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Prof. : elda thainara
Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080 Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234
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Conceitos geográficos
Estudamos até aqui o histórico da Geografia bem como a importância do seu estudo.
Portanto, para darmos continuidade nos conteúdos a serem estudados nas próximas aulas, é
necessário compreender que a Geografia possui alguns conceitos, que atuam como base
estruturante para a mesma.
Já vimos que a produção do espaço geográfico é o principal objetivo da geografia, desta
maneira os conceitos geográficos atuam para melhor compreender tal fenômeno, são eles: a
paisagem, a região, o lugar e o território.
A Paisagem pode ser entendida como “conjunto de objetos e de relações que se realizam sobre esses objetos” (SANTOS, 1988), e ainda “ tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão alcança, é a paisagem. Esta pode ser definida como o domínio do visível, aquilo que a vista abarca. Não é formada apenas de volumes, mas também de cores, movimentos, odores, sons etc (SANTOS, 1988. p.61), sendo a paisagem, portanto, tudo o que a vista alcança, ela pode ser natural ou também cultural, ou seja, construída pelo homem, e pode ser além de vista, também sentida e escutada.
Imagem 1: Paisagem Natural. Fonte:
https://www.google.com.br/search?q=paisagem+natural&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi_joOogOnTAhUBGJAKHSW6BmMQ_AUICigB&biw=877&bih=434#imgrc=E0QXrR9H65LxPM:
Imagem 2: Paisagem cultural. Fonte:
https://www.google.com.br/search?biw=877&bih=434&tbm=isch&sa=1&q=paisagem+cultural&oq=paisagem+cultural&gs_l=img.
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4J1GM:
A Região se trata de um conceito muito utilizado pelo senso comum, empregado para
descrever basicamente a diferenciação de áreas. Para a Geografia, a região se trata de uma
construção intectual, ou seja uma criação humana, que diferencia e homogeneíza áreas de
acordo com as características em comum. Desta forma, existem diversos tipos de região,
podendo ser naturais, econômicas, políticas, entre outras. Este conceito é muito utilizado
pelos Estados-Nação para dividir o território a fim de um melhor gerenciamento do mesmo.
Pode ser adotada também por órgãos de saúde para facilitar o entendimento das áreas e
consequentemente o direcionamento de medicamentos, e pessoal para trabalhar em
determinada epidemia, por exemplo.
Imagem 3: Regiões brasileiras-IBGE. Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/brasil/regioes-brasileiras.htm
O Lugar tem uma ligação direta com a percepção de cada indivíduo, e pode ser desta
forma mais humanista, relativo, diz respeito as experiências vividas por este indivíduo bem
como suas relações interpessoais e socioambientais e desta forma, a maneira particular como
cada um concebe e entende o espaço em que está inserido, ou seja, seu espaço vivido. O
conceito de Lugar, por esta perspectiva, está ligado as questões culturais, de identidade e de
pertencimento.
O Território muitas vezes é associado ao âmbito político ou geopolítico, pode ser
entendido como a delimitação do espaço físico de um país por exemplo, mas vai muito além
do território de um Estado-Nação, pelo contrário ele pode se materializar em diversas escalas,
podendo ir desde o território de um país até mesmo o território dentro de uma sala de aula.
Mas o que isto quer dizer? Isso diz respeito ao real sentido deste conceito, que só existe
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através do poder, ou melhor, das relações de poder exercidas pelos diversos grupos nos
diversos segmentos da sociedade.
Peguemos o exemplo da sala de aula, o território da sala é delimitado por um outro
conceito importante na geografia, as fronteiras, que delimitam este território. Neste caso a
“fronteira” da sala são as paredes, e dentro da mesma existe um poder sendo exercido, cujo
este é exercido pelo professor, autoridade máxima neste ambiente. Logo esta sala de aula
pode estar dividida entre o grupo das meninas, o dos meninos, o do pessoal do “fundão”,
desta forma, todos estes grupos, atuam como pequenos territórios dentro da sala,
estabelecidos pelas relações de poder exercidas e estabelecidas entre eles.
Para ficar mais claro, podemos utilizar o exemplo clássico dos Estados-Nação. Sabemos
que para um país existir, este necessita ter um espaço físico, delimitado, que é o território,
para esta delimitação são necessárias as fronteiras, que podem ser naturais (rios, montanhas,
etc.) ou então artificiais (ponte, rua, muro, cerca, etc). Através desta delimitação, através do
poder, pode se distinguir onde termina um território de um país e onde começa o de outro
país.
Imagem 4: Tríplice Fronteira Brasil/Argentina/Paraguai, exemplo de fronteira natural. Fonte:
http://www.criatives.com.br/2015/11/19-fotos-que-mostram-como-e-a-fronteira-entre-alguns-paises-do-mundo/
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Imagem 5: Fronteira entre E.U.A e México, exemplo de fronteira artificial. Fonte:
http://www.folharondoniense.com.br/mundo/mexico-diz-que-nao-pagara-por-muro-na-fronteira-com-os-estados-unidos/
Noções de Localização e Coordenadas Geográficas
Como vimos até aqui, estudar Geografia é uma forma de entendermos o mundo em que
vivemos, mas como entendemos o que é o mundo? Como nos localizamos nele?
Noções básicas de localização
Imagem 1: A rosa dos ventos, os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais.
Na imagem acima podemos observar a rosa dos ventos, um dos instrumentos mais
antigos para localização, que indica os pontos cardeais e os colaterais, oferecendo assim as
direções na superfície terrestre.
Os pontos Cardeais são os principais, e indicam as quatro direções e Hemisférios do
planeta terra, e são representados pelas letras iniciais do nome de cada um deles, que são:
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Norte (N)
Sul (S)
Leste (L) ou (E)*
Oeste (O) ou (W)*
*Muitas vezes podemos encontrar o ponto cardeal Leste sendo representado pela letra E e o
Oeste representado pela Letra W, isto pelo fato de se utilizar um padrão internacional, cujo o
idioma oficial é o inglês, sendo, portanto, representados por suas respectivas siglas em neste
idioma, E de East (Leste em inglês) e W de West (Oeste em Inglês).
Além dos pontos cardeais, ainda há os pontos colaterais, que nada mais são que a
junção entre dois pontos cardeais, por exemplo:
Norte + Leste = Nordeste (NE)
Leste + Sul= Sudeste (SE)
Sul + Oeste = Sudoeste (SW)
Oeste + Norte = Noroeste (NW)
Por fim, temos os pontos subcolaterais, com uma posição mais específica:
Entre o Norte e o Noroeste: Nor-noroeste (NNW) Entre o Norte e o Nordeste: Nor-nordeste (NNE) Entre o Oeste e o Noroeste: Oés-noroeste (WNW) Entre o Oeste e o Sudoeste: Oés-sudoeste (WSW) Entre o Leste e o Nordeste: Lés-nordeste (ENE) Entre o Leste e o Sudeste: Lés-sudeste (ESE) Entre o Sul e o Sudoeste: Sul-suldoeste (SSW) Entre o Sul e o Sudeste: Sul-suldeste (SSE) Hemisférios A palavra hemisfério significa metade da esfera. Assim, a Terra é dividida em quatro
hemisférios, de acordo com os pontos colaterais, como já mencionado anteriormente,
recebendo cada um três nomes, conforme esquema abaixo:
Imagem 2 : hemisférios Norte/Sul Imagem 3: hemisférios Leste/Oeste
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Os hemisférios Norte-Sul são divididos a partir de uma linha que corta o planeta no
sentido horizontal, esta é denominada de Linha do Equador.
No sentido vertical, a partir do Meridiano central, ou Meridiano de Greenwich (GMT)
temos os hemisférios Leste, também conhecido como Oriental e Nascente; e Oeste ou
também conhecido como Ocidental e Poente.
Paralelos
Os Paralelos são linhas imaginárias traçadas paralelamente a linha do Equador, a uma igual
distância em relação aos polos, e indicam a Latitude de um local. Devido ao planeta Terra ser
representado por uma esfera, a circunferência da Linha do Equador é medida em graus, de
maneira que a Latitude também é expressa em graus.
Desta maneira a Latitude é a distância de qualquer ponto da superfície terrestre em relação a
linha do Equador, medida em graus, variando então de 0° (Equador) a 90° para o norte; e 0°
(Equador) a 90° para o sul.
A linha do Equador é o principal paralelo, porém existem outros que possuem igual
importância e recebem então nomes especiais, como o Trópico de Câncer no Hemisfério Norte
e Trópico de Capricórnio no Hemisfério Sul; Círculo Polar Ártico no Norte e Círculo Polar
Antártico no Sul.
** Obs: É importante lembrar que essas linhas são imaginárias, e nada mais são que
elementos geográficos que estão presentes nos mapas e são utilizados para facilitar a
localização.
Imagem 4: Paralelos e Latitude. Fonte: https://blogdoenem.com.br/latitude-paralelos-longitude-meridianos/
Meridianos
Os meridianos são linhas imaginárias que cortam perpendicularmente os paralelos e vão
de um pólo ao outro. O meridianos se mostram então, no sentido vertical e são responsáveis
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por denominar a Longitude, que nada mais é que a distância de qualquer ponto da superfície
terrestre em relação ao Meridiano Central, ou melhor dizendo o Meridiano de Greenwich.
Desta forma, a longitude varia de 0° no Meridiano de Greenwich até 180° para Leste, e
180° para Oeste.
** Obs: É importante lembrar que nenhum meridiano circunda totalmente a superfície
terrestre, de modo que na outra face, se localiza um antemeridiano, ou seja, o seu meridiano
oposto. O antemeridiano de Greenwich é a Linha Internacional de Mudança de Data.
Imagem 5: Meridianos e Longitude. Fonte: https://blogdoenem.com.br/latitude-paralelos-longitude-meridianos/
Coordenadas Geográficas
O cruzamento de um paralelo com um meridiano localiza precisamente qualquer ponto
na superfície terrestre, este encontro, portanto é denominado de Coordenas Geográficas,
identificadas por um par de medidas, expressadas por graus minutos e segundos, como o
exemplo abaixo:
23° 18’ 23’’ N
35° 21’ 54” E
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Imagem 6: Sistema de coordenadas Geográficas. Fonte: https://brainly.com.br/tarefa/1854185
Leitura complementar: Como funcionam os modernos meios de orientação?
Atualmente, os pilotos de aviões e de navios dispõem de meios modernos e eficientes, que
lhes permitem orientar seus movimentos com grande precisão. Entre esses meios, os mais
comuns são o rádio, o radar e os satélites artificiais.
O rádio emite sinais através de ondas que se propagam no ar. Nos aeroportos, por exemplo,
existem estações de rádio, que transmitem sinais dirigidos, destinados a orientar a descida das
aeronaves.
Por sua vez, os aviões são equipados com um aparelho receptor chamado radiogoniâmetro.
Conforme a direção, a intensidade e o volume dos sinais recebidos, o piloto fica sabendo a
posição exata de seu avião, podendo então orientar corretamente seus movimentos. Desse
modo, a aterrissagem torna-se possível mesmo durante a noite e sob mau tempo (nevoeiro,
por exemplo), quando o piloto não tem boa visibilidade da pista onde deverá pousar
O radar é um complexo aparelho eletrônico, muito utilizado para orientar a navegação aérea e
marítima.
O radar possui uma antena, que emite ondas de rádio. Ao se chocarem contra um avião ou um
navio, essas ondas retornam a seu ponto de origem, onde são captadas por um aparelho
receptor, que as transforma em impulsos elétricos. Esses impulsos são transmitidos a uma
tela, semelhante à de um televisor, onde aparecem sob a forma de sinais luminosos.
Então, pela tela do radar é possível acompanhar o movimento do avião ou do navio e, através
do rádio orientar as ações do piloto.
Os meios mais modernos de orientação utilizam o sistema GPS (Global Positioning System),
que funciona com base em uma rede de 24 satélites artificiais, circulando a 20 mil metros de
altitude e enviando sinais à Terra permanentemente.
Entre esses meios, o mais notável é o GPS IPS 360 Pyxis, um pequeno e sofisticado aparelho
dotado de uma antena para receber os sinais dos satélites. Medindo o tempo que uma onda
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de rádio emitida por cada satélite leva para chegar até ele, o Pyxis calcula automaticamente a
latitude, a longitude e, se for o caso, a velocidade do veículo em que estiver instalado.
Referências
FARIA, Elda. T. A FOTOGRAFIA E O ESTUDO DA CATEGORIA DE PAISAGEM NO ENSINO
FUNDAMENTAL. XII Encontro de Ensino de Geografia, mostra de estágio e de pesquisa- I
Fórum Paranaense deformação. UEL, 2014.
SANTOS, M. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988.
Mundo Educação-Categorias e conceitos da Geografia. Disponível em:
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/categorias-conceitos-geografia.htm Acesso
em: 11 maio.2017.
Os movimentos do Planeta Terra e suas consequências
Até a Idade Média (século XV–XVI) acreditava-se que o Planeta Terra se tratava de um
corpo imóvel, e que este seria o centro do universo, ao redor do qual circulavam o Sol e os
outros planetas. Ao fim do período medieval, outros estudos, iniciados por Nicolau Copérnico
e difundidos por toda a Europa, discutiam a premissa de um planeta estático e de um universo
Geocêntrico, propondo uma nova teoria.
Atualmente, devido a esses avanços científicos iniciados ainda no século XVI, temos a
consciência de que o universo não é imóvel, nem mesmo gira em torno do Planeta Terra, mas
sim em torno do Sol, de modo que a Terra se trata de apenas mais um dos planetas que giram
ao redor do Sol, movimento que denominamos de translação. Além disso, sabemos que nosso
planeta também realiza um movimento em torno do seu próprio eixo, o qual chamamos de
rotação.
O movimento de rotação e os fusos horários
Para que estudamos os fusos horários? Por que a hora não é a mesma em todos os
lugares? Por que enquanto o sol está “nascendo” no Brasil, já está se “pondo” no Japão?
Estes fenômenos acontecem devido a configuração de tempo estar ligada com o
movimento de rotação do planeta e o movimento aparente do sol, mas o que seria tal
movimento?
Movimento de Rotação: é o movimento que a Terra faz em torno do seu próprio eixo
imaginário. Neste movimento, o planeta gira de oeste para leste, a uma velocidade de 1669
Km/h aproximadamente, na região da linha do Equador de maneira que esta velocidade vai
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diminuído em direção aos polos. Duração do movimento: 23h 56m e 4 s (aproximadamente
24h);
Imagem1: movimento de rotação.
Este movimento faz com que uma área do planeta esteja iluminada, enquanto que a
área oposta se encontra em completa escuridão. Este fenômeno faz que que tenhamos a
impressão de que o Sol está se movimentando, porém, o que realmente ocorre, como já vimos
é o movimento da Terra em torno do seu próprio eixo.
Entre as consequências do movimento de rotação podemos destacar: a dilatação da
região do Equador, e o achatamento dos polos; desvio dos ventos e correntes marítimas para
oeste (força de Coriólis); por fim a sucessão dos dias e das noites e consequentemente os fusos
horários.
A diferença de horas entre os vários lugares do planeta, como já comentado
anteriormente, originado pelo movimento de rotação, tornou necessário a criação de um
sistema de 24 fusos horários, a fim de estabelecer uma forma de marcar a hora local e
diferencia-las ao redor do globo. Este sistema tem como base o meridiano de Greenwich, a
partir do qual foram estabelecidos 12 fusos para oeste 12 para leste. Mas como chegou-se a
este consenso?
Ao realizar o movimento de rotação, a Terra demora aproximadamente 24 horas, e
mostra ao Sol sua esfera terrestre, que mede 360° de circunferência, desta maneira entende-
se que ela demora 24 horas para percorrer a distância de 360°, logo 360°: 24 = 15°. Sendo
assim, cada fuso horário corresponde a uma faixa da superfície terrestre entre dois meridianos
com a medida de 15° entre eles.
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Imagem 2: fusos horários. Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/geografia/fuso-horario.htm
Como já dito anteriormente, a contagem dos fusos inicia-se no Meridiano de Greenwich,
cujo marco se localiza na cidade de Londres-Inglaterra. A hora marcada neste meridiano é
conhecida como GMT (Greenwich Mean Time – Hora Média de Greenwich). Desta forma, as
áreas localizadas a Leste de Greenwich tem suas horas adiantadas, e, por conseguinte as horas
a Oeste de Greenwich estão atrasadas. Isto se dá devido ao fato de as localidades a Leste, por
conta do movimento de rotação da Terra, recebem primeiro os recebem primeiro os raios
solares (sol “nasce” a Leste) em relação a Oeste.
Alguns países, por terem uma grande extensão territorial no sentido Leste-Oeste tem
por consequência mais de um fuso horário, como é o caso da Rússia (maior país do mundo),
que possui 11 fusos ao longo do seu território. O Brasil também não se mostra diferente,
considerado o 5° maior país do mundo, possui quatro fusos horários, de acordo com a Lei nº
12.876, de 30/10/2013, sendo que todos eles possuem horas atrasadas em relação a
Greenwich, o que é determinado pelo fato de o Brasil estar totalmente situado a Oeste de
Greenwich (Hemisfério Ocidental).
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Imagem 3: Os fusos horários brasileiros. Fonte: http://marcosbau.com.br/geogeral/fusos-horarios-solsticios-equinocios-e-
coordenadas-geograficas/
O movimento de translação e as estações do ano
Movimento de Translação: é o movimento que a Terra executa em torno do Sol em
órbitas elípticas. Ao realizar este movimento o planeta mantém uma determinada velocidade,
que é menos quando se afasta mais do sol, e maior quando se aproxima do mesmo, ou seja, a
Terra não está sempre a mesma distância do Sol.
O afastamento da Terra em relação ao Sol, denominamos de Afélio (aproximadamente
152.000.000 Km de distância), e a maior proximidade denominamos de Periélio
(aproximadamente 147.000.000 Km de distância).
O movimento de translação tem uma duração de 365 dias, 5 horas e 48 minutos, que é o
tempo que a Terra demora para realizar o movimento ao redor do Sol. A principal
consequência deste fenômeno é a sucessão dos anos, que de acordo com o calendário
ocidental possui 365 dias, as outras aproximadamente 6 horas vão se acumulando, de modo
que no intervalo de 4 anos é acrescido um dia a mais no ano, fato que denominamos de ano
bissexto, possuindo assim 366 dias.
Além de ser o responsável pela sucessão dos anos, o movimento de translação possui
uma outra consequência muito importante para a vida na Terra, que é a alternância das
estações do ano.
As estações do ano são determinadas, pois, a Terra possui um eixo de inclinação. Esta
inclinação influencia diretamente da distribuição da iluminação na superfície terrestre,
conforme o período do ano. Desta forma, considerando-se a esfericidade da Terra em
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conjunto com a inclinação do seu eixo, os hemisférios Norte e Sul, durante o movimento de
Translação, não recebem a mesma quantidade de luz solar, o que resulta nas estações do ano,
apontando dois extremos:
Solstícios: A circunferência equatorial está a 23o27’30” da eclíptica, sendo este, o
momento de maior afastamento entre o Plano da Órbita e o Plano do Equador. Ocorre em 21
de junho e 21 de dezembro. Os hemisférios recebem iluminação desigual. Um dos pólos
encontra-se iluminado e outro na escuridão total. Os Solsticios marcam a entrada do Verão e
do Inverno.
Solsticio de Verão: “maior” dia do ano.
Solstício de Inverno: “maior” noite do ano.
Equinócios: A circunferência equatorial coincide com a eclíptica. Isto é, o Plano da
Órbita coincide com o Plano do Equador. Ocorre em 21 de março e 23 de setembro. Os dois
hemisférios recebem a mesma quantidade de luz. Nesse caso os períodos de dia e de noite
possuem a mesma duração. Ou seja, nos equinócios os dias e as noites são iguais em duração.
Os Equinócios marcam a entrada da Primavera e do Outono.
Imagem 4: Solstícios/Equinócios e as estações do ano. Fonte: http://magianodiaadia.blogspot.com.br/2016/05/solsticio-
e-equinocio.html
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Cartografia: projeções cartograficas
Projeção cartográfica é a representação de uma superfície esférica num plano (o mapa)
ou, ainda, um sistema plano de paralelos e meridianos sobre os quais pode-se desenhar um
mapa. Como a esfera não é um sólido desenvolvível, obrigatoriamente sofrerá deformações
quando projetada sobre um plano. As deformações podem ser em relação ás distâncias, ás
áreas ou os ângulos; por isso cabe ao cartógrafo escolher o tipo de projeção que melhor
atenda aos objetivos do mapa. As opções são de três tipos:
Equidistância – são as projeções que mantêm as distâncias corretas:
Equivalência – são as projeções que mantêm a proporção entre área real e sua representação
no mapa;
Conformidade – são as projeções que mantêm a igualdade dos ângulos na Terra no mapa.
O globo terrestre artificial, guardada as proporções, constitui a mais perfeita
representação da Terra, pois, sendo igualmente esférico, nos dá uma idéia bastante
aproximada da realidade, apresentando ainda as seguintes vantagens ou características;
• mostra-nos todos os continentes, os oceanos, as principais cadeias montanhosas;
• possibilita a simulação dos movimentos da Terra;
• apresenta as distâncias em latitude e longitude.
Por outro lado, o globo artificial apresenta alguns inconvenientes, tais como;
• sua dimensão, geralmente reduzida, não permite um grande número de informações:
• se construído em tamanho muito grande, torna-se de elevado custo e de difícil manuseio;
• é mais utilizado para informações generalizadas da superfície terrestre.
Classificação das projeções
Embora existam diversos tipos, as projeções costumam ser agrupadas em três tipos
básicos: cilíndricas, cônicas e azimutais.
As projeções cilíndricas baseiam-se na projeção dos paralelos e dos meridianos em um
cilindro envolvente, posteriormente planificado. Têm as seguintes características:
• os paralelos e os meridianos são linhas retas que se cruzam em ângulos retos;
• o intervalo entre os meridianos é constante, e a escala é verdadeira sobre o Equador;
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• as regiões de elevadas latitudes aparecem bastante exageradas ( na latitude de 60º chega a ser de 100º);
A mais conhecida projeção cilíndrica é de Mercator (1569), a preferida pelos navegantes
Imagem 1: projeção cilíndrica.
As projeções cônicas baseiam-se na projeção do globo terrestre sobre um cone que o
tangencia, sendo depois planifico. A projeção cônica simples apresenta as seguintes
características:
• os meridianos são linhas retas e convergentes, e os paralelos são círculos concêntricos;
• os paralelos e os meridianos estão separados por distâncias iguais; São mais utilizadas para representar regiões de latitudes médias.
Imagem 2: projeção cônica.
As projeções azimutais baseiam-se na projeção da superfície terrestre num plano. Têm
as seguintes características:
• os meridianos são linhas retas divergentes, e os paralelos são círculos concêntricos;
• as distorções aumentam a partir do centro (ponto de tangência);
• são as preferidas para representar as regiões polares.
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Imagem 3: Projeção azimutal.
Projeção de Mercator
A projeção de Mercator é uma projeção cilíndrica conforme que distorce a proporção do
tamanho dos continentes, mas mantém correta a forma. Essa projeção reforça a visão
eurocêntrica – a Europa como o centro do mundo – e expressa a dominação econômica e
cultural dos países do hemisfério norte sobre os países do hemisfério sul.
Imagem 4: Projeção de Mercator 1569
Projeção de Peters
É também uma projeção cilíndrica, com os paralelos e meridianos representados
ortogonalmente. As áreas dos continentes são reproduzidas fielmente, porém deforma o
formato dos mesmos. As regiões de baixa latitude aparentam se alongar, enquanto as de alta
latitude parecem que estão achatadas. Dessa característica, a denominação de um “mapa para
um mundo mais solidário”, na qual os países subdesenvolvidos são destacados.
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Imagem 5: Projeção de Peters
ALMEIDA, Lúcia M. A; RIGOLIN, Tércio B. Geografia. São Paulo, 1ª ed. Editora Ática, 2002.
Geocotidiano- Geografia Fusos Horários. Disponível em:
http://geocotidiano.xpg.uol.com.br/ano1_texto4.html Acesso em: 13 maio.2017.