programaClássica na FábricaLOCAL: AuditórioCLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: M/6

15 setembro[18h00]

TrioDança, Canto e Piano INTÉRPRETES

Mariana Aguiar (dança)Lucília Jesus (canto)Francisco Sasseti (piano)

entrada gratuitalimitada à lotação da sala, mediante o levantamento de bilhete na receção nos 30 min. que antecedem o espetáculo.

Programa

Gabriel Fauré (1845-1924)Aprés un Rêve (poema de Romain Bussine)

Franz Schubert (1797-1828)Auf dem wasser zu singen (poema de Friedrich Stolberg)

Vianna da Motta (1868-1948)A estrela (poema de Almeida Garrett)

Henri Duparc (1848-1933)Serenade Florentine (poema de Jean Lahor)

Johannes Brahms (1833-1897)Die Mainacht (poema de Ludwig Hölty)

G. Fauré Au bord de l’ eau (poema de Sully Prudhomme)

Claude Debussy (1862-1918)Clair de lune (piano solo)

Garcia Lorca (1862-1918)Zorongo (poema de F. Garcia Lorca)

Franz Schubert (1797-1828)Heidenröselein (poema de Johann W. Goethe)

Francisco Lacerda (1869-1934)Desde que os cravos e rosas (popular)

G. Fauré - Le papillon et la fleur (poema de Victor Hugo)

F. Lacerda - Quem me dera ser a hera (Poema popular)

G. Fauré - Automne (Poema de Armand Silvestre)

G. Lorca - Las três hojas (poema de F. Garcia Lorca)

J. Brahms - Auf dem See (poema de Carl Simrock)

F. Schubert - Im Abendrot (poema de Karl Lappe)

Largo Mário Magalhães Infante, n.º 142600-187 Vila Franca de XiraTel.: 263 271 200Email: fabricadaspalavras@cm-vfxira.ptwebsite: www.cm-vfxira.ptGPS: 38º 57’ 7.44” N, 8º 59’ 17.78”W

Notas de Programa O espetáculo de hoje traz-nos uma proposta inovadora, na qual cruzam-se, num enri-quecedor diálogo, os domínios da Dança, da Música, da Poesia e da Imagem. Em torno da temática central da Natureza e dos elementos celestes, este evento desenrola-se através do enfoque nos seus diversos aspectos (a lua, a noite, as estrelas, a aurora e o ocaso, a flora, etc.) perspetivadas sob um prisma metafórico, como, por exemplo, logo na canção de abertura (Après un rêve) onde se expressa a transição do dia para a noite. Apesar de ter emergido ainda no século XVIII, o Lied – termo alemão que designa canção para voz e piano – ganhou um invulgar fôlego durante o período do romantismo, durante o qual se tornou um dos géneros poético-musicais de maior relevo. Ao invés de outras tipolo-gias vocais – como sejam a ópera, a oratória ou a cantata – o Lied nasce no ambiente mais recatado da música doméstica, direcionado para um público restrito e conhecedor. Mas se o Lied é paradigmático do Zeitgeist romântico (ou “espírito da época”) o seu sucesso enquanto género artístico ultrapassou todas as barreiras cronológicas, perdurando prati-camente até aos nossos dias, mantendo-se sempre fiel à sua matriz essencial enquanto arte que consiste na sublimação e incremento dos conteúdos poéticos pela via abstrata e insidiosa da música. Talvez por isso, muitos dos mais notáveis compositores da História da Música – Franz Schubert e Robert Schumann, ocupando estes o lugar cimeiro, mas também Johannes Brahms, Gabriel Fauré, Claude Debussy, Henry Dupark, Garcia Lorca, ou ainda os portugueses Vianna da Motta e Francisco Lacerda, dedicaram ao Lied parte substancial da sua produção artística. Na performance que hoje apresentamos, a Dança assume também um papel fundamental, efetuando as ligações entre as grandes temáticas em torno das quais está estruturada – Dia/Noite; Natureza; Água; Mundo; – introduzindo, ilustrando, comentando as ideias cen-trais contidas nos poemas. Esperemos que possam disfrutar desta nossa multifacetada proposta, e que se deixem conduzir para este mundo de sons, cores e movimento….

NOTAS: LuíS RAimuNdO

FiCHA TÉCNiCA

Produção e edição vídeo – Mariana Sousa AguiarLuminotecnia – João Duarte Miguel

dos com diversos pianistas como Olga Prats, Marie Antoinette Levécque de Freitas Branco ou Sequeira Costa.Iniciou a carreira de concertista no Teatro de S.Luis em Lisboa, em 1988, e desde então tem--se apresentado sobretudo como pianista acompanhador, mas também a solo ou integrado em grupos de música de câmara. Apresentou-se por todo o país e nos Açores e, ainda, em Espanha, Alemanha, França, Bélgica, E.U.A. e Uruguai. Tem trabalhado com centenas de mú-sicos nacionais e estrangeiros incluindo a grande maioria dos melhores cantores nacionais. Apresentou-se em Hamburgo num recital de fado com a cantora Anabela.Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e da Universidade de Cincinnatti. Foi ainda premiado no 1º Concurso da Juventude Musical Portuguesa (1988). Gravou com a cantora alemã Ute Lemper para o filme francês Aurelien, para a rádio clássica de Cincinnatti (1995) e diversas vezes para a Antena 2. Gravou ainda diversos CDs, entre os quais: O Fim-Ópera Íntima (2005), com música de Carlos Marecos, “A História de Babar e o Polegarzinho” (2011) com Catarina Molder.Apresentou-se com a Orquestra Sinfonietta de Lisboa, Filarmonia das Beiras, e ainda com o Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, Coral Regina Coeli, Coral Luísa Todi, Lisboa Cantat, Coro da Universidade de Lisboa e Coro Públia Hortênsia, entre muitos outros.Dirigiu com Helena Vieira o coro Jovens Vozes de Lisboa, em 2011 e 2012, para o qual es-creveu o musical Muxima, com encenação de Rita Ribeiro e coreografia de Kelly Maiolle, que contou também com a participação de Bernardo Sassetti.Tem feito a estreia mundial de diversas obras de compositores portugueses e nos últimos anos tem composto obras para piano solo e piano e violoncelo.Desde 1997 integra o corpo docente da Escola Superior de Música de Lisboa, como pianista acompanhador e é ainda pianista acompanhador na Escola Profissional de Música da Or-questra Metropolitana de Lisboa.

Lucília Jesus (Soprano)

É licenciada em Canto pela Escola Superior de Música de Lisboa, desde 2008. Em Set 2006 fez a sua estreia em Ópera desempenhando a perso-nagem 1º Knabe na Ópera Flauta Mágica de Mozart e, da mesma ópera, a 2ª Dama levada à cena no Coliseu Micaelense em Ponta Delgada em Out 2007, com encenação de Carlos Otero. No mesmo

ano foi solista na Obra Rejoice in the Lamb de Britten num Concerto pelo Coro de Câmara da ESML, dirigido pelo Maestro Paulo Lourenço. Interpretou a personagem Second Woman na Ópera Dido e Eneias de Purcell, sob a direcção do Prof. João Paulo Janeiro (2007), com encenação da Profª. Sílvia Mateus (2008), bem como a Condessa, na Ópera Bodas de Fígaro de Mozart, com encenação de Mário Redondo e direcção musical de Ana Jacobetty no Cine-Teatro Joaquim de Almeida no Montijo (Fev 2009) e de Francisco Sassetti no Palácio Nacional de Queluz (Out. 2010).No decorrer do seu percurso escolar e académico participou em recitais e concertos, desta-cando-se a participação como solista: na Missa Brevis de Mozart sob a direção do Maestro Henrique Piloto; na interpretação de Cantatas de Bach e Telemann no Palácio Nacional da Ajuda, sob orientação do Prof. Stephen Bull; no Concerto Da Ópera ao Musical realizado no Casino de Lisboa, sob orientação da Profª. Elsa Saque, entre outros.

Francisco Sassetti (Piano)

Natural de Lisboa, iniciou os seus estudos musicais com Maria Fer-nanda Costa. Tendo frequentado o Conservatório Nacional de Lisboa, concluiu mais tarde a licenciatura na Escola Superior de Música de Lisboa, na classe da pianista Tânia Achot. Ingressou no College Con-servatory of Music da Universidade de Cincinnatti (EUA) onde obteve, em 1995, o Mestrado em Piano Performance. Realizou ainda estu-

biografias

É membro do Coro Gulbenkian desde Dez. 2007, onde tem a oportunidade de interpretar obras de referência do repertório sinfónico, sob a direção de maestros de renome interna-cional.Em 2013 interpretou temas eruditos e tradicionais portugueses num Recital de Natal com a Harpista Salomé Matos, no Auditório Municipal de Arruda dos Vinhos. Já em 2015, na Fábrica das Palavras em VFX, cantou temas representativos do período do Romantismo num Recital de Canto e Piano com Francisco Sassetti, tendo-se ainda aí apresentado num recital com o Trio Vocalise, do qual foi membro fundador. Paralelamente à sua atividade na área artística, tem conhecimentos em Pedagogia Musical Infantil, encontrando-se lecionando Expressão Musical em Creches, Jardins-de-infância e Es-colas de 1º ciclo, desde 2007.Atualmente é professora no Conservatório Regional Silva Marques em Alhandra.

Mariana Aguiar (Dança)

Nasceu em 1977 e é natural de Ovar. No ano de 1995, terminou o Curso Profissional de Dança do Ballet Teatro do Porto, tendo ingres-sado seguidamente na Escola Superior de Dança de Lisboa onde ter-minou a sua licenciatura, no Ramo de Espetáculo, no ano de 1999. Ingressou no Mestrado em Ensino de Dança, na mesma instituição em 2011 e termina em 2013, integrando o tema “As Emoções e o

Desenvolvimento da Criatividade dos alunos de 3º Ciclo no âmbito da Composição Coreográ-fica”, na sua prática pedagógica na Escola Vocacional de Dança das Caldas da Rainha. Na sua formação académica conta ainda com vários cursos e workshops com diferentes coreó-grafos e professores, como Paulo Ribeiro, Clara Andermatt, Antonio Carallo, entre outros.No seu percurso artístico trabalhou como bailarina com Nuno Carinhas, Jean-Paul Buchieri, Sofia Silva, Luís Damas, Rui Pinto, Tíndaro Silvano, entre outros. No ano de 1999, fez parte integrante do Criacto Grupo de Dança como fundadora, coreógrafa e intérprete. No ano de 2004, foi coreógrafa convidada da Escola Vocacional de Dança das Caldas da Rainha, onde compôs a peça Lírio. Entre 2009 e 2010 foi coreógrafa e intérprete do Núcleo Coreográfico XCorpos.Na prática de ensino, de 1999 a 2013, lecionou aulas de Educação Artística – Dança curricu-lar ao 7º, 8º, 9º ano de escolaridade e a alunos com Necessidades Educativas Especiais; Dan-ça Contemporânea, Dança Criativa, Dança Jazz, Composição e Iniciação à Dança Clássica, a crianças e jovens em regime livre, na Fundação CEBI (Colégio José Álvaro Vidal), em Alverca. No ano letivo de 2001/2002 e 2002/2003 foi professora de Dança para alunos portadores de deficiência, na CERCITEJO, em Alverca. No ano letivo 2005/2006 lecionou na Escola Voca-cional de Dança Gualdim Pais, em Tomar, as disciplinas de Técnica de Dança Contemporânea e Composição Coreográfica ao 3º ano do Ensino Artístico Vocacional. Em 2011 passou a ser Professora do Curso de Dança do Conservatório Regional Silva Mar-ques em Alhandra, tendo-se tornado Diretora Pedagógica em 2013. Desde 2013, é fundado-ra, diretora artística e coreógrafa do Projeto [anima] - Núcleo Coreográfico do CRSM.