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Prevalência de desnutrição aguda em crianças e lactentes na admissão hospitalar em diferentes países 6.1 to 40.9%. Em crianças com uma doença prévia a prevalência de desnutrição crônica 44–64% Em cardiopatias congênitas a prevalência de desnutrição crônica 90%. Desnutrição em crianças hospitalizadas Fator de risco Desfecho Desfavorável Internação prolongada Altos Custos

Prevalência de desnutrição aguda em crianças e lactentes ... · • Desnutrição, que inclui o baixo peso para a altura, a baixa altura para a idade) ... Desnutrição Pediátrica

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• Prevalência de desnutrição aguda em crianças e lactentes naadmissão hospitalar em diferentes países

• 6.1 to 40.9%.

• Em crianças com uma doença prévia a prevalência de desnutriçãocrônica

• 44–64%

• Em cardiopatias congênitas a prevalência de desnutrição crônica

• 90%.

Desnutrição em crianças

hospitalizadas

Fator de risco

Desfecho Desfavorável

Internação prolongada

Altos Custos

• Principais causas de desnutrição hospitalar:• redução da ingestão alimentar

• aumento das necessidades de energia

Baixa ingestão de nutrientes

taxa mais elevada de infecções

Complicações frequentes em

pacientes cirúrgicos

Pobre cicatrização de feridas

aumentaram da mortalidade

Prevalência de Desnutrição em crianças

hospitalizadas na Europa é 6% to 30%

TEMPO DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR COMPARANDO C/

EUTRÓFICOS

• Crianças moderadamente desnutridas 1,3 dias mais

• Crianças com desnutrição severa 1,6 dias a maisCRIANÇAS <5 ANOS DE IDADE COM DESN. MODERADA/EUTRÓFICOS

• IMC <2 SDS 1,4 dias mais (IC95: 1.08e1.74, p 1/4 0.010)

• WFH <2 SDS 1,2 dias (IC95: 0.99e1.41, p 1/ 4 0,058)

CRIANÇAS <5 ANOS DE IDADE COM DESN. GRAVE/EUTRÓFICOS

• IMC <3 SDS 1,6 dias (IC95: 1.21e2.17, p 1/4 0.001)

• WFH <3 SDS 1,4 dias (IC: 0.90e2.25, p 1/ 4 0.130)

DURANTE A INTERNAÇÃO

• 23% das crianças (n=217) perderam peso

OBJETIVO: Avaliação nutricional na admissão e

alta hospitalar.

Investigar os fatores associados com o

início e a exacerbação da desnutrição

MÉTODOS: Estudo observacional de 203 crianças <5 anos na admissão

Escore Z para peso/idade; estatura /idade; e peso/estatura na admissão e alta hospitalar

RESULTADOS: 186 crianças que completaram o estudo• Admissão: (escore Z < -2):

• Peso/idade em 18.7%,

• Estatura /idade 18.2%

• Peso/estatura 6.9%

• Alta hospitalar:

• 51,6% das perderam peso

• Correlação de perda de peso com tempo de internação e pneumonia

• As crianças com desnutrição na admissão ainda estavam desnutridas na alta

• 10 crianças (9.17%) bem nutridas na admissão desenvolveram desnutrição

CONCLUSÕES: A prevalência de desnutrição na admissão foi elevada e permaneceu na alta

Internação prolongada e pneumonia foram associados com perda de peso no hospital.

de novosynthesis

Urea

NH4

CO2

Oxidação

Aminoácidos

para funções

específicas

Ingestão

1-3g/kg/day

QuebraSíntese

Pool de proteína tecidual

Perda pele

Perda intestinal

Metabolismo proteico e ingestão proteica

>>

Renovação300g/day

Pool de aminoácidos livres

Crescimento

26 Lactantes menores de 5 meses em Aleitamento materno excl. Hospitalizados por pneumonia, Tratados com Ceftriaxone 50mg/k/d IM x 5 diasColetas T 0 – T 5 – T20 de microbiota.

Microbes and growth

Relman et al. Science 2013

Insuficiente ingesta calórica

Aumento das necessidades

metabólicas

Perdas

Vômito crônico• Distúrbios de deglutição e mastigação Falta de apetite Infecções (IVAS) a repetição Falta de ar com doenças cardíacas/pulm. CALCULAR INGESTÃO CALÓRICA !!!

Doenças metabólicasAcidemías/Fibrose CísticaInfecções crônicas/cardiopatiasNeoplasias/leucemiasSíndromes (Turner) Cromossomopatias

Má absortivas, Diarreias, APLV, CelíacoPerdas urinarias

Classificação PRATICA,

Caso clínico

AB, masculino, 2 anos e 9 meses. Teste do pezinho +.Diagnóstico com

4 meses.

Crescimento e ganho de peso até os 2 anos dentro dos padrões de

normalidade. Com 1 ano e 11 meses iniciou na escola. Desde então,

apresentou 4 infecções de vias áreas superiores.

Apetite inconstante. Seletivo para comer.

Sem alterações gastrointestinais. Evacua fezes normais 1x/dia. Utiliza

6.000 u k/dia de enzimas e vitaminas.

Recebeu AME por 5m, com introdução de alimentação complementar a

partir de então (frutas e papa principal). Alimentação da família iniciada

aos 11 meses. AM mantido até 1 ano, após formula.

Peso atual: 12kg

Estatura: 92cm

Esquema alimentar habitual

9:00 (acorda) Mamadeira de LV puro 200ml + ½ fruta (maçã ou banana)

11:30 (casa) Arroz, feijão, 1 ovo cozido ( ½ prato, às vezes sobra)

+ 1 suco de caixinha

14:30 (escola) LV puro 200ml + 2 biscoitos tipo Maria

17:00 (escola) Sopa “cremosa” (1 prato fundo)

20:00 (casa) Risoto ou massa com carne moída ou purê com caldo de

feijão (3-4 colheres de sopa)

Estimativa do cálculo do esquema alimentar habitual

VET: 820kcal

PTN: 16g

Ca: 487mg

Fe: 2,9mg

Zn: 2,1mg

Lista de problemasQueda na curva de peso

Infecções de repetição

Seletividade e monotonia alimentar

Avaliação nutricionalAlto risco nutricional

CondutaAnálise dietética quali e quantitativa

Ajuste do esquema alimentar

Suplementação

Recomendação

•VET: H&S: 1100kcal + 20-50% =

1420kcal/dia (820kcal)

•PTN: 24g (16g)

•Ca: 700mg (487mg)

•Fe: 7mg (2,9mg)

•Zn: 3mg (2,1mg)

Idade Lactentes saudáveis1 Lactentes doentes2

0–3 m Energia

100-115

kcal/kg/d

Proteína

2,1g/kg/d

Energia

120-200

kcal/kg/d

Proteína

3–4.5g/kg/d

4–6m 95 kcal/kg/d 1,6g/kg/d 120-200

kcal/kg/d

3–4.5g/kg/d

7–12m 95 kcal/kg/d 1,5g/kg/d 120200

kcal/kg/d

3–4g/kg/d

Recomendação

•VET: H&S: 1100kcal + 20-50% = 1320kcal/dia (820kcal)

•PTN: 24g (16g)

•Ca: 700mg (487mg)

•Fe: 7mg (2,9mg)

•Zn: 3mg (2,1mg)

FORTINI 1,5kcal/ml

200ml 2x/dia (10 med)

OU

140ml 2x/dia (7 med)

+ 6 med nas refeições

_____________

= 600kcal

= 13,4g PTN

Ca: 338mg

Fe: 5,98mg

AJUSTE DO ESQUEMA ALIMENTAR!!

Suplemento

A malnutrição refere-se a deficiências, excessos ou desequilíbrios na ingestão de energia e / ou nutrientes de uma pessoa.

O termo malnutrição aborda 3 amplos grupos de condições:

• Desnutrição, que inclui o baixo peso para a altura, a baixa altura para a idade) e baixo peso para a idade; A desnutrição

torna as crianças particularmente vulneráveis a doenças e à morte.

Má nutrição relacionada a micronutrientes, que inclui deficiências de micronutrientes (falta de vitaminas e minerais

importantes) ou excesso de micronutrientes; e as insuficiências na ingestão de vitaminas e minerais, muitas vezes

referidas como micronutrientes, também podem ser agrupadas. Os micronutrientes permitem que o corpo produza

enzimas, hormônios e outras substâncias que são essenciais para um crescimento e desenvolvimento adequados.

O iodo, a vitamina A e o ferro são os mais importantes nos termos globais de saúde pública; sua deficiência representa

uma grande ameaça para a saúde e o desenvolvimento das populações em todo o mundo, em particular crianças e

mulheres grávidas em países de baixa renda.

• Sobrepeso, obesidade e doenças não transmissíveis relacionadas à dieta (como doenças cardíacas, acidentes vasculares

cerebrais, diabetes e alguns tipos de câncer).

Pouco ganho de peso representa um espectro: pode ser simplesmente umavariante normal, ou crianças com problemas graves.

Pouco ganho de peso descreve um padrão de aumento de peso,em vez de um diagnóstico.

Desnutrição Pediátrica é definida como um desbalanço entre as necessidadesde nutrientes e a ingestão, que resulta em deficit cumulativo de energia.

Isto pode afetar negativamente o crescimento e o desenvolvimento.

Metha. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. ASPEN 2013

Growth faltering

Failure to thrive (FTT)

Growth failure

Growth retardation

Expressões apropriadas

• Nos hospitais pediátricos nos países em desenvolvimento, 2% a 25% dos pacientes sofrem de desnutrição.

• A dificuldade de ganho de peso (Failure to Thrive) nos Estados Unidos é vista em 5 a 10 % das crianças em ambientes de atenção primária.

• Se reporta uma frequência de 3 a 5 % das crianças em ambientes hospitalares.

Dtsch Arztebl Int 2011; 108(38): 642–9

Precauções quanto à definição dificuldade de ganho de peso ou de FTT

• Existem crianças geneticamente pequenas devido ao tamanho dos pais

• Algumas crianças nascidas pequenas para idade gestacional (PIG) podem nunca se

recuperar

• Crianças que nasceram maiores que o potencial genético, e a longo prazo, podem

demonstram uma taxa de crescimento diminuída nos primeiros 2 anos

1. Como é definido “pouco ganho de peso" (failure to thrive) em menores de 1 ano de vida?

1. Queda em dois grandes percentis de peso ( 95, 90, 75, 50, 25, 10 , 5 )

2. Relação IMC abaixo do escore Z -2.

3. Percentil de peso abaixo do 5 %.

4. Relação de peso/estatura abaixo do escore Z -2.

5. Todas são corretas.

Ta dificil!!

Embora não haja consenso sobre a definição de dificuldade de ganho de peso frequentemente usado para lactantes, é definido como :

• Peso abaixo do 5º percentil para sexo e idade corrigida.

• Peso para comprimento abaixo do 5º percentil;

• Índice de massa corporal para idade abaixo do 5º percentil ;

• Diminuição sustentada da velocidade de crescimento, em que o peso para idade ou

peso para comprimento / altura cai em dois percentis principais (95, 90, 75, 50, 25, 10 e 5)

American Family Physician www.aafp.org/afp Volume 94, Number 4. August 15, 2016

RESPOSTA CORRETA TODAS AS ANTERIORES!!!

1° Nosso paciente realmente vem ganhando pouco peso?

- Que curva foi utilizada ? - Foi realizada cuidadosamente a curva?- Foi realmente bem pesado? E medido?- Que parâmetros obtivemos?

DESNUTRIÇÃO

DESNUTRIÇÃO

2. Conforme as curvas da OMS para peso/idade em meninos: Quantas gramas por dia em media, deve ganhar um menino que cresce no percentil 50%,

no primeiro mês de vida, quanto no segundo e quanto no terceiro?

1. 30 gr. no primeiro mes, 30gr. no segundo mes e 30gr no terceiro mes.

2. 20 gr. no primeiro mes, 20gr. no segundo e 20gr no terceiro

3. 40 gr. no primeiro mes, 37gr. no segundo e 27 gr no terceiro

4. 40 gr. no primeiro mes, 30gr. no segundo e 20 gr no terceiro

5. 50 gr. no primeiro mes, 50 gr. no segundo e 50 gr no terceiro

Terrível!!!

2. Conforme as curvas da OMS para peso/idade em meninos: Quantos gramas por dia em media, deve ganhar um menino que cresce no

percentil 50%, no primeiro mês de vida, quanto no segundo e quanto no terceiro?

1. 30 gr. no primeiro mes, 30gr. no segundo mes e 30gr no terceiro mes.

2. 20 gr. no primeiro mes, 20gr. no segundo e 20gr no terceiro

3. 40 gr. no primeiro mes, 37gr. no segundo e 27 gr no terceiro

4. 40 gr. no primeiro mes, 30gr. no segundo e 20 gr no terceiro

5. 50 gr. no primeiro mes, 50 gr. no segundo e 50 gr no terceiro

Terrível!!!

1° Nosso paciente realmente vem ganhando pouco peso?

- Que curva foi utilizada ? - Realizar cuidadosamente a curva.- Foi realmente bem pesado? E medido?- Que parâmetros obtivemos?

É MAIS IMPORTANTE CONHECER A PESSOA QUE TEM A DOENCA, DO QUE DOENÇA QUE A PESSOA TEM.

HIPOCRATES 460 AC.

Sim!!!

1° É realmente pouco ganho de peso?

- Realizar cuidadosamente novamente a curva.- Foi realmente bem pesado? E medido?-Que curva foi utilizada ? Parâmetros

2° Posso inferir: momento de inicio... Piora.. Ou fator associado.

Sim!!!

Conforme o inicio: Conforme o fator associado:

Em que momento deixou de ganhar bem peso ??

Introdução de fórmula (ALPV)Outra medicação.Introdução de Glúten.Mudança de cuidador.Mudança do tipo de alimentação

DIAGNÓSTICOS

Anamnese

Ex fisico

Examescomplemetares

80%

15%

5%

• História do aleitamento e uso de fórmulas

• Variedade, tipos e quantidade de alimentos

• Rotina de refeições e comportamento alimentar

• Peça à família que complete um diário de comida de três dias para uma imagem

mais completa e precisas. E, se possível, observar uma refeição

Problemas de alimentação ocorrem em 30% dos recém-nascidos prematuros e em até 80% dos pacientes com comprometimento

neurológico ou do desenvolvimento.

Anamnese (80%) Fatores de Risco para FTT

• Problemas psicossociais (familiares)

• Técnicas de alimentação desordenadas

• Estressores familiares

• História familiar de abuso ou violência

• Depressão pós-parto

• Isolamento social

• Abuso de substâncias por parte dos pais

• Dietas restritas nos lactantes

• Falta de recursos - pobreza extrema

• Falta de compreensão do que é apropriado na alimentação

Anamnese (80%) Fatores de Risco para FTT

Clasificação com base na sua etiologia,

Desnutrição pode ser relacionada a doençasOrgânicas

Não relacionada a doenças, causada porfatores ambientais e/ou comportamentais

A nível ambulatorial, uma condição médica clara nãoé identificada em 60- 80 % dos casos.

ORGÂNICA

Problemas na criança

Não Orgânicaou Funcional

Problemas no ambiente

Ambas

Interação

McDougall P. The detection of early weight faltering at the 6-8-week check and its association with family

factors, feeding and behavioural development. Arch Dis Child. 2009;94(7):549-552.

2. Qual você considera a causa mais frequente de pouco ganho de peso em lactantes?

1. Cardiopatias congênitas e Fibrose Cística.(Orgânica)

2. Diarreias crônicas (Orgânica)

3. Transtornos metabólicos e renais (Orgânica)

4. Baixa ingestão calórica (Orgânica)

5. Baixa ingestão calórica (Não orgânica)

Essa ai,eu sei !!!

Distúrbios de alimentação não-orgânicos são uma condição em que as crianças apresentam comportamentos de alimentação incorretos tais como: ingestão seletiva,

medo da comida, baixa ingestão de alimentos, ou mesmo recusa alimentar. (sem doença orgânica subjacente)

Os distúrbios alimentares são uma preocupação para mais de 20 – 25 % dos pais de crianças saudáveis de menores de 3 anos de idade,

mas apenas 1 – 5 % de bebês e crianças pequenas sofrem de problemas graves de alimentação,

resultando em dificuldade de ganho de peso .

Objetivo: investigar as características clínicas e os desfechos entre bebês e crianças pequenas com dificuldade de ganho de peso (FTT).

Métodos: este estudo retrospectivo foi realizado com 123 pacientes que visitaram o Hospital Pusan de Korea durante seus dois primeiros anos de vida e receberam um diagnóstico de FTT.

Compararam as características clínicas dos pacientes com base nas causas e suas idades no momento da primeira visita ao hospital.

Investigou-se fatores desencadeantes e práticas de alimentação.

Não Orgânica Orgânica

FTT leve= -1.645; -2.0; z escoreFTT moderada = -2.0 ; -3.0 z escoreFTT grave ; < -3.0 z escore

Yoo S. Pediatr Gastroenterol Hepatol Nutr 2013 December 16(4):261-268

Yoo S. Pediatr Gastroenterol Hepatol Nutr 2013 December 16(4):261-268

Conforme idade no momento da consulta

Acompanhamento de 25 pacientescom dificuldade de ganho de peso (Failure to Thrive) de causa Não Orgânica

• 52% o desencadeante foi uma infecção precedente

• 60 % foram antes dos 6 meses de vida

• 88% forçavam seu filhos a comer,mesmo que a criança recusasse

• 80% melhorou em menos de 30 dias

Yoo S. Pediatr Gastroenterol Hepatol Nutr 2013 December 16(4):261-268

Desnutrição pode ser relacionada a doençasOrgânicas

Não relacionada a doenças, causada por fatores ambientais e/ou comportamentais

ORGÂNICA

Problemas na criança

Não Orgânicaou Funcional

Problemas no ambiente

Ambas

Interação

McDougall P. The detection of early weight faltering at the 6-8-week check and its association with family

factors, feeding and behavioural development. Arch Dis Child. 2009;94(7):549-552.

Frequência de causas Orgânicas de FTT

Gastrointestinal

Neurológica

Respiratória-Pulmonar

Cardiovascular

Endócrina

Outros

Mais Comun

Menos Comun

Sinais e sintomas que sugerem esteatorréia

• Distensão abdominal

• Dor abdominal

• Desnutrição

• Alteração na relação peso/ estatura

• Pouco ganho de peso

• Fezes gordurosas, amarelas, “que bóiam”

• Cheiro “muito forte” das fezes ( porção proteica)

Tipos de FEZES

Será que o meu doutor imagina que eu possa ter um erro inato

do metabolismo?

Em quais famílias devemos suspeitar mais na possibilidade de um erro inato do metabolismo?

Consanguinidade entre os pais

História prévia de morte neonatal ou infantil sem causa definida

Histórico de morte súbita na irmandade

Histórico de indivíduos na família com encefalopatia crônica sem que tenha

causa bem estabelecida

Grupos de risco: Amish, judeus Ashkenazi, comunidades isoladas

Carolina Fischinger Moura de Souza

Principais manifestações clínicas (sinais e sintomas)

Hepatomegalia/ esplenomegalia

Acidose metabólica

Alcalose metabólica

Crise convulsiva

Retardo de crescimento

Vômitos recorrentes sem causa definida

Ictericiaprolongada

Malfomaçõesosteoarticulares

Regressão neurológica

Retardo mental progressivo

Hipoglicemia recorrente

Carolina Fischinger Moura de Souza

Possíveis investigações

Hemograma Anemia , leucemiaFerritina Def. ferroUrea eletrólitos Alt. renais e eletrolíticasFunção tiroideia Alt. da tiroidesAnti-transglutaminase Ig A Doença CelíacaExame de urina Infecção urinariaAvaliação cromossômica Síndromes Genéticos (Turner)Rx torax Alt. cardíacasTeste do suor Fibrose Cística

Considerar e avaliar a existência de processo inflamatório ou não, através da solicitação de parâmetros laboratoriais, tais como a proteína C- reativa e VSG.

Metha. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. ASPEN 2013

As condições inflamatórias podem aumentar os requisitos de nutrientes ao mesmo tempo que promovem um estado catabólico com perda de nutrientes.

Condições que podem levar a pouco ganho de peso ..

Como InvestigarSinais e sintomas

• Diarreia , distinção abdominal • Anti-transglutaminase IgA(doença celíaca)

• Hepato-esplenomegalia, icterícia • Função hepática, albumina, tp, kttpHemograma , plaquetas.

(doença hepática)

• Hipotonia, alt desenvolvimento • Lactato, ph, albumina, tp, kttpHemograma , plaquetas.

(doença metabólica, EIM)

Outros: Teste do Suor (Fibrose Cística), Avaliação cromossômica (Síndromes Genéticos ,Turner) Ureia eletrólitos (Alt. renais e eletrolíticas)

Exame direto de Urina , urocultura.

Metha. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. ASPEN 2013

Quando devemos pensar em uma terapia nutricional em menores de 1 ano ?

JPGN 2010;51: 110 – 122

Incapacidade para atingir> de 60-80% do requerimento

calórico por 10 dias

Caso clínico

AB, masculino, 2 anos e 9 meses. Teste do pezinho +.Diagnóstico com

4 meses.

Crescimento e ganho de peso até os 2 anos dentro dos padrões de

normalidade. Com 1 ano e 11 meses iniciou na escola. Desde então,

apresentou 4 infecções de vias áreas superiores.

Apetite inconstante. Seletivo para comer.

Sem alterações gastrointestinais. Evacua fezes normais 1x/dia. Utiliza

6.000 u k/dia de enzimas e vitaminas.

Recebeu AME por 5m, com introdução de alimentação complementar a

partir de então (frutas e papa principal). Alimentação da família iniciada

aos 11 meses. AM mantido até 1 ano, após formula.

Peso atual: 12kg

Estatura: 92cm

Esquema alimentar habitual

9:00 (acorda) Mamadeira de LV puro 200ml + ½ fruta (maçã ou banana)

11:30 (casa) Arroz, feijão, 1 ovo cozido ( ½ prato, às vezes sobra)

+ 1 suco de caixinha

14:30 (escola) LV puro 200ml + 2 biscoitos tipo Maria

17:00 (escola) Sopa “cremosa” (1 prato fundo)

20:00 (casa) Risoto ou massa com carne moída ou purê com caldo de

feijão (3-4 colheres de sopa)

Estimativa do cálculo do esquema alimentar habitual

VET: 820kcal

PTN: 16g

Ca: 487mg

Fe: 2,9mg

Zn: 2,1mg

Lista de problemasQueda na curva de peso

Infecções de repetição

Seletividade e monotonia alimentar

Avaliação nutricionalAlto risco nutricional

CondutaAnálise dietética quali e quantitativa

Ajuste do esquema alimentar

Suplementação

Recomendação

•VET: H&S: 1100kcal + 20-50% =

1420kcal/dia (820kcal)

•PTN: 24g (16g)

•Ca: 700mg (487mg)

•Fe: 7mg (2,9mg)

•Zn: 3mg (2,1mg)

Idade Lactentes saudáveis1 Lactentes doentes2

0–3 m Energia

100-115

kcal/kg/d

Proteína

2,1g/kg/d

Energia

120-200

kcal/kg/d

Proteína

3–4.5g/kg/d

4–6m 95 kcal/kg/d 1,6g/kg/d 120-200

kcal/kg/d

3–4.5g/kg/d

7–12m 95 kcal/kg/d 1,5g/kg/d 120200

kcal/kg/d

3–4g/kg/d

Recomendação

•VET: H&S: 1100kcal + 20-50% = 1320kcal/dia (820kcal)

•PTN: 24g (16g)

•Ca: 700mg (487mg)

•Fe: 7mg (2,9mg)

•Zn: 3mg (2,1mg)

FORTINI 1,5kcal/ml

200ml 2x/dia (10 med)

OU

140ml 2x/dia (7 med)

+ 6 med nas refeições

_____________

= 600kcal

= 13,4g PTN

Ca: 338mg

Fe: 5,98mg

AJUSTE DO ESQUEMA ALIMENTAR!!

Suplemento

Metha. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. ASPEN 2013

CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL

Curvas para Criançascom PC

Criança Com Paralisia Cerebral• Problemas com alimentação:

•Vômitos – Refluxo Gastresofágico

•Distúrbios de deglutição

•Pouco interação prazer/comunicação

•Constipação crônica

Fisioterapeuta

Neurologista

NutricionistaPediatra

Fonoaudiologa

El grupo como un todo presentó estándar dietético bajo en carbohidratos, adecuado en proteínasy alto en lípidos.

El grupo con tetraplejía presentó mayor prevalencia de dificultad para masticación (41%) y deglución(12,8%), versus, respectivamente, 14,5 y 6,6% de los niños con hemiplejía.

• Hipotônicas ou espásticas

• Maior risco de aspiração por deficiente reflexo de proteção

• Distúrbio de deglutição mais freqüentemente leva a aspiração pulmonar silente

Tipos de Bico

Criança Com Paralisia Cerebral

•Quase a totalidade destes pacientes são nutridos pela via enteral:

• Nutrição enteral por sonda nasogástrica ou gastrostomia + estimulação oral com fonoaudiologista

• Cálculo de aporte calórico

• Trabalho em conjunto sobre a VO

• Dificuldade de ganho de peso não é uma doença, mas sim uma descrição de um padrão de crescimento relativamente comum na pratica diária.

• Observe o padrão de ganho de peso, estatura e Pc ao longo do tempo em vez de medidas únicas.

• Dificuldade de ganho de peso é mais comumente causada pela desnutrição em relação aos requisitos energéticos específicos de uma criança.

• As causas tendem a ser multifatoriais e, muitas vezes, envolvem problemas com dieta e comportamento alimentar, que geralmente respondem a conselhos simples e objetivos.

• A doença orgânica é rara em lactantes totalmente assintomáticos, mas é razoável descartar a doença orgânica (se as intervenções dietéticas e comportamentais não

tiverem êxito).

Love. Alexander Milov

Obrigado......