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Livros Que Edificam

Dedicado ao meu amado marido, Mike à minha filha, Mary e ao meu filho,

Daniel .

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AgradecimentosSó foi possível escrever este livro com a ajuda, o amor e as orações

de muitos amigos. Primeiramente quero agradecer ao Senhor por ajudar-me a escrever um livro. Por vezes cheguei a pensar que a façanha deescrever um livro seria impossível.

O Senhor, contudo, tomou alguns de seus vasos que ensinaram-me aescrever este livro Possuindo as Portas do Inimigo. Peter Wagner foi omentor deste projeto. Este livro, portanto, não chegaria ao prelo sem seuconselho e aquela pitada de sabedoria. Doris Wagner, sua esposa e minhaamiga pessoal esteve sempre ao meu lado oferecendo-me ajuda prática,especialmente quando estivemos juntas no campo de batalha.

É claro que meu marido, Mike, sempre me encorajou. Às vezescheguei a pensar em desistir, mas aí estava ele ao meu lado, orando econversando comigo, contribuindo com sua pujante sabedoria.Freqüentemente ríamos dos escritores que agradecem a toda a família ese desculpam pelas refeições que não puderam comer juntos. Agora faço omesmo, não é Mike?

Meus filhos Mary e Daniel merecem ser citados pelo amor ecompreensão enquanto escrevia este livro. São eles alguns dos meusmelhores companheiros de oração e sempre me deram aquela força!

Minha mãe, Eleanor Lindsey, datilografou fielmente os manuscritosgastando horas lendo e editando. Obrigada mamãe! Você superou o seuchamamento. Obrigado também a Thomas Lindsey por revisar os originais.

Becky Wagner merece um agradecimento todo especial por colocar omanuscrito no computador. Como secretária administrativa mostrou o seucaráter cristão, pela presteza e gentileza!

Não sei como expressar meu agradecimento aos companheiros deoração dos Generais . da Intercessão os quais jejuaram, oraram e me

amaram à medida em que eu derramava meu coração diante deles,pedindo-lhes em carta que orassem por este livro. Obrigada, também, aosgrupos de oração da minha igreja que se dedicaram em orar,semanalmente, para que eu entregasse este livro aos editores dentro doprazo por eles estabelecido.

Jane Campbell a editora de Chosen Books, sempre esteve atenta,ouvindo-me naqueles momentos em que ficava frustrada, já que, escreverum livro sem ser escritora, foi um duro aprendizado. Ela, pacientemente,respondeu cada uma das minhas interrogações.

Um obrigada também à Ann McMath pela capacidade editorial quetem. Foi uma alegria trabalhar com você!

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Quero agradecer e reconhecer o trabalho de Jane Rumph peloexcelente trabalho em preparar o guia de estudo para esta edição do livro.

 Jane, você é tremenda!

Quero, também, agradecer aos membros da Trinity Church de

Weatherford e ao meu pastor Don Connel por ajudarem em oração, pelasrefeições que prepararam e pelo apoio dado. Graças a vocês, Ann eMargarita por virem à minha casa fazer a faxina! É gostoso freqüentar umaigreja onde todos os domingos os irmãos perguntavam: Cindy, como vai olivro? Estamos orando por você!

Dou graças a Deus por ter um grupo tão especial de crentes ao meulado!

ÍndicePrefácio ............................................................................  

Introdução .......................................................................  

1 - Chamados à Intercessão............................................. 

2 - Generais da Intercessão .............................................  

3 - Coração Puro!............................................................. 

4 - Estimuladores da Vontade de Deus!.......................... 

5 - O Ministério da Intercessão........................................  

6 - O Dom da Intercessão ................................................  

7 - Líderes de Oração....................................................... 

8 - A Linguagem da Intercessão....................................... 

9 - As Manifestações da Intercessão................................

10 - O Desequilíbrio na Intercessão................................. 

11 - Intercessão Profética ................................................

12 - Parceiros de Oração ..................................................  

13 - Louvor Intercessório.................................................. 

14 - Intercessão Unida..................................................... 

15 - Vigílias e Caminhadas de Oração ..............................  

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16 - Possuindo as Portas do Inimigo ................................  

Guia de Estudos ...............................................................  

PrefácioDurante os últimos anos venho desenvolvendo uma pesquisa sobre a

oração, arma-zenando cuidadosamente uma bibliografia de livros que

tratam de forma significativa sobre o tema. No entanto, nenhum dos 39livros que tratam do assunto em minha biblioteca têm um conteúdo tãocompleto como este. Não conheço nenhum outro livro como Possuindo asPortas do Inimigo.

Possivelmente, ninguém conseguiu escrever um livro como esteanteriormente, e temos que admitir que muitos crentes e um bomsegmento do Corpo de Cristo não estavam preparados para tal tarefa.Afinal, isto não é um leite da Palavra de Deus, é um churrasco gordo daPalavra e é necessário muito crescimento e maturidade espiritual paradigerir sem se ter uma congestão! Deus, contudo, tem feito coisas

excepcionais nos vários segmentos e tradições eclesiásticas nesses dias, eisto está produzindo um crescimento maduro na área da oração.

Na realidade, encontramo-nos no meio do maior avivamento deoração de que se tem memória, pelo menos nos últimos séculos de nossahistória. Este movimento começou, até onde sei, na década de 70. Desdeentão, surgiram os movimentos de oração, os ministérios de intercessão,líderes de oração, intercessores por cidades, conferências sobre oração eigrejas com vigílias permanentes de oração. Surgiram também livros sobreo tema que estão se multiplicando em progressão geométrica. Há um

movimento crescente e intenso de oração, que transcende as várias linhasdenominacionais deixando alguns líderes da igreja pasmados!

Percebo, agora, que os crentes, em sua maioria, estão prontos paraler o que Cindy Jacobs ensina sobre intercessão.

Cindy Jacobs foi uma das cinqüenta pessoas intercessoras, escolhidadentre gente de primeira do mundo todo, a participar.da oração 24 horasdurante o 2° Congresso de Evange-lização Mundial realizado em Manila noano de 1989. O sucesso daquele Congresso, creio eu, foi devido àintercessão poderosa que acontecia durante 24 horas na suite de um

hotel. Foi significativo, ver pentecostais e carismáticos de todos os níveisno congresso mais evangélico nunca antes realizado. Metade da equipe de

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intercessores era evangélica tradicional e a outra metade de tradiçãocarismática. Era previsível que os membros de cada grupo estivessemapreensivos em como iriam se relacionar. Para alegria de todos, noentanto, quando chegaram diante do trono de Deus, as diferenças entreeles desapareceram. Todos sabiam como falar com Deus, sabiam ouvir de

Deus, aprenderam a encorajar e fortalecer uns aos outros e alegravam-seao ver Deus responder as orações.

Cindy fazia parte do grupo de tradição carismática, entretanto, desdeo Congresso em Manila, uma boa parte do seu ministério é feita entre os

evangélicos:1 Foi ela quem liderou o grupo intercessório na convençãomissionária realizada pela InterVarsity Christian Fellowship Urbana em1990. Faz parte também da equipe de Evangelismo de Colheita de EdgardoSilvoso que ministra na Argentina e é muito estimada por minha esposaDoris e pelo grupo de 18 pessoas que intercedem por mim continuamente.

Conhecendo-a de forma tão pessoal, tenho certeza que este livro,Possuindo as Portas do Inimigo é uma mensagem ungida para todo o corpode Cristo.

Há sete fatores que, juntos, colocam este livro num nível acima dosdemais:

Em primeiro lugar, este livro é bem pessoal. Cindy Jacobs é umamulher brilhante,esposa, mãe, mestra, aluna e intercessora. Doris e eu nossentimos honrados pois podemos contar com ela como uma amiga muipessoal. Ao ler este livro você notará que Cindy é uma pessoa modesta,

que nos leva a rir e a chorar à medida que compartilha conosco vitórias ederrotas, tudo dentro de um contexto de transparência e integridade.

Em segundo lugar, é um livro bíblico. Ainda que não seja um livrotipo sermão longo, ou um estudo bíblico, Cindy dá uma base bíblica à tudoque ensina neste livro. Ela procura comprovar tudo o que diz e pratica à luzdas Escrituras.

Em terceiro lugar, é um livro informativo. A autora percorre oscaminhos da América e de outros países do mundo, levando-nos atravésdos vários segmentos denominacionais e, conseqüentemente, colocando-

nos em contato com muitos ministérios de oração. Ela está à par do queacontece em todo o mundo, o que pode ser conferido ao ler nomes elugares que ela menciona neste livro.

Em quarto lugar, é um livro cheio de compaixão. Os assuntos aquitratados estão situados naquele ponto extremo, onde muitas pessoas nãosabem como encaixá-Ios em seu ponto de vista tradicional na hora deanalisar um problema. Cindy reconhece este problema e, de forma gentil,sem qualquer dogmatismo aborda os assuntos passo a passo.

Em quinto lugar, é um livro analítico. Não quero desacreditar, masmuitos intercessores crêem que são os detentores da verdade,

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especialmente quando não conseguem analisar ou explicar o que estãofazendo. Cindy é uma daquelas pessoas que sabem equilibrar intuição comentendimento, e o faz de tal maneira que esclarece aos outros o que Deusestá realizando com ela e através dela.

Em sexto lugar, é um livro prático. É um manual que diz a você nãoapenas o que precisa ser feito, mas os passos que devem ser dados paraque seja feito.

Por último, é um livro motivador: Talvez você pense que, de todas asatividades cristãs, a oração é a mais enfadonha de todas. Ao ler este livro,você verá uma dimensão de oração que o motivará a agir. Você, aoterminar este livro, estará orando mais do que nunca!

Foi isto o que me aconteceu. Através da Cindy Jacobs, minha esposae eu aprendemos a deixar Deus fazer coisas novas através de nós, que

antes achávamos impossíveis. Possuindo as Portas do Inimigo é um livroque, não somente, recomendo aos meus amigos, é, também, tema deestudo a todos os meus alunos no Fuller Seminary.

C.Peter WagnerSeminário Teológico de Fuller

Pasadena, Califórnia

índice

IntroduçãoPara algumas pessoas, Possuindo os Portas do Inimigo, pode não ser

um bom título para um livro que trata da intercessão. O título é inspiradono texto de Gênesis 22.17-18, que diz: "deveras te abençoarei e

grandemente multiplicarei a tua descendência, como as estrelas do céu ecomo a areia que está na praia do mar. A tua descendência tomará possedas cidadesdos seus inimigos, e em tua descendência serão benditas todas as naçõesda terra, porque obedeceste à minha voz" (ECA).

Esta poderosa promessa foi dada a Abraão e à sua descendência. AIgreja é a semente espiritual de Abraão e, portanto, a promessa de possuiros portões da cidade do inimigo também diz- nos respeito hoje. As portasdo inferno não prevalecerão contra uma igreja que ora.

A igreja está se levantando como uma força militante na oração quea levará a possuir a terra prometida de nossas nações. Possuindo as Portas

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do Inimigo, é um manual de treina-mento para o exército de Deus. Em todoo mundo, Deus está derramando um espírito de súplicas, por isso, estemanual é muito importante. Grupos de intercessores estão surgindo portoda parte em todas as nações do mundo. Meu marido e eu fundamos oministério Generais da Intercessão, uma espécie de rede central que busca

novas estratégias no terreno da intercessão. Recebemos relatórios degrupos que vão aos centros financeiros do mundo para interceder. Algunsgrupos oram, freqüentemente, junto às sedes de governo de seus estadose países enquanto outros chegam a ir até o Pólo Norte puxados por trenóscom o fim de inter-ceder pelos esquimós. Muitos grupos se reúnem na WallStreet para orar pela economia americana.

Este movimento de intercessão é poderoso e empolgante! Comoqualquer movimento novo que vem de Deus precisamos de muito ensino.Estudando os últimos avivamentos de oração vejo a necessidade urgente

de proteger este tempo de visitação de erros e enganos.Visitei muitas livrarias, em muitos lugares, à busca de material e

informações práticas para escrever este livro. Muitos livros tinhamcapítulos sobre a oração, mas pouco ou quase nada sobre intercessão. Oslivros que encontrei sobre intercessão careciam de um guia prático aoleitor.

A princípio pensava em escrever um livro alertando sobre práticaserradas ou sobre profetismos desenfreados que estavam surgindo nosgrupos de intercessão. Sentada ao lado de Peter Wagner em seu escritório

em Altadena, Califórnia, fui desafiada por ele a ampliar o escopo destelivro e tratar da intercessão como um todo. Foi a partir desta troca deidéias que veio a decisão de escrever Possuindo as Portas do Inimigo naforma atual.

Quem se beneficiará da leitura deste livro? Possuindo os Portais doInimigo foi escrito de forma a abranger desde o principiante emintercessão até líderes experientes no assunto. Tenho por certo que ospastores e líderes se beneficiarão estudando as seções práticas, escritasespecialmente para eles.

Nos meus primeiros tempos de intercessora, ficava às vezes,frustrada por não encon-trar alguém com quem pudesse conversar arespeito. Nem sempre tinha certeza se minha intercessão estava atingindoo alvo ou se o tiro estava saindo pela culatra. Assim, os primeiros capítulosdeste livro foram escritos para pessoas que se sentem frustradas. Procuroabrir, nos primeiros capítulos, meu coração aos leitores que estãointeressados no chamado à intercessão. Procurei recordar as muitasperguntas que me vinham à mente quando alguns intercessores de guerraexperimentados, tiravam tempo para ouvir-me. Como não posso falar comcada um de vocês pessoalmente, escrevo a vocês como se estivéssemos

conversando ao redor de uma mesa, respondendo a vocês as muitasperguntas a respeito da oração intercessória.

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Sendo que este livro é fruto de minha experiência no assunto, vocêperceberá uma certa transição de capítulo para capítulo à medida que fuicrescendo em Deus e o assunto amadureceu. Verdade seja dita: foi umcaminho longo (e aqui vai uma declaração incompleta) tentar analisar oprocesso que o Senhor usou para levar-me de intercessora à posição de

líder de grupo de oração. Peter Wagner costuma dizer que não faz parte danatureza do intercessor analisar o que Deus está fazendo em suas vidas;eles não têm tempo para isto já que estão ocupados, intercedendo. Diaapós dia sentei-me junto à máquina de escrever, orando: Senhor, mostra-me os teus caminhos na vida de um intercessor. Mostra- me que tipos delaços o inimigo usa conta os intercessores! O que devo compartilhar comeles para que não sofram o que sofri?

Conversei com muitos intercessores pedindo a eles que explicassem,no entender deles, expressões comumente usadas, como: amarrar, soltar,

dores de parto e gemidos e o resultado está no capítulo que trato dalinguagem e das manifestações da intercessão. Como resposta, muitoschamaram-me por telefone compartilhando os erros grosseiros cometidospor certos grupos de intercessão.

No capítulo onde trato da intercessão corporativa, você encontrarámuitas percepções práticas colhidas de alguns generais que Deus levantouno comando da intercessão. Muitos grupos de intercessão são fracos eineficazes por carecerem de uma forte liderança, por isso incluí, também,algumas orientações para pastores e líderes.Muitas dessas pessoas sãofortes na intercessão e estão à frente na liderança deste movimento de

oração. Tenho um carinho todo especial pelos pastores de outros países e,espero, portanto, que esta seção contribua economizando a elessofrimento na hora de tratar com os líderes de oração sob suaresponsabilidade. Devo acrescentar que muitos líderes de grupos deoração encontrarão guias práticos para seus grupos que, certamente,trarão paz e ordem às reuniões.

Há um grande interesse em aprender sobre intercessão profética. Nocapítulo que trato deste tema, ensino sobre oração profética e ofereçoalgum material àquelas pessoas que intercessóriamente profetizam.

Um outro tema atinente entre os grupos de oração é o louvorintercessório. Muitos já sabem da grande necessidade de guerrear nasregiões celestiais com louvor e adoração. Procurei incluir exemplosrecentes bem como apresento o que dizem os grandes hinos da história daIgreja.

O capítulo que escrevi sobre como tomar posse das portas do inimigo,onde trato de batalha espiritual de alto nível, por certo, foi o mais difícil. Aoescrevê-Io tive que deixar de lado muito material que costumo usar aoensinar sobre o tema. Esta é uma área pioneira que está trazendo grandes

resultados quando se trata da evangelização mundial.

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Se Deus está falando a você e à igreja que você pertence e que étempo de intercessão, este livro lhe cairá bem. Deus o abençoe.

Cindy JacobsWeatherford, Texas

índice

CAPíTULO 1

Chamados à Intercessão

Estávamos no começo de uma nova década, e enquanto tentavaconciliar o sono, deitada num quarto de hotel na cidade de Bradenton, naFlórida, minha cabeça rodava num turbilhão de idéias. Estávamos ali, meumarido e eu, recém-chegados do Texas, para parti-ciparmos de umencontro de oração com outros líderes nacionais. O encontro se chamava:Noventa Horas de Oração Pelos Anos Noventa! Havia uma sensaçãonaquele local de que estávamos no limiar de um grande mover de Deus.Deitada, procurei descansar, enquanto matutava sobre a década queestava findando. Deus é tão bom! Havia gastado cinco anos procurandoreunir os líderes de várias nações, num trabalho que ficou conhecido como"Generais da Intercessão". Mike e eu havíamos aprendido bastante no

campo de batalha sobre derrubar as fortalezas do inimigo e agoraestávamos ali cheios de expectativa do que aconteceria naquele encontro.

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As duas da manhã acordei-me repentinamente. Senti aquela mesmasensação familiar de que havia perigo iminente! Orei em espírito: Deus, oque há de errado? Alguém está em perigo? Ali mesmo surgiu em minhamente um quadro ou uma visão de alguns amigos, Dave e Cheryl Barton.Eles estavam dirigindo uma caminhonete vindo de Dallas e seus três

filhinhos dormiam nos bancos traseiros. Em minha visão, de repente, vique a roda dianteira do carro saltou fora e o carro rodopiou na pista numterrível acidente.

Compreendi que eles estavam em perigo e que Deus queria queorasse para que os rolamentos da roda agüentassem até que chegassemao local e pudessem ser avisados. Dave estava tendo muito sucesso comseu livro: America: To Pray or Not to Pray ? (América, Orar ou Não Orar?) eera alvo dos ataques do inimigo. As horas se arrastavam à medida que euclamava a Deus para que aquela roda ficasse no lugar e que eles fossem

protegidos. Durante toda a noite tive a sensação de que uma tremendabatalha estava acontecendo nas regiões celestiais.

Cedo, de manhã, pedi na recepção do hotel que me comunicassem dachegada do casal. Finalmente o telefone tocou em meu quarto anunciandoque haviam chegado. "Está tudo bem? Não aconteceu nada com o carro?"E entre abraços e beijos disseram-me que tudo estava bem. Depois contei-lhes do que sentira durante a noite e como orei por eles. Cheryl disse terouvido um barulho estranho no carro durante a noite, mas David nadapercebeu de errado. Pedi-lhes, então que examinassem os rolamentos daroda dianteira direita. David e Cheryl sabem muito bem que não sou de

brincadeira e, antes de colocar o carro na estrada outra vez, ele e Mikelevaram o carro a uma oficina mecânica.

Ao regressarem ao hotel, ambos estavam de boca aberta, rindo até asorelhas. Num pequeno pacote nas mãos, Mike segurava o que chamou de"troféu da intercessão". Nele estavam os rolamentos quebrados da rodadianteira direita.

Quando ouvimos o que diziam ficamos maravilhados em como Deuscuidou da família Barton. O mecânico trocou primeiramente os rolamentosda roda dianteira esquerda e excla-mou: "Não sei como conseguiram dirigirsem o carro capotar" e ao examinar a roda direita espantou-se ainda mais:"Estes estão pior ainda!". Ele se admirou de terem dirigido todo aqueletempo sem que as rodas trancassem. Explicou ainda que o pivô numacondições destas deveria estar totalmente arruinado, mas ficou inteirinho.

David sorriu, dizendo-nos: "Não podíamos deixar uma oportunidadecomo esta de falar de Jesus, passasse em branco" e eu acrescentei: "Vocêsabe por que pedimos para checar os pneus?" Durante meia hora elesfalaram de Jesus ao mecânico que, surpreso, ouviu toda a história,enquanto eu agradecia a Deus por ter-me acordado de madrugada para

orar.

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 Talvez você também já teve uma experiência assim; ser acordado nomeio da noite com um peso de oração por uma necessidade urgente.Possivelmente ouviu relatos de outros intercessores e tem perguntas,como: Como saber se alguém precisa da minha oração? Como orar?Nossas orações fazem guerra contra o diabo? Podemos frustrar os planos

de destruição?

É preciso coragem e perseverança para nos tomarmos o tipo deintercessor que faz a diferença. Nem sempre é fácil. Se você quer colocarem ação aquilo que Deus lhe mostrou e se você é um guerreiro, um líderde grupo de oração, um ministro ou "simplesmente" um crente que ora,você pode reconhecer o chamamento de Deus para orar e travar umaguerra santa contra o inimigo.

Antes de aprendermos o "abc" da intercessão militante, querocompartilhar, rapida-mente, as três fases ou níveis através dos quais Deusme levou neste ministério. Com isto espero que você compreenda o queDeus quer fazer em sua vida. Para mim, foram expe-riências novas. Narealidade, quando Deus me chamou há dez anos atrás para a oração eunão tinha idéia do que viria acontecer no futuro. Tudo o que sabia era quealgo novo estava acontecendo comigo. Até então eu era uma crente"normal", professora e mãe. Sabia que tinha um chamado de Deus para aminha vida,mas não tinha idéia do que seria e como tudo se cumpriria.

Comecei, semanalmente, a acordar pela madrugada de forma regular.Acontecia sempre da mesma maneira: acordava de súbito, sentindo-me

perfeitamente descansada e perplexa. Depois de uma ou mais semanas,achei que estava sendo acordada com algum propósito. Orei a Deus arespeito. Em resposta, Deus começou a mostrar-me o começo de umaaventura servindo o Rei dos reis como intercessora. O Senhor mostrou queeu deveria aproveitar este tempo durante a madrugada para orar. Às vezesacordava-me pontualmente as três da manhã, de forma regular, por todauma semana (o despertador de Deus é incrível!) e depois despertava-meas duas da manhã por vários dias. À medida que buscava a vontade deDeus vinham-me à mente nome de pessoas e circunstâncias as maisdiversas pelas quais devia orar.

Pensava assim: "Bem, ninguém está por perto; ninguém vai pensarque estou ficando louca. A família está dormindo e o assunto aqui é entreeu e Deus." Portanto, mencionava diante de Deus os pensamentos que mevinham à mente.

Fiquei orando desta maneira por um bom tempo sem precisar contara ninguém a respeito, se o soubessem iriam pensar que eu estava louca.

Numa noite fria, senti que devia orar por um obreiro chamado Todd,um ministro que conheci de forma casual em nossa igreja. Puxei as

cobertas sobre a cabeça e sussurrei os pensamentos que vinham à minhamente a respeito dele. "Senhor, o Todd precisa ser curado; ele está só e

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amedrontado. Suplico-te, Senhor, que o confortes, que o cures e que elesaiba que não está só nesta hora." Aí acrescentei: "Deus, gostaria de saberse estas orações estão funcionando". Esta foi uma exclamação sinceradiante de Deus já que me sentia uma tola agindo assim. Olhei o relógio:eram 3 horas da manhã!

A resposta veio rápida. Na noite seguinte, na reunião de quarta-feira,antes de tomar o rumo da porta, Todd deteve-me dizendo que queriaconversar comigo. Ele me disse: "Cindy, nem todo mundo sabe, mas eutenho câncer. Ontem a noite fiquei acordado sentindo muitas dores.Sentindo-me só clamei a Deus, insistindo: "Deus, por que ninguém seimporta comigo? Naquele momento Deus me disse: Cindy está acordadaorando por você." Eram 3:10 da ma-drugada! Nem preciso dizer que fiqueiassombrada; todo aquele tempo gasto orando aquelas coisas estranhaspor gente ao redor do mundo fazia sentido. Mais tarde fiquei sabendo que

 Todd foi curado de 'sua enfermidade.Fiquei tão encorajada por aquela experiência que uma madrugada

orei com fervor, quando Deus ordenou que eu intercedesse por um senhoridoso de nossa igreja, suplicando-lhe que ele não se machucasse notrabalho. Fiquei tão chocada com a clareza da voz de Deus que fuipessoalmente à casa de Buster dizer-lhe que Deus iria protegê-lo dequalquer acidente em seu trabalho.

Na semana seguinte Buster estava trabalhando no nariz de umBoeing 767 quando, ao dar um passo em falso, perdeu o equilíbrio e caiu

de uma altura de mais de quatro metros. Com a violenta queda, bateu coma cara no chão de cimento do hangar. Ficou ali estirado no chão por algunsinstantes, mareado pela queda; depois começou a verificar o seu estadoenquanto seus colegas corriam para ajudá-lo. Para surpresa de todos, eleestava bem, sen-tindo apenas algumas dores no corpo. A proteção de Deusfoi um testemunho da proteção divina aos seus colegas de trabalho.

No domingo de manhã, Buster contou-me a forma maravilhosa comoDeus o havia guardado. Este milagre fez um tremendo bem àquelehomem. Muito mais a mim. Fui tre-mendamente tocada pelo queaconteceu. Descobri, então, que a oração intercessóriarealmente funciona!

Acordar repentinamente no meio da noite não foi a única coisa queaconteceu-me na primeira fase do meu treinamento como intercessora.Numa ocasião estava num culto de cura divina e uma criança em estadoterminal foi trazida à reunião por sua mãe. Enquanto observava o pastorimpor as mãos sobre a criança, lágrimas vieram-me aos olhos. Senti quemeu coração foi sacudido como se aquela criança fosse meu filho. Depoisde alguns minutoscoloquei a cabeça entre os joelhos e procurei, na medida do possível, ser

bem discreta. Mike tentava consolar-me. Nenhum de nós entendeu nomomento o que se passava.

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De repente, da mesma forma como começou aquele chorodesesperado, terminou. Peguei alguns lencinhos da caixa de Kleenex,sequei as lágrimas, assoei o nariz e discretamente olhei ao redor para verse alguém tinha visto aquela explosão de choro. Ninguém percebeu nadae, lá no fundo do coração, senti uma paz maravilhosa, aquela certeza

interior de que Deus fizera alguma coisa por aquela criança; e que seriacurada. Mais tarde, li que Charles Spurgeon chamava essas lágrimas de"oração líquida".

Outras experiências marcantes aconteceram, coisas novas que eunão entendia. Numa reunião de oração em nossa casa, estávamosintercedendo por um novo emprego para Mike. Ele havia sido despedido dotrabalho que tinha numa empresa de aviação e agora procurá-vamos,desesperadamente, um novo emprego para ele. Imagine você: comecei arir alto sem saber porquê. Queria parar, mas não conseguia. Fiquei dando

gargalhadas de um modo bem irreverente, de modo que todos meolhavam desconfiados. Somente algum tempo depois foi que li o texto quediz:

"Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha.Então a nossa bocase encheu de riso e a nossa língua de júbilo; então entre as nações sedizia: Grandes coisas oSenhor tem feito por eles" (SI 126.1,2).

 Tenho certeza que naquele momento, nas regiões celestiais, Mike

conseguiu o seu emprego ainda que somente dois meses depois, tomamosposse aqui na terra do que aconteceu no mundo espiritual.

Por que tudo isto estava acontecendo comigo? Parece que o Senhorme fisgou com isto. Antes de começar a dar-me experiências em oração,algumas de minhas orações eram precipitadas. Deus começou a lembrar-me que, antes de ter tais experiências eu costumava orar, dizendo: "Deus,usa-me da maneira que quiseres; farei qualquer coisa que pedires e irei aqualquer lugar, não importa onde!" Ao buscar direção na Palavra de Deus,um texto em particular saltou diante dos meus olhos: "Busquei entre elesum homem que tapasse o muro, e se colocasse na brecha perante mim afavor desta terra" (Ez 22.30). Foi então que tive a certeza de que Deus mechamava para ser uma intercessora.

Por vários anos orei apenas conforme o que o Espírito Santo meorientava. Não sabia porque orava daquele jeito, tinha, porém, o consolode que havia resultados práticos para o reino de Deus.

À medida que adquiria mais confiança de que poderia ser usada peloSenhor a tapar a brecha, as pessoas começaram a contar umas às outrassobre os milagres recebidos através da oração, como nos casos de Buster

e Todd. Comecei a receber convites das igrejas para falar sobre o assunto emergulhei na Palavra a fim de aprender como interceder por outras

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pessoas. Senti muita alegria ao ver que meu ministério crescia e quemuitas portas estavam se abrindo até que Deus me disse: "Cindy queroque você desista deste ministério e aprenda a interceder." Bem, penseique já tinha feito tal coisa, entretanto veio sobre mim uma convicçãoirresistível de que não sabia realmente como orar. Depois de lutar comigo

mesma, respondi: Sim, Senhor!

Assim, comecei a segunda fase que é a base de ensino deste livro.Deus aprofundou meu aprendizado, apresentando-me soberanamente aalguns dos seus maiores intercessores, verdadeiras lendas vivas da oração.Alguns já partiram para estar com o Senhor enquanto outros ainda estãotrabalhando no reino. Juntos, tivemos ótimos momentos de oração. Umprincípio que aprendi durante este tempo de intercessão é que o melhorprofessor é o tempo que se gasta orando e não o tempo gasto aprendendoteoria; quer dizer, meu crescimento veio ao experimentar o poder do

Espírito Santo, desejando ser parte do seu programa e não tanto peloaprendizado sistemático do assunto. É difícil um intercessor analisar o quefaz, possivelmente por dedicar-se e separar-se para fazer a vontade deDeus, tendo a oração como foco principal. Assim, observava e aprendia.

Muitos dos gigantes da oração que encontramos, são pessoas bemhumildes. Um desses é o Dr. BJ. Willhite. Ele acha que o título "intercessor"é muito intimidador, mas todos podem ser "oradores". Bob recebeu umaherança desses "oradores" em sua vida. Sua mãe era uma guerreira daoração 'e partiu para estar com o Senhor enquanto orava de joelhos. Poucotempo depois, seu tio estava ajoelhado orando e passou para a eternidade.

Isto é andar de glória em glória.

Aos dezenove anos, Bob começou a buscar o Senhor. Durante estetempo ele freqüen-tava o Glad Tidings Tabernacle de São Francisco(Tabernáculo das Boas-Novas) e podia ser visto com freqüência nas salasreservadas à oração. Não somente encontrou-se com Deus ali mas ouviadiariamente as orações agonizantes que uma pequena mulher fazia eminter-cessão' diante de Deus. Ela chorava e suplicava. Ele ficoutremendamente tocado ao ouvi-Ia interceder em lágrimas pela Índia. Bobdisse: "Eu não sabia quanta lágrima podia correr de dois olhos miudinhos",

Deus tinha um propósito em fazê-lo ouvir tais orações, pois como disse apouco, a intercessão se aprende orando. Enquanto a mulher gemia diantede Deus por uma nação que nunca havia visitado, Deus descortinou diantedele as profundezas da intercessão. Foi assim que, orando a Deus, ficoucheio do poder do Espírito Santo recebendo, no coração, um desejo deestar cada vez mais perto de Deus.

Bob Willhite conta suas experiências em seu livro Why Pray? (Por queorar?) Ele diz:

"Até aquele dia nunca ouvira alguém orando para que uma nação fosse

salva, mas ao estudar a Palavra de Deus deparei-me com o Salmo 2.8

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quando o Pai, falando com o Filho, diz: 'Pede-me e eu te darei as nações por herança, e as extremidades da terra por tua possessão' "(1)

Deus tomou um rapazinho de 19 anos e o ensinou a orar. Bob é aúnica pessoa que recebeu um doutorado de "apóstolo da oração" pela

Universidade de Oral Roberts. Hoje, ele lidera a Embaixada Nacional deOração, em Washington, que divulga as necessidades de intercessão portodos os Estados Unidos.

Um outro intercessor que influenciou-me muitíssimo é Dick Eastman.À semelhança de Bob Willhite a herança espiritual de Dick é rica emintercessão. Dick é o presidente de uma organização chamada Every Homefor Christ (Cada Casa Para Cristo). Ele tem a visão de levar a mensagem doevangelho a cada lar em todo o mundo. Esta organização já recebeu numsó mês 160 mil cartões de decisões enviados de toda a parte do mundo.Dick lidera também o movimento Change the World Ministries (Mude oMinistério Mundial) que é um braço evan-gélico do CCPC. Creio que estaunião de oração e evangelização é o elemento chave da estra-tégia deDeus para alcançar todo o mundo!

Nesses dias, entrevistei Dick e sua esposa Dee e fui logoperguntando: "Dick qual ocasião em sua vida que o teria influenciado aochamado da oração?". Seu rosto abriu-se num sorriso quando respondeu:"Quando era criança nunca precisei de um despertador, pois cedo demanhã acordava ouvindo minha mãe orar em voz alta". A mãe de Dick,Lorraine, orava incessantemente por seu filho e, também, gastava muito

tempo intercedendo pelas nações. Deus respondeu suas orações,cumprindo-as literalmente na vida de seu filho.

É de admirar, no entanto, que seu filho não foi lá um bom exemplo na juventude; era rebelde, como ele mesmo relata em seu livro Love On ItsKnees (Amando de Joelhos):

Eu era um jovem rebelde e aos catorze anos de idade já me envolvia emroubos e assaltos. Minha mãe posicionou-se contra as trevas que me envolviam,orando para que a luz de Jesus Cristo entrasse em meu coração.

Lembro-me que foi um dia especial quando as orações de mamãealcançaram-me. Mike, meu companheiro de crimes, estava me telefonando,pedindo que eu fosse até a piscina comunitária. Já tínhamos montado um planoque utilizávamos nas piscinas públicas: sabíamos onde os freqüentadoresdeixavam suas toalhas, sacolas, bolsas e carteiras. Quando as pessoas entravamna piscina para nadar, passávamos de forma casual, escolhíamos uma toalhaestendida no chão, uma bolsa ou a carteira, jogando nosso toalhão por cima dosobjetos. Fingíamos durante alguns minutos que estávamos brincando com umabola de vôlei, pegávamos nosso toalhão e tudo que estava debaixo dele e, namaior cara de pau, nos retirávamos do local.

Era um domingo quando Mike me telefonou, mas não sei como, algo veio

sobre mim e eu respondi que não iria com ele. Cheguei até a dizer-lhe que não

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voltaria a roubar mais. Não consegui explicar para ele o porquê, tudo o que pudedizer era que estava mudando de vida.

Mike decidiu ir sozinho naquele dia. Ele não sabia, contudo, que um homemsentado num lugar alto, próximo da piscina, observava seus movimentoschamando a polícia. Mike foi preso e levado à penitenciária. Aquela noite, já queera domingo, fui ao culto da igreja. Deus estava começando a responder asorações de minha mãe.!2

Lorraine Eastman orou ainda com mais vigor quando Dick foi para auniversidade. Enquanto ela orava fervorosamente, Deus começou a falarao coração de Dick num lugar um tanto estranho: dentro do guarda-roupade seu dormitório. Aquele enorme guarda-roupa serviu de plataforma delançamento de um ministério de intercessão mundial.

Você encontrará estes e outros guerreiros de oração quando lhescontar os surpre-endentes relatos do que Deus fez através deles. Conhecê-los tem sido uma experiência inestimável. Eu os escutei, observei seusmétodos, e ficava perplexa com as respostas dadas às suas orações.Ouviam, pacientemente, as perguntas que eu fazia: "Por que você oroudaquele jeito? Isto funciona sempre da mesma maneira? Como posso saberpor quanto tempo tenho que orar?" Este livro é, essencialmente, umacompilação das riquezas tiradas das profundezas da oração de algunsdesses gigantes de Deus! Sei que eles têm interesse em passar aos novosguerreiros de oração, as lições que nos ensinaram na escola daintercessão. Essas são lições que devem ser aplicadas de forma contínua afim de mantermos a intercessão no lugar que Deus quer que esteja. Para

que a guerra seja eficientemente ganha, a espada tem que ser afiadaconstantemente em Deus, em sua Palavra.

Outro aspecto de meu treinamento durante a segunda fase foi ler oslivros escritos por E.M.Bounds e Andrew Murray. Deus também falou muitocomigo através do livro, Rees Howells, Intercessor, escrito por NormanGrubb. Fui tão tocada pela vida deste galês do início do século que lia umcapítulo, chorava muito, e tinha que esperar uma ou mais semanas antesde voltar a ler de novo. O livro despertou em mim um desejo forte deaprofundar-me neste ministério. "Como resultado de um encontro

poderoso com Deus, ele foi escolhido, treinado e equipado pelo EspíritoSanto durante os dias do grande avivamento do país de Gales." 3 

Deus começou a levantar pessoas como Rees Howels durante aquelegrande avivamento, pessoas que se tornaram intercessores e mestres,gente que assumiu a responsabilidade de cuidar de recém-nascidos,orando e guiando-os na fé. Aqueles

 jovens intercessores descobriram, bem cedo, como o inimigo de nossasalmas é poderoso, conforme Rees Howels disse mais tarde: "A intercessãodo Espírito Santo a favor dos santos que vivem neste mundo mau só pode

ser realizada por crentes cheios do Espírito Santo".

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Mas Deus queria mostrar muito mais a respeito da intercessão e é

isto que apresento no terceiro passo: o surgimento dos Generais daIntercessão. Foi neste tempo que aprendi a respeito dos portões do inimigoe em como tomar posse deles, o que você verá no decorrer da leituradeste livro.

1. B .J.Willhite, Why Pray? (Lake Mary, Fla. Creation House, 1988) pg. 34

2. Dick Eastman, Love On Its Knees (Tarrytown, N. Y, ChosenBooks, 1989)pgs18-19

3. Norman Grubb, Rees Howells, Intercessor, terceira edição (Fort Worth, Pa.Christian Literature Crusade, 1983) pg. 33 - Também em Português, EditoraBetânia, B.H.

4

. Grubb, ibid

índice

CAPíTULO 2

Generais da Intercessão

A terceira fase de meu treinamento no ministério da intercessãocomeçou num dia tranqüilo de 1985. Mike estava em casa consertandoalguma coisa, quando fui tomada de umforte desejo de ficar a sós com Deus. Ele concordou que ficaria de olho nascrianças e voltou ao seu trabalho, cantando, como sempre.

A sós no meu cantinho de oração (o nosso quarto de dormir) ajoelhei-me ao lado da cama. Eu estava orando e jejuando já no terceiro dia,profundamente preocupada com o estado de nossa nação. As coisascomeçaram a se avolumar dentro de mim.

Ajoelhada diante de Deus, uma pergunta me veio à mente: "Pai, jáque Satanás não é onipresente, nem onisciente, como é que consegue ser

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tão eficaz em sua guerra sobre as nações?" Calma e suavemente, uma vozfalou dentro de mim. Não era audível mas Deus estava se dando aconhecer a mim. Talvez você já experimentou algo assim. Você, repentina-mente, sabe o que Ele está falando e aquilo fica lá no fundo de seucoração. O Senhor falou uma palavra comigo: estratégia. Ficou bem claro

que o inimigo tem uma estratégia para cada nação e ministério. Conclui,que o seu exército jamais descansa depois das batalhas.

Você já observou que sempre que vamos a Deus com um problema,ele freqüente-mente pede que sejamos parte da solução? Deus estava metreinando por sete anos, primeiro, ali escondida no meu cantinho deoração e depois pondo-me em contato com pessoas pode-rosas em Deus.Na ocasião eu não tinha idéia de como o treinamento era intenso. Olhandoretrospectivamente posso perceber que as experiências do campo debatalha tiveram como propósito ensinar-me o princípio de se ter o coração

puro, tema que discutiremos no próximo capítulo. Agora, um ministérionovo e expressivo teria lugar: líder de grupo de oração.

Ao responder minhas inquietações sobre as investidas de Satanás, oSenhor inculcou em mim o desejo de reunir os seus generais ou líderes deintercessão num só lugar. Ele queria que eu saísse do cantinho ondeestava sendo treinada. Ajoelhada ali o Senhor me deu uma estratégia:reunir num só lugar os vários ministérios que lutam num campo de guerracomum, o de orar pelas nações do mundo e pelos Estados Unidos, a nossanação.

São os generais que em época de guerra traçam os planos dabatalha. O Senhor queria que nos reuníssemos para ouvir os seus planosestratégicos, revelado a diferentes ministérios, aprendendo como colocá-Ios em ação. Durante este tempo, pude ver que o corpo de Cristo oravamaiormente a favor de seus próprios ministérios e propósitos, com poucosresultados em todo o país. Deus queria que seu exército de intercessoresorasse em unidade de propósito. Ele, então, forneceu-me cinco pontoschaves:

1. Nenhum ministério possui toda a revelação necessária paraestabelecer uma estratégia que atinja toda a nação.

2. Seria necessário que todo o Corpo de Cristo se reunisse paraque os planos fossem revelados.

3. Quando todos os ministros se encontrassem, cada umcontribuindo com a sua parte no plano estratégico geral, Deusrevelaria seus planos a todos, sem discriminação.

4. As reuniões serviriam para derrubar as barreiras existentesentre os ministérios, e teríamos uma frente unida paraguerrear.

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5. Os generais seriam pessoas já ocupadas com um ministérioreconhecido e atuariam como coordenadores dos grupos deoração.

As diretrizes básicas para o encontro seriam as seguintes:

1.Deveríamos orar pelos pecados da nação desde o seu nascedouro,pecados de escravatura, pecados cometidos conta o índios nativosda terra, nossas brigas e divisões durante a guerra civil, oaprisionamento de japoneses durante a segunda guerra mundial eoutros pecados semelhantes.

2.Deveríamos usar o texto de João 20.23 como um referencial: "Se dealguns perdo-ardes os pecados, são-lhes perdoados; se lhosretiverdes, são retidos". Tínhamos que tratar com alguns dospecados que afetam nossa nação: o preconceito racial, o

materialismo, a luxúria de Mamom, crimes e idolatria.3.Depois de nos arrependermos destes pecados, Deus nos mostraria

quais os principados do reino de Satanás que precisavam serderrubados e quais deles continuariam a governar..ainda quealeijados. Procedendo assim, romperíamos as fortalezas deSatanás.

4. O texto de Jeremias 1.10 deveria nos servir de modelo: "Olha quehoje te constituo sobre as nações, e sobre os reinos, paraarrancares e derribares, para destruíres e arruinares, e tambémpara edificares e para plantares". Não somente derrubaremos, masedificaremos e plantaremos. O passo seguinte seria o de orar para

que os Estados Unidos voltasse à sua herança cristã. O plantar,entendemos, seria "o coração dos filhos voltando aos seus pais".5. Deus adaptaria e usaria este modelo para as mais diversas nações,

onde quer que fossemos.

O Senhor nos comissionou desta forma durante aquele tempo deoração e jejum em setembro de 1985. Logo que saí do cantinho de oração,encontrei meu esposo Mike. Fui logo pedindo: "você pode dar umamãozinha para reunirmos os generais?" Ele me olhou por um instante,respirou fundo e disse: "Sim, querida, vou te ajudar". Depois de 11 anos devida conjugal ele não ficava surpreso com o que eu dizia, especialmente

depois de um tempo de oração.

Deixe-me acrescentar uma coisa: como mulher envolvida noministério sou suspeita ao elogiar o meu marido. Ele é um homem bom epiedoso. Sempre apoiando-me no ministério, além de ser o meuconselheiro e melhor amigo. Sei que jamais conseguiria chegar onde estou,ministerialmente, se Mike não me desse cobertura em oração,encorajando-me a não desistir, rindo ao meu lado e, quando ficavadesanimada, Mike estava ao meu lado enxugando-me as lágrimas. Deustem me dado a visão da obra, mas toda realização vem pela fé do meu

esposo, uma fé firme, que eu chamo de "Rocha de Gibraltar da Fé".

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No dia seguinte, depois de receber esta missão do Senhor, falei commuita gente buscando conselhos práticos. Uma guerreira de oração,Margaret Moberly foi-me de grande ajuda. Ela conversou com nosso pastore com outras pessoas que poderiam nos ajudar. Juntas oramos, buscando adireção de Deus. Durante este tempo de oração, a visão aumentou.

Deveríamos começar em Dallas, depois Tulsa, Los Angeles, Washington,Canadá, Inglaterra e Austrália, conectando cada local numa rede deoração.

Há um lado interessante em ser um visionário. Quando se recebe avisão, ficamos empolgados, temos muita fé e somos impregnados dealegria. Depois quando temos trabalho duro pela frente, cansamos, e dáaquela vontade louca de voltar atrás, desistindo da visão. Nesta hora odiabo zomba da gente, sussurrando: "É verdade que Deus disse?" Esta éuma batalha que tem que ser venci da através da oração e jejum. Por

exemplo, temos que orar para que as portas se abram, que haja auditóriossuficientemente grandes e que as pessoas não desanimem quando sereunirem com suas diferenças doutrinárias.

A primeira reunião dos Generais da Intercessão foi realizada sob osauspícios de Bob Willhite na Church on the Rock (Igreja da Rocha), emRockwall, no Texas. Isto foi em novembro de 1985. Sentados, aquelaprimeira noite numa sala de aula da escola da igreja, sentíamos o peso dodestino. Sentimos outras coisas também. Ali estávamos, homens emulheres, cheios de diferenças doutrinárias, vindos das mais diversasdenominações, alguns se perguntando como seria possível orarmos em

unidade diante do Senhor.

À medida que as pessoas ao redor da sala diziam o seu nome, cidadee que ministério representava sentíamos uma atmosfera divinaconfirmando-nos que Deus se agradava com aquele tipo de encontro. Foientão que um cavalheiro, Bob Henning abriu o seu coração paracompartilhar conosco as coisas de Deus. Com voz calma e profunda disse-nos: "Deus nos chamou com um elevado propósito acima de nossasdiferenças doutrinárias. Há algo mais sublime no ar do que a doutrina daunidade neste encontro. Precisamos concorrer uns com os outros ao lado

da cruz de Jesus Cristo. Todos aqui concordam que nossa nação precisa deoração e que Jesus quer ser o Senhor sobre a nação americana." Taldeclaração era Deus falando conosco. Era como se cada um de nós desseum suspiro profundo provocando a queda dos muros que nos cercavam.

 Toda a tensão nervosa veio por terra e a presença de Deus encheu aquelasala. Jesus Cristo é, de fato, o restaurador e Senhor sobre as brechas,trans-formando a divisão entre os líderes em um muro de unidade.

Depois deste primeiro encontro visitamos todos os ministérios nagrande área da cidade de Dallas e a cada encontro sentíamos que os laçosficavam mais fortes e a unidade entre nós aumentava. Os encontrostinham esta característica: orávamos cerca de meia hora e depois Deususava cada ministério abrindo-nos o mapa, desvendando-nos as

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estratégias de Deus. Era lindo presenciar aquilo, sentindo a unção quevinha sobre todos nós.

Deus usou aquelas reuniões para desvendar a estratégia que Eletinha para a América e a cura para as nações. O espírito de unidade entre

os obreiros agradou a Deus e, depois que orávamos, sentíamos que Suapresença descia sobre cada um de nós.

Depois de Dallas, os generais se espalharam por toda a América e poroutras nações. A cada encontro orávamos por uma necessidade particular,percebendo que o próprio coração de Deus abria-se entre nós. Outrasvezes, sentíamos que Deus queria curar as feridas ministeriais ou algumaoutra ferida de nossa nação.

Em nosso primeiro encontro em Pasadena, Califórnia, tivemos umexemplo do que afirmei acima. Enquanto Dick Eastman concluía sua

mensagem, Deus lembrou-me de uma palavra que eu havia recebido aoorar antes daquela reunião. Deus me fez entender que o pecado cometidopelos americanos, contra os japoneses durante a segunda guerra mundial,tinha que ser perdoado, única maneira do evangelho atingir também os

 japoneses. Ao compartilhar esta necessidade de perdão, um pastor dacidade de Torrance, falou: "Eis a razão porque não consigo alcançar osdescendentes de japoneses em nossa cidade. Posso orar a respeito?" Elecaiu prostrado em terra clamando a Deus, suplicando o perdão à naçãoamericana pela quantidade de casas destruídas, pelas bombas jogadascontra aquele povo e por ferir os próprios cidadãos americanos. Não

sabíamos o que estava acontecendo na esfera espiritual, mas todossentimos que Deus iria operar de forma sobrenatural entre aquele povo.

Alguns meses mais tarde, enquanto lia o meu jornal de oração,entenda-se o jornal diário, meu olhos caíram sobre um artigo escrito em 21de abril de 1988 cujo título dizia: "Senado vota lei de ajuda aosamericanos-japoneses". O artigo dizia que o Senado decidira votar umaverba de 20 mil dólares livre de impostos, a cada um dos milhares de

 japoneses e americanos que foram forçados a abandonar seus lares, genteque foi enviada aos campos de concentração durante a segunda guerramundial. Até que ponto nossas orações influíram naquela decisão dosenado? Sem dúvida, outras pessoas oravam sobre o assunto também,mas creio honestamente que as orações tão fervorosas e sinceras levadasà presença de Deus naquele dia em Pasadena, influenciou diretamente navotação do senado americano.

Quero deixar bem claro, que não somos arrogantes a ponto de pensarque somos os únicos que estamos orando. Somos apenas parte daestratégia de Deus. A Palavra de Deus diz que Ele procura alguém que secoloque na brecha. Creio que quanto mais nós, os intercessores, usarmosesses momentos de unção para orar por coisas específicas, veremos os

 jugos sendo quebrados, nas pessoas e nas nações.

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Era necessário, contudo, conseguir novos lugares para a reunião dosGenerais da Inter-cessão, às vezes, sem ter nenhum contato na cidadeescolhida, viajava até lá esperando que Deus nos abrisse uma portaministerial. Mesmo sem conhecer alguém na cidade, obedecia a Deus quenos dizia: vá! Deus sempre foi fiel, nunca falhou! O Senhor nos abençoou

levantando grupos que nos apoiavam em oração até que as portas seabrissem.

Um dos impedimentos para que não nos recebessem era o fato demuitos líderes andarem "queimados", ou precavidos contra a atitude decertos intercessores e suas inter-cessões! Houve tanto abuso nesta áreaque os pastores nem queriam saber do assunto. Sempre que meencontrava com eles, o que me contavam eram coisas do arco da velha,cometidas por gente desequilibrada, conseqüentemente, deixando-osreceosos de tudo o que diz respeito a oração intercessória. Estavam

cientes de que careciam deste tipo de intercessão, mas olhavam comsuspeita as pessoas que se apresentavam com ministério de intercessão.Em muitos casos tivemos que reeducá-los quanto à forma de pensar sobrea oração intercessória.

Devido a natureza dos Generais da Intercessão, tomamo-nos umaespécie de rede referencial de operação daquelas pessoas que tinhamproblemas e necessidades. Aprendemos substancialmente sobre oassunto, resolvendo os casos de erros e enganos sofrido pelas pessoas.Deparamo-nos com muita coisa que era fruto da mais pura ignorância,assim, as pessoas logo que eram ministradas, mudavam completamente

de atitude. Algumas pessoas não queriam mudar, preferindo manter-secomo "guerreiro autônomo", uma espécie de "free lancer", pessoa que agesozinha! Foi-nos difícil enfrentar este tipo de atitude o que nos deixavaprofundamente tristes.

Viajando de cidade em cidade, entendemos que este tema precisavaser abordado com o equilíbrio próprio da Palavra de Deus; não podíamos

 jogar a criança fora com a água. Tínhamos que retomar à Palavra de Deusestudando a questão da intercessão, um tema que está tão ligado aocoração de Deus.

Senti desejo de escrever a partir das reuniões com os Generais, poismuitos deles tinham perguntas intrigantes a respeito da intercessão e,ainda que muitos livros sobre o assunto da oração foram publicados, livrosque tratam exclusivamente da intercessão são muito raros no meioeditorial.

Agora, contudo, vivemos um tempo crítico na história do mundo.Creio que um grande avivamento está por chegar e que Deus estáinteressado em levantar intercessores por toda a terra. Isaías 56.7 diz:"porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os po-vos".

Creio que muita gente irá nascer no reino de Deus e ouviremos um

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chamamento do coração de Deus, perguntando: "Onde estão as pessoasque serão 'casas' de oração para todos os povos"?

Se não atendermos ao chamamento que nos é feito nesta hora, senão formos treinados e equipados como intercessores, descobriremos que

muitas criancinhas na fé, não chegarão à maturidade, a menos que noscoloquemos na brecha em favor delas. Fracassaremos em nossa tentativade ajudar a cumprir os planos de Deus para as nações; Deus quer quenação após nação conheça a luz gloriosa do evangelho. Espero que Deusnão diga de nós: "Busquei um homem .... que se colocasse na brecha.:mas a ninguém achei" (Ez 22.30). Estejamos, pois, treinados para abatalha!

índice

CAPÍTULO 3

Coração Puro

"Antes do Senhor tomar um vaso escolhido dando-lhe esta vidaintensa de intercessão, primeiramente ele tem que tratar no mais

 profundo do homem com tudo o que é natural"1 (Rees Howells).

Eu era ainda uma garotinha quando meu pai, um pregador, disse algoque ficou gravado em mim até hoje: "Querida, tenha sempre em menteque o Espírito Santo é um cavalheiro,ele não se intromete sem ser convidado, fica à espera de que lhe demos asboas vindas". Esta é uma verdade bem simples que precisa ser entendida

por toda pessoa que quer ser um intercessor. Afinal, um intercessor éalguém a quem Deus confidencia seus segredos que precisam ser cobertos

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pela oração. Quanto mais puro o coração, mas Ele se sente à vontade emnós, e quanto mais Ele compartilha Sua vontade conosco, mais produtivase tomamnossas orações.

A Palavra de Deus diz que há coisas em nossos corações que sãoperversas, tremen-damente iníquas e Deus nos forçará a largarmos talestilo de vida. Precisamos, por isso, abrir as portas pela fé, dizendo: "Vem,Senhor. Cria em mim um coração puro". Quando abrimos as portas deacesso aos compartimentos escuros de nossos corações, o Espírito Santo,o cavalheiro divino, entra, e como Rees Howells tão sabiamente disse,"trata profundamentecom tudo o que é natural."

Davi orou: "Cria em mim, Ó Deus, um coração puro" (SI 51.10). Oprimeiro passo quando oramos como Davi é ter consciência real de queprecisamos orar assim. Certa ocasião, enquanto orava, senti de Deus queEle me pedia uma entrega total. Percebi que Ele queria tocar em áreas deminha vida que O impediam de usar-me em intercessão. Somente depoisde um tempo de meditação foi que respondi: "Sim, Senhor. Vem e tratacom tudo o que impede que Tua obra seja completa em minha vida. Tomao controle de tudo em mim".

Rees Howells, o intercessor, ao falar do tratamento do Espírito Santoem sua vida, explicou a agonia que enfrentou nesta área. Deus lhe pediratudo de si mesmo, para que recebesse tudo o que o Espírito Santo tem.

"Não era com o pecado que Deus estava tratando; era com o eu; aquele egoque vem desde a queda. Ele colocou seu dedo em cada parte do meu eu, assim,teria que decidir de cabeça fria pois ele nunca me purificava de uma coisa sem omeu consentimento. Quando eu concordava, começava a purificação"2

Quando o fim de semana chegou, Rees Howells experimentou umtremendo trans-bordamento do Espírito Santo. O Senhor arrancou as raízesde amargura e deu-lhe, ao mesmo tempo, um coração puro. Para algumaspessoas como Howells, a purificação acontece depois de um tempo deespera diante do Senhor, para outras, entretanto, o Espírito Santo limpa o

coração da pessoa instantaneamente. Preocupo-me, às vezes, porquevalorizamos muito pouco esta experiência com o Espírito, não a levamos asério. Deus quer nos dar um coração puro.

O segundo passo, é deixar o próprio Deus criar em nós um coraçãopuro, tratando com tudo o que precisa ser ajustado.

Depois de pedir a Deus que me enchesse do seu Espírito Santo, supusque o meu coração iníquo fosse totalmente transformado e que agoraestava sob controle divino. Pensei que seria fácil viver sob o controle doEspírito Santo; que seria instantaneamente transfor-mada, com um

coração e atitudes como o de Jesus. Enganei-me feio! Daquele dia emdiante parece que tudo o que fiz de errado brilhava diante dos meus olhos.

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Além disso, ao invés de tomar-me como Cristo, percebi que meucomportamento piorara. A única diferença agora, é que pecava e noinstante seguinte caía de joelhos convencida pelo Espírito Santo de quehavia pecado. Meu coração tomou-se, gradualmente, mais flexível e temodiante de Deus.

 Tive que tratar seriamente com o orgulho em minha vida. É

interessante notar que antes de minha entrega ao Senhor, o orgulho nãoconstava da lista de pecados que me asse-diava. Eu havia esquecido estepecado nas profundezas de meu ser interior. Precisava saber, portanto,que nenhum bem de valor havia em mim. Minha justiça era como trapo deimun-dícia. Nesta época de entrega total, a história da vida de José foi-memui preciosa. O que tem a ver a vida de José com a de um intercessor?

 José foi usado por Deus para intervir divina-mente na vida de uma nação.Como tal, José é um tipo de intercessor e Deus, certamente, tratou com as

atitudes erradas em seu coração.A história de José começa em Gênesis 37. Logo no versículo 2 vemos

um José, adolescente e jovem, cheio de orgulho:

"Esta é a história de Jacó. Tendo José dezessete anos, apascentava osrebanhos com seus irmãos; sendo ainda jovem, acompanhava os filhos deBila e os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e trazia más notícias deles aseu pai".

Ele era um pavão orgulhoso que Deus queria usar para mudar o curso

da nação, mas Deus tinha, primeiramente, que tratar com alguns defeitosde caráter. Como intercessores jovens, José e eu estávamos apostandocorrida com o orgulho. Quando Deus me mostrava alguma coisa sobrealguém, corria até ele e dizia: "Enquanto orava, Deus me mostrou quevocê está cheio de amargura". Por não esperar que Deus mostrasse oproblema àquela pessoa, eu permitia que muitas pessoas ficassemprofundamente tristes comigo. Na ocasião, no entanto, eu achava que talpessoa era rebelde e que recusava-se a olhar os problemas em sua vida.

 José vestia aquelas roupas coloridas (símbolo da unção) e tagarelaexibia sua posição. Este é um problema sério que enfrentamos, hoje, já

que Deus está derramando um espírito de intercessão, e muitas pessoaspensam que, por serem intercessoras, são uma raça especial.

Ao confiar-nos o ministério da oração, Deus primeiramente limpa osnossos corações para que os relatórios que damos-lhe em oração nãosejam sujos (corrompidos) ou tenden-ciosos. Ele quer ensinar-nos a orarconforme a Sua vontade e não a nossa. Tendo em vista o coração do Pai, oSenhor nos desveste daquela nossa roupagem de "unção pessoal",interesses próprios, raízes de amargura, rejeições, doutrinas e opiniõespreconceituosas.

Como vimos anteriormente, pelo menos numa ocasião, José deu umpéssimo relatório sobre o comportamento de seus irmãos. Agora, ao virem

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seu irmão menor vestido com as roupas que Jacó mais gostava, eles não osuportaram e "despiram-no da túnica, a túnica talar de mangas compridasque trazia" (Gn 37.23).

Este próximo versículo é muito interessante por causa de seu simbolismo:

" ... olharam e viram que uma caravana de ismaelitas vinha de Gileade;seus camelos traziam arômatas, bálsamo e mirra, que levavam para oEgito" (Gn 37.25).

Os perfumes que traziam eram usados nos dias de José para ossepultamentos. Deus usaria os eventos nos anos seguintes da vida de Josépara fazer morrer o orgulho e as ambições pessoais que impediam aquele

 jovem ungido de cumprir o alto chamamento que tinha para sua vida. Háum princípio muitas vezes doloroso para os jovens e zelosos inter-cessores:Deus não tem pressa! Ele toma o tempo que precisar para construir emnós o seu caráter. Paciente e metodicamente ele purificará os nossoscorações iníquos, a fim de permitir que oremos sobre os assuntos da terra,conforme Sua vontade. Muitos de nós queremos respostas rápidas, masDeus gosta de nos cozinhar em banho-maria. Seu objetivo é amaciar oscorações para o sacrifício vivo. O problema com o sacrifício vivo é que elequer pular fora do altar. Senta-se ali por um tempo e começa a fungar edepois de algum tempo descobre que para ser transformado à imagem deCristo, ele tem que sofrer. É aqui que muitos acham que o preço a ser pagoé muito alto!

Não era apenas o orgulho que Deus queria tirar da vida de José; ele

tinha reservado mais transformações para a vida dele. Deus deu a Joségraça e por algum tempo tudo ia bem com ele, culminando com a posiçãode mordomo da casa de Potifar, até que Deus tocou em outra área de suavida: suas qualidades e habilidades físicas. "José era formoso de porte e deaparência"(Gn 39.6).

É fácil cair quando começamos a ter muito sucesso: achar que Deusnos colocou acima dos demais por causa de nossa Capacidade de orar commaior autoridade ou porque o ouvi-mos com mais clareza. Pensar que Deusnos fez mais habilidosos na oração do que os "peões" da oração é umgrande laço.

Ainda que tenha resistido à tentação da mulher de Potifar, Joséprecisava superar o problema do orgulho. Nossas palavras, muitas vezes,mostram a atitude de nossos corações. Veja as várias vezes em queaparece o pronome pessoal e perceba quem está no topo da lista decrédito de sua posição como mordomo da casa de Potifar:

"Ele, porém, recusou, e disse à mulher do seu Senhor: Tem-me por mordomo o meu senhor, e não sabe do que há em casa, pois tudo o quetem me passou ele às minhas mãos. Ele não é maior do que eu nesta casa,

e nenhuma cousa me vedou, senão a ti, porque és sua mulher; como, pois,cometeria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?" (Gn 39.8,9).

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Note que a última coisa que disse, foi: " ... e pecaria contra Deus?"Certa ocasião com-partilhei uma resposta de oração; uma dessasexperiências fabulosas de oração respondida. Mais tarde, naquela mesmanoite, quando fui orar, senti que o Espírito Santo se entristecera. O quequero dizer é que fiquei triste sem saber a razão de tanta tristeza.

Enquanto orava, o Senhor me deixou bem. claro que eu haviacompartilhado uma resposta de oração como se eu tivesse feito tudoaquilo, como se Deus fosse uma parte insignificante da resposta. Ao refletirsobre o assunto, percebi como falei fora de hora e que não compartilharacorretamente. Arrependi-me e novamente senti que estava purificadadiante do Pai celestial.

Uma coisa boa a respeito de Deus é que se você é reprovado numteste, Ele logo arruma outro. Foi assim com José e Deus logo encontrouuma solução: mais um tempo na cadeia!

O tempo foi passando e Deus achou que era hora dos examessemestrais. Deus deu sonhos a dois servos de Faraó que estavam na prisãocom José, e este, confiando que Deus lhe daria o significado dos sonhos,pediu-lhe a interpretação.

De fato, Deus deu a José o sentido dos sonhos e este viu aí uma boachance de sair da prisão. Esta declaração dá o testemunho exato do queele pensava: "Porém lembra-te de mim, quando tudo te correr bem; erogo-te que sejas bondoso para comigo, e faças menção de mim a Faraó, eme faças sair desta casa" (Gn 40.14).

 José perdeu uma boa oportunidade de falar sobre o Deus de Israel euma vez mais não deu glória a Deus, por isso, veio a sentença: mais doisanos de prova de fogo! Depois daqueles dois anos Deus deu a Faraó umsonho e o copeiro-chefe, vendo que ninguém interpretava o sonho,lembrou-se de José na prisão. Vejamos, agora, a resposta que José teve naponta da língua: "Respondeu-lhe José: não está isso em mim; mas Deusdará resposta favorável a Faraó" (Gn 41.16).

Veio o dia da formatura de José: A glória já não era mais dele, e sim,de Deus! Deus, então, tocou o coração de Faraó que colocou José como o

segundo em autoridade em todo o Egito. Quando permitimos Deuspurificar-nos o coração de todas essas coisas, Ele, por certo, compartilharáconosco os segredos que o rei fala em sua câmara de dormir, e confiar-nos-á a tarefa de interceder por toda a nação. Durante este tempo, Deusnos levará ao terceiro passo desta caminhada. Um coração limpo, nesteterceiro passo, implica em que Ele não somente purificará os nossoscorações do pecado, mas também haverá de curar as feridas da alma."Cuidem para que ninguém se exclua da graça de Deus, nem alguma raiz de amargura brote e cause perturbação, conta- minando a muitos" (Hb12.115 NVI).

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Não conheço uma pessoa que tenha atravessado a jornada da vidaincólume, sem feridas na alma. Algumas vezes, tomamos apenas umaducha no Calvário, sem permitir que Deus corte, no profundo de nossoscorações, purificando as feridas com seu sangue remidor. Não nos damosconta da extensão da ferida de nossos corações, até que nos encontremos

em situações difíceis. Numa hora dessas, nossas palavras e ações, revelama profunda amargura que está dentro de nós. Se não permitirmos que oEspírito Santo jorre sua luz sobre aqueles pecados que não foram tratados,nossas orações ficarão manchadas pelos ferimentos de nossa alma.

Aprendi esta lição em casa quando Deus, certa ocasião, contou-meum de seus segre-dos. Um pastor, a quem chamarei de Greg, passava porprofundas tribulações, e ele corria o risco de sofrer um ataque cardíaco senão endireitasse suas veredas. Deus falou-me este segredo por duasrazões: Deus queria que o pastor fizesse alguns ajustes em sua vida

deixan-do-o fora do perigo de ter um ataque cardíaco, e queria tambémexpor as amarguras que eu tinha em meu coração contra aquele pastor.

A coisa era séria: alguns anos atrás, aquele pastor causara profundosferimentos em mim. De minha parte, achava que eu o havia perdoado eque tudo estava terminado, mas fui traída pelo pensamento que me veio àmente, logo depois daquela revelação: "Bem, ele agora aprenderá a nãoferir as pessoas e a não ser tão arrogante!" Imaginei um quadro assim:Greg, vítima de um ataque do coração, deitado num leito de hospital.Imaginei-me chegando,impondo as mãos sobre ele na expectativa de queo milagre acontecesse e ele sendo totalmente restabelecido do ataque

cardíaco. Felizmente, o Senhor me sacudiu desses pensamentos frenéticose repreendeu-me. Deus não queria que aquele pastor sofresse um ataquedo coração e eu deveria orar para que a situação fosse revertida,permitindo, assim, que Deus tratasse com ele secretamente. Foi então,que vi como o meu coração estava cheio de iniqüidade. Os ferimentos daalma me trouxeram à tona, a raiz de amargura. Pude perceber, então, queDeus queria curar aquelas mágoas e tratar com os meus pecados. Depoisdisto, foi fácil perdoá-lo pelas mágoas; pude, então, clamar a Deus pormisericórdia na vida dele para que Greg pudesse endireitar os seuscaminhos. Até o momento em que escrevo este livro, ele está sendo usado

por Deus e nunca teve o ataque cardíaco.

Muitos intercessores oram, erroneamente, por não conhecerem seuspróprios corações. Fazem orações que procedem de um coração ferido enão oram conforme deseja o Pai celestial. Este tipo de oração,freqüentemente acontece com pessoas que foram feridas por genteautoritária, ou acontece com pessoas que sentiram-se rejeitadas porlíderes, cuja opinião eram-lhes muito importante.

Nosso dever, como intercessores, é o de cobrir as pessoas e situaçõesem oração deixando nas mãos de Deus a tarefa de convencê-Ias e curá-Ias. Há ocasiões, é claro, que temos que confrontar as pessoas, massomente depois de chorar e suplicar a solução do problema diante de Deus

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em oração. São muitas as pessoas que endireitaram seus caminhos emuitas situações foram revertidas porque as pessoas aprenderam a orar.Afinal, a maturidade nos ensina a guerrear as batalhas no cantinho daoração. Quando oramos, Deus faz o impossível em situações que sãoverdadeiros "becos sem saída".

Em Gênesis, temos um exemplo de intercessão quando um poderosohomem de Deus, Noé, caiu embriagado pelo vinho:

"Sendo Noé lavrador, passou a plantar uma vinha. Bebendo do vinho,embriagou-se, e se pôs nu dentro de sua tenda. Cão, pai de Canaã, vendoa nudez do  pai,fê-lo saber fora, a seus dois irmãos. Então Sem e Jafétomaram uma capa, puseram-na sobre os próprios ombros de ambos e,andando de costas, rostos desviados, cobriram a nudez do pai, sem que avissem" (Gn 9.20-23).

A atitude daqueles dois filhos, deve ser também a nossa em oração:usarmos a inter-cessão como uma capa para cobrir a nudez do próximo.Com o coração puro, podemos discernir a motivação que nos leva a orar.

Quero ser como o salmista que clamava:

"Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento equando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos. Ainda a

 palavra me não chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda" (SI139.1,2,4).

Como intercessores, oramos: "Senhor envolve-me totalmente, pordentro e por fora, cria em mim um coração limpo e puro para que eu seja oteu servo tapando a brecha".

1.Norman Grubb, Rees Howells, Intercessor, terceira edição (FortWashington, Pa. Christian Literature Crusade) Pg.88

2. Ibid pg 40

índice

CAPíTULO 4

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Estimuladores

da Vontade de DeusComo intercessores, temos uma tremenda responsabilidade: Deus

nos usará para sermos os estimuladores de Sua vontade na esferaterrestre. Isto acontece, conforme diz Bob Willhite, porque "a lei da oraçãoé a mais alta do universo; ela pode sobrepor-se às outra leis, sancionandoa intervenção de Deus."" Pela "lei da oração" Deus pode assim, agir

soberana-mente num mundo chafurdado de egoísmo. Willhite coloca que esta leiestá acima da rebelião e das intenções malignas. Os meios que Deusutiliza são os mais variados, geralmente envolvendo uma série seqüencialde oração.

Um relato mais preciso e dramático dos executores que exigem ocumprimento da vontade de Deus, foi-me contado durante um jantar queteve lugar em Washington, por Mark Ballard, presidente do Mount VernonBible ColIege. A esposa dele, Donna, mais tarde forneceu-me os detalhes.A história começa numa cidade do Estado da Virgínia.

Os moradores da cidade de Christiansburg notaram que um novoprédio surgia numa área da cidade. Depois de algum tempo, viram que aconstrução recebeu uma torre bem no centro daquilo que seria o campusde uma escola. Alguns crentes da cidade descobriram que os muçulmanoshaviam conseguido uma licença para construir um campus com o fim detreinar estudantes do terceiro mundo a respeito da energia solar. Osestudantes de energia solar voltariam às suas cidades com o fim deensinar o que aprenderam nos Estados Unidos. Ficou evidente, contudo,que os muçulmanos tinham uma agenda secreta por trás daquela

construção: estavam construindo uma mesquita e planejavam trazeralgumas famílias para o local com o fim de instalar uma comunidadeislâmica na área.

Várias pessoas foram alertadas por Deus a respeito. Doisintercessores que trabalhavam numa mercearia, depois de tomaremconhecimento do assunto, começaram a interceder. Tomaram uma Bíblia,foram ao local da construção e perguntaram aos pedreiros quepreparavam o alicerce de uma das construções se podiam fazer algumacoisa. Os pedreiros consentiram, e enquanto o cimento ainda estavafresco, enterraram no alicerce uma Bíblia, exigindo aquela propriedadepara o reino de Deus. Uma menina de sete anos, filha de um médico, orava

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todos os dias para que aquela mesquita nunca funcionasse. As igrejaslocais começaram a orar para que Deus interviesse.

Por causa dos estimuladores, intercessores foram chamados à oração,que exigiam que a vontade de Deus fosse feita, a lei da oração confundiu

os planos daquele grupo anti-cristão. Os empreendedores muçulmanosesgotaram todos os recursos financeiros e de forma surpreendente, ocampus com a terra e os prédios foram tomados pelo banco como formade pagamento. Os prédios ficaram vazios e os intercessores oraram paraque Deus os utilizasse para sua glória.

Entretanto, um outro grupo de estimuladores trabalhava em outroestado num projeto inspirado por Deus. O Mount Vemon Bible College(Universidade Bíblica Monte Vemon) existia em Ohio por mais de trintaanos e o conselho diretor sentia a necessidade de transferir a escola,devido às condições econômicas da comunidade local. O conselho diretororou, pedindo a Deus, que lhes mostrasse para onde deveria sertransferida a escola. A resposta às orações veio quando Mark Ballarddirigia seu carro pelo estado de Virgínia em direção a Carolina. Enquantodirigia pela rodovia interestadual 81, teve a atenção chamada por algumasconstruções em Christiansburg, ainda que não eram mui visíveis darodovia.

Através de uma seqüência de eventos, Mark Ballard ouviu o relato decomo os muçul-manos construíram aqueles prédios, agora vazios. OSenhor o conduziu àqueles cristãos que intercederam para que a

construção fosse usada para a glória de Deus. O único impedimento era oaspecto financeiro. O prédio custava 8 milhões de dólares e, depois dealgumas negociações, o banco decidiu vender a propriedade para a escolabíblica por dois milhões e meio de dólares, cifra ainda muito elevada paraaqueles irmãos.

Em Ohio, os estudantes cientes da necessidade, se colocaram nabrecha da interces-são.Começaram a orar e jejuar três vezes por semana etinham reuniões de oração de ma-drugada. Deus começou a agir! No final,o banco encarregado de vender a propriedade foi contatado pelo bancoque oferecia empréstimos para a compra, propondo um depósito de meiomilhão de dólares na conta bancária da escola bíblica abrindo com issouma linha de crédito que dava poder de compra para a escola. Durante asnegociações uma das secretárias do banco encontrou-se com Mark e,chorando, contou-lhe como ela também estivera orando para que ocampus fosse vendido a uma organização cristã. Deus convocou seusexecutores que oraram exigindo que a vontade de Deus fosse feita.

Por que Deus quer que oremos trazendo Sua vontade à terra? Afinal,por que interce-der? Precisamos voltar ao começo de tudo e só entãoteremos respostas à estas perguntas.

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A necessidade de um intercessor nasceu no Éden. É um lugar sereno,lindo, criado pelo Pai amado para os seus filhos, lugar cheio de amizade eótimos relacionamentos, e a princípio, não é um lugar muito próprio parauma batalha. Adão amava a Eva, e esta a Adão e ambos amavam o Pai. Nofim da tarde caminhavam juntos, rindo, usufruindo a amizade do Pai.

Alguém os observava quando juntos caminhavam; alguém com ira,inveja e ódio, matutando um meio de acabar com aquela amizade. Imagineo ódio que Satanás tinha, ao ver Deus conceder tanto domínio a Adão.Satanás procurou dentre todas as criaturas, as mesmas que receberamseus nomes de Adão, uma que pudesse ser usada por ele comoinstrumento, que roubasse de Adão o que mais cobiçava: poder,autoridade, domínio e governo sobre a terra.

Foi então que, em sua procura, observando a serpente, viu que elaera sutil e consideravelmente bela. Todas as demais criaturas ouviam-na eriam quando ela falava. Satanás aguar-dou o momento certo e matreiro,tomou posse daquela bela criatura. Incorporado na serpente, entrelaçadocom sua natureza e habilidades, torceu e perverteu a capacidade daserpente usando-a em suas intenções malignas.

Satanás não atacou de imediato a criação suprema de Deus. Paciente,esperou que o homem e sua mulher se acostumassem à tarefa de dominara terra e ficassem desprotegidos. Eles sabiam como cuidar do jardim egozavam de um ótimo relacionamento entre eles. Ele planejou tudo,pensou no que dizer e em como fazer. Escutava a conversa deles,

observava seus gostos, até saber perfeitamente como agir: para enganá-los, usaria as mesmas palavras que o Pai falara aos seus filhos.

Finalmente, chegou o momento que tanto esperara. Eva já observarasua beleza indescritível e ele conversava com ela, impressionando-a comsua sabedoria. Em meio àquela conversa deliciosa ele fez uma perguntacuidadosamente preparada: "É assim que Deus disse: Não comereis detoda árvore do jardim?".

A serpente, usada verbal e polidamente pelo pervertido Satanás,convenceu-a rapi-damente de que Deus o Pai a havia enganado. Ela

comeu. Adão, perfeitamente orientado por Deus a respeito da árvore;treinado bem antes de Eva ser criada, não a corrigiu. Na reali-dade,recebeu o fruto das mãos de Eva e, com uma mordida, entregou seugoverno sendo destituído de todo domínio. Satanás declarou-se, então, o"deus deste mundo" (2 Co 4.4).

Com a quebra de comunhão com o Pai, a humanidade passou adepender urgentemente de um intercessor. Como resultado da queda, ahumanidade inteira e as gerações por vir, ficaram sob a maldição.

O Pai, antevendo a morte da raça humana, havia preparado umantídoto para o pecado, Jesus, o Cordeiro de Deus, morto desde a fundaçãodo mundo (Ap 13.8).

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"Viu que não havia ajudador algum, e maravilhou-se de que não houvesseum intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua

 própria justiça o susteve. Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôso capacete da salvação na cabeça; pôs sobre si avestidura da vingança, e se cobriu de zelo, como de um manto" (ls

59.16,17).

 Jesus trazia salvação, libertando o povo das condições difíceis em quevivia.

Satanás não conhecia os planos que Deus, o Pai e Criador douniverso, tinha para contra-atacar, mas deu um enigma, uma dica aodiabo. Gênesis 3.15, diz: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tuadescendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe feriráso calcanhar".

Durante eras, Deus estava preparando a salvação que viria atravésde seu filho. Possi-velmente, a vinda de seu Filho seja uma das respostasao enigma, creio, entretanto, que se referia a uma arma futura,secretamente escondida, aguardando para ser revelada depois daressurreição. O texto de 1 Coríntios 2.8 afirma que é uma arma que"nenhum dos poderosos deste século conheceu; porque, se a tivessemconhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da glória". O texto se refereà Igreja do Senhor Jesus Cristo, exército de intercessores, mistério que estávivo na terra hoje, "esmagando" a cabeça do maligno.

Um dos mais dramáticos casos que conheço de estimuladores,pessoas que não exitam em interceder para que a vontade de Deus sejafeita na terra, aconteceu durante a segundaguerra mundial e está nos anais da história britânica. O caso está no livroHand on the Helm (Mãos no Escudo), de Katherine Pollard Carter.

No mês de setembro de 1940, Churchill foi avisado pelo serviço deinteligência que havia a iminência de um ataque aéreo nazista à Inglaterra.Como as fábricas de aviões nazistas podiam construir aviões com maisrapidez que a Inglaterra. não havia dúvida de que a Real Força Aéreaestaria em desvantagem num combate. Mais de duzentos bombardeiros

alemães entraram zumbindo no espaço aéreo inglês e somente 26esquadrões decolaram do solo britânico tentando impedir o ataque aéreo.

"Foi então, que, inexplicavelmente, o quadro se modificou nos mapasda guerra. A grande flotilha aérea nazista retrocedeu. Com 185 aviõesabatidos e em chamas, elesfugiram! Milagrosamente, contra todas as possibilidades logísticas, a RealForça Aérea ganhou a batalha ...

 Alguns pilotos alemães capturados, foram interrogados da razão deterem fugido, quando apenas dois aviões os atacaram. Um delesrespondeu: "Dois?", exclamou, "eramcentenas de aviões!" Um outro oficial nazista feito prisioneiro, perguntou

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aos ingleses: "Onde vocês conseguiram tantos aviões para colocar noscéus da Inglaterra?" Os ingleses apenas disfarçavam a resposta com umsorriso. Na realidade, a poderosa esquadrilha alemã encontrou apenas um

 punhado de modelos spitfires e hurricane ultrapassados da Real Força Aérea. O céu não estava tão cheio de aviões de guerra ...

Um oficial do serviço de inteligência nazista que mais tarde foicapturado chegou perto na tentativa de desvendar a fonte daquelas ....miragens que confundiram os pilotos da Luftwaffe. "Quando o granderelógio Big Ben batia toda noite as nove horas", disse o oficial alemão,"vocês usaram uma arma secreta que não entendíamos. Era muito

 poderosa e não encontramos meios de reagir contra ela."

Ele estava certo! Havia uma força poderosa em ação, cada noite,quando o Big Ben soava suas nove batidas. Era a força poderosa de umanação que orava de coração contra uma força aérea que ninguém podiacontra-atacar, uma nação intercedendo diante do Deus Criador Onipotente. Toda noite quando o relógio da torre do parlamento, o BigBen, batia nove horas, o povo da Inglaterra e todo o Reino Unido serecolhia no que ficou conhecido como, momentos silenciosos de oração."2

As orações dos estimuladores de Deus, os intercessores, protegerama Inglaterra e isto tornou-se possível através do sangue do sacrifício deCristo. Jesus tornou-se o supremo realizador através de sua morte,sepultamento e ressurreição. Sua morte na cruz quebrou o poder dópecado sobre as pessoas permitindo uma intervenção divina nos assuntos

da terra. A morte sacrificial de Cristo não nos trouxe somente o direito deadoção na família de Deus: devolveu-nos através do nome de Jesus aautoridade e o direito de estabelecer o domínio outra vez. Deus é o Deusda segunda chance. Jesus disse: "Eis aí vos dei autoridade para pisardesserpentes e escorpiões, e sobre todo poder do inimigo, e nadaabsolutamente vos causará dano" (Lc 10.19).

 Jesus pagou um alto preço antes mesmo de ir à cruz. Vimosanteriormente que Deus "maravilhou-se de que não houvesse umintercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação" (Is 59.16),assim, Cristo teve que pagar o preço pela oração, antes de pagar o preçona cruz.

Em seu livro Bom for Batle (Nascido Para a Batalha), R. ArthurMatthews diz isto de forma bem clara:

"O Soldado da Cruz ensinara seus discípulos sobre a necessidade deorar", dizendo: "faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu". Aimplicação óbvia é que Deus limitou algumas de suas atividades à oraçãodos seus filhos. Se estes não orarem, Ele não agirá. O céu pode fazer eacontecer, mas os céus também esperam e encorajam a iniciativa da

terra, para que deseje o cumprimento da vontade de Deus; a partir daí,aqui embaixo oramos para que a vontade do céu se realize. A vontade de

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Deus não é imposta na terra por um ato de onipotência inexorável editatorial, algo decidido lá em cima, que sobrepuja ou ignora a vontadedos que vivem na terra. Bem pelo contrário, Deus impôs a si mesmo odireito de nada fazer, enquanto procura uma pessoa, um intercessor, queclame a Ele diante desta ou daquela situação: "seja feita a tua vontade na

terra .... ".

No silêncio envolvente do Jardim das Oliveiras, em completa solitude, Jesus é visto ativo em intercessão. Se escolher o Gólgota, será o ator  principal do Getsêmane. É aqui que Jesus se dispõe a enfrentar as doresde parto duma luta intercessória em que, de forma ativa, escolhe fazer avontade de Deus, sem se importar com o alto custo de tal decisão. Seuespírito atribulado expressa sua grande agonia em gemidos, choro elágrimas. Chegam reforços

 para a batalha. A intensidade da luta aumenta. As legiões celestes vêm

 para ajudar, mas esta batalha não lhes pertence: é uma luta particular de Jesus! A vontade de Jesus foi testada em cada frase até que "seu suor setornou como gotas de sangue caindo sobre a terra" (Lc 22.44). É a obra deDeus sendo feita da maneira de Deus. Deus a deseja no céu e um homema realiza na terra. O Cal vário é o resultado sacrificial de uma alma queagonizou no Getsêmane escuro, o "Soldado da Cruz" uniu sua vontade àdo Pai para que a obra fosse consumada!" 3

Na batalha do Getsêmane, Jesus propositalmente entrou em guerra

nas regiões celes-tiais, abrindo caminho para o seu triunfo no Cal vário.Você pode imaginar como era o campo de batalha nos céus enquanto Jesusagonizava no jardim? Os anjos de Deus inflamados preparando-se paratravar a maior guerra em favor das almas humanas; batalha assim,jamaisocorrera em toda história do céu! Os anjos se moviam de um lado a outrono céu. Penso que Satanás não imaginou a razão de tantos anjos num sólugar. Possivelmente pensou que os anjos se movimentavam para tirar

 Jesus da cruz. A batalha corria célere no céu, mas foi ganha Por Jesus noGetsêmane de onde saiu rumo à vitória do Gólgota!

É bom notar que a primeira batalha pela salvação do homemaconteceu no jardim do Éden e a última batalha teve lugar numa noiteescura de oração, também num jardim.Jesus o último Adão, estavatrazendo o mundo caído à sua posição anterior que era a de ter domíniosobre a terra.

O pedido do Filho de Deus, "Pai, seja feita a tua vontade" teve o seucumprimento na cruz. Todo o pecado, enfermidades, infelicidades,desgraças, dores no corpo e dores da alma, tudo foi pago e cancelado nomadeiro. Ao dar o último suspiro e entregar-se à morte, Jesus exclamou:"Está consumado!" Ao reconquistar, através de sua morte e ressurreição, a

auto-ridade perdida, Ele despojou, para sempre, os principados epotestades do mal, triunfou sobre eles, tomando as chaves da morte e da

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vida. Aleluia! Ao chegar ao céu quero ver uma cena rápida da filmagemdocumentando o momento em que o diabo perdeu as chaves!

Depois de ressuscitado, Jesus encontrou-se com seus onze apóstolos,dizendo-lhes:

"Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quemcrer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem; em meu nomeexpelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, sealguma cousa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem asmãos sobre enfermos, eles ficarão curados" (Mc 16.15-18).

 Jesus Cristo, na realidade, na hora em que subia ao alto, ao seu lugar

de intercessão, lançou as chaves para os discípulos, dizendo: "Tudo o que pedires em meu nome, farei". Ele nos entregou as chaves das portas daprisão, chaves que abrem liberdade aos cativos, quaisquer que sejam seuscativeiros. Quando usamos o nome de Jesus e oramos de acordo com Suavontade, tornamo-nos os executores de Sua vontade aqui na terra. Agora,nós seres humanos, podemos realizar aquilo para o qual Deus nosvocacionou no Éden, subjugando a terra, dominando-a em nome do grandeCampeão ressuscitado; em nome de Jesus Cristo. Oramos, então, comdiscernimento e de acordo com Sua expressa vontade. Ao orarmos emnome de nosso Rei, estabelecemos a vontade de Deus na terra, como é

nos céus, e dominamos as obras de Satanás. Quando estamos emintercessão, tornamo-nos embaixadores pleno potenciais de Deus,revestidos de toda autoridade divina, capacitados para orar a favor dosinteresses do Todo-poderoso, do maravilhoso Deus deste universo.

É imperativo que os intercessores na América levantem-se eexecutem a vontade de Deus em nossa nação. A Igreja tem que ir à guerra,em oração, para impedir a onda de pecado e decadência que tem vindosobre nossa terra. Precisamos urgente de intercessores!

Em 1985 muitos de nós, envolvidos no ministério de oração,

começamos a sentir uma necessidade urgente de orar. Desde então,muitos líderes começaram a orar seguindo um mesmo padrão ou direção,isto é, suplicando a Deus que sua justiça e misericórdia venha sobre aAmérica. Recebemos muitas chaves que abriram- nos a porta doconhecimento a fim de vermos as condições de nossa nação. Uma delas foiperceber que ficamos tão satisfeitos eocupados com o derramamento do Espírito Santo na década de 60 que nosafastamos total-mente dos problemas nacionais. Na realidade, entregamoso governo de nossa nação aos humanistas e ateus. Por exemplo, em 1962,dormíamos o sono da indiferença quando a Suprema Corte baniu a oração

e a leitura da Bíblia de nossas escolas públicas. Neste momento, estamos

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vivendo dentro da tempestade, colhendo o fruto de nossa falta deresponsabilidade.

Deus está nos mostrando como exigir de volta aquilo queentregamos. Tornemos, por exemplo, este assunto da oração nas escolas

públicas. Em 1988 os Generais da Intercessão patrocinaram um seminárioem Phoenix, no Arizona, com .O propósito de sacudir aquele Estado,trazendo-o de volta a Deus. O seminário de oração tinha como propósitoderrubar de forma contínua e sistemática as fortalezas que impediam omover de Deus no estado do Arizona. Na parte da manhã, um dospalestrantes, David Barton, compartilhou .O que acon-teceu no ano de1962. De repente, por causa da lei da Suprema Corte, 39 milhões de estu-dantes e mais de dois milhões de professores foram impedidos de fazerdiariamente, aquilo que era feito desde a fundação de nossa nação:começar as aulas do dia em oração!

Contou-nos, David, que a oração retirada das salas de aula, diziaapenas: "Deus Todo-poderoso, reconhecemos que dependemos de Ti, epedimos-te que Tua benção esteja sobre nós, sobre nossos pais, nossosprofessores e nossa nação".

Enquanto aquele irmão falava, concluímos que, a desordem existenteem nossa nação e em nossos filhos, era devido ao pecado de presunção evaidade que tínhamos em relação ao nosso governo. Ele nos afirmou que .O

teste de aptidão escolar servia de prumo para toda a nação até o ano de1962. Desde 1963 os casos de relações sexuais entre os estudantes

aumentou em mais de duzentos por cento. Os casos de gravidez antes docasamentoaumentaram em mais de quatrocentos por cento; doenças venéreas comoa gonorréia, aumentaram mais de duzentos por cento e o número desuicídios subiu em mais de quatrocentos por cento ! (4) 

Estas estatísticas tocaram nossos corações. Uma das pessoasprofundamente tocadas foi o preletor da noite, Bob Willhite. Ele contou-nosque voltou ao seu quarto de hotel e caiu de joelhos em oração sob forteconvicção de pecado. Sua geração, disse ele, era culpada por permitir quea leitura e a oração fossem banidas das escolas, e isto o levou a agonizartoda aquela tarde em oração.

Enquanto ele nos falava, sentíamos naquela noite, o peso de suaspalavras. Bob é um sujeito alto, um homem sóbrio, profundamentehumilde diante de Deus. Dirigiu-se a todos nós de forma tranqüila,dizendo: "Gastei as últimas horas prostrado diante de Deus em profundoarrependimento. Pela manhã, enquanto ouvia o David, o pecado de minhageração caiu sobre mim". Abruptamente parou. Todos sentimos que Deusnos convencia a todos de forma mui profunda. Bob continuou: "Estou aquiesta noite para pedir-lhes perdão do meu pecado e pelo pecado de minha

geração. Gostaria que todas as pessoas com idade acima de 50 anosficassem em pé ". Homens e mulheres puseram-se em pé no vasto

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auditório. Era visível que cada pessoa que se pôs em pé o fazia tambémsob forte convicção de pecado. Muitas pessoas choravam. Bob, então,continuou: "Precisamos nos arrepender diante da nova geração, porentregar-lhes uma nação cuja herança é agora de pecado e queda."Enquanto falava, as pessoas soluçavam por toda parte. Algumas pessoas

escondiam o rosto à medida que o poder purificador do Espírito Santovarria aquele ambiente.

Creio que algo muito especial aconteceu naquele dia pois o coraçãode uma geração tomou ao coração de outra geração. Em outras palavras,caiu por terra o muro que separava duas gerações. A Bíblia fala a esterespeito em Malaquias 4.6: "Ele converterá o coração dos pais aos filhos, eo coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e fira a terra commaldição ".

Aquela noite, a Palavra de Deus teve o seu cumprimento. Osexecutores romperam o mundo espiritual com uma das armas maispoderosas de Deus: o perdão.

Há outros ótimos exemplos de estimuladores nos tempos modernos,por todo o mundo. Um desses grupos de estimuladores composto em suamaioria por mulheres, como Débora e Ester ergueu-se no Brasil em 1961.Gente que se colocou na brecha pela nação brasileira. O grupo seautodenominou Liga das Mulheres Democráticas e teve seu começoposicionando-se contra a iminente tomada do país pelos comunistas.

Quando os militantes apoiados por Cuba, Rússia e China começarama trabalhar incan-savelmente no Brasil, enchendo o país com mentiras efalsas esperanças, os intercessores brasileiros tomaram suas "armas" esaíram à guerra. Eles não somente oraram; colocaram pernas à oração esaíram à luta.Quando veio a notícia de que um grande comício teria lugarem São Paulo com dois famosos líderes comunistas russos, aquelasmulheres telefonaram às autoridades do país explicando que, quando oavião chegasse, centenas de mulheres se deitariam na pista do aeroportopara impedir que o avião pousasse.

Quando o avião se aproximou do aeroporto as mulheres tomaram

posição, cantando, orando, recusando-se a sair da pista. O avião tentouuma aterrissagem e voltou a ganhar altura. Elas ficaram firmes. Aqueleslíderes, acovardados, não puderam chegar na cidade.

Quando um outro líder comunista começou a falar, as mulhereslotaram o local e oraram tão fervorosamente que ele não conseguia serouvido por causa do barulho das orações. Aquele líder abandonou o local,frustrado.

As forças armadas do Brasil, animadas pela coragem daquelasmulheres e por outros grupos de resistência, levantaram-se contra oscomunistas cujo líder fugiu do país naquela mesma noite. (5) 

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Muitos de nós estamos orando para que muitas mulheres de oração,quais Débora, levantem-se clamando por justiça em seus países.

Os executores de Deus podem operar em diferentes níveis, seja emseu próprio país ou em muitas nações.

Uma das maneiras de interceder é utilizar as notícias dos meios decomunicação e orar também para que Deus levante pessoas dentro damídia com notícias verdadeiras e corretas sobre a nação sem aquelasinformações parciais e distorcidas.

Alguém disse que as notícias dos jornais servem como listas demotivos de oração. Ao ler as notícias locais podemos saber se estamossendo efetivos ou não na oração. Freqüentemente encorajo os irmãos a"orar as notícias".

Certos intercessores que vivem em pequenas cidades, intercedemtendo como base a lista telefônica. Dividem as páginas do guia telefônico,distribuindo-os em pequenos grupos para intercessão pela cidade. Jeff Wright, de Washington, tem uma kombi da oração: ele a enche deintercessores uma vez por mês e sai com eles pela cidade numa jornadade inter-cessão. Outros irmãos costumam sair pelo bairro onde moram emcaminhadas de oração. As idéias podem ser as mais criativas quandoqueremos orar por nossa cidade.

A pequena cidade de Willow Park, no Texas, estava tentando votaruma lei que permitisse a venda de bebidas alcoólicas em todo o condado e

por fazermos parte da mesma jurisdição, a notícia chegou a Weatherford,onde moramos. O condado onde moramos está sob lei seca há váriosanos; isto é, não é permitida a venda de bebida alcoólica em toda área,nem em supermercados ou em bares. Não quero com isso julgar osmoradores daquelascidades, contudo nenhum de nós queria uma atmosfera carregada combotequins e coisas similares. (Antigamente havia meia dúzia de botequinspor toda a cidade). Chamei algumas de nossas amigas para jejuarmos eorarmos por três dias. No terceiro dia, com duas de minhas amigas, Kurt eLaurie fomos orar numa pequena igreja donde se avista Willow Park. Ali,

 juntamente com Mary Gene, esposa do pastor, tivemos um tempo deintercessão. Certa-mente outras pessoas também haviam sido levantadas por Deus para orarpelo assunto. Quebramos por fé, o vício e a escravidão da bebida, pedindoa Deus para que a lei não fosse aprovada.

Ficamos surpresas pela derrota sofrida por aqueles que queriamvender bebida alcoólica em nossas cidades. Quando Deus convoca seusexecutores para interceder, por certo ouvirá suas orações.

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1. B.J. Willhite, Why Pray? (Por que Orar?) Lake Mary, FIa. CreationHouse, 1988, pg. 91.

2. Katherine Pollard Carter em Hand on the Helm (Mão no Escudo)Springdale, Pa. Whitaker House, 1977, pgs 4-5.

3. R. Arthur Mathews, Bom for Battle (Nascidos para a batalha)Robesonia, Pa. OMF Books, 1978, pgs. 14 e 15.

4. David Barton, em America: To Pray or Not to Pray? (América: Orarou Não Orar?) Aledo, Tx, Wallbuilder Press, 1988. Estatísticas mencionadasno livro.

5.Clarence W. Hall, "The Country that Saved Itself" (O País que a simesmo salvou), Reader's Digest, Novembro 1964, pg. 133.

CAPíTULO 5

O Ministérioíndice

da Intercessão"Um intercessor é alguém, homem, mulher ou criança, que luta em oraçãoa favor de outras pessoas. Como tal, a oração intercessória identifica-noscom Cristo, pois ser como Jesus implica em ser também um intercessor.Ele vive sempre para interceder" (1) (Dick Eastman).

Há muitas controvérsias a respeito do ministério de intercessão.Alguns dizem que não há este tipo de ministério e que Deus chama todo ocorpo para agir como intercessores.Outras pessoas, contudo, ao sentir o chamado de Deus para interceder, seperguntam: Se não há este tipo de ministério, onde está o meu lugar nocorpo de Cristo? Sei que tenho uma chamada mui peculiar do Senhor paraficar na brecha, gastando horas a sós com Deus, orando pelas nações domundo, por minha igreja, meu país e por seus líderes.

Quem está certo? Ambos estão certos. Do ponto de vista ministerial,todos temos que orar e interceder como Jesus. Ele é o nosso exemplo. Se

olharmos do ponto de vista de dons concedidos, muita gente é tambémchamada para ser um intercessor. A diferença está em que a intercessão,

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por um lado, é de responsabilidade de todos, e por outro é um domconcedido por Deus que faz parte do ministério de socorro. Algumaspessoas chamadas à intercessão, recebem adicionalmente o dom daliderança na oração. Deus não somente as usa como intercessores, comotambém as habilita a ensinar aos demais os segredos da intercessão.

Pessoalmente, experimentei todas as três fases como relateianteriormente. Antes, ao vir as necessidades, gastava algum tempo deoração durante o dia, nos intervalos de minhas atividades como dona decasa e professora. Mais tarde, quando deixei o meu emprego deprofessora, o Senhor me levou a gastar mais tempo durante o diaintercedendo. Sentia um impulso de orar, especialmente durante a noite,pela madrugada, ou enquanto meus filhos pequenos dormiam ou estavamna escola. A terceira fase de minha vida veio com a atividade ministerialde ser líder de grupo de oração (não parei, é claro, de ser dona de casa).

Agora, convenhamos, nem toda pessoa será chamada a ser um intercessorde tempo integral.

O funcionamento destes diferentes aspectos de um intercessor leva-nos a considerar a igreja como um exército onde cada patente, ou divisa ésignificativo e de grande necessidade. Um exército tem muitos soldados epoucos generais e cada pessoa tem que desempenhar sua tarefa a fim deque a guerra seja ganha. Podemos afirmar que assim também é comrespeito ao exército de Cristo: todos seguimos a Jesus Cristo, nossoCapitão dos Exércitos, o grande Soldado da cruz! Não é importante o cargoou a divisa de autoridade que ocupamos; o que importa é estar no lugar

onde Deus nos colocou!

 Todo crente é chamado a ser parte do exército de intercessores; todosoraremos e intercederemos. Alguns o farão de tempo integral, enquantooutros fluirão mais em determinados dons do que propriamente naintercessão onde fluem em menor escala. É de vital importância que, nestetempo do fim, encontre- mos nosso lugar no corpo de Cristo, cumprindocom o chamamento de Deus para nossas vidas.

Para entendermos o ministério de intercessão, seja como parte deuma tarefa do corpo ou como chamamento pessoal, precisamos estudar aobra de Jesus, nosso grande Intercessor.

 Jesus disse: "É necessário que façamos as obras daquele que meenviou" (Jo 9.4). Dick Eastman diz que a expressão "é necessário quefaçamos" chamou-lhe atenção, pois Jesus não disse "eu espero quefaçamos", ou "pretendo fazer", Jesus usou uma expressão radical quando

disse: "É necessário.!" (2)

 Jesus entendia de forma mui clara que havia coisas que "era-Lhenecessário fazer." Como crentes, deveríamos ser "pequenos Cristos" ou

seus imitadores. Quando lemos as Escrituras ,O vemos retirando-se paralugares solitários onde passava orando a noite toda. Na realidade, Ele

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gastou a vida intercedendo por nós. Se o próprio Cristo sentiu que eraimpor-tante interceder enquanto estava na terra, muito mais nós, seusdiscípulos devemos fazê-lo. É necessário interceder!

Há uma diferença entre oração e intercessão. Nem toda oração é

intercessória e, na realidade, muita gente nem mesmo intercede, apenaspede a Deus que atenda a algumas de suas necessidades. A verdadeiraintercessão pode ser vista em dois aspectos: um deles tem a ver com aintervenção de Deus e o outro o da destruição das obras de Satanás. Istopode ser visto na passagem bem familiar de Ezequiel 22.30: "Busqueientre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha

 perante mim a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas aninguém achei".

Este versículo nos fala duas coisas: a primeira é chegar à presença deDeus com um pedido específico, divinamente inspirado. A segunda é aexpressão "se colocasse na brecha perante mim", que traz em seu bojo osentido de destruir as estratégias espirituais planejadas por Satanás.Muitos irmãos, infelizmente, ficam na defensiva enquanto Satanás toma aofensiva atacando o governo, a igreja e as famílias.

Satanás é especialista em montar estratégia. Fico arrepiada quandoouço os irmãos rirem e zombarem, dizendo que Satanás é um bobalhãoidiota, esquecendo-se que uma das lições mais enfatizadas no treinamentode guerra é que não se deve subestimar o inimigo. Temos que reconhecerque Satanás está metido nesta guerra há muito tempo, muito mais que

qualquer um de nós, e que ele aprecia muitíssimo esta fama de bobalhãoignorante: afinal, ele também gosta de ser desacreditado e ri à-toa quandoas pessoas dizem que ele não existe! Contudo, temos que dar ouvidos àspalavras de Paulo que nos alertam, dizendo: "para que Satanás nãoalcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios" (2 Co2.11).

Paulo não falaria dos laços e artimanhas de Satanás se eles nãoexistissem. Ele também possui tropas de assalto altamente treinadas;soldados que o servem sob o jugo do terror. Paulo definiu o nosso inimigodesta forma:

"Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contraos principados e potestades, contra os dominadores deste mundotenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes" (Ef 6.12).

Lutar, para os gregos, era uma questão de vida ou morte. Nossaguerra contra o inimigo que quer nos destruir, é uma luta corporal noterritório dele.

Efésios 6.11 diz que devemos colocar "toda a armadura de Deus"para podermos "ficar firmes contra todas as ciladas do diabo ''. A palavraciladas no grego, utilizada nesta passagem, significa "metodologia". Em

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termos militares podemos afirmar que o seu plano, ou estratégia de guerraé a de dominar toda a terra.

Por isso, o papel do intercessor se reveste de tanta importância, poisele entra na batalha como um mediador. Hebreus 7.25 diz que Jesus vive

"para interceder por eles". Por quem? Por aqueles que vêm a Deus atravésdEle! Jesus pagou o preço para podermos entrar ousadamente diante dotrono da graça, e dEle receber misericórdia em tempos de necessidade.

Podemos imaginar algo assim: alguém vem a Deus com um pedido deacordo com a vontade dEle. Jesus, sentado à direita de Deus, diz: "Pai,atende este pedido". Sensibilizados pela necessidade, o Pai e o Filho,pedem ao Espírito Santo que toque no coração de alguém do Corpo, aIgreja de Cristo na terra, para que se coloque na brecha, em oração. Hámomentos em que ficamos a nos lembrar de uma pessoa todo o tempo,sem sabermos a razão e depois começamos a orar por ela. Vem sobre nós,uma sensação de perigo ou de tristeza quando a levamos a Deus emoração, e esta é uma clara demonstração da ação do Espírito Santo quenos impele a orar por ela. É nesta hora que nos colocamos na brecha,derramando o coração diante de Deus em intercessão. Deus, então,começa a operar na vida da pessoa pela qual estamos orando, a vontadede Deus é realizada e o reino de Deus se expressa na vida daquela pessoa.

Um intercessor eficaz é comparado a um atalaia atento sobre osmuros da cidade, como diz a Escritura:

"Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia etoda a noite jamais se calarão; vós os que fareis lembrado o Senhor; nãodescanseis, nem deis a ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a

 ponha por objeto de louvor na terra" (Is 62.6,7).

 Jerusalém é uma cidade murada e você pode, até hoje, caminharsobre os muros da cidade. Os atalaias, dia e noite, andavam sobre osmuros, olhos e ouvidos atentos na noite escura, escrutinando o horizonteprecavendo-se dos ataques inimigos. Através desses versículos, Deusorienta que olhemos o futuro, em oração, descobrindo os malefícios quepodem atingir nossas cidades, nossas igrejas e famílias. Deus está

colocando os seus filhos como atalaias, guardiães que não lhe darãodescanso até que o Reino de Deus seja estabelecido em todo o mundo. Aseguir, quero colocar várias coisas que você pode fazer a fim dedesenvolver a visão de um atalaia:

1. Aliste-se no exército de Deus! Ore a Deus propondo-se a serum atalaia!

2. Mantenha o coração puro, a fim de discernir corretamente osassuntos pelos quais Deus quer que você ore!

3. Desenvolva uma vida de comunhão íntima com Deus. Fiqueconstantemente em alerta na missão a cumprir. Um atalaia

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tem que ser como um médico: deve estar sempre de prontidão,com o bip a tiracolo! A qualquer momento, você poderá seravisado de uma emergência. Não importa o que estiverfazendo, Deus mudará seus planos a fim de que você ore etoque o alarme de guerra, impedindo o ataque do inimigo.

4. Ore e peça que Deus o ensine a tocar o alarme no momentocerto. Deus revela aos seus intercessores as necessidadesÍntimas daquelas pessoas pelas quais estão orando. Deusconfia esses segredos aos intercessores e aquilo que Deus nossegreda deve ser mantido em sigilo; nunca jamais sercomentado com alguém. Muitos grupos de oração pecam nesteponto, pois tornam-se meramente reuniões de fofocasespirituais. Se Deus revelar a fraqueza de alguém, você deveproceder da seguinte forma:

• Peça a Deus que confirme o que Ele lhe falou a fim de ter certezaabsoluta do que ouviu. Você não vai querer orar sem qualquer objetivo.

• Depois de ter certeza de que está orando na direção certa, precisa pedira Deus orientação se deve ou não dizer o que você sabe à pessoa pelaqual você está orando.

• Caso você tenha permissão de Deus para contar à pessoa, ore pedindoque Deus prepare o coração dela a fim de que a palavra caia em terrenofértil.

• Muitas vezes você ficará quieto sem nada dizer à pessoa por quem vocêestá orando. Deus, a seu tempo e de sua maneira falará com ela. Esta é amaneira mais eficaz de tratar com as fraquezas das pessoas pelas quaisvocê está orando. Quando Deus fala pessoalmente com elasde que devem mudar, elas não se sentirão envergonha das, rejeitadas ouferidas.

• Há ocasiões em que você percebe que a Igreja local está 'em perigo, e énecessário soar o alarme em seu grupo de oração, neste caso, procurealguém que tenha uma posição espiritual elevada e compartilhe suas

preocupações. Deixe,e nas mãos da liderança a decisão de compartilhar ounão com os demais membros do grupo.

5. Não fique com medo de fazer orações que lhe pareçamestranhas. Você está orando e de repente começa a interceder,por exemplo, por um pastor na América do Sul a quem vocênem conhece. Muitos atalaias desviaram desastres queameaçavam pessoas que lhes eram desconhecidas. Um bomexemplo de um atalaia ungido, é o relato de Lucas 22.31,32:

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"Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo. Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fénão desfaleça; tu, pois, quando te converteres,fortalece os teusirmãos".

Vinita Copeland, uma intercessora, cumpriu o seu dever de atalaia afavor de muitos dos seus "filhos espirituais". Certo dia, o Senhor a alertouque um deles, uma mulher de nome Beth, estava sob forte ataque e queSatanás a queria peneirar como trigo. Vinita conversou com seu marido,A.W., e disse que não queria ser perturbada enquanto estivesse trancadano quarto em intercessão por aquela mulher. Depois de dois dias, seumarido ficou apreensivo e preocupado com sua esposa. Começou achamar por telefone outros irmãos intercessores para que orassem por suaesposa que estava agonizando em oração. No terceiro dia, ela rompeu asfileiras do inimigo que estavam se lançando contra sua filha espiritual. Quebom quando uma intercessora que se dispõe a um sacrifício extra! Bethtem agora um ministério internacional que nasceu banhado pelas lágrimasde oração de Vinita.

Como vimos, muitas vezes Deus chama os atalaias para orar no meioda noite. Uma guerreira de oração em Fort Worth, Noemi "Dutch" DuPuis,acordou repentinamente no meio da noite com um forte desejo de orar porHayseed Stephens, um evangelista que estava trabalhando na lndonésia. Apregação deste homem mexeu com as potestades daquela localidade. A

dona de um bordel e todas as mulheres que ali "trabalhavam" seconverteram ao Senhor. Também se converteram para o Reino de Deus oprincipal traficante de drogas e o chefe de jogatinas da cidade.

Eram cerca de 4 horas da manhã quando ela acordou numsobressalto tendo uma visão de Hayseed. Ele estava em perigo de morte,ameaçado por gente de vários vilarejos. Mais tarde, ao encontrá-lo, ela lhecontou que sabia muito mais do que acontecera com ele, do que elepróprio. Isto acontece com freqüência com aqueles que têm o dom daintercessão.

Entrementes, lá na Indonésia, eram quatro horas da tarde e Hayseedestava saindo da casa de um diácono por quem estivera orando. Ali, narua, a visão era estarrecedora: mais de 600 homens com paus e enxadasesperavam por ele. Eram muçulmanos, irados com ele, pois muita genteestava se convertendo a Cristo. Os moradores, certos de que o evangelistahavia trazido desgraças sobre eles, queriam vê-lo morto.

Hayseed descreveu o que aconteceu a seguir: "A princípio uma ondade terror se apoderou de mim, e gritei por socorro a Deus". Creio que estaoração "relâmpago" fez com que o Espírito Santo acordasse sua amiga no

 Texas que entrou na brecha orando para que Deus o protegesse e lhedesse paz!

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Hayseed disse mais tarde: "Depois de clamar por socorro, senti comose um manto de paz fosse jogado sobre mim. Caminhei pelo meio damultidão cantando suavemente o nome de Jesus". Envolto no manto dapaz, Hayseed pôde caminhar pelo meio daquela multidão irada que seabriu como o Mar Vermelho. Tal acontecimento o fez lembrar do episódio

de Lucas 4.28-30:

"Todos na sinagoga, ouvindo estas cousas, se encheram de ira. Elevantando-se, expulsaram-no da cidade e o levaram até ao cume domonte sobre o qual estava edificada, para de lá o precipitarem abaixo.

 Jesus, porém, passando por entre eles, retirou-se".

Como seria lindo ver o que acontece no mundo espiritual quandoDeus age de forma tão sobrenatural!

Vivemos numa era profética no que diz respeito à intercessão. Na

década de 90 uma grande colheita será feita, conseqüentemente, umespírito de oração está sendo derramadoem todo o Corpo de Cristo. Precisamos orar para que o Senhor da seara,envie ceifeiros para sua seara. Gente que não era acostumada a orar, estásendo acordada no meio da noite para interceder. Deus está convocandoum batalhão de reservistas!

O espírito de oração que tem vindo sobre várias nações e povos é narealidade os primeiros sinais das dores de parto indicando que oavivamento está chegando. Num artigo especialmente escrito para os

lntercessores da América, Douglas Thorson escreve sobre um homemchamado Jeremiah Lamphier. Lamphier é o exemplo do que Deus podefazer com qualquer pessoa, gente comum que responde ao chamado deorar por avivamento. Istoaconteceu em Nova Iorque lá pelos idos de 1857.

Lamphier espalhou panfletos pelas ruas convidando as pessoas aparticiparem de uma reunião de oração que teria lugar na IgrejaReformada Holandesa, na esquina da Fulton Street, bem no centro deManhattan. Sua fé foi testada! Quando chegou a hora ele ficou só, durante25 minutos, esperando que alguém viesse orar! Finalmente às 12 horas e

30 minutos chegaram seis homens, um de cada vez para orar. Na semanaseguinte eram vinte as pessoas que vieram orar! Depois de algum tempodecidiram não mais reunir uma vez por semana e, sim, diariamente.

Dentro de seis meses mais de dez mil homens de negócio se reuniamdiariamente para orar em lojas e empresas. Sem qualquer exceção, seminveja uns dos outros, toda a Igreja cooperou como se fosse uma só alma"(3) 

Creio que é necessário que toda a igreja aprenda sobre oraçãointercessória, como um caminho a ser trilhado para um grandeavivamento. Quantos, como Lamphier estão hoje em empresas, escolas eescritórios obedientemente fazendo o que Deus lhes pediu até que Deus

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os chame para serem líderes de grupos de oração que mudarão a vida demuitas nações?

Martin Lloyd-Jones é citado no mesmo artigo como tendo dito:

"A história dos avivamentos demonstra de maneira clara que Deusfreqüentemente age de maneira diferente, trazendo o avivamento,mantendo o fogo aceso, sem usar,como seria normal, os ministros, e sim gente comum; pessoas que seconsideravam sem importância, gente humilde da Igreja cristã".(4)

A chamada ecoa a cada um de nós! O próximo capítulo ajudará vocêa descobrir se tem o dom da oração intercessória. É empolgante ver o queDeus pode fazer com um vaso obediente!

1. Dick Eastman, Love on lts Knees (Amor Sobre os Joelhos),

 Tarrytown, N.Y. Chosen Books, 1989, pg. 21.2. Ibid pg. 47.

3. Doulgas Thorson, "Prayer and Revival: The Role of Prayer andReformation Societies in American History" (Oração e Avivamento: O Papelda Oração e da Reforma na Sociedade da História Americana), Intercessorsfor América, 1989, pg 12.

4. Ibid, pg. 4.

CAPíTULO 6índice

O Dom da Intercessão"Parece-me que alguns cristãos possuem uma capacidade especial

que os leva, de forma sistemática, a orar por longos períodos e,diferentemente de outros cristãos, tais pessoas experimentam uma

resposta rápida e específica às suas orações"

(1)

 (C Peter Wagner).

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'O dom da intercessão é um assunto que tem gerado controvérsias jáque a Bíblia não o menciona diretamente. Afinal, a Bíblia também nada falaa respeito de ministros da músicaou daqueles que cuidam do sistema de som. Os intercessores, entretanto,podem ser coloca-dos ao lado daqueles que têm o ministério de socorro,

com a única diferença de que os intercessores servem, espiritualmente,nos lugares celestiais, enquanto aqueles que têm o ministério de socorro,servem aqui na terra com recursos materiais.

As Escrituras apresentam referências indiretas ao dom de intercessão.Por exemplo, em Lucas 2.37 vemos Ana, uma viúva, que servia ao Senhor,no Templo, com jejuns e orações noite e dia. Na realidade, adorar noite edia com jejuns e orações é uma ótima descrição da vida de alguémchamado a interceder (ainda que haja muito desequilíbrio nesta área deoração e jejum, conforme veremos mais adiante).

Outro exemplo, é a história de Arão e Hur segurando as mãos deMoisés. Durante uma batalha inteira ficou de mãos levantadas até queIsrael vencesse os amalequitas. Vemos aqui um tipo de dom de intercessãoem ação.

"Ora as mãos de Moisés eram pesadas, por isso tomaram uma pedrae a puseram por baixo dele, e ele nela se assentou; Arão e Hur sustentavam-lhe as mãos, um dum lado e o outro do outro: assim lhe

ficaram as mãos firmes até o por do sol" (Êx 17.12).

Observe que Arão e Hur ajudaram a manter as mãos de Moiséserguidas, mas não tomaram a vara que ele tinha nas mãos. Veja tambémque eles não desceram à batalha fisicamente como o fez Josué. As pessoasque têm o dom da intercessão não se ocupam preferencialmente comoutras coisas, tudo o que querem é orar! Quando as pessoas meperguntam quanto tempo gasto em oração diariamente, respondo-lhes:"tanto quanto posso". Devido a agenda de viagens, algumas vezes poderei

não gastar tantas horas em oração como em outras ocasiões, mas, sempreque posso, tiro um dia todo para ficar a sós com o Senhor. Numa ocasiãoassim, desligo o telefone e deixo um cartaz na porta do quarto: "Emoração: não perturbe". Um dia de oração é um tempo de glória! Outraspessoas também pensam assim.

 Já mencionei aqui a conferência de oração "Noventa Horas de OraçãoPelos anos Noventas" que teve lugar na Flórida. Experimentei um tempoglorioso de oração às duas da manhã, intercedendo pela Igreja da Rússia.Um dos intercessores inclinou-se e disse com imensa satisfação: "Isto é o

paraíso, não é?" Tive que concordar. As pessoas chamadas para o

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ministério da intercessão têm grande prazer no que fazem e vivem umavida extraordinária!

No último capítulo, descrevi a maneira como Vinita Copelandposicionou-se como ata-laia a favor de Beth, sua filha espiritual. Durante

três dias ela jejuou em oração, quase não dormiu até receber de Deus osinal de que suas súplicas foram atendidas. São coisas deste tipo que aspessoas com o dom de intercessão comumente fazem! Não é algocorriqueiro, mas às vezes acontece!

Daniel é um exemplo do que quero dizer. Ele se separou para buscaro Senhor em ora-ção e jejum.

"Naqueles dias, eu Daniel, pranteei durante três se- manas. Manjar desejável não comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nemme untei com óleo algum, até que passaram as três semanas inteiras" (Dn

10.2-3).

Certamente Daniel deveria estar bastante desfigurado depois de trêssemanas de jejum, mas ele não se importou; Deus o comissionou a oraraté entender o sentido da visão. Suas orações desencadearam uma grandebatalha nos céus, mas o anjo enviado por Deus conseguiu vencer asbarreiras celestiais e veio até Daniel. O anjo é quem diz:

"Então (Gabriel) me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia, em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e por causa das tuas

 palavras é que eu vim. Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio paraajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia. Agora vim parafazer-te entender o que há de suce-der ao teu povo nos últimos dias;

 porque a visão se refere a dias ainda distantes" (Dn 10.12-14).

O Senhor enviou um anjo a Daniel por causa de suas orações com amissão de fazê-Io entender a visão.

Geralmente aqueles que têm o dom da intercessão recebem de Deus

um motivo de oração. Alguns se dedicam a orar pelos pastores ou poralgum ministério. Diariamente agem como se fossem "guardiães daoração" a favor de alguém, como atalaias vigiando a favor daquela pessoaem oração. Falaremos mais sobre este assunto no capítulo onde trato dosparceiros de oração.

Nem todo intercessor consegue dedicar tempo integral à oração.Quando não estão ocupados com suas profissões, dedicam as horas livresa intercessão. Alguns dizem que o tempo de oração é o tempo derecreação. Por favor, não entenda mal. Orar é uma tarefa dura, e às vezesprecisamos de uma folga, para muitos, porém, orar e interceder é um

tempo de refrigério.

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Uma pessoa que tem o dom da intercessão, nem sempre terá omesmo enfoque de oração por toda a vida. Isto pode variar. Aquelasenhora que Bob Wilhite ouvia orar segui-damente no Tabernáculo BoasNovas, recebeu o chamado para orar apenas poruma nação, enquanto outras pessoas, são chamadas a orar por muitas

nações. Uma dessas pessoas é Freda Lindsay do Instituto Cristo Para asNações, em DalIas, no Texas. Esta escola tem cerca de 1.500 alunos e estáà frente de uma grande organização missionária. O Instituto Cristo Para asNações já ajudou na construção de cerca de 8.700 igrejas ao redor domundo.

Freda Lindsay foi a palestrante do encontro dos Generais daIntercessão em 1986. Chamada por muitos de seus alunos de "Mama", elaé uma mulher baixinha mas com muita energia e poder de Deus. Queexperiência ouvi-Ia orando, trazendo diante de Deus todas as nações do

mundo, uma após a outra, sem parar, até que cada nação é mencionadaem inter-cessão diante do trono da graça. Naquele dia ela compartilhouconosco a experiência deoração de seu marido, Gordon Lindsay. Ainda que tenha passado para aeternidade, as orações de Gordon Lindsay continuam a ter respostas emmuitos países do mundo. Disse-nos que Gordon costumava afirmar sobre aoração: "Cada pessoa deveria orar pelo menos uma oração violenta pordia", e acrescentou: "Creio que ele detém o recorde mundial de oraçõesviolentas!". Para provar o que afirmava, citou-nos o texto de Mateus 11.12:"E desde os dias de João Batista até agora se faz violência no reino dos

céus, e pela força se apoderam dele" (Edição Revista e Corrigida).Freda contou-nos, então, esta história:

"Jamais esquecerei o tempo em que vivemos em Shreveport, naLouisiana. Coloquei um anúncio no jornal pedindo uma empregadadoméstica. Uma senhora apareceu e ficou com o emprego. Estávamos nacozinha falando sobre o que deveria ser feito aquele dia, quando elasubitamente parou, e perguntou: "O que está acontecendo. O que é isto?Esta voz de homem que ouço ... !"

Respondi-lhe: É o meu marido que está orando. É a primeira coisaque faz todo dia pela manhã. Ele ora como se fosse uma bombaexplodindo! Ela perguntou: "Ele não esteve aqui em Shreveport há unstrês anos atrás, em tal hotel e em tal dia?". Respondi-lhe que, por viajar muito, não me lembrava de onde ele estivera naquela época mas que lhe

 perguntaria assim que saísse do quarto.

 Ao sair de seu tempo de oração, perguntei-lhe: "Você esteve emShreveport há uns três anos atrás em tal e tal hotel?". Gordon tinha umamente que armazenava dados como um computador e jamais se esqueciade nomes, lugares e datas. "Sim", respondeu-me, eu estive lá ensinando

em uma conferência". Aquela senhora exclamou: "Eu sabia, eu sabia!

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Fiquei do lado de fora do seu quarto ouvindo sua oração já que nuncaantes ouvira alguém orar daquela maneira"(2)

Não seria interessante que as pessoas se lembrassem de nós pelamaneira como oramos e não por outras coisas? Que legado aquele homemdeixou! Creio que suas orações junta-mente com as orações de suaesposa, forjaram o nascimento de um avivamento. Foi aquela vida deoração que abriu caminho para que milhares de estudantes fossemtreinados para o campo missionário no Instituto Cristo Para as Nações.

Gordon e Freda Lindsay criam piamente no que Jesus dissera emMateus 9.37,38: "E então se dirigiu a seus discípulos: a seara na verdade égrande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da searaque mande trabalhadores para a sua seara".

Os intercessores costumam chamar este texto de "orando na seara".Deus coloca os seus intercessores em todo lugar para orar por todas asnações.

Este relato mostra que os métodos usados pelas pessoas envolvidasem intercessão são os mais variáveis. Temos que olhar para os frutos daoração e não para os métodos de orar. Deus possui muitos intercessoresque oram de forma bem diferente um do outro. Alguns oramsilenciosamente no seu cantinho de oração, outros cantam e algunsgritam. O certo é que você deve orar da maneira como Deus lhe mostrousem ficar pensando que todos devem orar da mesma maneira que vocêora.

Pessoas que são chamadas à intercessão criam regras particulares ese disciplinam na maneira de orar; é o que dizem homens como DickEastman ou Larry Lea que escreveram sobre a intercessão. Dick escreveuThe Hour that Changes the World (A Hora que Transforma o Mundo) e Larryo livro Nem Uma Hora?, editado em português. Para algumas pessoaschamadas à intercessão, orar faz parte de uma disciplina rígida. Imagineaqueles dias em que o céu parece de bronze e você fica se perguntando se

levantar-se às cinco da manhã todo dia para orar, produz algum resultado!

Outras pessoas pertencem a grupos de intercessores que oramprofeticamente. Falarei sobre este assunto mais adiante. Mas o que fazesta gente? Basicamente levantam-se cedo pela manhã e fazem um"check in" com o Senhor. Habituados ao horário, perguntam ao Senhorquais as tarefas do dia (a menos, é claro, que tenham passado toda a noiteinterce-dendo por algum compromisso de última hora!). A forma quecomeçam a orar pode variar. Muitos gastam tempo adorando ao Senhor edepois ficam em silêncio ouvindo a Deus até que um nome vem à mente,um texto bíblico ou uma situação especial que precisa de intercessão.Costumo orar assim todos os dias, entretanto, é bom sermos flexíveis. Às

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vezes enquanto estou adorando vejo-me repentinamente orando pelaRomênia e algum tempo depois, volto a adorar a Deus novamente.

 Tenho coisas pelas quais devo orar diariamente, mesmo assim Deuscoloca em meu coração um senso de urgência por outros motivos de

oração, necessidades que estão no coração dEle. Descobri que asurgências de Deus nem sempre são as que estão em minha lista deoração, por isso, ser um intercessor exige da pessoa uma boa dose dedisciplina emocional já que a tendência é orarmos por assuntos que nospreocupam e não por aqueles que Deus nos dá. Nesta, hora eu buscoprimeiro "o reino de Deus", ao invés de meus desejos pessoais. Descobri,também, que em muitas oportunidades Deus chama outras pessoas parainterceder pelas necessidades de minha família. Basta ficarmos fiéis àagenda de Deus e Ele se encarrega das demais coisas.

Se você tem o dom da intercessão descobrirá que Deus, de maneirasdiferentes, revelará a você sobre o que ou por quem interceder durante umdeterminado dia. Às vezes vejo alguém parecido com outra pessoa epercebo que devo orar por ela. Outras vezes vejo o nome de alguém queconheço, ou um nome semelhante, e busco o Senhor para conferir se devoorar por aquela pessoa. Toda vez que penso em alguém que não vejo poranos, começo a orar por ela. Estou certa de que Deus usa este expedientechamando a atenção dos intercessores para que orem, mas eles nãopercebem que é Deus sinalizando! Se num dia o nome de alguém dacongregação não me sai da cabeça, já aprendi que é Deus pedindo que orepor ela. Ao pedir a Deus instruções em como orar por esses casos, Ele me

traz à mente vários textos bíblicos. Eis aí a importância dos intercessoresconhecerem as Escrituras: O Espírito Santo pode tirar água do poço deáguas vivas que está em nós para intercedermos corretamente.

À medida que crescemos no dom da intercessão aprendemos aconversar e a andar com Jesus, sempre alerta ao aviso divino de quealguém precisa de nossas orações. Alguns dizem que isto é aprender aestar em Cristo. Através do Espírito temos uma linha aberta ao coração deDeus. Quando esta linha está sempre ocupada com nossas conversas, éporque já descobrimos o segredo do seu coração.

Uma outra maneira que Deus usa para nos chamar à intercessão sãoos sonhos. A Bíblia fala muito a respeito dos sonhos e de sua interpretação.Quer uns exemplos? O Senhor apareceu a Jacó num sonho quando fugia deseu irmão Esaú. Deus usou os sonhos para mostrar sua glória a Faraó,exaltando a José perante a nação, como vimos anteriormente. No Novo

 Testamento há muitos relatos de sonhos. Por exemplo, Deus deu um sonhoa José paraque ele recebesse Maria como sua esposa e depois outro sonho avisandoque deveria fugir com o menino Jesus e Maria pois Herodes queria matá-Ia.É comum os intercessores terem aquilo que chamo de "sonhos espirituais".Os sonhos espirituais são bem diferentes daqueles sonhos que você temquando come muito churrasco gordo tarde da noite e vai dormir

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empanturrado. Os sonhos que Deus dá são vívidos e reais! É o tipo desonho que você fica matutando sobre ele durante um bom tempo e chegaa imaginar se você sonhou mesmo ou se estava acordado! São sonhos queficam em sua memória, ainda que seja bom anotar os detalhes enquantoestão bem claros em nossa mente. Vemos nas Escrituras que as pessoas

se lembravam dos sonhos e os contavam detalhadamente. Muitas vezesDeus fala ou avisa algo em sonho, afinal, acordados não lhe daríamosmuita atenção.

Um sonho espiritual pode vir de forma clara ou, às vezes precisa serinterpretado. Por exemplo, se o sonho é sobre um desastre temos queentender que se trata apenas de um aviso e não de uma fatalidade.Precisamos orar para Deus diminuir, impedir ou eliminar aquilo sobre oqual sonhamos.

É isto o que freqüentemente acontece com minha família. Meu esposoMike é muito mais sonhador do que eu. Ele sempre tinha sonhos em quevia tornados e tempestades vindo contra nossa casa. Tais sonhos nosdeixavam em alerta contra os ataques satânicos. Aprendemos a prestaratenção às pessoas que vemos nos sonhos, orando por elas, intercedendopara que não sejam vítimas das ciladas satânicas.

Certa manhã, Mike nos contou que sonhara que cinco tornados selevantavam contra nossa casa o que nos levou a orar com mais afincodurante aquele dia. Graças ao alerta divino, oramos e o que veio contranós foi facilmente tratado e resolvido!

Um exemplo do que quero dizer ainda está vivo em minha memória.Devido a um sonho espiritual evitamos um grande desastre. Eu estava emPhoenix falando numa conferência e, antes de sair do quarto para o salãoonde gastaria quase todo o dia, resolvi telefonar para o Mike. A voz deleestava engraçada e exigi dele que me dissesse o que estava acontecendo.Depois de um tempo, com voz pausada, ele me disse: "Cindy, ontem anoite sonhei que estava dirigindo numa auto estrada atrás de duascaminhonetes. Em cada uma delas havia um casal, e numa delas, uma dasmulheres estava grávida. O tráfego parou repentinamente. Pisei no freio,puxei o freio de mão, mas nada aconteceu, era como se estivesse emcâmara lenta. No momento seguinte eu bati na traseira da caminhonete

 jogando-a contra a outra caminhonete que estava à frente. Quandoparamos, pulei do carro para ver se tudo estava bem. Estava preocupadocom aquela mulher grávida e corri até onde ela estava para orar por ela".

Depois que me contou o sonho oramos pedindo a Deus queprotegesse as pessoas que dirigiam seus carros naquela auto estrada eespecialmente pela segurança do Mike. Pedimos que Deus desse a elesabedoria ao dirigir pela auto estrada em direção ao seu trabalho.

Ao voltar para o quarto à noite, nem preciso dizer o que fiz: corri aotelefone para saber dele como fora o seu dia e se tudo estava bem (um

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ano antes um caminhão de 18 rodas chocou-se contra o seu carro. Ele saiuileso; daí minha preocupação com ele). Mike estava eufórico à medida quecontava o que acontecera enquanto se dirigia ao trabalho. Ele me disse:"Cindy, Deus é maravilhoso! Dirigi o carro, atento e cauteloso, procurandoficar longe dos carros que iam à minha frente, procurando ver se

encontrava alguma caminho-nete. Perto do local de trabalho,repentinamente o carro que ia à minha frente bateu na traseira de umoutro. Prevenido por aquele sonho, havia mantido certa distância o queimpediu que eu também me envolvesse no acidente".

Os veículos envolvidos não eram caminhonetes e não havia nenhumamulher grávida, o que nos leva a admitir que Deus poderia ter protegidoaquelas pessoas, como no sonho. Neste caso, ninguém ficou ferido.

Quando você tiver um sonho espiritual pergunte a Deus se foi umsonho dado por Ele ou não. Se Ele disser que sim, pergunte-lhe. se Ele querque você ore a respeito do sonho. Caso você não entenda o sentido dosonho ore para que Deus envie alguém que o interprete para você. Cuide-se bem, pois o diabo pode dar sonhos que são verdadeiros pesadelos; sãosonhos que produzem medo e não aquela convicção de paz que o Senhornos dá através dos sonhos. Você deve também orar pedindo proteçãosobre as pessoas envolvidas no pesadelo.

Deus está chamando aqueles que têm o dom da intercessão. paraque formem uma grande rede, trabalhando numa grande colheita. Háintercessores em grande número chegando de toda parte. O Senhor está

reunindo pessoas como Rute e Noemi; pessoascomo Ester e Mordecai; gente como Débora e Baraque para a batalha final.

Vinita Copeland a quem mencionei anteriormente é uma pessoa porquem tenho muito afeto. Um dos seus parentes olhando para os seus

 joelhos, admirado, perguntou: "O que há com teus joelhos? Parecemcalombos de camelo?" Ela lhe respondeu que estava orando por seu filhoque, na ocasião, fugia de Deus pelas estradas da vida. Aquela pessoa lheperguntou: "Mas você não pode orar em pé?"

Foi de joelhos que esta guerreira da oração lutou toda a sua vida em

prol de milhares de membros do corpo de Cristo. Ela costumava levantar-se as quatro da manhã e ficava em oração no porão de sua casa. Ao deixaresta terra, seu corpo estava completamente desgas-tado pelas contínuasbatalhas da intercessão. O céu deve tê-Ia recebido, jubiloso!

Quando ainda era viva, fui visitá-Ia e, juntas, descemos ao porão ondecostumava orar. Vi um pequeno tapete e ao lado uma caixa de sapatos eperguntei-lhe: "Nonnie (este era o seu apelido), o que faz aquele pequenotapete ali?" Ela me respondeu: "Querida, é aqui que costumo orar". Apresença de Deus inundou o meu ser. Ajoelhei-me e peguei a caixa de

sapa-tos que estava repleta de fotografias. "Nonnie", perguntei-lhe, "Paraque servem estas fotos?"

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"São minhas fotos de oração", disse-me ela.

"Quem são estas pessoas das fotos?", voltei a perguntar.

"A maior parte dessas fotos são de gente que nem conheço",respondeu-me. "As pessoas enviam fotografias de parentes seus para queeu ore por eles". Explicou-me que costumava orar pelas pessoas até queDeus lhe dissesse: "Está bem". Só então parava de orar. Marcas delágrimas cobriam aquelas fotos de pessoas que nunca vira antes, todavia,de uma coisa tenho certeza: ela as conhecerá no céu! Estou certa que, detanto bombardear asportas do inferno com oração, as cadeias satânicas foram quebra- das davida daquelas pessoas. O dom da intercessão é aquela parte do corpo deCristo que, mesmo escondida, é poderosa, realizando grandes coisas paraDeus. Algumas vezes, quando enfrento uma luta toda especial, clamo aDeus: "Deus, levanta intercessores!" Geralmente anoto o dia e a hora emque apelei assim diante de Deus, porque, cedo ou tarde alguém telefonaperguntando: "O que aconteceu com você tal dia e tal hora?" Umaintercessora, a irmã Kay telefona regularmente, quando percebe que estouna beira do inferno brigando com o diabo. O telefone toca, e ela pergunta:"Cindy, o que está acontecendo? Enquanto orava por você lutei todo otempo contra o desencorajamento".

Como sentimo-nos encorajados em ver Deus distribuindo o dom daintercessão a pessoas dispostas a recebê-Lo. Sejamos fiéis àquilo que nosfoi concedido.

1. C.Peter Wagner, Your Spiritual Gift Can Help Your Church Grow,Ventura, California, Regal Books, 1979, pg. 74.

2. Copiado da fita da reunião dos Generais da Intercessão; palestra deFreda Lindsay no Instituto Bíblico Cristo Para as Nações, 17 de setembro de1986.

CAPíTULO 7índice

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Líderes de OraçãoEnquanto alguns são chamados para ficar no lugar secreto da oração,

outros descobrirão que seu tempo de oração serviu de campo detreinamento para projetá-Ios como líderes de grupos de intercessão.

Líderes de oração, são pessoas que têm um dom misto. O dom daintercessão está ligado diretamente com um ministério de tempo integralcomo aqueles de Efésios 4.1, apóstolos, profetas, evangelistas, pastores emestres. De acordo com Efésios estes dons são concedidos para:

"Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho doseu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todoscheguemos à unidade da fé e do pleno conhe-cimento do Filho de Deus, à

 perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo ... " (Ef 4.12,13).

Sendo assim, líderes de oração são pessoas que equipam os santosna oração e intercessão. O foco do ministério, dependerá de um domministerial particular que se encaixe com o dom da intercessão. Ainda quehaja um número variado de ministérios de intercessão em operação nosdias de hoje, quero considerar alguns bem visíveis já que manifestam umaconjugação de vários dons. Tais líderes começam, por vezes, a orar numacongregação local. Alguns ficam ali mesmo, outros começam a viajar e

ainda outros encontram organizações cujo enfoque é a oração eintercessão.

Quando compartilhamos sobre os diferentes ministérios e os váriostipos de líderes de oração, corremos o risco, é claro, de seguirmos umdeterminado tipo de ministério ou de nos modelar a uma pessoa, deixandode buscar em Deus nosso dom especial. Seguir exemplos de bons líderesnesta área é bom, contudo, temos que ter a certeza de que o chamamentoe o dom vem de Deus.

Antes de darmos os exemplos de diferentes líderes de oração, quero

listar alguns pontos que o ajudarão a sobreviver às lágrimas e desgastestão comuns na liderança da intercessão.

Um líder de oração deve pedir a Deus qual sua esfera particular deresponsabilidade já que é freqüentemente sobrecarregado com centenasde pedidos de oração e com necessida-des as mais diversas. A fama deuma pessoa que tem o ministério de intercessão se espalha rapidamente,e, mais cedo do que se imagina, estará sobrecarregado de pedidos vindosdos mais diversos lugares.

 Todos os dias recebo pedidos de oração de pessoas que telefonam ouescrevem, bem como das mais diversas organizações cristãs. Qualquerdescuido e o líder ficará sobrecarre-gado e frustrado. Muitos intercessores

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se desgastam porque não aprenderam a pedir a Deus direção sobre oquanto devem orar e o que devem interceder.

Aprendi esta verdade com uma guerreira de oração que já está com oSenhor. Mike e eu a visitamos, depois de ouvir notícias de como Deus a

usava em intercessão. Você já esteve diante de uma pessoa de tal estimae consideração em cuja presença você freia a língua com medo de dizeruma bobagem? Nós não a idolatrávamos, mas a respeitávamos muitíssimoe ansiosos queríamos aprender com ela.

No decorrer daquele dia, aprendemos muito com ela a respeito doministério da inter-cessão. Quando nos despedimos, apertei-lhe a mão,dizendo: "Vou orar por você". Olhando-me e destilando aquela profundasabedoria, fruto de uma longa caminhada com Deus, ela me disse: "Cindy,Deus pediu a você para que orasse por mim?". Para dizer a verdade, leveium choque. O oferecimento veio do meu coração, mas teria Deus meorientado a fazer assim? Eu não tinha certeza.

Enquanto regressava para casa, comecei a buscar em meu coração avontade de Deus se deveria ou não orar por ela. A resposta, finalmente,chegou: deveria orar por ela sempre que ela me viesse à mente, contudo,ela não deveria fazer parte daquele grupo de pessoas pelas quais Deuspedira que eu orasse diariamente. Como agradeço a Deus por Sua grandesabedoria, pois a lição aprendida marcou-me profundamente já que asnecessidades e pedidos de oração são muito grandes!

Não é difícil encontrar nas Escrituras as bases para as diferentesesferas de autoridade. Deus chamou Adão para cultivar um jardim. Deusnão lhe disse: "Adão, formei muitas terras e continentes e você deverávisitar todos os lugares, supervisionando cada país". Ele chamou a Adãocom um propósito bem definido.

Um outro exemplo é o de Abraão que recebeu de Deus umaautoridade específica, quando falou: "Sai da tua terra, da tua parentela eda casa de teu pai, e vai para a terra que te mostrarei" (Gn 12.1).

Quando Deus levou o povo de Israel para a terra prometida, cada

uma das tribos de Israel recebeu uma herança na terra sobre a qualdeveria manter controle.

No Novo Testamento, encontramos também alguns exemplos decomissionamentos específicos. Jesus instruiu os discípulos em Atos 1.8,dizendo: "Mas recebereis poder; ao descer sobre vós o Espírito Santo esereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia eSamaria, e até aos confins da terra". Era uma ordem específica: primeira-mente Jerusalém, depois a Judéia, a seguir Samaria e depois de tudo, osconfins da terra. O líder de oração começa seu trabalho em Jerusalém, suacasa.

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 Tem gente que gosta de pular este ponto, talvez por ser em casa queDeus funde as dobras de nossa armadura. Isto está claro em Mateus 13.57quando Jesus afirmou que "Não há profeta sem honra senão na sua terra ena sua casa."

Quando Deus nos leva pelo aprendizado da submissão, podemos,como servos, nos submeter à Sua liderança, colocando nossa carne sobcontrole. O melhor lugar é Jerusalém pois é lá que as pessoas ainda selembram de todos os nossos erros e podem avaliar o quanto crescemos noSenhor. Veja pelo seguinte ângulo: Quanto mais cedo na fornalha ardente,mais rápido passaremos por ela. Ao deixarmos Deus polir e trabalhar emnossa armadura, cresce-remos como servos de honra na casa do Senhor.Depois, quando olharmos para trás, veremos que aquele foi um tempo degrande aprendizado e de grandes bênçãos.

Anos atrás, quando passei pela prova de fogo em minha Jerusalém,uma mulher sabia-mente me disse: "Cindy, você agradecerá a Deus portudo o que hoje está passando". Não posso dizer que gostei do que ela medisse naquela hora, e dentro de mim, pensei, Você está brincando! Agorasei que ela estava certa.

Líderes de oração na igreja

Para algumas pessoas, Jerusalém não é apenas o lugar dotreinamento, é também o lugar onde Deus quer que estejam, pois Deusdeu-lhes o dom de serem pastores-intercessores. Ainda que não sejam

reconhecidas como tal nem tenham também o título de pastor, taispessoas têm profundo desejo de cuidar das ovelhas em oração, alegrando-se por ver uma ovelhinha crescer até tornarem-se guerreiros na oração.Gastam noites em oração lutando a favor do grupo que Deus lhes entregoupara pastorear.

Estes pastores/intercessores descobrirão que a maior carga de oraçãoé a favor das pessoas de sua congregação local. Freqüentemente exortamos irmãos daquela congregação para dedicarem mais tempo à oração.

O grupo de intercessão liderado por tais pessoas é a própria pulsação

da igreja. E como precisamos de grupos de oração na igreja!

O alvo das reuniões de oração de um grupo na igreja é o de orar pelasnecessidades físicas dos membros daquela congregação, por suasnecessidades financeiras, pelo pastor, obreiros, pedindo a Deus umadireção clara do papel daquela congregação na comunidade local. Umgrupo local também ora pelas nações do mundo, mas este não é o alvoprincipal. Um grupo de oração numa igreja local, geralmente não gastamuito tempo com o ensino. Muitas pessoas ensinam enquanto oram; dãouma pausa para ensinar e depois continuam a orar.

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Creio que um número cada vez maior de igrejas sentirão anecessidade de ter grupos locais de intercessão e admitirão como obreirosde tempo integral, pessoas dedicadas à oração.

Desta forma, o desejo do Senhor de ver sua igreja tomando-se uma

"casa de oração para todos os povos", será uma realidade. Quanto mais emais pastores de oração estiverem trabalhando tempo integral, novostemplos serão construídos com "capelas" ou "salas" de oração onde aspessoas poderão estar a sós com Deus. Muitas igrejas constroemrefeitórios, salas de recreação ou coisas semelhantes, e bem poucas têmlugares especiais de oração, a espinha dorsal do reino de Deus. .

Há, também, muitas igrejas que não possuem ninguém que sededique a orar por necessidades urgentes; geralmente os obreiros estãoapenas envolvidos com aconselha-mento. Quando Mike e eu planejamosuma reunião para os Generais da Intercessão, tele-fonamos para váriosministérios e pedimos para falar com as pessoas encarregadas da oraçãoda igreja. Para nossa surpresa, as igrejas, quando recebiam nossostelefonemas não sabiam para quem enviar nossa solicitação. Muitaspessoas que vieram até a convenção dos Gene-rais da Intercessão nãoeram líderes de oração em suas igrejas, apenas pessoas com um pesomuito grande na oração e intercessão.

Ministério itinerante de oração

Enquanto alguns irmãos permanecem guerreando em oração na

localidade, outros são chamados para interceder em ministériositinerantes. Muitos desses irmãos são evangelistasintercessores cujo alvo é ganhar as pessoas para Cristo. Um exemplo doque digo é Dick Eastman e seu ministério Cada Lar Para Cristo. Ele foichamado, primeiramente, como um intercessor; depois formou grupos deoração entre os jovens e criou um ministério de oração vinte e quatrohoras. Mais tarde ele fundou um outro ministério visando levar oEvangelho a cada lar em todo o mundo através da literatura evangélica.

Aqueles que têm um ministério de oração itinerante fazem partetambém de uma congregação local. Alguns têm uma função na igreja e sãoenviados a outros lugares como uma extensão da congregação local.Outros, contudo, têm tempo integral dedicado a viagens e têm, nacongregação local, a cobertura espiritual onde Deus os colocou emsubmissão. Em ambos os casos o ministério é válido já que a igreja local secoloca na brecha a favor de seusfamiliares, suprindo também as necessidades financeiras.

Quando o intercessor se coloca sob o governo da igreja duas coisasacontecem: ele recebe proteção espiritual e tem o dever de prestar contasde seu trabalho. O corpo local está sempre atento para que o líder não caia

em excessos espirituais, aquilo que costumo chamar de áreas escuras doministério. As áreas escuras são aquelas práticas sem qualquer

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fundamentação bíblica ou aqueles ensinos sem uma boa substância daPalavra. Este é um ponto crítico para os intercessores dada a natureza deseu ministério. O intercessor ouve a voz de Deus através do Espírito Santoque o orienta nas atividades de oração. É que, juntamente com a voz deDeus, outras vozes sopram dentro de nós, algumas tentando enganar-nos.

Certo intercessor colocou este assunto da seguinte maneira: "Ouvir a vozde Deus em oração é como ligar a televisão; há muitos canais disponíveismas nem todos procedem do Espírito Santo. Só porque sintonizamos umcanal e ouvimos uma voz, não quer dizer que aquela é a voz de Deus.Precisamos nos aconselhar para aprender a discernir o nosso interior e

 julgar corretamente a direção de Deus em nossas vidas". A igreja local,portanto, é o lugar onde podemos compartilhar o que Deus nos tem dadoem primeira mão.

Alguns líderes de oração se cercam de um grupo de irmãos que agem

como um conse-lho orientador, ajudando-os a manter o ministério noprumo de Deus; isto, porém, não os dispensa de continuarem a fazer partede uma congregação local. No nosso caso, Deus nos tem dado um pastorque nos orienta, bem como um grupo dedicado de líderes dentro dosGenerais da Intercessão.

Um outro tipo de dom misto é o de profeta/intercessor. Aqueles quetêm este dom profético discernem com muita propriedade as fortalezasespirituais numa determinada área, e têm uma missão espiritual muitoparecida com aquelas da "SWAT" americana. Doris Wagner os chama deEsquadrão Anti-Bombas que agem prevenindo e atacando.

Deus não somente pede aos intercessores que orem pordeterminados lugares; Ele os leva à zona de guerra para derrubarem asfortalezas espirituais e lutar contra os principados e potestades quegovernam as nações. São esquadrões que fazem uma brecha na fileira doinimigo, para que Deus entre naquele lugar trazendo um avivamento ouabrindo caminho a que os missionários entrem com a Sua Palavra.Semelhante aos estrategistas militares, tais pessoas são as primeiras aentrar na zona de guerra preparando o caminho do Senhor naquela área.Falaremos mais sobre este tema no capítulo onde trato da intercessão

profética.

Há, também, aqueles que têm o dom misto de mestres/intercessoresque se destacam internacionalmente como mestres na Palavra de Deus.Podem até ensinar sobre muitos outros temas, mas a preocupaçãoprincipal deles é com a oração e a intercessão.

 Todavia, um dos dons de maior evidência neste final de década é o deapóstolo/inter-cessor. Bob Whilhite é um dos que se movem nesta direção.Ao fundar um movimento chamado Cada Casa uma Casa de Oração, eledesafia as igrejas para que a oração seja uma prioridade na casa de Deus!

Uma nova etapa ministerial

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Como você poderá saber que está na hora de deixar um ministériolocal para ter um ministério itinerante? Afinal, o ministério é dinâmico emuda constantemente. É fácil acomodar-se à prática de uma visãoparticular e esquecer que Deus quer uma nova etapa ministerial em suavida.

Quando Deus traz uma nova etapa ministerial, algumas coisascomeçam a acontecer. Você percebe que há um período de transição e osindicadores podem ser os mais variados. Por exemplo, você percebe que jánão tem mais aquele peso de oração por determinado assunto; você seesforça e não consegue orar por determinados assuntos. Geralmente, istovem acompanhado de uma inquietação em seu espírito.

Cautela, é tudo o que posso dizer. Pode ser que muitas das coisas queestejam acon-tecendo com você não é porque Deus esteja mudando o seuministério, e sim porque você passou por alguma decepção ou frustração,e isto o desanimou. Neste caso, você precisa encontrar a raiz do problemaque você está enfrentando. Um senso de alienação pode apoderar-se devocê pelo fato de ficar ferido, dando a impressão de que procede de Deus.

Este é um tempo de transição em que as pessoas cometem osmaiores enganos pois ao sentir que há uma mudança à vista ficamvulneráveis à imitação ou falsificação. Geralmente antes de Deus trazer oque tem de melhor, o inimigo lança uma proposta que pareceincrivelmente boa. Creio que esta é uma boa razão para que os líderes deoração se cerquem de pastores e intercessores que orarão por eles.

Lembre-se, o próprio Deus pode deixar bem claro diante de você deque Ele está para fazer mudanças em seu ministério. Não arrede o pé deonde está até que Ele lhe dê paz e segurança no novo rumo a seguir.

Um período de transição, geralmente, tem um ou dois anos deduração. Tive uma experiência assim depois de haver servido numaorganização como diretora de intercessão por sete anos. Sentia que haviamudanças à vista ainda que não houvesse motivo para tal. As pessoasfalavam comigo dizendo que Deus iria tirar me daquela organização poistinha algo novo para mim.

Depois de algum tempo, entretanto, percebendo que Deus estavamudando os rumos de minha vida, dirigi-me à diretoria e compartilhei comaqueles irmãos os meus sentimentos. Quase todos concordaram que haviamudanças à vista; apenas uma pessoa discordou. Como queriaunanimidade no assunto, orei a Deus, pedindo que Ele sondasse o meucoração para ver se não estava cometendo nenhum engano. Deusrespondeu-me mostrando que lá no fundo do meu coração eu tinhaalguma coisa contra um dos membros da diretoria. Dirigi-me àquele irmãoe acertamos nossas diferenças.

Durante um bom tempo senti que Deus queria revelar meucomportamento errado e que não deveria deixar aquela organização.

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Afinal, amava aqueles com os quais eu trabalhava; eram-me como umafamília e, juntos, demos muito duro para erguer um ministériointernacional. Depois de seis meses, entretanto, fiquei convencida de quedeveria realmente deixar aquela organização. Compartilhei o assunto comos irmãos do conselho mas não havia unanimidade quanto à decisão que

deveria tomar. Mais tarde, o Senhor mostrou a todos nós a pessoa quedeveria ficar em meu lugar. No dia em que ela se engajou na organização,renunciei apoiada por todos os irmãos.

Na semana seguinte, recebi uma chamada telefônica de alguém queme convidava para trabalhar em uma outra organização. Alegrei-me porsaber que aguardara o momento certo de Deus e que Ele abrira uma novaporta de trabalho ministerial.

Quando Satanás não consegue convencer um líder de oração de queele tem que partir para outra etapa, ele o convencerá de que Deus nãoquer mudança alguma. Muitas vezes, Deus dará novas visões aosintercessores, que relutantemente, dizem: "Não! Deus me chamou parafazer o que estou realizando". Pode até ser verdade, mas você precisaraestar aberto a mudanças.

Veja a história de Abraão e Isaque. Deus pede que Abraão ofereça oseu filho em holo-causto, depois, Deus livra o menino e Abraão ofereceum carneiro que estava preso pelos chifres nos arbustos. A perguntainquietante é: E se Abraão não tivesse escutado quando Deus lhe falouuma segunda vez? Muitas pessoas morrem na visão que têm, porque se

apegam a ela esquecendo que Deus a quer dinamizar e mudar, e nãoabrem mão do que fazem!

Uma outra forma de sentir-se seguro neste período de transição é acerteza de que a voz que você ouviu é de Deus e não de homens. Pode atéser que as pessoas que lhe dizem, faça isto, ou faça aquilo sejam pessoasungidas, mas bem pode ser que não conheçam seus próprios corações.Quando tomamos decisões não devemos nos deixar envolver pela emoçãodas pessoas que querem interferir neste processo. Obedeça apenas a Deuse não aoshomens.

Aqueles líderes de oração que têm ministério itineranteexperimentam, com freqüência, muitas mudanças ministeriais, por issoprecisam ser sensíveis à voz do Senhor para saber quando Ele quer operaras mudanças. O Senhor pode até mesmo tirá-los do ministério itinerantepara um trabalho mais pastoral.

Creio que no futuro, veremos o surgimento de muitas novasorganizações, gente guer-reira que abrirá as portas para um grande moverde Deus em todas as nações. Deus tem muitos "generais" em muitos

lugares que são-lhe sensíveis; são homens e mulheres que abrem caminho

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pela oração para que outros ministérios, especialmente o de evangelista,entrem na grande colheita.

À medida que o Senhor dirige, os líderes de oração devem estarabertos às mudanças. Eles possuem dons especiais que os colocam numa

singular posição no mundo da oração. Serão de grande valor no lugar queDeus quer que estejam!

CAPíTULO 8índice

A Linguagemda Intercessão

Manhã de domingo - Que momento emocionante para um recém-

convertido! Susana está empolgada com o que Deus está fazendo em suavida e com as novas coisas que estáaprendendo. Depois de arranjar um lugar, ela passa os olhos pelos avisosda semana e pára na linha que diz: "Grupo de intercessão feminino.Reuniões: terças pela manhã. Venha reunir-se para um tempo de oraçãopela família, pela igreja e por nossa cidade".

Susana sentiu o coração bater mais forte. Então podia orar pelasnecessidades dos outros? Guardou o boletim dominical na bolsa, ansiosapela chegada da terça-feira.

Na terça, ela chega à igreja, deixa seu filho no berçário e entra nasala onde se reúne o grupo de oração.

A coordenadora pediu silêncio e Susana ficou aguardandoansiosamente as instruções. Ela está ávida por aprender, mas o que elaouve deixou-a confusa por um momento: "O Pastor Toddy deixou-me umanota escrita esta manhã dizendo que há muita oposição contra as finançasda igreja. Este problema financeiro vem prejudicando a igreja durante todoo verão e precisamos amarrar o inimigo que vem controlando os fundos,para podermos pagar nossas dívidas. Vamos todos concordar em oração,

liberar a vontade de Deus e interceder até vencermos as ameaçasquebrando o jugo do inimigo".

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Quando a coordenadora começou a orar, Susana entrou em pânico:"Que foi que me levou a pensar que posso ser uma intercessora, pensou.Nem mesmo entendi metade do que ela falou."

Este quadro não é incomum nas igrejas, hoje. Com o passar do

tempo, se Susana não desistir, acabará descobrindo o "código" daintercessão familiarizando-se com expressões como, "concordar emoração, e amarrar e desamarrar." É triste admitir, mas em muitos casos,tais expressões se tomam apenas jargões que são entendidos muivagamente. Muitos grupos de oração carecem de autoridade por nãopossuir um ensino do significado bíblico das palavras que utilizam em suasreuniões. Quando a oração se toma um jargão, os resultados são:entendimento errôneo e confusão.

Paulo faz-nos um apelo em 1 Coríntios 1.10, quando diz:

"Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, quefaleis todos a mesma cousa, e que não haja entre vós divisões; antessejais inteiramente unidos, na mesma disposi-ção mental e no mesmo

 parecer".

Escrevo este capítulo a fim de definir alguns dos termos usados peloscrentes para que os intercessores falem a mesma linguagem e orem commaior entendimento e autoridade.

Concordando em oração

"Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra,concordarem a respeito de qualquer cousa que porventura pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos céus" (Mt 18.19).

O mundo inteiro tinha os olhos fixos no muro de Berlim. Algunsincríveis fatos estavam acontecendo e em todo lugar a mídia comentava,surpresa, a nova página da história que estava sendo escrita na Alemanha.Afinal, a queda do muro de Berlim não foi profetizada previamente pela

mídia, mas, um bom grupo de crentes não somente profetizara a queda domuro, mas aguardava também com expectativa o dia em que istoaconteceria. Os interces-sores de Deus oravam, unidos, em todo o mundo,para que o muro caísse por terra. Creio que a maior parte dos guerreirosde oração não tinha idéia da missão que Deus lhes dera, que era a de orarpara que o muro fosse derrubado. Oravam conforme a vontade do Senhor.

Alguns dos líderes de oração, ao redor do mundo, se reuniram numaconferência da Rede de Guerra Espiritual em Pasadena, na Califórnia. Ostrinta líderes, sentados em círculo, tiveram como tema principal dediscussão a queda do muro de Berlim. Foi interessante ouvir os relatos decada pessoa ali presente.

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O irmão Dick Eastman nos contou que orou pela queda do muro deBerlim numa fria manhã de inverno; ele impôs as mãos sobre o muro eorou para que fosse derrubado. Contou-nos, surpreso, que não esperavaque o muro ruísse imediatamente como aconteceu com Jericó, cria,entretanto, que um dia seria destruído. Gwen Shaw, intercessora-líder de

uma organização conhecida como "Servas dos Últimos Tempos", esteveorando com um grupo de intercessores junto ao muro dois anos antes daqueda. Um ano antes do muro ser destruído, enquanto orávamos por ummissionário de nossa igreja que iria trabalhar na Alemanha, Deus me deuas seguintes palavras: "Eu despedaçarei os portões de bronze e as gradesde ferro; o muro será despedaçado e não ficará pedra sobre pedra enenhum tijolo agarrado ao outro. Eu libertarei o meu povo que jaz sob aescravidão". Sei que outras pessoas também estavam tendo revelaçõessimilares, não sabia na ocasião, contudo, quem eram, onde estavam e oque faziam.

Além dos muitos relatos daquela reunião, fiquei sabendo que osestudantes do Instituto Cristo Para as Nações da Alemanha oravam,insistentemente, para que o muro caísse e eles pudessem entrar ali com amensagem do Evangelho. Os estudantes daquela escola bíblica erammovidos por uma fé tremenda, afinal, o prédio usado como InstitutoBíblico, fôra construído por Hitler para treinamento da elite do exércitoalemão. Fico pensando se alguém não esteve ali em oração, enquantoHitler construía o prédio, requisitando-o para o Reino de Deus.

Estes são alguns dos exemplos do significado de concordar em

oração. Neste caso, Deus colocou no coração de seus intercessores aoredor do mundo, o mesmo desejo de orar pela nação alemã. Isto não éincomum. Creio, realmente, que os intercessores são os precursores dahistória, pois toda vez que a história é empurrada e colocada sob avontade de Deus, eles já estiveram ali orando a Deus. Numa escala menor,isto acontece sempre que dois ou três estiverem unidos em oração. Esteconceito está bem claro no livro de Amós: "Certamente o Senhor Deus nãofará cousa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os

 profetas" (Am 3.7).

Quando sabemos que o que ocorre nas pessoas e nas nações é oresultado do "concor-dar em oração", surgem algumas perguntas que têmde ser respondidas.

A primeira pergunta é: O que é concordar em oração? Com o quê podemoscomparar?

O "concordar em oração" é a mais poderosa arma disponível aosintercessores. A pala-vra concordar, no texto grego, quer dizer "estar emharmonia ou em sinfonia" e pode ser melhor entendida quando pensamosnuma orquestra sinfônica. Na orquestra, cada instru-mento participa

contribuindo com aquilo que pode tocar satisfazendo o gosto docompositor e maestro. Semelhantemente, a Bíblia nos diz que Deus usa

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muitos tipos de orações através de um sem número de pessoas paraorquestrar sua melodia divina de oração. Deus não responsabiliza e nempede que somente uma pessoa faça Sua vontade na terra. Sabemos, comisto, que é muito importante ocuparmos nosso espaço na oração. Podemosombrear com outra pessoa, em oração, ajudando-a a suportar a carga que

ela tem por alguém.

Podemos, também, comparar o que é "concordar em oração" comvárias pessoas en-chendo uma banheira de água. Alguém a enche vintepor cento, outra pessoa trinta, ainda outra enche dez e a última quarentapor cento. Quando a banheira transbordar, a tarefa estará completada.Este princípio é muito importante já que muitas pessoas acham que orammuito pouco. Na realidade, o pouco que oram pode ser aquele um porcento que faltava para encher a banheira.

Podemos deduzir desta ilustração, que nunca saberemos o quanto asdemais pessoas estão orando, daí que cada um de nós devemos orar como maior fervor possível.

Algumas pessoas acham que tem gente demais orando, mas lembre-se: na orquestra de Deus cada instrumento toca a sua parte. Fiqueientusiasmada com um pastor dizendo à sua congregação: "Quero quevocê ore como se fosse a única pessoa orando e como se a respostadependesse única e exclusivamente de sua fidelidade". Se você não orarquando for o seu turno de oração, Deus procurará outra pessoa para tapara brecha mas isto poderá retardar por um tempo o cumprimento de Seu

propósito.

Sempre que os intercessores se reúnem para orar, descobrem, afinal,que todos têm o mesmo peso de oração, intercedendo pelas mesmasnecessidades.

Outra pergunta a respeito de concordar em oração, é: "Por que sintotanta urgência de orar por um assunto que tanta gente já está orando?"

Quem sabe você é o último balde que faltava para encher a banheira?Uma oração que Deus usará para quebrar toda e qualquer resistência ao

cumprimento de Sua vontade! É aquele tipo de oração ou súplica que nosfaz gemer, como quem está com dores de parto (sobre a qual falarei maisadiante). A pessoa que ora poderá ser a última daquele elo de intercessão;a unção e a graça de Deus sobre ela são elementos necessários parareverter ouimpedir um desastre. Numa hora assim, Deus revela ao intercessor adimensão do problema, como foi o caso de Neemias que orou pelo retornode Israel.

Uma outra questão a respeito do concordar em oração, é: "Quantaspessoas precisam orar até que um pedido seja respondido?"

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Vários fatores determinarão o número de pessoas chamadas por Deuspara uma tarefa de oração:

1. Que tipo de fortaleza você está enfrentando em oração? (Veja aexplicação do que é uma fortaleza mais adiante neste capítulo). Que tipo

de força está agindo contra uma pessoa ou contra um grupo de pessoas?Quanto maior a resistência e quanto mais alta a atividade da potestadeterritorial, mais pessoas serão convocadas para quebrar a fortaleza.

2. Que nível de autoridade no Espírito tem a pessoa que está orando? Nãoestou dizendo que um tipo de oração serve e outro não ou que outras sãomais importantes! Temos observado que os guerreiros veteranos deoração, aquelas pessoas que têm experimentado o mover deDeus de muitas maneiras, respondendo-Ihes a oração, digo, essas pessoassentem uma espécie de elevação espiritual a um nível maior quando secolocam na brecha a favor de necessidades específicas. Isto aconteceporque crêem, de coração, que Deus as atende quando oram conforme aSua vontade. Como resultado de tal tipo de oração, o intercessor érevestido de uma autoridade especial. Quando o intercessor chega a esteponto, sua oração é como uma sirene avisando o diabo que ele perdeu aguerra.

A oração e o jejum são, também, componentes básicos necessáriospara que a vontade de Deus seja feita. O jejum eleva a oração a umapotencialização matemática. É por isso que pedimos que se formemcadeias de jejum e oração por determinados assuntos. O jejum atinge

coisas que não seriam alcançadas somente com a oração.

Uma última pergunta: "Como posso efetivamente concordar emoração com alguém que me traz uma necessidade?"

Se alguém pedir-lhe para orar concordando com ele em oração, vocêprecisa levar em conta estes pontos:

1. Como orar a respeito de uma necessidade? Por exemplo, vocêpoderá estar orando para que Deus realize um milagre e cure aenfermidade de algum parente. A pessoa com a qual você está

orando, poderá estar apenas pedin-do a Deus que a conforte no leito de dor. Geralmente perguntoàs pessoas que me trazem o pedido de oração: Que direçãoDeus lhe deu neste caso? Afinal, posso ou não concordar com otipo de oração que estão fazendo!

2. Se eu não concordar com o que estão orando, não precisareidiscordar na frente da pessoa. O que faço, nestes casos, émostrar-Ihes que Deus está me dirigindo a orar de outramaneira: Caso concordem comigo, oro imediatamente comessas pessoas. Desta forma, não preciso preocupar-me em orarnovamente sobre o assunto ou ficar sobrecarregada depedidos.

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3. Acaso Deus já lhe deu alguma passagem bíblica a respeitodesta necessidade? Você e a outra pessoa estão unidas nomesmo propósito?

4. Se ambos concordam, poderão orar mais ou menos assim: "Pai,

concordo com o pedido que meu amigo orou diante de ti nestedia. Obrigado, Pai, pois Tua Palavra de clara que 'se dois de vósconcordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem,ser-lhes-á feito por meu Pai que está nos céus'. Agora, pai,firmados em Tua Palavra, agradeço-Te por responderes estaoração. A Tua Palavra diz que a fé 'é a certeza de cousas quese esperam, a convicção de fatos que se não vêem'. Oro comfé, pedindo-Te estas coisas, agora, em nome de Jesus, Amém!".

Orando até o fim!

Orar até o fim é o que chamo de ser persistente na oração até termoscerteza de que Sua vontade foi feita na terra.

Uma das perguntas que freqüentemente ouço pelos iniciantes naintercessão, é: "Quando devo parar de orar?" Há várias maneiras de

sabermos que uma oração já foi respondida:

1. O Espírito Santo já não nos lembra de orarmos por aquele assuntocomo anteri-ormente. Deus nos lembrará de orar, continuamente,por um assunto ou por alguma pessoa enquanto Sua vontade nãofor estabelecida.

2. Quando tentamos orar por um assunto e não temos desejo algum deorar a respeito. Costumo dizer que não existe mais unção do EspíritoSanto para orar por aquela questão. Podemos ou não ver a respostano mundo natural, mas do ponto de vista de Deus o assunto já foiencerrado.

3. Quando Deus nos conduz pelas Escrituras, mostrando-nos que avitória já foi obtida.

4. Através das circunstâncias, Deus nos faz saber que o assunto estáencerrado no mundo natural. Por exemplo, a pessoa foi curada ourestaurada.

 Tive, certa vez uma experiência enquanto dirigia o automóvel.Naquele dia, fiquei convicta de que Deus havia respondido nossas oraçõesem relação à volta da leitura da Bíblia nas salas de aula das escolaspúblicas. Senti, também, que nossa oração pedindo permissão para que

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Clubes Bíblicos se instalassem nas escolas foi atendida nas regiõescelestiais. Sentí-amos urgência quanto a este assunto pois houve umdeclínio moral muito grande em nos-sas escolas desde que uma lei, proibindo a leitura da Bíblia, foi aprovada.Pedíamos, em oração, que uma nova lei fosse aprovada permitindo a volta

da leitura bíblica nas escolas. É interessante como Deus me deu certeza deque a oração fora respondida: no momento, nem pensava no assunto, aocontrário, enquanto dirigia estava orando a Deus pedindo direção sobre oministério itinerante na qual estava envolvida.

A presença do Senhor encheu o automóvel. Procure prestar atençãosobre o que acontece quando você está a sós com Deus. Deus sempreresponde aquelas orações feitas muito tempo antes, ao invés de responderaqueles pedidos pelos quais você está, agora, orando. Deus trabalha deforma misteriosa, sem nos cansar. Naquela hora, tive uma visão em que

 Jay Sekulow, um advogado, estava em pé diante da Suprema Corte emWashington. Ele comparecera anteriormente diante da Suprema Cortedefendendo um judeu que se conver-tera ao cristianismo e ganhara acausa. Eu não o conhecia pessoalmente e não havia motivos de ficarpensando nele. Na visão eu o via argumentando perante os juízessolicitando a apro-vação de uma lei concedendo liberdade de oração nasescolas. Aquilo causou-me. uma sensação tão forte que comecei a orar dealegria. Chorei tanto que quase tive que parar o carro no acostamento.

Mais tarde, chamei Davi Barton por telefone e dei-lhe as boas-novas,como se tivesse lido a notícia nos jornais. Eu sabia que Deus já havia

respondido e que o caso fora resolvido no mundo espiritual. Teríamos quelutar muito na esfera natural, é claro, mas Deus havia res-pondido e dadoo seu okay sobre o assunto. Davi Barton, mais tarde, escreveu uma notaaos Amigos da Corte que ajudou na aprovação da lei na Corte americana.

Em junho de 1990 enquanto estávamos de férias com a família, li no jornal que Jay ganhara na Suprema Corte uma causa permitindo que osClubes Bíblicos voltassem às escolas públicas. Aquela vitória nos céus foi,definitivamente, homologada pela Suprema Corte dos Estados Unidos daAmérica.

Quebrando o jugo

"Viverás da tua espada, e servirás a teu irmão; quando, porém, telibertares, sacudirás o seu jugo da tua cerviz" (Gn27.40).

Os jugos são opressões espirituais e cargas que Satanás coloca sobreas pessoas para mantê-Ias na escravidão. É comum ouvirmos osintercessores usarem a expressão quebrando o jugo. Você precisaconhecer o que era um jugo nos tempos bíblicos e só então entenderá osentido desta expressão no mundo espiritual. Geralmente, eram duas

cangas, ou jugos, que eram colocados no pescoço de dois animais. O boimais forte ficava com a canga maior e o mais fraco, caminhava ao lado,

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com uma canga menor. Trabalhavam juntos mas o boi mais fraco lavrava juntamente com o mais forte. O texto de Mateus 11.29,30 fica bem claropara os crentes: "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porquesou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossasalmas. Porque o meu jugo é suave e o meu

fardo é leve".

Quando estamos com o mesmo jugo de Cristo, o fardo ou a carga ébem menor porque Ele, como o mais forte, suporta o maior peso. Satanásimita este princípio bíblico, colocando cangas na vida das pessoas,oprimindo-as, subjugando-as ao pecado, à lei, ao ocultismo e às práticassensuais.

Sansão é um bom exemplo de alguém que tinha sobre o seu pescoçoo jugo de Satanás. Ele era um homem poderoso mas ficou subjugado aosfilisteus devido a um relacionamento amoroso com Dalila. Esta canga,colocou-o sob tal cegueira espiritual a ponto de não poder livrar-se dosencantos de Dalila. O mesmo acontece hoje com os líderes e pastores. ABíblia deixa bem claro que não devemos entrar em jugo desigual com osincrédulos: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos;

 porquanto, que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ouque comunhão da luz com as trevas?" (2 Co 6.14).

Como devemos orar por aqueles que estão sob o jugo de Satanás? Hávárias armas eficazes:

1. Jejue. Isaías 58.6, diz: "Porventura não é este o jejum que escolhi,que soltes as liga-duras da impiedade, desfaças as ataduras daservidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo?"Quando um líder está envolvido em pecado, sugiro uma cadeia de

 jejum durante vinte e um dias. Várias pessoas se comprometem a jejuar abstendo-se de alimentos, jejuando num de terminado dia.Cada pessoa precisa saber quais as razões do jejum e comprometer-se a fazer sua parte para que o elo não seja quebrado.

2. Amarrando e soltando. Orar, atando todo o poder do pecado, dolegalismo, das práticas ocultas e de outras coisas na vida de uma

pessoa. Proíba o diabo de manter uma pessoa sob sua tutela,escravizando-a.

3. Ordene ao diabo que pare de cegar as pessoas às verdades doEvangelho (2 Co 4.4).

4. Caso exista fornicação ou adultério na pessoa pela qual você estáorando, interceda para que os laços do diabo sejam rompidos. Ore,liberando a pessoa e ordenandoque todo o relacionamento perverso seja terminado. A passagem deEzequiel 13.18-23, descreve uma mulher que usa a feitiçaria paracaçar vidas humanas. Isto acontece freqüentemente nos dias hoje.Caso alguma pessoa esteja enredada pelos laços do diabo como foi

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o caso de . Sansão, haverá a necessidade de jejuar e orar soltandoos jugos que prendem a pessoa.

5. Louvor. O Salmo 149 diz que o louvor liberta as pessoas do cativeiro."Os altos lou-vores de Deus" servem para "meter os seus reis em

cadeias e os seus nobres em grilhões de ferro". Num outro capítuloentraremos em maiores detalhes a respeito.

6. Unção do Espírito Santo. Uma das armas mais eficazes paradespedaçar os jugos é a unção. O Espírito age através de nós naintercessão despedaçando os jugos do dia-bo. O profeta Isaías diz: "E acontecerá naquele dia, que a sua cargaserá tirada do teu ombro, e o seu jugo do teu pescoço; e o jugo serádespedaçado por causa da unção" (Is 10.27 RC).

Podemos orar para quebrar os jugos da seguinte maneira:

"Pai, em Nome de Jesus, quero te agradecer por tua vitória na vida(cite o nome) pois todo o jugo que o inimigo trouxe à esta pessoa estáquebrado, pelo Teu poder. Satanás, você perdeu o direito sobre esta vida enão a levará mais ao pecado. Senhor, agradeço-Te que a cegueira caiu dosseus olhos e ela não cairá mais em pecado por causa da luz da tuaverdade. Revela-Te, nesta hora, à esta pessoa (cite o nome) para queconheça os teus caminhos. Em nome de Jesus. Amém".

Destruindo fortalezas

As fortalezas são fortificações construídas por Satanás com o fim deexaltar-se contra o conhecimento e os propósitos de Deus. "Porque asarmas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, paradestruir fortalezas; anulando sofismas" (2 Co 10.4).

A antiga cidade de Pérgamo era uma fortaleza do inimigo nos dias de João, o apóstolo. Apocalipse 2.13, diz:

"Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e

que conservas o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, ondeSatanás habita"

O dicionário bíblico de Unger diz o seguinte sobre Pérgamo:

"A cidade (Pérgamo) era idólatra e o monte central, uma dasmaravilhas do lugar, era cheio de estátuas e altares. A cidade era unidaatravés de uma catedral pagã, uma cidade universitária e o palácio real.Cada rei fazia o melhor possível, gastando tanto quanto podia paraembelezá-la. Era uma cidade totalmente pagã, um lugar sagrado, cidadede templos, cuja devoção era adoração sensual".(1)

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Percebe-se que Pérgamo era uma cidade iníqua, lugar onde Satanáspodia livremente reinar.

Há vários tipos de fortalezas. Gary Kinnaman em seu livroOvercoming the Dominion of Darkness (Vencendo os Poderes das Trevas),

define com clareza três tipos de fortalezas. Apresento aqui um resumodelas:

1. Fortalezas territoriais. São hierarquias de seres celestiais das trevasàs quais Satanás deu-lhes o direito de influenciar e controlar asnações, comunidades e famílias. Al-gumas forças demoníacas invadem, massivamente, determinadasáreas fortalecendo algum tipo de iniqüidade na região. Algumascidades se tornam fortalezas idólatras, outras se tornam fortalezassensuais ou lugares de habitação de espíritos religiosos.

2. Fortalezas ideológicas. Isto tem a ver com a dominação satânica domundo através das filosofias que influenciam as sociedades e asculturas. A teoria da evolução natural das espécies de CharlesDarwin é um bom exemplo do que quero dizer pois opõe-se,totalmente, à teoria bíblica da criação. Estas fortalezas estão muitobem descritas em 2 Coríntios 10.5, que diz: " ... e toda altivez que selevante contra o conhecimento de Deus, levando cativo todopensamento à obediência de Cristo".

3. Fortalezas pessoais. São coisas que Satanás utiliza para influenciar a

vida de uma pessoa; pecados pessoais, pensamentos, sentimentos,atitudes e comportamentos.(2) 

O irmão Edgardo Silvoso do Evangelismo de Colheita dá uma outradefinição de fortalezas: "Uma mente impregnada com a falta de esperançaé também uma fortaleza, especialmente porque leva o crente a aceitarcomo imutável aquilo que de mesmo sabe ser contrário à vontade de

Deus".(3)

Em setembro de 1990 os Generais da Intercessão reuniram-se nacidade de Mar del Plata, Argentina, com o objetivo de orar pela cidade. O

que aconteceu naquele ano, deixou-nos boquiabertos. Na ocasião, tivemoso entendimento de que quatro espíritos territoriais sob as ordens de umhomem forte, ou demônio, governava a cidade. Cerca de trezentosguerreiros formados por pastores e irmãos da igreja preparam-se em jejume oração, reunindo-se na praça para orar pela cidade. Os pastores alipresentes, humilharam-se diante de Deus em oração. Eram quatro horasda tarde quando começamos a orar contra o espírito dominador defeitiçaria. Naquela hora, o relógio da torre da igreja deu as quatrobadaladas e intensificamos a intercessão contra o demônio de feitiçaria.

Mais tarde, um dos pastores atendeu a uma chamada telefônicaindagando sobre o que teria acontecido às quatro da tarde. Descobrimos

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que havia uma macumbeira que, durante dois anos, se unira com outrosfeiticeiros para trabalhar contra os pastores da cidade.Exata-mente àsquatro da tarde ela morreu de um ataque fulminante.

Ficamos apreensivos quando ouvimos aquele relatório. Não nos

alegramos com a morte daquela mulher, sentimos, contudo, que Deusestava dando uma mensagem clara de juízo sobre os macumbeiros. OSenhor dos Exércitos fez uma linha demarcadora na areia e disse: "Chega,Diabo!" Quando as fortalezas de Satanás são derrubadas seu reino nãopermanece em pé! Tenho em mente o texto de Lucas 11.21,22:

"Quando o valente, bem armado, guarda a sua própria casa, ficamem segurança todos os seus bens. Sobrevindo, porém, um mais valente doque ele, vence-o, tira a armadura em que confiava e lhe divide osdespojos".

No último capítulo "Possuindo os Portais do Inimigo" falaremos commais detalhes sobre o significado de derrubar as fortalezas.

Súplicas

A súplica, é um clamor a Deus tão forte, que pedimos como seestivéssemos mendi-gando.

A palavra súplica, de acordo com a Concordância Bíblica de Strong,significa "mendigar"(4) . É um tipo de intercessão não muito comum poraqueles que ensinam sobre oração. É aquele tipo de oração feita um pouco

antes do dia de pentecoste mencionado em Atos 1.14: "Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, eMaria mãe de Jesus, e com seus irmãos" (RC).

Súplicas e dores como de parto (sobre os quais trataremos maisadiante) estão intima-mente ligados. A súplica pode ser comparada à umamulher que está para dar à luz; não tem escape, ela dará à luz! É aquelaoração "Deus precisamos de ti, agora!". É o tipo de oração que fazemosquando uma pessoa está às portas da morte. O Senhor arrebanha o seupovo para orar com muitas súplicas, um grito de "SOS". Geralmente,

acontece comigo quando o Senhor me acorda, subitamente, no meio danoite. Sinto que é um "SOS". Salto da cama e começo a orar pela pessoaque me vem à mente ou por alguém que acabei de sonhar ou ver numavisão.

Isto freqüentemente acontece comigo. Quando alguém está emperigo e precisa de intervenção divina, é Deus procurando alguém que secoloque na brecha. Deus pode me acordar a hora que quiser. Na realidade,as orações de súplicas foram o sinal de que Deus estava concedendo-me odom da intercessão.

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Ligar e desligar

"Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no

céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vosdigo que, se dois de vós concor-darem na terra acerca de qualquer coisaque lhe pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus" (Mt 18.18,19 RC).

Duas das mais poderosas armas de guerra espiritual são o ligar e odesligar, ou o proibir e o permitir. Tem gente que confunde o seu sentido eacha que não há precedentes na Bíblia para tal coisa. Vejamos,primeiramente, o sentido de amarrar e desamarrar (outra forma deexpressar-se), com alguns exemplos práticos. Gary Kinnaman dá a baseteológica para ligar e desligar.

"O uso da palavra ligar e desligar, de fato, não tem sua origem em Jesus. Era uma expressão ou um dialeto usado pelos rabinos judeus do primeiro século. Alexander Bruce em seu livro The Expositor's Greek NewTestament diz que ligar e desligar (no grego deo e luo ) simplesmente quer dizer "proibir e permitir", isto é, estabelecer (VoI. 1, pg 225). As auto-ridades religiosas do tempo de Cristo reservavam a si mesmas o direito deestabelecer re-gras, parâmetros ou chaves para as práticas religiosas einteração social.

Deo, que tem o sentido de amarrar e ligar, expressa também umcontrole sobrenatu-ral. Em Lucas 13.15-16, Jesus repreendeu um líder  judeu, dizendo: "Hipócritas, cada um de vós não desprende (gr. luo,desligar) da manjedoura no sábado o seu boi ou o seu jumento, para levá-lo a beber? Por que motivo não se devia livrar (gr. luo, desligar,desamarrar) deste cativeiro em dia de sábado esta filha de Abraão, aquem Satanás trazia presa (gr. deo, ligada, ou amarrada) há dezoito anos?"(5)

Os líderes religiosos dos dias de Jesus entendiam apenas o significadonatural de ligar e desligar. Jesus lhes mostrou no caso da mulher

encurvada por um espírito de enfermidade, que amarrar e desamarrartem, também, o seu lado espiritual. Observe atentamente que Jesus deuênfase ao fato de que aquela mulher estava presa por Satanás há dezoitoanos!

Você percebe que os líderes judeus ficaram furiosos porque Jesusdisse aos seus discípulos que eles tinham autoridade para ligar e soltar e,contudo, não faziam parte do sistema político/religioso da época? Elesperceberam que Jesus concedia aos discípulosautoridade sobre o mundo espiritual nos lugares celestiais. É aqui que a

verdadeira ação, do amarrar e soltar ocorre; é, das regiões celestiais, que

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todas as coisas na terra podem ser ligadas e desligadas, permitidas ouproibidas.

Ligando ou amarrando

Há dois tipos de ligaduras, uma negativa e a outra positiva e ambassão importantes na guerra espiritual. Vejamos primeiramente o amarrarnegativamente.

Amarrando no sentido negativo

Vou ilustrar com um exemplo de minha cidade o sentido de amarrarnegativamente. A cidade de Weatherford tem tudo o que você esperaencontrar numa pequena cidade texana. Anualmente, a cidade patrocina

um rodeio onde os vaqueiros vêm de todos os lugares para competir.Disputam quem é o melhor laçador, o melhor domador, montador de touroe, tem aquela disputa onde o vaqueiro salta do cavalo sobre um novilhoderrubando-o por terra!Laçar um boi, prendendo-o pelos chifres e pés é a melhor ilustração para oque estamos afirmando. O vaqueiro persegue um boi e do alto do seucavalo, laça-o derrubando-o por terra; depois amarra-o pelas pernas edeixa-o imobilizado. Aí, é só virar para a galera e vibrar!

 Temos aí, um quadro do que acontece no mundo espiritual quando

oramos amarrando a Satanás impedindo-o de agir em determinadassituações. Como isto funciona?

Primeiramente certificamo-nos de uma situação na qual Satanás estáarrumando confusão. A desunião é um bom exemplo. Satanás penetra nomeio de um grupo da igreja soprando algo assim nos ouvidos dos irmãos:"Seu pastor é um desalmado.Você se lembra da última vez que ele foi àsua casa? Você esteve doente e não recebeu nenhuma visita?". Ou diz: "Aorganista nem ligou para você. Ela deve estar falando de você pelascostas". Ele joga seus laços sujos sobre seu pescoço e, sem perceber, aspessoas começam a criar fofoquinhas umas das outras.

Em seguida, como intercessores, percebemos a desunião entre osirmãos e começamos a orar. Tomando a ilustração do vaqueiro pegamosnosso laço que é a Palavra de Deus, e montamos no cavalo da oraçãodetendo as obras de Satanás.

Em terceiro lugar, jogamos o laço declarando a Palavra de Deus:"Satanás, eu te ato em Nome de Jesus Cristo! A Palavra de Deus diz quetudo o que eu ligar na terra será ligado nos céus. Eu te ordeno: pare deprovocar divisão no meio do povo de Deus!" Podemos declarar: "Satanás,conforme diz a Palavra de Deus, eu te proíbo de causar divisões, em nomede Jesus, o Nazareno!"

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Em alguns casos é necessário que mais de uma pessoa ligue oudesligue em oração. O ligar e desligar são armas que devem ter comofundamento a concordância em oração. Conforme nossa ilustração, umnovilho pode ser mais facilmente dominado enquanto que um touro bravopode derrubar um vaqueiro por terra. A oração deve ser feita por um grupo

unido, ou por pessoas que concordemente orem em lugares diferentes,mantendo uma cadeia de oração no mesmo horário. Ao orar, cadaindivíduo joga um laço até que a oração detenha o touro feroz ou o ataquede Satanás.

Esta é uma arma tremendamente eficaz para perto e para longe jáque no mundo espiritual não há distâncias. Em outras palavras, nãonecessitamos estar orando ao lado da pessoa que está sendo atacada parapoder atar e parar a obra de Satanás.

Alguns anos atrás, uma mulher, aos prantos, chamou-me pelo telefone,de manhã bem cedo. Demorei algum tempo até descobrir quem era e oque estava acontecendo com ela. Entre soluços, conseguiu dizer-me queuma amiga sua fora internada num hospital psiquiátrico e queria que euorasse por aquela pessoa. Comecei a orar fervorosamente amarrando asforças inimigas que haviam prendido aquela pessoa. Senti como se os elosde uma corrente fossem quebradas da mente dela e uma grande paz nosinundou. Uma semana depois ela me telefonou dizendo que sua amigahavia se recuperado totalmente e que tivera alta naquele mesmo diaquando, juntas, oramos a Deus. As mãos do inimigo foram atadasimpedindo-o de controlar a mente daquela pessoa. Ela ficou totalmente

liberta.

Ligando ou amarrando

positivamente

Os intercessores, geralmente, se esquecem de um aspectointeressante do poder de amarrar, que é o atar positivamente. Isto ocorrequando declaramos a Palavra de. Deus contra uma determinada situação.Precisamos entender que as palavras têm muito poder. Fomos feitos àimagem de Deus e Ele trouxe o mundo à existência pelo poder de Suas

palavras. Provérbios 18.21 diz: "A morte e a vida estão no poder da língua,o que bem a utiliza come do seu fruto".

Quando amarramos o inimigo utilizando como arma a Palavra deDeus, nós o enfraquecemos minando sua resistência contra o propósito deDeus.

 Jesus nos deu um exemplo do que quero dizer. Ele amarrou o diabousando, positiva-mente, a Palavra de Deus contra ele no deserto,enfraquecendo, e quebrando com a Palavra as intenções satânicas.

Amarrar ou ligar positivamente não é uma coisa automática pois nemsempre detém a ação do diabo imediatamente. Às vezes, a luta pode

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estender-se por muito tempo como no caso de Jesus que lutou durantequarenta dias com Satanás no deserto. Mais adiante falare-mos sobre istocom maior riqueza de detalhes.

Podemos usar o Salmo 133.1 positivamente para ligar a unidade da

Igreja: "Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos" .

No momento em que você começar a orar por seus entes queridos oupor amigos seus que precisam conhecer o Senhor, a Palavra de Deuscomeçará a agir em seus corações. A Palavra de Deus cria vida no seuinterior, combatendo os pensamentos maus que se levantam contra oconhecimento de Deus.

Em Provérbios 6.20-22 temos o seguinte: "Filho meu, guarda omandamento de teu pai, e não deixes a instrução da tua mãe; ata-os

 perpetuamente ao teu coração, pendura-os ao teu pescoço". As palavras

dos pais quando atadas nos corações dos filhos os conduzem à vida.

Quando dizemos: "Satanás eu te ato e te proíbo de atuar na vida detal pessoa",estamos dando uma ordem, amarrando a ação do diabo navida daquela pessoa, conseqüentemente, precisamos contra-atacarpositivamente semeando a Palavra de Deus na vida daquela pessoa. Estáescrito em Jeremias: "Olha, que hoje te constituo sobre as nações, e sobreos reinos, para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares, etambém para edificares e para plantares" (Jr 1.10).

Quando Jesus expulsou os cambistas do templo, Ele declarou a

Palavra que os amarrou positivamente: "Está escrito: A minha casa serácasa de oração; mas vós a transformastesem covil de salteadores" (Lc 19.46). Jesus, obviamente, tinha razões desobra em citar a Palavra de Deus, e uma delas, foi a de voltar aestabelecer o templo como uma casa de oração.

Desligando ou soltando

Os cativos ficam livres da mão do inimigo, quando os desligamosatravés da intercessão. Quero compartilhar o que aconteceu com um

grupo de intercessores e, depois, analisar a maneira como isto aconteceu.

A equipe de intercessores se reuniu para uma vigília de oraçãodurante o segundo con-gresso de evangelização mundial em julho de 1989nas Filipinas. Guerreiros de peso estavam ali reunidos para uma batalha deoração. Robert Birch e Ben Jennings da Great Commission Prayer Crusade(Cruzada de Oração da Grande Comissão); Joy Dawson uma intercessoravalente, todos se reuniram com muitos dos gigantes guerreiros de oração.Eram homens e mulheres cujas espadas, afiadas durante anos de guerra,abriam uma clareira nas fileiras do inimigo. Tínhamos vários pedidos deoração, pelos quais estávamos orando quando chegou um pedido urgentede um missionário conhecido como Bruce Olson. Só entenderemos a

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urgência do pedido, quando entendermos a esfera de ação do que Deusfez através de Bruce Olson.

Bruce é missionário entre as tribos Motilone na Colombia, cuja vida éexemplo de cora-gem a todos quantos Deus chama para o trabalho

missionário. Saiu a campo quando tinha apenas 19 anos de idade semqualquer experiência missionária, apenas com o peito ardendo em fazer avontade de Deus. Na primeira vez que tentou evangelizar os Motilonesquase foi morto, pois os índios acabavam com qualquer pessoa que seaproximasse de sua tribo.

Depois de anos de tentativa, sem desistir, aprendeu o idioma e levoumuitos índios a aceitarem a salvação em Cristo Jesus. Ele conseguiuempregar entre eles novas técnicas agrícolas, um bom sistema deprevenção de saúde e novas escolas.

Sabíamos de todos os sacrifícios feitos por ele e demo-nos conta doseu pedido de oração: ele fora seqüestrado há nove meses porguerrilheiros que queriam usá-lo para barganhar contra os índios. Osguerrilheiros anunciaram que Bruce Olson seria morto.

Ficamos perplexos com o que havia acontecido. Sabíamos que nãoera uma ameaça de brincadeira pois muitos outros haviam sidomartirizados pelos guerrilheiros. Ficamos sabendo que ele estava prontopara encontrar-se com Deus mas todos entendemos que ainda não era otempo de Deus para ele. Quando começamos a interceder, sentimos que o

Senhor queria dar um fim naqueles ataques guerrilheiros e que Bruce seriamuito usado no ministério.O inimigo tinha que ser detido e o cativo libertodo seu cativeiro.

Quarta-feira, 12 de julho de 1989, Joy Dawson conduziu-nos emoração a favor de Bruce. Joy é uma irmã guerreira, uma general do exércitode Deus e não mede esforços na intercessão. Ela é uma baixinha de olhosverdes nascida na Nova Zelândia. Em pé, ficou diante de Deus sem nadadizer enquanto todos aguardávamos, certos de que Deus se colocava emprontidão por algo que estava por acontecer.

Ela começou louvando, agradecendo e engrandecendo a Deus porsua soberania e por ter completo controle da situação. A seguir, entregouBruce nas mãos de Deus dizendo que confiava em sua fidelidade e queDeus estava agindo a favor de Bruce. Pediu que Deus fizesse alguma coisacom Bruce e com os seqüestradores para que Seu nome fosse glorificado.Com fé, creu que Deus iria responder àquele clamor.

A seguir, pediu que Deus enviasse seus anjos para ministrar-lheconforto e mantê-Io em paz!

 Joy ficou na brecha entre Bruce Olson e as forças satânicas. Os

intercessores concor-daram à medida em que ela lutava nas regiões

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celestiais certa de que, naquele momento, Deus lhe concedia autoridade edeterminação como um comandante-chefe no meio da guerra.

Empunhando a espada do Espírito ousadamente deteve as forçassatânicas que tra-balhavam contra a vida de Bruce Olson, usando o texto

bíblico de Mateus 18.18: "tudo o que ligardes na terra será ligado no céu ".Declarou a seguir que o sangue de Jesus é eficaz na derrota de Satanás e,exercendo fé em o nome de Jesus Cristo, liberou a vida de Bruce contratoda a maquinação satânica. Terminou agradecendo a Deus por seugrande poder e por seus propósitos na vida de Bruce Olson.

Só fiquei sabendo da libertação daquele irmão quando lia uma revistacristã que men-cionava que Bruce fora libertado uma semana depoisdaquele momento de intercessão na cidade de Manila. Sabemos de muitosirmãos que intercederam por ele durante nove meses, mas aquele tempode oração unida contribuiu para a libertação daquele irmão.

 Temos aqui um exemplo de ligar e desligar com o fim deconseguirmos a resposta desejada. A intercessão contribuiu,primeiramente, proibindo os guerrilheiros de matarem o irmão Bruce edepois liberou a vida dele através da oração.

Desligar ou desamarrar em oração podem ter os seguintes efeitos:

1. Pode realmente trazer libertação física, como no caso de BruceOlson.

2. Uma pessoa fica liberta das doenças e enfermidades, como no casoda mulher que tinha um espírito de enfermidade.

3. Pode liberar ou declarar que a vontade de Deus seja feita em umadeterminada situação.

4. Permite que Deus aja e mude as situações. Por exemplo, a Palavrade Deus diz que Ele mesmo decide agir em favor das necessidadesapresentadas em oração. "Viu que não havia ajudador algum, emaravilhou-se de que não houvesse um intercessor" (Is 59.16).

 Tiago diz: "Nada tendes porque não pedis" (Tg 4.2).

Concluindo, podemos dizer o seguinte:

1. Quando amarramos detemos o ataque do inimigo.

2. Quando desligamos ou desamarramos abrimos caminho paraque a vontade de Deus seja feita e que os propósitos daoração sejam atendidos.

Estou certa de que os exemplos bíblicos e as experiências aquirelatadas ajudarão você a melhor entender a linguagem da intercessão,

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levando-o à prática da oração.Veremos no próximo capítulo um aspectonegligenciado da oração intercessória; é um aspecto que transcende atodo o raciocínio e que afeta as nossas emoções.

1.Merrill F. Unger,Ungers Bible Dictionary (Dicionário Bíblico deUnger) Chicago, Ill. Moody Press, 1957, pg 844.

2. Parafraseado de Gary Kinnaman, Overcoming the Dominion of Darkness (Vencendo os domínios das trevas) Tarrytown, N.Y. ChosenBooks, 1990, pgs 54,56-58.

3. Edgardo Silvoso, nota de um memorando enviado aoscolaboradores sobre o "Plano Resistência", em 15 de setembro de1990, pg 3.

4.  James Strong, Strong's Exhaustive Concordance of the Bible(Concordância Bíblica Exaustiva de Strong) Nashville, Ten., ThomasNelson Publishers, Dicionário Grego sob o No. 1189

5. Kinnaman, pgs 162,163.

CAPíTULO 9índice

As Manifestações da

Intercessão

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Vimos como nossas orações têm grande impacto quando inspiradas edirigi das pelo Espírito Santo. Uma das maneiras pelas quais Ele semanifesta na intercessão é através denossas emoções. As evidências de seu poder não são entendidas de formamui clara. Muitos crentes parecem zombar das emoções com medo de

perder seu controle sobre elas. Se negarmos que as emoções semanifestam através da oração, perderemos aquele sentido profundo daintercessão. Não poderemos orar profundamente sem experimentarmos osentimento de alegria ou de tristeza de Deus.

Quando intercedemos por uma pessoa, muitas vezes identificamo-noscom ela. Se ela está triste, sentimo-nos tristes; há ocasiões em quesentimos em nosso espírito a mesma tristeza que o Espírito Santo sentepela pessoa; a mesma dor que o Espírito sente, sentimos. O Espírito Santogeme por nós a favor daquela pessoa. Tal dimensão na oração, leva-nos a

experimentar dores como de parto, choro e alegria. Muitas vezes somospegos de surpresa por tal tipo de emoção. São emoções que ocorremespontaneamente conforme a vontade do Espírito.

No primeiro capítulo, falei sobre uma criança pela qual intercedi,chorando por ela como se fosse minha própria filha! Você, também, devese lembrar de como ri alto preocupando-me depois com minha atitude.Neste capítulo, aprenderemos as várias maneiras pelas quais o EspíritoSanto opera enquanto oramos. Você entenderá se o que sente vem deDeus, de Satanás ou se é apenas uma emoção humana que nada tem aver com o Espírito Santo.

Sentindo dores, como de parto!

Lá pela década de 50, John White, um inglês, estava sendo treinadopara a obra missi-onária no centro de treinamento da Missão Novas Tribosna Pensilvânia. Cada aluno recebia uma brochura com pedidos de oraçãode muitos missionários que eram trazidos diante de Deus todos os dias naoração das sete da manhã.

Certo dia, pela manhã, ao abrir sua brochura, John leu uma carta naqual Loretta O'Hara, missionária nas Filipinas, pedia oração. Ele não aconhecia e nunca ouvira falar dela. A carta que tinha em mãos era umpedido de vida ou morte. Foi escrita de um hospital em Manila onde osmédicos diagnosticaram uma terrível doença: ela sofria de câncer ou detuberculose na coluna cervical.

Ao ler aquele pedido, John começou a orar de maneira diferente,sentindo que suas emoções estavam sendo afetadas. Em oração, começoua exigir que Deus curasse a Loretta. Na realidade, ele não somente exigia,mas insistia em que ela fosse curada. Depois de orar, sentou-se extasiado,deslumbrado pela maneira como orou. Sentiu muita paz em seu coração,

preocupado com a maneira ousada 'com a qual falou com Deus. Antes, eleorava pelos pedidos de oração de forma normal e as palavras que falou

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diante de Deus em oração não se encaixavam em sua teologia. Suaatitude, parecia uma falta de respeito a Deus e não combinava com aforma britânica em que fora criado. John não sabia, mas ele havia entradonum nível de oração onde entramos em agonia; o momento quandosentimos dores como de parto. São dores sentidas como quem dá à luz,

dores que trazem à tona os milagres de Deus.

Esta agonia em oração afetou a vida de Loretta O'Hara. Por ocasiãodaquela intercessão, Loretta estava na Nova Escócia e se dirigia a umsanatório para tuberculosos, pois o diagnóstico final do médico era de quetinha tuberculose na coluna cervical. Deus, contudo, tinha planosdiferentes para ela. Um grupo de ir- mãos sabendo que ela iria passar porali a caminho do sanatório, pediu-lhe que ficasse alguns dias falando-lhes arespeito de missões. Loretta não tinha condições físicas de ministrar, maso grupo proveu-lhe todo o conforto, inclusive uma poltrona, onde sentada,

pudesse ministrar-Ihes a Palavra.Loretta concordou em ficar ali alguns dias. Enquanto falava sobre

missões, sentada em sua poltrona, sentiu repentinamente que era melhorficar em pé, por isso, agarrando-se a uma mesa, levantou-se. Naquelemomento ela não sabia, mas estava entrando no reino sobrenatural dacura de Deus.

Ao levantar, sentiu-se fortalecida. As dores de seu corpodesapareceram. Não levou muito tempo para se dar conta de que algoespecial ocorrera em sua vida, por isso, em vez de ir para o' sanatório,

voltou para uma consulta com o médico que havia diagnosticado atuberculose em sua coluna. O médico ficou chateado ao vê-Ia em seuconsultório, ele, afinal, fizera o possível e o impossível para conseguir-lheum quarto no hospital. Loretta insistiu dizendo que queria fazer novosexames e, apesar de relutar, o médico consentiu. Os exames provaramque ela estava totalmente curada. Alegre, Loretta regozijou-se nãosomente com a cura mas com a possibilidade de voltar ao campomissionário.

Decidiu, então, visitar a escola de treinamento da Missão Novas Tribossem saber que um novo compromisso seria feito com aquele que haviaorado por ela.

Ao vê-Ia na escola, John não se deu conta de que aquela mulher era amissionária por quem havia intercedido; sua atenção foi despertada pelabeleza da mulher. Deus já havia-lhe falado que encontraria ali na escola amulher com a qual se casaria, e até aquele momento não apareceranenhuma candidata pela qual ficasse interessado. Não demorou muitopara descobrirem que Deus queria uni-Ios em matrimônio. Depois dealgum tempo, John e Loretta ficaram admirados de como Deus interveioem suas vidas. John sugeriu que ela se chamasse Lorrie White, nome pela

qual é conhecida até o dia de hoje.

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Afinal, o que aconteceu quando John orou? Era algo dele mesmo ouum carga de inter-cessão dada por Deus a favor de Loretta? Por que oroucom tanto fervor e intensidade? Tais perguntas são respondidas quandoentendemos o que é a oração de agonia, a oração de dores de parto!

Em Gálatas 4.19 Paulo fala de dores de parto até ser Cristo formadoem seus filhos espirituais. A palavra para "dores de parto" no grego éodino, que tem o sentido de experi-mentar dores como de parto. Hámomentos em que Deus nos chama a interceder fortemente ajudando anascer a vontade de Deus em uma determinada área. Geralmente, ficamosassombrados depois que oramos, com a sensação de que Deus nos ouviu erealizou alguma coisa!

Você quer ter certeza de que Deus é quem está operando em nós eque não é um alarme falso? Então, quero dar a você quatro pontos que oajudarão a reconhecer quando o Espírito Santo entra em ação:

1. A agonia na oração é algo que vem de Deus e não pode serproduzida por nós mesmos. A agonia que sentimos em oração comodores de parto são gemidos inex-primíveis, nem sempre audíveis,conforme Paulo fala em Romanos 8.26. Conheço gente que forçagemidos e sentimentos de dores, chorando alto como se algoestivesse acontecendo. Chegam a ter a facilidade de fazer isto comoquem abre uma torneira e depois a fecha. Os gemidos e dores quevêm de Deus, entretanto não podem ser fechados como a torneirade uma pia.

2. A agonia acontece, quando muita gente orou por determinadoassunto antes de você. Deus, então, escolhe você como a últimapessoa a orar para que o assunto seja resolvido. Você é quem trazluz, para a resposta de tantas orações.

3. As pessoas que têm o dom da intercessão, por certo, entrarão emgrande agonia e dores como de parto, diferentemente daquelas quenão estão abertas para seremusadas por Deus nesta área. Como aconteceu com John White,contudo, Deus pode chamar qualquer crente a qual quer momento

para interceder e agonizar em oração a fim de que seus propósitossejam realizados.

4. A agonia e dores podem ser prolongadas ou bem curtas. Algumasorações são respondidas rapidamente enquanto outras serãorespondidas depois de muitas dores, agonia e sofrimento.

O Antigo Testamento fala, profeticamente, de Cristo agonizando pornós: "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma, e ficará satisfeito"(Is 53.11 - o grifo é nosso).

O Novo Testamento também nos mostra que Jesus agonizou por nós.Quando esteve no Getsêmane orando por nós seu suor transformou-se em

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grandes gotas de sangue. No túmulo de Lázaro Ele chorou. O texto diz:"Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam,agitou-se no espírito e comoveu-se" (10 11.33 - o grifo é nosso). Algumaspessoas dizem que esta agitação em seu espírito era uma forma deindignação por causa da morte de Lázaro. Estou certa de que Ele ficou

triste quando viu aquela choradeira por causa da morte de Lázaro, masalguma coisa aconteceu no Espírito ao interceder por Lázaro.

Há ocasiões em que a agonia é tão grande que o intercessor ficaperplexo. Neste caso, as pessoas próximas ao intercessor devem clamarpor ele, ajudando-o a levar a carga em oração. Lembre-se: agonizar écomo dar à luz, por isso, de certa forma, ao ajudar o intercessor no seuclamor, somos como as parteiras que ajudam a pessoa à dar a luz. Outracoisa: precisamos estar atentos para que o inimigo não se aproveite domomento e engane o intercessor.

Uma palavra de cautela: O Espírito Santo é quem controla as nossasemoções na hora da agonia, tudo o que temos a fazer é não nosdescontrolar emocionalmente. Os intercessores precisam ter o domíniopróprio que é um dos frutos do Espírito.

Choro e lágrimas

Durante o Congresso Norte-americano de Renovação em 1990 nacidade de Indianá-polis, Peter Wagner, preletor do encontro, compartilhoucom os congressistas o peso que sentia pelo Japão. Como, no dia seguinte,

seguiria para Los Angeles e dali para o Japão, pediu que orássemos por ele.Um dos líderes do encontro, Jim Bevis pediu-me que orasse a respeito.Enquanto orava, comecei a sentir a dor e o sofrimento que o povo deHiroshima sentiu por ocasião da bomba atômica que foi jogada sobreaquela cidade. Ao orar, pedi que Peter fosse usado como uma bomba nasmãos do Espírito para romper as trevas que imperam sobre o povo

 japonês.

Partindo de Indianápolis para Los Angeles no final da conferência,Peter intensificou as orações enquanto se preparava para a viagem. No diaseguinte, um domingo pela manhã, Peter Wagner começou a preocupar-secom o sofrimento daquela geração atingida pelas bombas jogadas sobreNagasaque e Hiroshima. Enquanto orava foi acometido por fortesconvulsões de lágrimas e choro a favor do Japão e isto o deixoupreocupado pois tinha ape-nas 15 anos de idade quando as bombas destruíram aquelas cidades. Elenão jogara as bombas, nem participara da guerra mas Deus lhe mostrouque naquela idade ele já curtia um profundo ódio pelos japoneses e quemuitos rapazes de quinze anos de idade morreram por causa das bombas.Devido ao ódio ele era tão culpado quanto aqueles que deram ordens debombardear as cidades. Entendeu, depois, que através da intercessãoDeus agiu por intermédio dele a favor da nação japonesa.

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Ao conversar com Doris, sua esposa, ela lhe trouxe uma palavra desabedoria. "Peter, Deus quer Ievá-lo a um arrependimento a favor daquelascidades bombardeadas" e isto fechou com o que Deus pusera em seucoração.

Chegando ao Japão, Peter falou sobre este assunto com os líderes daigreja e estudou com eles a possibilidade de reunir algumas pessoas cujosparentes tivessem morrido durante o bombardeio de Nagasaque eHiroshima. Foi marcada uma reunião com aquelas pessoas.

Peter fez uma exposição bíblica sobre as bases do arrependimento, edeu ênfase especial ao perdão entre as nações usando textos como o deDaniel capítulo 10 e o primeiro capítulo de Neemias. Tanto Daniel comoNeemias oraram e arrependeram se de seus pecados e dos pecados desuas nações, e era isto o que queria fazer naquela reunião. Semelhante aDaniel ele queria dizer: "Pai, pequei". Ele não estava ali para julgar se asbombas deveriam ou não ser lançadas, queria, isto sim, ser instrumento deDeus para curar as feridas de um povo que fora devastado pela guerra.

Ele pediu, então, que as pessoas cujos parentes foram mortosnaquela ocasião viessem à frente. Ajoelhando-se diante delas, comprofundas lágrimas de arrependimento, pediu que Deus curasse o povo

 japonês. O Espírito Santo começou a agir naquele lugar trazendo umprofundo arrependimento. Naquele auditório com mais de mil pessoasouvia-se um único som: eram soluços, choro, lágrimas e alguns gritos deangústia. Aquelas lágrimas trouxeram

alívio às dores de um povo.

Peter terminou sua oração e ficou em pé. Um representante da nação japonesa explicou que seus pecados eram maiores que o dos americanos eclamou a Deus que perdoasse suas agressões de guerra contra a Américadurante a segunda guerra mundial. O Espírito Santo usou aquele momentopara trazer cura e restauração àquela nação.

Quando choramos em intercessão, a vida de Deus é liberada paratransformar e operar em pessoas e nas nações.

Eu costumava apelidar meu marido de Spock, um apelido graciosotirado de um seriado de televisão já que ele era insensível e sem emoçõescomo o Spock do filme. Certo dia eu estava intercedendo por umacongregação que precisava de um avivamento. "Senhor", dizia eu, "se elessoubessem como ter um avivamento, eles o teriam. Senhor, que o teuEspírito os renove amolecendo aqueles corações endurecidos".

Enquanto orava, Mike aproximou-se, sentou-se numa cadeira e,orando, observava-me. Depois de algum tempo, levantei-me e, impondo-lhe as mãos orei. Mais tarde ele disse que eu orei assim: "Deus, toma-o emtuas mãos". Na realidade eu orei: "Senhor, dá-lhe tua compaixão e tuaslágrimas".

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Acordou de noite chorando em profusão; era como se uma bombarelógio do tempo tivesse demorado para entrar em ação. No dia seguinte,enquanto ministrava a um grupo de homens sobre a responsabilidade quetêm como pais em cuidar dos filhos, continuou a chorar. E tudo ficougravado em fita de vídeo! Hoje, meu esposo Mike chora abundantemente

sempre que o Espírito Santo o comove.

Dick Eastman falava no Instituto Cristo Para as Nações em Dallas edisse aos alunos que Deus queria mostrar-lhes algo que era-lhe muipessoal. Enfiou a mão no bolso do paletó e pegou um vidrinho redondo.Segurando-o nas mãos, explicou aos alunos que se tratava de colírio paraos olhos. O médico o receitara porque seus olhos estavam constantementeirritados. Sabiamente o médico lhe disse: "Dick, isto acontece devido àsmuitas lágrimas quevocê derrama enquanto ora".

Ele não estava se orgulhando de que chorava muito enquanto oravanem tão pouco sugerindo aos alunos que começassem a prantear peloscorredores da escola. O Senhor pediu-lhe para mostrar aos alunos aquelevidrinho de colírio provando que é lícito chorar e derramar muitas lágrimasenquanto oramos.

Em algumas culturas é feio um homem chorar diante de Deus. Acultura americana acha que é um vexame um homem chorar, ainda quehoje o conceito esteja mudando. Sempre ouvimos frases como: "homemque é homem, não chora"! Perguntei ao meu pai, certa vez, por que nunca

chorava, apenas para ouvir-lhe responder: "querida, homem que é homem,não chora". Ouvi meu filho dizer à sua irmã que os homens controlam suasemoções o que parece uma percepção muito grande para um menino deapenas nove anos! Expliquei-lhe que Deus era também Senhor sobre suasemoções e que não precisava controlar-se tentando escondê-Ias o quepoderia ser-lhe insalutar.

 Temos em Jesus o nosso exemplo. Ele era homem e um homem forte.Era também um grande intercessor. A Bíblia diz, não obstante, que "Jesuschorou" (10 11.35). Este é o menor e mais poderoso versículo da Bíblia.Seu chorou quebrou o jugo da morte que prendia a Lázaro dando-lhe aforça para ordenar que saísse do túmulo: "Lázaro, vem para fora!". Vêmo-Lo chorando, também, sobre Jerusalém. O texto bíblico diz que "quando iachegando, vendo a cidade, chorou" (Lc 19.41).

Há vezes em que um grupo de pessoas chora e lamenta, como se ummanto de choro caísse sobre elas. Ou apenas um irmão no meio do grupocomeça a chorar convulsivamente. Experimentamos algo assim em nossacongregação de Weatherford em 1990. Nem imaginávamos que toda aigreja cairia em prantos; Deus, contudo, orquestrou-nos este temposingular, um momento santo, onde choramos profusamente diante dele.

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A professora de crianças de nossa igreja, Linda Gosset estava desaída para uma viagem à Rússia. O momento era-lhe de grande emoção jáque doze anos antes Deus lhe havia chamado para ministrar na Rússia esomente agora a porta fora aberta diante dela. Ela recebeu umchamamento para ministrar às crianças e dedicara muito de seu tempo

intercedendo por aquelas crianças distantes; crianças que nunca vira comseus próprios olhos, entretanto, colo-cara cada uma delas sobre seus

 joelhos em intercessão.

Linda é pequenina, mais parecendo uma boneca chinesa. Possui umprofundo conhe-cimento das Escrituras e vive a sorrir. Don Connel, nossopastor, convidou-a para ser a pregadora do culto matutino daqueledomingo e, assim, a igreja teria a oportunidade de saber por quaisnecessidades orar. Na plataforma ao seu lado havia uma grande malamarrom apelidada por Linda de "carga santa". A mala estava estufada de

Bíblias, livros infantis,histórias para crianças e presentes. No término doculto nosso pastor pediu-lhe que abrisse a mala para que a igreja orassepor cada peça e cada conteúdo que seria levado para a Rússia.

À medida que o pastor compartilhava com a Igreja a necessidade deintercessão por Linda, algo diferente e singular começou a ocorrer dentrodo templo. Aquilo que a princípio era quase imperceptível foi se tomandoum ruído santo; um som solene veio sobre adultos e crianças no templo.Enquanto tirávamos a oferta aquele ruído santo foi crescendo entre opovo.

As sacolas de ofertas passaram por cada adulto e por cada criança. Oirmão que reco-lheu as ofertas depositou as salvas diante do altar ecomeçou a chorar convulsivamente. Don, nosso pastor, enfiou a mão numadelas tirando dali um pequeno cofre. O cofrinho estava cheio de moedas.Depois, repetiu o gesto tirando outros cofres que todos perceberam, era odinheiro economizado pelas crianças para a professora que partia para aRússia. Havia algo constrangedor naquela oferta sacrificial que trouxe umforte espírito de intercessão e lágrimas ao culto. Os membros da igrejacomeçaram a orar agarrados às Bíblias, juntamente com crianças de dois etrês anos, agarrados ao material didático. Seguravam os flanelógrafos

orando e chorando, pedindo que Deus os utilizasse na comunicação doevangelho às crianças.

Deus convocara toda a igreja para interceder e quando o espírito dechoro e intercessão percorreu o templo, tocou-nos a todos, envolvendo-nosna intercessão em favor das crianças da Rússia. Linda passou pelaalfândega da União Soviética com toda a "carga santa" incólume. Aquelaslágrimas pavimentaram o caminho, limpando qualquer esquema que oinimigo tinha em mente para deter a Palavra de Deus. Uma semente devida foi plantada por ela em muitos corações da futura geração da Rússia.

Risos

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Quando rimos, durante a intercessão, podemos ter certeza de que aresposta está a caminho. A vontade de Deus foi feita, ou os planos doinimigo foram anulados. "Aquele que está entronizado nos céus se ri; oSenhor zomba deles" (SI 2.4 - ECA).

Sempre que leio este versículo sinto-me por Ele abençoada.Recentemente, depois de uma campanha de guerra espiritual naArgentina, este versículo deixou-me espantada.

Em junho de 1990 fomos até a Argentina colaborar no "ProjetoResistência". Éramos quatro aqui da América: Doris Wagner, Dave Rumphe sua esposa Jane e eu. Era o mês de Abril quando chegamos aResistência. Nossa intérprete era Marfa, a esposa de Ornar Cabrera, umamulher poderosa em Deus. Ornar é pastor da Igreja Visão do Futuro que,na ocasião, tinha noventa mil membros. Doris, que retomara de lá algunsmeses antes, estava certa de que a cidade precisava de mais intercessoresdepois que sediara um plano de evangelização liderado por EdgardoSilvoso do Evangelismo de Colheita.

O "Projeto Resistência" tinha, como objetivo, alcançar o povo dacidade no nível físico, emocional e espiritual. Houve um chamamento àunidade entre os pastores tradicionais, carismáticos e pentecostais. Oobjetivo era o de ter, também, na cidade, seiscentos "faróis" em casas deirmãos com o propósito de ministrar às necessidades da vizinhança.Depois haveria uma cruzada evangelística na cidade, cujas "casas-faróis"se transformariam em lugares de reuniões para onde as pessoas

convertidas, durante a cruzada, seriam levadas. Este é o rascunho de umpequeno plano que a todos envolve.

Durante aquela semana, setecentos e cinqüenta líderes da cidadeparticiparam de um seminário de batalha espiritual. Juntos, lutamos contraos espíritos que se auto-proclamaram como guias da cidade. Sentimosgrande alívio depois daquele tempo de guerra. Alguns dos espíritos eramfortes, um deles é conhecido como San La Muerte (Santa Morte) ou espíritode morte. Na cidade, há pessoas que adoram o espírito da boa morte,como é chamado.

Depois daquela batalha espiritual, tomamos o avião para a América.Viajamos pela Aero líneas Argentinas. Durante o vôo, um mapa mostravaaos passageiros a rota do avião e o lugar sobre o qual estávamos voando.No mapa aparece o nome da cidade mais próxima da rota do vôo.

Dóris Wagner e eu olhamos o mapa, interessando-nos por cadadetalhe até que o jantar foi servido. Agora, em vez do mapa, a comida!Repentinamente o avião entrou numa área de turbulência e começou asubir e a descer como uma folha de papel. Dóris começou a rir alto edescontroladamente. Eu lhe disse: "Acho que devemos começar a orar" e

comecei a rir também. Juntas sentimos a mesma inquietação e, ao mesmotempo nos perguntamos: "Por acaso não estamos voando sobre a cidade

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de Resistência?". O mapa nos mostrava a grande cidade de Corrientes umacidade próxima a Resistência. Depois de dez minutos cessou toda aturbulência e o resto da viagem foi calma até que chegamos em casa.

Mera coincidência? O fato de estarmos voando sobre a cidade onde

lutamos contra os espíritos territoriais deixou-nos intrigadas. Será querimos por que teríamos uma viagem tranqüila? Se foi isto, então, o quetem o riso a ver com guerra espiritual e com intercessão?

A primeira vez que isto aconteceu veio-me à mente o Sal mo 2.4 quemencionei ante-riormente. É um Salmo que fala do Senhor rindo,zombando de seus inimigos. Na realidade, foi Deus quem riu através denós naquele avião; o inimigo pensou em atacar-nos nas alturas e Deuszombou de todos eles. Os risos eram um sinal de que não deveríamostemer os laços do diabo pois os anjos do Senhor nos cercavam. Este tipode guerra através da intercessão permite ao diabo ficar sabendo que Deusestá no controle de tudo. É também um sinal ao diabo de que nós nãotemos medo dele.

Dois outros textos bíblicos apresentam o mesmo contexto dezombarias e risadas. O primeiro diz: "O ímpio maquina contra o justo, econtra ele range os dentes. O Senhor se rirádele, pois vê que vem chegando o seu dia" (SI 37.12,13 RC).

O segundo texto está no Salmo 59.7,8 que diz: "Alardeiam de boca;em seus lábios há espadas. Pois, dizem eles, quem há que nos escute?

Mas tu Senhor te rirás deles: zombarás detodas as nações".

Um terceiro texto que tem sido de muita importância para mim é o doSalmo 126.1 ,2:

"Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha.Então a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua de júbilo; entãoentre as nações se dizia: Grandes causas o Senhor tem feito por eles".

Em seu livro God's End-Time Battle-Plan(O Plano de Deus Para a

Batalha do Tempo do Fim) Gwen Shaw diz que virá um tempo em que oriso de Deus transbordará em nossos corações. Para isto, ela citaEclesiastes 3.4 que diz: "tempo de chorar e tempo de rir". Ela diz: "Se Deusri temos que permiti-Lo fazer por nosso intermédio, da mesma forma comoEle fala através de nós". (1) 

As pessoas que nunca experimentaram risos durante a intercessãoficam surpresas quando damos risadas e gargalhadas durante o tempo deoração. Chegam a dizer, admiradas: "Não imaginávamos que a intercessãotrouxesse consigo um tempo de tanto refrigério. Sempre achamos quetemos que ser mui solenes diante de Deus ou Ele de nós não se

agradaria". Ainda outras pessoas expressam-se assim: "Temos que voltar econtar em nossas igrejas e nos grupos de oração que podemos alegrar-nos

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enquanto oramos. É por isso que sentimo-nos tão cansados enquantooramos: nunca nos alegramos!" Aprendem a grande lição que todointercessor precisa saber : "... a alegria do Senhor é a vossa força" (Ne8.10).

Estas demonstrações de emoções como sentir dores como de parto,chorar convul-sivamente e rir descontroladamente procedem e sãodirigidas por Deus. Quando Deus nos guia, Ele também nos conduzirá à

novas formas de expressões.

A chave da intercessão é deixar-nos ser guiados por Deus. No capítuloseguinte, fala-remos sobre os problemas que abraçamos quando queremosresolver as coisas sozinhos, com nossas próprias mãos.

1 .Gwen Shaw, God's End- Time Baule-Plan (O Plano de Deus Para aBatalha do Tempo do Fim), Jasper, Ariz, Engeltal Press, 1984 - pg 107.

CAPíTULO 10índice

O Desequilíbrio 

na Intercessão 

O telefone toca num domingo de manhã bem cedo. É uma aluna de

uma escola bíblica a quem chamarei de Pamela. Conversandoanteriormente com ela, fiquei sabendo que freqüentava uma grandecongregação que era muito forte no ministério de oração.

Falou-me, dizendo: "Cindy, não quero criticar injustamente, masalguma coisa não está certa com o meu grupo de oração". Depois decontar-me o que se passava, percebi que ela freqüentava um grupo deoração onde faltava o equilíbrio necessário.

Como isto acontece? Como um grupo pode ficar desequilibrado?

Uma irmã, que vou chamar de Estela, disse à Pamela num domingode manhã que tinha uma palavra de Deus para ela. Ela deveria escolherum determinado grupo de oração e começar uma campanha de

intercessão por seu pastor. Empolgada, Estela compartilhou que o seleto

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grupo de intercessores do pastor, seria convidado a viajar com ele sempreque fosse necessário.

O que Estela não falou àquela moça é que nem o pastor nem mesmoa liderança da igreja sabia da existência daquele seleto grupo de oração.

Pamela descobriu, mais tarde, que Estela esperava que Deus revelasse aexistência do grupo ao pastor e à liderança de forma sobrenatural.

Sem comprovar se o grupo era maduro ou não, Pamela acabouparticipando das reu-niões. A princípio, tudo ia bem até que o grupocomeçou a orar por coisas que divergiam da visão da congregação local.

Oravam e pediam fervorosamente a Deus que o pastor "visse a luz ese alinhasse com a vontade de Deus", o que significava ficar alinhado como grupo de intercessores. Oravam, também, pedindo a Deus que o pastoros consultasse nos assuntos pertinentes à igreja. Foi isto que a deixou

incômoda e levou-a a me telefonar.

Recomendei-a a que abandonasse aquele grupo e participasse de umdos grupos regulares da igreja. As razões serão apresentadas mais adianteneste capítulo.

Este é um dos típicos problemas que Mike e eu, como líderes dosGenerais da Interces-são ouvimos constantemente. Aquela irmã foi,literalmente, sugada para fazer parte de um grupo desequilibrado deintercessores, geralmente formado por homens e mulheres que, por váriasrazões, em seu zelo de orar, saem dos padrões bíblicos. Pessoas assim, são

reprovadas e, conseqüentemente, causam confusão e divisão na igreja.Como houve um grande avivamento nesta última década, levando a igrejaà uma vida intensa de oração, e por surgirem muitas vozes proféticasconclamando o povo a orar, o surgimento de grupos desequilibrados é, atécerto ponto, inevitável.

Quando estudamos os grandes avivamentos do passado, descobrimosque tiveram o seu nascedouro em muita oração, entretanto, o mover doEspírito Santo na igreja sofreu um curto-circuito pela incapacidade de seter intercessores maduros e verdadeiros. Em muitos casos, a ação de

intercessores desequilibrados, contribuiu para minar a verdadeira oração eparar o avivamento.

Quando planejávamos o encontro da Rede de Guerra Espiritual (umacontinuação da 2a consulta de Lausane sobre guerra espiritual) tive a nítidaimpressão, vinda da parte do Senhor, de que assim como a frase mestrados dias de Lutero foi: "O justo viverá pela fé", nos dias futuros a frase-chave será: "não militamos segundo a carne, porque as armas de nossamilícia não são carnais".

Satanás, a antiga serpente, de forma astuta, procura minar o

avivamento, utilizando uma de suas mais eficazes armas: o engano.Usando mentiras inteligentes que apelam à carne, ele afasta as pessoas do

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propósito de Deus com a oração. Em outras palavras, ele faz hora extra,faz cerão noite adentro, buscando produzir intercessores desequilibrados.Então, como evitar os grupos de intercessão, desalinhados com a Palavrade Deus?

A resposta é bem simples: Use parâmetros bíblicos, claros, comoforma de colocar no prumo certo a atividade dos intercessores. Estecapítulo tratará com alguns dos problemas que surgem nos grupos deoração; geralmente, problemas que trazem confusão e má fama aosirmãos. É triste o que acontece nesta área, pois os intercessores sãoservos de Deus que sacrificam-se diariamente em favor de tantas vidas.Geralmente, o desequilíbrio vem pela falta de ensino, ou porque aspessoas de um grupo começam a imitar o que acontece num grupodesequilibrado. Há pessoas que corrigem o rumo, assim que percebem asáreas em que correm perigo.

Os irmãos envolvidos na intercessão devem saber que têm duasgarantias: A primeira delas é o da prestação de contas da vida espiritual.Se têm medo de serem julgados pelo que fazem nas reuniões de oração,então estão pisando em areia movediça conforme vimos com o grupo daEstela.

Deixe-me acrescentar uma coisa: quando os intercessores oram porministérios fora de sua igreja local, devem submeter-se também àquelespelos quais intercedem. Caso não tenham um relacionamento íntimo comas pessoas pelas quais oram, deveriam, pelo menos, certificar-se de que

estão orando dentro da visão daquele ministério. Aqueles irmãos que sãochamados para interceder por ministros de organizações para-eclesiásticasprecisamficar sob a cobertura de uma igreja local.

A segunda garantia para que um grupo não seja desequilibrado émanter o coração puro, princípio este que focalizei no capítulo três. OSalmo 51.10, diz: "Cria em mim.á Deus, um co- ração puro ".

Por não conhecer o seu próprio coração, Estela violou este princípioem várias áreas. A primeira coisa que demonstrou é que tinha muito

orgulho em seu coração. Convenceu-se de que seria uma líder ao invés desubmeter-se aos grupos de oração sob a liderança da igreja. Ela achavaque as revelações que tinha eram superiores àquelas que o pastor e opresbitério da igreja recebiam de Deus. Quando Deus começa a nos revelaros seus segredos através da oração, podemos cair neste laço sutil de acharque os líderes têm que nos ouvir.

Estela tinha, também, um espírito de crítica que anda de mãos dadascom o orgulho. Ela criticava a maneira como os grupos de oração foramestabelecidos pelo pastor, e por não ter sido convidada a liderar nenhum

deles, tratou de formar um grupo onde ela seria a líder. Ela deveria

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envolver-se num dos grupos de oração da igreja provando sua fidelidade,deixando que Deus a promovesse (ou não) à uma posição de liderança.

Precisamos pedir a Deus que nos mostre nossa motivação interior,pois percebo que, muitos intercessores quando oram a Deus, despejam

todo seu descontentamento e amargura de coração. O que me preocupa éque tais pessoas desconhecem quanta coisa ruim há em seus corações.São pessoas que foram atraídas para o ministério da intercessão em buscade poder e, de forma inconsciente, vêem no ministério uma maneira deficarem famosas. Somente o Espírito de Deus pode revelar os segredos denosso coração. Todo intercessor deveria orar assim: "Deus, vê se há emmim algum caminho mau. Eu quero estar puro diante de ti".

Ao violar o princípio do coração puro, Estela corria um perigo aindamaior: corria o risco de envolver-se no "espírito de Absalão" que significa,agir com as demais pessoas como Absalão fez com seu pai, o rei Davi.Amargurado, porque não conseguira falar com seu pai depois de regressardo exílio, Absalão começou a minar o reino de seu pai. Parece até que fa-zia um bom trabalho ajudando as pessoas em suas necessidades, mas aatitude de seu coração não era correta. Ele queria chamar a atenção deseu pai e, para isto, usou de todos os meios para vingar-se dele, usandocomo arma sua capacidade em comunicar-se com as pessoas.

Como reconhecer o espírito de Absalão numa pessoa ou em nósmesmos? Em primeiro lugar, quando o membro da igreja começa a podar opastor dizendo coisas sobre o seu minis-tério."Sei que o pastor tem razão,

mas estive orando e agora vejo que ele não sabe o que as pessoasrealmente precisam". Assim, conversando dá o seu ponto de vista e podeaté dizer: "Agora, se eu fosse o pastor, faria assim e assado", semperceber que está agindo como Absalão que diante das portas de

 Jerusalém dizia ao povo: "Se eu fosse o rei, agiria da seguinte forma ... ".Os intercessores precisam examinar constantemente a atitude de seuscorações para certificar-se do que dizem, orar corretamente e reagirtambém corretamente.

Este espírito de Absalão, se for deixado à solta, pode arruinar muitasigrejas já que as pessoas começam a procurar o intercessor pedindoorientação em vez de buscarem conselho com o pastor. Geralmente, umapessoa que tem o espírito de Absalão é uma pessoa sincera que age semse dar conta do que está acontecendo. Quando rejeitada, sente-semagoada, abandonando a congregação que fica ferida. Não quero dizercom isto que toda pessoa que tem um ponto de vista diferente procurandomodificar as coisas na igreja seja um Absalão, o que quero dizer é que ocoração tem que ser examinado sempre que propomos mudanças.

Quem sabe, alguns de vocês, que são líderes de grupos de oração,estejam se pergun-tando: "Cindy, meu pastor é um alienado; ele nem se

preocupa com o que acontece em nosso grupo de oração ou com o queDeus nos fala. Estou muito frustrado!" Sobre este assunto, falaremos mais

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adiante quando tratarmos da intercessão coletiva e sobre os amigosintercessores, pessoas que intercedem por nós. Este é um problema quedá muita dor de ca-beça e tem que ser tratado por aqueles que se dedicam totalmente àintercessão em suas igrejas.

Em seu livro Seductions Exposed (Expondo a Sedução) GaryGreenwald tem uma parte especial em que trata da manipulação pelaintercessão, exemplo clássico do espírito de Absalão. Ele diz:

"Percebo que há uma tendência nos intercessores de compartilhar suas revelações com os demais irmãos do grupo. Sem perceberem,contudo, depois de algum tempo, acabam concordando uns com os outros.

 Algum tempo atrás um grupo de intercessores de nossa igreja deixou estaverdade transparecer de forma perigosa. Houve porfia na liderança e umgrupo de pessoas, com alguns da liderança, abandonaram a igreja.

Um dos intercessores recebeu uma revelação de que o juízo de Deuscairia sobre mim pois eu, supostamente, desobedeci a Deus, conduzindo aigreja noutra direção. Depois de compartilhar sua revelação com outras

 pessoas, elas me disseram que se eu não me arre-pendesse, seria julgadacomo Nabucodonosor cujos cabelos cresceram como as penas da águiaindo pastar no campo.

Por pisarem num terreno fora do seu chamamento, aquelesintercessores que deve-riam servir como guerreiros de apoio, foram

enganados, sendo levados a acreditar que tinham uma visão melhor paraa igreja do que o seu pastor. O orgulho os deixou abertos a um espírito deerro. Os intercessores têm como tarefa fundamental dar à luz a visão quea liderança recebe em oração e não ficar discutindo entre eles o que vêemno mundo espi-ritual. Aqueles intercessores estavam tentando manipular-me com suas advertências e, conseqüentemente, caíram na manipulaçãoda carne. Quando confrontaram-me, falei-Ihes que haviam deixado o seuchamamento metendo-se em assuntos que não lhes dizia respeito. Tudoaconteceu porque um intercessor com uma forte liderança os conduzira aoengano. Depois disto, muitos deixaram a congregação." (1)

Não estou julgando aqui, os motivos que o levaram à estaconfrontação, apenas quero comentar sobre o papel do intercessor.

Em primeiro lugar, o grupo deu uma palavra muito áspera aGreenwald. Nabuco-donosor era um rei que levou o seu povo à uma vidade pecado e ainda que Greenwald fosse orgulhoso, tal punição seriademasiadamente severa para ele. Não estou dizendo que Deus não tratacom os pastores, de forma alguma! Muitas vezes o que os intercessoresdizem é o resultado da vida que têm no lar. As pessoas que,constantemente recebem palavras ásperas de Deus, geralmente vêm de

lares desajustados e isto contamina ou mancha o que elas ouvem de Deus,traduzindo o que Deus lhes diz em termos legalísticos.

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Em segundo lugar, se Deus tivesse falado que julgaria a Greenwald,elas deveriam agir de forma piedosa, com profunda dor, como Daniel aointerpretar o sonho de Nabucodonosor: "Senhor meu, o sonho seja contraos que te tem ódio, e sua interpretação para os teus inimigos". Vocês selembram do caso que contei quando Deus me mostrou que um pastor teria

um enfarte? Eu estava ferida e queria que Deus o atingisse com um raio,meu coração estava cheio de iniqüidades e meus pecados eram maioresque os dele.

Em terceiro lugar, se Deus de fato lhes tivesse falado, não deveriamexpor o pastor aos demais do grupo e sim, em segredo, no seu cantinho deoração, interceder por ele pedindo que Deus o alertasse. A Palavra de Deusexorta-nos a que não repreendamos o ancião (l Tm 5.1). Um intercessornão deve repreender o seu pastor e, sim, orar por ele a Deus que trataráde mandar alguém equilibrado para exortá-Io. O Espírito Santo age rápido

com os pastores quando as orações partem de um coração puro.Em quarto lugar, depois de tomar todos estes procedimentos, os

intercessores devem buscar direção de Deus, pois bem pode ser que Ele oslibere dos fardos da igreja local. Em hipótese alguma, devem falar dopastor a qualquer membro da igreja pois isto trás confusão e divisão. Umlíder de grupo de oração ou um intercessor é responsável em tapar abrecha, deixando que Deus trate das atitudes incorretas da liderança daigreja. Nem preciso dizer, é claro, que os pecados na área de sexo e osdesvios de conduta precisam ser tratados com o presbitério da igreja.

Por último, é possível que o pastor queira avançar em Deus mas acongregação não está ainda preparada para mudar de rumo. Se vocêobservar o princípio do coração puro e o da prestação de contas, você nãoo atropelará nem o levará a ser ativo demais na direção errada.

Orações fulminantes

Certa ocasião eu estava numa reunião de oração composta apenas deintercessores, cujo líder, levantando-se, começou a falar a respeito da vidade um político, dando detalhes e pormenores a respeito da vida dele e decomo se comportava pessimamente no mundo político. Depois de falarsobre tudo o que ele teria que mudar, pediu-nos que começássemos aorar. De forma compassiva, aquela mulher começou a interceder poraquele homem, mas,de repente, mudou o tom de sua voz. Fiquei perplexa quando a ouvi dizer:"Deus, eu te peço que este homem ou seja salvo, se demita da política oumorra!". Nem pude acreditar no que ouvia. Como uma líder de oraçãopodia proceder daquele jeito?

E não foi aquela a primeira vez. Comecei a ouvir orações deste tipopor todo o país, orações que amaldiçoavam as livrarias pornográficas

pedindo que Deus as incendiasse. Oravam pedindo a Deus que destruísseos cinemas que projetavam filmes pornôs, e que as pessoas que

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procurassem aquelas salas de espetáculos fossem fulminadas por Deus!Ou então, tomavam aqueles versículos dos Salmos que falam que sejammortos os inimigos de Deus e que sejam comidos de vermes!

Cheguei a ouvir relatórios dizendo que algumas bruxas estavam

amaldiçoando os crentes, porque, diziam elas, se não o fizessem, oscrentes as amaldiçoariam levando-as a queimar no inferno!

Percebi que tais tipos de oração não se encaixavam com os modelosde intercessão do Novo Testamento. Depois de estudar detalhada mente oassunto, concluí que tais tipos de oração não têm base bíblica. Vejamosum exemplo todo especial:

"Os discípulos Tiago e João, vendo isto, perguntaram: Senhor, queres quemandemos que desça fogo do céu e os consuma, assim como fez Elias?Mas Jesus voltou-se, repreendeu-os e disse: Vós não sabeis de que espírito

sais, pois o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens,mas para salvá-Ias. E foram para outra aldeia" (Le 9.54-56-ECA).

Às vezes não sabemos o que nos está influenciando. Quando o podervem sobre nós, temos a tendência de interceder de maneira diferente docoração de Deus, por isso, precisa-mos examinar as nossas motivações.Aqui vão duas razões porque não devemos fazer orações fulminantes:

1. Orações fulminantes deixam um péssimo testemunho a quem não écrente. Conheci uma mulher que tinha uma casa noturna antes dese converter. Ela detestava os crentes já que eles amaldiçoavam seu

comércio com "labaredas e terremotos". Eis suas palavras: "tanto eucomo alguém de minha família poderíamos sair feridos. Por que nãooravam por minha salvação pedindo também que aquele prédiofosse usado a serviço do reino?".

2. Orações fulminantes que decretam morte e destruição violam oprincípio da miseri-córdia que deve ser a principal postura de umintercessor. Por definição, o intercessor é alguém que se coloca nabrecha a favor de alguém.

Este segundo ponto vem do ensino abalizado de Bob Willhite dadonuma das reuniões dos Generais da Intercessão que muito me ajudou aentender a maneira como devemos reagir quando Deus trás uma palavrade juízo a uma pessoa ou nação.

Bob explicou-nos que o caráter de Deus é eterno e imutável mas queEle muda de idéia. Por não querer trazer seu juízo sobre as pessoas, Eleprocura intercessores que se coloquem na brecha a favor delas.

Ele nos citou Jeremias como um dos grandes intercessores do Antigo Testamento. Jeremias não se cansava de orar por Israel até que Deus o

proibiu de continuar intercedendo pois queria trazer juízo sobre o povo.Qual a reação de Jeremias? Continuou a pedir clemên-cia! Dez capítulos

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depois vemo-lo ainda intercedendo pelo povo e Deus mudou os rumos dosacontecimentos. Como intercessores, temos a obrigação de ficar na brechaquando Deusnos avisa que algo ruim está por acontecer, orando como fez Habacuque: "... na tua ira, lembra-te da misericórdia" (Hc 3.2).

Ao ouvir um ensinamento deste quilate, minha vida foi transformadae mudei de atitude quando Deus avisa que disciplinará ou corrigirá umdeterminado pastor ou um ministério. Sempre que me coloco na brecha afavor de uma pessoa que está sob o juízo de Deus, percebo como Ele agepoderosamente: o juízo continua mas a pessoa muda de rumo!

Creio que muitas vezes, vivemos situações de emergência, comoquando nos parece ser uma boa saída a idéia de que Deus vai destruir oinimigo. Um exemplo disto é se seu filho está prestes a ser baleado por umcriminoso. O que quero dizer, contudo, é que mesmo repreendendo oinimigo, não amaldiçoamos as pessoas. Nosso clamor é de que Deus julguede acordo com a Sua vontade.

A questão é: Deus é quem julga! Quando oramos por pessoas emposições de autori-dade, creio que podemos dizer: Deus, salva tal e talpessoa, ou leve-a a renunciar ao seu cargo público. Deus é que decidirá amaneira de tirá-los da posição em que estão.

Suportando as enfermidades

de outras pessoas

Nos últimos anos tenho ouvido pésssimos relatórios de intercessorespor todos os Estados Unidos. O mais triste deles foi a respeito de uma líderde oração que ficou enferma. Sempre que orava, ela sentia que aquela nãoera uma enfermidade sua, e sim que estava suportando a enfermidade deuma outra pessoa. Publicamente declarou que a enfermidade da qualpadecia era irreal e que apenas carregava o sofrimento de uma pessoamais fraca. Nodecorrer dos dias piorou. Finalmente, teve que procurar socorro médico. Odiagnóstico dizia que ela estava com um quadro avançado de diabetes. O

médico nada pôde fazer e ela morreu. Esta mulher entrou por um caminhode arrogância e engano que acabou levando-a à morte.

Quando ouvi este caso, voltei a ler uma parte do livro de ReesHowells, o Intercessor, já que foi ele quem trouxe à tona a idéia de que umintercessor pode tomar o lugar ou assumir a enfermidade de uma outrapessoa. Não 'quero com isto atacar um homem que, pessoalmente,considero um dos pioneiros na intercessão e um grande intercessor. Quero,isto sim, mostrar que mesmo sendo um grande intercessor, Rees Howells,ao escrever sobre o assunto, não explicou corretamente o que o Senhorqueria lhe dizer quando falou em "identificação".

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"O Sr. HowelIs já havia conhecido algo dos gemidos do Espírito nele pelos necessitados e aflitos ... mas o que significaria interceder por umtuberculoso? Como intercessor, ele devia entrar nos sofrimentos e tomar olugar daquele por quem orava. Ele sabia que um tubercu-loso preso aoleito, não poderia ter vida doméstica normal, estava confinado a um

quarto, e estava separado de tudo quanto outrora compreendia osinteresses e prazeres da vida. Assim,durante este tempo de"permanência", o Espírito Santo aprofundou-Se muito em identificá-Io como sofrimento dos outros. E à medida que o fazia, não era apenas essamulher, mas os tuberculosos e sofredores do mundo todo cuja carga recaíasobre ele.

O Sr. Howells não tinha ido muito longe nesse caminho quando seconvenceu, definiti-vamente, de que, antes que tivesse terminado essetrabalho, o Senhor permitiria, literalmen-te, que essa moléstia viesse sobre

ele, e que somente como um verdadeiro tuberculoso ele seria plenamentecapaz de interceder pelos tuberculosos. Que essa não era uma imaginaçãotola, mas uma possibilidade prática, veremos mais tarde em sua vida,quando, depois de assumir grandes riscos pessoais para cuidar de umtuberculoso, parecia que ele havia contraído a moléstia. Além do mais, emtodas as intercessões anteriores ele havia tomado, literalmente, o lugar 

daqueles pelos quais orava, e vivia como eles". (2)

Este trecho do livro de HoweIls pode ser perigoso a algumas pessoas, já que a idéia de identificação pode ser ampliada e tomada fora docontexto dando a entender que os inter-cessores são pessoas que operammudança e salvação, que sua obra traz cura e libertação.

A Palavra de Deus afirma que Jesus levou sobre si os nossos pecadosna cruz e que pelas suas pisaduras somos sarados (l Pe 2.24). Não querdizer que nós, ao suportarmos as doenças, fazemos a provisão de cura.Somente a obra de Cristo da qual nos apropriamos pela oração poderealizar isto. Afirmar que suportamos fisicamente a enfermidade de umapessoa por quem intercedemos é uma comunhão falsa de sofrimento. Éclaro que sofremos quando intercedemos. Por exemplo, sentimos fomequando jejuamos. O texto de Isaías 58 diz que o jejum aflige a alma e eu

creio nisto, pois quando jejuo fico aflita. Ou, então, o sofrimento vemporque você gostaria de estar fazendo outras coisas e tem que gastartempo em jejum e intercessão por outra pessoa. Tem gente que nementende isto, achando que somos uns loucos.

Alguns podem dizer: "Mas senti as mesmas reações daquela pessoapor quem estava orando". Ainda outros irmãos dirão: "Eu nem sabia que aspessoas pelas quais orava sofriam das mesmas coisas que eu. Por que istoaconteceu se eu não estava suportando suas dores?"

Precisamos entender que, quando nos colocamos na brecha a favor

de uma pessoa, colocamo-nos pela oração no lugar dela e tudo o que odiabo está lançando sobre ela, o atinge também. Assim, uma doença que

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aflige a pessoa por quem você intercede , muitas vezes vem sobre vocêtambém.É importante que você resista a tentativa do diabo em atingir apessoa por quem você está orando e a você também. Se o inimigo nãopode matar a pessoa visada, ele poderá atingir o intercessor no lugar dela.Lembre-se que o diabo vem para matar, roubar e destruir (Jo 10.10).

Às vezes você nem sabe que deveria orar por uma pessoa enferma e,descobre mais adiante que os sintomas delas eram iguais aos seus. Porvezes o Senhor nos coloca na brecha sem sabermos o por quê. Eis umaboa razão em resistir aos dardos inflamados do maligno, perguntando aoSenhor se aqueles dardos visavam você ou uma outra pessoa por quemvocê estava orando.

Feitiçaria na oração

"Ora, as obras da carne são conhecidas, e são: prostituição,

impureza, lascívia, idola-tria, feitiçarias .... " (Gl15.19,20).

Há alguns anos atrás, num lindo dia primaveril, recebi uma chamadatelefônica de Leslie (nome fictício), que, ofegante do outro lado da linha,queria compartilhar comigo o seguinte: uma de suas amigas durante umtempo de oração segregou-lhe uma palavra do Senhor de que ela iria secasar com um famoso tele-evangelista americano, solteiro e desimpedido.Ela parecia arrebatada contando-me os detalhes da "palavra" que haviarecebido.

Enquanto ela despejava palavras de emoções, mais eu oravapedindo a Deus sabedoria. Leslie nem imaginava que naquela, mesmamanhã uma irmã a quem vou chamar de Febe que vive na Califómia ligou-me contando que recebera uma "palavra" igual à de Leslie e aí a históriaficou um tanto sinistra. Era uma história igual à de Febe! Depois que Lesliearrefeceu um pouco, orei rapidamente a Deus buscando uma palavra certapois não queria ofendê-Ia nem desacreditá-Ia diante de sua amiga.

Pensando que a pausa no diálogo fosse devido ao choque da notícia,Leslie falou ao telefone: "Cindy, quero que você ore e concorde comigo emoração para que ele e eu nos encontremos e que o casamento seja o maisrápido possível."

Fiquei apavorada sem saber o que dizer, mas, de uma coisa tinha

certeza: não poderia concordar com ela pelas seguintes razões:

1. Deus não me confirmou que eles deveriam se casar.2. Outra coisa importante: Deus nada dissera ao evangelista de que

eles se casariam.3. Se deixasse de lado estes dois pontos e concordasse com ela,

estaria praticando feitiçaria, manipulando dados através da oração.

Eis o que poderia fazer:

1. Afirmei-lhe que eu também desejava um bom marido para ela.2. Falei-lhe que Deus nada me dissera de que este evangelista seria o

seu esposo, mas que estaria disposta a orar juntamente com ela

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buscando a vontade de Deus para ela, e que se ele fosse o escolhidode Deus, ele mesmo providenciaria o encontro deles.

3. Falei-lhe também da chamada telefônica que recebera da Califómia.Ela entendeu que Deus não tolera a poligamia, por isso uma dasduas estava errada.

4. Orei com ela e, juntas, concordamos diante de Deus que lhe desseum esposo conforme o seu propósito.

Leslie estava a ponto de praticar feitiçaria pela oração. Como? Elanão queria praticar a feitiçaria, mas em sua solidão pisou no perigosoterreno da manipulação e do controle pela oração. Este é o fundamento dabruxaria: as bruxas amaldiçoam e amarram falsamente as pessoas pelasquais elas oram. Eis a razão de Paulo listar a feitiçaria como uma das obrasda carne em Gálatas 5.20. São orações psíquicas, feitas pela mentehumana diferentemente daquelas orações feitas conforme a mente de

Cristo. As bruxas e parapsicólogos chamam isto de poder da mente ou"controle mental".

Nesses anos de ministério com os Generais da Intercessão Mike e eu já vimos os mais diversos tipos de feitiçaria pela oração. Tem gente queanda por aí "tomando posse" de casas e propriedades, o que implica emtrazer sob amarras os donos de tais propriedades.Conhecemos pessoasque não conseguiam vender suas propriedades por que alguns crentesoravam, tomando posse dela, e para isto oravam fervorosamente.Sugerimos aos irmãos que desejam tomar posse de uma casa ou terreno(ou o que quer que queiram comprar) que orem da seguinte maneira:

"Senhor, creio que já falaste ao meu coração de que esta propriedadeserá minha. Agora, se este é o local que separaste para mim, peço-te queos proprietários atuaissejam abençoados financeiramente enquanto preparamos a documentaçãopara comprá-lo".

Um homem me telefonou, reclamando que sua esposa não tinha aunção necessária para acompanhá-lo no ministério, e por isso, disse-meele: "ela morrerá e Deus me dará uma outra esposa". O que mais me

espantou foi que ele conseguiu convencer sua esposa de que tudo isto eraverdade! Felizmente, ele percebeu o seu erro e, depois de corretamenteinstruído, mudou de idéia. Eu lhe disse. Já que Deus tudo pode, por quenão pedir para que Ele aumente a unção na vida dela?" Agradecido e feliz,desligou o telefone.

 Talvez você nem acredite, mas histórias deste tipo são comuns entreos intercessores. As histórias apenas variam de cidade para cidade e depessoa para pessoa, mas no fundo todos os casos são parecidos. Deixe-meexplicar, então, o que acontece quando alguém faz oraçõesmanipuladoras.

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Ao orar, usando o poder da mente, vontade ou emoções, uma pessoalibera suas forças psíquicas (e, muitas vezes, demoníacas) contra a pessoapela qual está orando. Em Provérbios 18.21 temos a seguinte declaração:"A morte e a vida estão no poder da língua ... ". Há poder nas palavras.

 Tome, como exemplo, as palavras dos espias no livro de Números. O

péssimo relatório dado por aqueles dez espias desanimou o povo. Aspalavras que pronunciamos em oração têm o mesmo efeito. Se, o quepedimos a Deus a favor das pessoas não é o que Ele tem em mente paraelas, estas poderão cair em confusão.

Os grupos de intercessão que oram segundo o espírito de Absalão,freqüentemente oram assim: "Deus, já faz tanto tempo que temos estepastor, o tempo dele já passou, por isso, pedimos-te que o removas daqui,Senhor, e coloque no lugar dele alguém que seja bênção para o povo".

Se não é hora do pastor se mudar para outro lugar, tal tipo de oraçãoabre uma porta ao diabo que começará a atacar a vida dele, trazendoconfusão à igreja. E veja bem: mesmo que o pastor tenha plena certeza deque Deus o chamou para pastorear aquele rebanho, ele começará a sentira atmosfera carregada e, toda vez que pregar ou aconselhar, será comodar murros no ar. As obras da carne, ou feitiçaria começarão a perturbar opastor, com um detalhe: a pessoa que orou, também será atacada! EmGálatas 6.7 diz que colhemos aquilo que semeamos.

Se você se encaixa no que falei aqui, orando orações erradas,arrependa-se e peça a Deus que afaste todo o engano de sua vida. Peça-

Lhe que mostre a você todas as orações erradas que fez. Depois, em nomede Jesus, libere as pessoas pelas quais você, orando, tentou manipular.

Se você sente que tem gente manipulando-o em oração, analise soba seguinte ótica: Você está experimentando algum tipo de confusão oupeso espiritual sem qualquer razão ou explicação? Se o problema não éfísico, nem de pecado ou contenda, ore da seguinte maneira:

"Pai, em Nome de Jesus, quebro agora todo o poder, toda oração queé feita a meu favor que seja contra a Tua vontade para a minha vida.Quero Te agradecer por romperes toda a escravidão e por anulares toda

oração manipuladora."

O leito nupcial

É inacreditável o que acontece em determinados círculos deintercessores: tem gente que ora como se estivesse dando tiros no diabo,chocando os visitantes e até mesmo o pastor, ou se arrastam,engatinhando pelo chão do templo gemendo como se estivessem para darà luz. (Falei, anteriormente, que a maior parte dos intercessores sãohumildes e equilibrados, são pessoas educadas. A minoria desequilibrada,

é que trás uma nódoa a todo grupo). Em termos de engano, nada se

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compara, contudo, àquilo que chamo de "experiência do leito nupcial'', istoé, um relacionamento físico com seres celestiais.

Antes de escrever este capítulo cheguei a relutar se deveria ou nãotrazer este assunto. Até algum tempo atrás, não se falava muito a respeito

de relações sexuais com espíritos imundos, entretanto, com o surgimentoda Nova Era e do satanismo, no entanto, o assunto começou a virar modaem muitos círculos. Devo dizer que mesmo entre os crentes, isto não éalgo novo. No passado, Santo Agostinho e Tomás de Aquino trataram doassunto. Entreos muitos temas, lutaram com a interpretação de Gênesis 6.1-4 onde dizque os "filhos de Deus" tiveram filhos das "filhas dos homens". Este era umassunto debatido com freqüência na idade média. Com o advento doiluminismo o assunto ficou renegado a um plano inferior e começou-se aduvidar da existência ou não de demônios. As investigações quanto a

atividade dos demônios deixaram de ser importantes.Ciente de que alguns poderão dizer que, agora, faço parte dos

mesmos desequilibrados intercessores que acabei de criticar, entendo quevale a pena correr o risco de ser mal entendida ao tratar deste assunto.

 Talvez não gostemos (e eu não gosto), mas não podemos esconder o fatode que algo está acontecendo. Posso até afirmar que algumas pessoas têmtanta convicção do assunto que não faz a menor diferença para elas se éou não real. Não quero parecer sinistra mas deixar bem claro que há aquium problema que precisa ser exposto. Depois desta breve introdução,deixe-me esclarecer o fenômeno com a maior discrição possível.

Fiquei a par do assunto quando conversava com uma intercessora.Falávamos sobre generalidades quando Louise (este não é o seu nomeverdadeiro), começou a contar empol-gada a maneira como Deus abençoaaqueles intercessores maduros na fé envolvendo-os em muita intimidadecom Ele. A palavra intimidade puxou um gatilho dentro de mime acendeuuma luz vermelha. Pedi-lhe que contasse maiores detalhes sobre o quequeria dizer com intimidade. Aquela irmã começou a descrever emdetalhes a forma como durante a noite Jesus lhe aparecia e a levava paraseu leito nupcial. Quando ela me disse que "Jesus aparecia durante a

noite" três luzes vermelhas começaram a piscar. Por um momento acheique não tinha entendido bem e lhe perguntei: "Louise, quer dizer que oSenhor se revela a você como aquele que a ama?". Imediatamente elacomeçou a gaguejar.

Depois de ouvir toda a história, percebi que ela estava sendoenganada. Fico feliz em dizer que ela se livrou deste tipo de experiência.Suas experiências começaram quando era acordada no meio da noitesentindo que todo o seu corpo estava carregado de energia e de vida aomesmo tempo em que uma voz suave lhe dizia que era Jesus que seaproximava para levá-Ia ao leito nupcial. Ela ficava excitada, algo que nãoé próprio do Espírito Santo, e simde uma ação demoníaca. Entretanto, aquela voz bonita dizendo-lhe que

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era Jesus levou-a a pensar que estava tendo uma experiência inusitada naqual o Senhor a amava de forma toda especial.

Na realidade, Louise estava sendo atacada por espíritos malignos comsonhos e tormentos sexuais que vêm geralmente durante a noite, se bem

que podem aparecer, também, durante o dia. Tais espíritos são conhecidoscomo incubo e súcubo e o NovoDicionário Aurélio da língua portuguesa traz a seguinte definição paraíncubo: "Demônio masculino que, segundo velha crença popular, vem pelanoite copular com uma mulher, perturbando-lhe o sono e causando-lhe

pesadelo".*2

Depois disto, comecei a perguntar a outros líderes se alguma veztiveram que tratar com pessoas que tiveram experiências semelhantes.

 Todos responderam positivamente. Muitos, nem mesmo sabiam comodenominar tais fenômemos mas sabiam tratar-se de experiênciasdemoníacas.

Como tratei o assunto com Louise? Primeiramente pedi-lhe querenunciasse tudo aquilo como sendo pecado; como envolvimento comespíritos malígnos. Pediu perdão a Deus por haver-se permitido crer numamentira de Satanás, achando que era de Jesus uma experiência satânica.

Em segundo lugar, pedimos que Deus nos mostrasse a brecha pelaqual o engano entrou. Louise confessou que seu marido não correspondiacom suas necessidades sexuais e ela andava magoada com ele pela falta

de atenção. Foi isto que a deixou como alvo fácil do inimigo.Em terceiro lugar,juntas, examinamos os casos de intimidade nas

Escrituras e vimos que a intimidade com Deus traz alegria e prazer noespírito e não a excitação da carne.

Por último, usei da autoridade em nome de Jesus contra aqueledemônio, contra o espírito de incubo, ordenando-lhe que jamais voltasse aperturbá-Ia durante a noite. Ela fez a mesma coisa e ordenou ao espíritode incubo que a abandonasse totalmente.

Certo dia, o assunto veio à tona numa reunião de intercessores eamigos. Pergunta-ram-me o que eu sabia a respeito,já que estava incluindoo tema num dos capítulos do livro. Compartilhei com eles tudo o que sabiasobre este fenômeno da "recâmara do noivo", ou para ser mais ousada,"leito nupcial". Uma intercessora compartilhou comigo uma história deuma mulher com quem ela havia ministrado que era enganada por esteespírito de incubo.

Vamos chamá-Ia de Glória. Ela era líder de louvor e adoração e estavaprofundamente apaixonada por um rapaz de ótima aparência. Eramnoivos, e quando estavam prestes a casar ele repentinamente morreu. É

claro que Glória ficou desconsolada e sentia muito a falta dele. Certaocasião, enquanto tocava seu violão e adorava a Deus, sentiu que alguém

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entrou no quarto onde ela estava. Surpresa viu quando um espíritoparecido com o seu noivo entrou no quarto. Isto a deixou por demaisalegre. Custou a acreditar no que via, mas a pre-sença dele era tãomaravilhosa que a deixou desarmada. Ela pensou: bem, afinal ele veioenquanto eu adorava o Senhor. Talvez Deus o permitisse para aliviar sua

tristeza.

Com o decorrer dos dias, o engano aumentou. Ela compartilhouaquela experiência com uma outra amiga que se prontificou a orar por ela.Pediu a Deus que mostrasse a Glória quem era de fato aquele espírito afim de que ela ficasse livre de sua influência. Mais tarde, quando Glóriaestava adorando o Senhor em seu quarto sentiu outra vez a presençadaquele ser espiritual. Ela o viu deitado no sofá, mas para surpresa sua,ele tinha uma aparência revoltante, horripilante. Somente os olhos separeciam com o de seu noivo. O Senhor revelou-lhe o espírito de incubo

como ele realmente era. Procurou ajuda e foi liberta daquela influênciamaligna.

Salvaguardas contra todaintercessão desequilibrada

A maneira mais correta de evitar todo o desequilíbrio na intercessão éfirmar-se na Palavra de Deus.

Quando, pela primeira vez, aprendi a "orar a Palavra" utilizei umlivreto com algumas orientações e com textos bíblicos para qualquer

situação que uma pessoa enfrentasse. Se alguém tivesse um problema,abria na página indicada e orava usando as palavras do texto.Um dia, uma mulher me telefonou com um terrível problema

financeiro. Poderia orar por ela? Puxa vida! Como podia! Orei usando todosos versículos bíblicos a respeito de pros-peridade e até acrescentei algunsoutros que havia memorizado. Ordenei ao diabo que tirasse as mãos sujasde suas finanças. Senti-me realizada com minha própria espiritualidade.

Quando larguei o telefone senti que o Espírito Santo havia seentristecido, por isso tomei a orar. Deus começou a falar-me que estavatratando com aquela mulher sobre a preguiça pois ela adiava qualquer

possibilidade de conseguir um emprego. Na realidade, ela resistia a Deus! Todos os seus problemas financeiros eram fruto de sua desobediência.

Conclui que ela não se arrependera e que havia orado impedindo otratamento de Deus em sua vida. Fiquei assustada e pedi perdãoimediatamente a Deus. Desde então, aprendi a pedir-lhe que me concedauma palavra viva ou o rema, uma palavra que Deus nos dá para cadaassunto que ministramos.

É difícil agarrarmo-nos a esta verdade. Temos que aprender comoorar a palavra viva de Deus. Algumas pessoas oram no estilo rodízio:

andam por toda a Bíblia, buscando aquilo que melhor lhes apetece.

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"Deus", dizem, "quero uma nova casa, meu vizinho de porta deve sergentil, e, por favor, quero ter na garagem um carro zerinho de sobremesa".

A Palavra de Deus está repleta de promessas, de bênçãos, e emmuitos casos, Ele pode querer dar-nos uma casa, um marido ou um carro

mas achar que tudo o que queremos é da vontade de Deus não é o mesmoque orar a Sua Palavra.

Se procurarmos ouvir atentamente os assuntos pelos quais Deus querque interce-damos, cientes das artimanhas do diabo que procura nosdesviar da vontade de Deus, poderemos continuar a intercederconfiadamente, certos de que não haverá desequilíbrioem nosso ministério de intercessão.

1. Gary Greewald, Seductions Exposed (Expondo o Engano), Eagle'sNest Publications, Santa Ana, Calif., pg. 22

2. Norman Grubb, Rees Howells, Intercessor, Editora Betânia, 3a.edição, texto transcrito diretamente da tradução em português. CaixaPostal 5010, 31611-970 Venda Nova, Belo Horizonte. Pg 74

CAPíTULO 11índice

Intercessão Profética 

Uma equipe de Frontline Ministries aterrizou na cidade de Guatemala

e, enquanto se dirigiam para o hotel onde ficariam hospedados aquelanoite, todos os membros estavamante vendo o trabalho que tinham pela frente. Dutch Sheets, um amigoconhecido, fazia parte do grupo e, com eles, iria construir um centro detreinamento nas florestas de EI Petén junto ao Rio Pasión. Eles nemimaginavam que suas vidas dependiam da intercessão de uma mulher quesabia da viagem, Linda Snelling que ficou na brecha intercedendo pelogrupo no estado de Ohio.

O grupo chegou na cidade, numa sexta-feira, e os planos eram de queno dia seguinte, um sábado, viajariam para a floresta. Na manhã seguinte,quando Dutch e o grupo chegaram no aereoporto, foram informados de

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que o vôo havia sido cancelado. Se você não está familiarizado com ascompanhias aéreas da América Central, saiba que isto ocorre comfreqüência, apenas foram avisados de que deveriam voltar no domingo.

A equipe decidiu orar, buscando direção de Deus. Seria Satanás que

lhes barrava o caminho ou Deus queria que ficassem na cidade mais umdia?

Depois de algum tempo; a equipe decidiu que devia viajar e procurounegociar com a empresa aérea um jeito de prosseguir viajem. Nesteinterim, Linda Snelling estava ajoelhada em sua casa intercedendo poreles.

Ela suplicou diante de Deus, pela equipe, durante três horas,comorações intensas até que sentiu-se aliviada por Deus de sua tensão.Aintercessão quebrou o coração de pedra das autoridades aeroportuárias

que, sem qualquer explicação mudaram de idéia."Está bem",dis-seram,levantando as mãos em sinal de desistência,"subam no avião,levaremos vocês até lá."

No dia seguinte, às três da manhã, a cidade de Guatemala foiatingida por um dos mais violentos terremotos de sua história, matandotrinta mil e deixando milhares de pessoas desabrigadas. Quandoregressaram da floresta viram que o hotel onde passaram a noite de sexta,e as casas onde supostamente iriam se hospedar na noite de sábado,estavam total-mente destruídas. Teriam sido atingidos por vigas e caibros

que caíram sobre as camas onde iriam dormir. Quanta alegria inundou-Iheso coração pela provisão de Deus!

Dutch ficou sabendo, ao retomar para os Estados Unidos, que lindaSnelling estivera orando por eles e isto encheu-lhes o coração de gratidão.Ficou ainda mais maravilhado, ao saber que ela estivera orandoexatamente durante as três horas em que eles tentavam convencer asautoridades aeroportuárias de que deveriam seguir viajem.

Graças a Deus pelas intensas orações de uma guerreira que disse:"Eis-me aqui, Senhor. Irei de joelhos!". Jamais saberemos o quanto suas

orações afetaram o Reino de Deus.

O que é orar profeticamente? Como saber que temos tal tipo deministério? Linda sentiu bater-lhe o coração em intercessão por aquelaequipe. Como sabia que tinha que orar?

Intercessão profética é um sentimento de urgência que o EspíritoSanto nos dá, levan-do-nos a orar por situações e circunstâncias que nossão totalmente estranhas. É, nesta hora, que você intercede pelos pedidosde oração que estão no coração de Deus. Ele faz com que você interceda,para que Ele mesmo intervenha no caso. Lembra-se do capítulo sobre os

estimuladores de Deus? Deus o levará a orar a fim de que a vontade d'Eleseja feita na terra como o é nos céus.

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Há diversos tipos de orações proféticas e, nem sempre, são só aspessoas que têm o dom de profecia que oram profeticamente. Deusconclamará a que qualquer pessoa, mem-bro do Corpo de Cristo, intercedaalém do conhecimento natural, pois o Espírito Santo quer usar todos osmembros do corpo no ministério da oração. Há pessoas, contudo, que

oram profeticamente de maneira normal, são aquelas que têm o dom daintercessão.

Neste capítulo falaremos sobre dois aspectos da oração profética: opapel do crente na intercessão profética e o papel daqueles que têm odom da intercessão, conhecidos como intercessores proféticos.

O papel de cada crente

Qual a função do membro do corpo na oração profética e como saberse você está ouvindo a sugestão do Espírito Santo?

Comece dizendo ao Senhor que você quer orar por aquilo que está nocoração d'Ele. Depois, siga os passos práticos da unção do atalaia queapresento no capítulo cinco.

A sós, peça a Deus que lhe alargue e o capacite a orar além doconhecimento natural, sobre aqueles assuntos que você tem no seu íntimoou assuntos relacionados a pessoas da família.

Gaste tempo adorando o Senhor. Através da adoração sua mente étambém santificada.

Abra a Palavra de Deus e peça-Lhe uma palavra viva sobre o assuntoque você está orando. Muitas vezes, enquanto se ora, um texto nos saltadiante dos olhos, ou, ao ler um devocional diário o assunto se encaixaperfeitamente no tema de nossa oração.

Ouça a Deus e confie que o Espírito Santo encha os seuspensamentos com a Sua Palavra.

Se você está aberto, perceberá que alguns pensamentos vêem à suamente. Às vezes um nome não lhe sai da cabeça, ou você se dá conta de

que ouve coisas como "ore por proteção" ou "Senhor, guarde o fulano detal". São coisas que brotam automaticamente dentro de você.

Ocorre, muitas vezes, uma identificação com alguém por quem vocêestá orando através de sentimentos ou de emoções. É bem possível que oEspírito Santo se manifeste através de você com aquele tipo de emoçãosobre o qual falamos no capítulo sobre as manifestações da intercessão.

Você pode chorar ou entristecer-se. Muitas vezes as pessoas ficamagitadas e não percebem que é um aviso para interceder por mais alguéme não por elas próprias. Se você está agitado, pergunte a Deus o porquê detal agitação. Ele haverá de lhe responder. A epístola de 1 João 2.20 diz: "Evós possuis unção que vem do Santo, e todos tendes conhecimento". Em

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seu livro Love On Its Knees (Amor sobre os joelhos) Dick Eastman diz algoa este respeito quando ouviu que 153 alunos estavam sendo mantidos emcativeiro na Holanda por um grupo de terroristas. Estavam decididos amatar, em intervalos regulares, cada uma das crianças se suasreivindicações não fossem atendidas. Enquanto intercedia

por aquelas crianças, Dick tinha, diante de si, um quadro em que nãosomente via as crianças holandesas mas também os seus filhos entre elas.Ele diz:

"Eu sabia que isto não era verdadeiro no mundo natural. Minhas duasfilhas estavam a dez metros de distância dormindo, confortavelmente, emsuas camas. Esqueci-me deste fato. Comecei a identificar-me emintercessão com aquele quadro e o Espírito Santo me levou a interceder deforma tão intensa como jamais fizera antes.

Fui tomado de uma tremenda indignação e comecei a ordenar queaqueles terroristas soltassem aquelas crianças. Com os punhos cerradoscomecei a orar. Enquanto orava aponta-va com o dedo em riste como seestivesse diante deles, ordenando-lhes repetidamente que largasseaquelas crianças. Chorei, suei, gritei e tremi, e, de repente, parei de orar com uma enorme sensação de vitória." (1)

 Todas as crianças foram resgatadas com vida.

E se ele tivesse sacudido os ombros indiferentemente? Pode ser quetivesse outras coisas a fazer do que interceder por algumas crianças

desconhecidas. Todas aquelas crianças continuam vivas graças ao esforçode alguém que resolveu pagar o preço da intercessão, identificando-secom o sofrimento de seus pais.

É bom fazer um diário com os assuntos pelos quais estamos orando e,depois, confir-mar as respostas. Se alguns dos pedidos de oração que vocêrecebe parecerem um tanto estranhos, deixe-os de lado até que alguémmais experiente na intercessão, e o ajude adiscernir se deve ou não orar por tal assunto ou pessoa.

Até mesmo uma criança pode aprender a orar profeticamente a

exemplo do que ocorreu com nossos próprios filhos, Mary e Daniel. Numcalmo dia de primavera, Daniel, com seis anos de idade entrou portaadentro ofegante. Eu estava ocupada preparando o jantar quando elegritou: "Mamãe, mamãe! Há algo errado com o meu umbigo". Logo percebique o que estava acontecendo era algo fora do mundo natural.

"Daniel", perguntei, "é o seu umbigo ou Deus está tentando dizer-lhealgo?" A Bíblia diz na versão corrigida que "rios de água viva correrão doseu ventre" (Jo 7.38) e já me acostumei com o fato das crianças ficaremapontando para o umbigo quando Deus está lhes pedindo que orem. (Éclaro que algumas vezes elas estão mesmo doentes!)

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Daniel me disse: "Mamãe, alguma coisa está errada. Alguém está emperigo".

Sentei-me ao seu lado e lhe disse: "Querido, vamos orar pedindo aDeus que nos mostre quem está doente ou quem tem algum problema.

Okay?".

 Juntos oramos. Ele perguntou: "será que alguém pode ser morto?""Claro, querido, peça a Deus que mostre a este alguém que ele está emperigo". Continuamos a orar e ele perguntou: "Não poderia ser opresidente dos Estados Unidos?".

Expliquei-lhe que isto seria assassinato e tínhamos que orarimpedindo que algo assim acontecesse. Ele orou pedindo que Deusdetivesse qualquer tentativa de assassinato contra o presidente. Depois,saiu pela porta dos fundos em disparada para continuar brincando até a

hora do jantar.

Na semana seguinte, recebi um telefonema de uma amiga que residena cidade de Washington contando que o F.B.I descobrira um plano paraassassinar o presidente Reagan. Deus tinha um investigador celestial nocaso e, antes que acontecesse, o plano foi por água abaixo por causa daintercessão de uma criança. Contei ao meu filho que Deus dispõe demuitas pessoas e que pode escolher muitas delas para interceder por umdeterminadocaso. Ele fora um dos que Deus escolhera para interceder pelo presidente.

O menino, por certo, ficou mais firme na fé!As crianças são usadas por Deus de forma especial na intercessão

profética, porque confiam facilmente em Deus. Elas não criam barreirasnem filtram o que ouvem para ver se é certo or; errado. Quandoensinamos aos nossos filhos sobre o caráter de Deus, desde pequenas,elas podem mover-se neste tipo de intercessão.

Muitas vezes, uma pessoa ora profeticamente sem se dar conta. Foi oque aconteceu com Peter Wagner as 6:30 da manhã no dia das bruxas.*3

Ele me contou o que aconteceu quando, juntos, falávamos sobre

intercessão.

Parece que Peter estava intercedendo por toda aquela gente quecomete pecados no dia de Haloween. À medida que orava Deus foi-lheacrescentando alguns dados. "Senhor", disse ele, "peço- Te que salvesalguém, um perseguidor da igreja como Paulo". Bem, ficou constrangidopelo tipo de oração, mas acrescentou: "Oro por essa pessoa para quereceba a luz de Deus, dê uma guinada de 180 graus e se torne umanunciador de boas-novas".

Sua oração foi respondida naquela mesma noite. Um bruxo de nome

Wicca de San Francisco, se arrependeu e fechou as portas de seu templosatânico. O Espírito Santo tomou a Peter em oração levando-o às regiões

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celestiais com uma oração profética. Deus o levou de uma oração normal àuma oração específica ajudando aquele homem a ser salvo.

É interessante que Peter Wagner não se considera uma pessoa com odom da intercessão, mas Deus o escolheu para orar especificamente por

aquele assunto, tendo ou não o dom.

Podemos ter muitas respostas de orações quando nos consagramospara fazer a vontade de Deus. Aqueles que têm o dom da intercessãoperceberão que isto ocorre com freqüência.

O papel do intercessor

Aqueles que têm o dom da intercessão descobrirão que a oraçãoprofética faz parte do chamamento de Deus para suas vidas. Comointercessores proféticos, na realidade, profeti-zam enquanto oram. Muitas

pessoas tropeçam exatamente aqui, ficando confusas por não entender oque lhes está acontecendo. Sabem apenas que podem orar por muitotempo e que suas orações quase sempre são respondidas.

Peter Wagner define o que é profecia em seu livro Descubra SeusDons Espirituais:

"O dom da profecia é aquela capacidade especial que Deus dá acertos membros do Corpo de Cristo para receberem e transmitiremalguma mensagem imediata de Deus aoseu povo, através de alguma declaração divinamente ungida". (2)

Poderíamos acrescentar que o dom de intercessão profética é aquelacapacidade de receber imediatamente de Deus um pedido de oração,orando por ele com autoridade e unção.

Daniel era um intercessor profético e suas orações eram cheias depoder. Vale a pena estudá-Ias. Era profeta de governadores e suas oraçõesmudaram o rumo da história. Veja Daniel 9.2. O Senhor queria levar o seupovo de volta do cativeiro da Babilônia e o Senhor o lembrou que deveriaorar lembrando-lhe das palavras dadas a Jeremias:

"No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros, queo número de anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, em quehaviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos" (Dn9.2).

De posse desta promessa de Deus, Daniel começou a guerrear nasregiões celestiais para que o povo fosse liberto de seus setenta anos decativeiro. Ele diz: "Voltei o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar emoração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza" (Dn 9.3).

Isto mostra claramente que a intercessão profética não ocorresomente quando Deus nos dá um peso pelo qual interceder, mas tambémquando Ele mesmo nos desperta para orar por algo que esteja em Sua

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Palavra; algo falado por boca de seus profetas. Em 1 Timó-teo 1.18 Paulodiz: "Este é o dever que te encarrego, Ó filho Timóteo, segundo asprofecias de que antecipadamente foste objeto: combate, firmado nelas, obom combate".

Margaret Moberly, guerreira, do alto de sua sabedoria falou: "Nemtodo intercessor é um profeta, mas todo profeta é um intercessor". Aintercessão é o campo de treinamento para as pessoas que Deus haveráde usar na área profética de maneira normal.

Há alguns anos atrás, enquanto ministrava num retiro em Hemet, naCalifórnia, orei pela esposa de um pastor e, enquanto orava sobre ela,Deus me deu uma palavra específica sobre sua situação familiar: "Vocêtem uma filha desta altura (e medi uma altura até os seus ombros) e oSenhor me diz que ela é sua filha".

Aquelas palavras eram-me desconhecidas, mas continuaram a sair demeus lábios. Por que o Senhor teria que dizer à uma mãe que a filha eradela? Descobri mais tarde que aquelas palavras tinham um sentido todoespecial, pois aquela esposa de pastor era madrasta de uma menina cujaaltura chegava aos seus ombros. A garota queria morar com um parentemas seus pais não concordavam e a justiça teria que decidir com quemficaria a custódia. Ele mesmo me disse que estava reivindicando a custódiadela em intercessão. Traziam à lembrança de Deus a palavra que disserade que aquela era a filha deles, e proclamaram que Satanás não tinha odireito de interferir. Tomaram posse da palavra

viva que determinava que aquela menina ficaria com eles.

Aquela moça entrou no tribunal dizendo ao pai que não queria morarcom ele, mas no meio da audiência mudou de idéia afirmando perante o

 juiz que queria morar com o pai. Hoje ela está servindo a Senhor.

É no seu cantinho da oração que o profeta aprende a ouvir a voz deDeus. Jeremias 27.18 diz: "Se são profetas, e se a palavra do Senhor estácom eles, que orem ao Senhor dos Exércitos..."

Cada profeta da Bíblia era um intercessor. Abraão intercedeu pela

cidade de Sodoma; Isaías, Jeremias e Ezequiel foram intercessores e a listade profetas é grande em todo o Antigo Testamento. No Novo Testamentotemos o exemplo de Simeão e Ana. A pedido de Deus eles intercederampelo nascimento de seu Filho.

"Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justoe piedoso que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava

sobre ele. Revelara-lhe o Espírito Santo que não passaria pela morte antesde ver o Cristo do Senhor" (Le 2.25,26).

Quanto a Ana, ela servia ao Senhor dia e noite, orando e jejuando,

reconhecendo Jesus como o Filho de Deus (Lc 2.36-38).

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Uma palavra de profecia pode também ser uma forma de intercessãopor intervir divinamente na vida das pessoas que a recebem. Isto éexatamente o que acontece quando ficamos na brecha. Apocalipse 19.10diz: "Adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia".

Isto nos leva a um outro ponto muito interessante. Você já seperguntou como Jesus viveu "sempre para interceder por eles"? (Hb 7.25).Está claro que Sua obra na cruz foi intercessória, mas uma é a palavraprofética e outra a intercessão profética.

É possível que ao vir uma necessidade, Jesus toque no coração dealguém para que comece a interceder. Através do poder do Espírito Santo,o próprio Jesus intercede usando aquela pessoa para que Sua vontade sejafeita tanto na terra como no céu.

No avião, regressando de uma viagem a Jerusalém, fiquei orando por

meu país e comecei a preocupar-me com a situação econômica dosEstados Unidos. Naquela hora Deus me disse: "Comece a jejuar assim quevocê colocar os pés em terra porque o mercado de grãos terá uma queda.Isto não poderá ser evitado, mas as conseqüências poderão seramenizadas." Nem preciso dizer o que houve: entrei num jejum direto! amercado de grãosdesabou mas as conseqüências não foram tão sentidas pois osintercessores começaram a orar.

O que fazer se você for chamado a profetizar regularmente em

oração? Em primeiro lugar, não diga que você é um profeta nem seautodenomine profeta. Deus é quem coloca os profetas no Corpo de Cristo.Apenas diga em oração o que Deus lhe manda falar e deixe que as pessoasque estão sobre você, em autoridade, as julgue. Se receber uma revelaçãoem oração, compartilhe-a se for possível. No decorrer dos tempos aspessoas passarão a reco-nhecer o seu ministério e o ajudarão adesenvolver o dom.

Se sua igreja e o seu pastor nada entendem sobre profecias ouintercessões proféticas, não fique querendo que eles entendam à força oque Deus lhe tem dado. Fique paciente-mente em oração e Deus lhe abrirá

uma porta de comunicação com eles.

Basta pedir ao Senhor por orientação e Ele abrirá as portas para quevocê comunique aquilo que Ele mesmo tem colocado em seu coração.Deus é um grande Deus! Se Ele quer que você fale o que lhe temmostrado, Ele o capacitará a fazê-lo. "O  presente (ou dom) que o homemfaz alarga-lhe o caminho e leva-o perante os grandes" (Pv 18.16).

Há alguns anos atrás fiquei um tanto frustrada pois recebia umaenxurrada de reve-lações enquanto orava e não tinha com quem ascompartilhar. O versículo acima se encaixou perfeitamente na minha vida.Fixei-o na porta da geladeira e nervosamente esperei. O Senhor me deuum "chega prá lá". Por certo Ele teria outras pessoas através de quem

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pudesse falar. Ele queria que eu aprendesse a ter paciência e um espíritocalmo.

Foi-me difícil esperar a hora de Deus. Acho que a palavra favorita deDeus é espere! Certo dia, fiquei desesperada achando que jamais poderia

compartilhar aquilo que Ele me revelava durante o tempo de intercessão.Foi quando o ouvi dizer: "Cindy, minha unção não é para ser desperdiçada.Abrirei para você as portas no tempo certo."

No momento oportuno, quando Deus viu que eu estavasuficientemente madura para falar com temperança as coisas que Ele mefalara, Ele abriu as portas do meu ministério. Ele fará com você a mesmacoisa se você sente que tem o ministério da palavra profética.

1

. Dick Eastman em Love On lts Knee, (Amor Sobre os Joelhos) Tarrytown, N.Y., Chosen Books, 1989, pgs 34-37

2. C.Peter Wagner, Edição em português, Descubra Seus DonsEspirituais, Aba Press, São Paulo, pg 230.

CAPíTULO 12

índice

Parceiros de Oração 

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Há quase duzentos atrás, um sapateiro inglês começou a preocupar-se com os povos pagãos que não conheciam a Cristo. Enquanto batia astachas nos solados dos sapatos, Willian Carey ficava admirando o mapa-múndi que havia colocado acima de seus olhos. De sua banqueta detrabalho podia ler algumas anotações que tirara do livro As Viagens do

Capitão Cook e de outros livros existentes na época.

Autodidata e sem qualquer talento, como ele mesmo dizia, Careytornou-se o pai das missões modernas. Ele teve que vencer a relutância deseus irmãos batistas para começar a primeira sociedade missionáriabritânica. Foi para a Índia como missionário onde ficou du-rante 42 anos.Carey e seus companheiros traduziram toda a Bíblia em 26 dialetos daÍndia e o Novo Testamento, ou porções dele, para outros 25 dialetos.

São muitos os livros escritos sobre Willian Carey, mas que eu saiba,ninguém escreveu alguma coisa sobre sua irmã, uma moça paralítica,inválida sobre uma cama. Ela e Carey eram muito amigos e ele escreviaconstantemente para ela contando o que fazia em detalhes na Índia. Ela,então, ficava todo o dia diante do Senhor em oração, intercedendo porcada assunto. Fico pensando quem, na realidade, era responsável pelosucesso ministerial deWillian Carey.

Carey e sua irmã abriram a fonte do poder espiritual, começando oque hoje conhecemos como, sócios na oração. Como Deus age distribuindoconfiança à equipe? Ambos têm a mesma responsabilidade e a mesma

recompensa no ministério. É isto o quediz 1 Samuel 30.24: "Porque, qual é a parte dos que desceram à peleja, talserá a parte dos que ficaram com a bagagem; receberão partes iguais".

Parece-me que muitos obreiros estão vivendo sob constantesataques, enfrentando grandes lutas. É sobre isto que conversam quando seencontram em conferências e reuniões fraternais, especialmente porquemuitos dos homens nos quais se espelham enfrentam também sériosproblemas. Todos se perguntam: como evitar estes tipos de problemas?

Quando alguns obreiros, sobrecarregados de problemas, me

telefonam, uma das perguntas que faço é: "você tem alguém que ora porvocê, que lhe seja companheiro de oração?" Freqüentemente respondem:"claro, tenho alguns irmãos orando por mim."Faço-lhes ainda uma segunda pergunta: mas eles sabem dos seusproblemas íntimos? Apenas uns poucos obreiros conseguem mobilizaralguém que ore por eles pessoalmente.

É bíblico ter intercessores pessoais? Paulo escreveu aos Efésiospedindo que orassem pessoalmente por ele e lhes mandou Tíquico "paraque saibais também a meu respeito, e o que faço .. " (Ef 6.21,22). Sempre

no final de suas cartas Paulo pedia oração a favor dele contando-lhes suasnecessidades.

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Você já pensou em começar ou fazer parte de um grupo de amigosintercessores? Você não precisa ser famoso para necessitar de oração.

 Todo intercessor precisa de um sócio na oração que por ele interceda emuitos obreiros estão desejosos por encontrar alguém que lhes sustenteem oração.

Peter Wagner tem boas razões para alardear que tem amigos que porele intercedem. Ele sempre diz que não estaria vivo se Cathy Schaller nãointercedesse por ele e comemora isto com uma festa de aniversário todosos anos no dia 25 de março. Ele e Dóris, sua esposa, Cathy e seu esposo

celebram o dia em que ele "nasceu de novo". *4 

Cathy Schaller participava de um concerto no dia 25 de março de1983 numa igreja perto de Temple City, na Califórnia. Exatamente as 8:30da noite começou a sentir um ataque do diabo. Começou a repreender

pedindo discernimento do Senhor. Sentiu que alguém muito próximo delaestava em apuros, atacado por um espírito de morte e destruição e nãoera nenhum de seus filhos. Orou, intensamente, pedindo que Deuscercasse aquela pessoacom uma legião de anjos. Enquanto intercedia suas costas doíam tantoque seu esposo colo-cou as mãos sobre a coluna orando por ela. Depois devinte minutos de intercessão sentiu um grande alívio. Aquele sentimentode trevas desapareceu. Voltou para casa sentindo-se bem sem saber porquem intercedera aquela noite.

Ela não sabia, mas naquele exato momento Peter Wagner subia numa

escada de três metros de altura em sua garagem buscando alguma coisano sótão que fica acima da garagem. Era uma escada forte usada semprepara subir ali. Exatamente às 8:30 da noite, alguma coisa desequilibrou aescada. Peter caiu de costas no cimento da garagem. Gritou por suaesposa que, prontamente chamou uma ambulância.

No hospital, depois de alguns exames ficou comprovado que nenhumosso fora fraturado, não havia lesões internas, apenas alguns arranhões.Nem a coluna ou a cabeça foi machucada. Ficou com algumas dores pelocorpo durante alguns meses mas depois se recuperou plenamente. Ele tem

certeza que se não fossem as orações de sua sócia de oração, Satanásteria neutralizado o seu ministério.

Se você é um líder ministerial, nas páginas seguintes quero incentivá-lo a começar um grupo de amigos intercessores. Se alguém quer se tomarum apoiador de oração para o ministério de algum amigo, tambémencontrará aqui muita ajuda.

Os sócios de oração dos Generais da Intercessão são todosintercessores talhados aos quais agradecemos o labor e o amor por nós.Desde que começaram a orar por nós, o minis-tério se expandiu e eu sei

porque eles intercedem por nós para que a unção do Espírito Santo sejacontínua sobre o nosso ministério.

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Depois que você se compromete com os seus companheiros deoração e eles também se comprometem com você, pode ficar certo queDeus lhes mostrará suas fraquezas. Às vezes atendo o telefone e um sóciona oração me pergunta: "Cindy, por que você anda tão ansiosa? Passeitodo o dia orando por você nesta área."

Nossos companheiros de oração prestam-nos conta, regularmente, enos confortam quando desesperadamente buscamos a direção de Deus.Com convites empilhados sobre a mesa para ministrar em diferenteslugares do mundo, alguns em pé de guerra, preciso escrever regularmentea alguns dos companheiros de intercessão pessoal pedindo-Ihes oração eaconselhamento. "O que você tem a dizer?", pergunto, e há semprealgumas pessoas que dão a mesma palavra do Senhor, impelindo-nos a irou considerando que não é hora de fazer uma viagem assim.

Os Generais da Intercessão nem sempre tiveram pessoas como sóciasde oração. Para ser sincera, durante suas conferências a líderes cristãossobre intercessão, Peter Wagner ensinou-me como mobilizar os parceirosde oração. Antes de termos os parceiros de oração, quando viajávamos adeterminados países, ficávamos exaustos, não que ninguém ficasse orandopor nós, ao contrário, tínhamos pessoas comprometidas na oração, só quenãoagiam da maneira como explicarei mais adiante. Depois, notamos umadiferença substancial marcando nossas vidas e nossos ministérios.

Por que um líder cristão precisa de parceiros ou sócios de oração? Há

alguns anos atrás ouvi alguém explicar que quando um líder se expõedevido ao ministério que tem, toma-se alvo fácil para os ataques deSatanás. Se ele puder derrubá-Io, outros cairão com ele num "efeitodominó". Satanás se lança com violência maior do que faria com um crentecomum. Tenha sempre em mente que o próprio príncipe da Pérsia foi quemlutou impedindo que a Palavra de Deus chegasse a Daniel.

 John Maxwell em seu manual de oração, The Pastor's Prayer Partners(Companheiros de Oração do Pastor) diz o seguinte: "Toda batalha,especialmente aquelas mais difíceis requer um número maior de recursosalém do que o líder possui nele próprio". (1) 

Foi assim com Moisés. Durante a batalha contra os amalequitas Josuéprevalecia enquanto Moisés estava com as mãos erguidas. Quando suasmãos cansaram, Arão e Hur as sustentaram no alto. Semelhantemente,muitos líderes cristãos, não conseguem terminar o que Deus lhes ordenafazer, por não terem o apoio de uma boa cobertura de oração. O inimigoaperta o cerco e tensos e nervosos, não suportam a perseguição desistindoda luta.Convenhamos, há muitos pastores abandonando as fileiras do exército.Qualquer que seja a obra que você faça para Deus, você precisa de

alguém que o ajude e clame diante de Deus a seu favor.

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Uma outra boa razão da necessidade dos líderes cristãos teremintercessores pessoais é a sofisticação do inimigo. Os adeptos de Satanásestão fazendo jejuns e intercessões demo-níacas. Um líder batista enviou aseguinte carta a Peter Wagner:

"Durante o vôo procedente de Detroit havia um homem sentado aomeu lado, quieto, e sem interesse algum em conversar comigo. Na metadedo trajeto aéreo ele abaixou sua cabeça, como se estivesse orando. Depoisque seus lábios pararam de se mexer, perguntei-lhe: "você é crente?" Eunão lhe dera o menor indício de que eu era um pastor Batista e professor universitário.

Pego de surpresa com minha pergunta, reagiu, dizendo: "Não, não ...Você se enganou, eu não sou um crente ... Na realidade, sou umsatanista". Perguntei-lhe, então, por que orava se era um satanista. Ele merespondeu: "Você quer realmente saber?". Como demonstrei interesse, eleacrescentou: "Meu alvo principal são os líderes cristãos e suas famíliasresidentes da Nova Inglaterra; oro para que caiam." Levando a sério suamissão, não quis continuar com o assunto." (2)

Será que estes jejuns e orações satânicas têm algum efeito? A Bíbliadiz que sim. Jezabel convocou um jejum pagão contra o justo Nabote.

"E escreveu nas cartas, dizendo: Apregoai um jejum, e trazei aNabote para a frente do povo. Faze! sentar diante dele dois homensmalignos, que testemunhem contra ele, dizendo: Blasfemaste contra Deus

e contra o rei. Depois levai-o para fora, e apedrejai-o para que morra" (1Rs 21.9,10).

Nabote, um homem piedoso foi julgado e sentenciado à morte. Oslíderes da cidade creram naquela patifaria e não na palavra de um homem

 justo. Este tipo de ataque parece que está novamente em evidência hoje,pois muitos líderes são processados e levados às barras dos tribunais porseus próprios irmãos na fé. Os líderes cristãos precisam enfrentar estarealidade: Satanás está atacando por todos os flancos e seu ataque sópoderá ser detidopor sócios ou parceiros de oração que intercedam por eles de forma

regular.

Comece!

Sei que muitos líderes gostariam de ter intercessores pessoais,parceiros de oração, mas não sabem como convocá-los e quando osconvocam, não sabem o que fazer para mantê-los a par de suas atividadesdiárias. Quero tratar, neste capítulo, de alguns pas-sos práticos na mobilização de intercessores, na forma de comunicaçãocom eles e em como proteger-se de possíveis laços nesta atividade. Incluo,

também, algumas orientações para saber se você tem ou não cobertura

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suficiente de oração. Vejamos primeiramente os vários tipos de parceirosde oração.

1. Círculo íntimo. É um pequeníssimo grupo que o próprio Deus lhe dá.Moisés tinha como pessoas chegadas a Arão e Hur , Jesus, tinha mais

intimidade com Pedro, Tiago e João. Alguns intercessoresdemonstram muita fidelidade no seu chamamento e estes devemfazer parte do círculo mais íntimo. São pessoas que agüentam otranco com você!

2. Círculo maior. São intercessores que se assemelham aos outros novediscípulos de Jesus. Não oram tanto como os demais do círculoíntimo, como Pedro, Tiago e João,mas intercedem por você numa base sólida e regular.

3.  A Congregação. São pessoas ou membros de sua igreja. Sempre que

o encontram elas dizem que estão orando por você, mas você nãotem com elas um contato pessoal. Devem ser mobilizadas à oração,não através de cartas, do púlpito você deve informá-Ias dasnecessidades de oração e do trabalho que está fazendo.

4. lntercessores avulsos. Há ocasiões em que você tem convites parapregar ou se envolve em atividades onde há muita batalhaespiritual. Deus levantará este tipo deintercessores que orarão por você até que a batalha haja terminado.São pessoas que podem ser convocadas por cartas, através de

programas de rádio, televisão ou revistas cristãs.Os obreiros itinerantes devem utilizar-se deste tipo de intercessores

 já que não dispõe de uma congregação que fique na brecha a seufavor. Dick Eastman vem, há anos, convocando este tipo deintercessores para que orem a favor de sua família. No final de cadaconferência de sua organização ele dá o nome de cada membro desua família para que os irmãos orem por eles. Uma outra forma dosobreiros itineran-tes convocar intercessores é através de cartas quesão enviadas regularmente a um determinado número de pessoas.Não é lá uma forma íntima de pedir oração, mas muitas pessoas se

prontificam a ficar na brecha em intercessão.

Uma outra maneira de pedir oração é ser bastante franco com aspessoas contando, do púlpito, suas necessidades e as de suafamília. Muitas pessoas relutam em expor-se publicamente, mas istonunca me prejudicou, ao contrário ajuda muito. Afinal, as pessoasque me ouvem são irmãos em Cristo e os considero como parte deminha família.

Mobilizando os parceiros de oração

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Vejamos o que diz Lucas 11.9: "Por isso vos digo: Pedi e dar-se-vos-â;buscai e achareis; bate i e abrir-se-vos-á".

1. Pedir. A primeira coisa a fazer é pedir que Deus coloque aoseu lado parceiros ou sócios de oração que intercederão a seufavor.

2. Buscar. Faça uma lista de pessoas que poderão orar por vocêde forma regular. Ouça o que elas dizem depois que vocêprega ou na saída do templo. Alguns cada vez que oencontram, dizem: "Oro por você e por sua família todos osdias". Ouça o que elas ouvem de Deus a seu respeito. Se você

está no ministério, Deus, certamente, já separou algumaspessoas que estão orando por você. Mobilizá-Ias é apenasreconhecer o que Deus já fez.

3. Bater. Escreva uma carta às pessoas cujos nomes Deus trazao seu coração, pedindo-lhes para que se tomem seusparceiros de oração. Algumas delas você poderá chamá-Iaspor telefone ou falar-lhes pessoalmente.

A primeira vez que ouvi a respeito de parceiros de oração e em comomobilizá-los, Mike e eu estávamos passando por algumas dificuldades. Ele

era, constantemente, amea-çado de ser despedido do trabalho por seupatrão. Nossos filhos viviam sendo incomodados e parece que havia focosde incêndio por todos os lados. Um dia eu disse: "Chega! Não agüentomais estes ataques!" Ajoelhei-me pedindo que Deus me desseintercessores pessoais.

Fiz uma lista com o nome de pessoas e escrevi-lhes uma cartapedindo-lhes que se comprometessem a orar por nós. A carta enfatizavaque o que dizíamos era muito confiden-cial e que iríamos compartilharalgumas necessidades íntimas apenas com aquelas pessoas

comprometidas conosco. Nesta carta nem lhes falei que deveriam orar pornós diariamente, algumas pessoas, mais tarde, asseguraram-nos que ofariam todos os dias. Ao contrário, pedi-lhes que orassem guiados peloEspírito Santo.

Houve uma tremenda reação. Algumas semanas depois, as coisascomeçaram a mudar. O patrão do Mike deixou de incomodá-lo.Houve umasérie de ocorrências apontando-nos uma clara direção do Senhor e nossosfilhos sentiram-se aliviados de seus problemas.

O que habilita uma pessoa a ser um parceiro ou sócio de oração?

1. Um compromisso sério de oração.

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2. Confiabilidade.

3. Capacidade em saber ouvir a voz de Deus e em compartilhar o queDeus lhe diz sem aquele tom intimidador.

4. Um chamamento do Senhor em orar por você e por seu ministério.

Comunicando-se com seus parceiros

de oração

Nossa organização, Generais da Intercessão, envia um envelope peloscorreios todos os meses com nosso itinerário, uma carta pessoal e umafolha de pedidos de oração com todas as nossas necessidades. Quandoviajamos a outros países, enviamos detalhes de como foi a viagem, as

conferências, etc. No envelope, incluímos também cópias de artigosescritos sobre nós ou qualquer coisa que saia nos jornais a respeito denosso ministério.

A maneira de se comunicar com os intercessores depende do tipo deministério de cada pessoa. No caso dos pastores, por exemplo, elesdesenvolvem um tipo de ministério diferente do ministro itinerante.

O Dr. John Maxwell se relaciona com seus parceiros de oração demaneiras diferentes. No momento em que escrevo este livro ele tem cemparceiros de oração que oram por ele, todos homens. A cada quatro meses

se reúne com eles para um café; ele também se comu-nica com elesatravés de cartas e telefonemas. Ele os ajunta uma vez por ano num retirode parceiros de oração com tudo o que se tem direito: comida,divertimento, amizade e ministração individual com cada um deles. Eisuma boa maneira de estreitar o relaciona-mento entre os sócios de oração.

Peter Wagner fornece a chave para um bom relacionamento comtodos os parceiros de oração: acesso total! Ele diz que seus parceiros deoração podem alcançá-lo por telefone a qualquer hora do dia e da noite.Ele fala também da necessidade de sermos abertos e sen-síveis aos nossos

parceiros permitindo-lhes orar por nossas mais profundas necessidades.E como isto é importante! Seu sócio de. oração não poderá orarefetivamente por você se não souber de suas necessidades íntimas. Peloque lembro, jamais qualquer companheiro de oração traiu minhaconfiança.

Um outro aspecto que tanto Maxwell como Wagner destacam é aimportância da gratidão. Em Filipenses 1.3,4 temos Paulo dizendo: "Dougraças ao meu Deus por tudo que recordo de vós, fazendo sempre, comalegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações".

As pessoas precisam ser agradecidas pelo esforço que fazemintercedendo por nós, afinal, este é um trabalho difícil!

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Algumas precauções

Você precisa saber que há alguns perigos em potencial no

relacionamento com os parceiros de oração. Eis alguns deles:

1. Falsa dependência emocional. Os parceiros de oração poderãoenvolver-se emo-cionalmente com você ou você com eles de umamaneira não salutar. Suas orações não devem excluir ou usurparaquilo que, como líder, você ouve de Deus regular-mente. Vocêtambém não deve permitir anular-se em sua vida de oração porcontar com pessoas que intercedem por você.

2. Não se deixe controlar por intercessões e profecias. Você poderátornar-se depen-dente de seus parceiros de oração ouvindo apenas

o que eles dizem. Lembre-se que você deve prestar contasministerialmente aos seus superiores para que haja um bomequilíbrio ministerial.

3.  Adultério espiritual. Este é um perigo quando seu parceiro de oraçãoé do sexo opos-to. Cria-se laços de afeição que poderão ficar muitofortes. Se você é casado e gasta horas conversando intimamentecom alguém do sexo oposto, você está arrumando problemas. Oadultério espiritual ocorre quando você gasta mais tempo e energiacom outra pessoa que não seja sua esposa. Cuidado! Não

compartilhe sua vida ínti-ma! As conversas íntimas podem levá-lo aenredar-se emocionalmente. Por causa disto, muitos líderes têmapenas parceiros de oração do mesmo sexo. Creio que você devepedir direção do Senhor nesta área. Jamais se encontre com seusócio ou parceiro de oração do sexo oposto sem que alguém estejapresente. A maior parte dos contatos com seus parceiros de oraçãodo sexo oposto deverão ser feitos por telefone ou por carta.

Uma boa salvaguarda é fazer a si mesmo a seguinte pergunta: "Porque estou chamando esta pessoa? Isto é algo que Deus quer que eufaça ou estou procurando a pessoa num nível pessoal?" Alguns

ministros acham que nunca serão enganados nesta área.Pessoalmente creio que se você pensa desta forma, já se enganou!

4. Escolhas erradas. Isto é muito difícil para os pastores de uma igrejalocal. Muitos dizem que contar uma coisa errada para a pessoaerrada, é fofoca na certa! Cuidadocom quem você escolhe para ser seu parceiro de oração.

Quanta oração você precisa?

Muitas vezes precisamos acrescentar dados às listas de oração denossos companhei-ros de intercessão. Acrescento, a seguir, alguns

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indicativos de que você não tem a cobertura necessária de oração e queprecisa mobilizar mais gente para orar por você, quando:

1. Você ou sua família estão quase sempre doentes ou angustiadosmentalmente.

2. Seus intercessores reclamam que estão sendo atacados pelo inimigoe estão per-dendo sono para poder mantê-Io sob a cobertura deoração. Já que eles são os "pára-choques" que agüentam todo dardode fogo que vem contra você, isto pode ser um indicativo de que oardor da batalha aumentou. Você, então, precisa ter maisintercessores para dar conta do recado.

3. Você percebe que depois de longas batalhas as coisas começam amudar ao seu redor. Você precisa de mais intercessores paracombater as trevas que vêm contra

você.

O irmão Ornar Cabrera, da Argentina, convocou seus no venta milmembros para que inter-cedam por ele de forma toda especial. Toda vezque os irmãos agradecem pela refeição que vão comer, aproveitam paraorar por ele e sua família. Imagine quanto potencial de ora-ção é dirigido aseu favor se apenas um terço fizer assim. Que cobertura de oração eletem!

Como ser um bom sócio de oração

 Tudo o que apresentei até agora neste capítulo foi praticamentedirigido a líderes cristãos. Agora, no entanto, quero dirigir-me aos parceirosde oração. Que recompensa há para um sócio de oração? Eu mesma souuma companheira de oração para alguns de meus colegas. Paulo, oapóstolo, escreveu para Epafras que, no meu entender, era seu parceiro naoração. Ele diz: "Saúda-vos Epafras, que é um de vós, servo de Cristo

 Jesus, combatendo sempre por vós nas suas orações, para que vosconserveis firmes, perfeitos e plenamente seguros em toda a vontade deDeus" (CI 4.12 - ECA).

A palavra combatendo é, no grego, agonizomai que tem o sentido delutar por uma vitória nos jogos públicos. Veio a ter o sentido de brigar,como numa disputa, fazendo com que cada músculo dê o melhor de si atéconseguir o seu objetivo.(3) Epafras, entre outras coisas, era um guerreiroque lutava em oração.

Estou certa de que muitos de vocês não estão atrás de recompensasem sua tarefa de oração, o Senhor, porém, vê e se lembra do sacrifício quevocê faz. Quando fui chamada pelo Senhor para ser uma intercessora,elaborei uma lista de obreiros que precisavam de oração prometendo queoraria por eles todos os dias. Naquela ocasião este texto de Mateus ficoumuito claro diante de meus olhos:

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"Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça ea ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai paravós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e ondeladrões não escavam nem roubam" (Mt 6.19,20).

Ouvi, ainda, o Senhor prometer-me: "Cindy, se você dedicar sua vidapara orar por outras pessoas, você estará acumulando intercessão a favorde você mesma no banco dos céus. Quando você estiver no ministériomuitas pessoas irão também interceder por você". E foi isto o queaconteceu. Naquela ocasião, os parceiros de oração não sabiam que euorava por eles de forma regular, e eu aproveitava aqueles momentos datarde quando minhas cri-anças pequenas dormiam, para dedicar duas ou três horas de intercessãoa favor de pessoas cujos nomes Deus trazia à minha mente. Muito tesourofoi depositado no banco dos céus.

Se você é um intercessor dedicado a orar fielmente a favor da famíliade um líder cristão, você poderá enfrentar momentos em seu lar no qualpoderá dizer: "Senhor, muitas de nossas orações estão na tua presença afavor de outras pessoas. Senhor, levanta gente que interceda por nóstambém". Ele, que é fiel, levantará outras pessoas que intercederão a seufavor.

Uma outra vantagem de ser um sócio de oração é que você se tomaum missionário pela oração. A ordem "ide por todo o mundo" se toma umarealidade quando você ora por pessoas que estão viajando por todo o

mundo pregando o Evangelho.

Como ser um sócio de oração abençoador e não um criador deproblemas?

1. Apresente-se diante dos líderes como um servo, um ajudador. Saibaque eles não estão ali para suprir suas necessidades e as de suafamília. Se bem que eles orempelos parceiros de oração, não tire vantagem disto. Certamentehaverão de apreciar esta qualidade em você já que a maior partedas pessoas apenas vêm para sugá-los. Eles raramente recebem,

estão sempre dando!

2. Quando falar com eles ao telefone seja breve e conciso, dizendoapenas o que o Senhor falou. São pessoas muito ocupadas e sentir-se-ão obrigadas a falar apertando a agenda do resto do dia. Sempreé bom perguntar se podem lhe ouvir um momenti-nho ou se devemchamar uma outra hora do dia.

3. Não se ofenda se eles não puderem falar pessoalmente com você.Às vezes eles não dispõe de tempo, mas isto não significa que elesnão se importam com você.

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4. Cuidado para não sobrecarregar emocionalmente a pessoa pela qualvocê está orando. Se você tem algo de Deus, ou uma palavra deexortação, para falar, procure ser sensível, pois pode ser que aoouvir o que você tem a dizer, a pessoa fique demasiadamentepreocupada.

5. Caso você tenha uma visão ou um sonho, busque no Senhor ainterpretação. Você é quem deve interpretá-los e não eles. Se nãotiver certeza que o que tem a dizer vem do Senhor, ore um tempomais.

6. Ter um ministério de intercessão válido e confiável é uma questãode tempo. Procure ser fiel no ministério da intercessão e com otempo uma boa amizade será construída entre você e as pessoaspelas quais você interceda.

7. Não abuse do seu relacionamento com os líderes cristãos. Eles oterão em alta esti-ma como pessoa e como sócio de oração, desdeque você não fique por aí contando seus problemas pessoais ouostentando o fato de que você é seu parceiro de oração. Este é umtrabalho que requer muita confiança.

8. Lembre-se de orar, sempre, pelos familiares do líder. Isto é sério,afinal, eles também sofrem os ataques de Satanás.

9. O Senhor poderá usá-Io como alguém que tem a graça de intercederpor determina-dos assuntos eficazmente. Alguns de meus

companheiros de oração oram especial mente por meus filhos e medizem: "Por você eu oro muito pouco". Ainda outros oram mais pormeu marido do que por mim. Alguns oram para que eu não caia emtentação.

10. Diga regularmente aos líderes o que o Senhor lhe fala. Telefone ouescreva regular-mente.

11. Há duas ocasiões em que os obreiros pelos quais você intercedeprecisam de suas orações: a noite que antecede as conferências e o

dia seguinte.Geralmente, é na noite anterior que há sempre um pouco deconfusão no meio da família com o fim de distrair o pregadorafastando-o da leitura e da oração. Geralmente acontece umapequena intriga, e as crianças ficam inquietas. Da mesma forma que

 Jesus pediu aos discípulos no jardim que orassem, os obreiros porquem você intercede enfrentam o seu próprio Getsêmane!

Depois que a conferência termina, o pregador fica muito vulnerável.Segunda-feira é o dia em que os pastores enfrentam o dia seguinte.

No domingo foi um dia de bata-lha e vitórias. Vários deles meconfessaram que a segunda-feira é o seu pior dia. Afinal, depois de

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tanta tensão e exaustão ministerial se tomam alvos de críticas asmais diversas. Satanás sabia disto. Note que foi no dia seguinte àtentação que os anjos vieram servir a Jesus Cristo. Não sei porque,mas muitos obreiros itinerantes enfrentam lutas durante uns quinzedias depois que chegam de uma prolongada viagem. Geralmente,

são atacados por enfermidades ou por problemas financeiros. Istoocorre com freqüência quando sentem-se exaustos precisando deum tempo de descanso. Os parceiros de oração não devem parar deinterceder até que o Senhor lhes mostre que está tudo bem, que acasa está em ordem! A intercessão num perí-odo desses deterá osataques satânicos.

12. Como sócio de oração, jamais se esqueça de interceder por sua própriafamília. Sempre sugiro que se leia o Salmo 91 em voz alta diariamente.

Uma organização americana, Intercessor's International(Intercessores Internacionais) editou um manual ensinando a intercederpelos pastores. Foi escrito especialmente para os"guardiães da oração" como eles mesmo se denominam. No manual háuma escala de oração diária a favor de pessoas que estão no ministério. (4) 

1. Domingo: Graça diante de Deus

2. Segunda: Graça diante dos homens

3. Terça: Visão clara

4. Quarta: Espírito, alma e corpo

5. Quinta: Guerra e proteção

6. Sexta: Prioridades

7. Sábado: Família

1. John Maxwell, The Pastor's Prayer Partners (Parceiros de Oração dosPastores), Bonita, Calif. Injoy Ministries, no capítulo que trata sobre"Orando por meu líder".

2. C. Peter Wagner, How to Have a Prayer Ministry (Como ter um Ministériode Oração), Pasadena, Calif. Charles E. Fuller Institute, 1990.

3. Zodhiates Spiros, The Hebrew-Greek Key Study Bible, Chattanooga, Ten.AMG publishers, 1984.

4. Beth Alves, lntercessors lnternational Prayer Manual (Manual de Oraçãodos Intercessores Internacionais) San Antonio, Tx, IntercessorsInternational, pg. 129.

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CAPíTULO 13índice

Louvor Intercessório 

Castelo forte é nosso DeusEspada e bom escudo;

Com seu poder defende os seusEm todo o transe agudo,

Com fúria sem igualO príncipe do mal

Persegue sem cessar;É forte em seu lidar

Igual não há na terra.

(Martinho Lutero, 1483-1546)

 

Na última reunião de um seminário de mulheres, uma senhora selevantou e veio à frente pedindo oração. Com lágrimas nos olhos contou-nos da forte depressão que sofria e da necessidade de hospitalização.Estava a ponto de ter uma crise nervosa.

Os obreiros a cercaram orando por ela. Durante um bom tempooraram mas não havia vitória. A mulher continuava sob forte opressãomental. O líder da conferência pediu que um líder de louvor viesse àfrente. Aquele dirigente de louvor começou a entoar louvores inter-cessórios ou como costumamos dizer, hinos de guerra. Comecei a tocar opiano, entrando numa guerra contra o diabo através de cânticos e louvoresde guerra. Isto é algo que vem se tomando comum entre nós, em cultos eem grupos de oração, e isto não é novidade, basta seguir os exemplos tão

largamente expostos nas Escrituras, cantando hinos de guerra.

As mulheres em pé cantavam, batiam palmas e gritavam até quenum dado momento a mulher que viera à frente pedindo oração começoua chorar dizendo que toda a opressão a havia abandonado. Era como seuma nuvem negra saísse de sua cabeça. Seus pensamentos, agora, eramclaros e em ordem. Como regozijamo-nos diante de Deus por Seu amor emise-ricórdia!

À luz do que ocorreu, perguntamos: O que tem a ver o louvor com aoração? O que tem a ver o louvor com guerra espiritual? Finalmente, já que

é uma poderosa arma de guerra, como fazer para incorporá-Ia no meugrupo de intercessão?

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Louvor e Oração

A passagem de Isaías 56.7 diz: "Também os levarei ao meu santomonte, e os alegrarei na minha casa de oração". Aqui temos o fundamentopara a primeira pergunta: O que tem a

ver o louvor com a oração?

O que isto tem a ver com o louvor intercessório? A experiência quetivemos numa con-ferência na cidade de Washington em 1986 nos ajudaráentender melhor este assunto.

O Seminário tinha como tema: "O casamento entre o louvor e aoração", cujo propó-sito era o de ajuntar intercessores e dirigentes delouvor numa guerra conjunta a favor de nosso país. Sabemos que muitaspessoas se consideram adoradoras, enquanto outras apenas intercessoras.Geralmente, os adoradores não se consideram intercessores e vice-versa,

Enquanto Mike e eu orávamos, tínhamos certeza que uma conferênciapoderia levá-los a ser um só ministério. Teríamos, assim, grupos de oraçãopor todos os Estados Unidos com um louvor intercessório, uma armabenéfica em benefício de toda a América.

Um dos preletores, Jim Gilbert, missionário e autor de muitos cânticos,explicou-nos que precisava aprender muito a respeito de intercessão."Costumava imaginar um interces-sor trancado no quarto, chorando, comdores no estômago", disse-nos rindo. Como ado-rador achava que osintercessores não eram pessoas alegres, viviam sobrecarregas com o peso

das orações, e ele não, queria ser um deles. Descobriu, entretanto, que otexto de Isaias 56.7 significa cânticos de intercessão.

Aqui estava a chave. Voltei para casa motivada em estudar commaior profundidade a palavra "oração" de Isaías 56.7 e descobri que apalavra tefilah tem o sentido de uma oração musical cantada durante otempo de adoração. A palavra tefilah aparece 77 vezes no Antigo

 Testamento.

Até poderíamos fazer uma tradução livre do texto da seguintemaneira: "Minha casa será chamada casa de louvor e oração". No Antigo

 Testamento a música e a oração estavam sempre dentro do mesmocontexto.

Aquela passagem do Novo Testamento onde Jesus purificou o templo,citando este mesmo versículo, tem também a idéia de adoração, de queDeus nos alegrará em sua casa de oração. Quão triste é ver intercessorescom cara de quem tomou vinagre, cara comprida! Se não tivermos umaintercessão alegre, o inimigo roubará toda nossa força, pois Neemias 8.10,diz: "A alegria do Senhor é a vossa força".

Este é o maior prazer do diabo: fazer com que os intercessores sejampessoas tristes e sobrecarregadas com os problemas pelos quaisintercedem. Ouvi a história de uma mulher que começou a agonizar em

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oração por causa de um problema. Seu marido suplicava-lhe que parasse edescansasse um pouco, ela, porém, recusava sem perceber que todaaquela agonia em oração era fruto de tristeza e coação. Aquele peso que alevava a interceder não vinha de Deus e sim do diabo. Ficou tão doente pornão comer nem beber que seu estado de saúde piorou vindo a falecer.

Mesmo no meio da batalha, temos que nos manter alegres, ou o dia-boficará com toda a glória!

O louvor na batalha

 Já que o louvor e a oração fazem parte de um só contexto na Palavrade Deus, o que eles têm a ver com batalha espiritual? O Salmo 149 fala dolouvor e guerra espiritual:

"Aleluia! Cantai ao Senhor um novo cântico, e o seu louvor naassembléia dos santos ... Louvem-lhe o nome com flauta; cantem-lhe

salmos com adufe e harpa. .. Nos seus lábios estejam os altos louvores deDeus, nas suas mãos espadas de dois gumes: para exercer vingança entreas nações, e castigo sobre os povos; para meter os seus reis em cadeias, eos seus nobres em grilhões de ferro; para executar entre eles a sentençaescrita: o que seráhonra para todos os santos. Aleluia!" (SI 149.1,3,6-9).

O texto acima mostra que o louvor exerce vingança sobre as nações,prende os reis em cadeias e os seus nobres em grilhões de ferro levando-os a juízo. Que intercessão poderosa! Creio que a adoração do povo de

Deus é um tipo de guerra espiritual, o que não é bem entendido por todosos que cantam louvores a Deus. Mais adiante entraremos em porme-noresquanto à dificuldade que as pessoas têm em aceitar o Evangelho e comopodemos abrir o caminho pela intercessão.

Uma das mais lindas histórias de como o louvor detém a força doinimigo ocorreu na Shiloh Christian Fellowship em Oakland, Califómia.Naquela ocasião, a pastora era a Dra. Violet Kiteley.

Aquela Comunidade era conhecida como uma igreja de muitaadoração, cujos mem-bros criam na poderosa força de amarrar o inimigo

pelo louvor. Eles nem imaginavam a fama da igreja entre as autoridades dacidade até que um dia receberam um convite da polícia de Oakland. Seráque podiam dar uma chegada até a Av. Pleitner e ver o que poderiam fazerpelo local? Era uma avenida famosa na época pelo tráfico de drogas,homossexuais e pros-titutas, um dos lugares mais perigosos da cidade.

Alegres com o convite, começaram a orar e a traçar um plano deação. Juntamente com a polícia, escolheram uma parte da avenida queseria bloqueada para uma grande festa. O plano era distribuir roupas,pães, cachorro quente e adorar a Deus inspirados no Salmo 149. Depois

pregariam a Palavra de Deus. A igreja se reuniu ali durante três sábadossegui-dos. A própria polícia convocou a imprensa para falar das atividades

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da igreja e contar sobre os resultados da "operação". De acordo com apolícia, setenta por cento dos traficantes de drogas saíram da área depoisdaquelas atividades.

Perguntei àquela irmã se tiveram um tempo de louvor lutando contra

os principados e potestades que dominavam aquela área: "É claro" disse-me ela, "lutamos baseados no Salmo 149, não estávamos ali para nosdivertir e cantar apenas. Estávamos numa guerra".

Desde então, aquela congregação vem colaborando com a polícia. Aigreja é avisada das áreas de maior conflito da cidade e onde ocorre omaior número de crimes. Os irmãos "acampam" no local e derrotam oinimigo através do louvor. De acordo com a Dra. Kiteley este tipo de festavem se espalhando por todo o país através do ministério de seu filho.

Além de amarrar o inimigo, o louvor nos leva a ficar na brecha a favor

de pessoas que precisam de libertação. Foi isto que aconteceu duranteaquele seminário de mulheres quan-do uma nuvem de trevas saiu damente daquela senhora. Temos um exemplo bíblico nas Escrituras: "Esucedia que, quando o espírito maligno da parte de Deus vinha sobre Saul,Davi tomava a harpa, e a dedilhava; então Saul sentia alívio, e se achavamelhor, e o espírito maligno se retirava dele" (1 Sm 16.23).

Há alguns anos atrás, fomos acordados às duas manhã por uma mãedesesperada. Ainda sonolentos, ouvimos a súplica de uma mulher do outrolado da linha, dizendo:"Depres-sa, venham depressa! Minha filha está

tentando nos matar com uma faca de açougueiro." "E o pastor?",perguntamos-lhe. "Já tentei todo mundo" disse-nos "e somente vocêspoderão nos ajudar". Meu esposo e eu vestimo-nos rapidamente, deixamosnossos filhos com uma outra pessoa e viajamos os 40 quilômetros atéaquela casa.

Ficamos apavorados com o que vimos logo ao entrar na casa. Umamenina de 14 anos gritava como um animal enquanto seu pai a seguravano chão. Ele estava desesperado e foi logo dizendo: "Estou aqui segurandoesta menina há mais de três horas mas já estou exaus-to". Enquanto eleainda falava ela soltou uma das mãos e agarrou na garganta do pai.

Ficamos ali alguns instantes e, sem dizer uma palavra um ao outrocomeçamos a adorar aDeus por mais de duas horas. A menina ficou liberta, sentou-se e começoua conversar conosco.

Esta é uma das maneiras bastante efetiva de ministrarmos libertação.Assim como o louvor de Davi afastou o espírito maligno da vida de Saul, osespíritos tiveram que largar aquela menina através do louvor intercessório.

Por que Satanás se desespera quando começamos a louvar a Deus?Em primeiro lugar porque ele já viveu no céu e sabe o poder da adoração.Na realidade, algumas pessoas acre-ditam que ele era o líder de louvor no

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céu. Ezequiel28.13 diz: "... a obra dos teus tambores e dos teus pífarosestava em ti; no dia em que foste criado, foram preparados" (RC).

Em seu livro The Rebirth of Music (O renascimento da música) LaMarBoschman afir-ma:

"Lúcifer tem tambores e flautas em seu próprio corpo com muitahabilidade em tocá-los. Está claro que Lúcifer esbanja conhecimentomusical. A Bíblia se refere a pífaros, no plural, indicando vários dessesinstrumentos.

Ele também é maquiado com tambores o que lhe capacita a conhecer todos os ritmos em qualquer música que toca. Na realidade, ele possuiinerente nele mesmo, todos os tipos de instrumentos musicais conhecidoshoje. Isaías 14.11 diz: "Derribada está na cova a tua soberba, também osom da tua harpa". A harpa representa todos os instrumentos de corda.

 Assim, toda esta variedade de instrumentos que temos hoje foram feitosno corpo de Lúcifer.Ele sabia tocar cada um deles.

Um outro nome dele é "Querubim Ungido". A ele foi concedida aunção para servir no ministério do louvor. (1)

Em segundo lugar, ele sabe que a adoração que damos a Deusquando louvamos e intercedemos neutraliza o seu poder.

Em terceiro lugar, ele detesta a adoração por saber que quando

usamos o Salmo 149 como arma contra ele, derrubamos toda a hierarquiasatânica. '

O Salmo 22.3 diz: "Contudo tu és santo, entronizado entre oslouvores de Israel". A ado-ração prepara um trono para Deus se assentarem nosso meio desfazendo toda a obra do inimigo. Ele é um Deuspoderoso e Satanás não pode ter a força d'Ele. A luz dispersa as trevasquando desce no meio dos louvores.

Foi este tipo de adoração que capacitou a Paulo e Silas, dispersandoas trevas do ini-migo. Em Atos 16.25, diz: "Por volta da meia noite, Paulo e

Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros deprisão escutavam".

Você já parou para pensar o que levou Paulo e Silas a cantar? Imaginoalgo assim: Ali, amarrados no tronco, Silas comenta: "Paulo, como vamossair dessa?"

Depois de pensar um instante, Paulo pode ter tido: "Esta não é aprimeira vez que um judeu enfrenta problemas. Você se lembra do queaconteceu com os muros de Jericó?"

"Não poderemos marchar pela prisão. Estamos com os pés amarradosno tronco".

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"É verdade" disse Paulo, "mas poderemos dar um grito e, quem sabea prisão desaba ou as portas se abrem?"

"Você está certo. Devemos começar a louvar a Deus", disse Silas,"afinal funcionou com Josafá quando ele e o povo marcharam louvando a

Deus e venceram os amonitas". E começaram a cantarolar.

Eles louvaram a Deus a plenos pulmões, pois a Bíblia diz que osdemais companheiros de cela os ouviam. Enquanto louvavam o cárcerecomeçou a tremer! Houve um grande ter-remoto, e as portas da prisão seabriram.

Estive esses dias na Argentina ministrando sobre batalha espiritual.Estávamos todos num elevador quando ele parou repentinamente entredois andares. Começamos a rir até que nos demos conta de queestávamos trancados num elevador!

Enquanto esperamos sem saber o que fazer, tive uma idéia: cantar.Afinal, se o louvor e a oração ajudaram a que Paulo e Silas saíssem daprisão, poderia nos ajudar a sair do ele-vador! Comecei a cantar hinos aDeus ininterruptamente e, de repente, o elevador começou a funcionar.Coincidência? Talvez. Creio que uma lição bem objetiva a respeito do poderlibertador do louvor está no Salmo 8.2 que diz: "Da boca de pequeninos ecrianças de peito suscitaste força (ou como Jesus ao citar este versículo emMateus 21.16 falou em "perfeito louvor"), por causa dos teus adversáriospara jazeres emudecer o inimigo e o vingador".

Os cânticos de guerra e o louvor intercessório não somente aplacam ovingador, mas abrem caminho para a recepção do Evangelho. Veja bem, ocarcereiro e toda a sua família foram salvos depois que Paulo e Silaslouvaram a Deus na prisão.

O louvor, juntamente com a intercessão, é uma arma eficaz queimpede o diabo de continuar cegando os olhos das pessoas que precisamouvir o Evangelho de Jesus Cristo (2 Co 4.4).

Em seu livro The Power of Praise and Worship (O Poder do Louvor e da

Adoração), Terry Law conta que, em 1972, no auge do comunismo, eleestava na Rússia, ministrando com o seu grupo Living Sound. O grupohavia sido convidado a cantar para cerca de 200 jo-vens membros dopartido comunista. Ele fora proibido de mencionar qualquer coisa a res-peito do Evangelho. Terry concordou e ficou nos bastidores enquanto ogrupo se apresen-tava. Na metade do concerto os cantores começaram aadorar a Deus, mãos levantadas, alguns chorando copiosamente napresença do Senhor.

Deus agiu poderosamente e, como resultado daquela adoração, osmembros do grupo ficaram até as três e meia da madrugada ministrando e

levando muitos daqueles jovens a Cristo.

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Law percebeu que testemunhara um dos maiores milagres de suavida. Ele diz assim:

"Descobri que se adorássemos a Deus diante deles sem ligar paratoda aquela hostili-dade, através do louvor e adoração os poderes das

trevas seriam dissipados e eles seriam libertos. As pessoas começaram aficar sensíveis à mensagem do Evangelho e à unção do Espírito Santo queestava sobre nós naquele momento". (2)

Alguns dos grandes hinos da igreja têm o poder de libertar Os cativosdas garras de Sa-tanás. Fanny Crosby uma das maiores compositoras detodos os tempos, era cega e seus hi-nos abriram os olhos das pessoas paraverem a necessidade de um Salvador. Bernard Ruffin, escrevendo sobre eladá testemunho de muitas pessoas que se converteram através de seushinos.

"Ela sempre atribuía as conversões à ação do Espírito Santo. Sempreque escrevia um cântico, orava para que Deus a usasse na salvação de

 pessoas. Orava para que milhões de pessoas fossem salvas através deseus hinos. Sempre que alguém se convertia como resul-tado dos seushinos, ela glorificava a Deus e o seu poder sobrenatural. Mesmo que seushinos fossem escritos com o propósito de ganhar almas, dizia ela, Deusrealizava milagres através deles". (3)

Hinos escritos por ela, por Charles Wesley e Martinho Lutero possuem,ainda, muito poder. Fui tocada por um desses hinos quando enfrentava um

problema. Procurando um hino para incluir neste capítulo, Deus me tocoucom as palavras daquele cântico "Deus cui-dará de ti", cuja inspiração melevou às lágrimas, aliviando-me de todo peso.

A adoração é também intercessória, não importa se com um cânticodo ano 1500 ou um cântico atual, ela tem o poder de arrebentar com ascadeias do diabo que prendem a mente das pessoas.

 Temos, na Bíblia, muitas maneiras de incorporar o louvor intercessórioem nossos gru-pos e no devocional diário. Vejamos algumas das armas queusamos no louvor de guerra, e depois veremos como incluí-los nas

reuniões de intercessão.

Há sete palavras no hebraico para louvor que podem ser usadas demaneiras dife-rentes em nossas reuniões.

1. Halal. Jactar-se; entusiasmar-se. Alegria explosiva na hora do louvor(a palavra ale-luia vem de halal). Há no Talmude a alusão de "lançarfora o iníquo" (SI 117.1).

2. Yadah. Agradecer, reconhecer a alguém publicamente, estender amão, adorar com as mãos levantadas (2 Cr 20.19-21).

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3. Baraque. Abençoar, inclinar-se, ajoelhar-se em adoração (SI103.1,2).

4.  Zamar. Dedilhar cordas, fazer musicas para Deus. É um verbomusical para louvor.

5. Shabach. Falar bem, adequadamente em alto estilo. Significadiscursar num alto tom, gritar, dar ordens de triunfo (SI 117.1).

6. Tefllah. Interceder por alguém, súplicas, hino (ls 56.7). Towdah.Ações de graça. Tem o sentido de erguer as mãos emagradecimento; sacrifícios de louvor (SI 50.23).

Há muitas outras maneiras de louvar. Eis algumas delas:

Caminhando e marchando

"Todo lugar que pisar a planta de vosso pé vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés" (Js 1.3).

A marcha que Josué e o seu exército fizeram ao redor de Jericó é umtipo de interces-são. É exemplo de persistência na intercessão. Quantos denós paramos de orar, quando faltava apenas mais uma volta para derrubaros muros?

Marchar assim, ainda é eficaz em nossos dias como antigamente. Rickcompareceu a uma reunião de oração em Dallas promovida por Joy Towe.

 Joy foi um precursor na área de batalha espiritual e entusiasmado comeste tipo de intercessão. Rick, um produtor de vídeo cheio de problemastinha uma boa perspectiva de trabalho mas não possuía os equipamen-tos.Não tinha nem dinheiro para alugá-Ias.

 Joy colocou o Rick no meio de um círculo de pessoas que começarama marchar ao redor (,'ele em oração. O próprio Rick diz: "Perseguimos oemprego agressivamente; como numa guerra, por ele militamos". -

Ao sair da reunião, Rick encontrou-se com alguém duma empresa detelevisão que andava à procura de um gerente. Tinha, agora, um estúdio e

todo o equipamento necessário. Ganhou dinheiro para a empresa e supriusuas próprias necessidades.

Um outro versículo que fala de marchar é o Salmo 48.12: "Percorrei aSião, rodeai-a toda".

Pisando

"Em Deus faremos proezas, porque ele mesmo calca (pisa) aos  pés osnossos adversários" (SI108.13).

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"Eis aí vos dei. autoridade para pisardes serpentes e escorpiões, esobre todo poder do inimigo, e nada absolutamente vos causará dano" (Lc10.19).

Pisar é como marchar só que de maneira mais agressiva. Se quando

marchamos mar-camos nosso território, ao pisarmos detemos a ação doinimigo. Naquela reunião de oração que acabei de mencionar, eles nãoapenas marchavam, pisavam! O Salmo 44.5, diz: "Com o teu auxíliovencemos os nossos inimigos: em teu nome calcamos (pisamos) aos pésos que se levantam contra nós".

Cantando

"Um cântico haverá entre vós como na noite em que se celebra festasanta; e alegria de coração, como a daquele que sai ao som da flauta parair ao monte do Senhor, à Rocha de Israel. O Senhor fará ouvir a sua voz 

majestosa, e fará ver o golpe do seu braço, que desce com indignação deira, no meio de chamas devoradoras chuvas torrenciais, tempestades e

 pedras de saraiva" (Is 30.29,30).

Daniel, nosso filho, nasceu de pés chato, sem flexibilidade. Oprognóstico médico é de que ele não poderia inclinar-se e não caminhariadireito. Um dia quando o segurava nos meus braços, veio-me à menteaquele cântico:

"Eu andava preso, Jesus me libertou ...

canto glória e aleluia!

Cristo me salvou!"

Fiquei cantando por quase uma hora e depois deitei-o na cama. Namanhã seguinte quando mudava suas fraldas notei que seus pés estavamflexíveis e o seu sapatinho calçava sem problema. Algo lhe aconteceuenquanto eu cantava; o poder do inimigo foi anulado e Deus curou-lhe ospés.

Batendo palmas

"Bate i palmas, todos os povos; celebrai a Deus com vozes de júbilo"(S147.1).

A palavra "bater" nesta passagem é tecae: tinir, bater, golpear.'?

Ezequiel 6.11, diz: "Assim diz o Senhor Deus: Bate as palmas, batecom o pé".

Bater palmas na Bíblia não somente está associado ao louvor mas àguerra. Esta é também uma maneira de quebrarmos as cadeias.

Gritando

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"Gritai contra ela, (Babilônia) rodeando-a; ela já se rendeu ... " (Jr 50.15).

"Os homens de Judá gritaram; quando gritavam ; feriu Deus a Jeroboão e a todo o Israel diante de Abias e de Judá" (2Cr 13.15).

Em junho de 1990 uma equipe de Evangelismo de Colheita estava na'cidade de Resis-tência para uma guerra espiritual. Analisando a cidadedescobrimos que o homem forte da cidade, Santa Morte, gostava demúsica em sua adoração. A estátua dele na praça central da cidademostrava-o dedilhando instrumentos musicais. Um dos versículos que veio-me à mente enquanto orávamos pela cidade foi o do Salmo 32.7: "Tu ...me cercas de alegrescantos de livramento".

Orando, sentimos que deveríamos usar muito louvor e música como

parte da estraté-gia para ganhar a cidade, já que os espíritos daligostavam de música. A luz de Deus vence-ria as trevas através do louvor.Usamos muitas das armas descritas neste capítulo: cantamos, batemospalmas, marchamos e gritamos. Os gritos surgiram depois de cinco horasde oração. Quando demos um grande grito de vitória sentimos uma alegriainexplicável. Ainda que nada víssemos com nossos olhos carnais, sentimosno espírito que foi cortada a raiz que permitia que a Santa Morte fosseadorada na cidade de Resistência.

"E sucedeu que, na sétima vez, quando os sacerdotes tocavam as

trombetas, disse Josué ao povo: Gritai; porque o Senhor vos entregou acidade" (J s 6.16).

O que teria acontecido se o povo não gritasse? Certamente os murosficariam intactos e o povo não teria vitória.

Rindo

O riso é uma arma extremamente poderosa e até mesmo necessáriacomo parte das manifestações da intercessão. Como intercessores,ouvimos tantos problemas e necessida-des durante o dia que quase

ficamos arrasados. Basicamente há dois tipos de risos no louvorintercessório: 1. Proteção pessoal e saúde emocional. 2. Nas guerrascontra o diabo e suas forças. Ainda que tenha falado um pouco sobre eles,quero deter-me no assunto outra vez.

1. Proteção pessoal e saúde mental. Freqüentemente os intercessorescompartilham do peso e das necessidades das pessoas que osfazem sentir-se atônitos e cansados.O riso é uma salvaguarda importante contra a opressão naintercessão. Pode pare-cer-lhe estranho, mas Deus capacitou-mecom a graça de rir no meio das dificul-dades. Às vezes, meu maridoe eu, lemos as piadas de Seleções (Reader'sDigest) ou compramos aqueles cartões de felicitações cheio de

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coisas engraçadas. Afinal, Provérbios diz que: "O coração alegreaformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito seabate" (Pv 15.13). O que o riso tem a ver com o louvorintercessório? Ele quebra o poder do inimigo que procura se abatersobre você no meio da batalha. A depressão dilui suas forças

espirituais. Alguns estudos científicos atestam o poder medicinal doriso. As risadas profundas oxigenam o sangue produ-zindomudanças físicas significativas.

2. Na guerra contra Satanás e suas forças. Rir é zombar do inimigo. OSalmo 37.12,13 diz: "Trama o ímpio contra o justo, e contra eleringe os dentes. Rir-se-á dele o Senhor pois vê estar-se aproximandoo seu dia". Ao escrever este livro, deparei-me diante de muitasdificuldades. Como costumamos dizer, só dava zebra! Minhamáquina de es-crever quebrou umas seis vezes. Os computadores

ficavam malucos e dois aparelhos de fax não funcionavam. Quandoparecia que tudo ia bem e eu me assentava para escrever, amáquina quebrava outra vez. Aí comecei a rir descontroladamente.Fiquei com as mandíbulas doendo de tanto rir. Depois de um temporindo de tudo aquilo, a máquina voltou a operar normalmente.Coincidência? Talvez! Uma coisa, entretanto, posso dizer: depoisdaquilo ela nunca mais estragou.

Alegria

A alegria e o riso estão interligados na intercessão. Como falei

anteriormente, a alegria é parte fundamental de nossa intercessão, poisdá-nos força para a batalha. O Salmo 149.2 diz: "Regozije-se Israel no seuCriador, exultem no seu Rei os filhos de Sião".

 Joy Towe em seu livro, Praise ls (O Louvor É) diz o seguinte:

"A palavra hebraica para alegria nesta passagem é guwl, rodopiar,rodar o corpo (sob a influência de fortes emoções). A palavra Guwl estátambém em Sofonias 3.17: "O Senhor teu Deus está no meio de ti,

 poderoso para salvar-te; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á noseu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo". (5)

A tradução de "regozijar-se-á em ti com júbilo" é que o próprio Deusfica dando vol-tinhas de alegria ao seu redor sob forte emoção!

Nossa idéia de alegria é diferente do que esta passagem quer dizer.Estamos acostu-mados àquela alegria silenciosa, não nos expomos nemfazemos barulho. A alegria que sentimos durante a intercessão pode variarde uma explosão de gritos de prazer a momentos de reverência silenciosa!

 Jesus alegrou-se no Espírito com a vitória que os discípulos tiveramsobre os demônios: "Naquela hora exultou-se Jesus no Espírito Santo" (Lc10.21). Tal regozijo é pular de alegria com exultação! A alegria afasta oespírito pesado liberando-nos de toda opressão.

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Vou exemplificar o que estou dizendo com uma experiência que tiveem 1989 durante uma convenção em Dalas, Texas. Houve uma palavraprofética dada por Beth Alves e por mim mesma durante uma convençãoda Aglow lnternational. As últimas palavras da profecia referiam-se a umagrande batalha espiritual e a um grande mover de Deus naquela organi-

zação feminina. Falei-lhes: "Levantem-se mulheres de Deus! É hora daguerra!". As mulheres explodiram em gritos de alegria e de guerra. Eracomo se um leão poderoso desse rugidos através de oito mil mulheres desessenta países presentes naquela convenção.

Ali nasceu um movimento de oração que, através de Aglowlnternational espalhou-se por 130 países do mundo. Muitas coisasacontecem que passam-nos desapercebidas como sendo intercessão masque na realidade derrubam as fortalezas nas regiões celestiais. Omovimento de oração a que me refiro entre aquelas mulheres, nasceu

através de profecias, gritos de júbilo e alegria.A alegria durante a intercessão inclui pulos de prazer como em

Sofonias 3.17, cujas manifestações incluem danças de júbilo. Nossa culturanão consegue entender tal tipo de manifestação própria da cultura dos

 judeus que canta, pula e dança de alegria.

Algo assim aconteceu durante uma conferência de guerra espiritualda Rede de Guerra Espiritual. Mike e eu estávamos enfrentando algunsdissabores e aproveitamos a oportunida-de para sermos ministrados pelaequipe de guerra ali presente. Eles nos cercaram em oração até que Jane,

uma irmã guerreira, começou a dançar ao nosso derredor. Era uma dançaleve e alegre. Todos riam e se alegravam enquanto Jane, talentosa como é,dançava por toda a sala. Hoje, sabemos que aquela dança intercessóriaabrira o caminho da vitória diante de nós.

Aplicação prática

O que fazer para ter um louvor intercessório nas reuniões de oração?A primeira coisa é saber que o Espírito Santo se manifesta de muitasmaneiras. Precisamos ser sensíveis à Sua vontade nesta área.

Precisamos, também, saber que o Senhor opera dentro de nossasculturas e conforme a crença do povo. Não force a barra! Deixe que oSenhor comece este tipo de intercessão em seu grupo. O que pode serbom para uma igreja, pode produzir escândalo em outra.

Como ter todas estas manifestações de intercessão operando juntamente? É bem pos-sível que a melhor maneira de começar umareunião de oração seja pela adoração já que as pessoas vêm cansadas esobrecarregadas.

"Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e euvos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou

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manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas.Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve" (Mt 11.28- 30).

Quando adoramos ao Senhor, Ele mesmo colocará o seu fardo, o seu jugo de oração sobre nós. Assim, já não teremos nossa "carga" de oração e

sim a d'Ele. Muitas pessoas não conseguem interceder pela agenda deDeus pois estão sobrecarregadas com seus próprios problemas. Acabamorando na carne e não no Espírito. Jesus nos disse: "Buscai, pois, em

 primeiro lugar o seu reino e a sua justiça, e todas estas causas vos serãoacrescentadas" (Mt 6.33).

É bom começar o tempo de adoração com cânticos. Alguns começamcom cânticos do hinário, outros com hinos mais recentes. Não importamaqui os tipos de cânticos, o que vale é entrar "por suas portas com açõesde graça, e nos seus átrios com hinos de louvor" (SI 100.4).

As portas, no Antigo Testamento, eram importantes numa cidademurada. Ali, os an-ciãos se assentavam para julgar as questões do povo.As portas do Senhor são o lugar onde desenvolvemos a estratégia deDeus. Quando você começar uma reunião com adoração e louvorintercessórios, pode estar certo de que está começando de acordo comSua vontade!

Considere também as sete palavras para adoração mostradasanteriormente. Quando Deus dirige nossa intercessão, todo o grupo semoverá como uma orquestra, seguindo a dire-ção do Espírito Santo. Pode-

se ter, por exemplo, um tempo de Baraque, aquele momento silencioso ouainda pular e dançar de alegria.

Pode, também, ocorrer um tempo de proclamação: "Nunca mais seouvirá de violência na tua terra, de desolação ou ruína nos teus termos;mas aos teus muros chamarás Salvação, e às tuas portas, Louvor" (Is60.18). Pela proclamação invocamos o Seu nome, Seu caráter e Seusatributos.

Certo dia, enquanto orava, comecei a meditar a respeito de Deus eSua bondade. Sei que Ele merece todo louvor e adoração por aquilo que

Ele é. Enquanto meditava, Deus me perguntou: "Você acha que souegoísta?" Senti que era o próprio Deus falando comigo.

"Não, Senhor, tu não és egoísta", disse-lhe eu, "é impossível seresegoísta".

"Então por que você acha que preciso de louvor?"

Fiquei pensando nisto por um tempo e antes que pudesse respondê-Lo, Ele me disse: "Cindy, quero o teu louvor, porque quando o fazes, torno-me aquilo pelo qual me louvas. Quando tens uma necessidade financeira,

por exemplo, e me louvas como Jeová Jiré, revelo-me como aquele que faza tua provisão. Quero que me louves para o teu próprio bem, não para o

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meu bem". Tal revelação levou-me a reverenciar ainda mais o Senhor porSua grande bondade e misericórdia.

Muitas vezes, quando adoramos a Deus, uma pessoa pode receberum cântico e o líder deve decidir se é apropriado ou não para o momento.

Pode ser o cântico que faltava para trazer liberação, confortar e quebrar opoder do inimigo. Um cântico pode romper com as fileiras do inimigo etrazer as respostas às orações do grupo.

O grupo de intercessão pode usar os vários elementos de louvorintercessório aqui apresentados. Por exemplo, todos começarão a baterpalmas.

Não é apenas bater palmas e sim bater palmas com força, resistindoaos ataques do diabo especialmente nos assuntos pelos quais o grupo estáintercedendo. Você sabe quando o assunto é respondido porque todos

param de bater palmas juntos. O Espírito Santo é o regente divino. Émaravilhoso como isto acontece.

Há ocasiões em que as pessoas do grupo de oração marchamenquanto intercede por um assunto, ou bate com os pés no chão, calcandoo inimigo. Foi isto que fizemos durante o congresso americano derenovação em Indianópolis em agosto de 1990. Estávamos em ora-ção auma hora da manhã quando o líder do congresso entrou na sala. Paramosde orar e peguntamos-lhe o que estava acontecendo. Explicou-nos, então,que o congresso tinha um rombo de 300 mil dólares e que precisavam do

dinheiro no dia seguinte. Já havíamos orado por um bom tempo e com aquinta marcha engatada, nada nos deteria diante de Deus.

Naquela hora, um dos intercessores pegou alguns trocados de seubolso e os depo-sitou diante do Senhor. Outras pessoas começaram a doarsacrificialmente. Uma freira católica que trabalha num leprosário e quevive de prendas ou ofertas, deu tudo o que tinha.Com aquele dinheiro no centro da sala começamos o louvor intercessório.Ajoelhamo-nos adorando e glorificando a Deus por Suas provisões.Declaramos, "Senhor, um peixe apenas poderá pagar toda esta dívida"(veja o texto de Mateus 17.27). Dissemos um ao outro, "vamos e

pesquemos aquele peixe", referindo-se ao peixe que tinha uma moeda noventre! Escrevemos mensagens para o diabo e colamos nos solados dossapatos. Dissemos a ele que o congresso não terminaria endividado e queo nome do Senhor não seria maculado. Os intercessores começaram apisar, calcando o inimigo. Marchamos e regozijamo-nos em Deus pelavitória. Finalmente uma grande sensação de vitória encheu a sala ondeestávamos orando. Sabíamos que a resposta estava a caminho!

Na noite seguinte, quando o congresso terminou, ainda faltavam 150mil dólares. O povo ofertou bastante, mas ainda faltava dinheiro! As

pessoas começaram a deixar o pavi-lhão. Alguns de nós ficamos ao redorda plataforma e fomos surpreendidos por uma senhora baixinha que

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aproximando-se do Dr. Vinson Synan, perguntou: "Desculpem-me, masgostaria de saber quando falta para pagar a dívida". Vinson disse-lhe quefaltavam 150 mil dólares, ao que ela respondeu: "Eu cubro o resto. Vocêsreceberão um cheque de minha fundação na semana que vem". Oh! comonos regozijamos diante da provisão de Deus!

Deus é o nosso provedor. Ele é quem faz a provisão de cura, dasnecessidades finan-ceiras e de proteção. Quando aprendermos a entrar emSeus átrios com ações de graça, com louvores intercessórios, Ele abriráportas que, humanamente, seriam impossíveis de ser aber-tas. Temosarmas poderosas ao nosso dispor, precisamos apenas aprender com Ele amanei-ra de usá-Ias.

1. LaMar Boschman, The Rebirth of Music (O Renascimento daMúsica), Bedford, Tx, Revival Press, 1980, pgs 11,12

2. Terry Law The Power of Praise and Worship (O Poder do Louvor e daAdoração) Tulsa, Ok, Victory House, Inc. 1985, pg 31

3. Bernard Ruffin, Fanny Crosby United Church Press, 1976,pgs151,152

4 .James Strong, Strong 's Exaustive Concordance of the Bible(Nashville, Ten, Thomas Nelson Publishers, referência No. 8682

5. Joy Towe, Praise Is (O Louvor É), Irving, Tx. Triunphant Praise, 1979,pg 41

CAPÍTULO 14índice

Intercessão Unida 

Intercessão corporativa. Multidões em intercessão cooperando com omover de Deus, assegurando a presença divina em avivamentos e emprojetos de evangelização. Donald Bloesch, em seu livro The Struggle of Prayer (A Luta da Oração) apresenta um cenário onde os intercessores

concordam em oração sobre a evangelização. Ele diz:

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"Alguém disse que a oração intercessória foi a chave do sucesso daMissão do Interior da China (China lnland Mission) pelo menos em seus

 primeiros anos de atividade.Numa conferência realizada na China em 1886os poucos membros da missão ali presentes concor-daram que era urgenteque, pelos menos, uns cem missionários fossem mobilizados e enviados

 para a China.Enquanto discutiam sobre esta missão impossível, um deles pergun-tou: "Acaso para Deus há coisa demasiadamente difícil?" O grupointeiro começou a orar intensamente a favor de mais missionários. Numdeterminado momento sentiram muita paz indicando que a respostaestava a caminho. A reunião terminou com muita alegria e louvor emagradecimento pelo cem missionários que Deus enviaria para a China.Naquele mesmo ano, houve um expressivo número de voluntários que se

 prontificaram a trabalhar na China e antes do ano terminar, cem novosmissionários foram enviados ." (1)

"Acaso para Deus há cousa demasiadamente difícil?" Esta é umapergunta que soa no meio da intercessão unida. Temos de Jesus apromessa de que se dois ou três concordarem acerca de qualquer coisa,será feita pelo Pai que está nos céus. Acrescente-se a este versículo aqueladeclaração e Levíticos 26.8: "Cinco de vós perseguirão a cem, e cemdentre vós per-seguirão a dez mil". Sentimo-nos ousados diante de tantapromessa e não vacilamos diante do objetivo.

Estamos ouvindo o toque do clarim convocando o povo em todomundo à oração; um clamor a Deus a favor das nações do mundo. Acegueira está caindo dos olhos dos crentes que começam a clamar diante

de Deus a favor de um mundo perdido, unindo-se em oração com gente detodo o globo. Ouve-se em todos os lugares o texto de 2 Crônicas 7.14: "Seo meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar,e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus,perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra ".

Superando as barreiras denominacionais, multidões de pessoas detodas as nações reúnem-se para orar a favor de seus países. Percebe-sealgumas características comuns du-rante estes momentos de oraçãounida:

• Um profundo quebrantamento e humilhação diante de Deus.

• Arrependimento pelos pecados individuais e coletivos.

• Súplicas a Deus para que cure suas cidades e suas nações.

• Guerra espiritual contra os principados e potestades dedeterminadas áreas geográficas .

E quais os resultados? Veja este exemplo.

Dee Jepsen sentiu que deveria armar uma tenda para orar e louvar as24 horas do dia na esplanada do Capitólio. Isto seria feito durante os sete

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dias que precederiam a marcha pa-ra Jesus. Durante aqueles dias, havialouvor e intercessão contínuos diante de Deus a favor daquela cidade edos Estados Unidos. Uma das coisas mais lindas foi que nenhum crimeaconteceu naquela cidade,isto por que ela é famosa por ter um dos maisaltos índices de criminalidade do mundo. O Senhor promete que sarará a

nossa terra se orarmos.

A oração unida tem deixado suas marcas em avivamentos e nocrescimento da igreja, como no caso da Igreja de Yoido, a Igreja doEvangelho Pleno de Seoul, na Coréia, cujo pastor é David Yong Cho. Eleescreve o seguinte:

"A Igreja do Evangelho Pleno deve o seu crescimento fenomenal àoração e intercessão.Nosso povo ora sem cessar.A cada fim de semanamais de dez mil pessoas se encontram na montanha de oração da Igrejapara interceder pela salvação de almas, pela igreja e por eles próprios.A

oração é a máquina que move este grande navio que é a Igreja doEvangelho Pleno." (2)

A Igreja o pastor Cho não é a única a ter montanhas de oração ondeas pessoas oram as 24 horas do dia. Como seria bom termos lugares assimnos Estados Unidos!

É fácil saber que Deus está chamando o seu povo à oração nãoapenas no âmbito da igreja local mas no mundo todo. David Bryant, porexemplo, tem levado por todo o país os "Pactos de oração". Em meio a

esta ação divina há alguns aspectos práticos que precisam serconsiderados.

Este capítulo, portanto, oferece algumas orientações e passospráticos que o ajudarão na escolha de um líder de oração.Você aprenderá apreparar um envelope com todas as in-formações que uma pessoa precisater, e também algumas orientações sobre a comunicação eficaz entre opastor, o líder organizacional e o líder de oração. São informações que oaju-darão a colocar parâmetros e a construir salvaguardas que o ajudarãoa prevenir-se de muitos problemas.

Escolhendo um líder de oração

A primeira coisa que se faz é escolher um líder de oração.Como umaigreja ou uma organização escolhe o líder? em precisamos dizer que o líderprecisa ter uma vida de pro-funda comunhão com Deus e o chamamentopara ser um ministro da intercessão. Eis outras questões que precisam seranalisadas:

1. É uma pessoa discreta?

2. É uma pessoa de confiança, fiel e provada ministerialmente nas

atividades que anteriormente lhe foram confiadas?

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O que apresento a seguir são normas de trabalho, como numaempresa. São coisas que a igreja ou a liderança deveria fazer parainformar o líder de oração.

1. Uma declaração de fé e das doutrinas da igreja.

2. Formulário de compromisso. Nele, o líder de oração secomprometerá a ser fiel à liderança pastoral e à doutrina da igrejaou aos estatutos da organização.

3. Limites de autoridade. A liderança deve especificar nestedocumento os limites de autoridade do líder de oração. Ele estásendo convidado a desenvolver um ministério de oração ou estálimitado a apenas um grupo? Ele pode ensinar a Palavra ao grupo?Pode convidar preletores? Quantas vezes por semana podem reunir-se? Qual o tem-po de duração de cada reunião de oração?

4. Escala de reuniões. Deve constar os dias e horários de reuniõescom o pastor ou com a liderança da igreja.

5. Relatórios do líder de oração. Algumas organizações exigemrelatórios escritos do andamento das reuniões de oração, ou pedemum boletim informativo. Outros gru-pos são menos formais nestaárea e não exigem tanto.

6. Um testemunho escrito por parte do líder de oração contendotambém seus conheci-mentos e objetivos com a oração.

É bom deixar bem claro e de forma escrita suas exigências eexpectativas ao líder de oração. Caso ele se afaste daquilo que juntosconcordaram, basta apenas pegar o documento e rever os seusprocedimentos. Isto dá uma certa segurança ao líder de oração.

Comunicação

Quero deixar bem claro a necessidade de um bom canal decomunicação entre o mi-nistério e o líder de oração. Faz-se necessárioentrar em alguns detalhes pois isto pode trazer muita frustração,

especialmente para o intercessor. A velha escola ministerial acha que osintercessores devem apenas orar, com isto, os intercessores não sãoinformados das ne-cessidades e decisões da igreja. Acham que o líder deoração já os ouviu orar a respeito e isto basta como informação. Ou nãoconfiam nos seus líderes de grupo sentindo-se vulneráveis diante depessoas em que não confiam. Por isso, o líder de oração deve ser alguémem quem o pastor confia plenamente.

Há ocasiões em que o pastor e o líder se comunicam apenas porgestos ou por meias palavras e isto pode trazer problemas futuros. É o tipo

de comunicação ineficaz que só traz desentendimento.Sempre que viajocostumo participar de reuniões de oração e ouço dos dirigentes coisas,

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como: "Cindy, Deus me deu uma palavra de exortação ao pastor e à igreja.O que faço?" Os intercessores precisam ter um canal de comunicação coma liderança com o qual podem compartilhar seus sentimentos. Devemsentir-se livres em compartilhar com os líderes sem sentir-se ameaçadospor eles. Por outro lado, um líder de oração não deve che-gar para o

pastor, dedo em riste, dizendo: "Assim diz o Senhor. .. " O que o líder estáouvindo de Deus deve ser examinado à luz de informações que lhe sãodesconhecidas.

É importante que se mantenha clara, a comunicação de ambas aspartes. Ainda que seja difícil arranjar tempo para o diálogo no meio detanta atividade, tanto o líder de oração como o pastor poderão evitarfuturos transtornos. Muitos intercessores jamais se tornariam um Absalãose seus pastores conversassem com eles.

Sabiamente uma mulher me disse: "Todo compromisso é fruto de umbom relaciona-mento". Este princípio vem sendo praticado por muitoslíderes. Veja esta observação sobre Alexandre, o Grande:

"Alexandre enfrentou o inimigo nas planícies de Issus, onde eraminoria, com um exército pequeno, na proporção de seis por um. Osferidos se espalhavam por toda parte e sua cavalaria adquiriu corageminspirando-se nos valores pessoais de seu chefe.

Depois da batalha, Alexandre visitou os feridos de seu exército e Arrian (cronista grego) nos diz: 'ele examinou suas feridas, perguntando-

lhes como aconteceu, encorajou-os a contar sobre suas façanhas e atémesmo gabou-se deles'. Alexandre deu um funeral de honra a vinte ecinco de seus soldados, isentou seus familiares de impostos e fez umaestátua de bronze para cada um deles.

Liderança não é posição, mas relacionamento. A história de Alexandre comprova que é um íntimo relacionamento e uma ligaçãoamistosa que inspira os liderados a grandes sacrifí-cios. Tomou-se famoso

 por consultar previamente com seus oficiais a respeito dos planos debatalha". (3)

Sem dúvida alguma, o ministério de intercessão exige grandessacrifícios. Muitas vezes os intercessores gastam horas em oração e jejuma favor da liderança mas não se sentem como parte de seus ministérios.Romanos 13.7 diz: "Pagai a todos o que lhes é devido ... a quem honra,honra ".

Sei de muitos líderes de igrejas e organizações que fazem de tudopara honrar seus parceiros de oração. Retomei a pouco de uma consultamissionária da qual fui a coorde-nadora da intercessão que funcionava 24horas por dia. Ali fomos tratados como realeza. Freqüentemente,mencionavam do púlpito o nosso trabalho dando a entender que sentiamos efeitos de nossa intercessão. Obviamente que aqueles 20 milparticipantes foram muito tocados agradecendo-nos sempre por nossas

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orações. Trabalhar assim é um prazer; sentir-se útil e agradecidos, trazgrande coragem aos intercessores.

Se o líder der apenas uma palavra de apoio aos intercessores eles sesentirão recom-pensados. Nas epístolas vemos como Paulo dizia aos

discípulos que orava por eles demons-trando grande apoio em suassaudações.

Orientações para os participantes de grupos

de intercessão

Dou, aqui, algumas orientações práticas aos grupos de intercessãoque ajudarão vocês, os líderes, a manter ordem durante as reuniões.Recomendo-lhes que utilizem estes critérios ou algumas de suas variaçõesna formação de um grupo. Distribua cópias destes pontos a cada

participante de seu grupo de intercessão e certifique-se de queentenderam o conteú-do.

1. Siga o líder .

Saiba que a pessoa que dirige o tempo de intercessão, temautoridade espiritual para isto. Não tente liderar, ainda que você tenhamaior capacitação do que o dirigente.

2. Se você não pode seguir o líder ....

Caso você perceba que o líder do grupo perdeu o rumo, mesmo assimvocê não deve assumir. Fique orando pedindo que Deus conceda direçãoao dirigente. Amarre o inimigo por trazer confusão e suplique pelocumprimento.da vontade de Deus durante aquele tempo de intercessão.

3. Ore seguindo o fluir da reunião.

O Espírito Santo pode trazer determinadas ênfases à reunião, taiscomo alegria, silên-cio ou choro. Se você começar a gemer e a chorarcopiosamente quando todos os demais estão se regozijando e rindo vocêficou fora do fluir diretivo do Espírito. Caso você sinta que Deus o estáconduzindo de maneira diferente, saia discretamente, ou peça permissãoao líder, e encontre um outro lugar no qual você fique à vontade.

4. Continue orando e não faça do momento um culto delibertação.

Mantenha-se atento ao propósito da reunião: você está na brecha daoração. Satanás gosta de inverter o propósito divino da reunião através dealguma pessoa do grupo. Caso alguém perturbe a reunião, designe umapessoa para ministrar sobre ela num lugar sepa-rado. A oração deve

continuar. Se a pessoa em questão precisa de aconselhamento e oração

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marque uma outra hora, assim você se manterá fiel aos propósitos dareunião de oração.

5. Ore positivamente.

Orar firmado na Palavra de Deus é uma boa pedida. Muitas dasreuniões de oração não passam de um bando de fofoqueiros de olhosfechados. Você fica sabendo da vida dos outros .... Não lave a roupa sujade determinadas pessoas durante o tempo de oração. Quan-do tiver quefalar da vida das pessoas para que os demais intercedam, fale apenas onecessário.

6. Não use o tempo da oração para ficar profetizando uns sobreos outros.

Se você receber uma palavra de Deus para alguém do grupo,

compartilhe-a no final da reunião. Caso a palavra sirva de edificação a todogrupo, fale primeiramente com o líder do grupo e deixe que ele julgueprimeiro a palavra.

7. Seja sensível às necessidades de todo o grupo.

Isto pode ser feito de diversas maneiras. Não monopolize a reuniãofazendo longas e monótonas orações. Faça orações curtas e dentro dotema. Não fique orando por coisas diferentes àquelas propostas nareunião. Ouça o que os demais estão dizendo e concorde com eles. Entreno mesmo volume de voz com o qual o grupo está orando. Se todos estãoorando silenciosamente não aumente seu volume de voz como seestivesse diante de mil pessoas.

O sinal verbal deve vir do dirigente da reunião. Se o líder aumenta oseu volume de voz ou se todo o grupo começa a orar fervorosamente emvoz alta, então, tudo bem. Procure saber quem está participando dareunião de oração naquele dia. Alguém poderá se ofender? Por exemplo,você está sendo muito crítico ou ofendendo alguma denominaçãoenquanto ora? Coisas assim trazem divisão quebrando a unidade daoração.

8. Olhe para as necessidades do seu próximo e não para vocêmesmo.

Intercessão é colocar-se na brecha a favor de outra pessoa. Entregue-se às necessi-dades dos outros. Prefira-os em amor.

9. Vigie diligentemente o seu coração.

Examine as motivações de seu coração. Você está orando  com

espírito crítico ou vingativo? Ou com amargura de coração e  rejeição?

Saiba que tipo de oração você faz e como você ora.

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10. Não fale dos líderes pelas costas.

Caso você tenha problemas com o líder de seu grupo, escolha ummomento oportuno, fora da reunião de oração, para conversar com ele. Se

não tiver os cuidados necessários, você poderá ser o causador de lutas e

divisões.

Orientações para os líderes de grupos

Há várias maneiras de conduzir reuniões de oração unidas e cadauma delas deve ser precedida de muita sensibilidade. Eis aqui algumaspérolas que venho colhendo no decorrer dos anos a respeito da liderançaque poderão ser-lhe útil.

A preparação

1. Ore, pedindo que Deus lhe mostre a linha diretiva ou o foco deoração para este tempo de intercessão.

2. Busque a vontade de Deus sobre como trazer sua vontade para areunião. Isto pode incluir:

• Orações de súplicas. Tempo de clamor por necessidades.

• Orações declaratórias, isto é, um tempo durante o qual proclamamos osatributos de Deus em relação às necessidades apresentadas.

• Louvor intercessório.

• Intercessão profética.

• Orando a Palavra de Deus. Peça que Deus lhe dê um texto bíblico sobre oqual orar e reivindicar ou dê um texto bíblico a cada participante ondepossam basear suas orações.

3. Gaste você mesmo um bom tempo a sós diante do Senhor e procureter uma vida de perdão em relação a cada participante do grupo.Peça ao Senhor que lhe mostre qualquer amargura escondida em

seu coração.

4. Converse com o pastor ou o seu supervisor pedindo-lhes,também,orientação e direção.

Momentos da reunião de oração

Quais as responsabilidades do líder durante a reunião de oraçãounida? O líder, por natureza, é uma pessoa responsável. Apresento aquiduas sugestões em como levar adiante uma reunião de oração.

Em primeiro lugar, esteja ciente de que cada pedido de oração foiapresentado diante do Senhor dando a todos a certeza de que a resposta

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está a caminho. Quando você tiver paz interior dando-lhe certeza de que oassunto foi respondido, pergunte aos intercessores se eles têm algo mais adizer ou a orar, ou se receberam alguma palavra do Senhor.

Em segundo lugar, mantenha o grupo em ação e, para isto,há várias

maneiras:

1. Desencoraje qualquer tentativa de alguém se tomar "a ovelha líder"usando todo o tempo para orar sozinho. Veja em perspectiva essesdois gigantes da oração:

"Tomás de Aquino dizia que o importante na oração não é o tempo,mas a freqüência com que se ora. Ele sentia que as orações curtas, masfreqüentes, valiam muito mais do que algumas poucas orações compridas.Dwight Moody ensinava sobre a necessidade de se fazer orações curtas,sebem que reconhecia a necessidade de orações constantes no devocional

 particular de cada pessoa. Ele dizia: "Aquele que ora bastante em particular, ao orar em público será curto e breve." Moody dizia que aslongas orações em público eram apenas uma demonstração de

religiosidade. (4)

Uma outra razão de se fazer orações curtas é que os mais jovens nafé não têm paci-ência de ficar esperando que se termine as longasorações, geralmente ficam vagando em pensamentos os mais diversos e,pior, sentem-se intimidados. Por não saber orar como eles, não oram nareunião. Um bom líder faz com que todos sintam-se à vontade na oração.

2. Instrua os intercessores a que aprendam a ouvir de Deus com umouvido e com outro ouvir os demais. Tal sensibilidade permitirá umbom andamento da reunião sob a direção do Espírito Santo. Aprendisobre isto com Joy Dawson durante uma vigília de oração no Urbana90, um congresso missionário do qual participei.

3. Procure saber se algum dos intercessores têm problemas deaudição. Sendo assim, deve ficar próximo do líder ouvindo asinstruções e deve estar atento aos demais. Só deve orar quando osdemais pararem de orar. Enfrentamos uma situação destas numa

vigília de oração há algum tempo atrás. Um missionário queparticipava da vigília estava sempre "fora do ar". Ele insistia emficar orando por seu país em detrimento dos demais pedidos deoração. Descobrimos, afinal, que ele tinha proble-mas auditivos e foiadvertido quanto ao problema que estava causando. Depois,integrou-se ao restante do grupo.

É bom pedir às pessoas com voz fraca que não abaixem a cabeça nahora de orar, pois aquelas pessoas com problemas auditivos seressentirão, e se "desligarão" da reunião. Pergunte se alguém tem

problemas nesta área orientando-as como melhor proceder.

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4. Ore pelos problemas apresentados. Todos devem permanecerorando sobre o mesmo assunto até que o dirigente apresente umoutro assunto. Se alguém tem um pedido, uma necessidadeurgente, um S.O.S. a fazer, fale com o dirigente. Se você, como líderdo grupo, sentir que o momento não é apropriado deixe que a

pessoa que fez o pedido ore sobre o assunto silenciosamente.Você,como líder, deve lembrar o grupo dos motivos de oração.

5. Se necessário traga alguma correção. Entretanto, evite corrigir umapessoa publi-camente para que ela não se sinta humilhada.Encontre-se com ela mais tarde. Têm pessoas que deixarãotransparecer que não estão a fim de submeter-se à sua lide-rança.Se, quando confrontadas, não ouvirem você, busque orientação nopastor ou com seu supervisor.

Se o assunto em questão não for prejudicial ao grupo, ore aoSenhor, pois quem sabe a pessoa ouvirá a correção diretamentedele. Isto o aliviará de problemas futuros.

6. Avalie a maturidade espiritual do grupo. Descubra uma maneira dedar "dicas" aos intercessores de seu grupo que os ajudarão aentender o que se passa na reunião.Você poderá dizer: "Temos aalegria de receber a visita de fulano de tal. É a primeira vez que eleparticipa de uma reunião de oração como esta". O grupo, imedi-atamente, tomará as precauções em relação ao visitante. Instruaparticularmente o seu grupo a ouvir suas "dicas . Algumas igrejas

têm dois diferentes grupos operando em níveis diferentes. Um dosgrupos fica aberto a pessoas não acostumadas à oração, gente queprecisa de ensino e discipulado. Num outro poderão participarintercessores pessoas acostumadas à vida de oração; pessoas quegemem e choram, freqüentemente, diante do Senhor. Já vi pessoasamedrontadas abandonarem as reuniões de oração porque o lídernão discerniu o nível de maturidade do grupo. Se uma pessoacomeça a gemer com dores, como de parto diante do Senhor,procure num determinado momento da reunião explicar o que aquilosignifica. Sempre é bom ter à mão um folheto de instruções,

explicando o que é chorar, gemer, lutar, rir, etc. diante do Senhor.

Como líder de grupo ou participante, creio que você ficará empolgadocom o poder da oração unida. Pode levar tempo até que um grupo fluaconcordemente, mas com paciência e muita oração, seu grupo trará umforte impacto no Reino.

1.Donald G. Bloesch, The Struggle of Prayer (A Luta da Oração),Colorado Springs, Col. Helmer &Howard, 1988, pg89.

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2. Paul Yong Cho, Oração, A Chave do Avivamento (Waco, Tx. WordBooks, 1984).

3. Lawrence M. Miller, Barbarians to Bureaucrats (Dos Bárbaros aosBurocratas), New York, N.Y. Balantine Books, 1989, pgs 44,45

4. Bloesch, pg 61

CAPíTULO 15índice

Vigílias e Caminhadas

de OraçãoNo decorrer dos anos, temos visto um sem número de vigílias de

oração, com propó-sitos os mais diversos, acontecerem em toda parte domundo. São vigílias intensas, concen-tradas num só objetivo que é umavivamento mundial. Rees Howells dirigiu muitas dessas vigílias durante aSegunda Guerra Mundial. Durante cem anos os moravianos oraramintensamente na antiga Saxônia "(atual Alemanha). Em algumas daquelasgrandes vigílias prolongadas havia um grupo de 24 homens e 24 mulheresque se revezavam em oração contínua.

Douglas Thorson em seu livro Prayer and Revival, (Oração eAvivamento), descreve uma grande vigília que teve lugar ao redor do ano1.600. Cerca de 3.000 crentes residentes em catorze diferentes vilas foramtreinados por John Eliot a orar, no que ficou conhecido como "Índios queOram". "Eliot os ensinou à separar dias ou fazer festas solenes" diz

 Thorson "para ficarem diante do Senhor com ações de graça, louvor, jejuns, oração com muito fervor de espírito e na demonstração de umavida piedosa". (1) 

Uma vigília de oração pode adquirir diferentes formas, quanto aoconteúdo e tempo de duração. Algumas igrejas têm "cabines de oração"

onde uma pessoa ou um grupo pode passar a noite orando. Noutras, o

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local fica aberto as 24 horas do dia para que as pessoas entrem ecomecem a orar.

As vigílias de oração são importantes porque Deus pode usar todos osdiferentes dons e todo o tipo de súplica para expressar o que está em seu

coração. Fico impressionada com o que ouço durante as vigílias de oração.As pessoas oram expressando suas necessidades pessoais e sobre suavocação espiritual. Tenho uma amiga envolvida nas esferas governa-mentais. Ela ora, fervorosamente, pedindo que Deus levante bons líderesna esfera do go-verno. Já um pastor quando ora, sua ênfase está no bomandamento da igreja. Os evan-gelistas, por exemplo, oram a favor domundo perdido!

A intercessão unida é o cumprimento da ordem de 1 Tessalonicenses5.17 que diz: "Orai sem cessar". (2) Ninguém pode orar durante 24 horas,mas uma equipe pode! Pense no poder e na autoridade de uma equipechamada pelo Senhor para orar as 24 horas. Quanto poder é liberado,quando os irmãos concordam em oração durante todo o dia!

Falei, anteriormente, sobre a vigília de oração que realizamos duranteo II Congresso Mundial de Evangelização em Manila, nas Filipinas. Tive oprivilégio de fazer parte da equipe e adquiri muita experiência. PeterWagner o idealizador da vigília, chamava-a de "Usina Nuclear Espiritual" . Aequipe era formada de gente de toda as denominações, mas na hora deorar, tínhamos grande unidade. Descobrimos que apesar de nossasdiferenças doutri-nárias, quando orávamos elas desapareciam. Na

realidade, nossas diferenças eram apenas na semântica. Depois de dezdias juntos, Deus nos ligou com cordas que não se rebentam!

Mais adiante, vou ensinar como realizar uma vigília de oração, antes,porém, quero testemunhar alguns dos resultados da vigília de oração docongresso de Lausane.

Nossa primeira missão era orar por um grupo de setenta russos queforam ao congresso. O governo soviético dera-Ihes a permissão de sair dopaís, mas as autoridades filipinas não queriam lhes dar os vistos deentrada. Os russos estavam detidos no aeroporto esperando uma decisão

do governo.

Reunimo-nos para trazer o assunto diante do Senhor, até que umintercessor, o Paulo, compartilhou seus sentimentos achando que ogoverno filipino não queria dar os vistos por medo e inimizade com a UniãoSoviética. Eles queriam que os russos fossem embora! Aí estava oproblema! Concordamos com o que ele disse, pois afinal, os russosimpuseram grandes prejuízos aos filipinos e agora Satanás usava esteproblema histórico para impedir a entrada dos pastores russos.

Enquanto Paulo falava, o Senhor mostrou a estratégia quedeveríamos usar para quebrar o poder ,satânico que detinha os russos noaeroporto. Uma das intercecessoras presentes era russa e ela poderia

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pedir a Deus e ao povo filipino que perdoasse os comunistas russos portudo o que haviam feito no passado. Logo a seguir, um dos filipinos, alipresente, retribuiria o pedido de perdão em nome do povo das Filipinas. Efoi isto o que fizemos. Numa atmosfera carregada de poder, aquela irmãrussa e o filipino se abraçaram chorando os pecados de sua nação e

perdoando-se mutuamente. O grupo, então, tomou autoridade sobre osespíritos de medo que atacavam as autoridades aeroportuárias e declarouque o Senhor haveria de abrir definitivamente as portas do Evangelho naRússia.

No dia seguinte, chegou a notícia de que haviam conseguido osvistos. Quanto nos regozijamos em Deus quando aqueles irmãos' vieramcompartilhar conosco sobre a bondade e a misericórdia de Deus. Depois docongresso, aqueles irmãos levaram sessenta cópias do filme Jesus e,também, projetores para a União Soviética. Aqueles filmes trouxeram

grandes resultados naquele país.E se não tivéssemos uma vigília permanente de oração? Oramos por

eles durante três dias! Se não tivéssemos orado, certamente não teriamconseguido os vistos. As vigílias de oração são um meio eficaz de trazer avontade de Deus à Terra.

Depois de falar sobre a escala de oração e dos membros da equipe,gostaria de trazer alguns pontos práticos sobre como começar uma vigíliapermanente de oração. São experiências adquiridas naquela vigília deoração e de outras vigílias que fizemos antes de Manila.

Escala de oração e os membros da equipe

Naquelas quatro vigílias, cada intercessor recebeu sua escala deoração. Alguns líderes fazem uma escala com períodos que variam deduas, três e quatro horas. Acho que duas horas é um tempo muito curto.Quando você começa a esquentar e a ter comunhão com os demais, seu

tempo termina. Quatro horas é muito tempo. Qualquer pessoa se esgotadepois de orar tanto tempo. Agora, três horas é o tempo ideal.Três horas éaté bíblico já que os judeus costumavam orar três vezes ao dia, as nove damanhã, meio dia e três da tarde. Os judeus dizem que Abraão teriainstituído o primeiro horário, Isaque o segundo e Jacó o terceiro. A horanona (três da tarde) foi a hora em que Cristo morreu na cruz e o véu do

 Templo rasgou-se de alto a baixo (Mt 27.45-51).

O tamanho da equipe pode variar. Peter Wagner forneceu-me aseguinte observação a respeito dos membros de uma equipe:

"Deveria haver pelo menos oito ou nove intercessores em cada turno.Para que a vigília ande normalmente, você deve ter de 32 a 50 pessoas na

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equipe. Com isto, se alguma pessoa precisar sair por uma razão qualquer, tudo continuará bem. Cadaintercessor irá orar dois períodos de três horas, durante as 24 horas."

Numa de nossas vigílias tivemos apenas 24 intercessores e, mesmo

sendo uma ótima equipe, muitos tiveram que orar três turnos de três horascada, o que os deixou física e emocionalmente exaustos. Lembre-se, estesintercessores ficam acordados noite e dia em oração. Alguns nãoconseguem dormir direito depois de seus turnos. Fiquei tão empolgadacom o que aconteceu em Lausane que enfrentei um turno de oração de 24horas e adoeci por causa de minha imprudência. Uma irmã sabiamente medisse: "Cindy, quando você quebra as leis da física que Deus estabeleceuno universo, seu corpo físico também quebra. Muitas vezes a coisa maisespiritual a fazer, é descansar".

Além de ter uma escala de horários e definir o tamanho da equipevocê precisa tam-bém ter uma liderança plural responsável e orientaçõespráticas para que a vigília tenha pleno sucesso.

Liderança

É necessário ter uma boa liderança. A liderança de uma vigília deoração deve ter um coordenador de equipe, um administrador de equipe,um contado (mediador) e capitães de oração. Vejamos cada um deles:

Coordenador de Equipe

Esta é a pessoa que promove a vigília cuja responsabilidade é:

Escolher a equipe de oração.

Delegar capitães para cada turno.

Escolher o material a ser utilizado.

Providenciar a estrutura completa dos turnos.

Ficar disponível para resolver qualquer problema que surgir.

Deve levar as necessidades surgidas emergencialmente aoconhecimento do líder de turnos.

Cobrir os turnos ou delegar outras pessoas se o capitão do turnotiver que deixar a reunião.

Levar informações e dados à conferência na primeira horada manhã.

Administrador de Equipe

É a pessoa que ajuda o coordenador com os aspectos práticos davigília. É de sua res-ponsabilidade:

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Enviar as cartas-convites.

Prover o material que será usado a pedido do coordenador.

Distribuir os formulários com a escala de horário a ser escolhida porcada partici-pante (dois turnos de três horas dentro de 24 horas).

Arrumar o transporte para o grupo.

Fazer as provisões de água e suco para a sala de oração.

A desidratação é um perigo iminente quando se hora muito tempo.Enquanto falamos, nosso corpo perde líquido. Isto também acontecequando oramos durante muito tempo.

Caso a vigília tenha lugar durante uma conferência, ele deve fazer oseguinte:

 Ter um intermediário, um contato entre o líder da conferência e aequipe de oração.

Fornecer um relatório do que se passa na reunião dos intercessoresao líder da con-ferência.

Contato 

Sua função é a de mediar entre a conferência e a sala de oração enão precisa ser, necessariamente, a mesma pessoa. O que faz ummediador?

Entrega os relatórios dos intercessores ao líder da conferência.

Leva relatórios do líder da conferência para os intercessores. Sãopedidos de oração ou notícias de respostas às orações.

Capitão 

O capitão é aquele que conduz a reunião dos intercessores durante

um dos turnos. Apresento, a seguir, algumas orientações para a escolhados capitães e suas responsabi-lidades.

A escolha de um capitão obedece as mesmas regras da escolha deum líder de oração conforme descrevi anteriormente. O coordenadorda equipe deveria seguir aquelasorientações como parâmetros de seu trabalho.

Depois de escolhidos e selecionados pelo coordenador da equipe,devem ser orientados quanto ao trabalho que terão pela frente. Elesdevem saber como deve ser feita a troca de horários, os objetivosda vigília, sobre o que vão orar, etc.

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Os capitães poderão escolher dentre os intercessores alguém queos ajude. Sempre que um capitão estiver impedido de cumprir como seu horário deve comunicar aocoordenador e trocar de turno com outro capitão.

Os capitães de oração precisam ter o que chamo de elasticidade eflexibilidade!

Orientações práticas

Estrutura Física: .

Apresento, a seguir, algumas questões de logísticas que precisam serlevadas em consi-deração:

Se a vigília de oração for realizada durante uma conferência, os

intercessores bem como o lugar onde vão orar de veriam ficar nomesmo hotel dos palestrantes. Isto facilita a comunicação entreeles. Os intercessores poderão orar com os palestrantes se estesassim o desejarem antes de sair para a conferência.

Deve haver um telefone à disposição para aqueles que desejarempedir orações. Alguém ficará encarregado de atender o telefonepara que o tempo de intercessão não seja interrompido. Esta é umatarefa para o contato. Não é aconselhável ter o telefone na sala deoração pois distrai os intercessores.

Providencie um quadro no qual pode-se escrever os pedidos deoração e os anúncios.

Consiga um mapa-múndi.

Consiga várias cópias do livro Operação Mundial de Patrick Johnstone.

Enfoques da vigília de oração

É importante manter o objetivo da vigília, e os capitães de turnos

devem estar cientes de tudo. Veja aqui algumas sugestões: Comece cada turno com um tempo de louvor e adoração.

Pode-se incluir um breve ensino da Palavra de Deus que nãoultrapasse os 15 minutos, afinal, o propósito da reunião é orar e nãoestudar. Todo ensino deve ser feito tendo em vista os objetivos doencontro.

Apresente os novos membros da equipe e deixe-os dizer uma ouduas frases de apresentação.

Pode-se ficar orando de joelhos pelo mundo, utilizando o livroOperação Mundial como fonte de informações.

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Antes de trocar os turnos, termine o tempo de intercessão comlouvor e adoração.

Formando a Equipe:

A chave para que uma vigília de oração tenha sucesso, é a unidadeentre os membros da equipe. Quero dar algumas orientações em comocriar um ambiente de unidade entre todos.

É necessário separar um tempo para orientar e estabelecerparâmetros para todo o grupo. Todos devem saber quem deve equem não deve entrar na sala de oração.

Deve-se fazer uma agenda da escala de horários e de reuniões quefique à disposição de todos. Quando a vigília for realizada duranteuma conferência, todos os membrosde todos os turnos devem reunir-se no primeiro turno com o fim deestabelecer os alvos de oração. Todos devem comparecer no turnofinal. É um tempo de alegria e confraternização pelas vitóriasalcançadas.

Nesta primeira reunião de orientações gerais, todos os membros daequipe devem ter uma oportunidade de falar e compartilhar o queDeus lhes têm falado a respeito da conferência.

Se for oportuno, participem juntos da ceia do Senhor.

Celebrem o final da vigília com um jantar de confirmação. O que é

um jantar de confirmação? Este é um tempo quando os membros daequipe descrevem o que de melhor apreciaram nos demais irmãosdurante o tempo em que juntos estiveram.

Refeições comunitárias, quando possíveis, são meios efetivos paraestabelecer uma boa equipe. Sempre é bom fazer uma refeição comos preletores e pessoas pelas quais estão intercedendo pois istoanima o grupo a seguir adiante.

Outras considerações sobre vigílias de oração

O primeiro dia, geralmente, é ocupado com questões logísticas doencontro. Um intercessor deve estar presente na hora das inscrições e orar

por todos que estão chegando e pela lista de inscritos. No Urbana'90, 20mil estudantes inscreveram-se sem qualquer contra-tempo. Que milagre!

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Às vezes precisamos orar pelo clima. Este é um tema que deveocupar nossa atenção antes das reuniões. Tivemos duas grandes batalhasde oração contra a fúria da natureza que queria se abater sobre nós. Numadelas, em Manila, um tufão formou-se crescendo em nossa direção.  Já

durante o Urbana'90, havia a possibilidade de uma grande nevasca. O

tufão perdeu força e a nevasca nunca chegou!

Deixe-me compartilhar a respeito da nevasca. Num dos turnos deoração durante aquela conferência foi-nos solicitado que intercedêssemospelo clima. A meteorologia previa de 15 a 20 centímetros de neve nopróximo dia e, caso acontecesse, muitos estudantes não chegariam para aconferência e muitos vôos seriam cancelados. Eu estava encarregada dedirigir o grupo aquela noite e fiquei compelida a orar pela situação.

Ficamos diante do Senhor, buscando saber Sua vontade quando umadas intercesso-ras, Sandy Grady viu, numa visão, um mapa. Nele, ela podiaver uma corrente de ar quente empurrando a massa fria para o norte deUrbana, no estado de Ilinois. A neve não caiu, apenas choveu. Não causou-nos surpresa ver a previsão meteorológica na televisão, no dia seguinte,mostrando um mapa exatamente como nossa irmã viu enquanto orava.

Nas vigílias realizadas durante as conferências os palestrantes sãomuito abençoados quando vêm à sala de oração, especialmente aquelesque têm assuntos delicados a compar-tilhar. Muitos dos pregadores docongresso de Lausane receberam ministração profética, pela primeira vez,em suas vidas e ficaram admirados de como Deus ministrou-Ihes ao cora-

ção de forma tão íntima. A fama se espalhou, e agora todos queriam daruma chegadinha na sala de oração buscando um tempo de refrigério emDeus.

Recomeçando

Esta seção deveria intitular-se "Como descer do monte sem cair" e serefere à expe-riência pós-vigília. Quero apresentar algumas consideraçõesque o ajudarão no dia seguinte à vigília de oração.

Saiba que você não é a mesma pessoa de antes. Deus moldou você,

alargou sua visão e, possivelmente, deu-lhe uma nova direçãoministerial.

Não pense que todo mundo irá entendê-lo e nem procure sercompreendido. Bus-que no Senhor o que compartilhar. Mateus 7.6,diz: "Não ... lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que nãoas pisem com os  pés, e, voltando-se, vos dilaceram". Não estouchamando ninguém de porco, só que o princípio é válido. Algumasdas coisas que aconteceram com você são santas, e você poderácompartilhá-Ias com umas poucas pessoas. Por outro lado, nemsempre é possível compartilhar tudo o que sentimos. Você mesmoterá que ter tempo para assimilar tudo o que ouviu e aprendeu!

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Não se deixe dominar pelas emoções. Você, provavelmente,participou de momentos muito íntimos, cheios de amor. É possívelque você esteja retomando a um ambiente difícil e não tão amoroso.Fique em alerta quanto às suas reações. Agarre-se à pala-vra e levetodo pensamento cativo à Palavra de Deus.

Meu esposo Mike experimentou algo assim. Ficou "balançando"depois que retomou da Argentina. Ele participou de cruzadas ondemilhares de pessoas se converteram,com muito poder e milagre! No primeiro dia de trabalho andava deum lado para o outro, cabisbaixo, com uma cara comprida. Quandolhe perguntei o que estava acon-tecendo, ele foi logo dizendo: "Quedia! nenhum salvo, nenhuma pessoa liberta, e ninguém ficoucurado!" Felizmente ele se deu conta do que estava acontecendo econtornou o problema.

Cuidado com os coices do diabo. Peça aos intercessores que orempor você durante as duas semanas seguintes. Algumas pessoas sãoatacadas tão rapidamente que nempercebem o que lhes ocorreu. Continue fortalecendo-se pela oraçãocontínua. Viva uma vida de louvor e delicie-se com o que de melhorDeus tem para você!

Caminhadas de oração

As caminhadas de oração são uma forma de oração unida que leva os

intercessores diretamente à frente da batalha, geralmente à uma casa ouà vizinhança. John Dawson fala sobre como guerrear nos bairros atravésdas caminhadas de oração em seu livro Taking Our cities for God(Conquistando Sua Cidade Para Deus). John foi morar num bairromultirracial de Los Angeles cheio de gangues violentas e tráfico de drogas.Ele diz:

"Alguns anos atrás, nossa equipe fez uma caminhada de oração pelavizinhança. Para-mos em frente de cada casa e repreendemos a obra dodiabo em Nome de Jesus. Pedimos também que as pessoas ali residentestivessem uma revelação de Jesus Cristo em suas vidas. Ainda continuamos

a orar por eles. Há um longo caminho a seguir, mas já podemos ver algumas transformações sociais, econômicas e espirituais no bairro. Houveocasiões em que as forças demoníacas quase me dominavam. Fuiameaçado de morte. Os pneus do carro foram cortados. Freqüentementeficava depressivo diante das pensões lotadas, jovens de-sempregados e de famílias desintegradas, mas estava de- terminado a nãofugir.

Hoje há, pelo menos, nove famílias cristãs no mesmo quarteirão onderesido, e já se sente uma atmosfera de paz no bairro. O bairro não está

mais se desintegrando. As pessoas começaram a reformar suas casas, eum espírito comunitário é visível sobre toda a vizinhan-ça." (3)

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As marchas de oração estão por todo o mundo. Grahan Kendricks járeuniu cerca de 150 mil pessoas numa marcha na Inglaterra. Algumasigrejas fazem desfiles no natal distri-buindo folhetos pelas ruas, como é ocaso de uma igreja em Hemet, na Califórnia. Josué 1.3, diz: "Todo lugar quepisar a planta do vosso pé vo-lo tenho dado". Nas marchas, reivindi-camos

a terra para o Evangelho e fixamos os limites da cidade. Enquanto vocêcaminha está tomando de volta a terra das mãos do inimigo.

As caminhadas de oração não se limitam ao aspecto geográficoapenas. Você pode ca-minhar pela terra em oração declarandodeterminadas regiões sob o Senhorio de Cristo. Foi isto o que fizeram umgrupo de pastores e líderes da região de San Nicolas e Rosário na Ar-gentina que se reuniram numa conferência de Evangelismo de Colheita emVila Constitución.

"O tema era batalha espiritual. A descoberta de que 109 cidades numraio de 100 quilômetros do local onde estávamos, não tinha umacongregação evangélica, levou-nos a tomar uma posição. Descobrimostambém que a cidade de Arroio Seco era o "trono de Satanás" em toda aregião. Há anos atrás um curandeiro conhecido como Meregildo, traba-lhava naquela cidade. Ele se tornou tão famoso e realizou tantas curas quevinha gente de outros países a Arroio Seco buscando ajuda. Antes demorrer passou seus poderes a doze discípulos. Por três vezes a igreja seestabeleceu naquela cidade e foi fechada pois havia muita oposiçãoespiritual.

Depois de vários dias estudando a Bíblia e orando concordemente, os pastores coloca-ram toda a área sob a autoridade de Cristo. Alguns foramaté Arroio Seco. Em pé, diante da sede onde os seguidores de Meregildo sereúnem, enviaram uma mensagem ao diabo afir-mando que aquela regiãoseria, de agora em diante, território de Deus e que muitas pessoas seconverteriam ao Evangelho de Jesus Cristo. Afinal, disseram eles ao diabo,a igreja agora estava unida em Cristo.

Menos de três anos depois, 82 daquelas cidades têm uma igrejaevangélica e alguns dizem que em todas aquelas cidades ou há uma igreja

ou pelo menos uma família evangé-lica.

(4)

Vou exaurir o tema de guerra espiritual no capítulo seguinte. Agora,entretanto, vamos nos deter apenas em apresentar algumas orientaçõespráticas sobre caminhadas pela cidade. Tais orientações podem ser usadaspor pessoas individualmente ou por grupos de interces-são.

Antes de começar a caminhada, vista o seu equipamento apropriadopara a batalha, assim como se vestiria apropriadamente para outrasocasiões. Detenha-se um instante, ore a Deus e antes de sair porta a foravista-se da armadura de Deus. Peça a Deus que proteja sua casa, família e

a você mesmo de acordo com o Salmo 91. Declare a vontade de Deusenquan-to caminha. Você precisa exercitar-se espiritualmente todos os dias

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da mesma forma como se exercita fisicamente. Estas caminhadas oajudarão duplamente: Você se exercitará no espírito e o seu corpo ficaráem plena forma.

O que apresento, aqui, é apenas um ponto por onde começar e não

uma fórmula rígida. O Espírito Santo o guiará à medida que você caminharpela vizinhança. Comece com uma oração assim:

"Pai, eu te louvo pela minha vizinhança. Eu a reivindico para JesusCristo. Hoje eu ergo bem alto a bandeira do Senhor sobre o meu bairro.Pai, que toda a vizinhança se converta ao Senhor Jesus Cristo. Assim comofez Josué ,  cada lugar onde pisar a planta do meu pé eu co-loco sob aautoridade do Reino de Deus. Pela fé, assim como os israelitas colocaram'sangue do cordeiro sobre suas portas e janelas, eu coloco o sangue doCordeiro de Deus sobre este bairro.

Senhor Jesus, perdoa o pecado dos meus vizinhos. Na Tua Palavraestá escrito que "se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados;se lhos retiverdes, são retidos" (Jo 20.23). Por isso, eu te peço agora que

 perdoes o pecado de minha vizinhança. (Caso haja algum tipo de pecadoem seu bairro tais como brigas, crimes, rancor, amor ao dinheiro, religiõesfalsas, drogas etc., peça perdão especificamente a Deus por cada pecado).Senhor, por favor, cura os habitantes deste bairro de toda rejeição e ódio,do egoísmo, racismo, etc. (Depois de remir os pecados do bairro, proclameo Senhorio de Jesus Cristo à sua vizinhança).

Caso você perceba alguma área onde os demônios costumam atacare agir, não os enfrente sozinho, peça ajuda a outros irmãos quecaminharão e orarão com você. Certifique-se de que não haja pecadoconhecido em sua vida quando você caminhar orando pelo bairro. Peça aDeus que lhe mostre os pecados específicos do bairro que dão direito aodiabo de estabelecer suas fortalezas. Se é uma fortaleza de feitiçaria vocêdeverá jejuar antes de sair amarrando os demônios, o mesmo em relação àNova Era. Muitas vezes isto requer, como aconteceu com Jesus no deserto,muito clamor e oração. Caso haja em seu bairro uma casa de artigosreligiosos, ore para que caia a cegueira dos olhos dos proprietários e dosconsumi-dores. Amarre o espírito de feitiçaria que opera nessas pessoas ereivindique-as para o reino de Deus. "Lembre-se que não estamos lutandocontra carne e sangue e sim contra os princi-pados e potestades queoperam através dessas casas de artigos religiosos."

Não meça os resultados por aquilo que você ouve ou vê. Cada oraçãoque você faz é eficaz, é como uma sementinha plantada na terra. Continuea irrigá-Ia com suas orações e ela certamente frutificará. Reivindique apromessa de que toda ferramenta preparada contra a vizinhança nãoprosperará. Marque divisas ao redor das casas e da sua própria casa pelosangue do Cordeiro conclamando ao diabo que fique longe dali. .

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Possuindo as Portas

do Inimigo"A igreja tem, em suas mãos, o poder de decidir sobre os assuntos

mundiais ... Ainda hoje o mundo lateja, devido ao poder da intercessãousado de forma ampla, pois a igreja que ora, decide, na realidade o cursodos eventos". (1) (Paul Billheimer)

Em julho de 1990 caíram, estrondosamente, os muros que dividiamas nações, sem dúvida alguma, como resposta das intercessões do povode Deus. O Evangelho então, come-çou a ser proclamado abertamente,surpreendendo, até mesmo os mais fortes guerreiros de oração. Andandona crista dos acontecimentos, sete mulheres entre as quais eu também,fomos à União Soviética ministrar às mulheres russas, interceder por elas eajudá-Ias espiri-tualmente.

Num dos últimos dias ali, três de nós, eu Bobbye Byerly e Mary LanceSisk , decidimos distribuir folhetos em russo antes de retornarmos aosEstados Unidos. Orar e distribuir folhetos na Rússia algo de outro mundo.

Eu me detive a um quarteirão da Praça Vermelha mas as outras duasatravessaram a rua e foram até lá distribuir folhetos .  

Quando as alcancei uma delas disse: "Cindy, ninguém pega nossosfolhetos". Fiquei admirada, já que em todo o lugar por onde andamos aspessoas pegavam ávidas e apressa-damente os nossos folhetos sem jogá-Ios fora. Aqui era o contrário. Fiz uma experiência, e de fato, ninguémpegava os folhetos nem mesmo olhavam para nós. Passavam por nós, comas cabeças erguidas, ignorando nossa presença. Foi então que orei:"Senhor, qual o problema?". Imediatamente veio-me à mente o texto de 2Coríntios 4.4. que diz: " ... o deus deste século cegou o entendimento dosincrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória deCristo, o qual é a imagem de Deus".

Seria isto o que acontecia na Praça Vermelha? Estaríamos dentro deum território onde um espírito governava a Praça Vermelha cegando oentendimento das pessoas? Junta-mo-nos as três e começamos a orarordenando ao diabo que largasse aquelas pessoas. Orde-namos que toda acegueira espiritual caísse por terra e que as pessoas estivessem abertas erecebessem o Evangelho. Separamo-nos e, em poucos minutos, nossosfolhetos acabaram. Um grupo de pessoas do qual me aproximei queria

mais folhetos mas todos haviam sido distribuídos. Depois que oramos, o

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diabo não pôde mais controlar aquelas pessoas; tomamos posse doterritório que Satanás controlava.

Quando refletimos sobre o que aconteceu, fizemo-nos muitasperguntas: Somos nós quem temos de tomar a ofensiva contra o inimigo?

Não deveríamos ficar esperando que ele nos encontre? O que o Novo Testamento diz sobre os principados e potestades? O que são espíritosterritoriais? Jesus guerreou contra espíritos superiores das trevas? Temoscomo comprovar biblicamente este movimento de guerra espiritual no quediz respeito às potes-tades satânicas? E o que dizer do ensino de quepodemos derrubar as fortalezas do mal? Caso a resposta seja positiva,como agir equilibradamente e em segurança?

Estas e outras questões incomodaram-me nos últimos cinco anosdepois que o Senhor me chamou para ser uma líder de guerra espiritualem nível estratégico em muitas nações. As perguntas precisam serrespondidas. Em primeiro lugar, quando este tema entra em dis-cussão,temos que lembrar que estamos apenas começando a entender comotomar nossas cidades para Deus. Ainda que ensine sobre este assunto eme envolva na liderança de gru-pos de intercessão em outros paísesensinando-os a guerrear, não me considero uma espe-cialista sobre guerraespiritual, como se dela entendesse tudo.

Uma coisa tenho certeza: guerra espiritual é um assunto interessantee o diabo não quer que saibamos muito sobre ele. Orar pelas cidades,províncias, por nações e cidades requer um grande conhecimento e tem

muita gente criando confusão e se metendo em problemas enquantooutras pessoas estão agindo corretamente. Espero que este capítulo sejade grande ajuda àqueles que têm o chamamento de Deus de orar por suascidades e porseus países. O Salmo 2.8 é um grito nos ouvidos dos intercessores: "Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e as extremidades da terra por tua possessão".

Lutamos uma guerra santa, resgatando vidas! Nossa luta acontecenas regiões celes-tiais e o inimigo que enfrentamos é cruel, ladrão edestruidor: um estrategista pervertido dos propósitos de Deus. Ele é uminimigo que minou as leis do reino da luz estabelecendo aí seus domínios,utilizando como sua melhor arma a passividade dos crentes. Enquantoficamos ocupados cuidando dos assuntos internos da igreja, ele fica livrepara ocupar com as nações do mundo.

Felizmente, um número incontável de crentes vem se despertandopara o fato de que devemos alcançar os perdidos. Um grande exército deintercessores passou a usar uma linguagem de guerra e de termosmilitares. S.D. Gordon um pastor que viveu na virada do século falou arespeito disto, dizendo:

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"A oração é a maior arma colocada nas mãos do homem e só podemos definir o que é oração usando termos de guerra. Qualquer termode paz é inconcebível numa definição de oração. A terra está em prontidãode guerra, sitiada por forças de ocupação. Assim, somente os termos deguerra poderão definir o que é oração.

Da parte de Deus, a oração é a comunicação entre Deus e seusaliados numa terra ini-miga. A verdadeira oração move-se em círculo.Começa no coração de Deus, atravessa o coração humano, circunda aterra onde a guerra se trava e volta ao coração de Deus, o co-meço,atingindo seu propósito girando em círculo descendente".

Este capítulo visa encorajar os "militantes" ensinando-os a derrubaras fortalezas que impedem as nações de ouvir o Evangelho. São muitos osaspectos da batalha espiritual, e são também muitos os livros escritos arespeito. Senti que deveria me ocupar em escrever sobre as guerras nasaltas esferas espirituais, batalhas travadas com a cúpula espiritual quecontro-la regiões e nações impedindo-as de vir a Cristo.

 Temos uma descrição desta batalha espiritual em 2 Coríntios 10.3-4:"Porque embora andando na carne, não militamos segundo a carne.Porque as armas da nossa milícia não sãocarnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulandosofismas". .

Conquistando o espaço de nossas cidades, passamos a controlar

também as áreas físi-ca, política e espirituais da cidade. Afinal, o governodessas áreas é estabelecido nos céus e não na terra. Quando penetramosas trevas que pairam sobre nossas cidades, a luz de Deus encontra espaçopara nelas entrar. Efésios 3.10, diz: "Para que, pela igreja, a multiformesabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e

 potestades nos lugares celestiais",

A igreja, que somos nós, deve manifestar a multiforme sabedoria deDeus aos principa-dos e poderes que governam nossas cidades!

Quem são estes principados e potestades? Temos na Bíblia apenas

vislumbres de quem são e o que fazem. Alguns dizem que é para nãoficarmos impressionados com o alto nível espiritual destas entidades.Concordo que há um perigo iminente de se ficar fascinado, ocupando-nosapenas com eles. Mais adiante ofereço algumas salvaguardas, queroanteci-par, todavia, que não deveríamos nos interessar muito por eles nemdeles ter medo. Nada nos deterá em conquistar terreno para o Reino deDeus (Mt 11.12).

Há e haverá muitos conflitos sobre este ensino de guerra nas altasesferas espirituais. Devemos colher os bons frutos do ensino e não ficar

 julgando somente porque alguém en-sina diferentemente de nós. EmMarcos 9.38 temos: "Mestre, vimos um homem que em teu nome expeliademônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos porque não seguia

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conos-co". O que o inimigo mais quer é dividir as opiniões a respeito demetodologia.

A hierarquia invisível

A Bíblia fala de dois reinos que estão permanentemente em conflito:O reino de Deus e o de Satanás. No reino de Deus os anjos sãomensageiros enviados àqueles que herdarão a salvação com o fim deestabelecer a vontade de Deus no universo (Hb 1.14). Já os anjos caí-dossão emissários do diabo, enviados para estabelecer o seu reino de trevas.Como preten-dem tais anjos ocupar-se das trevas e que direito legal elestêm para agir?

Os representantes de Satanás posicionam-se sobre determinadasregiões sob as or-dens do diabo. Governam ilegalmente afetandodiretamente as pessoas que estão sob sua jurisdição. Muitas pessoas,

desconhecendo o engano do diabo, sem se aperceberem, vivem sob ainfluência destes espíritos territoriais. Os espíritos do mal usam, porexemplo, da imoralidade e dos vícios para dominar sobre determinadasregiões. Os espíritos territoriaisfazem uma "lavagem cerebral" nas pessoas impedindo-as de fazerem avontade de Cristo, neutralizando assim a influência do reino de Deus.

Uma das maiores estratégias do reino satânico é a de ordenar que osespíritos operem através dos líderes governamentais. Depois que o líder é"dominado" o espírito do mal, atra-vés dele, promulga determinadas leis

que impedem um avanço mais rápido do reino de Deus.Qual a base bíblica que prova a existência desses espíritos nas altas

esferas espirituais? Para que se entenda como são esses seres, é bomcompreender algo conhecido como a lei da dupla referência. De acordocom a Bíblia Anotada de Dake "esta lei ocorre sempre que uma pessoaviva e conhecida é mencionada, e quando há menção de fatos indicandoque um ser invisível a utiliza como uma ferramenta para levar adiante osseus propósitos." (3)

Há, por exemplo, duas passagens nas Escrituras que se referem a um

governador de um país e também a Satanás. São as referências deEzequiel 28.11-19 e Isaías 14.3-27. Os textos se referem inicialmente apessoas, sendo uma delas o príncipe de Tiro e a outra o rei da Babilônia.Entrementes, o texto descreve alguém cujos atributos transcendem a vidade uma pessoa humana. Por exemplo, o texto de Ezequiel28.14,15, diz:

"Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias nomonte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teuscaminhos, desde o dia em que foste criado .... "

Outros governadores há que também sofreram influência de espíritos

territoriais como é o caso de Nabucodonosor. O príncipe da Pérsia oinfluenciou de tal forma que ele fez uma estátua de ouro de si mesmo

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ordenando que todos no reino o adorassem como sendo deus. Ele foiusado pelo príncipe da Pérsia como um peão de xadrez a serviço dosdemônios. Deus quebrou o poder daquele espírito territorial mostrando suaglória na fornalha ardente como o quarto homem. A luz de sua glóriarepeliu as forças das trevas.

Este mesmo príncipe da Pérsia tentou matar a Daniel usando o reiDario como usara anteriormente a Nabucodonosor. Todos os governadoresdo império, os administradores e conselheiros tramaram contra a vida deDaniel. Não foi fácil para Daniel, parecia que agora o príncipe da Pérsiaplanejara tudo certinho, mas Deus livrou a Daniel da boca dos leões edurante um bom tempo o príncipe da Pérsia perdeu seu domínio.

Os espíritos territoriais ainda afetam hoje as nações? Certamente!Veja a ousadia de Saddan Hussein querendo resgatar, como direito seu,toda aquela terra da antiga Babilônia. O príncipe da Pérsia está tentandoreaver sua terra.

As Escrituras mostram como estes espíritos territoriais tentarammatar o povo de Deus. Lembra-se de Ester? Veja também o Novo

 Testamento quando o Evangelho começou a entrar em muitas nações. EmAtos 19 os espíritos territoriais aguçaram os ourives, dizendo: "Nãosomente há o perigo de a nossa profissão cair em descrédito, comotambém o de o próprio templo da grande deusa, Diana, ser estimado emnada, e ser mesmo destruída a majestade daquela que toda Ásia e omundo adoram" (At 19.27).

Em Efésios 6.12 vemos a hierarquia desses espíritos territoriais:"Porque a nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra os poderes eautoridades, contra os dominadoresdeste mundo das trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiõescelestiais" (NVI).

Em seu livro The Believers Cuide to Spiritual Waifare (O Manual doCrente Para a Batalha Espiritual), Tom White diz que esta passagem é umretrato do organograma de autoridade do inferno. Veja o que ele diz arespeito da hierarquia satânica:

"Paulo iluminou o tópico descrevendo os poderes como umahierarquia organizada de governo, como principados (archai), autoridades(exousia), poderes (dunamis) e forças espi-rituais da maldade(cosmocratoras). É de supor que a estrutura de governo aqui, está emordem decrescente. Daniel 10.13,20 desvenda a identidade dos

 principados (archai) como príncipes satânicos superiores que foramcolocados sobre as nações da terra. A palavraexousia tem uma conotação de governo natural e sobrenatural. Nacompreensão apostólica havia forças sobrenaturais que "ficavam por trás"

da estrutura governamental humana. Sem dúvida, Paulo é um porta-voz da noção apocalíptica judaica de que Deus concede poderes a seres

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cósmicos para arbitrar os assuntos terrenos. Presume-se que os poderes,dunamis, operam dentro de países e nas culturas influenciando certosaspectos da sociedade. Asforças espirituais da maldade, cosmocratoras, são os muitos tipos deespíritos que afligem as pessoas, por exemplo, espíritos do engano,

adivinhação, sensualidade, rebelião, medo e enfermidades. Geralmente,estes são os espíritos do mal que se manifestam e são expulsos nasreuniões de libertação. Entre eles existe, também, uma estrutura deautoridade onde os mais fracos são subservientes dos mais fortes." (4)

Um dos nomes usados para esta hierarquia de espíritos maus é"espíritos territoriais". Mesmo não sendo um termo encontrado na Bíblia,descreve a lista dos governos espirituais de Efésios 6.12.

Afinal, o que queremos dizer com espíritos territoriais? Um espíritoterritorial é aquele que governa sobre determinadas áreas geográficas.Aparentemente, existe um deles conhe-cido como "príncipe da Pérsia". EmDaniel 10.13, diz: "Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte eum dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, eeu obtive vitória sobre os reis da Pérsia ".

Não são apenas os espíritos do mal que dominam determinadosterritórios. Parece que Deus designa alguns de seus anjos para cuidar dasnações. A versão Septuaginta do Antigo Testamento traduz o texto deDeuteronômio 32.8 da seguinte maneira: "Quando o Altíssimo distribuía asheranças às nações, quando separava os filhos dos homens uns dos

outros, fixou os termos dos povos conforme o número dos anjos de Deus".

F.F. Bruce afirma que o texto da Septuaginta representa a versãooriginal:

"Este texto bíblico pressupõe que a administração de várias naçõesfoi distribuída entre um determinado número de anjos ... Em algunslugares certos poderes angelicaissão apresentados como principados e potestades hostis, os "dominadoresdeste mundo" de trevas descritos em Efésios 6.12" (5)

Uma boa fonte de pesquisa visando um aprofundamento do que sãoos espíritos ter-ritoriais pode ser encontrado no ensaio que Peter Wagner eDouglas Pennoyer fizeram e que foi editado sob o título de Wrestling withDark Angels (Lutando contra os Anjos das Trevas).

Alguns poderão dizer: "Eu creio que existe uma hierarquia satânica,mas não é bíblico manter-se na ofensiva contra ela". Você pode falar sobrea armadura de Deus de Efésios 6 e mostrar que todas as armas são denatureza defensiva. Existe algum modelo no Novo Testamento para aguerra contra os principados e potestades?

A resposta é: sim! Um dos melhores exemplos está em Mateus 4 quefala da tentação de Cristo. O primeiro ato ministerial de Jesus depois de

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batizado foi o encontro com Satanás no deserto. Jesus não fraquejou eposso garantir que Ele não se intimidou em encontrar o seu oponente. Elenão se escondeu do diabo numa caverna com a esperança de não serincomodado. Em outras palavras, Ele não ficou na defensiva.

 Jesus, ao ser levado pelo Espírito Santo ao deserto guerreou contraSatanás que reivin-dicava a si mesmo o direito de governar sobre a terra.Vamos estudar mais adiante as diver-sas estratégias que Ele usou naquelabatalha espiritual. Antes, porém, vejamos o plano de guerra do diabo.

Satanás, geralmente, fala demais revelando-nos suas estratégias. Alino deserto ele revelou suas três áreas de guerra. Jesus defendeu-se detodas usando o poder da Palavra de Deus.

1. O reino físico.

"Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. "

"Jesus, porém respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá ohomem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus".

2. O reino espiritual.

"Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seusanjos ordenará a teu respeito; que te guardem; e, eles te susterão nassuas mãos, para não tropeçares nalguma pedra.

"Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus".

3. Reino político.

"Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos osreinos do mundo e a gloria deles, e lhe disse: Tudo isto te darei se,

 prostrado me adorares. Então Jesus lhe ordenou : Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele darás culto".

Veja bem. Quando Jesus frustrou os planos do diabo no deserto, seuministério cres-ceu rapidamente. Os discípulos o seguiram, as pessoasforam salvas, libertas e curadas. O poder do inimigo foi detido durante umbom tempo. Creio que Jesus usou técnicas de guerra espiritual no desertofornecendo-nos um modelo de como derrubar as fortalezas.

Há cinco chaves estratégicas de batalha que Jesus utilizou contra odiabo no deserto. A primeira é quase sempre desprezada quando se entranuma batalha: Quando batizou, Jesus se humilhou diante de Deus. Tiago4.6,7, diz: "Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aossoberbos, mas dá graças aos humildes. Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas

resisti ao diabo, e ele fugirá de vós".

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Quanta diferença entre o surgimento do ministério de Cristo e detantos pregadores hoje! Ele se humilhou, fazendo exatamente o oposto,não alardeando que era o Messias de Israel.

Em seu livro Taking Your Cities for God,  John Dowson fala que a

humildade é uma das estratégias para conquistar uma cidade. Ele estavaem Córdoba, na Argentina com uma equipe da Jocum evangelizandodurante as semifinais da copa do mundo de futebol, mas ninguém atendiaao Evangelho, até que discerniram um espírito de orgulho na cidade. Foientão que dobraram seus joelhos em plena praça do centro da cidade. Elediz assim: "lem-bro-me de como senti-me fortalecido pelo Senhor quando deixei de lado aminha dignidade ajoelhando-me em plena rua". (6) 

Naquele dia, sua equipe teve resultados animadores naevangelização. O espírito de orgulho foi quebrado da vida dos moradoresdaquela cidade pelo espírito. de humildade.

A segunda estratégia de Cristo foi o jejum. Mateus registra que"depois de jejuar qua-renta dias e quarenta noites, teve fome". O jejum éum elemento essencial para derrubar as fortalezas de uma cidade. Em seulivro Revivals of Religion, (Avivamentos nas religiões), Charles Finney citoua Jonathan Edwards, dizendo:

"Se sabemos que precisamos jejuar e orar para mandar um demônioembora da vida de uma pessoa, como expulsar os demônios de

determinadas regiões se não jejuarmos?"

(7)

A terceira estratégia é a Palavra de Deus arraigada em nós. Ainabalável, inerrante e precisa Palavra de Deus estava escrita em tábuasno coração de Cristo. Muitas pessoas são enganadas por meias-verdadesnuma guerra espiritual. Para lutarmos, efetivamente, preci-samos estarintimamente inteirados com a Palavra de Deus, manejando-a como umaespada contra o inimigo de nossas almas.

A quarta estratégia é a perseverança. A batalha não foi ganha numdia. Jesus gastou quarenta dias em oração e jejum. Como nos sentimos

desencorajados se tivermos que perseverar por apenas um ou dois dias!Alguns de vocês vêm lutando há tanto tempo por suas cidades que estão aponto de desanimar! Não desista! Chegará o dia quando o inimigo soltarásuas garras da cidade. Não se canse de fazer o bem!

A última estratégia é sempre muito criticada. Trata-se de dar ordensaos espíritos ter-ritoriais que abandonem a área. Muitas vezes não nosapercebemos das palavras poderosas que Cristo usou no deserto. Aoterminar a luta, ele falou com muita autoridade: "Retira-te, Satanás!" (Mt4.10). A Bíblia diz que o diabo o deixou; vieram anjos de Deus e o serviam.

Interessante: Jesus lutou sem que ninguém intercedesse por Ele! Aigreja ainda não existia e Ele obteve a vitória usando as chaves de Mateus

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3 e 4: humildade, conhecimento da Palavra de Deus, jejum, perseverançae autoridade!

Entrando na batalha

Em minhas viagens, ensinando sobre batalha espiritual, encontromuitos pregadores teóricos e bem poucos praticantes. Tem genteensinando sobre batalha espiritual sem nunca ter lutado uma guerra,conseqüentemente têm muitas perguntas. A mais comum é, "Como saberque existe ali uma fortaleza do inimigo?".

Quero, antes de mais nada, falar sobre os perigos de uma batalhaespiritual e dar algu-mas salvaguardas. Este capítulo mereceria uma tarjavermelha com a seguinte inscrição: Perigo, Carregue com Oração. Guerraespiritual não é para imaturos.

Pessoalmente, se tivesse outra escolha, não me especializaria emguerra espiritual. Fui chamada para ser uma profetiza! intercessora, e istobasta para termos autoridade sobre as nações derrubando suas fortalezas.Não estou afirmando que um crente comum não possa ser treinado nabatalha espiritual, o que quero dizer é que é uma tarefa que precisa serleva-da a sério!

Primeira Proteção

Há duas salvaguardas ou proteção que devem ser levadas emconsideração quando participamos de algumas guerras espirituais em

nossas cidades. Em primeiro lugar, uma ba-talha em tal nível, isto é, contraautoridades do mal nas regiões celestiais, deve ser feita de formacorporativa ou unida e somente por gente que sabe o que está fazendo.Ninguém deveria entrar na guerra só por entrar. Nunca subestime oinimigo. Você deve entender que ele é capaz de tudo, mas não se deixefascinar por seus poderes e habilidades.

Peter Wagner em seu livro Wrestling with Dark Angels (Lutando contraos Anjos das Trevas), fala de dois ministros presbiterianos em Gana quesubestimaram o poder do inimigo.

"Um deles não ouviu as advertências da comunidade local e derrubouuma árvore que era endeusada pelos sacerdotes satânicos. Quando oúltimo galho caiu por terra o pastor também caiu e morreu. O outro pastorordenou que um "macumbódromo" fosse demolido. Quando mexeram nolugar das oferendas, ele sofreu um ataque cardíaco e morreu.

Peter Wagner continua: "Os alunos do Seminário Fuller ouviram umapalavra de Timothy Wagner que os conclama, dizendo: "Bem-vindos àguerra!". O propósito da evange-lização é demonstrar o poder de Deusglorificando-o através de sinais e milagres. Agora, se subestimarmos o

poder do inimigo, pode ocorrer exatamente o contrário". (8) 

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Outros, como Ornar Cabrera na Argentina se trancam dentro de umquarto de hotel orando e jejuando contra os espíritos territoriais quegovernam as áreas onde as cruzadas evangelísticas terão lugar. Não é aregra, já que Cabrera é um homem muito ungido por Deus para derrubaros altares de Baal como fez Gideão.

 Segunda Proteção

Em segundo lugar, submeta-se à autoridade espiritual agindosabiamente. Os Hun-guenotes na França receberam muita unção doEspírito Santo, mas procederam erro-neamente entrando nos temploscatólicos, quebrando suas imagens de adoração. A ira:de um rei católico ascendeu-se contra eles, e milhares deles forammassacrados.

Há muitos grupos de intercessão sendo usados por Deus para

derrubarem as fortalezas de algumas cidades e eu não quero amedrontá-los de irem à guerra. Se tomarem as devidas precauções, tudo bem!

Muitos dos ministérios envolvidos em batalha espiritual, enviamequipes de guerra, atiradores de elite, gente habilitada, conformemencionei anteriormente. Gwen Shaw, da organização End-TimeHandmaidens (Servas dos Últimos Tempos), enviou uma equipe de elitepara orar contra um terremoto que havia sido predito sobre a falha de NewMadrid, em Arkansas.

Esta é uma falha geográfica que se estende por 192 quilômetroscortando três estados, três vezes o rio Mississipi e duas vezes o rio Ohio.

O Dr. Iben Browning predisse que um tremor de terra atingiria aquelaárea no dia 3 de dezembro de 1990. Foi ele quem predisse o terremoto queatingiu a cidade do México em 1985 e o que atingiu São Francisco em1989, com apenas um dia de diferença do que previ-ra, além da erupçãode vulcões na Colômbia e do Monte Sta.Helena. Estas erupções se deram

dentro do prazo previsto por ele. (9) 

Muitas pessoas levaram estas predições a sério, entre elas Gwen

Shaw e sua equipe de intercessores. Assim, cinco equipes cada uma comcinco intercessores foram enviadas a cinco diferentes áreas parainterceder sobre as falhas subterrâneas e contra o terremoto. De acor-docom ela foi uma parada dura, uma luta sem tréguas.

O dia 3 de dezembro começou e terminou sem qualquer indício deterremoto. A im-prensa ficou esperando, atônita, pelo terremoto que nãoaconteceu e publicaram depois que Browing se enganara quanto ao dia.Quantos desastres já foram evitados por gente que se colocou na brechada intercessão travando uma luta a nosso favor!

Como discernir uma fortaleza sobre uma determinada áreageográfica? Que discerni-mento os intercessores da equipe de Gwen Shaw

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tiveram para orar impedindo o terremoto? Este é um tema sobre o qualensino oito horas diárias antes que uma equipe comece a tomar umacidade para Deus. O que apresento, a seguir, são apenas umas poucaslinhas sobre como discernir uma fortaleza.

Discernindo as Fortalezas 

A primeira coisa a fazer, depois de descobrir as fortalezas de umacidade, é permitir que o Espírito Santo conduza a questão. Deus tem umplano para cada cidade. Você não pode apenas copiar o que foi feito comsucesso noutro lugar. Através da oração e do jejum Deus dará a estratégiacorreta para você. Você precisa descobrir quais as portas que deram odireito legal para o inimigo edificar suas fortalezas. Isto é o que eu chamode portas da cidade.

Como disse, as portas eram lugares estratégicos numa cidade dos

tempos antigos. As portas da cidade são símbolo de autoridade. Junto aelas os anciãos se reuniam para tratar dos assuntos da cidade e do bem-estar do povo. Satanás luta, desesperadamente, tentando conquistar asportas de uma cidade. São os pecados do povo que dão direito de acesso aSatanás numa cidade. Depois de obter o direito legal de entrar numacidade pelo pecadoou "portas do inferno", ele entra e sai da cidade como bem quiser.

A cidade não precisa ficar eternamente perdida. Em Mateus 16.18temos uma promes-sa mui preciosa: "... sobre esta pedra edificarei a

minha igreja e as portas, do inferno não prevalecerão contra ela". Quandoedificamos nossas cidades à luz da lei divina, ou as reivin-dicamosconforme as leis de Deus, as portas do inferno não podem prevalecer.

 Temos outras promessas preciosas nas Escrituras a respeito dosportões, uma delas está em Isaías 28.6: "... e fortaleza para os que fazemrecuar o assalto contra as portas". Deus nos fortalece quando batalhamos

 junto às portas contra o nosso inimigo. Uma outra passa-gem está emGênesis 22.17: "... a tua semente possuirá a porta dos seus inimigos" (RC).Se formos fiéis ao Senhor,nossos descendentes,como diz uma outraversão,possuirão a cidade dos seus inimigos. 

Em segundo lugar, somente poderemos fechar as portas da cidade aodiabo, quando descobrirmos quais são os seus pecados. Devemos, então,pedir perdão pelos pecados da cidade impedindo o diabo de continuargovernando. Este arrependimento pelos pecados da cidade deve ser feitode forma unida ou corporativa por serem pecados que também forampraticados coletivamente. Este não é um conceito muito fácil de seentender. Você poderá retrucar afirmando que não foi você quem pecou eque aquelas pessoas deveriam ser res-ponsabilizadas diante de Deus. Éclaro que Deus as têm como responsáveis. Deus, entre-tanto, quando julga

uma cidade o faz coletivamente. Veja como o juízo de Deus veio sobre a

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Babilônia e sobre outras cidades iníquas. As cidades não têm vida eterna,por isso devem ser julgadas aqui e agora!

Como intercessores, ficamos na brecha a favor de nossas cidades,clamando: "No juízo, lembra-te de tua misericórdia. Merecemos ser

condenados, mas, por favor, poupa-nos, Deus". Cada crente da cidadepede perdão dos seus próprios pecados mas podemos nos arrepender poruma cidade ou nação, pedindo que Deus a perdoe como um todo.

Daniel, um homem justo, ficou na brecha a favor dos pecados de seupovo. Ele orou: " ... temos pecado e cometido iniqüidades, procedemos

 perversamente, e fomos rebeldes,apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos" (Dn 9.5). Neemiastambém se arre-pendeu pelos pecados do povo: " ... temos procedido detodo corruptamente contra ti, não temos guardado os mandamentos, nemos estatutos, nem os juízos, que ordenaste a Moisés, teu servo" (Ne 1.7).

Na realidade, o domínio territorial está nas mãos da humanidade.Adão deveria cul-tivar o Jardim do Édem, mas ainda havia um grandeterritório disponível. Jesus deu orien-tações precisas e estratégicas aosdiscípulos em como possuir o reino. Você e eu, num certo sentido, somos"espíritos territoriais" pois foi Deus quem determinou quando deveríamosnascer e, caso o sigamos, onde deveremos viver. Fomos por Eledesignados para viver em determinadas áreas geográficas com o fim depossuir os portões do inimigo na terra.

Como saber quais os pecados que sua cidade cometeu contra Deus?Examine as três áreas pelas quais Satanás estabelece o seu domínio: Nasáreas física, espiritual e política. Você descobrirá que há muita iniqüidadenestas áreas. Pesquise na Biblioteca Pública, todos os livros que falam dacidade, da sua história e do seu começo. Fale com os historiadores e comos moradores mais antigos de sua cidade. Creio que alguns historiadores,admitam ounão, são escolhidos por Deus, para escrever a história das cidades. Eisuma lista de perguntas que fazemos quando pesquisamos para osGenerais da Intercessão:

1. Por que a cidade foi estabelecida? Há indícios de que teve umgoverno imoral?

2. Quais os primeiros habitantes e o que aconteceu com eles?

3. O que a cidade diz sobre ela mesma? Ela persegue algum slogan?

4. Sobre quais princípios foi a cidade estabelecida? Seu governo era justo e piedoso, ou um governo corrupto?

5. Quem implantou o cristianismo em sua cidade? Existem provas de

engano religioso?

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6. A cidade ou seus habitantes alguma vez foram atingidos pordesastres físicos? Há evidências de traumas que afetaram toda acomunidade?

7. Há também evidência de ganância em seu modelo econômico?

Pode-se encontrar evidências da influência demoníaca, estudando suamúsica, cultura, arquitetura e artes. Muitas vezes as coisas visíveis sãouma chave para o mundo invisível:

"Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno podercomo também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desdeo princípio do mundo, sendo percebidos por meio das causas que foramcriadas. Tais homens são por isso indesculpáveis; porquanto, tendoconhecimento de Deus não o glorificaram como Deus, nem lhe deramgraças, antes se tomaram nulos em seus próprios raciocínios,

obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios,tornaram-se loucos, e mudaram a glória de Deus incorruptível emsemelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves,quadrúpedes e répteis" (Rm 1.20-23).

Podemos descobrir o tipo de espírito que governa uma cidadeobservando a arte po-pular. Na cidade de Resistência encontramos trêspainéis pintados com símbolos do espírito da morte. Quando a arte ésensual, pode-se perceber um espírito de luxúria e sensualidade. Nãochega a surpreender que tais cidades tenham um alto índice de crimes

sexuais.O mesmo acontece aqui na América onde é fácil distinguir através da

arquitetura, o tipo de espírito territorial. Em algumas cidades o prédio maisalto é o do banco, quando anti-gamente a construção mais alta era oprédio da igreja. As torres surgiram para deixar as igrejas como os prédiosmais altos da cidade.

Há uns cinco anos atrás, enquanto ensinava sobre batalha espiritualna cidade de San-to Antônio, no Texas, percebi porque havia tantos crimese mortes na cidade. Há menos de um quilômetro do hotel estava o Álamo,

berço da liberdade texana. Ali, muito sangue fora derramado entremexicanos e texanos e isto permitiu a entrada legal de um espírito decrime e de violência sobre a cidade.

Derrubando as fortalezas

Depois de descobrir qual o espírito que domina a cidade, o que fazerpara destruir a fortaleza do inimigo? Outra vez quero afirmar que estecapítulo é apenas uma gota d'água de tudo o que se pode dizer sobre oassunto.

Destruindo as fortalezas no nível pessoal

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A primeira batalha é travada no nível pessoal. É importante fechar asbrechas em nos-sa armadura para que o diabo não tenha acesso ferindo-nos. Poderemos ficar citando, sem parar, aquele versículo que diz "amaldição sem causa não se cumpre" (Pv 6.2) sem nos aper-cebermos quehá "furos" em nossa vida pela qual o inimigo tem acesso.

Num dos encontros da Rede de Guerra Espiritual, Ed Silvoso fez umadeclaração que mexeu comigo. Ele disse: "Em todo lugar onde a Escriturafala de guerra espiritual, sempre há uma conotação, uma ligação com oensino a respeito de relacionamentos".

Depois daquele encontro pesquisei todas as passagens a respeito deguerra espiritual e o que encontrei me deixou vibrando! Por exemplo,gostamos do texto de Efésios 6.10 que diz, "quanto ao mais, sedefortalecidos no Senhor. .. " sem cumprir aquelas coisas que pre-cedem o"quanto ao mais". O livro de Efésios trata em sua maior parte dosrelacionamentos, no lar, no casamento e na igreja. Se o inimigo tem um péem qualquer uma dessas áreas temos que cuidar delas antes de nosmetermos a lutar contra os principados e potestades.

Uma das fortalezas pessoais é o ego. Qualquer direito quereivindicarmos como nosso, será usado pelo diabo contra nós na hora dabatalha. Alguns dos direitos que temos de largar antes de derrubarmos asfortalezas, são:

O direito de sentir-se ofendido.

O direito de ter o meu tempo.

O direito de fazer o que quisermos com os nosso bens.

O direito à auto piedade.

O direito de se justificar.

O direito de ser entendido.

O direito de criticar.

 Tratando com estes temas, fecharemos "as portas e manteremos odiabo afastado de nós".

São fortalezas pessoais que não serão venci das num só dia, mas istonão quer dizer que você não possa entrar na batalha. O Espírito Santo oconvencerá de toda área da qual Ele não se agrada. <

Algumas destas coisas poderão ser-lhe mui difíceis. O alistamentopara o exército de intercessores é como entrar num quartel. Eles cortam oseu cabelo como eles querem, lhe dão um fuzil, dizem a que horas vocêdeve levantar e onde deve ir. Assim também Deus sabe como fazer de nósbons soldados.

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Destruindo as fortalezas no nível mental

Uma outra fortaleza que precisa ser destruída para conquistar-se umacidade para Deus está na mente dos crentes. Uma das especialidades dodiabo é a de convencer os cren-tes de que a cidade não pode ser

conquistada para Cristo; assim, durante anos ele vem limi-tando no que aspessoas devem crer sobre a conquista de cidades. Ele vem afirmando queapenas alguns serão salvos e que é impossível haver um avivamento emtoda a cidade, insinuando que a cidade é muito difícil de ser conquistada,que as pessoas são duras e que não devemos perturbá-Ias com respeito asalvação. Lembre-se da definição que Edgardo Silvoso deu de fortalezas:"Uma fortaleza é uma predisposição mental impregnada dedesesperança que leva o crente a aceitar como imutável algo que ele sabeser contrário à vontade de Deus".

Destruindo as fortalezas que impedem a unidade 

Edgardo Silvoso também me ensinou que uma cidade é conquistadaquando a forta-leza levantada contra a unidade for destruída da mente dospastores e dos crentes. Os pas-tores devem crer que Deus é poderoso paraderrubar as fortalezas ideológicas que existem entre os crentes e,especialmente, entre as denominações. Precisam ver que a igreja é umCorpo e que a cidade jamais será conquistada se apenas uma parte doCorpo estiver tra-balhando. Cada junta deve trabalhar com o fim de ganhara cidade para Cristo. Assim como todas as tribos de Israel tiveram quelutar, juntas, para conquistar Canaã, assim também todo o Corpo de Cristo

precisa trabalhar, junto, para herdar nosso espaço na cidade.

E como conseguir esta unidade? Deus, muitas vezes, unge um líderpara que seja um Josué na cidade. Este Josué encontrará graça diante deDeus para reunir os pastores e líde-res. Outros, ainda, serão levantadospor Deus para estreitarem os relacionamentos e para orarem pela unidade.

A humildade tem um poder devastador contra o espírito de desunião.Quando os pas-tores e líderes começam a abençoar os ministérios uns dosoutros ao invés de levantar mais os muros da divisão, e ao descobriremque este negócio de querer proteger o seu "rebanho" não passa de umaparanóia, a unidade de Deus, então, derrubará todas as fortalezas ideo-lógicas. Muitas vezes, esta fortaleza é quebrada, quando uma congregaçãolevanta uma ofer-ta para outro grupo. Você não se surpreenderia se umpastor de outra congregação se pron-tificasse a pintar o seu templo?

Destruindo as fortalezas da crise e da guerra

Uma das maneiras de se derrubar as fortalezas ideológicas é atravésdas crises. Uma crise arrebenta com a arrogância ou orgulho levando opovo de volta às crenças elementares: O Senhorio de Cristo e a

necessidade de todos em conhecê-Lo como Senhor.

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Andando na contramão

Uma outra arma poderosa na batalha espiritual é mover-se na direção

contrária. Aprendi sobre isto com John Dawson. Se você quer combater oespírito de avareza, contri-bua. Se você está destruindo um espírito deisolamento e insolência, humilhe-se e será uma bênção.

Ataque frontal

O último aspecto que quero apresentar a respeito de guerra espiritualneste capítulo é que podemos atacar os espíritos territoriais de nossasnações, fazendo investidas de surpre-sa. Já vimos outros tipos de batalhaque são muito efetivos, porém, indiretos em sua natu-reza.

Quero aprofundar-me um pouco mais mostrando como os Generais daIntercessão conduzem os grupos de intercessão na conquista das cidades.Não estou afirmando que esta é a melhor e a mais eficiente maneira, mastraz bons resultados. Lembre-se que você deve seguir a orientação doEspírito Santo e que cada caso é um caso. Quem sabe este panorama oajudará a desenvolver um modelo estratégico para sua cidade.

Antes que os Generais da Intercessão cheguem numa cidade,algumas coisas devem estar prontas já que o nosso ministério visa ensinaras pessoas a confrontar os principados espirituais de alta hierarquia.

1. Os pastores precisam estar em unidade. Isto quer dizer que a maiorparte dos pas-tores na região concordam a respeito da necessidadede guerra espiritual e que participarão na destruição das fortalezas.Sem isto, nos limitaremos em destruir apenas as fortalezas pessoaise ideológicas.

2. Este assalto contra os principados tem que ser na hora de Deus, noseu kairos (tempo estratégico). Isto só poderá ocorrer, depois que asmãos dos principados forem en-fraquecidas através da unidade dasigrejas e depois que as fortalezas pessoais forem derrubadas. Umaoutra coisa: quando ministramos libertação em massa, expulsandoos demônios das pessoas, enfraquecemos o poder dos espíritosterritoriais.

Foi isto o que aconteceu quando Jesus enviou equipes de vanguardaa cada cidade e vila por onde Ele haveria de passar. Quandoretomaram, estavam alegres, dizendo: "Senhor, os própriosdemônios se nos submetem pelo teu nome!".  Jesus lhes res-pondeu:"Eu via a Satanás caindo do céu como um relâmpago" (Lc 10.17,18).

Creio que Jesus se referia ao poder dos espíritos territoriais que

foram quebrados pelos discípulos, quando expulsavam os demônios,evangelizando e curando os enfermos.

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3. A liderança da cidade deve concordar em jejuar e orarespecificamente por um bom período, tempo este que o próprioSenhor lhes indicará através da intercessão unida.

4. A liderança deve concordar em reunir os membros de suas igrejas

num seminário de batalha espiritual a fim de que haja unidade depropósito entre todos. Na Argentina,o Evangelismo de Colheita, dirigido por Ed Silvoso, reuniu líderes dediferentes cidades. Quanto mais os ensinávamos mais fácil tomou-se a conquista das cidades. (Oito horas por dia, quatro dias seguidosfoi o mais longo tempo de ensino que experimentei na Argentina).

5. A liderança local, deve estar disposta a participar da intercessãopela cidade. Um missionário disse isto da seguinte maneira: "Quando osisraelitas entraram em Canaã os sacerdotes foram os primeiros a pisar naságuas turbulentas do Jordão, ficando ali parados até que todo o povoatravessou o rio".

6. Uma pesquisa a respeito da história da cidade deverá ser concluída.(Veja as pergun-tas mencionadas anteriormente) .

7. Os resultados da pesquisa devem ser passados a todos os pastorese líderes.

8. Os líderes devem buscar em Deus os nomes das fortalezas dacidade.

9. Cópias da pesquisa deverão ser enviadas ao nosso escritório paraque oremos e estu-demos a estratégia para toda a área.

10. Se possível, deve haver algumas reuniões com a liderança localantes das reuniões com toda a igreja.

11. Os pastores e líderes devem visitar os lugares onde estão asfortalezas da cidade.

Depois de toda esta preparação, forneceremos nos seminários, a basebíblica do que estamos realizando. Quando encerrarmos os seminários,

pedimos ao povo que orem e de nossa parte, também oraremos buscando,em Deus, orientação se eles devem ou não nos acompanhar na oraçãopela cidade. Alguns ficarão na retaguarda, orando enquanto vamos aoslocais. Os pastores e líderes formam uma tropa de choque para o ataque. É

bom fazer isto quando todos estão fisicamente descansados, contudo, namaioria das vezes o tempo nos urge a seguir adiante. Sugerimos, aqui,quais devem ser as qualidades das pessoas que formarão a tropa dechoque. A pessoa deve:

1. Participar das reuniões de oração buscando a vontade de Deus.

2. Ser espiritualmente madura.

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3. Deve estar livre de todo pecado.

4. Não ser medrosa.

5. Estar submissa a uma congregação local.

Quem deve fazer a oração diante dos espíritos territoriais? Deve serfeita por uma pessoa que tenha autoridade legal, uma pessoa ungida. Umaoutra pessoa poderá orar, mas já notamos que é mais eficiente quando umlíder local ora. Esta é a razão que Deus os colo-cou na cidade. Creio,piamente, que Deus quer ensinar a guerra a cada geração, pois eles terãoque enfrentar os seus gigantes também. Nenhuma fortaleza serápermanentementedestruída até que Jesus volte e, de uma vez por todas, jogue Satanás nas

trevas eternas. Cada geração anulará o seu poder na terra e o amarrarápor um "tempo". Juízes 3.1,2, diz:

"São estas as nações, que o Senhor deixou para, por elas, provar aIsrael, isto é, a quantos em Israel não sabiam de todas as guerras deCanaã, tão-somente para que as gerações dos filhos de Israel delassoubessem (para lhes ensinar a guerra), pelo menos os que dantes nãosabiam disso".

O trabalho básico já foi feito, agora, como orar contra os espíritosterritoriais?

Lembre-se de orar pedindo que cada pessoa ali seja protegida, bemcomo seus fami-liares, seus ente queridos, as igrejas e também osintercessores que oram a seu favor. Sem-pre lemos o Salmo 91 em voz altae outros textos bíblicos que falem de proteção. Outras vezes, paramos enos revestimos das armaduras de Efésios 6. Freqüentemente humilhamo-nos sob a mão poderosa de Deus pois entendemos que nada faremos seele não nos derpoder e autoridade.

Aí, então, começamos a perdoar os pecados cometidos naquela

região. É sempre bom ter alguém que represente a área pelo qual se orapedindo perdão. Por exemplo: o governo decretou leis injustas? Se assimfor, peça a um legislador (geralmente um vereador ou depu-tado) que searrependa deste pecado em nome da cidade.

Depois de pedir perdão por determinado pecado, geralmente peçoaos pastores locais, especialmente aqueles fortemente ungidos e comautoridade, que orem contra os espíritos territoriais, ordenando-Ihes quetodo o seu poder seja anulado na região. Isto somente pode-rá ser feitodepois de pedir perdão pelos pecados da cidade, do contrário a fortaleza

não será derrubada. É aqui que o líder deve depender, totalmente, dadireção do Espírito Santo. Os líderes devem responsabilizar-se plenamente

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por aqueles que eles pessoalmente convidarem para fazer parte dabatalha. Tentar uma investida contra os espíritos territoriais fora da horapode ser desastroso. Os pastores e líderes são inundados pela paz de Deusquando chega a hora da batalha.

A última parte deste tipo de guerra espiritual é quando "plantamos aPalavra de Deus", na cidade, de duas maneiras:

Em primeiro lugar, preencha o vazio deixado pela partida dosespíritos maus, colo-cando a Palavra de Deus naquele lugar. Quandooramos contra o espírito da Santa Morte, por exemplo, todos proclamamosem uníssono: "Jesus é a vida!". Jesus falou a respeito do assunto numa desuas parábolas:

"Por isso diz: Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, aencontra vazia, varrida e ornamentada. Então vai, e leva consigo outros

sete espíritos, piores do que ele, e, entrando habitam ali; e o último estadodaquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim tambémacontecerá a esta geração perversa" (Mt 12.44,45).

Em segundo lugar, proclame que a cidade seja restaurada ao seuchamamento inicial.

Cada cidade, foi estabelecida por Deus com um propósito, mesmoparecendo que o inimigo a domine totalmente. Neste caso, é bom orar aoSenhor pedindo que Ele nos mostre com qual propósito a cidade foiestabelecida.

A cidade de Resistência foi edificada, originalmente, como uma"muralha" com o fim de manter Corrientes, a cidade co-irmã do outro ladodo rio, livre de qualquer ataque. O propósito para a qual fora edificadahavia sido deixado de lado. Descobrimos, orando a Deus, que o dom dacidade era artes e música. Deus queria usar esse dom a serviço do seureino. O dom da música é usado no louvor intercessório para "resistir odiabo" e assim, o nome Resis-tência é bem apropriado. "Liberamos" este dom para o bem daquelacidade!

É assim que os Generais da Intercessão se comportam quando orampor uma cidade. Às vezes quando estou ensinando sobre batalha espiritualaos líderes, sinto-me como naque-la velha história do cego tentandodescrever um elefante. Na história, uma pessoa toca na cauda e diz que oelefante se parece com uma corda. Outro, toca-lhe no dorso e afirma quese parece com um muro. E assim por diante.

Assim, já que Deus faz com que determinados líderes se especializemem derrubar diferentes tipos de fortalezas, cada um acha que sua área émais importante que a do outro. Alguns trabalharão derrubando as

fortalezas do nível pessoal, e dirão: "Temos que nos san-tificar". Outrosdeclararão: "Quando todos estiverem unidos, as fortalezas cairão". Outros

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ainda dirão: "Não. Se você não confrontar os principados e potestadesdiretamente, nada acontecerá". Cada um proclama uma parte da verdadee sozinhos não obterão qualquer resultado. Creio que cada um deles énecessário para tomar a cidade para Cristo.

Que Deus o abençoe a possuir as portas do inimigo. Que Ele use o seucoração de in-tercessor para apressar a vinda do seu Reino. Fico orandopara que os princípios ensinados neste livro sirvam-lhe de guia eencorajamento no cumprimento de seu ministério. Que privilégio oraraquilo que está no coração de Deus!

Sejamos-Lhe fiel!

1. Paul Billheimer, The Technique of Spiritual Waifare (Técnicas daGuerra Espi-ritual), Santa Ana, Cal. TBN Press, 1982,pg58

2. S.D.Gordon, Quiet Talks on Prayer  (Conversas Silenciosas emOração), Pyramid Publications, 1967, pg 27

3.   Finis Jennings Dake, Dake's Annotated Reference Bible, (ABíblia Anotada de Dake), sétima edição, Lawrenceville, Ga.Dake Bible Sales Inc. 1977, pg 42 4.

4. Thomas White, The Believer's Guide to Spiritual Waifare (Guiado Crente Sobre Batalha Espiritual) Ann Arbor, Mich. ServantPublications, 1990, pg 34

5.  F.F. Bruce, The Epistle to the Hebrews (A Epístola aos Hebreus)Grand Rapids, Mich, Wm. Herdmans Publishing Co. 1964, pg 33

6. John Dawson, Taking Our Cities for God, (Lake Mary, FIa.Creation House, 1989, pg 19.

7. Charles G. Finney, Revivals of Religion (Avivamentos nasReligiões), Virginia Beach, Va. CBN University Press, pg 27.

8.   C. Peter Wagner e F. Douglas Pennoyer, eds, Wrestling withDark Angels (Lutando contra os Anjos das Trevas), Ventura, Cal.

Regal Publishing, 1990, pg. 87.9.   Dee Lynn Freedom Alert Prayer Network Newsletter 

(Minneapolis, Minn. November 20, 1990) Gwen Shaw,  AngelLetter, edição de novembro e dezembro de 1990.

índice

 

Guia de Estudos

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Textos-chaves:

Isaías 14.12 2Coríntos 2.11

 Jeremias 1.10 2Coríntios 10.4

Ezequiel 28.11-19 Efésios 1.21

Daniel 10.12-13 Efésios 3.10

Mateus 11.12 Efésios 6.11-12

Mateus 16.18 Colossenses 2.15

Lucas 11.17-22

CAPÍTULO 1:CHAMADOS À INTERCESSÃO

1. Você já se acordou no meio da noite com um desejo forte de orar? Comosoube sobre o que deveria orar? Você ficou sabendo se suas oraçõesmodificaram alguma coisa?

2. O que significa obter uma resposta de oração "dada nos céus" antes deacontecer na esfera natural? Você concorda com este conceito?

3. Você já pensou no que significa orar precipitadamente: "Deus, eu façoqualquer coisa que pedires; eu vou a qualquer lugar onde me enviares"?Se você alguma vez orou assim, o que Deus pedirá de você? Que tipo desacrifício Ele pode lhe pedir?

4. Você acha que é uma daquelas pessoas que Deus escolheu para ser umintercessor? Dê várias razões às suas respostas.

5. Se a "intercessão é mais ação do que ensino", você já teve oportunidadede observar e experimentar o poder de Deus através da vida deintercessores experimentados? Cite alguns "gigantes da oração" com os

quais você gostaria de gastar tempo aprendendo a orar.

6. Quais os livros que você leu que o desafiaram ou lhe falaram na área deintercessão?

CAPÍTULO 2:

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GENERAIS DA INTERCESSÃO

1. Qual a importância da unidade na intercessão para que a oração tenharesultados? Qual a diferença deste tipo de unidade, da unidadedoutrinária?

2. Com que tipo de estratégia sua igreja ou denominação pode contribuirpara o Corpo de Cristo em intercessão?

3. O que o arrependimento e o perdão de pecados têm a ver com adestruição das fortalezas de Satanás?

4. Alguma vez Deus lhe deu uma visão que mais tarde se tomou umabarreira? Você duvidou, então, do que Deus lhe disse? Descreva seustemores.

5. Você já tinha pensado no jornal diário como um manual de intercessão?De que maneiras ele pode ser útil?

6. Você conhece algum grupo de oração ou um grupo de intercessãodesequilibrado que tenha feito alguém desistir de orar? O que fazer paratornar os líderes que você conhece cientes da necessidade de intercessão?

7. Você, como templo do Espírito Santo, imaginava ser "uma casa deoração para todos os povos"? Discuta o tema.

CAPÍTULO 3:

CORAÇÃO PURO

1. Quando Deus revela algo a você sobre uma outra pessoa, qual seuprimeiro impulso? E o que isto tem a ver com as motivações de seucoração?

2. Alguma vez você teve mais admiração por um intercessor eficaz, do quepor Deus que res-ponde as orações? Você alguma vez se parabenizouporque uma de suas orações foi respon-dida?

3.Você está ciente de quantas vezes você orou com desejos tendenciosos?4.Você já percebeu que muitas vezes suas orações são contaminadas porum coração machu-cado e ferido, pela amargura e falta de perdão?

5. Há algum jeito de Deus começar a limpar o seu coração agora mesmo?Peça-lhe que mos-tre a você as motivações de seu coração.

6. Muitas vezes nossas intercessões desviam desastres quedesconhecemos ou silenciosa-mente encobrem pecados secretos. Qual asua reação em saber que nem nós nem qualquer outra pessoa sabe,

exatamente, até que ponto as orações foram respondidas, senão quandochegarmos ao céu?

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CAPÍTULO 1:

OS ESTIMULADORES

1. Se "a lei da oração é a mais alta lei do universo", que implicações ela

tem na noção de que Deus não faz o mal mas o permite agir devido àqueda do homem?

2. Você concorda com o conceito apresentado de que, muitas vezes, Deusnão age até que um intercessor traga à existência aquilo pelo qual estáorando? Por quê? Se não concorda, explique.

3. O que você acha da idéia de que nós, o Corpo de Cristo, somosresponsáveis em interceder estimulando a existência da vontade de Deus?O que aconteceria se não orássemos?

4. Você já se inteirou em algum momento de que a oração a favor de umapessoa, cidade ou nação, mudou o rumo da história?

5. O que teria acontecido se Jesus não tivesse obtido a vitória noGetsêmane "pagando o preço" da submissão, intercedendo fortementepara que a vontade de Deus fosse feita? Você acha que Deus iria adiantecom o Seu plano de redenção no Calvário?

6. Cite algumas situações em sua cidade onde Deus não está sendoglorificado.

De que maneira o Corpo de Cristo em sua cidade pode estimular ouexecutar a vontade de Deus nessas situações?

7. Você, pessoalmente, daria alguns passos intercessórios mencionadosneste capítulo? Por exemplo, enterrar uma Bíblia num jardim, jejuar,arrepender-se dos pecados de sua geração, deitar-se numa pista de pouso,orar pelos assuntos noticiados na imprensa, por pessoas da lista telefônica,ou dirigir e caminhar pela vizinhança intercedendo por ela?

CAPÍTULO 5:

O MINISTÉRIO DA INTERCESSÃO

1. De que maneira a intercessão pode se tomar uma arma de guerra?Explique como ela pode ser ofensiva ou defensiva.

2.Onde você, atualmente, se encaixaria dentro do exército de Deus?

3.Cite alguns enganos, laços e estratégias do diabo contra o Corpo deCristo. (Leve em conta as táticas de guerrilha, por exemplo). Para cadauma delas você pode pensar numa contra-estratégia que a igreja poderiausar?

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4. Você é uma "sentinela junto às portas" vigiando por sua família, igreja,bairro ou nação? O que Deus lhe mostrou pedindo que você orasse?

5. Se você faz parte de um grupo de intercessão, o que fazer para evitarque as pessoas de seu grupo se distraiam e a reunião acabe se tomando

um clube social?

6. O que teria acontecido se Dutch DuPuis tivesse se acordado sem saber opor quê? De que maneira um intercessor aprende a ouvir claramente deDeus?

7. Que harmonia existe entre oração e avivamento? Como preparar ocaminho para um avivamento em sua cidade e em seu país?

CAPÍTULO 6:

O DOM DA INTERCESSÃO

1. Você gosta de gastar o seu tempo de folga em oração? Você gostaria defazê-lo?

2. Deus deu a você um enfoque pelo qual orar? Quais?

3.O que Gordon Lindsay queria dizer com "orações violentas?"

4.Qual sua reação ao ver pessoas orando diferentemente de você?

Intercessores com jeito diferente de orar podem interceder juntos nummesmo grupo?

5. Que tipos de disciplina espiritual poderão ajudá-Io a perseverar e acrescer em oração, tendo ou não o dom de intercessão?

6. Quando você se depara com uma lista de oração, você acha aquilocansativo? Caso você utilize uma lista de oração, você dedica algum tempopara ouvir a Deus se quer ou não responder alguns dos pedidos?

7. Você costuma orar citando versículos da Bíblia em cima das pessoas?

Descreva alguns dos benefícios deste tipo de oração.

8.Você já teve sonhos com algum sentido espiritual? E como osinterpretou?

9.Como você reage quando sonha com um desastre? E como Deus querque reagimos?

CAPÍTULO 7:

LÍDERES DE ORAÇÃO

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1. O que devem fazer os intercessores para evitar que sua compaixãopelos outros Ihes traga peso e desgaste?

2. Pense em alguns líderes de oração que você conhece (incluindo-se entreeles, se você é um intercessor). O que leva você a pensar que esta pessoa

tem um dom especial? Porquê?

3. Sua Igreja tem alguém que é reconhecidamente líder de oração comoparte da equipe ministerial? De que maneira você pode ajudar sua igreja adar prioridade a este ministério?

4. Como intercessor, o que você acha de ser orientado e prestar contas àsua igreja local? Quem o aconselha e ora por você? Quem lhe é maischegado que possa corrigi-lo, sempre que necessário?

5. Quando foi a última vez que você orou a Deus submetendo-se a uma

mudança ministerial?6. Você já passou por um período de inquietação em seu ministério? Istofoi um período de transição e de liberação ou você andava inquieto porsentir-se desencorajado e amargurado?

CAPÍTULO 8:

A LINGUAGEM DA INTERCESSÃO

1. Você já participou de um grupo de intercessão onde as pessoas usavam

uma linguagem que era-lhe desconhecida? Descreva como você se sentiue reagiu.

2. Caso você mesmo use termos especiais na intercessão, pode dar umadefinição bíblica, concisa, para cada um deles?

3. Até que ponto a concordância em oração, tanto diminui como enfatiza atarefa e a respon-sabilidade de um intercessor pessoal?

4. Por que você acredita que o jejum multiplica os efeitos da oração?

5. Alguma vez você teve certeza de que suas orações foram atendidasainda que visivelmente nada aconteceu? Como ficou sabendo que a oraçãofoi atendida nos céus?

6. Forneça alguns exemplos, específicos, de fortalezas territoriais,ideológicas e pessoais, em sua nação, cidade ou em sua família.

7. Releia a definição de fortaleza citado por Edgardo Silvoso e pense emalgumas situações de "desesperanças" em sua família, em sua cidade ouna nação. Elas são de fato inalcançáveis? Imutáveis? Se você tivesse todaa fé do mundo, que coisa "impossível", você pediria a Deus?

8.Como reagir à idéia de que a intercessão é uma questão de vida oumorte?

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9.Se alguém ora amarrando o inimigo e você nota que nada mudou, seriaisto um sinal de que a oração está errada ou que foi proferidaarrogantemente?

10. Por que é importante que os intercessores entendam a dimensão de

nossa autoridade em Cristo?

CAPÍTULO 9:

AS MANIFESTAÇÕES DA INTERCESSÃO

1. Deus tem emoções? Se Ele não tem emoções o que isto afeta nosso

relacionamento pes-soal com Ele?

2. Se é perigoso exigir que Deus responda nossas orações, cite algunsindicativos de que a oração feita com clamor e lágrimas foi legítima?

3. Você já participou de um grupo de intercessão onde alguém ora e gemecomo se estivesse com "dores de parto"? Ela se manteve sob controle?Como você reagiu? E como reagiram os demais participantes?

4. É difícil para você demonstrar emoções, como chorar, mesmo estandosozinho? Por que isto poderá ser um impedimento na oração?

5. Caso você seja inclinado a emocionar-se totalmente, alguma vez você járiu ou chorou em oração? E Deus, Ele chora mais do que ri? Escreva sobreisto concisamente.

6. Qual a diferença entre rir e zombar do inimigo e escarnecer dele,ofendendo-o? Especialmente se isto ocorre durante a intercessão?

7. O grupo de oração de sua igreja é sério, solene? O que fazer para que oseu grupo de ora-ção conheça mais da alegria do Senhor?

CAPÍTULO 10:

O DESEQUILÍBRIO NA INTERCESSÃO

1. Você conseguiu ver a si mesmo ou outro membro de seu grupoespelhado capítulo? Reser-ve um tempo agora e ore a Deus pedindo-Lheque lhe mostre as motivações de seu coração. Peça-Lhe também que

revele a você Sua expressa

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2. Como intercessor, quanto tempo você gasta, diariamente, meditando naPalavra de Deus? Você recebe direção daqueles que o Senhor colocou emautoridade sobre você? O que mais o ajudará a mantê-Io íntegro naoração?

3. Descreva o que você faria se descobrisse que seu pastor está errado.Como você reagiria se um outro intercessor começasse a espalhar oassunto para todo mundo?

4. Você conhece algum outro intercessor que vive recebendo reprimendasdos outros? Ele tem alguma coisa do seu passado que precisa de cura?

5.Deus muda de idéia? Forneça as bases bíblicas do que você crê.

6.Se Deus mostrou a você algumas situações onde Ele vai pesar a mão em juízo, como inter-ceder para que Ele aja misericordiosamente mudando

todo o quadro?7. Os intercessores que ficam como "escudos de oração" a favor dosoutros, freqüentemente descobrem que estão sob fogo cruzado. O quevocê faria se fosse atingido na batalha numa situação destas?

8. Você concorda que determinadas orações manipuladoras econtroladoras assemelham-se a feitiçaria? Em que se parecem?

9. Você já "fabricou" uma situação ou um caso em sua mente e depois foiorar, pedindo que Deus o responda a respeito? Que procedimentos tomar

quando reconhecemos que estamos orando fora da vontade de Deus?

CAPÍTULO 11:

INTERCESSÃO PROFÉTICA

1. Você fica agitado quando ouve a respeito de intercessão profética?Como discernir que determinadas orações vem de Deus mesmodesconhecendo o que se passa no mundo natural?

2. Os riscos de se orar atrevida ou erroneamente o impedem de orar comousadia, aquelas orações que brotam do fundo de seu coração?

3. Como um boletim de oração pode nos ensinar a ouvir a Deuscorretamente? Que outros benefícios pode-se ter de um boletim deoração?

4. Você levou a sério a idéia de que as crianças podem se mover emintercessão profética? Como podemos treinar os nossos filhos encorajando-os à intercessão?

5. Você já sentiu uma necessidade urgente de orar? Não seria isto umindício de oração pro-fética? Sim ou não?

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6.Se Margaret Moberly está certa, por que todos os profetas sãointercessores?

7.Uma palavra profética será sempre conclusiva? No caso de Hemet, naCalifórnia, por que os pais daquela garota "guerrearam em oração" depois

de receberem uma palavra profética?

8. Em Hebreus 7.25 Jesus é apresentado como nosso intercessor. O quevocê pensa da idéia de Jesus interceder diante do Pai de acordo com asintercessões de seus filhos aqui na terra?

9. Você tem alguém especial com o qual pode compartilhar aquilo que lheé revelado em oração? Alguém que o ajude a "mensurar" o que vocêrecebeu? Você está disposto a esperar em Deus o momento certo decompartilhar as coisas que Ele lhe falou?

CAPÍTULO 12:PARCEIROS DE ORAÇÃO

1. Se você é um líder de oração ou tem o dom da intercessão, tem alguémchegado a você que o sustente em oração enquanto você intercede? Vocêcomunica regularmente a ele sobre quais assuntos está orando?

2. Se você não tem um sócio de oração, com quem você pode contar paraajudá-lo na tarefa de orar?

3.Por que razão alguns líderes relutam em ter um sócio de oração?

4.Além dos riscos já mencionados, que outros riscos existem quando háum relacionamento íntimo com um parceiro de oração? O que devem fazeros líderes para minimizar os perigos?

5. Descreva os perigos iminentes que cercam um líder ou um ministro quenão são alvos de contínuas intercessões.

6. Você acredita realmente que os bruxos e satanistas oram e jejuamcontra os líderes da igreja? Se o fazem, por que as maldições acertam o

alvo?

7. Se você é alvo contínuo de oração, você acha que Deus mostrará suasfraquezas ao seu intercessor? O que você acha de uma aproximação maiorcompartilhando-lhe algumas ques-tões íntimas? Quais os limites?

8. Você crê que o intercessor que carrega um líder em oração participaigualmente das res-ponsabilidades e recompensas ministeriais? De quemaneira isto é verdadeiro?

9. A pessoa pela qual você intercede, seja ela um pastor ou um líder

ministerial já possui um parceiro ou sócio de oração? O que fazer para que

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aquelas pessoas que por eles intercedem entrem num relacionamentomais íntimo com eles?

CAPÍTULO 13:

LOUVOR INTERCESSÓRIO1. Você sempre imaginou uma batalha espiritual como algo rígido eaustero? Qual a impor-tância de incluir o louvor e a alegria na intercessão?

2. Você tinha idéia de que o louvor e os cânticos são uma forma de nosexercitarmos na edi-ficação do Corpo de Cristo? É bom saber que o diaboodeia quando adoramos a Deus. Por quê?

3. Quais os seus cânticos de louvor favoritos? De que maneira os cânticossão uma forma de intercessão? Alguns dos cânticos não lhe parecem um

indicativo sobre quais objetivos você deve orar?

4. Pense em alguns lugares de sua cidade tão violentos quanto a AvenidaPleitner, em Oakland. Qual a possibilidade de sua igreja organizar umevento de louvor, oração e guerra espiritual naquele local?

5. Você fez parte de algum grupo que utiliza alguns destes mecanismos,como, caminhadas de oração, marchas, cânticos, palmas, gritos de júbilo egargalhadas? O que você experimen-tou contribuiu positivamente naintercessão?

6. Que tipo de louvor intercessório é mais adequado ao seu grupo deoração? E nas reuniões da Igreja?

7. Por que algumas de nossas necessidades não são atentidas até quecomecemos a louvar e engrandecer a Deus por alguns de seus atributos?Você sente que depois de louvá-Io a res-posta é imediata?

CAPÍTULO 14:

INTERCESSÃO UNIDA

1. Existe um limite de participantes para que o grupo de intercessão sejaunido e eficaz? O que você sugere para que algumas coisas deste capítulosejam aplicáveis num grande grupo? (Por exemplo, o grupo tem muitagente e as pessoas não conseguem ouvir quando alguém está orando).

2.Descreva como a oração unida aumenta a fé dos participantes do grupo.

3.Sua congregação alguma vez, participou de reuniões de oração pelacidade com outras igrejas? Quais os benefícios deste tipo de parceria?

4. Existe um bom canal de comunicação e prestação de contas entre o

dirigente de oração, a liderança da igreja e a própria igreja? Avalie, no seu

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entender, quais as fraquezas e vitórias que advém deste tipo derelacionamento.

5. Existem pessoas problemáticas em seu grupo de intercessão que não sesubmetem ao líder nem seguem o mesmo fluir da reunião? O que pode ser

feito para ajudá-Ias?

6. Por que é sempre importante ter pessoas com diversos dons no grupode intercessão? Cite alguns dons muito importantes para o seu grupo.

7. É freqüente em seu grupo acontecer diferentes manifestações deintercessão, tais como, orações de súplica, orações declaratórias, louvorintercessório e intercessão profética? Al-guns costumam orar a Palavra?Você precisa de maiores manifestações para manter o equilíbrio?

CAPÍTULO 15:

VIGÍLIAS E CAMINHADAS DE ORAÇÃO

1. Você, alguma vez, participou de uma vigília de oração ou assistiu umaconferência que teve cobertura de oração as vinte e quatro horas? Por quealgumas pessoas viajam a uma conferência arcando com todos os custosapenas para ficar na brecha da intercessão?

2. Caso tenha participado de urna vigília de oração, qual a sua impressão?Descreva suas rea-ções antes e depois da vigília. Você teve problemaspara voltar ao "normal"?

3. Além das vigílias de oração por assuntos específicos ou por urnaconferência, quais os outros motivos de se convocar uma vigília de oração?

4. Você conhece aIguma igreja que mantém um rodízio de oração duranteas vinte e quatro horas do dia? Conhece alguma igreja que tem "cabinas"para oração vinte e quatro horas? Seria difícil começar algo assim em suaigreja?

5. Quais os benefícios, para uma igreja, quando o povo de Deus se reúnepara orar num local da cidade?

6. Descreva as diferenças e os efeitos de uma marcha de oração feita porindivíduos ou gru-pos "sem cobertura" em contraste com uma marcha delouvor, como as realizadas na "Marcha para Jesus" onde todos estãounidos?

7. Qual a freqüência de uma marcha de oração? Quantas marchasprecisam ser feitas até que se percebam mudanças significativas nacidade?

CAPÍTULO 16:

POSSUINDO AS PORTAS 00 INIMIGO

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1. Você concorda com o que S.D. Gordon disse: "Só é possível definir o queé oração quando usamos linguagem de guerra"? Como você reage diantedas pessoas que sentem-se incon-formáveis com o vocabulário de guerra?

2. Cite algumas das armas carnais que somos tentados a usar contra as

fortalezas do mal. Que acontecerá se agirmos nas armas da carne?

3.Por que o Senhor deixou a igreja como responsável em lutar as suasguerras?

4.Se os anjos são designados por Deus como administradores territoriaisda mesma forma como os demônios são "espíritos territoriais", quais asimplicações decorrentes na estratégia de nossa guerra espiritual?

5. Cite alguns dos pecados históricos ou pecados atuais que dão o direitolegal a que Satanás entre numa cidade. Quais são as "portas do inferno"?

6. Por que o diabo gosta tanto de usar como "alvo" de seus ataques orelacionamento entre os irmãos?