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PROGRAMA DE GESTÃO PARA O BIÉNIO
FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
JANEIRO DE 2014
Esta é a maior Faculdade de Direito do País, campus centenário de gerações de docentes,
investigadores, estudantes, trabalhadores não docentes e não investigadores que aplicaram e
aplicam a sua inteligência e esforço.
Esta é a Escola que merece ter mais peso na própria Universidade alargada em que se integra e,
sobretudo, no conjunto internacional de instituições de ensino e investigação em Direito.
Esta é uma candidatura a Director que se propõe organizar o enorme potencial da nossa
Comunidade com base no programa que ora se apresenta.
Agrupado em torno de grandes objectivos, o programa acolhe linhas de direcção e de representação
que se afiguram conformes ao propósito último de reforço do prestígio da Faculdade, só exequíveis
num ambiente de respeito e valorização de pessoas e órgãos.
Perante a dimensão dos desafios, com a vontade de os enfrentar e vencer, privilegia-se um exercício
da função directiva que ouve, incentiva bons contributos e boas práticas, delega competências e
confia tarefas específicas a equipas de projecto, nos termos das normas estatutárias.
Após cerca de 30 anos ininterruptos de ligação à Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa,
quer na qualidade de estudante quer na qualidade de docente e investigador, coloco a minha
experiência, tacto e ânimo à disposição da Escola, no momento em que a ela incumbe decidir o que
quer ser e como vai ser no próximo biénio.
Jorge Duarte Pinheiro
INTRODUÇÃO
O presente Programa de Gestão para o Biénio no contexto da candidatura do signatário ao cargo de
Director orienta-se pela obediência estrita às normas estatutárias.
Deste modo, são ponderadas apenas as matérias que competem estatutariamente ao Director,
sendo o programa organizado em torno dos seguintes pontos:
I. Profissionalismo, rigor e transparência na gestão;
II. Aposta na internacionalização;
III. Promoção da investigação e produção científicas;
IV. Qualidade e modernização no ensino do Direito;
V. Organização e equidade na distribuição do serviço docente;
VI. Valorização do pessoal não docente;
VII. Abertura ao exterior;
VIII. Criação de uma comunidade de Escola.
A vastidão das tarefas que incumbem ao Director pressupõe uma acção apoiada nas forças vivas da
Escola. Em coerência, serão convidados a associar-se à equipa de gestão colegas de todos os Grupos
Científicos, independentemente das Listas pelos quais se candidataram aos órgãos.
Além disso, afigura-se fundamental cumprir a tradição de colegialidade do Conselho Académico,
desde logo pela expressão da representatividade de todos os corpos da Escola que permite de
forma única o cumprimento da sua função de órgão de aconselhamento do Director. Para tanto,
dar-se-á preferência pela realização de reuniões com carácter quinzenal, em lugar da periodicidade
mensal prevista estatutariamente.
Mais, nos processos decisórios, o candidato vincula-se a observar o conteúdo dos pareceres
emitidos pelo Conselho Académico nas matérias previstas no artigo 41.º dos Estatutos, respeitando
aquela que for a deliberação maioritária do órgão.
A preservação do bom relacionamento institucional com a AAFDL é também um desígnio
fundamental, contando com a sua colaboração, como tem acontecido até agora, para a melhoria das
condições dos estudantes e para o engrandecimento e projecção externa da nossa Faculdade.
Por fim, é de sublinhar que se adopta uma visão centrada na delegação de competências, na criação
de equipas de projecto e na convocação, em geral, de todos, para as tarefas que forem sendo
definidas, existindo a clara intenção de envolver directamente aqueles que, de entre nós, queiram
dar o seu contributo à Escola, sem prejuízo da necessidade de garantir a transparência da gestão e
da responsabilização última do Director.
I. Profissionalismo, rigor e transparência na gestão
- Reforçar a profissionalização da gestão: com a consagração de um órgão de Director Executivo na
Escola, é necessário criar uma equipa de apoio à actividade daquele órgão, formada por pessoal
devidamente habilitado e que garanta uma gestão administrativa e financeira com elevado grau de
profissionalismo, o que é especialmente importante num contexto de cortes orçamentais
expressivos que colocam desafios consideráveis à Faculdade.
- Além da equipa permanente de apoio à actividade do Director, deve optar-se por, de forma
transparente, criar equipas de projecto, constituídas por docentes, alunos e trabalhadores não
docentes para desenvolver, sob a égide do Director, tarefas concretas de duração limitada no
tempo.
- Como referido, cumprir a tradição de colegialidade do Conselho Académico, expressão da
representatividade de todos os corpos da Escola; para tanto, preferência pela realização de
reuniões com carácter quinzenal, em lugar da periodicidade mensal prevista estatutariamente; nos
processos decisórios, o Director vincula-se a observar o conteúdo dos pareceres emitidos pelo
Conselho Académico nas matérias em que a sua pronúncia seja obrigatória.
- Reforço significativo da transparência e responsabilização: sendo a Escola propriedade da
comunidade escolar, o conhecimento e a informação sobre a sua gestão são instrumentos essenciais
para um funcionamento saudável; neste contexto, promoção de uma disponibilização permanente e
activa de informação, relativa à actividade de todos os órgãos.
- As unidades administrativas de gestão encarregadas de apoiar a gestão devem continuar a apostar
numa modernização da gestão, simplificando os procedimentos administrativos, impondo prazos
de resposta aos requerimentos internos, criando procedimentos internos que alarguem a cultura de
partilha de informação, de modo a agilizar a tomada de decisão e a prevenir decisões avulsas ou
casuísticas, e o combate ao desperdício; alargar os mecanismos de interacção electrónica aos
diversos utentes, de modo a aumentar a eficiência e eficácia.
- Revisão dos contratos com maior relevo nos encargos financeiros: a Faculdade continua a ter
encargos contratuais despropositados, como se verifica, e por exemplo, com a jardinagem e a
manutenção de elevadores; trata-se de uma medida básica de gestão, a diminuição deste tipo de
despesa, e que permite libertar recursos financeiros para as áreas científica e pedagógica.
- Eliminação de custos através da adopção de formas alternativas de aproveitamento de recursos: a
Faculdade gasta muitíssimo em electricidade e em água; não só é imperativo aproveitar o lençol de
água que se encontra no subsolo, como devem ser instalados, nos termos gerais da política da
Universidade para o efeito e à semelhança do que ocorre noutras unidades orgânicas, painéis
fotovoltaicos.
- Captação de formas alternativas de financiamento: a dependência que a Faculdade tem das
receitas provenientes das propinas deve ser atenuada com a criação de outras formas de
financiamento; central neste ponto é a aposta na prestação de serviços jurídicos à comunidade, na
rentabilização de espaços e na sponsorização de actividades.
- Criação do Centro de Arbitragem e Resolução de Litígios, integrando um Julgado de Paz, e do
Gabinete de Consultoria Jurídica: como medida de diversificação de receita, os Gabinetes já
estatutariamente previstos devem ser criados, passando a Escola a poder captar receitas cuja
arrecadação depende apenas da sua iniciativa.
- Rentabilização dos espaços: a Faculdade, com as instalações já existentes, tendo em conta espaços
como os novos anfiteatros, a sala de audiências ou a sala de estudo, tem recursos logísticos que
podem ser utilizados para as mais diversas valências, havendo aqui uma fonte de receitas
significativa.
- Sponsorização de actividades: o interesse que o mercado pode ter nas actividades científicas da
Faculdade, nomeadamente em congressos e cursos pós-graduados, constitui também um factor de
diversificação da receita que a Faculdade pode potenciar.
- Actualização do inventário do património e revitalização de espaços: para além da exigência de se
actualizar a inventariação de património, é imprescindível recuperar para finalidades lectivas, e
similares, os vários espaços da Faculdade que se encontram desaproveitados.
- Expansão das actuais instalações da Faculdade através da ampliação da Biblioteca e da construção
de um novo edifício para instalação dos Institutos de Investigação e do Centro de Arbitragem e de
Resolução de Litígios, cujos projecto de arquitectura e programa preliminar já se encontram,
respectivamente, concluídos; em articulação com a Reitoria, desenvolvimento de todos os esforços
necessários junto do Ministério das Finanças no sentido de autorização da utilização das
necessárias verbas dos saldos da Faculdade nas referidas obras; logo que tal se revele possível,
abertura célere dos procedimentos administrativos de contratação pública, designadamente das
empreitadas e dos trabalhos de concepção, e de licenciamento das operações urbanísticas
envolvidas.
- Regulamentação da relação da Faculdade com os Institutos de Investigação: na perspectiva
estritamente administrativa e financeira, é necessário organizar os termos da relação da Faculdade
com aquelas entidades, disciplinando as condições de utilização de espaços, do nome e da imagem
da Faculdade, e determinando as contrapartidas que os Institutos devem prestar, num regime geral
a todos aplicável.
- A Faculdade confronta-se com um problema sério de propinas em atraso, pelo que há que
procurar soluções que viabilizem a continuação dos alunos na Escola nos casos de incumprimento
no pagamento de propinas.
- Reorganização do funcionamento do Conselho Académico e do Conselho de Gestão: aprovação de
regimentos com formas céleres de acção, por exemplo, através da distribuição antecipada por via
electrónica dos documentos a discutir nas reuniões, e da marcação de reuniões com perfis distintos
(reuniões de gestão e reuniões de discussão temática).
- Dinamizar o Conselho Consultivo e promover os resultados pretendidos com a sua consagração
estatutária; trata-se de um órgão que incorpora vários promotores da actividade da Faculdade e
que deve ter uma intervenção activa na definição de opções estratégicas de médio e de longo
prazos.
II. Aposta na internacionalização
- Elaboração de um plano de relações internacionais e definição de uma estratégia de
internacionalização; neste contexto, organizar uma estratégia de internacionalização que
compatibilize as tarefas de cooperação jurídica que a Faculdade já realiza com o estabelecimento de
processos de cooperação em círculos académicos de vanguarda.
- Identificação dos critérios de rankings internacionais e integração qualificada da Faculdade nesses
rankings; não só a integração favorece o prestígio da Escola, como o processo de valorização
subjacente traz novos desafios e novas práticas promotoras da Faculdade como centro de
excelência no ensino e na investigação.
- Incentivo à publicação, por parte de docentes da Faculdade, nomeadamente através de apoio
directo à tradução de artigos em línguas estrangeiras em revistas internacionais com qualificação
nos rankings das respectivas especialidades; inserção dessa produção em bases de dados científicas
internacionais.
- Promoção da apresentação de candidaturas a projectos de investigação que confiram suporte
financeiro estrangeiro e internacional, nomeadamente em articulação com outras universidades,
inseridas ou não em redes em que a Faculdade esteja integrada.
- Celebração de protocolos com instituições públicas e privadas estrangeiras e internacionais para a
promoção de saídas profissionais no estrangeiro, quer ao nível da graduação, quer relativamente a
alunos que concluam o 2.º ciclo ou o 3.º.
- Consolidação da presença da Faculdade nos programas de mobilidade docente, discente e de
demais trabalhadores; assumir, neste contexto, o objectivo de aumentar o número de alunos
estrangeiros na Faculdade, criando as condições lectivas necessárias para que tenham formas
efectivas e sérias de aprendizagem;
- Garantir o apoio administrativo e financeiro à criação de um LL.M., que permita projectar
externamente a Faculdade e que crie condições para que os seus estudantes se possam inserir num
mercado de trabalho crescentemente globalizado.
III. Promoção da investigação e produção científicas
- Apoiar a acreditação dos Institutos de Investigação como centros de investigação reconhecidos,
permitindo que se retirem todas as vantagens daí advenientes: por exemplo, acesso ao mercado da
investigação, permissão da atribuição do grau de doutor pela Faculdade, valorização da
representação da Escola nos órgãos da Universidade.
- Criação, através da Biblioteca, do Repositório da produção científica da Faculdade: integrar toda a
produção científica dos docentes e investigadores da Faculdade numa base de dados específica,
ainda que englobada noutras, definindo a possibilidade de diferenciação de níveis de acesso
consoante a vontade do autor.
- Em articulação com o Repositório, promover a publicação anual de listas de produção científica da
Faculdade, quer no âmbito de projectos de investigação tutelados pelos Institutos, quer no âmbito
da investigação individual; divulgação pública das listas de produção científica e conexão entre essa
monitorização da investigação e o marketing da Faculdade.
- Implementar a carreira de investigador e estabelecer a respectiva conexão com os Institutos de
Investigação, permitindo que as tarefas de investigação a realizar pelos Institutos possam também
ser apoiadas por investigadores de carreira.
- Criar um canal de transmissão dos eventos científicos realizados na Faculdade, com conteúdos
gratuitos e pagos; organizar, neste contexto, a criação de uma marca e a difusão da mesma nos
espaços virtuais; colocar o canal ao serviço da cooperação jurídica e da internacionalização.
IV. Qualidade e modernização no ensino do Direito
- Consolidação da interacção electrónica com a comunidade escolar, quer relativamente a alunos,
quer relativamente a docentes, por exemplo, através da introdução de formas electrónicas de
controlo de assiduidade, de espaços de discussão virtuais e da realização online de alguns trabalhos
escolares.
- Prestar apoio ao Conselho Pedagógico, recolhendo e disponibilizando os dados necessários à
avaliação docente com base em parâmetros pedagógicos previamente definidos e à monitorização
do ensino, nomeadamente para garantir o cumprimento do Regulamento de Avaliação do 1.º ciclo,
seja ele o actual ou o que venha a resultar de uma revisão, com integral respeito pelas competências
estatutárias dos órgãos.
- Organizar antecipadamente as turmas e a distribuição pelas mesmas dos respectivos alunos de
acordo com os espaços lectivos que a Faculdade compreende, permitindo que as aulas sejam dadas
em salas em que todos alunos tenham condições de trabalho e de aprendizagem adequadas desde o
início do ano lectivo, e respeitando o número máximo de alunos admitido para cada subturma.
- Promover a oferta da Faculdade no 2.º e 3.º ciclos através de adequadas estratégias de
comunicação.
- Em articulação com o Conselho Científico, fixar os prazos máximos para a discussão de teses e
garantir o respectivo cumprimento, alterando o procedimento de marcação: configuração de uma
marcação da data mediante proposta da Comissão de Estudos Pós-Graduados, no primeiro mês
posterior à entrega, impondo celeridade no processo.
- Apoiar a abertura de cursos em parceria com outras instituições de ensino superior, nacionais ou
estrangeiras, para cobrir áreas marcadamente interdisciplinares; admitir, nesta sequência, e
genericamente, a «dupla titulação».
V. Organização e equidade na distribuição do serviço docente
- Em articulação com o Conselho Científico, garantir o respeito pelo regime parcial dos contratos na
carga horária efectiva dos docentes, impedindo, por exemplo, que docentes contratados a 30% ou a
50% tenham distribuição integral de serviço docente ou, noutro exemplo, que realizem tantas
provas de avaliação como os docentes em regime integral.
- Monitorizar a presenças de docentes em júris e arguições no 2.º e no 3.º ciclos, com vista a
equilibrar a distribuição desta relevante tarefa docente: pretende-se promover, nestes termos, a
definição de critérios para a distribuição desta parcela relevante do serviço realizado por docentes.
- Abertura de concursos para a contratação de professores auxiliares após o termo do prazo de
contratação vinculada de assistentes de carreira que se doutoram; com o termo da progressão
automática pós-doutoramento, a renovação do pessoal docente passa necessariamente pela
abertura destes concursos.
- Assegurar, em articulação com o Conselho Científico, que a distribuição do serviço docente é
concluída e dada a conhecer atempadamente, de modo a permitir a adequada preparação das aulas.
VI. Valorização do pessoal não docente
- Qualquer Programa de Gestão é, a final e na prática, executado pelos trabalhadores não docentes,
que têm o conhecimento concreto e operativo da gestão. Por isso, há que respeitar a margem de
autonomia dos serviços e favorecer a criação das condições indispensáveis à boa execução das suas
tarefas, sem prejuízo da emissão de instruções claras e precisas quanto aos objectivos que lhes são
previamente fixados.
- Criação de condições para a valorização do pessoal não docente, nomeadamente através da
melhoria das condições de trabalho, flexibilização dos horários, incluindo da plataforma horária, e
implementação, no respeito pelas limitações vigentes, de uma política de requalificação
profissional, formação que permita actualização adequada aos novos desafios nas áreas
consideradas estratégicas e valorização salarial.
- Contratação de pessoal não docente qualificado: na Faculdade, o ratio de pessoal não docente
relativamente ao número de alunos é, actualmente, o mais baixo da Universidade de Lisboa; é
imperativo, por isso, e dentro dos constrangimentos conhecidos, contratar pessoal não docente;
pretende-se, deste modo, melhorar o serviço prestado aos alunos, apoiar o corpo docente e dar
suporte aos órgãos de gestão.
- Preenchimento dos cargos dirigentes previstos no mapa de pessoal: nos termos deste, a Faculdade
compreende três cargos de direcção intermédia de 2.º grau e quatro de direcção intermédia de 3.º
grau, mais de metade dos quais vagos actualmente.
- Preenchimento do cargo de Bibliotecário: na sequência do ponto anterior, especial relevo tem a
necessidade de preenchimento do cargo de Bibliotecário, órgão de direcção intermédia de 2.º grau,
que está vago há anos.
- Organização do pessoal no âmbito das unidades administrativas técnico-científicas: ao contrário
do que se verifica nos «serviços», nas demais unidades administrativas a gestão de pessoal tem sido
pouco conseguida; é necessário, assim, preencher aquelas unidades com o pessoal necessário às
suas exigências funcionais.
- Organização do pessoal no domínio do apoio ao funcionamento dos órgãos: órgãos com
responsabilidades relevantes como os Conselhos de Escola, Académico, Científico e Pedagógico
devem ter pessoal não docente de apoio, nomeadamente para a preparação de reuniões e para o
apoio aos respectivos membros.
- Domínios particularmente carentes de pessoal não docente: saídas profissionais; os objectivos de
internacionalização e de competitividade implicam que a Faculdade passe a ter trabalhadores
afectos às correlativas áreas administrativas; assim, é necessário dotar a Escola de pessoal para o
marketing e para a preparação de projectos de investigação. Além destas áreas, é necessário
contratar pessoal não docente para prestar apoio ao Director nas áreas administrativa e financeira,
bem como para as saídas profissionais.
- Trabalhadores da Biblioteca: nesta sequência, relevo significativo assume o caso da Biblioteca,
onde devem ser arranjadas soluções que permitam recompor o respectivo quadro, para além de se
promover a qualificação do pessoal já existente; nestes termos, deve dotar-se este serviço com os
profissionais que, em número e em qualidade, garantam a prestação de serviços bibliotecários de
excelência.
VII. Abertura ao exterior
- Criação de uma estrutura em rede de apoio ao estudante: para além de um Gabinete de Apoio ao
Estudante, revitalizar o Gabinete de Saídas Profissionais, com intervenção na realização de Job
Markets, na monitorização de taxas de empregabilidade ou numa promoção mais eficaz e
sistemática dos alunos e ex-alunos junto de potenciais empregadores.
- Adopção de medidas de divulgação da Faculdade junto dos estudantes do ensino secundário, em
articulação com a AAFDL, através de estratégias profissionais de comunicação, no sentido de tornar
atractiva a frequência do 1.º ciclo e de a Faculdade constituir a primeira escolha para a
generalidade daqueles estudantes.
- Recrutamento pontual, e quando justificado, de juristas de reconhecido mérito para exercício de
funções docentes, com o estatuto de docentes convidados, sobretudo para leccionação nas
disciplinas com uma maior vertente prática, promovendo assim a abertura da Faculdade à
sociedade civil.
VIII. Criação de uma comunidade de Escola
- Criação de processos de identificação, alguns extremamente simples, mas eficazes: por exemplo,
recepção personalizada dos alunos do 1º ano de cada ciclo, distribuição de prospectos com os
percursos escolares, monitorização dos resultados escolares, organização de uma cerimónia anual
de graduação.
- Promover e desenvolver o Gabinete de Responsabilidade Social, estatutariamente previsto,
criando mecanismos de apoio e de acompanhamento aos alunos com específicas dificuldades de
integração, nomeadamente nos casos de deslocalização geográfica relevante ou nos de carência
económico-financeira.
- Reconfiguração da recepção aos alunos do 1º ano de cada ciclo, que deve ter lugar na semana que
antecede o início das actividades lectivas, em conjugação com a Associação Académica,
promovendo essencialmente actividades de team building, bem como actividades de introdução ao
mundo jurídico e ao ensino do direito, dentro e fora do espaço físico da Faculdade.
- Promover a relação dos antigos alunos com a Faculdade; tendo em conta que os antigos alunos são
os membros da comunidade que maior relação afectiva têm com a Faculdade, devem ser instituídos,
com o apoio da Associação de Antigos Alunos, mecanismos de intervenção e de cooperação dos
alumni.