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Precipitações intensas no mundo e em Portugal
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André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
1
Precipitações intensas
Ponto 1 – Definição do paroxismo
As precipitações intensas são um fenómeno capaz de causar danos no sistema
Terra, e para isso é importante que nós entendamos o porquê delas acontecerem e os seus
possíveis danos, é por isso que neste trabalho vamos esclarecer o conceito de
precipitações intensas, as diversas ocorrências, os seus efeitos, e formas de reduzir o seu
impacto no dia-a-dia do Homem.
A quantidade de precipitação depende:
- Da velocidade ascensional do ar. Este movimento pode ter três origens: dinâmica,
orográfica ou térmica;
- Da riqueza em vapor de água do ar quente ou do ar frio. Esta está ligada à origem das
massas de ar;
- Da mobilidade (velocidade horizontal) dos sistemas participantes: esta depende da
rugosidade continental (importância dos fatores geográficos) e da circulação em altitude
(importância da circulação de oeste em altitude). (Brandão, 1995)
As definições de precipitações intensas variam de país para país, e estas dependem
entre outros fatores do contexto climático aí existente, e foi por isso que nós retiramos
quatro definições de diferentes países onde os parâmetros de avaliação de precipitação
intensa são totalmente diferentes.
As precipitações intensas são fenómenos meteorológicos característicos do
período do Outono à Primavera, embora possam ocorrer em qualquer altura do ano. As
precipitações intensas podem ser originadas por fenómenos meteorológicos distintos,
dividindo-se em dois grandes tipos: precipitações moderadas e prolongadas e
precipitações muito fortes de curta duração (superior a 5 mm ou 1/m2 por hora)1.
Um evento significativo de precipitação é definido quando a precipitação média é
superior a 10 mm, um evento de precipitações intensas, quando a precipitação média é
superior a 15 mm e um evento de precipitação muito intensa quando a precipitação média
é superior a 25 mm. (Dyson, Liesl L., 2009)
A chuva é a precipitação sob a forma de gotas de água que caem com uma
velocidade considerável e contínua. Dependendo do tamanho das gotas são denominados
chuvisco, chuva ou chuveiro. Os últimos dois tipos são classificados pela sua forte
1 http://www.proteccaocivil.pt/RiscosVulnerabilidades/RiscosNaturais/PrecipitacoesIntensas/Pages/Oquesao.aspx
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2
intensidade (15 a 30 mm / hora), muito forte (30 a 60 mm / hora) ou torrenciais (mais de
60 mm / hora)2.
Em França são adotados outros valores para estimar o tipo de precipitação aí
existente, chuva fraca contínua (1 a 3 mm por hora), chuva moderada (4 a 7 mm por hora),
chuva forte (8 mm por hora e mais)3.
Ponto 2 – Revisão bibliográfica sobre conceitos
As precipitações intensas são consideradas como um fator desencadeante dos
riscos naturais, como os movimentos de vertente e as cheias. Para além disso,
condicionam os recursos hídricos de uma região e a erosão do solo. (Santos, M., 2009)
No nosso caso específico as cheias e as inundações são o risco natural que mais é
reportado na maior parte dos artigos, e é a principal consequência das precipitações
intensas.
Inundação - Fenómeno hidrológico extremo, de frequência variável, que consiste
na submersão de terrenos usualmente emersos. Cheia - Fenómeno hidrológico extremo,
de frequência variável, que consiste no transbordo de um curso de água relativamente ao
seu leito ordinário, originando a inundação dos terrenos ribeirinhos. (Lopes, S., 2011)
Embora em Portugal exista diferenciação entre cheia e inundação, nos Estados
Unidos da América por exemplo não foi possível encontrar, aqui o conceito de inundação
está presente no conceito de cheia que é tida como “A general and temporary condition
of partial or complete inundation of two or more acres of normally dry land area or of two
or more properties”4.
Ponto 3 – Revisão bibliográfica sobre exemplos de ocorrências em Portugal
O episódio de 20 fevereiro de 2010, foi um fenómeno extremo que provocou
vários danos na ilha da Madeira, este deveu-se à precipitação intensa que ocorreu neste
dia e trouxe grandes impactos para esta ilha.
A chuva na manhã do dia 20 de Fevereiro de 2010:
- 70% a 80% da precipitação diária ocorreu no intervalo de cinco a seis horas, sempre
com intensidades acima de 10 mm/h
Número de horas consecutivas com precipitação superior a 10 mm/h:
2 http://www.proteccioncivil.org/lluvias-intensas 3 http://pluiesextremes.meteo.fr/intensite-de-precipitations---equivalence-entre-millimetres-de-pluie-et-volumes-d-eau-precipites_r67.html 4 https://www.floodsmart.gov/floodsmart/pages/glossary_A-I.jsp
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3
- maior número: 10 horas (postos Areeiro-LREC e Camacha); - menor número: 3 horas
(posto Curral das Freiras)
Número de horas consecutivas com precipitação superior a 30 mm/h:
- maior número: 5 horas (postos Areeiro-LREC e PEF); - menor número: 1 hora (posto
LREC)
Intensidade média horária nas seis horas mais chuvosas:
mais alta: postos Trapiche (44,4 mm/h) e Camacha (43,8 mm/h); mais baixa: posto LREC
(18,2 mm/h) (Lopes, S., 2011)
Os eventos de precipitações intensas ocorridos no Algarve e no Alentejo, nos
Outonos de 1997 e 2001 vieram mostrar o grau de perigosidade que representa este
fenómeno para aquela região do país. (…) O estudo estatístico das precipitações diárias
de um período de quinze anos hidrológicos (l983/84-1997/98) permite concretizar alguns
aspetos da diversidade espacial deste parâmetro. Da base de dados constituída, foram
subtraídos dois inventários, com o objetivo de constituir amostras representativas de dias
de «precipitação abundante» (P ³ 40mm) e «muito abundante» (P ³ 100m). No período
analisado, as ocorrências de dias de precipitação «muito abundante» (P ³ 100mm)
concentraram-se, sobretudo, na região algarvia, e de modo especial nas suas áreas mais
montanhosas, tendo-se observado uma frequência máxima de casos (10 dias em l5 anos)
em estações situadas nas Serras de Monchique e do Caldeirão. Comparativamente,
verificou-se uma maior incidência de episódios de precipitação muito abundante no
Algarve Central e Oriental que nas áreas do Barlavento. A importância relativa (%) dos
dias de precipitação «abundante» (P ³ 40mm) em relação ao conjunto dos dias chuvosos
é muito variável de região para região. Esta proporção é muito reduzida nas áreas mais
deprimidas da Bacia do Sado e em grande parte do Baixo Alentejo, onde representa
apenas uma percentagem entre 0,5 a 1% dos dias chuvosos. É no Algarve que se regista
uma maior importância relativa destes episódios no regime pluviométrico, observando-
se uma percentagem que varia entre os 5 e 9% (com máximo no Algarve Oriental). A
maioria dos dias de precipitação «abundante» observados (1983-1998) ocorreu no Outono
e no começo do Inverno, mas esta preponderância manifesta-se com variações entre as
regiões. No Ribatejo e no Alentejo verificou-se um maior número de casos no Outono.
Enquanto no Algarve, nomeadamente nas serras do seu interior, a maior frequência de
dias de precipitação «abundante» foi atingida no Inverno (trimestre Dezembro-
Fevereiro)5.
5 http://www.ceg.ul.pt/publicacoes.asp?id=300&tab=2
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
4
Ponto 4 – Revisão bibliográfica sobre exemplos de ocorrências no Mundo
Neste tópico será feito um levantamento Bibliográfico onde poderemos observar
um vasto leque de considerações respetivas às Precipitações intensas ocorridas na Bacia
Hidrográfica do Rio Danúbio em 2010, considerações que vão desde os factos que
motivaram a ocorrência do fenómeno, mas que também nos oferecem uma descrição do
mesmo, ao nível dos Países por ele afetados.
A situação meteorológica em 2010 na maior parte da bacia do Rio Danúbio
(especialmente a parte central e inferior) pode ser caracterizada por precipitação muito
acima das médias anuais, levando a uma série de eventos de inundação (…) Houve
algumas situações específicas, como a que ocorreu entre a segunda quinzena de Maio e o
início de Junho, quando as baixas pressões e os sistemas frontais que se deslocaram ao
longo da trajetória do sul através do Mediterrâneo e do Mar Negro para a Europa Central,
e do norte do Atlântico para a Europa Oriental, trouxeram extraordinariamente forte
precipitação (ICPDR, 2012).
Na seguinte tabela, iremos expor as referências relativas á descrição da ocorrência
deste fenómeno, respetivas a cada um dos Países por este afetado, países estes que,
obviamente, pertencem á bacia Hidrográfica do Rio Danúbio.
Países afetados Níveis Precipitação (%, mm, observações)
Republica Checa (Bacia do Rio Morava) 200mm (no primeiro evento, entre 16 e 20 de Maio);
100mm (no segundo evento, entre 30 de Maio e 3 de
Junho);
180 mm (precipitação mais intensa em 24 horas, a 16 de
Maio).
Eslováquia A precipitação Total em Maio de 2010 excedeu o valor
médio a longo prazo para este mês.
Hungria (…) grande excedente de precipitação. (…) A camada
mensal de precipitação foi duas vezes maior e a maioria
das chuvas ocorreram dentro de um curto período de
tempo com baixa pressão atmosférica entre 15 e 18 de
Maio.
Eslovénia 500 l/m2 (entre 16 e 20 de Setembro)
Croácia 180mm (entre 30 de Maio de 2 de Junho);
>100mm (entre 20 e 23 de Junho)
107mm (maior quantidade de Precipitação diária
registada).
Bósnia e Herzegovina 951mm (em Bugojno);
1836mm (em Bihać)
Roménia 86,4mm (a 22 de Junho na Bacia do Siret em Itcani);
83,2mm (a 20 de Maio, no Campulung);
91,4mm (a 20 de Maio, no Bogdanesti);
116mm (a 20 de Maio, no Condado de Constanta em
Cernavoda).
Ucrânia >540% do valor médio (nos primeiros 20 dias de
Maio).
(ICPDR, 2012)
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
5
Ponto 5 – Estudos de Caso – síntese dos impactos negativos
Nesta fase, é pretendido sintetizar as consequências negativas que se verificaram
após a ocorrência dos fenómenos de Precipitações Intensas, em Portugal (o caso
verificado na Madeira em Fevereiro de 2010), e no mundo (o caso de alguns dos Países
que compõe a Bacia Hidrográfica do Rio Danúbio, também em 2010).
Neste sentido, no que concerne aos impactos negativos que se sucederam aos
episódios de Precipitações Intensas na ilha da Madeira, em Fevereiro de 2010, e segundo
o artigo movimentos de vertente na ilha da Madeira. Eventos de Dezembro 2009 e de
Fevereiro de 2010, podemos perceber que:
A ocorrência de escorregamentos superficiais em larga escala nos vales da Ribeira
Brava e nas zonas altas do Funchal motivou o desencadeamento de fluxos de detritos que
foram os responsáveis pela maioria das vítimas mortais ocorridas nos municípios da
Calheta (Pinheiro), na Ribeira Brava (Pomar da Rocha) e no Funchal (Laranjal, Curral
Velho, Moinhos, entre outros). (Abreu, U., Rodrigues, D., Tavares, A., 2010)
Já no que respeita aos impactos negativos consequentes dos eventos de
precipitações Intensas ocorridos no mundo, como é o caso das cheias geradas pelas
precipitações ocorridas em 2010, na Bacia Hidrográfica do Rio Danúbio, podemos
constatar os seguintes factos, ilustrados na seguinte tabela:
Países Impactos Financeiros Impactos Estruturais Perdas Humanas
Republica Checa 2,6 mil milhões de
Coroas Checas
199 pontes e 550 km de
estradas; 1.287 casas.
3
Eslováquia 337 milhões de euros. 27521 casas e 6.700
edifícios não
residenciais; 97.290
hectares de área
inundada; 733 pontes,
mais de 100 km de
estradas
intermunicipais, mais
de 500 km de estradas
locais.
2
Hungria 147 milhões de euros 989 casas destruídas;
dezenas de milhares de
hectares de terras
cultiváveis afetados;
198.000 hectares de
área inundada.
N/A
Eslovénia 207 milhões de euros. 8241 edifícios e mais de
30.000 hectares de
terras agrícolas
inundados; 91 pontes
destruídas.
4
Croácia 153 milhões de euros
(após ocorrências entre
Entre Maio e Junho,
427 casas inundadas;
N/A
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
6
Maio e Junho); 36
milhões de euros (após
ocorrências em
Setembro)
em Setembro, 900
edifícios residenciais
inundados. Fecho de
estradas causou
também prejuízos.
Bósnia e Herzegovina 50 milhões de €, 140.100 hectares de
terras foram inundadas;
48 casas foram
destruídas; 15 pontes
destruídas; 156
deslizamentos de terras.
N/A
Roménia 3,7 biliões Lei (870
milhões de euros)
3.936 casas afetadas,
863 destruídas; 110 mil
ha de campo agrícola;
707 pontes; 31 km de
abastecimento de água;
87 escolas; 3 Hospitais;
33 igrejas, 5200 km de
estradas afetados
24
Ucrânia 71,3 milhões UAH (7
milhões de euros)
28 assentamentos e
1200 ha de terras
agrícolas inundados; 15
pontes e 18 km de
estradas destruídos.
N/A
(ICPDR, 2012)
Ponto 6 – Comparação dos danos causados em países em diversos estados de
desenvolvimento
Neste tópico é pretendido comparar os danos causados pelos eventos de
Precipitações Intensas em Países que apresentam diferentes estados de desenvolvimento.
Neste caso, ir-nos-emos debruçar em torno dos impactos consequentes das inundações
ocorridas em 2002, na Bacia hidrográfica do Rio Danúbio, nomeadamente ao nível dos
diferentes países que esta engloba, e que foram afetados pelo fenómeno.
Inundações causadas por mais de uma semana de fortes chuvas, devastou grande
parte da bacia do rio Danúbio, matando dezenas, e desalojando milhares, e causando
danos de bilhões de Euros.(…) As cheias começaram com fortes chuvas nos Alpes
orientais, que resultaram em inundações na Baviera e na Áustria, e em seguida, as
inundações gradualmente moveu para leste ao longo do Danúbio. (ICPDR, 2012)
Face a isto, procedemos á elaboração de uma tabela que espelhe de uma forma
objetiva, os impactos decorrentes do fenómeno, em Países que apresentam níveis de
desenvolvimentos distintos.
Países Afetados Impactos Financeiros Impactos Estruturais Perdas Humanas
Alemanha 230 milhões de euros N/A N/A
Áustria 3 mil milhões de euros 10.000 casas destruídas N/A
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
7
Republica Checa 11,7 milhões de euros
(7 milhões para o
Estado, 4,7 para as
propriedades privadas)
20 comunidades
afetadas pelas
enchentes.
Assentamentos
urbanos, infraestruturas
e agricultura, sofreram
os maiores danos.
N/A
Eslováquia 36,2 milhões de euros 144 Comunidades e
8.678 hectares de terra
inundados.
N/A
Hungria N/A 4.370 casas
danificadas.
N/A
Roménia N/A 1.624 casas inundadas;
mais de 1.000 km de
estradas e 567 pontes
destruídas; Redes de
comunicação de gás,
eletricidade também
danificadas.
11
(ICPDR, 2012)
Ponto 7 - Análise das técnicas e métodos de Diagnóstico, prevenção e mitigação da
vulnerabilidade e do risco
Os eventos extremos têm resultados diferentes de país para país, tendo em
consideração o seu grau de desenvolvimento e económico, como se pode constatar na
tabela acima representada.
Os países mais ricos normalmente sofrem mais perdas económicas e os mais
pobres sofrem além das perdas económicas perdas humanas. Nos países ricos há uma
cultura de prevenção, com simulacros e com distribuição de informação à população e
também têm acesso a tecnologia mais avançada de deteção desses fenómenos. Por vezes
há obras de engenharia que evitam ou mitigam alguns riscos. Essas obras são tuneis de
desvio de águas, emparedamento (com alguma altura) do rio, barragens e criar
reservatórios para armazenamento da água em excesso. Nos países com uma economia
mais fraca essas obras de engenharia não realizadas, ficando o rio e a sua bacia toda livre,
o que na altura de um fenómeno extremo de chuvas intensas correm ao sabor dos seus
leitos e quando este não é suficiente alagam as margens e tudo o que estiver no leito de
cheia, até podendo ultrapassar estes limites, depende da quantidade de chuva. (Cordero,
A., Medeiros, Péricles A., Teran, Albanella L., 1999)
Nesta tabela estão representados os países e os seus órgãos de gestão do risco onde
nós consultamos as respetivas medidas de mitigação:
Países Métodos de Mitigação Link’s
Portugal Autoridade Nacional de Protecção Civil http://www.prociv.pt/
Espanha Dirección General de Protección Civil y Emergencias http://www.proteccioncivil.org/
Alemanha Bundesamt fur Bevolkerungsschutz und
Katastrophenhilfe
http://www.bbk.bund.de/
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
8
Hungria Magyar Pllgári Védelmi Szovetség http://www.mpvsz.hu/
Itália Protezione Civile http://www.protezionecivile.gov.it/
Brasil Medidas preventivas para mitigar danos em bens.
Medidas preventivas para sobrevivência do individuo
http://www.labclima.ufsc.br/files/2010/04/Livro_Prevencao_d
e_Desastres_Naturais.pdf
Japão Cabinet Office, Government of Japan Disaster Management in Japan(PDF:10.8MB)
Ponto 8 - Check-list de medidas preventivas existentes em diversos países
Segundo a tabela abaixo representada cada país por norma tem as suas medidas
preventivas. Medidas essas, que vão ao encontro das necessidades e características de
cada país, dos fenómenos climáticos, assim como da sua morfologia. Estas são aplicadas
pelos agentes de proteção civil, primeiramente pela Proteção Civil Nacional, quando esta
estrutura existe.
Os países nos quais nos vamos focar são os da bacia do Danúbio. Além destes,
falaremos de Portugal, Espanha, Brasil e Japão.
Portugal e Espanha porque estão intrinsecamente ligados e os fenómenos
extremos são muito idênticos e o Japão por ser um exemplo de um país assolado com
eventos extremos de várias ordens e de violência extrema, mas pela sua organização estão
muito avançados em conceitos e têm medidas preventivas muito boas, um exemplo a
seguir mostrado nas seguintes representações, Figura 1, Figura 2, Figura 3. Estas medidas
são muito dispendiosas, mas com resultados muito bons, evitam males maiores
principalmente no que toca a mortalidade.
Além destas medidas comuns, há depois medidas específicas para cada país, tendo
em conta os riscos, o clima, a morfologia e os recursos.
Países Medidas Preventivas Link’s
Portugal Autoridade Nacional de Proteção Civil http://www.prociv.pt/
Espanha Dirección General de Protección Civil y Emergencias http://www.proteccioncivil.org/
Alemanha Bundesamt fur Bevolkerungsschutz und Katastrophenhilfe http://www.bbk.bund.de/
Hungria Magyar Pllgári Védelmi Szovetség http://www.mpvsz.hu/
Itália Protezione Civile http://www.protezionecivile.gov.it/
Brasil Medidas preventivas para mitigar danos em bens.
Medidas preventivas para sobrevivência do individuo
http://www.labclima.ufsc.br/files/2010/04/Livro
_Prevencao_de_Desastres_Naturais.pdf
Japão Cabinet Office, Government of Japan Disaster Management in Japan (PDF:10.8MB)
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
9
Ponto 9 – Glossário de termos úteis em português, francês, inglês, espanhol,
italiano, etc.
Floods and flash floods - Floods can occur anywhere after heavy rain events. All
floodplains are vulnerable and heavy storms can cause flash flooding in any part of the
world. Flash floods can also occur after a period of drought when heavy rain falls onto
very dry, hard ground that the water cannot penetrate. Floods come in all sorts of forms,
from small flash floods to sheets of water covering huge areas of land6.
Inondation - Une inondation survient quand de l’eau qui déborde recouvre
temporairement les terres normalement sèches7.
Floodplain - Any land area susceptible to being inundated by floodwaters from
any source8.
Inundación - Las inundaciones pueden definirse como una irrupción lenta o
violenta de aguas de río, lagunas o lagos, debido a fuertes precipitaciones fluviales o
rupturas de embalses, causando daños considerables. Se pueden presentar en forma lenta
o gradual en llanuras y de forma violenta o súbita en regiones montañosas de alta
pendiente, es un fenómeno natural, por el cual el agua cubre los terrenos, llegando en
ciertas ocasiones a tanta altura que puede dejar sumergidas viviendas, calles, destruir
cosechas, con peligro incluso vital para toda la población que habiten el lugar, y enormes
pérdidas económicas9.
Climate Extreme (extreme weather or climate event) - The occurrence of a
value of a weather or climate variable above (or below) a threshold value near the upper
(or lower) ends of the range of observed values of the variable. For simplicity, both
extreme weather events and extreme climate events are referred to collectively as ‘climate
extremes. (IPCC, 2012)
Climate change - A change in the state of the climate that can be identified (e.g.,
by using statistical tests) by changes in the mean and/or the variability of its properties
and that persists for an extended period, typically decades or longer. Climate change may
6 http://www.wmo.int/pages/themes/hazards/index_en.html 7 http://www.monclimatmasante.qc.ca/public/inondations.aspx 8 https://www.floodsmart.gov/floodsmart/pages/glossary_A-I.jsp 9 http://proteccioncivil.sinaloa.gob.mx/index.php?option=com_content&view=article&layout=edit&id=132
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
10
be due to natural internal processes or external forcings, or to persistent anthropogenic
changes in the composition of the atmosphere or in land use. (IPCC, 2012)
Pluie convective - Pluie liée au transfert de chaleur du sol vers la haute
atmosphère, qui provoque une brusque condensation de l'air humide, et observée
principalement en période estivale. Parfois soudaine et violente, elle peut ne concerner
qu'une surface très restreinte10.
ICPDR - The International Commission for the Protection of the Danube River
(ICPDR) is an International Organisation consisting of 14 cooperating states and the
European Union. Since its establishment in 1998, the ICPDR has grown into one of the
largest and most active international bodies of river basin management expertise in
Europe. The ICPDR deals not only with the Danube itself, but also with the whole Danube
River Basin, which includes its tributaries and the ground water resources11.
IPCC - The Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) is the leading
international body for the assessment of climate change. It was established by the United
Nations Environment Programme (UNEP) and the World Meteorological Organization
(WMO) in 1988 to provide the world with a clear scientific view on the current state of
knowledge in climate change and its potential environmental and socio-economic
impacts12.
Disaster management - Social processes for designing, implementing, and
evaluating strategies, policies, and measures that promote and improve disaster
preparedness, response, and recovery practices at different organizational and societal
levels. (IPCC, 2012)
Disaster risk management (DRM) - Processes for designing, implementing, and
evaluating strategies, policies, and measures to improve the understanding of disaster risk,
foster disaster risk reduction and transfer, and promote continuous improvement in
disaster preparedness, response, and recovery practices, with the explicit purpose of
increasing human security, well-being, quality of life, and sustainable development.
(IPCC, 2012)
10 http://pluiesextremes.meteo.fr/glossaire_r18.html 11 http://www.icpdr.org/main/ 12 http://www.ipcc.ch/organization/organization.shtml
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
11
Anexos
Figura 1
Figura 1 - Organização do governo nacional e Gabinete do Governo para gestão de desastres (Japão)13
13 http://www.bousai.go.jp/1info/pdf/saigaipanf_e.pdf
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
12
Figura 2
Figura 2 – Esquema de gestão de desastres (Japão)14
14 http://www.bousai.go.jp/1info/pdf/saigaipanf_e.pdf
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
13
Figura 3
Figura 3 - Estrutura fundamental para promover um movimento de âmbito nacional para a redução de desastres (Japão)15
15 http://www.bousai.go.jp/1info/pdf/saigaipanf_e.pdf
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
14
Figura 4 – Precipitação diária na Ilha da Madeira no dia 20 de Fevereiro de 2010 (Lopes, S., 2011)
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
15
Figura 5 – Precipitação máxima com durações sub-diárias (Lopes, S., 2011)
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
16
Figura 6 – Precipitação máxima com durações sub-diárias (Lopes, S., 2011)
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
17
Figura 7 – Precipitações na ilha da Madeira desde 2010/2011 (Lopes, S., 2011)
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
18
Figura 8 – Precipitações na ilha da Madeira durante o Inverno de 2009/2010 (Lopes, S., 2011)
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
19
Figura 9 – Bacia Hidrográfica do rio Danúbio (ICPDR, 2012)
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
20
Figura 10 – Percentagem de ocorrência de desastres no Mundo (Guha-Sapir, D., Hoyois, P., Below, R., 2014)
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
21
Figura 11 – Percentagem de vítimas por desastre no Mundo (Guha-Sapir, D., Hoyois, P., Below, R., 2014)
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
22
Figura 12 – Percentagem de danos económicos por desastre no Mundo (Guha-Sapir, D., Hoyois, P., Below, R., 2014)
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
23
Figura 13 – Exposição a cheias (IPCC, 2012)
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
24
Figura 14 – Atores globais e locais e suas responsabilidades (IPCC, 2012)
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
25
Figura 15 – Atores e suas funções para a gestão do risco de desastre (IPCC, 2012)
André Castro, Jorge Anselmo, Mário Conceição, Ricardo Moreira/Faculdade de Letras da Universidade do Porto
26
Figura 16 – Medidas de resposta complementares para riscos de desastres observados e projetados (IPCC,2012)