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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA
SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTÔNIO SEABRA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM REDES DE COMPUTADORES
TIAGO POLONE
PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR SANTA CASA DE LINS
LINS/SP 1º SEMESTRE/2014
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA
SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTÔNIO SEABRA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM REDES DE COMPUTADORES
TIAGO POLONE
PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR SANTA CASA DE LINS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de Lins Professor Antônio Seabra para obtenção do Título de Tecnólogo em Redes de Computadores. Orientador: Prof. Especialista Alciano Gustavo Genovez de Oliveira
LINS/SP 1º SEMESTRE/2014
TIAGO POLONE
PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR SANTA CASA DE LINS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de Lins Professor Antônio Seabra para obtenção do Título de Tecnólogo em Redes de Computadores. Orientador: Prof. Especialista Alciano Gustavo Genovez de Oliveira
Data de aprovação: ___/___/___
________________________________________________________ Orientador (Prof. )
________________________________________________________ Examinador 1 ( )
________________________________________________________ Examinador 2 ( )
Aos meus pais, Leonaldo Polone e
Conceição Aparecida Polone, por desde criança
terem sempre me ensinado o caminho certo a se
seguir, me mostrando o certo e o errado, tudo o
que sou hoje devo a eles. A minha noiva Luciana
de Oliveira por sempre estar do meu lado me
apoiando em tudo. Aos meus amigos e familiares
pelo apoio e incentivo.
Tiago Polone
AGRADECIMENTOS
Nesta oportunidade quero expressar os meus sinceros agradecimentos
primeiramente а Deus qυе permitiu qυе tudo isso acontecesse, ао longo da minha
vida, е não somente nestes anos como universitário, mas que em todos os
momentos é o maior mestre qυе alguém pode conhecer.
Ao meu orientador professor Alciano Gustavo Genovez de Oliveira, por
sempre ter me auxiliado, me apoiando com suas correções e incentivos da melhor
forma possível.
À professora Adriana de Bortoli pelas correções e instruções normativas para
o desenvolvimento desde trabalho.
Ao Coordenador do Curso de Informática da Faculdade de Tecnologia de Lins
Prof. Antônio Seabra, Anderson Pazin por ter auxiliado e ajudado a concretizar o
meu sonho.
Agradeço ao Diretor da Faculdade de Tecnologia de Lins Professor Antônio
Seabra, o Dr. Luciano Soares de Souza, pelo apoio sempre dado a mim e aos
alunos da Faculade,
À todos os meus professores pela paciência, dedicação e conhecimentos a
mim proporcionados.
Agradeço a minha família por sempre estarem do meu lado me incentivando e
estimulando em cada momento de minha vida para enfrentar a todas as dificuldades.
A minha noiva Luciana de Oliveira por sempre estar do meu lado me
apoiando e nunca me deixando desistir.
Por fim, agradeço a todos que de uma forma ou de outra me ajudaram e
acreditaram no meu potencial e me apoiaram a alcançar mais esta etapa de minha
vida profissional, deixo aqui meus agradecimentos.
Tiago Polone
RESUMO
O presente trabalho aborda a importância da elaboração de um projeto de infraestrutura aplicando os conceitos de cabeamento estruturado em uma instituição publica de saúde. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma proposta de projeto de cabeamento estruturado para a Associação Hospitalar Santa Casa de Lins, baseando-se na norma NBR 14565. Para a elaboração do projeto foi realizada a coleta de informações por meio de pesquisa documental, bibliográfica em diversos meios, tais como, livros, Internet, catálogos de especificações de equipamentos, bem como visitas aos setores administrativos do Hospital, afim de coletar informações sobre as necessidades de cada setor. Todo o projeto foi elaborado seguindo rigidamente a normatização vigente, estando apta para uma futura certificação. Os resultados obtidos após a elaboração do projeto foram muito satisfatórios, as expectativas foram atendidas, pois os cabos estão devidamente organizados, acomodados e divididos em Rede Primária e Secundária, os equipamentos ativos como os switches estão todos protegidos e instalados em armários de telecomunicações com acesso restrito. As interconexões são feitas por patch panels, o que facilita a manutenção e adição de novos equipamentos ou pontos. As tomadas de telecomunicações estão devidamente instaladas conforme as normas, todas identificadas. Por fim, ao se utilizar o conceito de cabeamento estruturado pode-se obter inúmeras vantagens como a qualidade da Rede, a disponibilidade dos recursos, facilitando manutenções e manobras necessárias, alto desempenho da rede, a padronização de equipamentos, possibilitando a alta performance da rede. Palavras-chave: Cabeamento Estruturado. Projeto de Rede. Redes de Computadores. NBR 14565:2000.
ABSTRACT
This paper discusses the importance of developing an infrastructure project applying the concepts of structured cabling in a public health institution. The aim of this study was to develop a proposal for structured cabling project for Santa Casa Hospital Association Lins, based on NBR 14565. For the preparation of project information collection was conducted through desk research, literature in several media, such as books, internet, catalogs, equipment specifications, as well as visits to the Hospital administrative sectors, in order to gather information on the needs of each sector. The entire project was designed strictly following the existing norms, being suitable for future certification. The results obtained after the design of the project were very satisfactory, expectations were met because the cables are properly organized, accommodated and divided into Primary and Secondary Network, active equipment such as switches are all protected and installed in telecommunications closets with access restricted. Interconnections are made by patch panels, which facilitates the maintenance and addition of new equipment or points. Telecommunications outlets are properly installed according to standards, all identified. Finally, when using the concept of structured cabling can get numerous advantages such as the quality of the network, availability of resources, facilitating maintenance and necessary maneuvers, high network performance, standardization of equipment, enabling high-performance network . Keywords: Structured Cabling, Network Design, Computer Networks, NBR 14565:2000.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1.1 – Exemplo de rede ponto-a-ponto ............................................................ 19
Figura 1.2 – Desempenho do pedido de um arquivo ................................................. 20
Figura 1.3 - Topologia em Barramento ...................................................................... 22
Figura 1.4 - Topologia em Anel ................................................................................. 23
Figura 1.5 - Topologia em Estrela ............................................................................. 23
Figura 1.6 - Topologia em Malha. .............................................................................. 25
Figura 1.7 - Componentes básicos de uma rede. ...................................................... 27
Figura 1.8 – Estrutura básica de um cabo coaxial ..................................................... 29
Figura 1.9 – Cabo com par trançado UTP. ................................................................ 31
Figura 1.10 – Estrutura da fibra óptica. ..................................................................... 31
Figura 1.11 – Funcionamento de um Hub. ................................................................ 33
Figura 1.12 – Funcionamento do Switch. .................................................................. 33
Figura 1.13 – Funcionamento do Roteador. .............................................................. 34
Figura 2.1 – Subsistemas de cabeamento estruturado ............................................ 38
Figura 2.2 – Subsistema de cabeamento horizontal. ............................................... 40
Figura 2.3 – Método de conexão cruzada. ............................................................... 42
Figura 2.4 – Método de interconexão. ...................................................................... 43
Figura 2.5 – Backbone de edifício. ........................................................................... 44
Figura 2.6 – Backbone de campus. .......................................................................... 44
Figura 2.7 – Área de Trabalho. ................................................................................. 45
Figura 2.8 – Sala de telecomunicações típica. ......................................................... 47
Figura 2.9 – Localização da sala de equipamentos em um edifício comercial. ........ 48
Figura 3.1 – Ligação dos condutores às vias/contatos da tomada. ........................... 54
Figura 3.2 – Topologia da NBR 14565. ..................................................................... 55
Figura 3.3 – Parâmetros para os comprimentos máximos dos cabos. ...................... 56
Figura 3.4 – Exemplo de planta para projeto de cabeamento estruturado. ............... 57
Figura 4.1 – Distância para a instalação do PT. ........................................................ 60
Figura 4.2 – Distancias permitidas para o cabeamento secundário. ......................... 61
Figura 4.3 – Sala de telecomunicações do bloco administrativo. .............................. 64
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.1 – Dimensionamento de cabos em eletrocalhas. ...................................... 63
Tabela 4.2 – Contabilidade........................................................................................ 66
Tabela 4.3 - Controladoria ......................................................................................... 66
Tabela 4.4 – Sala de Reunião ................................................................................... 67
Tabela 4.5 - Compras ................................................................................................ 67
Tabela 4.6 - Financeiro ............................................................................................. 68
Tabela 4.7 – Recursos Humanos .............................................................................. 68
Tabela 4.8 – Sala de Telecomunicações .................................................................. 69
Tabela 4.9 – Administração 1 .................................................................................... 70
Tabela 4.10 – Administração 2 .................................................................................. 70
Tabela 4.11 – Gerência ............................................................................................. 71
Tabela 4.12 – Faturamento ....................................................................................... 71
Tabela 4.13 – Recepção ........................................................................................... 72
Tabela 4.14 – Informática .......................................................................................... 72
Tabela 4.15 – Jurídico ............................................................................................... 73
Tabela 4.16 – Segurança do trabalho ....................................................................... 73
Tabela 4.17 – Corredores ......................................................................................... 74
Tabela 4.18 – Total ................................................................................................... 74
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT – Associacao Brasileira de Normas Técnicas
AMN - AMN - Associação Mercosul de Normalização
ANSI - American National Standards Institute
AT – Armário de telecomunicações
ATR – Área de Trabalho
CD – Compact Disk
CER – Configuração de Engate óptico
CL – Comprimento do Lance do Cabo
cm – Centímetros
COPANT – Comisión Panamericana de Normas Técnicas
DGT – Distribuidor Geral de Telecomunicações
DI – Distribuidor Intermediário
DS – Distribuidor Secundário
Email – Eletronic mail
EIA - Electronic Industries Association
FTP - Foil Twisted Pair
IEC - International Electrotechnical Commission
IEEE - Institute of Eletrical and Eletronics Engineers
IP – Internet Protocol
ISO - International Organization for Standardization
LAN – Local Área Network
m - Metros
m² - Metros Quadrados
MAC - Media Access Control
MAN – Metropolitan Área Network
Mhz - Mega-hertz
mm – Milímetros
NBR – Norma Brasileira
OSI – Open Systems Interconnection
PABX – Private Automatic Branch Exchange
PC – Personal Computer
PCC – Ponto de Consolidação de Cabos
PT - Ponto de Telecomunicação
PTC – Ponto de Transição de Cabos
PTR – Ponto de Terminação de Rede
RJ45 - Registered Jack
SC – Sistema Campus
SCS – Structured cabling system
SEQ – Sala de Equipamentos
SET – Sala de Entrada de Telecomunicações
STP - Shielded Twisted Pair
TCP – Transmission Control Protocol
TI – Tecnologia da Informação
TIA - Telecommunications Industry Association
UTP - Unshielded Twisted Pair
WAN – Wide Área Network
WIMAX - Worldwide Interoperability for Microwave Access
LISTA DE SÍMBOLOS
μm – Micrómetro (unidade de medida)
Ω - ohm (unidade de resistência elétrica)
% - Porcentagem
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................... 15
1 REDES DE COMPUTADORES ......................................................... 17 1.1 CONCEITOS DE REDES .................................................................................... 17 1.2 CLASSIFICAÇÃO DE REDES ............................................................................ 18 1.2.1 Redes Locais .................................................................................................... 18 1.2.2 Redes Metropolitanas....................................................................................... 18 1.2.3 Redes de Longa Distância ............................................................................... 18 1.3 TIPOS DE REDES .............................................................................................. 19 1.3.1 Redes Ponto a Ponto ....................................................................................... 19 1.3.2 Redes Cliente/Servidor..................................................................................... 20 1.4 TOPOLOGIAS DE REDES .................................................................................. 21 1.4.1 Topologia Barramento ...................................................................................... 21 1.4.2 Topologia Anel ................................................................................................. 22 1.4.3 Topologia Estrela ............................................................................................. 23 1.4.4 Topologia em Malha ......................................................................................... 24 1.5 DISPOSITIVOS DE REDES ............................................................................... 25 1.5.1 Servidor ............................................................................................................ 25 1.5.2 Cliente .............................................................................................................. 26 1.5.3 Recurso ............................................................................................................ 26 1.5.4 Protocolo .......................................................................................................... 26 1.5.5 Cabeamento ..................................................................................................... 26 1.5.6 Placa de Rede .................................................................................................. 27 1.5.7 Hardware de Rede ........................................................................................... 27 1.6 MEIOS DE TRANSMISSÃO ................................................................................ 28 1.6.1 Meios guiados e não-guiados ........................................................................... 28 1.6.2 Mídias físicas utilizadas .................................................................................... 28 1.6.2.1 Cabo coaxial .................................................................................................. 29 1.6.2.2 Cabo par trançado ......................................................................................... 30 1.6.2.3 Fibra óptica .................................................................................................... 31 1.6.2.3 Redes sem fio ............................................................................................... 32 1.7 DISPOSITIVOS DE INTERCONEXÃO ............................................................... 32 1.7.1 Hub ................................................................................................................... 32 1.7.2 Switch ............................................................................................................... 33 1.7.3 Roteador ........................................................................................................... 34
2 CABEAMENTO ESTRUTURADO ..................................................... 35 2.1 DEFINIÇÃO ......................................................................................................... 35 2.2 BREVE HISTÓRICO ........................................................................................... 35 2.3 CONCEITO ......................................................................................................... 36 2.4 A EVOLUÇÃO ..................................................................................................... 37 2.5 OS PADRÕES ..................................................................................................... 37 2.6 CABEAMENTO ESTRUTURADO: SISTEMAS E SUBSISTEMAS ..................... 38 2.6.1 Cabeamento horizontal .................................................................................... 39 2.6.1.1 Conexões Cruzadas ...................................................................................... 42 2.6.1.2 Interconexão .................................................................................................. 43
2.6.2 Cabeamento de backbone ............................................................................... 43 2.6.3 Área de trabalho ............................................................................................... 45 2.6.4 Sala de telecomunicações ................................................................................ 46 2.6.5 Sala de equipamentos ...................................................................................... 47 2.6.6 Infraestrutura de entrada .................................................................................. 49
3 NORMA NBR 14565 .......................................................................... 50 3.1 A ABNT ............................................................................................................... 50 3.2 A NORMA NBR 14565 ........................................................................................ 50 3.2.1 Propósitos da NBR 14565 ................................................................................ 51 3.2.2 Definições ......................................................................................................... 51 3.2.3 Cabos ............................................................................................................... 55 3.2.4 Projeto de Cabeamento de Telecomunicações para rede interna estruturada em edificações comerciais ........................................................................................ 56
4 PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO .............................. 58 4.1 DADOS DA INSTITUIÇÃO .................................................................................. 58 4.2 ÁREA DE TRABALHO ........................................................................................ 59 4.3 CABEAMENTO DE REDE SECUNDÁRIA .......................................................... 60 4.4 ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES .............................................................. 63 4.5 REDE PRIMÁRIA ................................................................................................ 64 4.6 SALA DE EQUIPAMENTOS ............................................................................... 65 4.7 SALA DE ENTRADA DE TELECOMUNICAÇÕES .............................................. 65 4.8 LISTA DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ....................................................... 65 4.9 PLANTA BAIXA DO BLOCO ADMINISTRATIVO COM A IMPLANTAÇÃO DO CABEAMENTOESTRUTURADO .............................................................................. 75
CONCLUSÃO ....................................................................................... 76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 78
APÊNDICE A ........................................................................................ 79
APÊNDICE B ........................................................................................ 80
APÊNDICE C ....................................................................................... 81
15
INTRODUÇÃO
Com a crescente necessidade de compartilhamento de recursos, dados e
informações, as redes de computadores surgiram acompanhando o rápido avanço
da ciência e da tecnologia nos últimos tempos. Redes e sistemas de computadores
são praticamente indispensáveis para o funcionamento de empresas e instituições
hoje em dia.
Com o passar do tempo, mais estudos e ferramentas são desenvolvidas para
que as redes fiquem mais velozes, precisas e seguras, pois é através das redes de
computadores que será possível essa troca de informações. O planejamento e a
instalação de uma rede bem estruturada têm grande influência no desempenho,
qualidade e na confiabilidade que as redes empresariais precisam ter.
“Independente do tamanho e do grau de complexibilidade, o objetivo de uma rede é
garantir que todos os recursos disponíveis sejam compartilhados rapidamente, com
segurança e de forma confiável” (PINHEIRO, 2003, p.2). Somente com um sistema
apto para a distribuição das informações, é poss vel manter a organi a o informada
a um custo viável e dentro do prazo estipulado. Dentro deste contexto, um sistema
de cabeamento estruturado projetado e instalado corretamente, tem por objetivo
fornecer velocidade e segurança vitais para todo esse sistema, além de, organizar e
unificar instalações de cabos existentes e os novos sistemas de cabeamento em
edificações comerciais, residenciais e industriais, tornando-se assim um sistema
padrão, servindo como referencia no desenvolvimento de novos produtos e soluções
para o seguimento de redes. (PINHEIRO, 2003)
Este trabalho consiste em elaborar um Projeto de Cabeamento Estruturado
para um hospital público, sendo este, a Associação Hospitalar Santa Casa de Lins,
para isto é preciso explicar de forma clara em que consiste um Projeto de
Cabeamento Estruturado, suas vantagens, custos, equipamentos necessários, além
de outros itens pertinentes ao projeto.
Por ser uma instituição instalada em um prédio antigo e quando foi construído
nem sequer existia o sistema de telefonia, não houve nenhum planejamento quanto
a redes de telecomunicações, pois não existia esse conceito de redes estruturadas
na época. Com o avanço das tecnologias de telecomunicações, antigas edificações,
como esta, necessitam de várias mudanças para que possam se adequar as normas
16
exigidas. Surgindo a questão, como elaborar um projeto de cabeamento estruturado
para o bloco administrativo de um hospital público adequando o local com as normas
da ABNT, utilizando em especifico a norma NBR 14565:2000.
Este trabalho tem como objetivo apresentar uma proposta para uma nova
infraestrutura de Rede de Computadores para o bloco administrativo de uma
Instituição Publica de Saúde do Estado de São Paulo, sendo esta a Associação
Hospitalar Santa Casa de Lins, localizada na cidade de Lins-SP. Não existe
infraestrutura atualmente no bloco sendo necessária a elaboração de um projeto
para toda a rede de acordo com as necessidades do hospital. Então seguindo os
conceitos da norma ABNT, especificamente a norma NBR 14565, foi elaborado um
projeto de cabeamento estruturado para o bloco administrativo da Santa Casa de
Lins, com a finalidade de prover a conexão à todos os pontos das salas bem como
possibilitar expansões futuras se necessárias além de garantir o desempenho e a
confiabilidade da Rede, bem como apresentar os conceitos sobre as Redes de
Computadores e Cabeamento Estruturado para que se fosse possível analisar e
avaliar as necessidades do Hospital e propor um projeto de acordo com as precisões
atuais e futuras.
Foi necessário realizar uma pesquisa para a obtenção de informações
pertinentes ao projeto, assim ficou definido que a pesquisa seria do tipo exploratório-
explicativa com abordagem qualitativa e quantitativa.
A pesquisa foi realizada por meio de pesquisa documental, bibliográfica em
diversos meios, tais como, livros, internet, catálogos de especificações de
equipamentos fornecidos por empresas da área de Redes, além de visitas aos
setores administrativos do Hospital, onde foram coletadas informações necessárias
para a elaboração do projeto.
17
1 REDES DE COMPUTADORES
Este capítulo aborda os principais conceitos sobre as redes de computadores
para um melhor entendimento sobre os componentes que compõem uma rede, bem
como apresentar a classificação das redes, arquiteturas de redes, topologias mais
comuns, dispositivos usados em uma rede e os meios de transmissão.
1.1 CONCEITOS DE REDES
Uma rede de computadores basicamente consiste em dois computadores ou
mais dispositivos interligados entre si com o objetivo de compartilhar dados,
impressoras, mensagens entre outros, onde se tem várias formas e recursos que
podem ser interligados e compartilhados, mediante meios de acesso, protocolos e
requisitos de segurança.
As redes de computadores surgiram e evoluíram com a crescente necessidade do compartilhamento dos recursos computacionais e de informação nas empresas. As primeiras redes eram de pequeno porte, com poucos computadores interligados. Registra-se que um dos primeiros sistemas integrados de computadores começou a funcionar comercialmente nos Estados Unidos em 1964, para utilização nos serviços de reservas de passagens de companhias aéreas. Essas primeiras redes utilizavam soluções patenteadas de um único fabricante. (PINHEIRO, 2003, p.1)
No início da era computacional, não existiam redes que interligavam
geograficamente os computadores, mas com o passar do tempo e o maior número
de computadores que tinham a necessidade de se interligar surgiram as redes para
fazer essa comunicação entre os computadores, permitindo que os recursos
utilizados por um computador pudessem ser compartilhados aos demais
computadores da rede, conforme a necessidade. As redes de computadores foram
crescendo cada vez mais, e com essa evolução surgiu a internet como a
conhecemos hoje, conectando computadores e outros dispositivos ao redor de todo
o mundo.
“Na década de 1970 houve a primeira iniciativa para a implantação de uma
rede de computadores de diferentes fabricantes”. (PINHEIRO, 2003, p.1).
18
1.2 CLASSIFICAÇÃO DE REDES
Com o crescimento das redes, juntamente com a realização de diversos
estudos referentes ao assunto, surgiram os conceitos de redes como conhecemos
hoje: redes locais, Local Área Network (LAN), redes metropolitanas, Metropolitan
Área Network (MAN) e redes de longa distância, Wide Área Network (WAN).
1.2.1 Redes Locais
LAN é o tipo de rede que é usada em empresas, escritórios e em nossas
residências. São usadas para conectar estações de trabalho e computadores
pessoais, possibilitando troca de arquivos, impressão e compartilhamento do acesso
a internet. Geralmente são redes de pequeno porte limitadas a poucos quilômetros,
e dependem da empresa ou da organização para ser administrada. Ela permite o
compartilhamento de recursos entre computadores pessoais como impressoras,
gravadores de CD, entre outros. Além do tamanho outra característica que distingue
uma LAN das demais classificações é o tipo de meio de transmissão e a topologia
que são usadas para essa determinada rede. (FOROUZAN, 2006)
1.2.2 Redes Metropolitanas
Conhecidas como MAN, são as redes que interligam várias LANs
geograficamente próximas umas das outras abrangendo uma cidade, por exemplo,
assim uma MAN permite que dois pontos distantes possam se comunicar como se
fizesse parte de uma mesma rede local. “São redes distantes mas em um mesmo
espaço físico como é o caso da tecnologia WIMAX, que permite acessar a internet
da sua casa, empresa ou escritório, sem fios e sem se preocupar com distâncias”.
(RUSCHEL, 2007, p.2).
1.2.3 Redes de Longa Distância
As WANs, são um “Tipo de redes que interligam várias redes, possibilitando a
comunicação entre filiais de uma empresa em qualquer parte do mundo”.
(RUSCHEL, 2007, p.2). Um exemplo de redes WAN é a própria Internet que permite
19
a comunicação entre vários computadores em diversas partes do mundo,
possibilitando o acesso a vários recursos como pesquisas, trocas de mensagem
entre outros.
1.3 TIPOS DE REDES
Segundo Torres (2001), existem dois tipos básicos de redes onde os dados
são compartilhados, são elas: as redes ponto-a-ponto e as redes cliente/servidor. A
rede ponto a ponto é usada em redes pequenas, como redes residenciais e redes de
pequenas empresas. A rede cliente servidor é usada tanto em redes pequenas
quanto em redes grandes. Esses tipos de redes não dependem da estrutura física
usada pela rede, mas sim como ela esta configurada em software.
1.3.1 Redes Ponto a Ponto
São redes de pequeno porte que não utilizam um servidor central, são redes
mais comuns em residências por serem ligadas diretamente a Switchs, Hubs e
Roteadores, apenas para o compartilhamento do acesso à Internet, impressoras e
troca de arquivos. Cada ponto na rede tem privilégios iguais a todos os demais
pontos da mesma rede.
Figura 1.1 – Exemplo de rede ponto-a-ponto Fonte: Torres, 2001, p.8
20
1.3.2 Redes Cliente/Servidor
Uma rede Cliente/Servidor é um sistema de rede que possui um servidor
central, que é o responsável pelo gerenciamento e pela distribuição das tarefas da
rede, como gerenciamento de usuários, controle de internet, compartilhamento de
arquivos, paginas da Internet, banco de dados entre outras funções. Os pontos de
rede desse sistema consistem em vários clientes e pelo menos um servidor. Os
clientes e servidores se comunicam através de uma rede de computadores, um
cliente não compartilha nenhum dos seus recursos, mas faz solicitações de recursos
ou conteúdos ao servidor que é o host que está executando esses serviços e
programas e compartilham com os clientes. Atualmente esse é o modelo
predominante em redes de computadores.
Torres (2001) diz que o servidor central nada mais é que um computador que
gera recursos para os demais computadores da rede, pode ficar sobrecarregado
com a utilização de várias tarefas, além de fornecer recursos aos demais
computadores da rede, assim tornando baixo o desempenho da rede. Com um
servidor dedicado isso já não acontece. Um servidor de arquivos, por exemplo, onde
este responde só por essa tarefa, o desempenho é muito mais ágil, assim
conseguindo responder mais rapidamente as solicitações, conforme ilustrado na
figura 1.2 abaixo.
Figura 1.2 – Desempenho do pedido de um arquivo Fonte: Torres, 2001, p. 13
21
Torres (2001) resume que redes cliente/servidor, são redes normalmente
usadas em redes com mais de 10 computadores, onde toda a administração e
configuração são centralizadas, com isso melhorando a organização dos serviços e
a segurança da rede. Este tipo de rede possibilita, por exemplo, um banco de dados
que pode ser modificado por vários usuários ao mesmo tempo. O custo é maior que
a rede ponto a ponto, mas com maior desempenho, alta segurança e a possibilidade
do uso de aplicações de cliente/servidor.
1.4 TOPOLOGIAS DE REDES
“O termo topologia física refere-se ao modo segundo o qual uma rede é
montada fisicamente. Dois ou mais dispositivos formam um link; dois ou mais links
geram uma topologia de rede.” (FOROUZAN, 2006, p.39). São as topologias de
redes que definem como a rede é interligada, isso é feito de acordo com a
necessidade das empresas e instituições, levando em consideração tanto o ponto de
vista físico, quanto lógico. A topologia física define basicamente como a rede é
conectada fisicamente e o meio de conexão dos dispositivos da rede. Já a topologia
lógica se refere ao modo de como os nós da rede se comunicam através dos meios
de transmissão. “Como o nome indica, a estrutura de interconexão ou topologia se
refere ao modo como os computadores de uma rede estão interconectados.
Algumas das alternativas mais comuns são estrela, anel, barramento, malha e
irregular”. (OZSU, 2001, p.60)
1.4.1 Topologia Barramento
A topologia barramento (Figura 1.3) foi a mais utilizada no passado, sendo
que foi ela a pioneira das topologias de redes. Consistia em se interligar pontos de
uma rede utilizando um determinado padrão de cabo coaxial. Em relação às demais
topologias é o formato mais simples de conexão.
A maior vantagem de uma topologia em barramento é a facilidade de instalação. O cabo backbone pode ficar situado ao longo de um caminho mais eficiente, então conectar os nós através de segmentos de cabo de vários comprimentos possíveis. Desse modo, a topologia em barramento usa menos cabeamento que as topologias em malha ou estrela. (FOROUZAN, 2006, p.41)
22
Apesar de sua instalação simples, o único inconveniente é que se houver
uma interrupção física do cabo em um ponto, todo o restante da rede a partir da
falha fica sem conexão.
Figura 1.3 - Topologia em Barramento Fonte: Forouzan, 2006, p.41
1.4.2 Topologia Anel
De acordo com Ozsu (2001), na topologia de rede em anel (figura 1.4), os
computadores estão conectados ao meio de transmissão, que tem a forma de um
loop, ou seja, ela se fecha em seu ponto de origem formando um anel. Seu
funcionamento é simples, basicamente, cada ponto coloca seus pacotes na rede e
esse pacote circula no anel até chegar ao ponto de destino. Para começar uma
transmissão, ele tem que esperar por um símbolo, chamado de token. Este símbolo
tem um padrão de bits que indica que a rede está livre. Existe também um símbolo
padrão para indicar que a rede está em uso.
A topologia anel não interliga as estações diretamente, mas os pontos da
rede são ligados em uma serie de repetidores interligados por um meio físico. Uma
rede em anel é relativamente fácil de instalar e reconfigurar, pois cada dispositivo é
interligado somente com os dois vizinhos imediatos.
Uma desvantagem é que se, por acaso apenas uma das máquinas falhar,
toda a rede pode ser comprometida, já que a informação só trafega em uma direção,
que no caso é circular.
23
Figura 1.4 - Topologia em Anel Fonte: Forouzan, 2006, p.41
1.4.3 Topologia Estrela
A topologia Estrela (Figura 1.5), é uma das topologias mais comuns
atualmente, e consiste basicamente em interligar todos os pontos em um
concentrador como ponto central da rede. Este concentrador normalmente é um
hardware, conhecido como Hub ou Switch, ele se encarrega de gerenciar todo o
tráfego da rede. Todos os pontos da rede, tanto os servidores quanto computadores,
só poderão se comunicar através deste concentrador, sem ele não há comunicação
entre os computadores.
Figura 1.5 - Topologia em Estrela Fonte: Forouzan, 2006, p.40.
24
Uma das vantagens da topologia estrela é a robustez, pois se um cabo ou
meio de transmissão se romper, ou for retirado para ajustes, somente o nó ligado a
este cabo ficará parado, não prejudicando os demais pontos que permanecem
ativos, sem a interrupção do sinal. Isto facilita também na localização da falha e na
manutenção.
1.4.4 Topologia em Malha
Na topologia em Malha (Figura 1.6), os computadores e redes locais
interligam-se entre si, ponto a ponto, através de cabos e dispositivos de interligação.
É uma topologia muito complexa, e o nível de complexidade aumenta a medida que
cresce o número de dispositivos. É uma rede de alto custo e de difícil
gerenciamento. Forouzan (2006), cita:
As principais desvantagens de uma rede em malha estão relacionadas ao cabeamento excessivo e à quantidade de interfaces E/S necessárias ao funcionamento da rede. A primeira desvantagem deve-se ao fato de que cada dispositivo precisa ser conectado aos demais na rede. Isto torna a instalação e configuração da rede bastante difícil. Ainda em relação ao cabeamento, o sistema de canaletas para acomodar os cabos pode tornar-se maior que o espaço disponível no ambiente de rede(nas paredes, tetos ou pisos). Finalmente , o custo do Hardware exigido para conectar cada link (interfaces E/S e cabos) pode tornar-se proibitivamente elevado. Por essas razões, a topologia em malha, quando implementada, apresenta-se maneira bastante limitada – por exemplo, como uma backbone interligando os computadores principais. (FOROUZAN, 2006, p.40)
Mas por outro lado, a topologia em Malha também apresenta muitas
vantagens quando comparada as demais topologias, pois é uma rede tolerante a
falhas pelo menos na parte de cabeamentos. Dentre as vantagens dessa rede,
Forouzan (2006), comenta que, primeiramente, a utilização de links dedicados
possibilita o tráfego dos dados apenas na conexão que estiver fechada. Isso elimina
os problemas de tráfego decorrentes da necessidade de compartilhar o link entre
muitos dispositivos.
Segundo Forouzan (2006), a topologia malha é muito robusta. Se uma
conexão ou link cair, não ocorre a interrupção da comunicação do sistema como um
todo, pois os outros links assumem a conexão não deixando o serviço cair.
25
Figura 1.6 - Topologia em Malha. Fonte: Forouzan, 2006, p.39.
1.5 DISPOSITIVOS DE REDES
De acordo com Torres (2001), os principais componentes de uma rede são:
Servidores, Clientes, Recursos, Protocolos, Cabeamento, Placas de Redes,
Hardware de Rede, entre outros, que juntos proporcionam o correto funcionamento
de uma rede de computadores. Uma rede de computadores é constituída por
diversos dispositivos, não sendo possível citá-los todos aqui, porém é importante
ressaltar que cada um possui sua determinada função e que trabalham juntos para o
correto funcionamento da rede em si.
1.5.1 Servidor
“É um micro ou dispositivo capaz de oferecer um recurso para rede. Em redes
ponto-a-ponto não há a figura do servidor; nesse tipo de redes os micros ora
funcionam como servidores, ora como clientes.” (TORRES, 2001, p.19).
O servidor é o computador central responsável por fornecer um ou diversos
serviços da rede, que podem ser, acesso à internet, compartilhamento de arquivos,
impressoras, serviços de email, entre outros. Também é o responsável por garantir o
desempenho e a segurança das informações da rede, bem como as permissões dos
seus usuários.
26
1.5.2 Cliente
“É um micro ou dispositivo que acessa os recursos oferecidos pela rede.”
(TORRES, 2001, p. 20). O cliente é o requisitante do serviço, é quem executa os
programas fornecidos pelo servidor. Cliente pode ser considerado ainda como a
máquina operada pelo usuário final, que executa as tarefas que a empresa
necessita.
1.5.3 Recurso
“Qualquer coisa que possa ser oferecida e usada pelos clientes da rede,
como impressoras, arquivos, unidades de disco, acesso a Internet, etc.” (TORRES,
2001, p.20). O recurso é todo e qualquer serviço que é necessário ser fornecido pela
rede para os usuários, os recursos são os programas ou arquivos, por exemplo,
necessários para que uma máquina cliente possa trabalhar.. No servidor é onde
estarão centralizados todos os recursos oferecidos para a rede,
1.5.4 Protocolo
Em uma rede de computadores, existem vários dispositivos, como
computadores, impressoras, switches, mas para que todos esses dispositivos
possam se entender e se comunicar, eles precisam falar a mesma linguagem. Essa
linguagem é conhecida como protocolo. Existem vários protocolos e cada um tem
suas particularidades e finalidades, um deles, por exemplo, o TCP/IP, é um famoso
protocolo usado para comunicação em redes, é muito utilizado na Internet
permitindo que os computadores possam se comunicar e acessar o conteúdo
disponibilizado na rede. (TORRES, 2001)
1.5.5 Cabeamento
“Os cabos da rede transmitem os dados que serão trocados entre os diversos
dispositivos que compõem uma rede”. (TORRES, 2001, p. 20). Os cabeamentos de
uma rede são os meios físicos pelo quais são transmitidos todos os dados na rede,
voz, dados, imagens, músicas, são alguns exemplos desses dados.
27
Existem diversos tipos de cabos, cada um com suas características próprias,
e para cada tipo de rede deve-se reverificar a necessidade do cabo a ser utilizado
com relação a interferências, alcance e custos.
1.5.6 Placa de Rede
A placa de rede, também conhecida por ethernet, é a responsável pela
ligação física dos PCs na rede, onde toda a conexão é feita, pois já que
internamente os PCs usam um sistema de comunicação totalmente diferente do
utilizado em rede. (TORRES, 2001)
1.5.7 Hardware de Rede
“Eventualmente poderá ser necessário o uso de periféricos para efetuar ou
melhorar a comunicação da rede[...] Switches, Hubs e Roteadores são apenas
outros periféricos que você poderá eventualmente encontrar“. (TORRES, 2001, p.
20).
A figura 1.7 apresenta um exemplo de uma rede simples, mas que mostra os
componentes básicos que foram citados anteriormente.
Figura 1.7 - Componentes básicos de uma rede. Fonte: Torres, 2001, p. 19.
28
1.6 MEIOS DE TRANSMISSÃO
Uma infraestrutura de rede precisa de um meio pelo qual os dados serão
transportados entre os dispositivos da rede. Os meios de transmissão são a parte
física da rede, os cabos propriamente dito e os demais elementos usados pelo
sistema que são os meios físicos de transmissão entre as estações da Rede. “Um
sistema estruturado utilizando cabeamento de par trançado, por exemplo, utiliza
componentes diferentes de um sistema de cabeamento utilizando fibra óptica“
(PINHEIRO, 2003, p.4).
Assim cada sistema varia de acordo com os componentes da rede, topologia
utilizada, velocidade de tráfego necessária e tipo de instalação física. Cada tipo cabo
tem suas características próprias, vantagens e desvantagens.
1.6.1 Meios guiados e não-guiados
Basicamente a função de qualquer meio de transmissão é conduzir
informações através de uma rede, cada meio de transmissão tem suas
características particulares que cabe ao projetista avaliar a necessidade da rede e
decidir qual meio usar.
Os meios de transmissão, basicamente são classificados em dois grupos:
meios guiados e não guiados. Os meios guiados são os cabos de cobre e os cabos
de fibra óptica, por exemplo. Os meios não-guiados podem ser exemplificados como
as ondas de radio e raios laser que são ondas transmitidas pelo ar.
1.6.2 Mídias físicas utilizadas
“Os meios f sicos guiados s o utili ados em redes de computadores para
conectar os diversos equipamentos entre si”. (PINHEIRO. 2003, p.9). Dentro deste
contexto, de acordo com cada necessidade da rede, os meios guiados são o tipo
mais comum usado para fazer a conexão entre os equipamentos da rede. Os mais
comumente usados são: o cabo coaxial, o cabo de pares trançados e a fibra óptica.
29
1.6.2.1 Cabo coaxial
O cabo coaxial é um meio físico guiado usado para transmitir sinais. Ele é
constituído por um fio de cobre rígido, que é o núcleo dele, e revestido por uma
malha metálica isolante que também é revestida por uma blindagem de lamina
metálica e uma capa plástica protetora. Inicialmente esse era o tipo de cabeamento
mais utilizado nas redes locais de computadores.
Segundo PINHEIRO (2003), o cabo coaxial apresenta vantagens e
desvantagens quando comparado a outros meios de transmissão. Por exemplo,
quando comparado a cabos de par trançado em instalações onde existem muitos
ruídos eletromagnéticos, o cabo coaxial, possui vantagem com relação ao cabo de
par trançado por ser imune a interferências eletromagnéticas, devido a sua
blindagem, por oferecer uma melhor imunidade a esses ruídos.
Mas entre as desvantagens está o custo, sendo relativamente mais caro que
os cabos de par trançado e também pela dificuldade de suas conexões que utilizam
interfaces para isso. Outro problema é se instalado em topologia barramento, por
exemplo, se um cabo se romper ou estiver com mal contato o restante da rede
inteira fica comprometida. Por isso ele não é um cabo muito utilizado hoje em dia
para redes locais. A figura 1.8 ilustra uma estrutura básica de um cabo coaxial.
Figura 1.8 – Estrutura básica de um cabo coaxial Fonte: Pinheiro, 2003, p. 10.
30
1.6.2.2 Cabo par trançado
“O nome de cabo de par tran ado é devido ao fato de pares de fios se
entrelaçarem por toda extensão do cabo, evitando assim as interferências externas
ou entre os próprios condutores do cabo“ (PINHEIRO, 2003, p.17). Atualmente, nos
projetos de redes, os cabos que são mais utilizados são os cabos com par trançado
principalmente devido a facilidade de instalação e o baixo custo, são constituídos por
quatro pares de fios de cobre entrelaçados que evitam interferências externas. O
cabo de par trançado foi o substituto do cabo coaxial por oferecer uma ótima
condutividade, baixo custo e facilidade de instalação e manutenção.
Existem os seguintes tipos de cabos de par traçado: Shielded Twisted Pair
(STP), Foiled Twisted Pair (FTP) e o Unshielded Twisted Pair (UTP). O cabo STP é
um tipo de cabo de par trançado que possui uma malha de blindagem envolvendo
cada par trançado com o objetivo de reduzir as interferências externas. O cabo STP
é mais utilizado em casos de ambientes com grande nível de interferência, sendo
que atualmente está sendo preferencialmente substituído por fibra óptica.
O cabo FTP possui uma película de metal enrolada sob o conjunto de fios que
adicionam uma proteção especial ao cabeamento. São projetados para ambientes
que necessitam de uma maior eficácia à interferências.
O cabo UTP, ou cabo sem blindagem é o tipo de cabo mais utilizado tanto
nas redes locais, quanto em indústrias devido ao seu fácil manuseio, instalação e
custo, permitindo altas taxas de transmissão.
O alto desempenho alcançado em termos de qualidade pelos cabos UTP, aliado ao baixo custo de aquisição e instalação dos mesmo nas redes de computadores, motivou a sua padronização tanto por parte dos projetistas quanto dos fabricantes de equipamentos, que o utilizam em seus projetos e precisam garantir a confiabilidade e o desempenho do cabeamento. (PINHEIRO, 2003. P.19)
Assim, os cabos UTP são os mais utilizados atualmente, a figura 1.9 ilustra
um cabo de par trançado UTP.
31
Figura 1.9 – Cabo com par trançado UTP. Fonte: Pinheiro, 2003, p. 20.
1.6.2.3 Fibra óptica
A fibra óptica é um meio de transmissão que usa a luz para transportar os
dados através de uma rede, a fibra que é constituída geralmente de vidro transmite
as informações através de sinais luminosos com velocidades de tráfego muito
próximas à velocidade da luz que pode ser até um milhão de vezes maior que o
cabo de par trançado ou coaxial. Segundo Pinheiro (2003), a fibra óptica é formada
por duas partes: núcleo e casca. O núcleo é onde a luz se propaga, constituído pelo
filamento de vidro. A casca é a responsável por aprisionar e deixar esse feixe de luz
no interior do núcleo. A fibra também possui uma proteção de plástico que reveste e
protege contra o meio externo. A figura 1.10 ilustra a estrutura da fibra óptica. Dentre
as muitas vantagens, a fibra óptica também é imune a interferências
eletromagnéticas, por ser isolada dentro do cabeamento, não captam os ruídos
externos. São mais finas e mais leves que os cabos coaxiais ou par trançado e são
utilizadas em sistemas que exigem altas taxas de transmissão de dados, pois ainda
é uma tecnologia cara em relação a outros meios de transmissão.
Figura 1.10 – Estrutura da fibra óptica. Fonte: Pinheiro, 2003, p. 28.
32
1.6.2.3 Redes sem fio
Segundo Torres (2001), o sistema sem fio como o próprio nome diz, é um
meio de transmissão que não utiliza meio físicos para a transmissão dos dados
como os fios de cobre. As redes sem fio usam o ar como meio para a transmissão e
troca de informações, é um tipo de meio físico não guiado. As redes sem fio são
uma opção para a conexão de redes ou máquinas, mas nem sempre é viável pelo
fato da existência de obstáculos que podem comprometer o funcionamento e
desempenho da rede, devendo ser corretamente estudada a viabilidade para o uso
da mesma. Os sistemas mais comuns e conhecidos para a transmissão de dados
sem fio são: rádio, infravermelho e laser. O sistema de transmissão por ondas de
radio é o mais conhecido e mais utilizado nas redes de computadores.
1.7 DISPOSITIVOS DE INTERCONEXÃO
Neste tópico serão abordados conceitos e características dos componentes
que são utilizados para interligar e controlar de forma estruturada uma rede de
computadores. Cada dispositivo tem suas funções e atribuições próprias e caberá ao
projetista da rede decidir quais dispositivos serão necessários para a instalação da
rede.
Os dispositivos mais utilizados geralmente são: o Hub, o Switch e o roteador.
Estes dispositivos são citados logo a seguir.
1.7.1 Hub
Os Hubs são dispositivos concentradores, utilizados para conectar
dispositivos de uma rede. Geralmente usados em topologia estrela, um Hub nada
mais é que um repetidor multiportas, ele recebe a informação e distribui para todas
as outras portas, por exemplo, se uma máquina quer enviar um dado para outra,
todas as demais recebem esse mesmo dado, ao mesmo tempo causando muitas
colisões de pacotes, em outras palavras, um Hub compartilha um mesmo domínio
de colisão. O Hub não consegue ter um controle das portas que estão sendo
usadas, tudo que chega por uma porta é enviada a todas as demais, não importando
33
se em uma determinada porta já está sendo enviado um pacote, o que causa a
colisão de pacotes, por isso os Hubs não são muito usados nas redes atualmente.
Os Hubs são considerados dispositivos que atuam na camada física do
modelo OSI, pois apenas geram os sinais elétricos novamente e os transmitem para
as demais portas, eles não tem a capacidade de interpretar os quadros de dados
que estão sendo enviados, não sabendo assim os endereços das portas ligadas a
ele, se ele soubesse poderia enviar diretamente ao destinatário. (TORRES, 2001)
A figura 1.11, mostra uma ilustração do funcionamento de um Hub.
Figura 1.11 – Funcionamento de um Hub. Fonte: Torres, 2001, p. 338.
1.7.2 Switch
Os Switches são equipamentos usados para conectar segmentos de uma
rede assim como um Hub, mas eles são capazes de enviar os pacotes para somente
à porta apropriada, ou seja, a porta de destino. Assim, o Switch consegue aumentar
o desempenho de uma rede, já que não haverá a colisão de pacotes, ele mantem o
caminho livre para o tráfego na rede. (TORRES, 2001), a figura 1.12 ilustra o
funcionamento de um Switch.
Figura 1.12 – Funcionamento do Switch. Fonte: Torres, 2001, p. 349.
34
Um Switch consegue saber à que porta deve enviar o pacote, pois quando
uma máquina envia um pacote, o Switch lê o campo de endereço MAC de origem do
quadro e anota em uma tabela interna o endereço MAC da placa de rede, assim
quando ele tem que transmitir um pacote, ele consulta essa tabela, e verifica se o
endereço existe na tabela, ao encontrar o endereço na tabela, ele sabe para qual
porta deve enviar o pacote, e quando ele não sabe, ou seja, não tem o endereço na
tabela, ele envia para todas as portas. (TORRES, 2001).
Outra vantagem é que mais de uma conexão pode ser estabelecia ao mesmo
tempo, desde que as portas de origem ou destino já não estejam sendo usadas,
além da segurança, pois cada pacote possui seu campo de endereço e o mesmo só
é enviado à porta de destino, isso já não ocorre no Hub que envia para todas as
suas portas, com isso um hacker, por exemplo, pode implantar uma escuta em uma
porta do Hub e capturar informações pessoais da rede.
1.7.3 Roteador
Os roteadores são os responsáveis por selecionar o caminho mais apropriado
entre as redes e repassar os pacotes recebidos, ou seja, decidir qual o melhor
caminho disponível para um determinado pacote. Os roteadores atuam na camada
de rede do modelo OSI, não atuando nas camadas físicas, mas sim pelos protocolos
de alto nível. Isso significa que os roteadores não analisam os quadros físicos que
estão sendo transmitidos, mas sim os datagramas produzidos pelo protocolo de alto
n vel” (TORRES, 2001, p.354), desta forma o roteador pode ler e analisar os
datagramas IP dos pacotes. A figura 1.13, ilustra o funcionamento do roteador.
Figura 1.13 – Funcionamento do Roteador. Fonte: Torres, 2001, p. 354.
35
2 CABEAMENTO ESTRUTURADO
Este capítulo aborda os principais conceitos e definições sobre cabeamento
estruturado, além de um breve histórico, padrões, sistemas e subsistemas de
cabeamento estruturado.
2.1 DEFINIÇÃO
O principal objetivo de uma rede de comunicação é de permitir a troca de
informações com qualidade, segurança e agilidade. Mas uma rede mal planejada ou
que não permite a movimentação, expansão ou adequação para atender novas
necessidades, pode ser um problema. Por isso, o conceito de cabeamento
estruturado tem como objetivo fornecer uma normatização que, se aplicada, vai
permitir que as redes possam estar prontas, para aceitar mudanças e que em caso
de falhas, elas possam ser solucionadas mais facilmente, comprometendo de forma
mínima os trabalhos realizados.
Basicamente uma rede estrutura precisa prover de maneira adequada, todos
os recursos e atender a todas as exigências da rede, seja expansão ou
movimentação dos pontos físicos da rede. Também um sistema de cabeamento
estruturado tem por objetivo prover uma estrutura única de cabeamento, capaz de
proporcionar acesso a vários sistemas de comunicação como dados, voz, imagens,
sinais de controle, entre outros. (PINHEIRO, 2003)
2.2 BREVE HISTÓRICO
Na década de 1980, ao se projetar prédios e edifícios, os sistemas de
telecomunicações não eram instalados no momento da construção. Segundo Marin
(2009), normalmente o pessoal de TI precisava instalar o seu cabeamento após a
ocupação do espaço.
Nesse período, o cabeamento de voz tinha estrutura mínima; uma instalação típica de um edifício comercial consistia em cabeamento de pares trançados, não blindados (UTP, Unshielded Twisted Pair) para voz em topologia estrela. O comprimento máximo do cabo e o número de cross-connects ou didtribuidores eram determinados pelo prestador de serviço ou pelo fabricante do equipamento que seria atendido por tal cabeamento.(MARIN, 2009, p. 23)
36
Com o passar do tempo e a evolução da tecnologia, em meados de 1980,
grupos e organizações se juntaram para desenvolver padrões e normas para os
edifícios que estavam sendo construídos na época, uma série de normas foram
desenvolvidas afim de, padronizar as estruturas de cabeamento. (MARIN, 2009).
A partir de 1988, os primeiros sistemas de cabeamento integrando voz, vídeo
e dados foram lançados comercialmente. Surge então no mercado de redes o
conceito Structured Cabling System (SCS), Sistema de Cabeamento Estruturado,
que pretendia acabar com os problemas de incompatibilidade, criando-se um padrão
para a instalação desses sistemas.
2.3 CONCEITO
Hoje em dia é comum a prática de improvisar em sistemas de cabeamento
em residências e até mesmo em prédios comerciais para fazer a interligação de
computadores sem nenhum tipo de planejamento. Dessa forma, ocorrem muitos
problemas quando se deseja fazer mudanças ou adicionar mais máquinas e
equipamentos na rede. Por isso foi criado o conceito de cabeamento estruturado,
que possui um conjunto de normas e regras que tem como objetivo acabar com
estes problemas.
Além do sistema de cabeamento estruturado suprir todas as necessidades
das redes locais, de telefonia, entre outros, seu conceito também se baseia no
princípio de solucionar todos os problemas de crescimento, expansão e
redimensionamento das redes, bem como também a facilidade da pesquisa e
eliminação de possíveis pontos de falhas no cabeamento.
Segundo Marin (2009), “Cabeamento estruturado é um sistema que envolve
cabos e hardware de conexão (conforme definidos em normas), capaz de atender às
necessidades de telecomunicações e TI dos usuários de edifícios comerciais”.
O sistema de cabeamento estruturado pode prover ao usuário serviços como
a conexão de redes de computadores, sistemas de telefonia, sistemas fechados de
TV, sistemas de sonorização ambiente, sistemas de alarme para monitoração de
temperatura ou presença, dentre outros. (PINHEIRO 2003)
37
2.4 A EVOLUÇÃO
O conceito de cabeamento estruturado surgiu e foi evoluindo para facilitar a
instalação e a manutenção do sistema de cabeamento. Com o crescimento da
demanda de serviços, decorrente das constantes necessidades de mudanças físicas
em prédios comerciais e em sistemas telefônicos, que inicialmente só tinham
serviços de dados e voz, e necessitavam de mudanças para se adequarem as novas
tecnologias, surgiam diversos problemas como: incompatibilidade de equipamentos
e interfaces, protocolos, conexões e diferentes tipos de cabos, entre outros.
(PINHEIRO 2003)
Segundo Pinheiro (2003), com as mudanças rápidas, a evolução da
tecnologia e a crescente necessidade de maior banda para transmissão de voz,
dados, vídeos e outros, como também computadores mais velozes e com serviços
integrados de voz e dados, as redes locais passaram por mudanças constantes e
diversos problemas surgiram. Na década de 1980, cada fabricante tinha sua
tecnologia patenteada, gerenciamento complexo, além de inúmeros protocolos, que
resultavam em uma inúmera diversidade de tipos de cabos, topologias, padrões de
ligações entre outros. Assim, padrões e regras foram criados para aumentar a
interoperabilidade entre os sistemas de comunicação e na interligação das redes.
2.5 OS PADRÕES
Para acabar com os problemas de incompatibilidade, de mudanças e
expansões nos sistemas de cabeamento, foi reconhecido que havia a necessidade
da criação de uma padronização dessas soluções. Assim foram organizadas
reuniões técnicas entre diversos profissionais da área, fabricantes e usuários, sob
orientação de organizações como EIA/TIA, ISO/IEC, IEEE, ANSI, para criar e
garantir que os padrões de produtos de redes e cabeamento atendessem a uma
serie de normas.
“O principal objetivo era de acabar com a incompatibilidade de padrões, e
permitir que todos os fabricantes pudessem construir equipamentos que fossem
compatíveis entre si e que pudessem ser utilizados em conjunto”. (PINHEIRO, 2003,
p.42).
38
2.6 CABEAMENTO ESTRUTURADO: SISTEMAS E SUBSISTEMAS
Um dos principais objetivos da instalação de uma rede de comunicação de
dados é possibilitar a comunicação entre computadores, permitindo o acesso e a
troca de informações com agilidade. O conceito de cabeamento estruturado evoluiu
com o objetivo de criar uma norma que padronizasse a diversidade de cabos
empregados nos mais diversos setores (PINHEIRO, 2003). Para suprir todas essas
necessidades é utilizada a técnica de cabeamento estruturado que visa ser um
sistema que permite a implementação de diferentes cabos e tecnologias por meio de
uma única infraestrutura. (MARIN, 2009)
Segundo Marin (2009), um sistema de cabeamento estruturado é composto
por diversos subsistemas, conforme ilustrado na figura 2.1.
Figura 2.1 – Subsistemas de cabeamento estruturado Fonte: Marin, 2009, p.34
39
De acordo com as normas ANSI/EIA/TIA-568-B e ANSI/EIA/TIA-606, a
instalação de um sistema de cabeamento estruturado divide-se basicamente nos
seguintes subsistemas:
Cabeamento horizontal;
Cabeamento Vertical ou cabeamento de backbone;
Área de trabalho;
Salas de telecomunicações;
Sala de equipamentos;
Infraestrutura de entrada.
Para que uma rede seja instalada corretamente de acordo com as normas de
estruturação vigentes é preciso se atentar a cada um desses subsistemas. De
acordo com Marin (2009), existem vários padrões, americano, australiano, brasileiro,
internacional entre outros. Dentre esses padrões a terminologia pode ser parecida,
mas pode não ser exatamente a mesma para diferentes padrões.
2.6.1 Cabeamento horizontal
Segundo Marin (2009), cabeamento horizontal é a parte do sistema de
cabeamento que conecta um distribuidor de piso da sala de telecomunicações até as
tomadas das áreas de trabalho, ou seja, são os cabos que ligam o painel de
distribuições da sala de telecomunicações até o ponto final do cabo, onde estão as
tomadas das áreas de trabalho.
É compreendido por cabeamento horizontal os cabos que interconectam as
tomadas no mesmo pavimento, no mesmo andar ou setor. “O cabeamento hori ontal
deve ser instalado na topologia estrela” [...] (MARIN, 2009, p.36), pois há a
necessidade de cada porta das áreas de trabalho estar conectada diretamente ao
distribuidor na sala de telecomunicações.
A figura 2.2 ilustra os elementos que compõem o subsistema de cabeamento
horizontal e a topologia estrela usada para a interligação.
40
Figura 2.2 – Subsistema de cabeamento horizontal. Fonte: Marin, 2009, p.36
Ao se instalar um cabeamento horizontal deve-se atentar para distância entre
o distribuidor de piso e a tomada de telecomunica ões. “O cabeamento entre o
distribuidor de piso (FD, Floor Distribuitor) instalado na sala de telecomunicações do
pavimento e a tomada de telecomunicações da área de trabalho não podem exceder
90m de comprimento“. (MARIN, 2009, p.37)
Ainda de acordo com Marin (2009) As normas NBR-16565:2007, ISO/IEC
II801:2002 2˚ edi o e ANSI TIA-568-C.I reconhecem como opções os seguintes
meios físicos para o cabeamento horizontal:
Cabo de pares trançados Categoria 5e ou superior de quatro pares,
100Ω UTP ou F/UTP;
Cabos de pares trançados Categoria 3 de quatro pares, 100Ω UTP ou
F/UTP.
Essas mesmas normas também reconhecem os seguintes cabos ópticos:
Cabo de fibra óptica, multimodo, 50 125 μm, incluindo os cabos
otimizados para laser (OM-3);
Cabo de fibra óptica, multimodo, 62,5 125 μm.
“Os cabos ópticos, quando usados no subsistema de cabeamento hori ontal,
s o de duas ou quatro fibras”. (MARIN, 2009, p.38)
41
As normas atuais compreendem que os cabos de pares trançados de
categoria 5 não são mais reconhecidos para serem usados como cabeamento
horizontal, quanto para backbone. Como também os cabos coaxiais de 50Ω e 150Ω
não são reconhecidos pela série de normas ANSI/TIA-568-C.
Pode acontecer que entre o distribuidor de piso e a tomada de
telecomunicações da área de trabalho contenha um outro elemento conhecido como
ponto de transição ou ponto de consolidação, mas esse tipo de pratica não é tão
comum, só em casos que a empresa precise ficar trocando de posição as áreas de
trabalho. (MARIN, 2009)
Ainda dentro do contexto de cabeamento horizontal, contempla-se os patch
cords ou cabos de manobra, que são os cabos de interconexão usados no arranjo
físico de conexão, ou seja, são usados para conectar o equipamento ativo ao
sistema de distribuição do cabeamento horizontal.
Esses cordões são do tipo flexível (preferivelmente construídos com cabos que possuem condutores multifiliares) e não podem exceder 10m como parte de um canal horizontal (considerando o distribuidor de piso e a área de trabalho). Assim um canal horizontal completo esta limitado a um comprimento máximo de 100m. (MARIN, 2009, p.38)
Instalações de cabeamento estruturado são projetadas afim de atender todas
as necessidades da rede, aplicações e usuários da empresa. Segundo Marin (2009)
o projeto para a distribuição do cabeamento horizontal deve ser instalado de modo
que permita atender a diversos sistemas e aplicações que são comuns em edifícios
comerciais como voz, vídeo, dados entre outros. Muitas vezes é necessário a
instalação de outras aplicações específicas no subsistema de cabeamento
horizontal, mas deve atentar para que esses dispositivos fiquem fora do cabeamento
horizontal e sob responsabilidade de seus usuários ou fabricantes. É importe frisar
que as normas não proíbem o uso deles, apenas não considera parte do
subsistema.
De acordo com Marin (2009), há somente duas formas permitidas para a
interconexão do equipamento ativo de rede ao cabeamento horizontal, que são: por
meio de conexões cruzadas e por meio de interconexão.
42
2.6.1.1 Conexões Cruzadas
“A conex o cru ada se configura, basicamente, pelo espelhamento das
saídas do equipamento ativo em um patch panel ou grupos de patch panels de
acordo com a quantidade de portas em quest o“. (MARIN, 2009, p.39)
A técnica de conexão cruzada torna o sistema mais flexível principalmente
porque possibilita a fácil manipulação das conexões, testes e monitoramento dos
cabos. Essa configuração usa dois painéis de conexão ou patch panels, onde se faz
o espelhamento das portas e dessa forma a parte frontal de ambos os painéis ficam
disponíveis para as alterações que forem necessárias, sem a interrupção do sinal.
Também com este método de configuração é possível separar os componentes
ativos da rede como, por exemplo, separar o Switch de todo cabeamento horizontal
e seus componentes de distribuição como os patch panels, assim evitando danos as
portas dos equipamentos ativos, quando for necessário mexer nas conexões.
A prática dessa configuração não é muito comum por questões de custos e
espaços físicos, pois encarece o projeto, pelo fato de ter que serem adquiridos mais
equipamentos, e preparadas salas específicas, fechadas com acesso limitado à
somente pessoas autorizadas, por isso muitas vezes a empresa opta por não utilizar
essa pratica. A figura 2.3 ilustra o método de conexão cruzada.
Figura 2.3 – Método de conexão cruzada. Fonte: Marin, 2009, p.39.
43
2.6.1.2 Interconexão
O método de interconexão além de ser usado para fazer a conexão do
cabeamento horizontal aos equipamentos ativos, e para evitar danos as portas dos
equipamentos ativos, permite ainda, que as saídas dos patch cords dos
equipamentos ativos sejam conectados diretamente às respectivas portas no patch
panel correspondente. Este método é mais utilizado pelo fato de ter um
custo/benefício mais favorável do que o método de conexão cruzada. (MARIN, 2009)
Figura 2.4 – Método de interconexão. Fonte: Marin, 2009, p.41.
2.6.2 Cabeamento de backbone
O backbone, ou cabeamento vertical, é o subsistema que tem a função de
prover as interconexões entre a Entrada do Edifício, a Sala de Equipamentos e os
diversos Armários de Telecomunicações do edifício. A topologia usada para a
implementação do backbone é a estrela, e que pode conter até 2 níveis hierárquicos
afim de prover um arranjo físico flexível. A interligação das salas de
telecomunicações dos andares do edifício à sala de equipamentos é um exemplo de
backbone, a figura 2.5 ilustra um backbone de edif cio. “Quando o backbone do
sistema de cabeamento interconecta diferentes pavimentos do mesmo edifício,
denomina-se backbone de edif cio.“ (MARIN, 2009, p.54).
44
Figura 2.5 – Backbone de edifício. Fonte: Marin, 2009, p.55.
Também dentro do subsistema de backbone existe o termo backbone de
campus, compreende-se esse termo quando o cabeamento interconecta dois ou
mais edifícios de uma mesma área ou campus conforme ilustrado na figura 2.6.
(MARIN, 2009)
Figura 2.6 – Backbone de campus. Fonte: Marin, 2009, p.56.
45
2.6.3 Área de trabalho
Área de trabalho geralmente é o espaço do edifício onde o usuário exerce seu
trabalho, interagindo com o equipamento de telecomunicação. É importante que a
Área de Trabalho seja bem projetada para acomodar as necessidades dos usuários
e dos seus equipamentos. Dentre estes equipamentos, pode-se citar: telefones,
modems, fax, câmeras de vídeo, computadores, entre outros.
Tecnicamente, a área de trabalho é o espaço de um sistema de cabeamento para telecomunicações em que os cabos do distribuidor de piso são terminados em tomadas de telecomunicações acessíveis aos usuários para a conexão de seus equipamentos à rede do edifício. (MARIN, 2009, p.58)
Segundo Marin (2009) cada área de trabalho, conforme ilustrado na figura
2.7, precisa ser equipada com duas tomadas de telecomunicações e uma delas
deve ser terminada com cabo de pares trançados de categoria 5e ou superior, de
quatro pares. Normalmente o padrão utilizado nas tomadas é o RJ45 e deve ter no
mínimo duas tomadas de telecomunicações de 8 vias a cada 10m². Assim, é
definido um padrão para a área de trabalho, que deve ter a cada 10m² duas tomadas
de telecomunicações, sendo importante ressaltar que as tomadas de
telecomunicações devem estar próximas as tomadas elétricas, para a alimentação
elétrica dos equipamentos dos usuários.
Figura 2.7 – Área de Trabalho. Fonte: Marin, 2009, p.58.
46
Cada espaço físico deve ser analisado no projeto, e a quantidade de tomadas
deve ser em quantidade suficiente à atender as necessidades da empresa. Em
empresas de telemarketing, por exemplo, a quantidade de tomadas vai ser muito
maior que uma área de trabalho a cada 10m², então deve-se estar atento a esses
detalhes.
O método pelo qual os cabos serão encaminhados deve ser pelo piso, teto ou
por canaletas aparentes. As tomadas devem ser instaladas de modo que tenha fácil
acesso do usuário. Deve-se evitar instalar as tomadas de telecomunicações em
caixas de piso, principalmente em lugares que utilizam piso frio, pelo fato da grande
quantidade de poeira, lavagem do piso, agentes químicos dentre outros. (MARIN,
2009)
2.6.4 Sala de telecomunicações
A sala de telecomunicações é o ambiente dentro do edifício comercial
separado para acomodar os equipamentos de telecomunicações e o hardware de
conexão do cabeamento de backbone e do cabeamento horizontal. São espaços
separados para serem dedicados somente a função de acomodar a infraestrutura
relacionada a telecomunicações. O projeto da Sala de Telecomunicações deve
considerar, além das aplicações tradicionais de voz e dados, a incorporação de
outros sistemas de informação do edifício, tais como: sistemas de segurança, vídeo,
áudio, alarmes, etc. De acordo com as normas de cabeamento estruturado deve
haver, no mínimo, uma Sala de Telecomunicações para cada andar de um edifício.
Segundo Marin (2009) a sala de telecomunicações deve estar centralizada
em um ponto do pavimento afim de que toda a área do pavimento seja atendida,
isso torna os cabeamentos horizontais menores e permite que possam atender aos
requisitos estabelecidos pelas normas, além da economia de cabos necessários
para fazer a instalação. A figura 2.8 apresenta um exemplo típico de uma sala de
telecomunicações.
47
Figura 2.8 – Sala de telecomunicações típica. Fonte: Marin, 2009, p.62.
A sala de telecomunicações deve ser planejada para oferecer um ambiente
seguro, com acesso controlado para abrigar os equipamentos de telecomunicações.
Por questões de segurança, o ambiente deve ser mantido fechado e seu acesso
limitado a somente pessoas autorizadas. Ainda deve ser planejada, afim de oferecer
facilidade para administração e manutenção dos equipamentos.
2.6.5 Sala de equipamentos
A sala de equipamentos é um local reservado no edifício, onde ficam
centralizados todos os equipamentos de telecomunicações, necessários para as
atividades da empresa e de seus funcionários.
A sala de equipamentos (ER, Equipment Room) é normalmente um espaço projetado para atender a um edifício inteiro ou mesmo a um campus inteiro, enquanto uma sala de telecomunicações é projetada para atender a pavimentos individuais um único edifício. (MARIN, 2009, p.63)
Ainda segundo Marin (2009), de acordo com as características da instalação,
uma ou todas as funções da sala de telecomunicações podem ser providas da sala
de equipamentos.
48
Geralmente é onde ficam todas as terminações dos cabeamentos de
telecomunicações e todos os servidores, switches, roteadores, PABX, sistemas de
segurança, vídeo entre outros. A ideia é que seja uma sala com acesso restrito para
que os equipamentos fiquem protegidos.
Recomenda-se que a sala de equipamentos seja localizada em uma posição
geográfica média. Em um edifício, por exemplo, a sala deve ser implantada no meio
do edifício, possibilitando a interligação com as salas de telecomunicações,
independente de onde estejam. Ӄ importante enfati ar que as normas n o
estabelecem regras quanto à locali a o desse espa o no edif cio”. (MARIN, 2009,
p.64). A figura 2.9 ilustra a localização da sala de equipamentos em um edifício.
Figura 2.9 – Localização da sala de equipamentos em um edifício comercial. Fonte: Marin, 2009, p.63.
49
2.6.6 Infraestrutura de entrada
A instalação da Infraestrutura de entrada ou Entrada do Edifício é o
subsistema no qual é feita a interface entre o cabeamento externo e o interno do
edifício. Este subsistema é formado de cabos, hardwares de conexão, dispositivos
de proteção e qualquer equipamento necessário para conectar as instalações
externas com o cabeamento interno do edifício.
A infraestrutura de entrada (EF, Entrance of facility), em outras palavras, é o espaço que contem os cabos, hardware de conexão, dispositivos de proteção e outros equipamentos necessários para interligar os cabeamentos externos e interno. Esse espaço pode abrigar também a infraestrutura de backbone de edifício e de backbone de campus. (MARIN, 2009, p.65)
A infraestrutura de entrada se resume em ser um distribuidor geral de
telecomunicações, é a partir dele que sairão todos os sistemas de telecomunicações
do edifício. Normalmente fica localizado no piso térreo em um ponto de fácil acesso
pois como também abriga o sistema de telefonia externo, os profissionais da
empresa precisam ter acesso a sala, do mesmo modo que o profissional de TI.
50
3 NORMA NBR 14565
Este capítulo apresenta a norma NBR 14565, empregada para a implantação
do projeto de cabeamento estruturado para a nova rede administrativa da
Associação Hospitalar Santa Casa de Lins,
3.1 A ABNT
A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT é a responsável pela
normatização técnica no país, fundada em 1940, é uma entidade privada, sem fins
lucrativos, reconhecida oficialmente pelo governo brasileiro, ou seja, como único
Foro Nacional de Normatização.
A ABNT é membro fundador, ou seja, faz parte de outros organismos
internacionais, como a International Organization for Standardization – ISO,
Comisión Panamericana de Normas Técnicas – COPANT e a Asociación Mercosur
de Normatización – AMN. Também é membro da International Eletrotechinical
Comission – IEC, isso é importante porque coloca o Brasil e nossas normas a nível
mundial.
A ABNT também serve como certificadora de produtos, serviços, sistemas e
pessoas, isso faz com que a ABNT seja reconhecida e recomendada como sendo
uma entidade de reconhecimento público.
3.2 A NORMA NBR 14565
Durante a década de 1990, no Brasil, os sistemas de cabeamento estruturado
eram instalados usando somente as normas internacionais ANSI/EIA/TIA-568-A para
a elaboração dos projetos. A norma NBR 14565 surgiu em 1994 por um grupo de
estudos da ABNT, com o objetivo de criar uma norma de padronização brasileira
para a elaboração de projetos de rede interna estruturada de telecomunicações. Em
agosto de 2000 foi publicado pela ABNT um procedimento básico para elaboração
de projetos de cabeamento de telecomunicações para rede interna estruturada. O
objetivo da norma NBR 14565 é estabelecer os critérios mínimos para a elaboração
51
dos projetos de rede interna estruturada em edificações comerciais, independente
do seu porte. (PINHEIRO, 2003)
3.2.1 Propósitos da NBR 14565
A aplicação da norma NBR 14565 é feita em prédios comerciais, localizados
em um mesmo terreno, englobando os pontos de telecomunicações das áreas de
trabalho, os armários de telecomunicações, salas de equipamentos, sala de entrada
de telecomunicações, bem como os meios de transmissão usados pela
infraestrutura.
Na elaboração de um projeto de cabeamento estruturado, a norma NBR
14565 tem a intenção de estabelecer a forma correta de se aplicar os conceitos de
rede primária e secundária para a instalação adequada do sistema de cabeamento.
(PINHEIRO, 2003)
3.2.2 Definições
A norma NBR 14565 aplica algumas definições juntamente com suas siglas.
Afim de, apresentar as siglas usadas nos projetos de Cabeamento Estruturado serão
mostradas as definições usadas para os efeitos da norma NBR 14565. As definições
a seguir foram extraídas da norma NBR 14565:2000.
Área de trabalho (ATR): área interna de uma edificação que possui pontos de
telecomunicações e energia elétrica onde estão conectados os equipamentos
dos usuários;
Área útil de escritório: área útil de piso efetivamente utilizada como escritório
em uma edificação. Banheiros, escadas, corredores e áreas de circulação não
são consideradas áreas úteis;
Armário de telecomunicações (AT): espaço destinado à transição entre o
caminho primário e o secundário, com conexão cruzada, podendo abrigar
equipamento ativo;
Cabeamento centralizado: configuração de cabeamento da ATR ao dispositivo
de conexão centralizado, usando a passagem de cabos contínuos, ou
dispositivos de interconexão intermediários ou emendas nos AT;
52
Cabeamento estruturado: instalação de cabos seguindo o conceito de redes
estruturadas.
Cabo de fibra óptica: cabo composto por uma ou mais fibras ópticas internas;
Cabo de interligação externa: cabo que interliga o distribuidor geral de
telecomunicações (DGT) aos distribuidores de intermediários (DI) de edificações
independentes que fazem parte do mesmo sistema;
Cabo de interligação interna: cabo que interliga o ponto de terminação de rede
(PTR) ao DGT de uma edificação;
Cabo primário e primeiro nível: cabo que interliga o DGT aos distribuidores
secundários (DS) ou DI;
Cabo primário de segundo nível: cabo que interliga o DI ao DS;
Cabo secundário: cabo que interliga os DS à ATR;
Campus: área que contém um ou mais edifícios em um mesmo terreno;
Categoria 03: componentes utilizados para a transmissão de sinais de até 16
MHz;
Categoria 04: componentes utilizados para transmissão de sinais de até 20
MHz;
Categoria 05: componentes utilizados para transmissão de sinais de até 100
MHz;
Comprimento do lance do cabo (CL): comprimento de cabo correspondente à
distância entre dois pontos de conexão;
Conector modular 8 vias (CM8V): dispositivo usado para estabelecer a
terminação mecânica dos cabos, permitindo o acesso dos terminais à rede;
Conector óptico (plugue): dispositivo que possibilita a conexão óptica,
terminando duas fibras ópticas e que encaixa em um receptáculo (soquete)
óptico, também duplo;
Conexão Óptica: Conjunto constituído pela união de cordão/cabo óptico de
terminação ou manobra com adaptador óptico, podendo este ultimo estar
interligado ao conector óptico;
Conexão de engate óptico (CER): conexão por deslocamento da isolação do
condutor;
Cordão de conexão: cordão formado de um cabo flexível com conectores nas
pontas, com a finalidade de interligar os dispositivos de conexão entre si e/ou a
53
equipamentos;
Dispositivos de conexão: dispositivo que prove terminações mecânicas entre
os meios de transmissão;
Distribuidor intermediário (DI): distribuidor que interliga cabos primários de
primeiro nível e cabos primários de segundo nível;
Distribuidor secundário (DS): distribuidor que interliga cabos primários de
primeiro ou segundo nível e cabos secundários;
Distribuidor geral de telecomunicações (DGT): distribuidor que interliga todos
os cabos primários de primeiro nível;
Meio de transmissão: meio físico utilizado para o transporte de sinais de
telecomunicações;
Ponto de consolidação de cabos (PCC): local no cabeamento secundário,
sem conexão cruzada, onde poderá ocorrer mudança da capacidade do cabo,
visando flexibilidade;
Ponto de telecomunicações (PT): dispositivo onde estão terminadas as
facilidades de telecomunicações que atendem aos equipamentos de uma ATR;
Ponto de terminação de rede (PTR): ponto de conexão física à rede de
telecomunicações pública, que se localiza na propriedade imóvel do usuário e
que atende as especificações técnicas necessárias para permitir, por seu
intermédio, o acesso individual a serviços de telecomunicações públicas;
Ponto de transição de cabos (PTC): local no cabeamento secundário onde
poderá ocorrer mudança no tipo de cabo, ou seja, um cabo redondo é conectado
a um cabo chato, com o objetivo de facilitar sua instalação em ambientes que
exijam a instalação do cabo chato;
Rede interna estruturada: rede projetada de modo a prover uma infraestrutura
que permita evolução e flexibilidade para os serviços de telecomunicações
sejam de voz, dados, imagens, sonorização, controle de iluminação, sensores
de fumaça, controle de acesso, sistema de segurança, controles ambientais (ar-
condicionado e ventilação) e outros;
Sala de entrada de telecomunicações (SET): espaço destinado a receber o
cabo de entrada da operadora onde são ligadas as facilidades da rede primária
intra e inter edifícios, podendo também acomodar equipamentos eletrônicos com
alguma função de telecomunicações;
54
Sala de equipamentos (SEQ): espaço necessário para equipamentos de
telecomunicações, sendo frequentemente salas com finalidades especiais. É
importante salientar que a SEQ é conectada à facilidade da rede primária e à
rede de entrada da operadora;
Sistema Campus (SC): interligação entre diferentes prédios da instalação;
STP (shielded twisted pair): par trançado blindado;
UTP (unshielded twisted pair): par trançado não blindado, em configuração
que atenua ou auxilia no cancelamento de ruído em circuitos balanceados. Um
cabo par trançado não blindado contém usualmente quatro pares de fios
conformados em um único cabo;
Vinculação: ligação elétrica rígida e permanente entre as partes metálicas;
Tomadas de telecomunicações: As tomadas de telecomunicações são
elementos usados para estabelecer o acesso dos equipamentos aos terminais
do cliente, no PT. Quando são usados cabos metálicos, as tomadas usadas são
de oito vias/contatos, compatíveis com os conectores modulares também de oito
vias/contatos. Estas tomadas devem ser instaladas em local protegido e quando
não utilizadas, podem ser resguardadas com colocação de tampões contra a
contaminação dos contatos. A ligação dos condutores às vias/contatos da
tomada deve ser distribuída, conforme mostra a figura 3.1.
Figura 3.1 – Ligação dos condutores às vias/contatos da tomada. Fonte: NBR 14565, 2000, p. 8.
55
A figura 3.2 mostra o esquema dos principais elementos de um sistema
estruturado e suas siglas segundo a norma NBR 14565.
Figura 3.2 – Topologia da NBR 14565. Fonte: Pinheiro, 2003, p. 109.
3.2.3 Cabos
Os cabos são os meios físicos responsáveis pela transmissão dos dados e
informações na rede. Em uma rede estruturada pode-se usar tanto cabos metálicos
como ópticos. A escolha de qual cabo vai ser usado para a implementação do
projeto é em função da topologia usada, interferências ou desempenho, esses
fatores influenciam diretamente nas características da rede. (NBR 14565, 2000)
Ao se elaborar um projeto de rede estruturada é importante observar todos os
aspectos da infraestrutura à ser instalada, como as distâncias que os cabos irão
percorrer, interferências, capacidade de transmissão entre outros aspectos que são
importantes, cabe aos projetistas de rede analizarem todos esses detalhes.
A norma NBR 14565:2000 estabelece parâmetros para os comprimentos
máximos dos cabos para os projetos de redes estruturadas, como é ilustrado na
figura 3.3.
56
Figura 3.3 – Parâmetros para os comprimentos máximos dos cabos. Fonte: NBR 14565, 2000, p. 8.
A NBR 14565 afirma que a administração de uma rede que utiliza
cabeamento estruturado compreende toda a documentação, incluindo etiquetas,
placas de identificação, plantas dos pavimentos, cortes esquemáticos dos caminhos
e espaços da rede primária e secundária, tabela e detalhes construtivos inscritos no
projetos e o memorial descritivo de rede Interna. (PINHEIRO. 2003)
3.2.4 Projeto de Cabeamento de Telecomunicações para rede interna
estruturada em edificações comerciais
A norma NBR 14565:2000 define que um projeto de cabeamento estruturado
deve ser elaborado mediante algumas sequencias básicas, são elas:
Projeto de cabeamento interno secundário (rede interna secundária);
Projeto de cabeamento interno primário (rede interna primária);
Projeto de cabeamento de interligação;
Detalhes construtivos;
Simbologia, notas e identificação do cabeamento.
Também devem fazer parte do projeto desenhos específicos, contendo:
Planta e corte esquemático das tubulações de entrada, primárias,
secundárias e cabos primários e secundários;
Identificação dos cabos primários e secundários conforme simbologia e
identificação;
57
Indicação do comprimento dos lances de cabos primários, no corte
esquemático;
Tipos de dispositivos de conexão utilizados;
Localização das caixas intermediárias;
Detalhes dos AT, da SEQ, do PTR e do PT;
Esses são alguns dentre outros elementos que devem ser especificados no
projeto de caminhos e espaços de telecomunicações.(NBR 14565, 2000).
A seguir, a figura 3.4 ilustra um exemplo de como deve ser uma planta de um
projeto de cabeamento estruturado, segundo a norma NBR 14565:2000.
Figura 3.4 – Exemplo de planta para projeto de cabeamento estruturado. Fonte: NBR 14565, 2000, p. 14.
58
4 PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO
Este capítulo tem por objetivo apresentar a proposta de implementação para
uma nova infraestrutura de rede de computadores para o bloco administrativo da
Associação Hospitalar Santa Casa de Lins, de acordo com os princípios expostos
nos capítulos anteriores e obedecendo os requisitos da norma NBR 14565:2000.
Para a proposta da nova infraestrutura do bloco administrativo, será
necessário somente de algumas definições de subsistemas de cabeamento
estruturado já citados anteriormente, são eles:
Área de Trabalho (ATR);
Rede Secundária;
Armário de Telecomunicações (AT);
Rede Primária;
Sala de Equipamentos (SEQ);
Entrada de telecomunicações (SET).
Também será apresentada a planta do pavimento administrativo de acordo
com a norma NBR 14565 descrevendo os detalhes do projeto, além dos dados da
instituição escolhida para o projeto.
4.1 DADOS DA INSTITUIÇÃO
A Associação Hospitalar Santa Casa de Lins é um hospital de média
complexibilidade localizado na cidade de Lins, interior de São Paulo que conta hoje
com 71 leitos de internação. Fundado em 1923, em toda sua historia, o hospital
sempre foi referência em Lins e região. Mas problemas administrativos passaram a
ameaçar a continuação dos serviços prestados à população. Com muitas
dificuldades, o poder executivo chegou a decretar uma intervenção administrativa na
entidade. Após insistentes pedidos dos prefeitos da região e da Secretaria de Estado
de Saúde, em 14 de setembro de 2011, a Associação e Fraternidade São Francisco
de Assis na Providência de Deus assumiu a administração da Santa Casa. Assim o
hospital vem passando por inúmeras adequações e melhorias. A Santa Casa de Lins
realiza cerca de 300 internações mensais, 4 mil exames de diagnóstico por imagens,
6 mil atendimentos de Pronto Socorro e 600 consultas médicas de especialidades.
59
Como instituição cristã de saúde, o Hospital e Maternidade Santa Casa de
Lins visa oferecer e melhorar o atendimento médico hospitalar da população, em
especial daqueles de baixa renda, possibilitando o atendimento integral, humanizado
e qualificado de todos os pacientes usuários do SUS, especialmente de gestantes.
A Santa Casa de Lins realiza atendimento médico para o SUS e atendimentos
a convênios. Realiza internações, cirurgias de média e baixa complexidade, exames
laboratoriais, serviços à gestantes, partos, dentre outros procedimentos médicos
necessários ao pronto e eficaz atendimento da população. A Santa Casa conta
ainda com uma UTI Neonatal, que é única na região, além de ser referência em
neurocirurgia.
Atualmente o Governo do Estado de São Paulo vem dando mais apoio à
Santa Casa de Lins, recentemente ela recebeu verba para a reforma da UTI que já
está em andamento e verba para reforma do 4º andar inteiro, que poderá
disponibilizar vários leitos de internação. Dentre as melhorias que o hospital vem
recebendo, umas delas é a reforma e ampliação do bloco administrativo da Santa
Casa de Lins, que hoje funciona em uma área inadequada. Assim, após a reforma
do prédio, faz-se necessário um projeto baseado em Cabeamento Estruturado para
a implantação da infraestrutura de rede para esse novo bloco.
4.2 ÁREA DE TRABALHO
A área de trabalho ou ATR é o local onde se encontra a terminação do
cabeamento, onde ficam as tomadas de telecomunicação que serão conectadas aos
equipamentos dos usuários da rede, tais como, computadores, impressoras,
roteadores, entre outros. Para o bloco administrativo faz-se necessário a instalação
de PTs nos setores e em dois pontos no corredor central. A quantidade foi definida
de acordo com a quantidade mínima por m² requerida pela norma NBR 14565 ou
pela necessidade de PTs para o setor, obtendo-se um total de 47 pontos, mas como
a norma recomenda 2 tomadas para cada ponto somou-se 94 pontos para o bloco
administrativo. Para cada PT será necessário um patch cord para conectar o
equipamento do usuário ao seu respectivo PT. Os pontos de telecomunicações
devem ser instalados à 30cm do chão e identificados conforme ilustrado na figura
4.1.
60
Figura 4.1 – Distância para a instalação do PT. Fonte: NBR 14565, 2000, p. 15
4.3 CABEAMENTO DE REDE SECUNDÁRIA
O cabeamento secundário ou cabeamento horizontal, segundo a norma NBR
14565, consiste no caminho percorrido pelos cabos desde a área de trabalho até o
armário ou sala de telecomunicações. Esta seção mostra detalhes sobre esta parte
do projeto.
Os componentes que compõem a Rede Secundária, segundo a norma NBR
14565 são: blocos de conexão, painéis de conexão, cabos, tomadas de
telecomunicações e cordões de comunicação.
O cabeamento da rede secundária deve adotar a topologia estrela e o
concentrador deve ficar no AT do andar. Os PT precisam estar próximos aos pontos
de energia, pois os equipamentos necessitam de energia para operar. A rede
secundária pode ter no máximo um PPC entre o AT e o PT, e não é admitida
nenhuma emenda no cabo. Para cada 10m², devem ser previstos no mínimo dois
PTs.
A escolha dos cabos a serem usados deve ser baseadas nas necessidades
atuais e demandas futuras.
61
De acordo com a norma NBR 14565:2000, o comprimento máximo admitido
para o cabo metálico é de 100 m, distribuídos da seguinte forma:
O comprimento máximo do cabo, contando desde o dispositivo de terminação
do cabeamento secundário, instalado no AT até o PT instalado na ATR, deve
ser de 90 m;
Admite-se, no entanto, a existência de um único PCC neste trajeto, desde que
o mesmo esteja a mais de 15 m do AT;
Admite-se ainda um comprimento extra de 10 m de cabo na rede secundária,
usados da seguinte forma:
7 m são utilizados no AT do andar como cordão de conexão entre blocos da
rede secundária com a primária e entre esta com os equipamentos ativos;
3 m são reservados para conectar o equipamento do usuário ao PT instalado
na ATR.
Conforme explicado, a figura 4.2 ilustra as distancias permitidas para o
cabeamento secundário.
Figura 4.2 – Distancias permitidas para o cabeamento secundário. Fonte: Pinheiro, 2003, p. 111
62
Para o projeto do bloco administrativo da Associação Hospitalar Santa Casa
de Lins, respeitando as distâncias permitidas, a rede secundaria será constituída
pelo cabeamento que parte do AT que estará localizado em um ponto
geograficamente centralizado no bloco, até os PTs nas áreas de trabalho.
Recomenda-se a utilização de cabos UTP CAT 6 ou superior, que são cabos
exigidos para a certificação da rede, os cabos UTP CAT 5e ainda são reconhecidos
pela norma, mas visando um projeto que tenha padrão para muitos anos, além de
tráfego em gigabit, recomenda-se já a instalação da rede em cabeamento CAT 6.
Após o ponto de telecomunicação o cabeamento faz seu percurso
acomodado em eletrodutos metálicos com curvas de 90º do tipo suave, os
eletrodutos devem ser do tipo metálico rígido. O diâmetro deve ser de acordo com o
número de cabos e pontos levando em conta a ocupação máxima recomendada
pela norma que é de 40%. Os eletrodutos seguem seu percurso até as eletrocalhas
com seus devidos derivadores.
Para este projeto, os cabos que partem do AT seguirão por eletrocalhas
fixadas no corredor com distancia mínima de 30 cm do teto e fixadas com mão
francesa. Segundo Pinheiro (2003), as eletrocalhas devem ser preferencialmente
lisas com tampa, para evitar o acúmulo de sujeira, e não devem ser instaladas acima
de aquecedores, linhas de vapor, entre outros. As dimensões das eletrocalhas,
segundo Pinheiro (2003), admitem uma ocupação máxima de 50% conforme a
tabela 4.1. Seguindo o percurso dos cabos. No corredor central os cabos serão
acomodados em eletrocalhas de 75mm x 50mm (largura x altura), após esse
percurso, os cabos derivam para eletrodutos devidamente com seus derivadores
próprios, assim finalizando o percurso até o ponto de telecomunicação na área de
trabalho.
Na saída da sala de telecomunicações excepcionalmente serão usadas duas
eletrocalhas de 75mm x 50mm para a distribuição dos cabos para suas devidas
direções, pois um total de 90 cabos UTP de 4 pares sairá do armário de
telecomunicações ultrapassando a quantidade máxima por eletrocalha permitida, por
isso o uso de duas eletrocalhas.
63
Tabela 4.1 – Dimensionamento de cabos em eletrocalhas. Fonte: Pinheiro, 2003, p. 232
4.4 ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES
O armário de telecomunicações para o projeto do bloco administrativo da
Santa Casa de Lins ficará em uma sala separada, com acesso restrito somente aos
funcionários da área de TI. Nesta sala, serão acomodados os equipamentos
responsáveis por fazerem a conexão da rede primária com a rede secundária. A sala
que se localiza no centro do bloco, deverá conter um rack ou armário de piso de
20u, a letra ”u” aqui citada é a unidade de medida utilizada para descrever a altura
de equipamentos destinados a montagem em racks. Dentro deste rack serão
acomodados os equipamentos ativos e os blocos de conexão, patch panels e os
demais equipamentos responsáveis pelo funcionamento da rede. Também na sala
de telecomunicações estará localizado o DGT, ou seja, o distribuidor geral de
telecomunicações onde será feita toda a distribuição e o gerenciamento da rede de
telefonia. A figura 4.4 mostra a sala de telecomunicações já planejada em planta.
Dentro do AT serão acomodados dois switches de 48 portas e dois patch
panels onde será feita a conexão cruzada do cabeamento. O cabeamento sairá por
dutos que se interconectarão com as eletrocalhas que darão continuidade ao
percurso dos cabos.
64
Figura 4.3 – Sala de telecomunicações do bloco administrativo. Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.
4.5 REDE PRIMÁRIA
A rede primária, ou cabeamento de backbone trata-se do cabeamento que
segue do AT até a SEQ e que faz a interligação das mesmas. É deste ponto que sai
todo o cabeamento da rede que faz a distribuição da conexão de rede, ou seja, a
rede primária para todos os blocos e pavimentos do hospital, inclusive para o bloco
administrativo.
O cabeamento de rede primária para este projeto será constituído por cabos
UTP CAT 6 acomodados em eletrocalhas fixadas com suportes de parede entre a
SEQ e o armário de telecomunicação localizado no bloco administrativo.
65
4.6 SALA DE EQUIPAMENTOS
A SEQ da Santa Casa está localizada no piso térreo do bloco principal, é
onde estão localizados os servidores, switches principais, modens e nobreaks
acomodados em um rack. A SEQ que está localizada em outro bloco do hospital e
não está incluída no projeto atual, pois a mesma já se encontra instalada, mas para
fins de melhor entendimento do projeto foi elaborada a planta do pavimento térreo
do boco principal (apêndice A) especificando somente a sala de equipamentos
(apêndice B) onde fica o rack, os servidores e demais equipamentos.
4.7 SALA DE ENTRADA DE TELECOMUNICAÇÕES
A sala de entrada de telecomunicações é o local onde é feita interligação do
cabeamento externo com a rede interna. A sala de equipamentos da Santa Casa de
Lins fica localizada no pavimento térreo em uma sala reservada, contendo o
distribuidor geral de telecomunicações, que é por onde passa o link de acesso à
internet, que vem do poste da rua, ou seja, o link externo. À partir do DGT o
cabeamento segue até a SEQ, localizada no mesmo pavimento porem em outra
sala. Também a SET que está localizada no bloco principal do hospital e não está
incluída no projeto atual, pois a mesma já se encontra instalada.
4.8 LISTA DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
Seguindo os conceitos de cabeamento estruturado e tomando como
referencia a norma NBR 14565:2000, segue abaixo a lista com os materiais e
equipamentos necessários para a implementação do projeto de rede para o bloco
administrativo da Santa Casa de Lins, bem como seus respectivos valores cotados
em sites da internet. Os materiais e equipamentos estão descritos nos quadros de
4.2 a 4.18, divididos por setores.
66
Tabela 4.2 – Contabilidade
Material Qtd. Val. Unitário Val. Total
Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 15 mt. R$9,25 R$138,75
Abraçadeira de fixação eletroduto parede 12 uni. R$1,22 R$14,64
Condulete Alumínio Tramontina 1 ¼” 5 uni. R$12,50 R$62,50
Tampa cond. Tramontina p/ 2xRJ45 1 ¼” 5 uni. R$4,85 R$24,25
Keystone Tower RJ45 10 uni. R$4,25 R$42,50
Joelho 90º Elecon 1 ¼ 3 uni. R$8,50 R$25,50
Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00
Luva eletroduto Elecon 1.1/4 5 uni. R$1,40 R$7,00
Total: R$329,14
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.
Tabela 4.3 - Controladoria
Material Qtd. Val. Unitário Val. Total
Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 8 mt. R$9,25 R$74,00
Abraçadeira de fixação eletroduto parede 5 uni. R$1,22 R$6,10
Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00
Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4.85 R$9,70
Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00
Joelho 90º Elecon 1 ¼ 2 uni. R$8,50 R$17,00
Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00
Luva eletroduto 1.1/4 1 uni. R$1,40 R$1,40
Total: R$164,20
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.
67
Tabela 4.4 – Sala de Reunião
Material Qtd. Val. Unitário Val. Total
Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 16 mt. R$9,25 R$148,00
Abraçadeira de fixação eletroduto parede 15 uni. R$1,22 R$18,30
Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 4 uni. R$12,50 R$50,00
Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 4 uni. R$4,85 R$19,40
Keystone Tower RJ45 8 uni. R$4,25 R$34,00
Joelho 90º Elecon 1 ¼ 5 uni. R$8,50 R$42,50
Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00
Luva eletroduto 1.1/4 4 uni. R$1,40 R$5,60
Total: R$331,80
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.
Tabela 4.5 - Compras
Material Qtd. Val. Unitário Val. Total
Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 11 mt. R$9,25 R$101,75
Abraçadeira de fixação eletroduto parede 10 uni. R$1,22 R$12,20
Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00
Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4,85 R$9,70
Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00
Joelho 90º Elecon 1 ¼ 4 uni. R$8,50 R$17,00
Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00
Luva eletroduto 1.1/4 1 uni. R$1,40 R$1,40
Total: R$198,05
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.
68
Tabela 4.6 - Financeiro
Material Qtd. Val. Unitário Val. Total
Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 11 mt. R$9,25 R$101,75
Abraçadeira de fixação eletroduto parede 10 uni. R$1,22 R$12,20
Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00
Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4,85 R$9,70
Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00
Joelho 90º Elecon 1 ¼ 4 uni. R$8,50 R$17,00
Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00
Luva eletroduto 1.1/4 3 uni. R$1,40 R$4,20
Total: R$200,85
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.
Tabela 4.7 – Recursos Humanos
Material Qtd. Val. Unitário Val. Total
Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 12 mt. R$9,25 R$111,00
Abraçadeira de fixação eletroduto parede 10 uni. R$1,22 R$12,20
Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 3 uni. R$12,50 R$37,50
Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 3 uni. R$4,85 R$14,55
Keystone Tower RJ45 6 uni. R$4,25 R$25,50
Joelho 90º Elecon 1 ¼ 3 uni. R$8,50 R$25,50
Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00
Luva eletroduto 1.1/4 3 uni. R$1,40 R$4,20
Total: R$244,45
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.
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Tabela 4.8 – Sala de Telecomunicações
Material Qtd. Val. Unitário Val. Total
Eletrocalha 75mm x 50mm 12 mt. R$22,02 R$264,24
Curva de Inversão 75mm x 50mm 2 uni. R$19,50 R$39,00
Suporte “U“ de parede para eletrocalha 6 uni. R$2,13 R$12,78
Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 6 mt. R$9,25 R$55,50
Abraçadeira de fixação eletroduto parede 5 uni. R$1,22 R$6,10
Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00
Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4,85 R$9,70
Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00
Joelho 90º Elecon 1 ¼ 2 uni. R$8,50 R$17,00
Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00
Luva eletroduto 1.1/4 2 uni. R$1,40 R$2,80
Rack de piso 20u 1 uni. R$997,00 R$997,00
Patch panel 48 portas Cat6 2 uni. R$355,00 R$710,00
Organizador de cabos 1u 3 uni. R$19,90 R$59,70
Swicth hp 3com 48 portas gigabit 2 uni. R$2.537,00 R$5.074,00
Nobreak Nhs plus 1200 Va 1 uni. R$812,90 R$812,90
Total: R$8.116,72
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.
70
Tabela 4.9 – Administração 1
Material Qtd. Val. Unitário Val. Total
Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 14 mt. R$9,25 R$129,50
Abraçadeira de fixação eletroduto parede 10 uni. R$1,22 R$12,20
Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00
Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4,85 R$9,70
Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00
Joelho 90º Elecon 1 ¼ 4 uni. R$8,50 R$34,00
Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00
Luva eletroduto 1.1/4 4 uni. R$1,40 R$5,60
Total: R$247,00
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.
Tabela 4.10 – Administração 2
Material Qtd. Val. Unitário Val. Total
Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 11 mt. R$9,25 R$101,75
Abraçadeira de fixação eletroduto parede 8 uni. R$1,22 R$9,76
Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00
Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4,85 R$9,70
Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00
Joelho 90º Elecon 1 ¼ 3 uni. R$8,50 R$25,50
Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00
Luva eletroduto 1.1/4 3 uni. R$1,40 R$4,20
Total: R$206.91
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.
71
Tabela 4.11 – Gerência
Material Qtd. Val. Unitário Val. Total
Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 12 mt. R$9,25 R$111,00
Abraçadeira de fixação eletroduto parede 10 uni. R$1,22 R$12,20
Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00
Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4,85 R$9,70
Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00
Joelho 90º Elecon 1 ¼ 4 uni. R$8,50 R$34,00
Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00
Luva eletroduto 1.1/4 3 uni. R$1,40 R$4,20
Total: R$227,10
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.
Tabela 4.12 – Faturamento
Material Qtd. Val. Unitário Val. Total
Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 26 mt. R$9,25 R$240,50
Abraçadeira de fixação eletroduto parede 17 uni. R$1,22 R$20,74
Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 9 uni. R$12,50 R$112,50
Keystone Tower RJ45 18 uni. R$4,25 R$76,50
Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 9 uni. R$4,85 R$43,65
Joelho 90º Elecon 1 ¼ 4 uni. R$8,50 R$34,00
Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00
Luva eletroduto 1 1/4” 3 uni. R$1,40 R$4,20
Eletroduto 1 1/4” 2 uni. R$6,90 R$13,80
Total: R$559,89
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.
72
Tabela 4.13 – Recepção
Material Qtd. Val. Unitário Val. Total
Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 9 mt. R$9,25 R$83,25
Abraçadeira de fixação eletroduto parede 6 uni. R$1,22 R$7,32
Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00
Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4,85 R$9,70
Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00
Joelho 90º Elecon 1 ¼ 3 uni. R$8,50 R$25,50
Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00
Luva eletroduto 1.1/4 2 uni. R$1,40 R$2,80
Total: R$184,57
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.
Tabela 4.14 – Informática
Material Qtd. Val. Unitário Val. Total
Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 9 mt. R$9,25 R$83,25
Abraçadeira de fixação eletroduto parede 6 uni. R$1,22 R$7,32
Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 3 uni. R$12,50 R$37,50
Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 3 uni. R$4,85 R$14,55
Keystone Tower RJ45 6 uni. R$4,25 R$25,50
Joelho 90º Elecon 1 ¼ 4 uni. R$8,50 R$34,00
Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00
Luva eletroduto 1.1/4 3 uni. R$1,40 R$4,20
Total: R$220,32
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.
73
Tabela 4.15 – Jurídico
Material Qtd. Val. Unitário Val. Total
Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 8 mt. R$9,25 R$74,00
Abraçadeira de fixação eletroduto parede 6 uni. R$1,22 R$7,32
Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00
Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4,85 R$9,70
Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00
Joelho 90º Elecon 1 ¼ 3 uni. R$8,50 R$25,50
Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00
Luva eletroduto 1.1/4 2 uni. R$1,40 R$2,80
Total: R$175,32
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.
Tabela 4.16 – Segurança do trabalho
Material Qtd. Val. Unitário Val. Total
Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 9 mt. R$9,25 R$83,25
Abraçadeira de fixação eletroduto parede 6 uni. R$1,22 R$7,32
Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 3 uni. R$12,50 R$37,50
Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 3 uni. R$4,85 R$14,55
Keystone Tower RJ45 6 uni. R$4,25 R$25,50
Joelho 90º Elecon 1 ¼ 3 uni. R$8,50 R$25,50
Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00
Luva eletroduto 1.1/4 2 uni. R$1,40 R$2,80
Total: R$184,92
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.
74
Tabela 4.17 – Corredores
Material Qtd. Val. Unitário Val. Total
Eletrocalha 75mm x 50mm 72 mt. R$22,02 R$1.585,44
Cruzeta reta p/ eletrocalha 75mm x 50mm 1 uni. R$15,90 R$15,90
Te reto 90º p/ eletrocalha 75mm x 50mm 15 uni. R$12,50 R$187,50
Cotovelo reto 90º eletroc. 75mm x 50mm 5 uni. R$10,80 R$54,00
Mão francesa fixação eletrocalha 25mm 25 uni. R$8,00 R$200,00
Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 6 mt. R$9,25 R$55,50
Abraçadeira de fixação eletroduto parede 6 uni. R$1,22 R$7,32
Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00
Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4,85 R$9,70
Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00
Joelho 90º Elecon 1 ¼ 3 uni. R$8,50 R$25,50
Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 2 uni. R$14,00 R$28,00
Luva eletroduto 1.1/4 2 uni. R$1,40 R$2,80
Total: R$1.213,66
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.
Tabela 4.18 – Total
Material Qtd. Val. Total
Total de Materiais em todos os setores R$13.794,00
Cabo UTP Cat 6 1.950 metros R$4.879,00
Orçamento Total R$18.673,90
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.
75
4.9 PLANTA BAIXA DO BLOCO ADMINISTRATIVO COM A IMPLANTAÇÃO DO
CABEAMENTO ESTRUTURADO
A planta Baixa com a distribuição detalhada de todos os elementos que
constituem a rede, como disposição das eletrocalhas, eletrodutos, pontos de
telecomunicações e demais equipamentos que compõem a rede do bloco
administrativo da Associação Hospitalar Santa Casa de Lins está no APÊNDICE C.
76
CONCLUSÃO
Uma rede de computadores que é implementada sem nenhum projeto ou
planejamento certamente está fadada a erros e problemas, ainda mais com a
velocidade com que as tecnologias avançam. As redes precisam ter confiabilidade e
desempenho acima de tudo, assim um projeto de rede baseado em Cabeamento
Estruturado tráz inúmeros benefícios para a empresa ou instituição.
Primeiramente, para a elaboração deste projeto foi necessário um estudo
aprofundado sobre as necessidades de cada setor administrativo do hospital, dos
recursos necessários, tipos de dados e recursos que a rede do novo bloco
administrativo irá precisar. Após a análise de todas as necessidades, foi elaborado o
projeto aplicando os conceitos de Redes e de Cabeamento Estruturado, estudados
anteriormente nos primeiros capítulos. O projeto contemplou somente o novo bloco
administrativo, a SEQ e a SET que estão localizadas em outro bloco foram somente
citadas para fins de entendimento, pois as mesmas já se encontram instaladas. Os
demais pavimentos da Santa Casa ficaram como trabalhos futuros à se realizar.
Após a elaboração deste projeto, utilizando os padrões de Cabeamento
Estruturado e baseando-se na norma NBR 14565:2000, pode-se notar e obter
algumas conclusões, tais como, fica evidente que há uma organização dos cabos
que estão devidamente acomodados e protegidos em eletrocalhas e eletrodutos,
todos com suas identificações que facilitam na hora de identificar os cabos e nas
manutenções, o projeto trouxe informações sobre a localização os pontos de rede,
bem como os caminhos de passagens dos cabos. A conexão dos computadores,
impressoras e outros dispositivos às tomadas de telecomunicações é feita através
de pach cords possibilitando assim, maior flexibilidade dos pontos e facilitando
manobras quando necessário. Os cabos do cabeamento secundário estão
devidamente identificados e acomodados sem emendas ou disposições erradas
para não prejudicar o desempenho da rede, todos culminando em um só ponto, que
é o armário de telecomunicações do bloco.
O armário de telecomunicações está devidamente acomodado em uma sala
reservada com acesso restrito. Dentro do armário, os cabos estão devidamente
organizados por patch panels todos identificados e conectados corretamente aos
77
switches, assim a rede permite manobras necessárias, sejam mudanças, expansões
e outras necessidades que a rede venha a precisar futuramente.
O projeto do novo bloco administrativo complementa a infraestrutura já
existente no hospital, como a SEQ e a SET. A nova infraestrutura agora também
possui uma documentação detalhada com todas as disposições da rede, facilitando
a administração e manutenção da mesma.
Por fim, com este Trabalho de Conclusão de Curso foi possível apresentar
inúmeras vantagens ao se implantar uma rede com os conceitos de Cabeamento
Estruturado, como o alto desempenho da rede, a padronização de equipamentos,
possibilitando a alta performance da rede, além da vantagem de estar apto para a
obtenção de certificação pois foi totalmente baseado na norma NBR 14565.
78
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANSI/TIA-568-B – Commercial Building Telecommunication Cabling Standard, 2001 ANSI/TIA-606 - Administration Standard for the Telecommunications Infrastructure of Commercial Buildings, 1993
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14565:2000: Procedimento básico para elaboração de projetos de cabeamento de telecomunicações para rede interna estruturada. Rio de Janeiro. 2000.
FOROUZAN, Behrouz A., Comunicação de dados e redes de computadores. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. MARIN, P. S. Cabeamento Estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 3. ed. São Paulo: Érica, 2009. OZSU, M. Tamer; VALDURIEZ, Patrick. Princípios de sistemas de bancos de dados distribuídos. 2 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001. PINHEIRO, José Maurício dos S. Guia Completo de Cabeamento de Redes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003 – 3˚ Reimpress o.
RUSCHEL, André. Do Cabeamento ao Servidor. Rio de Janeiro: Brasport, 2007.
TORRES, G. Redes de Computadores – Curso Completo. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2001.
79
APÊNDICE A
80
APÊNDICE B
81
APÊNDICE C