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Profa. Ângela Imaculada Loureiro de Freitas Dalben
Diretora da MAGISTRA
Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional dos Educadores de MG
ENCONTRO DE DIRETORES DAS ESCOLAS DO CAMPO
A construção dos saberes e as possibilidades de projetos pedagógicos nas Escolas do Campo
ENCONTRO DE DIRETORES DAS ESCOLAS DO CAMPO
A construção dos saberes e as possibilidades de projetos pedagógicos nas Escolas do Campo
Agosto / 2013
ESCOLA = LUGAR DA AÇÃO EDUCACIONAL
Segundo a LDBEN 9394/95 – Art.22“ A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
ESPECÍFICO X UNIVERSAL
A educação básica no meio rural tem por objetivo a oferta de uma educação de qualidade que assegure o direito do estudante ao acesso e permanência na escola.
O específico do meio e a sua valorização cultural não invalidam o caráter universal do conhecimento acumulado
socialmente.
ESCOLA = LUGAR DA AÇÃO EDUCACIONAL
O ALUNO APRENDEU O QUE FOI ENSINADO? Mas... o que está sendo ensinado nas escolas?
O QUE O PROFESSOR ENSINOU? Mas... o que ele desejava ensinar?
O QUE UMA CRIANÇA OU JOVEM TEM CONDIÇÕES DE APRENDER?
Mas... o que está sendo ensinado a ela?
O QUE DEVE SER ENSINADO E APRENDIDO NA ESCOLA BÁSICA?Mas,... é isso que estamos ensinando?
CADA ESCOLA APRENDE E ENSINA COISAS DIFERENTES!CADA PROFESSOR ENSINA O QUE DESEJA, DO JEITO QUE DESEJA!
modos de ver e de interpretar a realidade
A construção de uma ação educativa envolve a capacidade de leitura e compreensão do
campo de valores que estruturam, historicamente, determinado contexto.
Caráter contraditório da realidade
O FRIO PODE SER QUENTE?
AUTORA: JANDIRA MASUR
O FRIO PODE SER QUENTE?
As coisas têm muitos jeitos de ser
Depende do jeito da gente ver
O comprido pode ser
curto
e o pouco pode ser
muito11X0
E o doce pode ser amargo
O fino pode ser redondo
E cheia
de remédio ficar tanto
que não dá nem para engolir?
Como será
que pode
uma colher
cheia de doce
parecer tão
pouquinho
que não dá
nem para sentir?
Uma
árvore
é tão grande
se a gente
olha lá
para cima
Masdo alto de
uma montanhaela parece
tão pequeninha
Grandeou pequena
depende do quê?Depende de onde
a gente vê
Quem jáse queimou
num pedaçode gelo
e sentiumuito friodepois de umbanho quente
não podese espantardo friopoder queimare o quentetambém esfriar
O comprido pode ser curtoo fino poder redondoParece mesmo que no fimo bom pode ser ruimE neste caso por que nãoo ruim também poder ser bom?
Curto e compridoBom e ruimVazio e cheioBonito e feio
São jeitosdas coisas serDepende do jeitoda gente ver
1X0X
Opouco
pode sermuito
Oquente
pode serfrio
Seráque tudo
estáno meio
e não existesó o bonito
ousó o feio?
Verde um jeito agora
e de outro jeitodepois
Oumelhor ainda
ver na mesma horaos dois
• Valores
• Modos de se ver no mundo
• Histórias de vida e suas representações
• Angústias
• Anseios
• Expectativas
Como o profissional vê a sua própria profissão?
Saberes da experiência
Todo professor carrega uma prática de vida e uma história concreta
“A prática de pensar a prática e de estudá-la leva à percepção anterior e ao conhecimento do conhecimento anterior que, de modo geral, envolve um novo conhecimento”.
(FREIRE. 1993)
Por isso que, na formação continuada dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática.
Importância das memórias dos professores nos processos de formação
RELAÇÃO PEDAGÓGICA RELAÇÃO PEDAGÓGICA
VÍNCULO DE ENSINO/APRENDIZAGEM
C O N T E Ú D O
Componente chaveComponente chave
S E N T I DO
Manutenção Alteração Transformação
ATITUDES ATITUDES IDÉIAS IDÉIAS
HABILIDADESHABILIDADES COMPORTAMENTOS COMPORTAMENTOS
VALORES VALORES
“ENSINAR EXIGE COMPREENDER QUE A EDUCAÇÃO É UMA FORMA DE INTERVENÇÃO NO MUNDO.”
Intervenção que, além do conhecimento dos conteúdos bem ou mal ensinados e/ou aprendidos, implica tanto o esforço de reprodução da ideologia
dominante quanto o seu desmascaramento[...]
Ao reconhecer que, precisamente porque nos tornamos seres capazes de observar, de comparar, de avaliar, de escolher, de decidir, de intervir, de romper,
de optar, nos fizemos seres éticos e se abriu para nós a probabilidade de transgredir a
ética, jamais poderia aceitar a transgressão como um direito, mas como uma possibilidade.
PAULO FREIRE(Pedagogia da autonomia, 1998)
Todo estudante carrega uma prática de vida e uma história concreta
“ Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos. Por isso mesmo pensar certo coloca ao professor ou, mais amplamente à escola, o dever de não só respeitar os saberes com que os educandos chegam a elas, mas também, como há mais de trinta anos venho sugerindo, discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes em relação aos conteúdos de ensino.”
(Paulo Freire , 1989)
COMO ?
“... o diálogo tem estímulo e significação: pela crença no homem e nas suas possibilidades, pela crença de que somente chego a ser eu mesmo quando os demais chegarem a ser eles mesmos.”
PAULO FREIRE ( 1980)
(Educação como prática da liberdade)
DIÁLOGO
AMOROSO
ESPERANÇOSO HUMILDE
CONFIANTE
Identidade da escolana escola
na sala de aula
Relação com as famílias e a comunidade
Relação com o conhecimento
curricular
sócio cultural
PROJETO PEDAGÓGICO # DOCUMENTO
Organização do trabalho
PROJETO PEDAGÓGICO / Identidade da escola
Qual é a realidade da escola do campo?Dispersão territorial, deslocamentosLuta por direitos
Diversidade de gênero, etnias, religiosidade...
O que existe de específico no PPP desta escola? Sentidos e significados dos conteúdos da vida sociocultural no campo...
O que constitui o contexto sociocultural da comunidade ou quais os saberes são próprios dos sujeitos da escola do campo?A cultura - os modos e hábitos do cotidiano , os sentidos e significados do trabalho com a terra, a água, as plantas...
Para a construção da Identidade sociocultural da
escola
Escola instituição
social
Escola da rede X
programa X
Escola realidade
sócio-cultural
EIXOS BÁSICOS PARA A REDE DE INFORMAÇÕES DA CULTURA ESCOLAR
Como vê o papel social da escola?
Em quais bases, princípios e fundamentos específicos a rede/sistema se apoia?
Quais valores e conhecimentos da cultura das famílias compõem o projeto da escola?
Qual é a realidade sócio-cultural do entorno da escola?
Realidade da escola
Comunidade
Projeto Pedagógico
Qual é a realidade que temos?
Qual é o repertório de saberes, formas de aprender e fazer conhecimento próprios da comunidade da escola?
A escola legitima esses saberes da comunidade construídos a partir das experiências de vida?
Eu reconheço os conhecimentos, atitudes e habilidades próprios dos meus estudantes como?
Existe um projeto de tempos e espaços pedagógicos próprios das necessidades e interesses da comunidade?
EIXOS BÁSICOS PARA A REDE DE INFORMAÇÕES DA CULTURA ESCOLAR
Teorias da didática
Metodologias de Ensino
PCNs e CBCs
Livros Didáticos
CRV
Que atividades privilegiar?
Como avaliar?
Como identificar as habilidades, valores e conhecimentos dos estudantes?
Como organizar as salas de aula?
Como desenvolver os projetos de ensino?
O que ensinar ?
Como atender estudantes diferentes?
EIXOS BÁSICOS PARA A REDE DE INFORMAÇÕES DA CULTURA ESCOLAR
Todo professor carrega uma prática de vida e uma história concreta
“Outro saber fundamental à experiência educativa é o que diz respeito à sua natureza. Como professor preciso me mover com clareza na minha prática. Preciso conhecer as diferentes dimensões que caracterizam a essência da prática, o que me pode tornar mais seguro no meu próprio desempenho.
A capacidade de aprender, não apenas para nos adaptar mas sobretudo para transformar a realidade, para nela intervir, recriando-a, fala de nossa própria educabilidade ...”
(FREIRE. 1998)
Pedagogia da Autonomia
EDUCAR A V A L I A R
= produzir um conhecimento e agir a partir dele
EDUCAR A V A L I A R
= produzir um conhecimento e agir a partir dele
I M P L I C A Recolher informações Colocá-las disponíveis Organizá-las Analisá-las Agir a partir delas
A V A L P A R A A A Ç Ã O
A AÇÃO SE FAZ POR MEIO DE UM PLANO – REFLEXÃO -
DAÍ – AVALIAÇÃO – PLANEJAMENTO – AÇÃO - GESTÃO
Identidade do Educador
ATITUDES FUNDAMENTAIS
DIÁLOGO SENSO CRÍTICO
LIBERDADE CRIATIVIDADE
AUTONOMIA INTERAÇÃO
FLEXIBILIDADE INVESTIGAÇÃO
COOPERAÇÃO INTUIÇÃO
DESAFIO – VENCER O ISOLAMENTO
ocorre em diálogo com as práticas e no protagonismo dos sujeitos
- educadores e educandos -, visando a consolidação da qualidade da
educação básica e o compromisso com a produção da vida
sustentável.
A FORMAÇÃO DOS EDUCADORES ...
OBRIGADA!
REPRESENTAÇÃO DO MODELO DE FORMAÇÃO DA
MAGISTRA
1.O conhecimento;
2.Identidade profissional;
3. Didática e as tecnologias de ensino;
4.O trabalho em equipe;
5.O compromisso social.
Eixos centrais de formação
1. Comunicar, dialogar e escutar.
2. Registrar experiências conforme normas acadêmicas.
3.Aprender com os pares e com a experiência.
4.Saber lidar com a autonomia
5.Ter o desejo pelo conhecimento e pelo fazer cada vez mais e melhor.
Habilidades fundamentais
Programa Oferta Livre de Cursos – reconhecer as próprias necessidades e construir livremente o seu percurso de formação.
Congresso de Práticas Educacionais – dar visibilidade às boas práticas. Registrar conforme normas acadêmicas.
Seminários de imersão – educar-se por meio de processos intensos de vivência coletiva.
Mobilidade do Profissional da Educação – aprender com os próprios pares, conhecer contextos diversos.
Roda de Conversa – conhecer o que dizem as pesquisas, os pesquisadores e aqueles que fazem as políticas públicas em educação. Qualificar os debates das reuniões pedagógicas na escola.
Rede de Biblioteca e Espaços Escolares do conhecimento – ampliar a proposta curricular com vivências diferenciadas do ato de conhecer.
Ações Estruturantes