou o bullying... Sabia que esse tipo de

atitude pode levar um adolescente humilhado a cometer o sui-

cídio? Ou a ter doenças graves, como a anorexia e a bulimia?

Sabia que muitos adolescentes que sofreram bullying precisa-

ram frequentar psicólogos durante anos para conseguirem ter

vida normal novamente?

Bullying é coisa séria! Não brinque com a vida de seu colega

desse jeito. Essa atitude não torna você mais legal e nem mais

engraçada. Pelo contrário! Se continuar assim você vai acabar

afastando as pessoas de você.

Lembre-se: confi ança é a base de tudo, mas você não precisa

lutar essa batalha sozinha. Comunique seus professores e con-

verse com seus pais. A razão está com você.


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