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DIRECTOR: JOSÉ FREITAS Ano VII - N.º 501 SEMANÁRIO Sextafeira 30 de Abril de 2010 preço 0.50 IVA incluído www.primeiramao.pt MAIA O SEU JORNAL DA MAIA AUTARCAS UNIDOS AUTARCAS UNIDOS CONTRA AS CONTRA AS PORTAGENS PORTAGENS O Governo pretende avan- çar com a introdução de portagens nas SCUT do Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata, a partir de 1 de Julho. Unidos a uma só voz, os presidentes dos oito concelhos abrangidos pelas A41 e A42 exigiram ao Ministro das Obras Públicas, António Mendonça, uma reunião conjunta para discutir o assunto. Apenas pedem diálogo e não que- rem acreditar que se trate de “má fé” dos políticos.

Primeira Mão

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Edição impressa de Primeira Mão, de 30 de Abril de 2010

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DIRECTOR: JOSÉ FREITAS Ano VII - N.º 501 SEMANÁRIO Sextafeira 30 de Abril de 2010 preço 0.50 € IVA incluído www.primeiramao.pt

MAIAO SEU JORNAL DA MAIA

AUTARCAS UNIDOS AUTARCAS UNIDOS CONTRA AS CONTRA AS PORTAGENSPORTAGENS

O Governo pretende avan-

çar com a introdução de portagens

nas SCUT do Norte Litoral, Grande Porto e Costa

da Prata, a partir de 1 de Julho. Unidos a uma só voz, os

presidentes dos oito concelhos abrangidos pelas A41 e A42

exigiram ao Ministro das Obras Públicas, António Mendonça, uma

reunião conjunta para discutir o assunto. Apenas pedem diálogo e não que-

rem acreditar que se trate de “má fé” dos políticos.

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O

PRIMEIRA MÃO | Sexta-Feira 30-04-2010

Opinião Maia Marques

FICHA TÉCNICA

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na Conservatória do Registo

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Registo ICS: 123563

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Barreiros, 89,

5º, 4470 Maia

Telefone: 229439393

Tiragem:

3000 exemplares

Sai à Sexta-feira

Preço: 0,50 €

Publicou este Jornal no seu número de 23 de Abril passado uma notícia que da-va conta da formação de um nóvel clube no nosso Conce-lho com, ao que parece, fi-nalidades culturais, aberto a pessoas com curso superior. A notícia em si mesma reve-la ou uma profunda ignorân-cia, o que é grave, ou uma forte dose de má fé, o que é ainda mais grave. Mas aten-ção, nada disto acontece por parte da Jornalista, profissio-nal competente e que muito prezo, mas sim por parte de quem lhe forneceu a matéria, que aliás ela prudentemente coloca entre aspas.

Quem, vindo de uma outra realidade, lesse a notícia, fica-ria com a ideia que em termos de certas áreas da Cultura, no-meadamente o Património Cul-tural, nada está feito, tudo está por fazer, e vem agora a onda salvadora que tudo vai estudar,

acautelar e publicar. O municí-pio não fez nada, a sociedade civil não fez nada, chegaram os super-herois que vão tratar dos coitadinhos dos maiatos igno-rantes e abúlicos. Ora só por si esta parte da questão é, no mínimo ridícula. Não comento sequer a dicotomia entre patri-mónio cultural e material, pois não sei de que património ma-terial se fala, já que para mim, a maior parte do património ma-terial é, obviamente, patrimó-nio cultural. Falo, isso sim, de alguns dos aspectos que são utilizados como exemplo.

Comecemos pelos jogos tradicionais. Há, na Maia, mui-tas associações que praticam vários jogos tradicionais. Falo de uma que conheço bem – o Grupo Regional de Moreira da Maia. Em vários certames eles apresentam muitos desses jo-gos, brinquedos e divertimen-tos e têm uma impressionan-te panóplia de réplicas (e de al-

guns originais), de brinquedos tradicionais, desde o pião à bi-cicleta de pau, na maior parte dos casos obra do Sr. Antó-nio Pereira, artesão devotado à nossa cultura popular. Tudo o que de mais importante te-mos na Terra da Maia nesse domínio o Grupo Regional de Moreira preserva, conhece e pratica. Mas o Museu de His-tória e Etnologia tem também recolha feita nesse domínio. Que aliás já foi posta em práti-ca, por exemplo, nas comemo-rações do Dia Internacional da Família no Parque de Avioso. Há, portanto, muita coisa feita. Mas adiante.

Quanto ao namorar à carrei-ra, não só é tema conhecido, como estudado (há trabalhos publicados, nomeadamente o de Manuel Gens) e, a fonte é a mesma, a Dª. Lucília Santos do Grupo Regional de Morei-ra já várias vezes materializou o «namoro à carreira», até no

contexto de congressos inter-nacionais organizados pela Câ-mara Municipal. Conhece-se, estudou-se, está vivo sempre que quisermos. Está portanto feito o mais importante.

Mas o disparate maior é a alusão aos Santeiros. Este te-ma tem, entre vários outros, três excelentes estudos. O de Carlos de Passos, de 1957, pu-blicado na revista «Lusíada», o de José Manuel Tedim, filho e neto de Santeiros, de 1978, pu-blicado na «Bracara Augusta» e o de Armando Tavares, de 2000, publicado nas «Actas do Congresso de Cultura Popular». Mas, cúmulo dos cúmulos, o tema foi objecto de um estudo profundo de Sérgio Sá, ele pró-prio artista plástico e descen-dente de Santeiros, que condu-ziu à elaboração da sua Tese de Mestrado, publicada em 2002 em excelente livro intitulado «Santeiros da Maia no último ciclo da escultura cristã em Por-

tugal». Três trabalhos científicos e uma tese. É obra. Acresce que o Município tem pensado um pólo museológico sobre o tema, que só não avançou por-que o local apropriado não está ainda capaz de o receber. Mas há material e recolha.

Então o que se vai fazer mais com os Santeiros? Não há estudos? Não há santeiros a esculpir?

Sejamos sérios. Há muito que fazer, e há espaço para to-dos. Mas não tratemos o as-sunto pela rama, ou não nos propunhamos agora descobrir a roda, que isso já os Sumérios fizeram há vários milénios.

Espero sinceramente que não se vá ainda por cima soli-citar à Câmara Municipal aju-das para a publicação de um estudo sobre um tema que já está estudado e publicado.

Ignorância ou má fé com-batem-se esclarecendo. Aqui está o esclarecimento.

1. É bom, em cada Abril que passa, festejar a li-berdade. E é também uma boa altura para valorizarmos tudo aquilo que conseguimos com a democracia. O 25 de Abril – é importante nunca o esquecermos – ditou o fim a um regime que, durante qua-se meio século, mergulhou o país numa tirania sem sen-tido, numa guerra colonial absurda e contraproducen-te e que limitou as possibili-dades de a nossa economia acompanhar o ritmo impres-sionante de crescimento que as economias europeias vive-ram no pós-guerra, forçando 1 milhão de portugueses a emigrar. Sem deixar de ser-mos exigentes relativamente ao nosso futuro colectivo, há que reafirmar, com orgulho, que o país vive, desde 1974, o mais longo período de paz e democracia da sua História. E isto num quadro em que, ape-sar de todas as dificuldades e de todos problemas e in-justiças prevalecentes, avan-çámos com a integração eu-ropeia, aproximámo-nos dos padrões de vida dos países mais desenvolvidos e de-

sencadeámos, mesmo que de forma ainda insuficiente, alguns mecanismos essen-ciais do Estado Social, conse-guindo melhorias essenciais nos campos da educação, da saúde e da segurança social.

2. Evidentemente, o poder local é uma das con-quistas fundamentais da de-mocracia portuguesa e não devemos minimizar os seus importantes contributos para a melhoria das condições de vida dos portugueses. Mas há que reconhecer, também, que o poder local enfrenta proble-mas que, não sendo exclusi-vos da autarquia maiata, pre-cisam de ser igualmente pon-derados no nosso concelho. Temos que saber considerar os riscos que decorrem da fulanização excessiva, da fal-ta de renovação política e do caciquismo populista; os pro-blemas associados ao favori-tismo político-partidário no re-crutamento de colaboradores e na contratação de serviços; a propensão para a existência de relações pouco saudáveis entre o poder local e o sector imobiliário. É verdade que o governo nacional já tomou me-

didas importantes para confi-nar alguns destes problemas, mas ninguém tenha dúvidas: nenhum destes problemas se resolverá sem o envolvimen-to empenhado dos autarcas no desenvolvimento de práti-cas de bom governo local, que permitam mais participação e mais transparência, assim co-mo novas formas de organiza-ção e de funcionamento da democracia municipal.

3. De resto, o presente ano, em que comemoramos os cem anos da implantação da República em Portugal, é um bom momento para pen-sarmos a forma de relacio-namento do Estado com os seus cidadãos, permitindo, designadamente, aprofundar o ideário e os valores repu-blicanos, em especial no que diz respeito à afirmação repu-blicana da transparência na prestação de contas aos ci-dadãos.

4. Os socialistas têm evidenciado sempre, na AMM, um claro comprome-timento na apresentação de novas soluções para a vida do concelho. É por isso que, quando festejamos mais uma

vez a revolução dos cravos e neste centenário da implanta-ção da República Portuguesa, incitamos o executivo e todas as forças políticas e cívicas do concelho para que sejam as-sumidos oito desafios essen-ciais para promover a transpa-rência e o bom governo local. São eles:

1) Promover pactos po-líticos alargados que visem a transparência da vida política autárquica.

2) Garantir mecanis-mos mais apurados e regula-res de controlo orçamental.

3) Assegurar novos mecanismos de regulação das situações de incompati-bilidade.

4) Estabelecer siste-mas mais eficazes de vigilân-cia da contratação pública.

5) Publicitar, de forma regular, os Registos de Inte-resses de Bens e de Activida-des.

6) Promover mecanis-mos de gestão mais trans-parente do urbanismo e dos serviços públicos, garantindo a colegialidade das decisões e a rotatividade dos decisores.

7) Alargar os processos

de administração inteligente e o uso das tecnologias da in-formação para promover a transparência da administra-ção local.

8) Assegurar a regula-ção de uma Carta de Direitos dos cidadãos, relativa ao fun-cionamento dos serviços, as-sim como à garantia e defesa dos direitos da cidadania.

5. Estes são alguns dos desafios que teremos de vencer para qualificar a nossa vida autárquica e para que a Maia se afirme como um es-paço autárquico de excelên-cia. Esta é a nossa vontade e a razão do nosso empenha-mento político. Sabemos que a democracia, que o 25 Abril fez desabrochar, vive e se consolida com o diálogo vivo, sério e construtivo, apostado em promover a transparência, o bom governo local e o bem comum. Não desistiremos, nunca, de continuarmos a dar o nosso contributo para o bem da República e da vida democrática portuguesa.

Líder do Grupo Parlamen-tar do Partido Socialista na AMM

Opinião Luís Rohes

Ignorância ou má-fé combatem-se esclarecendo

Pela transparência e pelo bom Governo Local

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PRIMEIRA MÃO | Sexta-Feira 30-04-2010 03

Política

Os presidentes dos oi-to concelhos abrangi-dos pelas A41 e A42

decidiram, na Maia, exigir ao Ministro das Obras Públicas, António Mendonça, uma reu-nião conjunta para discutir a in-trodução de portagens nas au-to-estradas sem custos para o utilizador (SCUT). Na reunião da Maia estiveram os presidentes das Câmaras da Maia, Felguei-ras, Paredes, Paços de Ferreira e Lousada. Os autarcas abran-gidos por aquelas auto-estradas foram convocados para reuni-ões separadas, que estavam marcadas para o dia de ontem, mas que entretanto foram adia-das para 5 de Maio.

O adiamento foi decidido de-pois de tornada pública a posi-ção dos autarcas, que fizeram saber que não iam comparecer às reuniões.”Queremos ser re-cebidos em conjunto e não em separado”, salientou o edil da Maia, Bragança Fernandes, re-ferindo ainda que os autarcas pedem apenas “diálogo”.

De referir ainda que destas reuniões, tinham ficado de fora os concelhos de Penafiel, Pare-

des e Felgueiras. Um facto que Bragança Fernandes considerou “estranho”.

O Governo pretende avan-çar com a introdução de porta-gens nas SCUT do Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata, a partir de 1 de Julho, conforme consta no Programa de Estabili-dade e Crescimento (PEC).

Os autarcas servidos pela A41 e A42 estão contra a intro-dução de portagens, alegando a

inexistência de alternativas, co-mo acontece na Maia. “Não te-mos alternativas à A41, porque parte do troço da antiga EN 107 já nem sequer existe. Há várias questões que têm de ser colo-cadas ao ministro”, justificou o autarca maiato, lembrando ain-da que o IC 24, actual A41, foi construído como alternativa à EN 107, sendo que parte deste troço está ocupado pelo canal do metro.

Os autarcas não aceitam também o estudo encomen-dado pela Estradas de Portugal que fundamenta a introdução de portagens nas SCUT. Um estudo que, de acordo com o presidente da Câmara de Pa-redes, Celso Ferreira, “igno-rou” a passagem da A41 e A42 pelos concelhos de Paredes e Felgueiras. Uma situação que considerou “insólita”. “Das du-as uma. Ou houve uma falha grave e tem de ser corrigida, ou a decisão já estava tomada e havia apenas a necessidade de a fundamentar de qualquer maneira”. Como os municípios não acreditam na “má fé” dos políticos, “pedimos apenas diá-logo”, salientou.

O presidente da Câmara da Maia referiu que só depois de ouvir as explicações do minis-tro das Obras Públicas as oito câmaras tomarão uma decisão conjunta sobre a introdução de portagens. Uma posição que o autarca de Paredes considerou de “solidariedade institucional e territorial” e não partidária, uma vez que estão envolvidas autar-quias do PS e do PSD.

No entanto, Celso Ferreira não descarta a possibilidade de avançar para a justiça para impedir a intenção do Gover-no de introduzir portagens na A41 e A42.

Para o autarca, a decisão do Conselho de Ministros “está longe de ser irreversível”. O edil de Paredes dá como exemplo a falta de regulamentação pa-ra a colocação dos “chips” nas matrículas das viaturas, com os quais o Governo pretende co-brar as portagens. Assim como “um conjunto de factores que estão ainda por ultrapassar”. Por isso, apela ao “bom senso” do Governo no cumprimento da promessa de “diálogo” que fez aos municípios. “O ministro dis-se na Assembleia da República que não tomava decisão nenhu-ma sem consultar os autarcas e não o fez”, criticou.

Bragança Fernandes mani-festa-se preocupado com as consequências que a introdu-ção de portagens poderá impli-car na economia da região. No caso da Maia, há já vários anos que o IC24, agora A41, serve de acesso ao Aeroporto Francisco

Sá Carneiro, à Lipor II e às em-presas da Zona Industrial, que poderá ser uma das principais afectadas com as portagens. “Tudo isto tem de ser visto, e por isso é que queremos diálo-go”, alertou o autarca da Maia.

Já o edil da Câmara de Pare-des referiu que os municípios estão disponíveis para “lançar mão de todos os instrumentos que o estado de direito nos per-mite lançar, porque o que aqui está em causa é sabermos se o Estado é ou não uma pessoa de bem”. “O esforços de pagar a crise, a ter de existir, tem de ser de todos e não de alguns”, acrescentou Celso Ferreira.

Já o presidente da Câmara de Felgueiras, Inácio Ribeiro, manifestou-se “indignado, a todos os níveis”, porque a sua autarquia nunca foi ouvida so-bre a introdução de portagens. E reclamou que o troço da A11 entre Lousada e Felgueiras, no prolongamento da A42, seja isentado de portagens, por não existir no concelho qualquer es-trada nacional alternativa.

Fernanda Alves

Autarcas exigem reunião conjunta para discutir

a introdução de portagens nas A 41 e A 42

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Sociedade

PRIMEIRA MÃO | Sexta-Feira 30-04-2010

O Bastonário da Ordem dos Advogados (OA), António Marinho Pin-

to, esteve na Maia, esta se-gunda-feira, para manifestar o seu apoio aos advogados da Comarca da Maia, que estão contra a deslocalização do tri-bunal para a Zona Industrial.

A autarquia já indicou qua-tro locais possíveis para a ins-talação do Tribunal da Maia, no centro da cidade – edifício junto à Via Periférica, Pólo de Serviços em frente à estação de metro Fórum Maia, edifício das Piscinas Olímpicas e Par-que Maior. Esta semana, foi formalizada uma quinta pro-posta – Quinta dos Girassóis, próximo da Rotunda de Brandi-nhães. Nenhum deles, até ago-ra, foi aceite pelo Ministério da Justiça, mesmo depois do Se-cretário de Estado da Justiça ter ouvido a insatisfação dos advogados, juízes e funcioná-rios do tribunal, por ocasião da visita do governante à Maia. “Já demos quatro alternati-vas para o centro da Maia, e até hoje continuamos à espera de uma resposta”, lamentou o presidente da câmara.

Bragança Fernandes equacio-na ainda a possibilidade de uma parceria público-privada para a construção de raiz de um novo

tribunal, através da cedência de um terreno, nas proximidades do centro da cidade.

O Bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho Pinto manifestou-se “solidá-rio” com os advogados da Maia e com a câmara. “Acho que atirar um tribunal que fun-ciona no centro para uma peri-feria que não é servida de in-fra-estruturas imprescindíveis para o bom funcionamento de

um tribunal, é dificultar o ace-so à justiça por parte dos cida-dãos”, argumentou. O Bastoná-rio considera que a proposta do Governo é uma “má solução”, e defende que seja encontrada uma alternativa que “satisfaça os interesses legítimos de to-dos os envolvidos”. No centro da cidade. “A Justiça não é pa-ra se realizar nas periferias da cidade”, afirmou.

E o mesmo se aplica aos

estabelecimentos prisionais. A propósito da retirada destes estabelecimentos para áreas periféricas, o Bastonário con-sidera que as prisões não de-vem ser “atiradas” para peri-ferias longínquas, dificultan-do desta forma, o acesso dos advogados na prestação dos seus serviços aos reclusos. “O Governo tem de ter em aten-ção que a justiça existe para servir os cidadãos, e não são

os interesses dos cidadãos, das empresas, das entidades públicas e privadas, que ne-cessitam da Justiça, que têm de se subordinar a outros in-teresses que porventura, pos-sam comandar as decisões do Ministério da Justiça”.

No espaço de dois anos, es-ta é a segunda vez que Antó-nio Marinho Pinto toma uma posição sobre a intenção do Ministério da Justiça de des-

locar o Tribunal da Maia para a Zona Industrial. Esta segunda-feira, foi recebido na Câmara da Maia pelo presidente, Bra-gança Fernandes; pelo presi-dente da Delegação da Maia da Ordem dos Advogados, Rui Silva; e pelo presidente do Conselho Distrital do Por-to da Ordem dos Advogados, Guilherme Figueiredo.

Fernanda Alves

O Aeroporto Francisco Sá Carneiro ocupa o 11º lugar de uma lista de 150 de todo o Mundo e que integra outro seis aeroportos portugueses. Nesta avaliação global, ocu-pam os primeiros lugares os aeroportos que registam tam-bém maior volume de tráfe-go: Singapura, Tóquio e Honk Kong. São as conclusões dos inquéritos realizados em Outu-bro do ano passado pela DE-CO e pelas congéneres de Es-panha, França, Itália e Bélgica a cerca de dez mil consumido-res, no sentido de conhecer a experiência dos consumidores com as viagens de avião.

Os resultados só serão pu-blicados na edição de Maio da

revista Proteste, mas já foram avançados pela agência Lusa. Das 10 mil 111 respostas re-cebidas, referentes aos vo-os profissionais ou turísticos efectuados nos nove meses anteriores ao inquérito, 1616 são de portugueses e coloca-ram o Aeroporto Francisco Sá Carneiro na 11ª posição da ta-bela, com um nível de satis-fação elevado. Os inquiridos consideram que é o aero-porto nacional mais seguro, mas também o melhor em termos de limpeza das casas de banho. A seguir ao Aero-porto do Porto, aparecem os do Funchal (69º), Faro (76º), Horta (82º), Ponta Delgada (100º), Lisboa (109º) e Porto

Santo (119º).Conclui a Associação Por-

tuguesa para a Defesa do Consumidor que o ranking “demonstra que nem sem-

pre os grandes aeroportos são os que apresentam mais problemas”. Ao mesmo tem-po, alerta a DECO no site da Internet, “os direitos dos pas-

sageiros são, com frequên-cia, ignorados” e “muitas transportadoras não forne-cem informações e assistên-cia: obrigatórias para as víti-

mas de atrasos, cancelamen-tos, overbooking ou bagagem perdida”.

Marta Costa

Resultados da avaliação dos aeroportos

Posição Aeroporto Infra-estruturas Serviços extra Embarque Acessos Satisfação global

1º Singapura 75 77 63 68 862º Tóquio 75 66 65 68 823º Honk Kong 73 77 61 61 8211º Porto 75 55 63 62 7969º Funchal 59 55 66 63 7076º Faro 62 58 69 62 7082º Horta 53 47 77 62 70100º Ponta Delgada 55 51 63 62 67109º Lisboa 60 61 57 53 66119º Porto Santo 55 52 68 62 65

Aeroporto do Porto 11º na satisfação

Bastonário da OA diz que transferência do tribunal é uma “má solução”

Tribunal sem condições

O Tribunal da Comarca da Maia está instalado há vá-

rios anos num edifício arrendado à Câmara Municipal

da Maia, no centro da cidade. E desde há vários anos

que se debate com a falta de condições do edifício,

sobretudo em termos de espaço, não conseguindo

acompanhar o crescimento do volume processual.

Sem espaço, a criação de um Juízo de Execução, em

2007, obrigou a que o Tribunal do Trabalho fosse trans-

ferido para um edifício vizinho, enquanto que os servi-

ços do Ministério Público estão a funcionar num edifí-

cio contíguo ao Tribunal da Comarca da Maia.

Chegou a estar prevista a construção de um Palácio

da Justiça, na Via Periférica, através de um protoco-

lo com o Ministério da Justiça do governo PSD/CDS-

PP. Mas o projecto acabou por não avançar. Desde

então, a autarquia avançou com possíveis soluções

que até agora não receberam qualquer resposta por

parte do Governo, que parece irredutível quanto à in-

tenção de transferir o tribunal para a Zona Industrial

do concelho.

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PRIMEIRA MÃO | Sexta-Feira 30-04-2010 05

Política

www.primeiramao.pt

Deputados da Assembleia Municipal da Maia preocupados com o Portugal de hoje

Passados 36 anos da Revolução dos Cravos, o que mudou na socie-

dade portuguesa? Que direi-tos conquistaram, na verda-de, os cidadãos? Há quem entenda que não muitos e que muito há ainda para fazer. Aliás, ideias que marcaram a sessão solene da Assembleia Municipal da Maia para come-morar o aniversário do 25 de Abril de 1974. Uma cerimónia que o presidente, Luciano da Silva Gomes, classificou de “simples”, mas “de grande significado”.

As intervenções das diver-sas forças políticas represen-tadas neste órgão autárquico decorreram no Salão Nobre da Câmara Municipal da Maia, já depois da habitual cerimó-nia protocolar do hastear das bandeiras, a que assistiram este ano diversas pessoas. Para além das individualida-des convidadas. Em grande parte dos discursos, foram comuns as referências, em jeito de alerta, para situações como a insegurança e a cri-minalidade, o desemprego, os baixos salários e a preca-riedade laboral, as dificulda-des financeiras, o aumento das falências e do recurso ao apoio social.

Do Movimento Indepen-dentes por Vila Nova da Telha, Pinho Gonçalves afastou a hi-pótese de estarem em risco os ideais da democracia e da liberdade, mas questionou o sucesso das políticas que têm vindo a ser seguidas. Pa-ra manter a confiança no futu-ro, “é preciso que todos, sem excepção, enfrentemos os sa-crifícios que forem necessá-rios”, acrescentou.

COMO CELEBRAR A LIBERDADE

Já na abertura, Luciano Gomes tinha defendido a

necessidade de manter o 25 de Abril de 1974 na me-mória, “como dia de liber-tação”, sobretudo para “en-sinamento aos mais novos”. Mas como vêem as gera-ções mais novas esta for-ma de celebrar a revolução, questionou António Fernan-do de Oliveira e Silva. Em representação da bancada do PPD/PSD, o deputado louvou a presença “em tão grande número”, na sessão de sábado, mas perguntan-do-se se “continuará a fazer sentido manter esta forma de comemorar o dia da Li-

berdade ou se será tempo de inovar?”, a pensar nas gerações mais novas. A pergunta surgiu depois de ler um texto de uma jovem maiata, que venceu há 12 anos o primeiro concurso literário realizado a propó-sito das comemorações do 25 de Abril, pela Assembleia Municipal da Maia. Na altu-ra, tinha nove anos. Mas, agora, confrontada com uma sociedade marcada pe-la crise e ainda por “vulnera-bilidades estruturais”.

Antes, também Pinho Gonçalves tinha reconheci-

do que ainda não se conse-guiu explicar às gerações pós-revolução qual a impor-tância do 25 de Abril. Por is-so, entende que “o 25 de Abril deve ser comemorado, para que cada cidadão, cada partido, cada grupo social e profissional não esqueça os princípios que estiveram na origem da revolução”.

Seguiu-se David Tavares, do CDS-PP, para quem a li-berdade é “um valor que não podemos considerar definiti-vamente adquirido”. Se bem que a Revolução dos Cravos tenha aberto portas e es-

peranças, o deputado dos populares considerou nes-ta sessão solene que, mais do que festejar, “é importan-te respeitar Abril”. Inclusive “para não repetir em 2010 erros e excessos de 74”. Por-que, assumiu David Tavares, “invocar Abril não pode ser motivo para facilitismos nas escolas e para a desvaloriza-ção da segurança”. Nem se-quer passando pelo controlo dos media, interferindo nos negócios das empresas ou condicionando a autonomia das instituições.

DIREITOS POR CUMPRIR

Numa homenagem aos que lutaram pela liberdade, Alcinda Márcia, eleita pela CDU, recordou os efeitos do 25 de Abril sobre a vida dos portugueses, nomeadamen-te os direitos sociais que conquistaram e que “fazem de um país um país avança-do, democrático e progres-sista”. Se forem cumpridos. O que acontece é que, ao mesmo tempo que “muitos estão por cumprir”, lamentou a deputada, “temos vindo a assistir a um ataque conti-nuado aos direitos consa-grados e ao branqueamento da importância e significado do 25 de Abril”.

O oposto aos ideais do 25 de Abril foi também o mo-te para a intervenção em nome do Bloco de Esquer-da (BE). Acredita Silvestre Pereira que essas políticas contribuíram para Portugal ser um país “onde as desi-gualdades, as assimetrias e o défice social são cada vez mais gritantes”. Só a título de exemplo, citou os quase dois milhões de pobres, com um rendimento mensal inferior a 400 euros. Como se não bastasse, “somos um dos países mais endividados da Europa”. O cenário leva o BE a defender que se retome o caminho de Abril, “em busca de alternativas de política jus-tas, que ponham fim a tantas injustiças”.

“Contra os discursos der-

rotistas”, Luís Rothes con-siderou “fundamental va-lorizarmos tudo aquilo que conseguimos com a demo-cracia”. Depois da leitura do poema “Liberdade”, de Jor-ge de Sena, o deputado do Partido Socialista (PS) de-fendeu ainda a comemora-ção do 25 de Abril, mas “de uma forma construtiva”. E aproveitou para sugerir às forças políticas e cívicas a adopção de medidas que favoreçam a transparência da vida autárquica. Nome-adamente, através de pac-tos políticos alargados e garantindo “mecanismos mais apurados e regulares de controlo orçamental”.

Consciente dos ideais de Abril que ainda não se cum-priram, Luciano da Silva Go-mes reforçou no sábado um apelo já lançado em 2009, no sentido de todos se pre-ocuparem com os mais ca-renciados, mesmo que isso implicasse deixar de realizar uma determinada obra. E rei-terou esse apelo “com mais força”, já que, “infelizmente, há mais pobres, a classe mé-dia é mais pobre e, quer na Maia quer no país, estamos confrontados com uma cri-se que não sabemos onde irá parar”, lamentou o presi-dente da Assembleia Munici-pal da Maia. Daí o alerta, diri-gido aos políticos, para a ne-cessidade de evidenciar “ca-rácter” em qualquer decisão e “nunca tomar atitudes que lesem o erário público”.

Alheia a estas temáticas ficou a intervenção do pre-sidente da Câmara Munici-pal da Maia. Bragança Fer-nandes optou por recordar as conquistas e defender a ideia de que “devemos olhar o passado como ele-mento da nossa história co-lectiva”. Ao mesmo tempo que garantiu ser intenção do executivo “celebrar, em todos os dias deste manda-to, o espírito democrático do 25 de Abril”.

Marta Costa

Recordar Abril ou cumprir Abril

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Política

PRIMEIRA MÃO | Sexta-Feira 30-04-2010

As comemorações do 25 de Abril na Maia co-meçaram com a reali-

zação de mais um Parlamento da Maia, composto por jovens estudantes, que durante cer-ca de duas horas assumiram o papel de deputados. A pre-sidir à Mesa do Parlamento esteve Luciano Gomes, pre-sidente da Assembleia Muni-cipal da Maia.

Para além das escolas do ensino secundário, este ano, o Parlamento da Maia contou com a participação de alunos do 3º ciclo. No total, estive-ram presentes 286 jovens deputados. Questionaram o governo da Maia e apresen-taram as suas propostas para “O combate à pobreza e ex-clusão social”, o tema deste parlamento.

Apenas alguns o fizeram com a responsabilidade que o cargo lhes conferia. Mui-tos dos alunos agiram como se estivessem num qualquer espectáculo de entretenimen-to. Na hora da votação, e ape-sar do apelo do presidente da Mesa do Parlamento, para que votassem com “serie-dade”, muitos não o fizeram. A grande abstenção, no mo-mento da votação das pro-postas apresentadas, deixou bem evidentes as rivalidades existentes entre as escolas que estavam ali representa-das. As questões levantadas pelos jovens deputados pas-saram pelas acessibilidades, transportes escolares, requa-lificação e limpeza de matas, e aproveitamento de espaços públicos.

Findo o período de respos-tas e esclarecimentos pelo presidente da Câmara Munici-pal da Maia, Bragança Fernan-des, as bancadas parlamenta-res deram a conhecer as su-as propostas para combater a pobreza e exclusão social.

Tiveram ainda a oportunida-de de ficar a conhecer a expe-riência da revolução de Abril vivida pelo Contra- Almirante

Manuel Martins Guerreiro, o convidado especial do Parla-mento da Maia 2010. Viveu a “explosão de alegria e felici-dade” do povo português, a seguir ao 25 de Abril de 1974. “Do 25 de Abril a 1 de Maio, foi uma semana realmente extraordinária, em que tudo aquilo que havia de bom nos portugueses, veio ao de ci-ma”, lembrou.

No momento da revolução, estava no Ministério da Mari-nha, onde ficou a coordenar as movimentações e acções dos militares da Marinha. Ti-nha ainda a importante mis-são de divulgar, junto da im-prensa da época, nomeada-mente o Jornal República, o programa do Movimento das Forças Armadas (MFA), do qual fazia parte.

Trinta e seis anos depois da revolução dos cravos, diz que “valeu a pena”, apesar da “insatisfação” que ainda per-manece.

No seu discurso, desafiou os mais novos a darem conti-

nuidade à Democracia inicia-da com o 25 de Abril. “Sejam os continuadores do nosso sonho de instaurar uma De-mocracia em Portugal cada vez mais participada, mais aberta, mais justa, e que os portugueses se sintam felizes neste país democrático”.

AS PROPOSTAS DAS ESCOLAS

Foram várias as ideias lan-çadas pelos jovens deputa-dos para combater a pobreza e exclusão social. A bancada parlamentar da Escola EB 2, 3 de Gueifães propunha a cria-ção de um refeitório social; campanhas de solidariedade nas escolas; um supermerca-do social, através de um sis-tema de senhas; e um maior apoio da autarquia aos que quiserem criar o seu próprio emprego, com recurso a sis-temas de micro-crédito.

Foi aprovada com 41 votos contra e 42 abstenções.

Centrada na exclusão social, a proposta da bancada parla-mentar da Escola Secundária

da Maia, propôs a criação da iniciativa “Maia Freguesia a Freguesia”, um conjunto de eventos de interesse cultural junto das pequenas comuni-dades do concelho; Progra-ma Municipal de Voluntariado dirigido aos jovens em idade escolar e população com pro-blemas de inserção. Foi a úni-ca proposta aprovada apenas com um voto contra.

Em nome da bancada parla-mentar da Escola EB 2, 3 de Pedrouços, Ionut Bogdan deu a conhecer uma proposta ba-seada na luta contra a discri-minação de que, muitas ve-zes, são alvo os imigrantes. Nomeadamente, a criação de leis que tornem menos buro-crático e mais ágil a legaliza-ção dos imigrantes; a aplica-ção de “multas severas” às entidades ou pessoas que não cumpram as leis; e mais centros de apoio aos imigran-tes. Foi aprovada com 14 vo-tos contra e 76 abstenções.

Já a proposta da bancada parlamentar da Escola EB 2,

3 de Nogueira, defendia a criação de um Banco Solidá-rio nas escolas, destinado a ajudar os alunos mais caren-ciados, com roupas, livros, géneros. Foi a proposta que, apesar de ter sido aprovada, recebeu mais votos contra (63), e nove abstenções.

A bancada parlamentar da Escola EB 2, 3 Vieira de Car-valho propôs a criação de um “banco do tempo e da boa vontade”, que consiste na dá-diva de dinheiro ou tempo por parte da comunidade educa-tiva. Reverteria a favor das instituições carenciadas do concelho. Foi aprovada com 34 votos contra e 46 abs-tenções.

Por último, a proposta da bancada parlamentar da Es-cola Secundária de Águas Santas, sugeria a realização de um conjunto de iniciativas que visavam o combate à po-breza, na Maia, e nomeada-mente na freguesia de Águas Santas. Proposta aprovada com 27 votos contra e 46

abstenções.

“VÁLIDAS E INTERESSANTES”

No final da sessão parla-mentar, Bragança Fernan-des elogiava as propostas apresentadas, consideran-do-as “válidas e interessan-tes”. “É com muito gosto que me encontrei aqui com estes jovens maiatos”. Refe-rindo-se às questões levan-tadas pelos jovens deputa-dos ao seu executivo, o au-tarca admitiu que algumas delas são “impossíveis” de concretizar. No entanto, “vamos tentar que alguma coisa seja feita”, garantiu.

Luciano Gomes, que as-sumiu a presidência da me-sa do parlamento, lamentou o elevado número de abs-tenções, considerando que uma das explicações para esse facto será uma possí-vel falta de preparação dos alunos. “Fico sem saber se é irresponsabilidade dos jo-vens ou se é falta de pre-paração. Acredito mais que seja falta de preparação, por-que se lhes fosse dado a co-nhecer aquilo que eles vêm aqui fazer, penso que nunca votariam contra em algumas votações que aqui acontece-ram. Considero mais uma questão de adolescência e guerras entre escolas”. Lu-ciano Gomes sublinhou, no entanto, o “grande carácter e interesse para a socieda-de” de algumas das propos-tas apresentadas.

Apesar das chamadas de atenção que teve de fazer ao longo da apresentação e vo-tação das propostas, o presi-dente da Assembleia Munici-pal da Maia considera que, no geral, a sessão “correu bem” e foi “positiva”. E algo em que a autarquia deve continuar a apostar, para que os jovens percebam como funcionam os órgãos do Estado e das próprias autarquias.

Fernanda Alves

Parlamento da Maia – um exercício para a cidadania dos jovens

O PCP do Porto divulgou na segunda-feira, um estudo das Estradas de Portugal que mos-tra que “não existem vias alter-nativas” às SCUT do Grande Porto, Costa de Prata e Norte Litoral. De acordo com o depu-tado Jorge Machado, o Governo não pode avançar com as porta-

gens nestas SCUT, porque “não se cumprem os requisitos que ele próprio estipulou para a apli-cação de portagens”.

O comunista recorda ain-da que um dos critérios pa-ra a implementação de porta-gens nas SCUT é a existência de vias alternativas no siste-

ma rodoviário nacional e que este estudo mostra que não existem alternativas.

No caso da SCUT do Gran-de Porto, as Estradas de Por-tugal informam que as alter-nativas se “encontram já de tal forma congestionadas que, durante a construção da A41,

já foi construída a variante à EN 105 até Água Longa”.

Quanto à SCUT Norte Lito-ral, o documento nota que uma das alternativas, a EN 13, “atra-vessa o recinto da feira semanal em Vila do Conde” e que várias vias, “por se situarem junto ao litoral, estão ainda sujeitas a

tráfego sazonal, motivado pelas praias que servem”.

A proposta passa por uma va-riante à EN 14 que “seja plane-ada de forma a servir também a zona mais litoral, projectando-se uma via que dê continuação à Via Norte”.

No caso da SCUT do Grande

Porto, a proposta é que não se apliquem portagens. “Conside-ra-se, pelo menos no tocante aos IC 24 e 25 um desperdí-cio de verbas a construção de mais outra infra-estrutura, pelo que se propõe, apenas, a não inclusão de portagens nestas vias”, diz o memorando.

PCP aponta estudo que mostra falta de alternativas às SCUT

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PRIMEIRA MÃO | Sexta-Feira 30-04-2010 07

Sociedade

E está aí o Festival de Mú-sica da Maia de 2010. Começa esta noite, com

Luís Represas a subir ao palco do auditório Venepor, a partir das 21h30. O festival mudou de casa. Devido às obras que decorrem nas instalações do Fórum da Maia, este ano se-rá o auditório Venepor a aco-lher os convidados do festival. Uma organização do pelouro da Cultura da Câmara Munici-pal da Maia, que acontece há

17 anos consecutivos.A diversidade do programa

do festival tem sido, desde sempre, a grande aposta do pelouro da cultura. “Esse é um dos timbres do nosso cer-tame, a diversidade e a quali-dade”, referiu Victor Dias, res-ponsável pela programação do festival.

O objectivo é ir de encon-tro aos gostos dos diferentes públicos, passando pelo Jazz, a música clássica, o Rock e o

Pop, e as denominadas músi-cas do Mundo. Embora, este ano, a organização esteja um pouco limitada, em termos de objectivos, devido à mudança de palco. Um esforço em prol da melhoria das condições da grande sala de espectáculos do concelho. “É um sacrifício por uma causa justa. As pes-soas vão ter um auditório mais confortável, com materiais mais seguros. Será uma me-lhoria e será um sacrifício que

o público vai ter de fazer, neste festival e em outros eventos, que é estar numa casa mais pequena, que só tem 350 lu-gares”, referiu. A capacidade do grande auditório do Fórum da Maia é de 700 lugares, o dobro da capacidade do audi-tório que este ano recebe o festival de música.

Com uma casa mais peque-na, os espectáculos tendem a esgotar mais rapidamente. Foi o caso do espectáculo desta

noite, com Luís Represas. “Esgotou praticamente na primeira manhã que os bilhe-tes foram colocados à venda”, adiantou. Outros espectácu-los estão também muito pró-ximos de esgotar. É o caso do espectáculo de encerramento do festival com a Orquestra Filarmonia das Beiras, assim como o concerto do maes-tro António Vitorino de Almei-da e de Torre D’Anto (fado de Coimbra).

Apesar das condicionantes, as expectativas para este fes-tival são as melhores. Até por-que, diz Victor Dias, “este é um festival que já tem provas dadas, tem uma longa histó-ria na vida cultural da cidade e do concelho da Maia. Tem uma programação que procu-ra captar públicos com interes-ses e gostos muito distintos”, sublinhou.

Fernanda Alves

Começa amanhã a 12ª edi-ção do Festival Gastronómi-co da Maia. Ao longo de 31 dias, os 27 restaurantes par-ticipantes vão ter de mostrar o que valem na confecção de alguns dos pratos tradicio-nais da Maia, como o Baca-lhau à Lidador, a sardinha de escabeche à moda da Maia, o arroz de pica no chão, o fa-mosos cabrito à Maiata e o

cozido à portuguesa. O evento tem como objec-

tivo divulgar o que de melhor o concelho tem em termos turísticos e gastronómicos.

Paralelamente ao festival, estão previstas várias acti-vidades, como o já habitual “Duelo de Chefs”, demons-trações gastronómicas, pro-vas de vinho, cursos mini-chefs, edição de publica-

ções e acções de formação e sensibilização. Este ano, o “Duelo de Chefs” irá de-correr na Casa da Agra, em Avioso São Pedro, a 20 de Maio.

Duas das acções previstas decorrerão no centro comer-cial Vivaci Maia. O Workshop “100% Chef Álvaro Costa” a 29 de Maio, pelas 15h00; e o Workshop Mini-Chefs nos

dias 15 e 22 de Maio, que decorrerá também na Casa da Agra nos dias 9 e 30 de Maio, sempre a partir das 15h00.

A apresentação da 12ª edição do Festival Gastro-nómico da Maia está mar-cada para as 16h00 de hoje, na Casa da Agra.

FA

Festival de Música da Maia chega esta noite ao auditório Venepor

Festival Gastronómico da Maia começa este sábado

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Sociedade

PRIMEIRA MÃO | Sexta-Feira 30-04-2010

Jornalista, polícia e médico. São apenas alguns exem-plos das actividades que

estiveram no sábado represen-tadas em mais um Dia das Pro-fissões, promovido pela Asso-ciação de Pais da Escola EB 2,3 de Gueifães. Mas que, e pelo quarto ano consecutivo, contou com o apoio do Serviço de Psi-cologia e Orientação.

A iniciativa enquadra-se no âmbito da Orientação Vocacio-nal, daí estar direccionada para alunos do 9º ano de escolarida-de. As áreas dos profissionais convidados – saúde, tecnolo-gias, línguas, artes, serviços e até as energias renováveis – fo-ram alvo de um levantamento prévio, tendo em conta as áreas de ensino dos alunos em ques-tão e aquilo que mostraram ser as suas opções de futuro. Nes-tas apresentações, os estudan-tes ficaram a saber, sucinta-

mente, qual a formação exigi-da para cada profissão, quais as tarefas desenvolvidas, bem como as potencialidades e as fragilidades de cada sector. Do jornalista da área digital Manuel

Molinos ouviram, por exemplo, o conselho: “se sentirem von-tade, se sentirem muito gosto, sigam”. E o alerta para a impor-tância de dominar bem o Portu-guês e as línguas, bem como

as técnicas, referindo-se às no-vas plataformas que vão surgin-do. E se, no jornalismo, “todos os dias há coisas diferentes”, o mesmo se pode dizer de um agente policial. Luciana Couto,

da PSP da Maia, foi à EB 2,3 de Gueifães confessar que prefere o carro patrulha à fiscalização de trânsito, porque “é sempre uma novidade”.

Embora reconhecendo que o tempo que cada profissional dispõe para a apresentar a sua actividade “é limitado” – 15 mi-nutos para cada apresentação – o presidente da associação de pais, António Cerqueira, acre-dita que é uma forma de os ajudar a percepcionar o futuro escolar e profissional. E porque esse tempo é curto, em relação ao ano lectivo anterior, a organi-zação já optou por reduzir em dois o número de profissionais presentes e introduzir novida-des. Este ano, com o testemu-nho de alguém ligado às ener-gias renováveis. Mas não foi a única alteração. Em relação ao último ano, optou-se também por juntar todos os alunos, em

vez de realizar as sessões do Dia das Profissões em duas sa-las distintas.

Na reacção aos testemunhos apresentados, “alguns alunos fazem algumas perguntas, embora venham aqui essen-cialmente para colher algumas informações”, conclui António Cerqueira. Numa fase da vida em que “há muitas dúvidas”, acrescenta o vice-presidente da associação de pais, Jorge Silva , que “a ideia é quem, de-pois da orientação vocacional e com esta apresentação, eles consigam orientar-se melhor e continuar a procurar”. Até por-que os 10 e 11º anos que se se-guem podem trazer mudanças a esse nível. Daí que alguns dos pais até considerem “um boca-dinho cedo” a obrigatoriedade de fazerem uma escolha logo no 9º ano.

Marta Costa

Na passada sexta-feira, co-memorou-se o Dia Mundial do Livro. A Maia não foi ex-cepção. Para assinalar a data, o polivalente da escola EB 2,3 de Gueifães serviu de palco à apresentação do livro “In-Fini-tos Sentires”, uma obra de poe-sia da escritora e jornalista Car-la Marques. Além da apresen-tação, houve também um es-paço de debate entre a autora e o público presente.

A apresentação da obra “In-Finitos Sentires” foi também o ponto de partida para alguns conselhos de Carla Marques. Entende a autora que é “fun-damental que os mais novos comecem a ler desde cedo” e que ler um livro “é uma óptima

forma de descobrir coisas no-vas”. À baila vieram também as novas tecnologias, que a auto-ra considera “poderem ajudar

a descobrir novos livros” e ga-rante que “não há incompatibi-lidade” entre as obras em pa-pel e um computador ligado à

internet. Pelo contrário, “com-plementam-se”, entende Carla Marques. Revela também a autora que foi “através de um blogue” que divulgou a sua es-crita. Mas “nada substitui o prazer de pegar num livro e fo-lhear uma obra”, remata. E à se-melhança da rede global, “exis-tem diferentes tipos de desco-berta que se podem fazer com um livro”, acrescenta.

Em relação à obra, Carla Marques descreveu-a como algo que “vem de dentro”, um “acto individual, um acto de transmissão”. Os poemas as-

sentam “naquilo que é muito português, o amor, a paixão, a saudade”, explica. E as obras não ficam por aqui. Nos planos da autora está já um “livro in-fantil com contos e desenhos” que, garante Carla Marques, “está para breve”.

A Associação de Pais e En-carregados de Educação da EB 2,3 de Gueifães quis com esta iniciativa proporcionar o contac-to directo com o livro e a auto-ra, sensibilizar os que compare-ceram no polivalente da escola para a importância dos livros e da leitura e fomentar o gosto

pelos livros. É vontade do pre-sidente da associação de pais da escola maiata, António Cer-queira, avançar com mais acti-vidades para breve, mas surge um problema. O dos “hono-rários” dos palestrantes, que constituem um entrave ao or-çamento da associação. Mes-mo assim, António Cerqueira diz que estão a ser preparadas actividades para breve, sobre a segurança na internet e o “bullying”, esta última marcada para hoje à noite.

Pedro Póvoas

Cerca de 100 pessoas par-ticiparam no jantar que, no passado dia 16 de Abril, as-sinalou o sétimo aniversário do Instituto Cultural da Maia. Entre alunos, professores, associados e convidados, foram partilhados momen-tos únicos, de felicidade que abrilhantaram a noite, garan-tiu o presidente da direcção, José Eduardo Macedo.

O aniversário deste ano teve como convidado especial o pre-sidente da delegação do Norte da Liga Portuguesa Contra do Cancro e director do Serviço de Cirurgia do IPO. Vítor Velo-so felicitou o instituto por mais um aniversário e falou sobre a importância da Liga, cuja histó-ria é “um acto de amor e de solidariedade na sua já longa vida ao serviço da população do norte de Portugal”.

O presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, não marcou pre-sença por motivos de agenda, no entanto, enviou, através do vereador Paulo Ramalho, uma mensagem felicitando o Insti-tuto. O autarca desafiou ainda a direcção para que alargue as suas actividades a todo o con-celho da Maia.

O presidente da direcção agradeceu a todos o seu en-volvimento na obra do ICM que é de todos e anunciou que vai agarrar o desafio lança-do pelo presidente da Câmara Municipal para abrir uma escola na zona Sul da Maia. Para isso, pediu o apoio do Rotary Club de Águas Santas – Pedrouços, presente no aniversário, para firmarem uma parceria.

José Eduardo Macedo anun-ciou também que o Instituto

Cultural da Maia pretende ino-var, abrindo as portas aos mais jovens, pelo que está já a ser estudado um plano direcciona-do nesse sentido.

Depois do jantar a festa foi animada pelo Grupo de Fados da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, a que se seguiu uma sessão de po-esia teatral, apresentada pela dupla Tânia Dinis e Xana Mi-randa da Tenda de Saias.

Partiu-se o bolo de aniversá-rio, cantaram-se os parabéns ao ICM e a festa continuou com um baile com música ao vivo. A direcção ofereceu ain-da aos presentes uma placa evocativa do 7º aniversário e uma revista que o ICM distri-buiu, “mostrando a sua Cida-de Sénior, ao serviço da co-munidade maiata”, concluiu José Eduardo Macedo.

Instituto Cultural da Maia

comemorou 7º aniversário

Alunos orientam-se com profissionais

“In-Finitos Sentires” na EB 2,3 de Gueifães

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Celebrar o Dia da Mãe não é facto que se co-memore há pouco tem-

po, já nas antigas festividades realizadas na Grécia antiga ce-lebravam e honravam Rhea, a Mãe dos deuses do Olimpo. Os romanos também celebra-vam o dia da Mãe em honra de Cybele, a mãe dos deuses ro-manos e isto aconteceu mui-tos anos antes do nascimento de Cristo. Por todas as partes e no correr da antiguidade aos dias de hoje se celebrou e cele-bra este dia, muitos escolhem como dia da semana o domin-go, outros uma data, que por algum motivo se manteve inal-terada nos tempos. Portugal já teve o dia 8 de Dezembro, feriado católico, como data de celebração do dia da Mãe mas mais recentemente alterou e a data passou a ser o primeiro domingo do mês de Maio.

A Igreja Católica no nosso País consagrou o mês de Maio a Maria, mãe de Jesus Cristo e de todos os homens. Por es-tes dias do ano há um acrés-cimo de fé e muitos cristãos aproveitam e fazem uns dias de férias nesta altura do ano para se dedicarem e darem seus agradecimentos a Nos-sa Senhora. Na paróquia de Águas Santas como em mui-tas do nosso município e por outras terras se faz a venera-ção a Nossa Senhora. Um dos maiores actos é a procissão de velas na véspera de 13 de Maio, costume antigo mas que se encontra bem enraizado não se dissolvendo no trajecto evo-lucionário do homem e da ciên-cia. E se há Mãe do Céu tudo agradecemos, não podemos esquecer as Mães que temos e lembrarmo-nos principalmen-te daquelas que tal como Ma-ria também sofrem e darmos a estas um pouco de confor-to. É bom lembrarmos o que é uma mãe...

Mãe, palavra breve mas com uma força divina, nada derruba uma mãe, nada a faz temer nas adversidades da vida. Vida in-grata, madrasta muitas vezes, mas esta Mãe não se importa e leva sempre ao colo os filhos que outrora carregou no ventre. Nos dias de hoje, tal como no de nossas mães, avós ou su-as antecessoras, uma mãe é sempre tudo! E se para muitos falar das mães é falar de rosas, lembrem-se que estas também têm espinhos cravados na alma depois de estes terem trespas-

sado a carne e aí ficam a pulsar tal qual uma chaga em ferida sempre em convulsão e nunca se fechando.

Hoje nós vemos as mães a transportar, bem cedo, ainda mal o sol despontou no firma-mento, a mochila de seu filho para que este possa andar num passo mais acelerado. Os com-promissos são muitos e levando a mochila de seu filho ela ainda o consegue ajudar mas muitas vezes não consegue carregar as dores e dificuldades que es-te tem. Preocupam-se e temem actos cometidos por insensibi-lidades de quem não sente e não sofre as mesmas dores. É vê-las na rua com o carrinho que transporta um ser indefe-so, que já não é criança, mas que está preso a um corpo do qual se deseja libertar. Quem o prendeu ali? Uma consulta pré-natal mal elaborada? O exame médico não executado porque esse despiste ou falsa dúvida custa ao Estado muito dinhei-ro? Quanto custa ter um filho perfeito? Talvez um filho perfeito seja mais económico ao estado do que ter as custas de um ser deficiente uma vida toda. Uma cesariana se poupa, mas depois de se contar os dedos a um fi-lho e se ver que está perfeito por fora a mãe ilusoriamente descansa e só mais tarde acor-da e vê que este por dentro não tem tudo no lugar. Algo avariou, danificou-se para uma vida que a mãe acreditava de sonho mas

que virou purgatório! Tantas lágrimas que brotam

para dentro mas estas não ama-nhecem nos olhos da mãe que sofre. Mãe que sofres, desnu-dada pela sociedade, muitas vezes te escondes para que o ser que tens contigo não seja objecto de troça e incompreen-são de quem o vê. Porque te escondes? Porque escondes quem tens? Tu bem o sabes, ninguém os gosta de contem-

plar, incomodam seus gestos, seus sons e gemidos. Talvez se-jas incompreendida, talvez tua dor não transpareça no olhar, tal-vez teu sorriso disfarce a chaga que tens. Se tens sentimentos não os podes demonstrar, na-da influem no teu trabalho, pe-lo contrário só te consternam e mães como tu não interessam à sociedade, penalizam a produ-tividade da empresa. Nem dás lucro nesta sociedade consumi-

dora de interesses e absorta de sentimentos. Sentimentos des-tes poluem a mente de muitos que nunca sentiram tal dor, fo-ram abençoados, nada lhes cor-re mal. A estas mães só pode-mos dizer: “Mãe não desistas, podes não ter muito mas tens um filho a quem tens contas a dar. Sorri e ilumina o teu rosto porque sim, tu foste abençoada com uma vida florida por ti. Os filhos são flores que embele-zam o coração de uma mãe”.

Mãe, se te resignas no lar para aí poderes dar o carinho e conforto de quem nada tem a não ser um corpo inerte numa cama, te sentes perdida. Nada fazes a não ser contar o tempo e lutares contra ele à procura de amparo para um ser que se en-contra indefeso. Mãe, consen-tes o namoro de tua filha dife-rente e a libertas na vida para que esta possa ser feliz. Cen-suras... não penses nelas ou te preocupas com algo fútil. A quem te critica pergunta sem-pre: “- Quer trocar comigo?”.

O que impele estas mães a não serem mais nada... somen-te mães. Mulheres, esposas, amantes, amigas, papéis de se-gundo plano... já esqueceram o mais importante mas nunca se esquecem é do seu papel de mãe. Mães de coragem, quem dera a muitos ter a mesma for-ça. Certamente muita coisa mu-daria. Feliz aquele que tem o au-xílio de uma mãe quando preci-

sa: “- Mãe vais buscar o José à escola?” “– Mãe, a Maria pode hoje ficar contigo?”, “– Mãe, te-nho uma conta para pagar mas não tenho dinheiro”, “– Mãe...”

Mãe é para a vida toda e mesmos quando seus olhos se fecharem, nós a veremos nos objectos que suas mãos to-caram, na lembrança que nos ofereceram no aniversário, nas fotografias de família. Percorre-remos com o olhar o local onde ela pisou e a sentiremos sem a ver. Ilusões que nosso coração sentirá e não importa a idade que teremos quando ela partir num caminho sem retorno. Per-correr com os olhos tudo o que ela viu e sentir no coração a dor lancinante de já não a ter. É me-lhor não pensarmos porque es-sa hora ainda vem longe.

Mãe!... Por muito que se di-ga esta palavra, esta terá sem-pre em nossos lábios um sabor doce e indecifrável. Mãe, mãe, mãe! Onde estás? É tão bom o teu olhar, o teu sorriso, o teu espírito.

O que é uma mãe? Mãe, mãe, mãe!... Mãe, palavra be-la e imensurável, esta encerra a doçura de um amor que não conseguimos e nem sabemos decifrar Mãe, nosso doce refú-gio, local onde aportamos quan-do se aproxima a tempestade. Mãe, a ti só te posso dizer uma palavra: coragem.

Joaquim Moura

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Especial Dia da Mãe

Retalhos de Amor

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Diversos

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Para assinalar os 20 anos do Mazda MX 5, a mar-ca juntou-se no Palácio

do Freixo, no Porto, na quinta-feira da semana passada. Em destaque estava o conhecido pequeno carro da Mazda há 20 anos nas estradas do mundo. Na entrada do centenário edi-fício, com vista para o Douro, os carros alinhavam-se para a demonstração. Entre eles, cla-ro está, a estrela da concentra-ção, o MX 5.

O dia começou com uma recepção aos convidados, on-de foi servido um pequeno-al-moço com o rio como pano de fundo. O concessionário da marca na Maia, a Maivex, fez-se representar por Rodrigo Silva, para quem o Palácio do Freixo tinha ficado mais inte-ressante no dia da comemo-ração, já que se “alia todo o património histórico a toda a gama Mazda, e produtos mui-to especiais como o MX 5”. No fundo, foi “um bocadinho da história de Portugal e um bo-

cadinho da história da Mazda”. Marca que Rodrigo Silva diz caracterizar-se pela “qualidade geral das viaturas. A robustez dos carros, a fiabilidade, o de-sign, tudo isso é fundamental”, justificou. E para tirar a “prova dos nove, foi possível aos par-ticipantes neste encontro co-nhecer toda a gama da mar-ca, ensaiar carros e efectuar testes dinâmicos.

O director geral da Mazda Portugal também esteve no Palácio do Freixo. Luís Morais diz que a escolha do conheci-do monumento portuense não foi ao acaso, já que se trata de “um local lindíssimo e muito importante”. Foi também Luís Morais que explicou o slogan da Mazda. “Zoom-zoom”. Dois sons que se tornaram famosos e que se assemelham a uma criança a brincar com um car-rinho. “Quando entregamos um carrinho a uma criança de quatro ou cinco anos não pre-cisamos de lhes explicar mui-ta coisa. Começa logo a fazer

vrum, vrum! Foi assim que nasceu o ‘zoom-zoom’” e foi assim que o director da marca japonesa em solo nacional ex-plicou o significado da filosofia da Mazda.

Mas sem nunca esquecer a segurança e a fiabilidade dos carros que representa: “A mar-ca tem como missão produzir carros seguros, fiáveis, ecolo-gicamente responsáveis mas sem nunca perder o verdadei-ro espírito do prazer da condu-ção. É assim que a marca que se define”. Com especial ênfase para o prazer de condução, sa-lienta Luís Morais, para quem “o verdadeiro espírito automóvel é aquilo que, no fundo, muitos de nós gostamos num automóvel que é mais do que um simples meio de transporte”.

Além da comemoração do aniversário do MX 5, a con-centração serviu também para apresentar os novos modelos da marca e estendeu-se du-rante toda a manhã da passada quinta-feira, dia 22 de Abril.

A Tintas 2000 abriu uma nova loja, no passado dia 16 de Abril, em Vermoim. Trata-se de uma espaço que pre-tende aliar a inovação e a qualidade. Chama-se Portas da Maia e é a 20ª loja que a empresa, sedeada na Zona Industrial da Maia, abre no país. É a primeira que abre no município porque no lo-cal onde está instalada a em-presa também possui espa-ço para venda. No entanto, entenderam que deviam “arranjar uma localização melhor para servir o grande público”, explica o empresá-rio António Ambrósio.

Mas há outro motivo que o motivou a abrir o novo es-paço. “É que realmente eu tenho uma adoração espe-cial pela Maia”, confessa. E o nome – Portas da Maia – também tem um signifi-cado especial. “Foi dos úl-timos monumentos que o Professor Vieira de Carvalho

mandou realmente construir e tudo o que seja Vieira de Carvalho, e tudo aquilo que possa lembrar o nome dele, para mim, é realmente im-portante”, contou com emo-ção o empresário.

Sentimentos à parte, An-tónio Ambrósio afirmou que o objectivo é servir as fre-guesias da Maia, Vermoim, Barca, Gueifães e Nogueira. Portanto, “estamos a falar, se calhar, de uma população de 50 mil pessoas. Portanto 50 mil pessoas gastam mui-ta tinta”.

E a pretensão, acrescen-tou o empresário, passa por serem “a melhor casa de tintas da Maia”. E não podia ser outro, confessou. “Sabe-mos que temos qualidade e temos uma relação preço-qualidade muito boa”. Mas não é só. “A parte mais im-portante, eu diria, é a assis-tência técnica no Concelho. Não conheço bem as outras

lojas, mas não são muitas as lojas de tintas que têm as-sistência técnica”.

António Ambrósio não tem dúvidas que este “é um ano importante”. As Tintas 2000 vão fazer 30 anos e é a ter-ceira empresa da Zona In-dustrial da Maia; a Marilina, que o empresário entretanto adquiriu vai fazer 80 anos e a empresa Ambrósio e Filha vai fazer 15 anos. Portanto, será um ano para comemo-rar, com data já apontada para o dia 18 de Setembro. “Nós festejamos porque há razão para festejar, porque a 2000 cresceu como cres-ceu a Maia”. Não há dúvida nenhuma que a Tintas 2000 também foi crescendo com o concelho. Começou natu-ralmente como uma empre-sa pequena, mas actualmen-te nós somos, a nível nacio-nal, talvez a quinta empresa de tintas”, concluiu o empre-sário da Maia.

A AM Mesquita, empresa de construção e obras públi-cas, avançou com o pedido de insolvência junto do tribu-nal. A construtora tem uma

dívida superior a 60 milhões de euros a fornecedores e à banca e desta forma protege-se dos credores.

O grupo Mesquita, com mais

de meio século de actividade, já tinha partido, no ano passa-do, para o processo de recupe-ração financeira, tendo conse-guido o apoio de um sindicato

bancário, composto pela Caixa Geral de Depósitos, Caixa de Crédito Agrícola e Banif. A AM Mesquita tinha também conse-guido que o IAPMEI avanças-

se com um projecto de viabi-lização, que se encontrava em fase avançada. A empresa de construção e obras públicas procura assim salvar os cerca

de 200 trabalhadores a quem dá emprego, confiando que os donos de obra, grande parte deles públicos, não vão neste momento retirar as obras.

Chama-se “As Grandes Ca-tástrofes”, é um jogo e já tinha sido proibido pelo Governo Civil de Lisboa por ser considerado uma modalidade de jogo de for-tuna e azar. Na Maia, uma des-sas máquinas foi na terça-feira apreendida pela GNR, num ca-

fé da freguesia de Nogueira.No âmbito de uma fiscaliza-

ção a estabelecimentos de be-bidas e restauração, os milita-res do Posto Territorial da Maia da GNR identificaram a referi-da máquina, que foi apreendi-da, bem como 76 euros em

dinheiro. A operação permitiu ainda chegar a um distribuidor, a quem foram apreendidas mais seis máquinas de jogos (com cerca de 1200 bolas de cromos cada), outras três má-quinas de jogo vazias, sete car-tazes de prémios, sete cader-

netas de cromos e sete livros com vales de desconto.

Fonte da GNR da Maia adiantou a Primeira Mão que foram ainda apreendidas sete alegadas autorizações do Go-verno Civil de Lisboa para o re-ferido concurso, em nome de

uma empresa com sede em Lisboa. É certo que este con-curso chegou a ser autorizado, mas acabou por ser suspenso assim que a Inspecção Geral de Jogos considerou tratar-se da modalidade de fortuna e azar. Isto porque a senha ven-

dida aos potenciais clientes não dava, em todos os casos, direito a prémio. Apenas se o número nela contido corres-pondesse a algum dos núme-ros do cartaz.

MC

Empresa AM Mesquita pede insolvência

GNR apreende máquina de jogo

“Um dia especial para a Mazda”

Tintas 2000 abre loja em Vermoim

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PRIMEIRA MÃO | Sexta-Feira 30-04-2010 11

Agenda

POESIA EM VERMOIM

Amanhã, é também dia de Noites de Poesia em Vermoim. A iniciativa é dinamizada pelo Movimentum – Arte e Cultura. Desta vez o tema é o mês de Maio. Na segunda parte o tema é livre. As sessões são intercaladas com música e canções interpretadas por cantores e músicos nossos convidados. O convidado de amanhã é José Silva e a sua viola.

É no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Vermoim, a partir das 21h30.

EXPOSIÇÃO NO FÓRUM DA MAIA

“Escritores antifascistas” é uma exposição que pode visitar nas galerias do Fórum da Maia até ao dia 9 de Maio. É uma mostra composta por uma série de 10 quadros, pintados por jovens artistas que há data da revolução dos cravos, estavam a iniciar a sua carreira artística e que hoje são pintores consagrados. É uma homenagem aos escritores portugueses antifas-cistas que lutaram pela Liberdade em Portugal.

BRINQUEDOS DO NOSSO MUNDO

A Câmara da Maia, através do Museu de História e Etnologia da Terra da Maia, está a promover a segunda fase da exposi-ção temporária “Brinquedos do nosso Mundo” que estará patente até Abril de 2011.

A exposição resulta de uma parceria entre a autarquia e coleccionadores particulares e dá a conhecer brinquedos represen-tativos de todo mundo, com especial relevância para o brinquedo português e bonecas actuais e antigas, datado desde os fi-nais do séc. XIX até aos nossos dias, distribuídos por diversos núcleos: adornos e adereços; brinquedos sonoros e musicais; bonecos, bonecas e acessórios; representação de animais; miniaturas de utilidades domésticas; miniaturas de maquinarias agrícolas; construções, artes e ofícios; transportes; armas; jogos infantis; fantasias e culinária infantil.

FARMÁCIASAgra R. 5 de Outubro, 24 r/c Milheirós 229 605 441

Aliança Av.Padre Manuel Alves Rego, 657, 229 480 229

Álvaro Agante Av. D. Manuel II, 1386 Vermoim 229 419 854

Araújo R. Manuel Silva Cruz, 3 Nogueira 229 602 808

Bastos R. Manuel Ferreira Pinto, 26 Gueifães 229 480 189

Bom Despacho R. Padre António, 39 Maia 229 440 848

Central R. Augusto Simões, 482 Maia 229 480 227

Da Maia R. D. A. Henriques, 3211 Águas Santas 229 710 246

Das Guardeiras R. Conselheiro Luís Magalhães, 1936, 229 471 983

Do Aeroporto - Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Vila Nova da Telha 919 540 392

Do Castelo R. Augusto Nogueira da Silva, 410 Santa Maria de Avioso 229 813 561

Do Mosteiro R. D. Afonso Henriques, 2377

Sousa Beirão R. Âgela Adelaide Calheiros Carvalho de Menezes nº244 Maia - 225 301 113

Sousa Torres MaiaShopping, Águas Santas 229 722 122

Eugénia R. 9 de Abril, 320 Pedrouços 229 016 547

Gramaxo R. Dr. Farinhote, 1087 Moreira da Maia 229 481 009

Lima Coutinho Trav. Sá e Melo, 543 r/c Gueifães 229 444 151

Martins da Costa R. do Calvário, 35 - r/c, Águas Santas 229 714 828

Mendonça R. Central de Arcos, 1463 S. Pedro Fins 229 670 335

Vila Nova da Telha R. Direita de Quires, 1237, 918 600 233

Vales, Rua da Amoteia 254 Pedrouços - 229 039 033

Gemunde, Rua da Igreja 1002 Campa do Preto- 229 828 927

Moreira Barros Rua Ponte de Parada, 399, Águas Santas - 229 039 052

Das Oliveiras Rua D. Afonso Henriques, 646 Pedrouços - 229 710 690

Giesta Rua D. Afonso Henriques, Pedrouços 229 717 530

Dia 30Vales – permanente; Sousa Beirão – permanente; Araújo – reforço; Mendonça – disponibilidade

Dia 01Da Agra – permanente; Gramaxo – permanente; Do Aeroporto – reforço; Mendonça – disponibilidade

Dia 02Bom Despacho – permanente; Da Maia – permanente; Gemunde – reforço; Mendonça – disponibilidade

Dia 03Bastos – permanente; Das Guardeiras – permanente; Do Castelo – reforço; Mendonça – disponibilidade

Dia 04Martins da Costa – permanente; Álvaro Agante – permanente; Vila Nova da Telha – reforço; Mendonça – disponibilidade

Dia 05Moreira Barros – permanente; Aliança – permanente; Silva Escura – reforço; Mendonça – disponibilidade

Dia 06Eugénia – permanente; Central – permanente; Araújo – reforço; Mendonça - disponibilidade

DE SERVIÇO

TELEFONES

Aeródromo Municipal Vilar de Luz - 229 687 321

Aeroporto de Pedras Rubras - 229 482 693

Aeroporto de Pedras Rubras - 229 413 141

Associação Humanitária de Pedrouços - 229 012 744

Bombeiros de Moreira da Maia - 229 420 062 / 10 02

Brigada de Trânsito (Brisa) - 229 673 583 / 36 08

Cruz Vermelha Portuguesa - Núcleo da Maia - 229 411 221

Farmácias de Serviço - 118

Gabinete M. de Inf. e Apoio ao Consumidor - 229 408 633

GNR - 229867430

Governo Civil do Porto - 222 097 500

Hospital de S. João - 225 271 51 /61

Instituto de Emergência Médica - SOS 112

Polícia de Segurança Pública - Águas Santas 229 713 537

Polícia de Segurança Pública - Maia 229 413 853

Posto de Turismo - 229 444 732

Posto de Turismo - Centro de Artesanato - 229 444 732

SMAS - 229 430 800

S.O.S. Ambiente - 229 484 821

S.O.S. Rede Viária - 229 440 853

Protecção Civil da Maia - 229 408 722

Ass. Empresarial da Maia - 229 448 023

Linha Verde Emergência Protecção Civil (Grátis) - 800 205 169

Polícia Municipal da Maia - 229 440 853

Câmara Municipal da Maia 22 9408600Cartório Notarial da Maia Edifício Versailles 22 943 98 10 Centro Regional de Segurança Socialdo Norte 22 948 34 99 Comissão de Protecção a Menores 22 949 03 33Conservatória do Registo Civil da Maia 22 943 98 00Conservatória do Registo

Predial da Maia 22 948 39 29 Cooperativa Agrícola da Maia 22 944 80 45EDP 22 943 33 00 / 0800 246 246 Gabinete M. de Inf. e Apoio ao Consumidor 229 408 633 Instituto do Emprego e Formação Profi ssional 22 941 25 77

Instituto das Estradas de Portugal 22 948 68 46 Projecto Integrado de Desenvolvimento da Maia 22 941 66 99Espaço Municipal - Renovação Urbanada Maia 22 943 80 30Rep. de Finanças da Maia - 1ª Repartição 22 944 81 332ª Repartição 22 971 35 94

Santa Casa da Misericórdia da Maia 22 944 81 36 Tesouraria da F. P. do Conc. da Maia 1ª Tesouraria 229470640Tribunal da Comarca 22 943 89 00 Tribunal Do Trabalho 22 941 42 46 Unidade de Saúde Mental de Apoio à Comunidade - USMAC 22 941 66 57

SERVIÇOS PÚBLICOS

FARMÁCIAS SERVIÇOS PÚBLICOSTELEFONES ÚTEIS “UMA VIDA EM DÓ”

É o nome da peça que sobe este

fim-de-semana ao palco da Escola

Dramática e Musical de Milheirós.

Um trabalho baseado no projecto

musical “Cabeças no Ar”, de Carlos

Tê, com canções de Carlos Tê, João

Gil e Rui Veloso. É uma encenação

do Grupo Coral da Escola Dramá-

tica em cena amanhã, às 22h00 e

no domingo, às 17h00: No projec-

to “Uma vida em dó”, as notas mu-

sicais levam-nos a recordar outros

tempos e outros lugares.

Page 12: Primeira Mão

Desportowww.primeiramao.pt Fábio Palma lidera Taça de Portugal pag. 15

Num fim-de-semana em que Folgosa e Castelo da Maia fecharam as

participações nos Campeona-tos Distritais desta tempora-da, o Pedras Rubras garantiu um empate importante na lu-ta pela subida aos Nacionais. Na 2ª Divisão, quatro equipas tiveram três resultados dife-rentes.

Mas voltemos à Divisão de Honra, onde o Pedras Rubras foi empatar ao terreno do ri-val pela subida Alpendorada. O jogo até começou mal para os homens do aeroporto que ao intervalo perdiam por 1-0, com golo de Casaca. Na se-gunda parte os comandados de Caneco pressionaram a formação local e acabaram por empatar aos 89 minutos, com um golo de Peter.

O Nogueirense não conse-guiu pontuar na deslocação ao campo do Barrosas. Os maiatos equilibraram a parti-da durante a maior parte do tempo, mas nos últimos dez minutos Guedes e Roberto deram a vitória por 2-0 à for-mação da casa.

No topo da classificação fi-cou tudo na mesma depois do líder Sousense também ter empatado na deslocação a Arcozelo. Assim, o Sousense mantém o primeiro lugar com 68 pontos, seguido do Pedras Rubras com 61 e do Alpendo-

rada com 60. O Nogueirense é sexto com 49 pontos.

Este domingo à tarde dispu-ta-se a antepenúltima jornada com um derby maiato. Os ho-mens do aeroporto recebem o Nogueirense no Municipal de Pedras Rubras.

Na 1ª Divisão está tudo de-cidido. Na Série 2, o Castelo da Maia despediu-se com um empate a zero no terreno do Gulpilhares. Os comandados de Alexandre Coutinho termi-naram o campeonato no 12º lugar, com 39 pontos. O Cus-

tóias sagrou-se campeão de série e tem a subida assegu-rada enquanto o segundo Sal-gueiros 08 espera a confirma-ção de mais uma subida.

Na Série 1 o Folgosa dis-se adeus à época 2009/2010 com um triunfo inequívoco

por 3-1 sobre o Gens. Nél-son, que bisou ainda antes do intervalo, e Adolfo fizeram os golos da formação orien-tada por Santos Cardoso, en-quanto Santos fez o tento de honra para os visitantes.

Com este resultado, o Fol-

gosa termina num honroso quarto lugar, com 56 pontos, atrás do trio que discutiu a subida até à última jornada. A promoção sorriu ao campeão Académico de Felgueiras e ao Nun’Álvares, ainda que este aguarde confirmação.

Na 2ª Divisão Série 1 hou-ve resultado para todos os gostos. Num sempre apete-cível derby concelhio Gondim e Maia Lidador empataram a uma bola. O Inter Milheirós foi perder por 1-0 ao terreno do Vilar do Pinheiro e o Águas Santas regressou às vitórias ao bater em casa o Vila Chã por 4-1.

Na classificação o Maia Li-dador continua a ser a equipa maiata melhor posicionada, é terceira com 56 pontos. O Gondim é quinto com 52, o Inter Milheirós é sexto com 49 e o Águas Santas subiu ao 11º posto com 25 pontos.

Na penúltima jornada há mais um derby maiato. Es-te domingo à tarde o Gon-dim visita o terreno do Inter Milheirós. Nos outros jogos com equipas do concelho, os homens do cavaleiro re-cebem o

Ramaldense no Estádio Prof. Dr. Vieira de Carvalho, enquanto o Águas Santas vi-sita o terreno dos Lusitanos.

André Cordeiro

A matemática confirmou o que já se sabia desde o início desta fase de descida da Série B da III Divisão Nacional: o Pe-drouços está de volta aos Dis-tritais. Um ano depois da subi-da, e com uma época atribula-da pelo meio, os pedroucenses regressam ao campeonato on-

de foram mais felizes. Agora é cumprir calendário até ao fim.

A última hipótese dos co-mandados de Filipe Cartuxo se manterem em prova esfu-mou-se no passado fim-de-se-mana. Os maiatos receberam o líder da série, Torre de Mon-corvo, e perderam por 2-4.

Os maiatos até começa-ram melhor e aos 13 minutos já venciam por 2-0, com golos de Mário e Postiga. Os trans-montanos reagiram e empa-taram a partida em dois mi-nutos (Filipe Mesquita aos 27 e Elísio aos 28), e antes do in-tervalo chegaram à vantagem

por Jaime. Nos minutos finais da partida Elísio bisou e fixou o resultado final.

Com este resultado, o Pe-drouços fica a 17 pontos dos dois lugares de permanência quando faltam apenas jogar cinco jornadas. Os pedroucen-ses estão na última posição

com sete pontos, já a oito do penúltimo Infesta.

De referir ainda que nesta jor-nada os maiatos foram a única equipa que não pontuou, uma vez que o Serzedelo empatou a uma bola com o Leça e o Infes-ta obteve uma igualdade sem golos frente ao Rebordosa.

Na sexta jornada da fase de descida, que se realiza na tarde deste domingo, o Pedrouços desloca-se ao Campo Moreira Marques, terreno do Infesta, casa onde perderam por 4-1 já no decorrer desta temporada.

André Cordeiro

Pedrouços: Descida confirmada numa época azarada

Distritais: Pedras Rubras continua na luta

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PRIMEIRA MÃO | Sexta-Feira 30-04-2010 13

Futsalwww.avidaeumpalco.com

Resultados de FUTSAL3ª Divisão Nacional – 24ª jornadaMonte das Pedras – 3 / Barranha - 2Junqueira – 7 / Amanhã da Criança – 2Classificação: 1º Chaves Futsal – 65 pts.5º Monte das Pedras – 41 pts.9º Merelinense – 32 pts.despromoção:10º Guimarães Futsal – 26 pts.11º Pioneiros Bragança – 20 pts.12º Amanhã da Criança – 20 pts.13º ARCA – 18 pts.14º Santa Luzia – 12 pts.Próxima jornada:Macedense - Monte das Pedras (01/05, Mun. Macedo Cav., 18h00) Contacto Futsal - Amanhã da Criança (01/05, Mun. Guimarães, 18h00)

AF PortoHonra – 27ª jornadaAcad. Sangemil – Cafetaria do Ouro (não se realizou)Coopermaia – 4 / Desp. Ordem - 1Arsenal Parada – 1 / JACA - 2Classificação:1º Cohaemato – 65 pts.2º Desp. Aves – 58 pts.3º Acad. Sangemil – 51 pts. (-1 jogo)8º Arsenal Parada – 36 pts.14º Coopermaia – 25 pts.16º Cafetaria do Ouro (desistiu) Próxima jornada:Cohaemato – Arsenal Parada (01/05, Cohaemato, 17h25)JACA – Coopermaia (01/05, Mun. Carvalhos, 21h15)Carvalhido - Acad. Sangemil (01/05, Viso, 19h15)

1ª Divisão série 1 – 27ª jornadaARDACM – 1 / Sto. Eugénio – 1Rec. Vermoim – 3 / JD Gaia - 1Classificação: 1º Rec. Vermoim – 61 pts.2º A-Ver-O-Mar – 55 pts.3º Rec. Araújo – 53 pts.16º ARDACM – 20 pts.Próxima jornada:Mocidade Invicta – Rec. Vermoim (01/05, Viso, 22h00)Senhorense - ARDACM (30/04, Mun. Sra. da Hora, 21h00)

1ª Divisão série 2 – 27ª jornadaJD Águas Santas – 3 / Magrelos - 1S. Pedro Fins – 1 / Águias Areosa - 2Classificação:1º Sobrado – 74 pts.7º JD Águas Santas – 43 pts. 15º S. Pedro Fins – 16 pts.16º Águias Areosa – 14 pts. Próxima jornada:Santiago - S. Pedro Fins (01/05, Santiago-Penafiel, 21h00)Águas Santas – Negrelos (01/05, Mun. Nogueira, 19h00)

2ª Divisão série 1 – 27ª jornadaAvioso S. Pedro – 2 / S. Gens - 2Classificação:1º Amigos Cave 94 – 59 pts.13º Avioso S. Pedro – 28 pts.15º Arcozelo – 27 pts.16º Luso Académico – 24 pts.Próxima jornada:Infante Sagres - Avioso S. Pedro (01/05, Infante Sagres, 20h00)

2ª Divisão série 2 – 27ª jornadaBustelo – 0 / Silva Escura – 2FC Lixa – 1 / Lus. Pedrouços – 3 Classificação:1º AD Baião – 53 pts. 8º Silva Escura – 33 pts. 11º Lus. Pedrouços – 31 pts. 15º Alpendorada – 19 pts.16º Benfica Stº. Tirso – desistiuPróxima jornada:Silva Escura – União Futsal (01/05, Mun. S. Pedro Fins, 21h00) Lus. Pedrouços – AD Baião (01/05, Mun. Ardegães, 22h00)

3ª Divisão –32ª jornadaAcad. Pedras Rubras – 0 / ADISCRE Penafiel - 5Futsal Ponte – 0 / ARDACM “B” – 0Classificação:1º União Progresso – 71 pts.14º Acad. Pedras Rubras – 33 pts.16º ARDACM “B” – 24 pts.19º Vasco da Gama – 8 pts.Próxima jornada:Acad. Pedras Rubras (folga)ARDACM “B” – Balio Futsal (02/05, Mun. Maia, 18h30)

O Monte das Pedras recebeu e venceu o Barranha por 3-2

e retirou assim todas as hi-póteses que os matosinhen-ses ainda tinham de acom-panhar o Chaves Futsal na subida à 2ª divisão, tal de-siderato ficou agora para o Junqueira que ao vencer o Amanhã da Criança por 7-2 e beneficiando do brilha-rete do Monte das Pedras acompanha o Chaves Futsal no regresso à 2ª divisão. A vitória da equipa de Cres-tins, para além de consoli-dar um lugar na parte alta da tabela, afirma o Monte das Pedras como uma das equipas candidatas à subi-da na época 2010/2011, on-de quase de certeza serão o único representante maiato nos campeonatos nacionais de futsal.

ÚLTIMAS TRÊS JORNADAS PROMETEM MUITA EMOÇÃO

Os campeonatos distri-tais de futsal da AF Porto vão entrar nas últimas jor-nadas, na fase do tudo ou nada, onde algumas equi-pas maiatas vão jogar os úl-timos trunfos, uns para ten-tar subir, outros para fugir à despromoção.

Na divisão de Honra, o Académico de Sangemil luta com o Desportivo das Aves para tentar acompanhar a Cohaemato na subida aos nacionais. De momento os avenses têm sete pontos de vantagem, mas só tem dois jogos por disputar, en-quanto os sangemilenses vão ainda cumprir três jo-gos. É preciso que os aca-demistas não percam e que o Aves não ganhe. Tarefa complicada até porque os

avenses recebem na pró-xima jornada o penúltimo classificado, AR Lever, e o Sangemil visita um tranqui-lo Carvalhido.

Ainda nesta divisão, a Co-opermaia venceu na última ronda o Desportivo da Or-dem por 4-1. Subiu para o antepenúltimo posto e en-curtou a diferença para a li-nha de água para cinco pon-tos. Assim, os homens da cooperativa têm agora à sua frente o JACA com mais um ponto (ainda na zona de des-cida) e o Sache (mais quatro pontos) e Gondomar (mais seis pontos) já na zona de permanência. Ora, a próxi-ma jornada reserva-nos um JACA – Coopermaia e um

Sache – Gondomar, dois jo-gos que podem, a duas jor-nadas do fim, decidir quem desce e quem fica.

A terceira equipa maia-ta desta divisão, o Arsenal de Parada, perdeu em casa com o JACA e mantém-se no meio da tabela. Na série 1 da 1ª divisão o Recreativo de Vermoim recebeu e ven-ceu a Juventude de Gaia por 3-1. Ficou a um ponto da su-bida e aumentou para seis pontos a vantagem sobre o segundo classificado, A-Ver-O-Mar, que não foi além de um empate na visita ao S. Sebastião. Amanhã, quando defrontarem o Mocidade In-victa os maiatos sabem que um empate lhes garante a

subida e uma vitória a pre-sença na final frente ao So-brado, que garantiu na sema-na passada a vitória na série 2. Complicada está a situa-ção da ARDACM, recebeu e empatou com o Stº. Eugénio e está a dois pontos da linha de água que é ocupada pe-lo Real Senhorense, que é o adversário dos Amigos das Crianças da Maia, hoje, pe-las 22h00, no Municipal da Senhora da Hora. Em caso de derrota para os maiatos pode sentenciar a descida à 2ª divisão.

Também na série 2 da 1ª divisão há uma equipa maia-ta com situação idêntica à ARDACM, o S. Pedro Fins que esta semana ao perder

em casa com o lanterna ver-melha, Águias da Areosa, permitiu que o adversário reentrasse na luta pela ma-nutenção, e não beneficiou da derrota do Juventude do Muro para saltar para a li-nha de água. Assim, quan-do faltam três jornadas, há três equipas numa luta em que apenas uma consegui-rá a manutenção, Juventude do Muro com 17 pts, S. Pe-dro Fins com 16 e Águias da Areosa com 14. Amanhã, o S. Pedro Fins visita Penafiel para jogar com o Santiago, e em caso de vitória vai ganhar pontos também no jogo que opõem Muro a Águias da Areosa. Ainda nesta série a Juventude de Águas Santas demonstrou porque andou grande parte do campeona-to a discutir a subida de di-visão ao vencer o Magrelos que, juntamente com o So-brado, já garantiram a subida à divisão de Honra.

Na 2ª divisão série 1, o Avioso S. Pedro somou mais um empate, e mais uma vez a 2 golos. Subiu um lugar na classificação, é agora 13º, mas continua envolvido na luta pela ma-nutenção com mais quatro equipas: Ilha – 28 pts.; Avio-so – 28; Contumil – 27; e na zona de descida: Arcozelo – 27; e Luso Académico – 24. Destas cinco equipas duas vão descer para a 3ª divisão, numa competição que uma superficial análise ao calen-dário indica muita emoção até ao último minuto da úl-tima jornada. Na série 2 Sil-va Escura e Lus. Pedrouços regressaram às vitórias, su-bindo o Silva Escura para 8º e os de Pedrouços para o 11º lugar da tabela.

O Grupo Cultural e Recreativo de Vermoim está a proceder, à captação de atletas para formar

a equipa de futsal, escalão jú-nior para a época 2010 / 2011.

O clube procura jovens nas-

cidos em 1991 e 1992. Aos interessados basta compare-cerem todas as terças e quin-

tas-feiras na sede da colecti-vidade, no bairro do Sobreiro, pelas 21h00 ou no pavilhão

municipal do Castelo da Maia, local onde se realizam os trei-nos, a partir das 21h10.

O Amanhã da Criança vai realizar uma acção de for-mação de guarda-redes a ní-vel prático, que decorrerá no próximo dia 15 de Maio, entre

as 10h00 e as 12h00.Esta acção, que será mi-

nistrada pelo Professor Brás e terá um custo de 5 euros a cada participante, é a primeira

do género no concelho desde há algum tempo.

André Martins, coordena-dor da formação do Amanhã da Criança e principal dina-

mizador do evento, realçou a pertinência da iniciativa, com o facto de “hoje em dia exis-tirem cada vez mais amantes da modalidade, e com muita

vontade de aprenderem coi-sas novas, como tal, acha-mos que existia aqui a pos-sibilidade da realização de tal evento”.

Monte das Pedras categórico

Amanhã da Criança organiza curso de guarda-redes

Vermoim faz captações

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Modalidades

PRIMEIRA MÃO | Sexta-Feira 30-04-2010

Os Campeonatos de An-debol estão a terminar e as equipas maiatas

entram na fase de todas as de-cisões. Numa jornada em que o Santana se atrasou na luta pelo título, o Santa Joana voltou às vitórias e a Académica da Maia-ISMAI continua a consolidar a permanência.

Na Fase Final da 1ª Divisão de Seniores Femininos, o Santa Jo-ana teima em fazer um campe-onato irregular. Após a dupla jor-nada infeliz da semana anterior, as maiatas apresentaram uma face diferente na recepção à Ju-ve Lis e venceram por 28-26.

Com a segunda vitória nesta fase final, as comandadas de Daniela Monteiro subiram algu-mas posições e estão agora no quinto posto, com os mesmos 11 pontos do sexto, Juve Lis. Na frente segue uma dupla com 20

pontos composta por CDE Gil Eanes e pelas campeãs do Ma-deira SAD.

As maiatas voltam ao Muni-cipal de S. Pedro Fins amanhã, às 15h00, quando receberem a Juve Mar para a oitava jornada desta fase final.

Também na fase final, mas da 3ª Divisão de Seniores Mas-culinos, o Santana perdeu pela segunda vez. Os maiatos foram até ao Pavilhão Antoine Velge para defrontar o Vitória de Se-túbal e saíram derrotados por escassos 32-31.

Ao fim de três jornadas, os comandados de Francisco Monteiro ocupam a quinta po-sição com 5 pontos. Na frente está o Paço de Arcos, invicto, e com nove pontos.

Na quarta jornada, o Santana recebe o Callidas, no Municipal de Gueifães. A partida está mar-

ca para amanhã, às 18h00.Mais tranquilo está a ser o

campeonato da Académica da Maia-ISMAI. Os comandados de Paulo Sá e Mário Santos fo-ram até Santo Tirso enfrentar o Ginásio local e venceram por tranquilos 29-37.

Os maiatos continuam invic-tos na Fase de Apuramento da Zona Norte, liderando com seis vitória e 40 pontos, seguidos do Académico com 36.

A Académica da Maia-IS-MAI folga na próxima jornada e só volta a entrar em campo dentro de duas semanas para uma dupla jornada. No dia 14, às 21h00, recebe o S. Paio de Oleiros, no Municipal da Maia. Já no dia 16, às 18h00, deslo-ca-se ao Pavilhão Comendador Adelino D. Costa para defrontar o Avanca.

André Cordeiro

O Águas Santas teve uma dupla jornada bastante feliz. Uma vitória e um empate va-leram aos aquissantenses a li-derança do Grupo B da Fase Final da 1ª Divisão de Senio-res Masculinos em andebol.

Os maiatos começaram por receber o Xico Andebol, no sábado, no Pavilhão de Água Santas. Contra um adversá-rio que foi surpresa durante a fase regular, os comandados de Jorge Borges impuseram

o factor casa e venceram por 31-29.

Já esta quarta-feira os aquissantenses tiveram uma sempre complicada desloca-ção aos Açores para defron-tar o Sporting da Horta. A

partida foi sempre bastante equilibrada e o resultado final traduz isso mesmo, pois no fim dos 60 minutos o marca-dor registava uma igualdade a 28 golos.

O Águas Santas lidera ago-

ra a tabela classificativa com 32 pontos, mais dois que o segundo, Sporting da Horta, mas com mais um jogo reali-zado que os açorianos.

Na quinta jornada desta fa-se, que terá lugar amanhã, os

maiatos regressam ao Pavi-lhão de Águas Santas para defrontar o penúltimo classi-ficado Fafe. A partida tem iní-cio marcado para as 18h00.

André Cordeiro

Santana perde, o resto ganha

Águas Santas empata e mantém liderança

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PRIMEIRA MÃO | Sexta-Feira 30-04-2010 15

Modalidades

Os nadadores do Clube de Natação da Maia desdobraram-se em

três frentes no passado fim-de-semana, onde obtiveram vários lugares de destaque e recordes pessoais.

No dia 24 de Abril, o CNM participou no XXVI Torneio de Natação CNAC – Shigeo Tsukagoshi, que teve lugar no Complexo de Piscinas Olímpi-cas de Coimbra e contou com a presença de 20 clubes, num total de 266 nadadores, oito dos quais maiatos.

Nesta prova o maior desta-que vai para os recordes pes-soais de Maria Beatriz Ribei-ro nos 200m Livres, Francisco Rodrigues nos 200m Livres e 100m Bruços, Rita Oliveira nos 200m Livres e Paulo Sil-va nos 100m Costas.

Já no dia 25 de Abril decor-reu o 23º Torneio Internacional Técnicas Simultâneas – CFV, organizado pelo próprio clu-be em conjunto com a ANNP. O Clube de Natação da Maia participou com oito nadadores que obtiveram cinco recordes

pessoais. Além destes recor-des, os maiatos chegaram ao pódio por três vezes: Beatriz Ribeiro foi 2ª nos 100m ma-riposa; Leonardo Figueiredo terminou em 2º nos 100m bru-ços; e Luís Oliveira obteve o 3º lugar nos 100m mariposa.

Ainda no Dia da Liberdade, a Póvoa de Varzim acolheu os campeonatos nacionais uni-versitários, onde o CNM es-teve representado por dois nadadores de Natação Adap-tada. Telmo Dias e Ana Castro melhoraram os tempos das

provas onde participaram, um bom tónico na preparação pa-ra o Campeonato do Mundo de Síndrome de Down, que se realiza em Outubro.

Já este fim-de-semana re-aliza-se o Torneio Natação de Valongo onde os maiatos vão participar com Paulo Silva, João Queijo, Cláudio Pinhei-ro, Luís Neto, Maria Oliveira, Rita Oliveira, Filipa Sousa e Joana Maia.

André Cordeiro

O ciclista da Maia Bike/Team, Fábio Palma, assumiu a liderança da Taça de Portu-gal Sub-23. O corredor maia-to foi décimo primeiro no II Memorial Bruno Neves, dis-putado em Oliveira de Aze-méis, terceira prova pontu-

ável para a Taça, e ultrapas-sou Marco Coelho (Liberty Seguros/SM Feira) no topo da classificação.

Nesta corrida de 143 km, repartidos por seis voltas num constante sobe e desce, em que a vitória sorriu ao espa-

nhol David Barnabeu (Bar-bot-Siper), Fábio Palma foi o maiato melhor classificado e a investida valeu-lhe também a camisola de vencedor do pré-mio de melhor jovem.

Os restantes ciclistas da Maia Bike/Team também ob-

tiveram classificações inte-ressantes com Casimiro Oli-veira a ser 24º, Flávio Gomes foi 31º, Sandro Pinto chegou na 36ª posição e Paulo San-tos foi o pior posicionado ao chegar no 70º lugar da geral.

Na geral do troféu sub-

23, Fábio Palma dispõe de 170 pontos diante de 140 de Marco Coelho (Liberty Seguros/SM Feira), anterior comandante da competição. Bruno Borges (ASC-Vitória-RTL) preenche o terceiro lu-gar com 130 pontos, quan-

do restam duas provas para cumprir.

A Taça de Portugal Elite e Sub-23 prossegue com a re-alização da Clássica de Ama-rante, no dia 9 de Maio.

André Cordeiro

O Amanhã da Criança, re-presentado por Albano Pinhei-ro, Carlos Dantas, Rui Trindade e João Félix, bateu o NXVSC - Didaxis “A” de Braga num en-contro dos 1/16 de final da Taça de Portugal de Xadrez. Nesta partida, que teve lugar na sede dos maiatos no dia 10 de Abril, até se registava um empate a dois jogos no final, mas o Ama-nhã da Criança levou a melhor por ter vencido no tabuleiro superior.

Os oitavos de final da prova estão marcados para dia 29 de Maio e os maiatos defrontarão um adversário ainda a sortear.

No Campeonato Nacional por equipas da 3ª Divisão Série

B, o Amanhã da Criança tam-bém venceu na quarta jornada. Os maiatos receberam o Grupo Desportivo Dias Ferreira IV, de Matosinhos, e levaram a me-lhor por 3-1.

Com este resultado, a for-mação de Águas Santas lidera a classificação com 11 pontos, tantos quantos o Moto Clube do Porto II / Alpi e GD Dias Fer-reira III, segundo e terceiro res-pectivamente.

Na quinta jornada, que terá lugar amanhã, o Amanhã da Criança desloca-se a Matosi-nhos para defrontar outro dos líderes do campeonato, o GD Dias Ferreira III.

André Cordeiro

Amanhã da Criança segue na Taça de Portugal de xadrez

Fábio Palma lidera Taça de Portugal Sub-23

Três frentes com frutos

A equipa de seniores fe-mininos da Fundação Nor-tecoope está imparável es-ta temporada. As maiatas seguem invictas rumo ao quinto título consecutivo e na semana passada golea-ram mais uma vez. A equi-pa masculina é que não esteve tão bem. Perdeu e atrasou-se na luta pelo segundo lugar do campe-onato.

Na Zona Norte do Cam-peonato de Seniores Femi-ninos, a Fundação somou a 16ª vitória consecutiva na prova e logo com uma go-leada. As comandadas de Custódio Silva receberam a Académica de Coimbra e “cilindraram” as conimbri-censes por 14-0.

Com este resultado, a Fundação mantém a inven-cibilidade quando faltam apenas duas jornadas para o final da Fase Regular. Si-multaneamente conservam a liderança da Zona Norte com 48 pontos, mais onze que o segundo classificado, Colégio dos Carvalhos.

As maiatas regressam

aos ringues já amanhã, às 20h00, altura em que se deslocam ao pavilhão do Colégio dos Carvalhos pa-ra disputar a penúltima ron-da desta fase.

Na 2ª Divisão - Zona Nor-te de Seniores Masculinos, a Fundação não teve uma prestação tão vantajosa. Na visita a casa do Infante Sa-gres, adversário directo na luta pelo segundo posto da tabela, os maiatos perde-ram por 7-5.

Os comandados de Do-mingos Oliveira caíram assim para o quarto lugar, com 48 pontos, tantos quantos o terceiro APDG Penafiel e menos três que o segundo Infante Sagres. Na frente segue o já cam-peão da Zona Norte, Hó-quei de Cambra, com 65 pontos.

A Fundação entra em rin-gue amanhã para disputar a jornada 27, ronda na qual recebe o Famalicense, no Pavilhão Nortecoope, a partir das 21h00.

André Cordeiro

Uma Fundação imparável

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ANO VII N.º 501www.primeiramao.pt [email protected] DIRECTOR: JOSÉ FREITAS Sexta-Feira 30 de Abril de 2010 SEMANÁRIO DA MAIA