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Professoras:
Daniela França
Claudia Rosas
Em homenagem ao Centenário de Vinícius de Moraes, os alunos do Colégio Cruzeiro elaboraram este trabalho com o objetivo de pesquisar e conhecer a vida e obras do poeta e músico que foi tão importante para a nossa literatura, mostrando o Brasil ao mundo.
Através da Internet, os alunos tiveram a oportunidade de ter acesso ao universo literário de Vinícius de Moraes, assim como à sua trajetória de vida. Criaram cartoons e elaboraram diversas fotomontagens .
Os alunos, mobilizados pela música, descobriram a importância da poesia como forma de expressão e comunicação.
Dessa forma, refinamos o gosto literário e estimulamos a leitura de todos os alunos do 3º ANO.
Vinícius de Moraes
Marcus Vinícius de Moraes nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913 e desde cedo demonstrou sua vocação para a poesia. Sua mãe, Lydia Cruz de Moraes era uma excelente pianista, e seu pai, Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, poeta e funcionário público.
Vinícius de Moraes recebeu o apelido de poetinha. Foi também diplomata, jornalista e compositor.
Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, Carlos Lyra, João Gilberto, Francis Hayme e Chico Buarque.
É preciso destacar também sua participação em shows e gravações com cantores e compositores importantes como Chico Buarque de Holanda, Elis Regina, Dorival Caymmi, Maria Bethania, Miúcha e Maria Creuza. O álbum Arca de Noé foi lançado em 1980 e teve vários intérpretes, cantando músicas infantis. Esse álbum originou um especial para a televisão.
Marcus Vinícius da Cruz e Mello Moraes morreu no Rio de Janeiro, no dia 9 de julho de 1980, devido a problemas decorrentes de isquemia cerebral.
O VENTO
Estou vivo mas não tenho corpoPor isso é que não tenho formaPeso eu também não tenho, Não tenho cor.
Estou vivo mas não tenho corpoPor isso é que não tenho formaPeso eu também não tenho, Não tenho cor.
Quando sou fraco, me chamo brisaE se assobio, isso é comum.Quando sou forte, me chamo ventoQuando sou cheiro, me chamo pum.
Estou vivo mas não tenho corpoPor isso é que não tenho formaPeso eu também não tenho, Não tenho cor.
Estou vivo mas não tenho corpoPor isso é que não tenho formaPeso eu também não tenho, Não tenho cor.
Quando sou fraco, me chamo brisaE se assobio, isso é comum.Quando sou forte, me chamo ventoQuando sou cheiro, me chamo pum
Giovanna L. e Ana Laura
Ana Laura e Giovanna L.
O pato
Lá vem o patoPata aqui, pata acoláLá vem o patoPara ver o que é que há
O pato patetaPintou o canecoSurrou a galinhaBateu no marrecoPulou do poleiroNo pé do cavaloLevou um coiceCriou um galo
Comeu um pedaçoDe jenipapoFicou engasgadoCom dor no papoCaiu no poçoQuebrou a tigelaTantas fez o moçoQue foi pra panela
Celina e Giovana
Celina e Giovana
O Pinguim
Bom dia, pinguimOnde vai assimCom ar apressado?Eu não sou malvadoNão fique assustadoCom medo de mimEu só gostariaDe dar um tapinhaNo seu chapéu jacaOu bem de levinhoPuxar o rabinhoDa sua casaca
Quando você caminhaParece o ChacrinhaLelé da caixolaE um velho senhorQue foi meu professorNo meu tempo de escolaPinguim, meu amigoNão zangue comigoNem perca a estribeiraNão pergunte por quêMas todos põem vocêEm cima da geladeira
Júlia e Gabriela A.
Gabriela A. e Júlia
As borboletas
BrancasAzuisAmarelasE pretasBrincamNa luzAs belas Borboletas
Borboletas brancasSão alegres e francas.
Borboletas azuisGostam de muita luz.
As amarelinhasSão tão bonitinhas!
E as pretas, entãoOh, que escuridão!
Vinicius de Moraes
João Pedro Costa e Pedro Henrique
A pulga
Um, dois, trêsQuatro, cinco, seis
Com mais um pulinhoEstou na perna do freguês
Um, dois, trêsQuatro, cinco, seis
Com mais uma mordidinhaCoitadinho do freguês
Um, dois, trêsQuatro, cinco, seis
Tô de barriguinha cheiaTchau
Good byeAuf Wiedersehen
Camila e Rafaela V.
Camila e Rafaela V.
O PORQUINHO
Muito prazer, sou o porquinho Eu te alimento também Meu couro bem tostadinho Quem é que não sabe o sabor que tem Se você cresce um pouquinho O mérito, eu sei Cabe a mim também
Se quiser, me chame Te darei salame E a mortadela Branca, rosa e bela Num pãozinho quente Continuando o assunto Te darei presunto E na feijoada Mesmo requentada Agrado a toda gente
Sendo um porquinho informado O meu destino bem sei Depois de estar bem tostado Fritinho ou assado Eu partirei Com a tia vaca do lado Vestido de anjinho Pro céu voarei
Do rabo ao focinho Sou todo toicinho Bota malagueta Em minha costeleta Numa gordurinha Que coisa maluca Minha pururuca É uma beleza Minha calabresa No azeite fritinha
LUIZ FELIPE E GUSTAVO
GUSTAVO E LUIZ FELIPE
ARCA DE NOÉ
Sete em cores, de repenteO arco-íris se desataNa água límpida e contenteDo ribeirinho da mata
O sol, ao véu transparenteDa chuva de ouro e de prataResplandece resplendenteNo céu, no chão, na cascata
E abre-se a porta da arcaLentamente surgem francasA alegria e as barbas brancasDo prudente patriarca
Vendo ao longe aquela serraE as planícies tão verdinhasDiz Noé: que boa terraPra plantar as minhas vinhas
Ora vai, na porta abertaDe repente, vacilanteSurge lenta, longa e incertaUma tromba de elefante
Anthonio e João Vitor
E de dentro de um buracoDe uma janela apareceUma cara de macacoQue espia e desaparece
"Os bosques são todos meus!"Ruge soberbo o leão"Também sou filho de Deus!"Um protesta, e o tigre - "Não"
A arca desconjuntadaParece que vai ruirEntre os pulos da bicharadaToda querendo sair
Afinal com muito custoIndo em fila, aos casaisUns com raiva, outros com sustoVão saindo os animais
Os maiores vêm à frenteTrazendo a cabeça erguidaE os fracos, humildementeVêm atrás, como na vida
Longe o arco-íris se esvaiE desde que houve essa históriaQuando o véu da noite caiErguem-se os astros em glória
Enchem o céu de seus caprichosEm meio à noite caladaOuve-se a fala dos bichosNa terra repovoada
Anthonio e João Vitor
Anthonio e João Vitor
AQUARELA
Numa folha qualquer eu desenho um sol amareloE com cinco ou seis retas é fácil fazer um casteloCorro o lápis em torno da mão e me dou uma luvaE se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuvaSe um pinguinho de tinta Cai num pedacinho azul do papelNum instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornandoA imensa curva norte-sulVou com ela viajandoHavaí, Pequim ou IstambulPinto um barco a vela branco navegandoÉ tanto céu e mar num beijo azulEntre as nuvens vem surgindoUm lindo avião rosa e grenáTudo em volta colorindoCom suas luzes a piscarBasta imaginar e ele está partindoSereno indoE se a gente quiserEle vai pousar
Isabella
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partidaCom alguns bons amigos, bebendo de bem com a vidaDe uma América a outra consigo passar num segundoGiro um simples compasso e num círculo eu faço o mundoUm menino caminha e caminhando chega num muroE ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronaveQue tentamos pilotarNão tem tempo nem piedadeNem tem hora de chegarSem pedir licença muda nossa vidaE depois convida a rir ou chorarNessa estrada não nos cabeConhecer ou ver o que viráO fim dela ninguém sabeBem ao certo onde vai darVamos todos numa linda passarelaDe uma aquarela que um dia enfimDescolorirá
Isabella
Numa folha qualquer eu desenho um sol amareloQue descoloriráE com cinco ou seis retas é fácil fazer um casteloQue descoloriráGiro um simples compasso e num círculo eu faço o mundoQue descolorirá
Isabella
Isabella
As Abelhas
A abelha mestrae as abelhinhasTão todas prontinhasPara ir para festa
Num zune-que-zuneLá vão para o jardimBrincar com a cravinaValsar com o jasmimDa rosa para o cravoDo cravo para a rosaDa rosa pro favoE de volta para a rosa
Venham ver como dão mel ( 4 vezes )
As abelhas do céu.
A abelha rainhaestá sempre cansadaEngorda a pancinhaE não faz mais nada
Num zune-que-zuneLá vão para o JardimBrincar com a cravinaValsar com o jasmimDa rosa para o cravoDo cravo para a rosaDa rosa pro favoE de volta para a rosa
João Lucas e Arthur
O Pintinho
Pintinho novo Pintinho tonto Não estás no ponto Volta pro ovo Eu não me calo Falo de novo Não banque o galo Volta pro ovo A tia raposa
Não marca touca Tá só te olhando Com água na boca E se ligeiro Você escapar Tem um granjeiro Que vai te adotar
O meu ovo tá estreitinho Já me sinto um galetinho Já posso sair sozinho Eu já sou dono de mim Vou ciscar pela cidade Grão-de-bico em quantidade Muito milho e liberdade Por fim
Maria Gabriela e Rafaela S.
Pintinho raro Pintinho novo Tá tudo caro Volta pro ovo E o tempo inteiro Terás, pintinho, Um cozinheiro No seu caminho Por isso digo E falo de novo Pintinho amigo Então volta pro ovo Se de repente Você escapar Num forno quente Você vai parar
Gosto muito dessa vida Ensopada ou cozida Até assada é divertida Com salada e aipim Tudo é lindo e a vida é bela Mesmo sendo à cabidela Pois será numa panela Meu fim
Por isso eu digo E falo de novo Pintinho amigo Então volta pro ovo E se ligeiro Você escapar Tem um granjeiro Que vai te adotar Maria Gabriela e Rafaela S.
Maria Gabriela e Rafaela S.
O elefantinho
Vinícius de Moraes
Onde vais, elefantinho Correndo pelo caminho Assim tão desconsolado? Andas perdido, bichinho Espetaste o pé no espinho Que sentes, pobre coitado?
- Estou com um medo danado Encontrei um passarinho!
Caetano e Pedro M.
Caetano e Pedro M.
A cachorrinha Vinícius de Moraes Mas que amor de cachorrinha!Mas que amor de cachorrinha! Pode haver coisa no mundoMais branca, mais bonitinhaDo que a tua barriguinhaCrivada de mamiquinha?Pode haver coisa no mundoMais travessa, mais tontinhaQue esse amor de cachorrinhaQuando vem fazer festinhaRemexendo a traseirinha?
Rebecca P. e Gabriela F.
REBECCA P.E GABRIELA F.
LEÃO
Leão! Leão! Leão! Rugindo como um trovãoDeu um pulo, e era uma vezUm cabritinho montês
Leão! Leão! Leão! És o rei da criação
Tua goela é uma fornalhaTeu salto, uma labaredaTua garra, uma navalhaCortando a presa na quedaLeão longe, leão pertoNas areias do desertoLeão alto, sobranceiroJunto do despenhadeiro
Leão! Leão! Leão! És o rei da criação
Leão na caça diurnaSaindo a correr da furnaLeão! Leão! Leão! Foi Deus quem te fez ou nãoLeão! Leão! Leão! És o rei da criação
O salto do tigre é rápidoComo o raio, mas não háTigre no mundo que escapeDo salto que o leão dá
Não conheço quem defronteO feroz rinocerontePois bem, se ele vê o leão Foge como um furacão
JOÃO PEDRO CINELLI E JOÃO RICARDO
Leão se esgueirando à esperaDa passagem de outra feraVem um tigre, como um dardoCai-lhe em cima o leopardoE enquanto brigam, tranquiloO leão fica olhando aquiloQuando se cansam, o leãoMata um com cada mão
JOÃO PEDRO CINELLI E JOÃO RICARDO
JOÃO PEDRO CINELLI E JOÃO RICARDO