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Histórico
Quilombo era o local de refúgio dos escravos evadidos dos engenhos, os quilombolas, em sua maioria, afrodescendentes negros, mestiços, e alguns indígenas e brancos.
Histórico
Quilombolas também são os descendentes desses escravos que permanecem em comunidades nos antigos territórios e hoje buscam preservar sua identidade, manter suas raízes, cultivar suas terras e prover o seu sustento.
Histórico
São grupos sociais de mesma identidade etnocultural e suas ligações com o passado residem na sobrevivência de antigas tradições culturais e de produção, distinguindo-se da sociedade majoritária.
Histórico
É importante salientar que a maioria das comunidades de remanescentes quilombolas do Brasil sobrevive em meio às mais adversas condições de vida, lutando por um pedaço de terra onde possam viver de acordo com suas tradições.
Quilombo da Fazenda Picinguaba
A comunidade remanescente do Quilombo da Fazenda Picinguaba, no litoral norte de São Paulo, Ubatuba, está situada dentro da área de preservação ambiental do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM).
Quilombo da Fazenda Picinguaba
O quilombo é constituído por 51 famílias totalizando 156 pessoas. Outras 7 famílias moram fora da área de 100 hectares destinada à comunidade.
Quilombo da Fazenda Picinguaba
O Parque Estadual da Serra do Mar é o
maior parque estadual paulista, com área
de 315.390 ha, constituído de oito núcleos, envolvendo 23 municípios.
Quilombo da Fazenda Picinguaba
Em Ubatuba, o PESM abrange área de 47.500ha, denominada de Núcleo Picinguaba, protegendo os ecossistemas costeiros e, de certa forma, também as comunidades tradicionais, cujas origens remontam há
cerca de trezentos anos.
Quilombo da Fazenda Picinguaba
O Núcleo foi anexado ao PESM, em 1979. A partir desse momento, ficou proibido caçar, pescar, cortar árvores e danificar o meio ambiente, gerando a necessidade de outras atividades econômicas compatíveis com a conservação da área.
Quilombo da Fazenda Picinguaba
Em 1985, a Casa de Farinha foi restaurada para que a comunidade local pudesse se manter sem precisar destruir a mata. Assim, arenda familiar é decorrente da produção de farinha de mandioca, bolsa família e outras pequenas atividades.
Quilombo da Fazenda Picinguaba
O trabalho é duro e escasso e a falta de
perspectiva afasta os jovens que
preferem a pesca ou deixar a região em
busca de outras atividades.
Programa Luz para Todos
A comunidade teve acesso à energia elétrica em 2007, através do Programa Luz para Todos. O Programa busca parcerias com instituições para a execução de ações integradas de desenvolvimento econômico e social, com o propósito de fazer da energia elétrica um vetor de aplainamento das diferenças sociais.
Parceria Universidade São Judas
Tadeu e Programa Luz para Todos
A parceria com a Universidade São Judas Tadeu iniciou-se no campo, quando professores de engenharia elétrica foram convidados a desenvolver cursos de instalação elétrica para os quilombolas.
Parceria Universidade São Judas
Tadeu e Programa Luz para Todos
Depois, o projeto recebeu a adesão da área de turismo e do o Laboratório Empresa. A seguir, a pró-reitoria de extensão universitária resolveu ampliar o projeto integrando um programa de inclusão social, de geração de emprego e de renda.
Parceria Universidade São Judas
Tadeu e Programa Luz para Todos
Surgiu, então, um modelo de parceria, apoiado pela comunidade quilombola, baseado em um projeto comunitário multidisciplinar, com a participação dos agentes do programa e dos professores e alunos das áreas de humanas, exatas, sociais e da saúde da USJT.
Outros parceiros e apoiadores
E com o apoio e colaboração do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM), Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Prefeitura Municipal de Ubatuba, Elektro e Furnas Centrais Elétricas.
Forças
• Identidade e imagem ligadas às características histórico-culturais do local
• Bom nível de organização coletiva, lideranças atuantes e participativas
• Disponibilidade de energia elétrica
Forças
• Habilidade para o artesanato
• Trilhas e atrações turísticas próprias como a Casa de Farinha com sua roda d’água
• Resgate da identidade de quilombo
• Área de preservação com belezas naturais e potencialidade paisagística
Forças
Parcerias:
• Parque o Estadual Serra do Mar (PESM)
• Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP)
• Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)
• Prefeitura Municipal de Ubatuba-SP
• Câmara Municipal de Ubatuba-SP.
Limitações e restrições
• De ordem ambiental
• Escassez de matéria-prima para produtos da comunidade e artesanato
• Recursos financeiros
• Capacidade receptiva restrita às limitações ambientais
Oportunidades
• Turismo ecológico ambiental
• Interesse social pela cultura quilombola
• Gastronomia típica
• Facilidade de acesso à região e particularidades do entorno
• Existência de outros atrativos turísticos e/ou culturais na região
• Estrutura turística da região
Desafios
Desenvolver projetos em conformidade
com as restrições legais, culturais e
socioambientais.
Objetivos
Promover ações, em conjunto com a comunidade, para efetivar a sua autossustentabilidade em um ambiente econômico, cultural, social e ecológico.
Objetivos
Além disso, objetiva-se, primordialmente, manter a cultura original e a memória histórica, valorizar as atividades típicas e incentivar a atividade turística no local.
Estratégia geral
• Usar a experiência da USJT em projetos de extensão na área comunitária conjugada com a experiência do “Programa Luz para Todos”, do Ministério de Minas e Energia, em ações integradas
• Buscar apoio de parceiros e patrocinadores comprometidos, para viabilizar o projeto
Estratégia de fases
• 1. Projetar, desenvolver e implantar uma infraestrutura adequada à recepção do turismo e comércio de produtos e souvenires, aliada à capacitação da comunidade para a gestão do “negócio”
• 2. Comercialização de produtos externos e produtos existentes, personalizados pela aplicação de uma marca quilombola. Esta fase busca a capitalização inicial da comunidade
• 3. Desenvolvimento e comercialização de produtos de características autóctones, a partir da captação de recursos propiciada pela fase anterior
Ações
• Projeto de infraestrutura: Restaurante, Cozinha Industrial e Loja para venda de produtos e souvenires
• Desenvolvimento de cursos e treinamentos específicos
• Programa de Identidade Visual para a comunidade e seus empreendimentos
Ações
• Desenvolvimento de produtos personalizados e serviços ligados às potencialidades e características histórico-culturais do local
• Consolidação de produtos e serviços existentes
• Desenvolvimento de programas educativo -culturais
• Desenvolvimento de um programa de visitação de natureza educativa e cultural à região
Ações
• Desenvolvimento de projetos turísticos apoiados
em inventário específico do local
• Desenvolvimento de um plano de comunicação
e de site para o Quilombo da Fazenda
• Demonstração da viabilidade e sustentabilidade
das ações estabelecidas
• Buscar parcerias para viabilização de projetos
Pesquisa de elementos simbólicos representativos
Elemento de referência e caracterização do local: “a Roda d’Água da Casa de Farinha”.
Complementação
Sugestão da comunidade: acrescentar elementos de presença marcante na região, a representação da mata atlântica e da serra do mar.
Desenvolvimento de produtos personalizados e serviços ligados às potencialidades e características histórico-culturais do local