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31 DEZEMBRO 2017 - Ano VIII - nº14
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Primeira Guerra Mundial: tréguas na Noite de Natal
Um pouco por todo no mundo, crianças, jovens e graúdos, do sexo feminino e do sexo mas-
culino, comemoram o dia de Natal. É interessante perceber que estes se deixam contagiar por
uma magia cheia de esperança, de amor e de fraternidade. A esperança que é dada à humani-
dade pelo nascimento de Jesus, o amor familiar que Ele nos pede para dar, a humildade e
partilha que durante a Sua vida exemplificou, são as razões para esse preenchimento de alma
que a todos cativa.
Certa noite, em plena guerra, separados por apenas algumas dezenas de metros, encontravam-se guardas britânicos e guardas alemães. Prote-
gidos pelas suas respectivas trincheiras, os militares mantinham-se bem protegidos, e ao mínimo sinal, disparavam para matar a quem do
lado inimigo se expusesse. A lua cheia dessa noite clareava a cor escura do céu e deixava visível o campo que existia entre eles, destruído
pelas explosões de até então e onde se encontravam os corpos dos soldados abatidos de ambos os lados. O silêncio imperava. Não se ouviam
tiros nem nenhum soldado gritava de dores. O frio do Inverno era rigoroso. Foi então que dentre o silêncio alguns militares alemães começa-
ram a cantar a música “Stille Nacht, Heilige Nacht”. Os militares ingleses duplicaram a sua atenção e ficaram à escuta. A melodia não deixa-
va dúvidas. Era da música “Silent Night”. Terminada a cantoria, o silêncio voltava a envolver o campo de batalha. Passados uns segundos,
um soldado inglês entusiasmado grita na sua própria língua “Boa alemães!” obtendo do outro lado a resposta “Feliz Natal ingleses! Nós não
disparamos e vocês não disparam”. Os ingleses, sem estarem certos da última parte da mensagem, voltaram a reforçar a atenção. Do outro
lado, um militar alemão desarmado sai da sua trincheira e caminha em direcção às trincheiras inglesas. O lado inglês retribui enviando um
soldado nas mesmas condições. Depois de algumas conversas, acordaram um período de tréguas. Estamos na noite 24 de Dezembro.
Durante aquela noite, as forças alemãs e forças inglesas enterraram os seus compa-
triotas e confraternizam. Ajudaram-se mutuamente a escavar sepulturas e conversa-
ram sobre as suas terras e famílias. Trocaram cigarros e alimentos, riram-se das pia-
das que iam dirigindo uns aos outros… A língua não era impedimento. O recurso
gestual era permanentemente utilizado e todos se entendiam. No dia seguinte, dia de
Natal, um sacerdote inglês celebrou a Missa ajudado por um ex seminarista alemão, que traduzia as orações. Todos rezaram o salmo 23 com
que o sacerdote começou a missa: “O Senhor é o meu pastor: nada me falta. Leva-me a descansar em verdes prados e conduz-me às águas
refrescantes. Reconforta a minha alma e guia-me por caminhos rectos, por amor do seu nome. Ainda que atravesse vales tenebrosos, de
nenhum mal terei medo porque Tu estás comigo.” Dedicaram a missa aos seus colegas defuntos. Depois, juntos, cozinharam o almoço e fize-
ram, dentro das possibilidades de um local de guerra, um banquete. Trocaram brasões da unidade e botões de uniforme como lembranças. As
forças inglesas, habituadas a ouvir e a ler nos jornais que os alemães eram bárbaros e sem escrúpulos, descobriram que estes eram em tudo
idênticos a eles, com sentimentos e anseios, com famílias e amores, com esperanças e desejos de paz. Após o almoço, surgiram duas equipas
de futebol e, improvisando uma bola com trapos, defrontou-se um jogo. Os alemães venceram por três bolas a duas. Seguido disto e de
comum acordo geral, manteve-se o cessar-fogo por mais alguns dias. Fizeram-se amizades e partilharam-se experiências.
É hora de regressar. De despedidas feitas, cada nação regressou às suas trincheiras. Foram dispa-
rados vários tiros, de um lado e de outro, para o ar, como forma de aviso de que tudo estava de
volta. A guerra era retomada. A Alemanha queria vencer e conquistar o espaço Inglês e a Inglater-
ra queria defendê-lo. Muitas daquelas amizades, feitas uns minutos, umas horas, uns dias antes,
terminaram com a morte. Morreram uns milhares de soldados. A guerra só terminou 4 anos
depois, com a Alemanha derrotada. Este foi o Natal, não oficializado, daqueles homens, em 1914,
durante a Primeira Guerra Mundial, que ficou conhecida como a Trégua de Natal e que ocorreu
numa linha de 43 km que ligava Ypres até ao Canal de La Bassée.
Tiago Rodrigues
Horário da Santa Missa:
3.a e 5.a feira: 9h 4.a e 6.a feira: 18h
Sábado:18h15 Domingo: 10h30 e 19h
Confissões: Sexta-feira às 17h e Domingo às 18h
Cartório: depois de cada Missa
Morada: Rua das Gémeas, n.o 44, Miratejo
2855-235 Corroios
1º de Janeiro: Missa às 10h30 e 19h
Solenidade de Santa Maria
Viagem aos
Açores:
23 a 28
de Agosto
Passeio a Vila Viçosa
Nos dias 27 e 28 de Dezembro os acólitos da nossa paróquia em conjunto com alguns
acólitos da paróquia do Seixal realizaram novo passeio. No dia 27 o ponto de encontro foi
na Quinta do Álamo, de onde seguimos diretamente para Vila Viçosa. Quando chegá-
mos a esta vila alentejana instalámos-mos no Seminário Menor de S. José, onde almoçá-
mos. De tarde fomos visitar o Museu da Caça no castelo de Vila Viçosa e de seguida cele-
bramos a Missa no Santuário da Nossa Senhora da Conceição, onde se encontra a ima-
gem que D. João IV coroou como Rainha de Portugal. Já de noite, após o jantar, tivemos
um serão de jogos de tabuleiro, em que o vencedor foi o Sr. Padre Daniel. Na manhã de
dia 28, depois do pequeno-almoço tomado, tivemos o gosto de visitar o Passo dos
Duques, onde pudemos admirar as grandiosas obras de arte e peças únicas. Também nes-
sa manhã tivemos a oportunidade de ver o Museu dos Coches desse mesmo Palácio, com
destaque para o coche do regicídio de D. Carlos e o Príncipe D. Luís Filipe. Depois do
almoço, que foi ainda no Seminário, voltámos ao Palácio para ver o grande tesouro da
família real. No final desta visita, voltámos para as nossas casas.
João Tomás e Rui Jesus
Passeio de Acólitos
Natal no Vaticano
O Papa Francisco condenou a eliminação das referências ao nascimento de Jesus na celebração do Natal, na
esfera pública e social. “Nos nossos dias, assistimos a uma espécie de ‘desnaturalização’ do Natal. Em nome
de um falso respeito por quem não é cristão, muitas vezes esconde-se a vontade de marginalizar a fé, elimi-
nando qualquer tipo de referência ao nascimento de Jesus. Sem Jesus, lembremo-lo, não há Natal, é outra
coisa", insistiu. O pontífice sustentou que o “verdadeiro sentido” destas celebrações se encontra em Jesus,
“dom de Deus para a humanidade”. “Quando acolhemos Jesus nas nossas vidas, tornamo-nos um dom
para os outros. Por este motivo, nós, os cristãos, trocamos presentes, porque o verdadeiro dom para nós é
Jesus e, como Ele, queremos ser um dom para os outros”, assinalou.
agencia.ecclesia.pt