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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE TCE - Escola de Engenharia TEM - Departamento de Engenharia Mecânica PROJETO DE GRADUAÇÃO II Título do Projeto : Gerenciamento de riscos em processos de manutenção : Análise de um estudo de caso em uma empresa de manutenção naval. Autor : CALVIN SCHOTT DE MORAES Orientador : OSVALDO LUIZ GONÇALVES QUELHAS Co orientador : MARCELO CONTENTE ARESE

PROJETO DE GRADUAÇÃO II Schott... · 2020. 12. 22. · Gerenciamento de riscos em processos de manutenção : análise de um estudo de caso em uma empresa de manutenção naval

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

TCE - Escola de Engenharia

TEM - Departamento de Engenharia Mecânica

PROJETO DE GRADUAÇÃO II

Título do Projeto :

Gerenciamento de riscos em processos de manutenção :

Análise de um estudo de caso em uma empresa

de manutenção naval.

Autor :

CALVIN SCHOTT DE MORAES

Orientador :

OSVALDO LUIZ GONÇALVES QUELHAS

Co orientador :

MARCELO CONTENTE ARESE

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CALVIN SCHOTT DE MORAES

Gerenciamento de riscos em processos de manutenção :

Análise de um estudo de caso em uma empresa

de manutenção naval.

Orientador:

Prof. Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas, D. Sc.

Coorientador:

Prof. Marcelo Contente Arese, M. Sc.

Niterói

2017

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso

de Engenharia Mecânica da Universidade Federal

Fluminense, como requisito parcial para obtenção do

grau de Engenheiro Mecânico.

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Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Engenharia e Instituto de Computação da UFF

M827 Moraes, Calvin Schott de

Gerenciamento de riscos em processos de manutenção : análise de

um estudo de caso em uma empresa de manutenção naval / Calvin Schott

de Moraes. – Niterói, RJ : [s.n.], 2017.

69 f.

Projeto Final (Bacharelado em Engenharia Mecânica) –

Universidade Federal Fluminense, 2017. Orientadores: Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas, Marcelo

Contente Arese.

1. Manutenção industrial. 2. Administração de risco. 3.

Administração de projeto. 4. Indústria naval. I. Título.

CDD 658.202.

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

TCE - Escola de Engenharia

TEM - Departamento de Engenharia Mecânica

PROJETO DE GRADUAÇÃO II

AVALIAÇÃO FINAL DO TRABALHO

Título do Trabalho:

GERENCIAMENTO DE RISCOS EM PROCESSOS DE MANUTENÇÃO :

ANÁLISE DE UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE

MANUTENÇÃO NAVAL.

Parecer do Professor Orientador da Disciplina:

- Grau Final recebido pelos Relatórios de Acompanhamento:

- Grau atribuído ao grupo nos Seminários de Progresso:

Parecer do Professor Orientador:

Nome e assinatura do Prof. Orientador:

Prof.:Dr. Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas Assinatura:

Parecer Conclusivo da Banca Examinadora do Trabalho:

Projeto Aprovado sem restrições

Projeto Aprovado com restrições

Prazo concedido para cumprimento das exigências: / /

Discriminação das exigências e/ou observações adicionais:

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

TCE - Escola de Engenharia

TEM - Departamento de Engenharia Mecânica

PROJETO DE GRADUAÇÃO II

AVALIAÇÃO FINAL DO TRABALHO

(continuação)

Aluno : Calvin Schott de Moraes Grau : Engenheiro mecânico

10,0

Composição da Banca Examinadora :

Prof.: Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas Assinatura :

Prof.: Marcelo Contente Arese Assinatura :

Prof.:Stella Maris Pires Domingues Assinatura :

Data de Defesa do Trabalho: 16/01/2018

Departamento de Engenharia Mecânica, / /

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“Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o achará.”

Eclesiastes 11 :1

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a minha mãe, Arlécia Ferreira Schott, por todo amor, carinho e

apoio durante toda a minha vida. Agradeço ao meu primo, Erick Moraes, por estar sempre

presente, mesmo estando longe fisicamente.

Agradeço ao nosso professor e orientador, Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas, e também

ao professor e coorientador, Marcelo Contente Arese, pelo conhecimento compartilhado,

pelos conselhos de vida e por toda a ajuda para a conclusão deste trabalho.

Agradeço a todos os amigos que fiz na UFF, que compartilharam comigo tantos momentos

bons e ruins, fazendo constante parte dessa etapa da minha vida, e que com certeza se não

fosse por eles não chegaria até aqui.

Aos professores da Engenharia Mecânica da UFF, que compartilharam seu

conhecimento e agregaram bastante ao meu desenvolvimento.

Agradeço especialmente aos amigos Larissa Eletério, Ricardo Marinho E Victor de Lima

Fonseca, por serem rochas firmes nas quais me apoio.

Um agradecimento especial a Walace Rosa Laurindo, Luis Augusto Pardal e a José Correa

de Souza, por serem profissionais em quais me espelho e que influenciaram grandemente na

minha formação.

Por útltimo, agradeço a Deus e a Jesus Cristo, por terem me guiado até aqui, por serem

minha força, luz , salvação, libertação e meu pilar mais sólido que me sustenta frente as

adversidades da vida.

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RESUMO

Em vista da grande competitividade no mercado atual, empresas que investem gradualmente

em técnicas e procedimentos que permitam um aumento da eficiência e segurança de suas

operações, possuem maiores chances de evoluírem ao longo do tempo. Cada vez mais surge a

conscientização de que um adequado gerenciamento de riscos aumenta a eficiência e

segurança das atividades das empresas das mais diversas áreas de atuação. Este presente

trabalho visa aplicar um modelo de gerenciamento de riscos criado para uma empresa de

automação e elétrica, a um estudo de caso de manutenção da indústria naval. O modelo será

uma ferramenta de apoio para melhor visualização dos possíveis cenários que o projeto

poderá passar em relação a Duração, Custo e segurança durante seu desenvolvimento e com

isso preparar a equipe de manutenção para utilizar seus recursos para prevenção à riscos

negativos e exploração dos riscos positivos de maneira a concluir o projeto dentro das

conformidades, bem como avaliar a aplicabilidade , características e peculiaridades do modelo

escolhido.

Palavras-Chave: Processos de Manutenção; Gerenciamento de projetos ; Gerenciamento de

Riscos; Indústria naval.

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ABSTRACT

In view of the great competitiveness in the current market, companies that invest gradually in

technics and methods that allow an increase in efficiency and safety in your operations, obtain

increasing chances of evolving over time. More and more arises the awareness that an

appropriate risk management increases the efficiency and safety of the companie’s activities

from various areas of activity. This work presents aims to apply a risk management model

initially created for a company that offers electrical and automation services, to a case study

for maintenance in naval industry. The model will be a support tool for better visualization of

the possible scenarios that the project could pass in relation to duration, cost and safety during

its development and with that, to prepare the maintenance team to use its resources to prevent

negative risks and explore the positive risks in order to complete the project within the

conformities and evaluate the applicability, characteristics and singularities of the chosen

model.

Keywords: Maintenance Management; Project Management ; Risk Management; Naval

Industry.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 2.1 – Etapas do trabalho. f .17

Figura 3.1.1- Evolução da manutenção,f.21

Figura 3.1.2.1- Resultados X tipos de manutenção,f.25

Figura 3.1.3.1 – Composição dos custos de manutenção,f.30

Figura 3.2.2.1 – Curva PERT, f.36

Figura 4.2.1.1 – Lemes nomenclatura, f.46

Figura 4.2.1.2 – Esquema típico de uma linha de eixo, f.47

Figura 4.2.2.1 – Detalhe da instalação das garras distribuídas simetricamente ao redor da caixa de gaxeta do

leme de boreste., f.48

Figura 4.2.3.1 – Planilha de Registro de Riscos e Problemas,f.50

Figura 4.2.3.2- Estrutura da planlha de cálculo,f.53

Figura 4.2.3.3- Estrutura Microsoft Project,f.55

Figura 4.4.1 – Cronograma de atividades,f.55

Figura 4.4.2 – Planilha de Registro de Riscos e problemas preenchida.,f.57

Figura 4.4.3- Detalhe da atividade 1 do cronograma na Planilha de Riscos,f.57

Figura 4.4.4- Detalhe da atividade 2 do cronograma na Planilha de Riscos,f.57

Figura 4.4.5 - Detalhe da atividade 3 do cronograma na Planilha de Riscos,f.58

Figura 4.4.6- Detalhe da atividade 4 do cronograma na Planilha de Riscos,f.58

Figura 4.4.7 - Detalhe da atividade 5 do cronograma na Planilha de Riscos,f.58

Figura 4.4.8 - Detalhe da atividade 6 do cronograma na Planilha de Riscos,f.58

Figura 4.4.9 – Planilha de cálculo empresa X,f.59

Figura 4.4.10 – Cronograma preenchido no Microsoft Project,f.59

Figura 4.5.1 – Resumo da duração do projeto,f.60

Figura 4.5.2 – Resposta aos Riscos,f.60

Figura 4.5.3 – Comparação com os resultados da análise de riscos,f.61

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LISTA DE TABELAS

Tabela 3.2.1 – Grupo de processos de gerenciamento de projetos e mapeamento das áreas

de conhecimento,f.39

Tabela 4.3.2.1 – Probabilidade de o Risco acontecer,f.51

Tabela 4.3.2.2 – Estratégias,f.52

Tabela 4.4.1 – Relação de profissionais e seus custos,f.56

Tabela 4.4.2 – Custo de aluguel do dique,f.56

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO, P.12

1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS,P.11

1.2 OBJETIVOS,P.12

1.3 ORGANIZAÇÃO DO TEXTO,P.13

2 METODOLOGIA,P.15

2.1 ESTUDO DE CASO,P.15

2.2 ESTRUTURA DA PESQUISA,P.18

2.2.1 ABORDAGEM TEÓRICA,P.18

2.2.2 ABORDAGEM EMPÍRIRCA,P.18

3- REVISÃO DA LITERATURA,P.19

3.1 – GESTÃO DA MANUTENÇÃO,P.19

3.1.1- HISTÓRICO DA MANUTENÇÃO,P.20

3.1.2-MÉTODOS DE MANUTENÇÃO,P.21

3.1.2.1- MANUTENÇÃO CORRETIVA,P.21

3.1.2.2- MANUTENÇÃO PREVENTIVA,P.22

3.1.2.3 – MANUTENÇÃO PREDITIVA,P.23

3.1.2.4 – MANUTENÇÃO DE MELHORIA,P.24

3.1.2.5- ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO, P.24

3.1.3 – AS FUNÇÕES DE APOIO DA MANUTENÇÃO, P.26

3.1.3.1- PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO, P.26

3.1.3.2- PADRONIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO,P.27

3.1.3.3- PEÇAS RESERVAS E ALMOXARIFADO,P.27

3.1.3.4- TRATAMENTO DE FALHAS DE EQUIPAMENTOS,P.27

3.1.3.5 – ORÇAMENTO DA MANUTENÇÃO, P.28

3.1.3.6 – EDUCAÇÃO E TREINAMENTO,p.30

3.2 – GERENCIAMENTO DE PROJETOS,P.31

3.2.1- ÁREAS DO CONHECIMENTO,P.31

3.2.2 – PERT,P.35

3.3 – GERENCIAMENTO DE RISCOS,P.36

3.3.1- PLANEJAMENTO DO GERENCIAMENTO DE RISCOS,P.37

3.3.2- IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS,P.38

3.3.3- ANÁLISE QUALITATIVA DOS RISCOS,P.39

3.3.4 – ANÁLISE QUANTITATIVA DOS RISCOS, P.40

3.3.5 – PLANEJAMENTO DE RESPOSTAS AOS RISCOS,P.41

3.3.6 – MONITORAMENTO E CONTROLE DE RISCOS,P.42

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4- APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS,P.44

4.1 – DESCRIÇÃO DA EMPRESA,P.44

4.2- DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE MANUTENÇÃO,P.44

4.2.1- COMPONENTES DA ESTRUTURA DO LEME,P.44

4.2.2- SITUAÇÃO PROBLEMA E PROCEDIMENTOS TÉCNICOS,P.47

4.3- DESCRIÇÃO DO MODELO DE RISCO,P.49

4.3.1-ETAPAS,P49

4.3.2 –A PLANILHA DE REGISTRO DE RISCOS E PROBLEMAS,P.50

4.4 – APLICAÇÃO DO MODELO,P.55

4.5- ANÁLISE CRÍTICA E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS,P.60

5-CONCLUSÃO,P.63 5.1- CONSIDERAÇÕES FINAIS,P.63

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS,P.65

APÊNDICE A ,P.67

APÊNDICE B,P.69

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1 INTRODUÇÃO

Neste capítulo é apresentada uma breve explicação sobre o tema que será

desenvolvido no presente trabalho. É apresentado o tema e sua importância no contexto atual,

o objetivo da pesquisa, bem como suas delimitações e por fim, como será a divisão do tema

nos capítulos do trabalho.

1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

No contexto de globalização em que empresas e organizações de encontram

atualmente, vem se tornando cada vez mais imprescindível a busca por técnicas e

procedimentos que possam permitir um aumento cada vez maior da eficiência das estruturas

organizacionais e suas operações. Visto isso, as organizações têm dado cada vez mais

importância e atenção aos conhecimentos desenvolvidos na área de gerenciamento de

projetos, de modo a realizarem mudanças profundas em suas estruturas, na busca por rapidez,

eficiência, qualidade e segurança.

Em 1969, o Project Management Institute ( PMI) iniciou o desenvolvimento de uma

metodologia de gerenciamento que abrangesse todas as áreas de um projeto, e que pudesse ser

aplicada nas mais diversas organizações e indústrias, independente da área de atuação das

mesmas. Essa metodologia deu origem ao Project Management Body of knowledge (

PMBOK), que funciona como um guia de gerenciamentos de projetos, contendo padrões e

práticas comprovadas que passaram ser utilizadas amplamente.

O PMBOK engloba nove áreas do conhecimento do gerenciamento de projetos, sendo

a área de gerenciamento de riscos, de considerável importância, como o foco deste trabalho.

De acordo com Vendrame ( 2005), risco pode ser entendido como a possibilidade da

ocorrência de um resultado indesejável, como conseqüência de qualquer evento. Todo

processo de manutenção é formado por ações e procedimentos nos quais eventos inesperados

podem ocorrer, de modo a prejudicar a segurança dos trabalhadores envolvidos, a eficiência e

a missão do projeto de manutenção como um todo. De tal forma, é necessário que o gerente

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do projeto de manutenção, assim como todos os envolvidos, adote práticas para que o risco e

suas possíveis consequências possam ser administrados.

Essa pesquisa aplicará um modelo real de gerenciamento de riscos, a um processo de

manutenção, de modo a verificar sua aplicabilidade, vantagens e desvantagens.

1.2 OBJETIVOS

Aplicar o modelo de gerenciamento de riscos desenvolvido por Arese (2013) a um

caso real de manutenção realizado por uma empresa de manutenção naval. O modelo

escolhido utiliza a solução EPM da Microsoft e atendeu as expectativas de uma empresa de

automação e elétrica.

Será avaliado a aplicabilidade do modelo, suas vantagens e desvantagens, e serão

abertos caminhos para novos estudos que englobem gerenciamento de riscos em processos de

manutenção.

1.3 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO

O presente estudo está dividido em 5 capítulos, de acordo com cada parte da pesquisa

relacionada.

• O Capítulo 1 se inicia com uma breve introdução ao tema da pesquisa e sua

importância no contexto estudado. Em seguida, são definidos os objetivos a serem

alcançados, e por último, como foi dividido o trabalho.

• O Capítulo 2 apresenta a estrutura metodológica que será seguida no desenvolvimento

das diversas etapas da pesquisa. Será feita uma breve explicação sobre a análise de um

estudo de caso, e de forma mais detalhada, o modelo de gerenciamento de Riscos

escolhido.

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• O Capítulo 3 apresentará a revisão da literatura em relação aos vários temas

abordados na pesquisa. Serão abordados conceitos fundamentais relacionados á

Gestão da manutenção, ao gerenciamento de projetos e ao gerenciamento de Riscos.

• O Capítulo 4 apresenta o estudo de caso do presente trabalho, no qual o modelo de

gestão de Riscos definindo por Arese (2013) será aplicado a um processo de

manutenção de uma empresa naval. Será avaliada a aplicabilidade do modelo em

processos de manutenção naval, identificando e avaliando suas desvantagens e

desvantagens.

• O Capítulo 5 consiste na conclusão da pesquisa, contemplando os entendimentos que

podem ser inferidos a partir do estudo realizado. Será avaliado se os objetivos do

trabalho foram alcançados, e serão realizadas sugestões de novos estudos como forma

de trazer mais desenvolvimento ao tema.

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2- METODOLOGIA

Este capítulo realiza uma breve apresentação da estrutura metodológica da pesquisa e

define brevemente algumas características do método escolhido. Moll, Major e Hoque ( 2006

apud Silva, 2013) utilizam o conceito de metodologia como a teoria sobre como a pesquisa

deve ser realizada, enquanto o método relaciona-se com as ferramentas ou as técnicas

utilizadas para coletar e analisar dados.

O método escolhido foi o estudo de caso e será apresentada sua definição e estrutura,

detalhando os assuntos relacionados à abordagem teórica e as ações relacionadas à abordagem

empírica.

2.1 ESTUDO DE CASO

O estudo de caso, segundo Yin (2001) é uma investigação empírica que investiga um

fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os

limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos.

Uma característica central dos estudos de caso é que eles são baseados em

generalização analítica, ou seja, “o pesquisador está tentando generalizar um conjunto

particular de resultados a alguma teoria mais abrangente” (YIN,2001). Esse mesmo autor

atenta para a necessidade de decidir se o estudo de caso será baseado em um caso único ou em

casos múltiplos, podendo classificar-se como holísticos ou incorporados. O estudo de caso

holístico envolve somente uma única unidade de análise, e o incorporado focaliza uma

subunidade ou várias subunidades de análise. Embora os resultados observados em estudo de

caso de análises múltiplas são considerados mais convincentes, Yin( 2001) observa que a

condução de um estudo de casos múltiplos pode exigir tempo e recursos aquém daqueles que

um estudante ou pesquisador independente possuem.

Em vista da limitação de tempo e recursos, o presente estudo constitui-se de um estudo

de caso único. Será analisado um caso de manutenção em uma empresa naval, que foi

escolhido por conta de sua complexidade e peculiaridades em seus procedimentos.

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17

O método de estudo de caso pode ser dividido em três etapas: definição e

planejamento; preparação, coleta e análise; e conclusão. As evidências para um estudo de

caso podem vir de seis fontes distintas: documentos, registros em arquivos, entrevistas,

observação direta, observação participante e artefatos físicos. As fontes escolhidas para esse

trabalho são descritas a seguir:

1. Documentos – são examinados os documentos administrativos da empresa.

2. Registros em arquivos – são considerados os dados referentes aos acompanhamentos

de projetos realizados pela empresa.

3. Observação direta – são realizadas observações no campo, onde são acompanhadas as

execuções de projetos, tanto de engenharia, como de fabricação e assistência técnica.

4. Observação participante – como membro da equipe da organização a ser estudada na

época do estudo de caso analisado, o pesquisador deste trabalho possui conhecimentos

sobre as rotinas administrativas e os métodos de trabalho dos departamentos da

empresa em questão.

A execução deste trabalho foi dividida em 5 fases, conforme apresentado na Figura 2.1

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18

Figura 2.1 : Estapas do trabalho

Fonte: o próprio autor

A metodologia está classificada quanto ao seu objetivo de pesquisa como exploratória

e descritiva. Dessa forma, a partir dos dados obtidos e das respectivas análises, é possível

entender a atual situação do objeto de análise e propor soluções para o problema em questão e

fazer uma crítica a respeito do método utilizado, e no final, realizar indicações e sugestões de

outras possibilidades de estudos complementares posteriores.

Capítulo 5: Conclusão

Apresentar conclusões e sugestões para trabalhos futuros

Capítulo 4 : Resultados

Detalhamento do processo de manutenção escolhido

Aplicar o modelo de gestão de riscos escolhido

Capítulo 3 : Revisão da literatura

Estudo bibliográfico sobre o tema gestão da manutenção

Estudo bilbiográfico sobre o tema gestão de Riscos

Estudo bibliográfico sobre o tema gestão de projetos

Capítulo 2 : Metodologia

Análise do método de pesquisa escolhidoDetalhamento da abordagem teórica e

empírica

Capítulo 1: Introdução

Formulação da situação problema, objetivo e método de trabalho

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2.2 ESTRUTURA DA PESQUISA

Essa pesquisa é dividida em duas abordagens, teórica e empírica, que se relacionam

para analisar e chegar as conclusões sobre o tema. Nos subitens seguintes serão detalhadas

como essas abordagens serão realizadas.

2.2.1 Abordagem teórica

A abordagem teórica consiste em realizar um levantamento da literatura existente

sobre temas pertinentes á gestão de manutenção, a gerenciamento de projetos e gerenciamento

de Riscos. Serão apresentados os principais conceitos referentes a esse tema, e que auxiliarão

a uma maior compreensão do trabalho que será desenvolvido.

2.2.2 Abordagem empírica

A abordagem empírica será feita através de um estudo de caso e pode ser dividida nas

seguintes partes:

• Análise descritiva da empresa;

• Análise descritiva do processo de manutenção escolhido;

• Análise descritiva do modelo de gerenciamento de Riscos escolhido;

• Aplicação do modelo escolhido ao processo;

• Análise da aplicabilidade, vantagens e desvantagens, sugestões de melhoria e

etc;

A pesquisa propõe aplicar um modelo de gerenciamento de Riscos a um processo de

manutenção realizado por uma empresa de manutenção naval, a fim de avaliar a

aplicabilidade do modelo, e realizar sugestões de melhoria. Adicionalmente, pode servir de

ponto de partida para outros estudos que englobem o gerenciamento de Riscos a processos de

manutenção.

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3 REVISÃO DA LITERATURA

Neste capítulo, serão apresentados os principais conceitos sobre Gestão da

manutenção, gerenciamento de projetos e gerenciamento de riscos, essenciais para a

compreensão do trabalho proposto.

3.1 GESTÃO DA MANUTENÇÃO

Toda unidade industrial ou conjunto de equipamentos está sujeito a um processo de

deterioração. Logo, é imprescindível a realização de determinadas ações para garantir o

funcionamento e rendimento de todo e qualquer parque industrial e seus equipamentos.

Segundo a ABNT NBR 5462-1994, Manutenção é a combinação de todas as ações técnicas e

administrativas, incluindo as de supervisão, destinadas a manter ou recolocar um item em um

estado no qual possa desenvolver uma função requerida.

A atividade de manutenção deve ser vista como parte essencial do processo produtivo

de uma empresa que busque eficiência e competitividade no atual cenário de economia

globalizada. Logo, é essencial que o gestor de manutenção possua competência, criatividade,

flexibilidade, velocidade e bom relacionamento em equipe.

Segundo Kardec & Nascif (2013), a Missão da Manutenção é :

“Garantir a Disponibilidade da função dos equipamentos e instalações de

modo a atender a um processo de produção ou de serviço com

Confiabilidade, segurança, preservação do meio ambiente e custo

adequado.”

Os tópicos seguintes visam ressaltar a importância da manutenção e referenciar alguns

conceitos importantes ao entendimento do tema.

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3.1.1 Histórico da Manutenção

No fim do século XIX, com o surgimento da mecanização das indústrias, surgiu a

necessidade das primeiras manutenções. Até 1914 a manutenção tinha importância secundária

e as indústrias praticamente não possuíam uma equipe para execução da mesma, fazendo os

reparos realocando o efetivo de produção. Com o início da 1ª Guerra Mundial, as fábricas

passaram a ter que manter uma produção mínima e, por efeito, sentiram a necessidade de criar

equipes que pudessem corrigir as falhas das máquinas operatrizes com um menor tempo

possível. Desta forma, surgiu um órgão subordinado à produção, cujo objetivo basicamente

era a execução da manutenção, hoje conhecida como manutenção corretiva.

Esta situação se manteve por mais alguns anos, então, em função da 2ª Guerra Mundial

(pela necessidade de aumento de rapidez de produção) a alta administração industrial se

posicionou de forma estratégica, visando não só corrigir falhas, mas também evitar o

surgimento das mesmas. Por consequência disto, os técnicos de manutenção desenvolveram

processos de prevenção de falhas, que, juntamente com a correção, completavam o quadro

geral de manutenção, resultando em uma estrutura de manutenção tão importante quanto de

produção.

Durante o período de 1940 a 1966, o desenvolvimento da aviação comercial acarretou

em uma expansão dos critérios de manutenção preventiva, por não ser admissível executar

manutenções corretivas na maioria dos equipamentos de uma aeronave em funcionamento.

Surgiu então, dentro da Gerência de Manutenção, um órgão especializado a nível

departamental, chamado Engenharia de Manutenção, que começou a desenvolver estudos e

controles visando aumentar a confiabilidade de funcionamento dos equipamentos, através de

execução de Manutenção Preventiva, utilizando métodos técnico-científicos. Estas equipes de

execução da manutenção também tiveram que ser desenvolvidas através da especialização de

mão-de-obra em treinamentos programados.

A partir de 1966, até o presente momento, com a expansão da indústria e evolução dos

processamentos de dados, a engenharia de manutenção passou a desenvolver processos mais

aprimorados de controle e análise, utilizando equações matemáticas mais complexas visando

predeterminar os períodos mais econômicos de execução de manutenção preventiva. Estes

critérios, conhecidos como controle preditivo de manutenção ainda estão em desenvolvimento

e são aplicados, conjunta ou separadamente, através de análise de sintomas e processos

estáticos.

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22

Na Figura 3.3.1 é utilizada uma convenção para as gerações de manutenção:

Figura 3.1.1 : Evolução da manutenção

Fonte : Kardec & Nascif (2009)

3.1.2 Métodos de manutenção

Os tipos de manutenção existentes são classificados de acordo com suas respectivas

estratégias ou métodos de implementação. Branco Filho ( 1996, apud Monteiro & Monteiro

,2017) qualifica os métodos de manutenção em manutenção corretiva,manutenção preventiva,

manutenção preditiva, e manutenção de melhoria. Já Kardec & Nascif ( 2013) separa a

manutenção corretiva em planejada e não planejada e inclui como métodos de manutenção, a

manutenção detectiva e engenharia de manutenção.

Logo a seguir, serão apresentados definições e conceitos sobre os principais métodos :

3.1.2.1 Manutenção corretiva

Segundo Branco Filho ( 1996,apud Monteiro&Monteiro,2017), manutenção corretiva

é definida como todo trabalho de manutenção realizado em máquinas que estejam em falha,

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para sanar a falha. Em outras palavras, seu principal objetivo é restaurar a funcionalidade e

operacionalidade dentro do menor tempo possível.

Deve ser composta das seguintes tarefas:

• Uma análise das causas de falha;

• O restabelecimento da função normal do equipamento (retirado do estado de

falha/reparo);

• Um melhoramento eventual (correção), visando evitar a reincidência da pane, ou

minimizar seus efeitos sobre o sistema;

• A colocação em memória da intervenção (histórico do serviço executado), permitindo

uma exploração pormenorizada mais tarde.

A ocorrência deste tipo de manutenção é indesejável , pois habitualmente prejudica o

plano de produção industrial , com possível paralisação de equipamentos por tempo

indeterminado, de modo a causar prejuízos e despesas não planejadas.

3.1.2.2 Manutenção preventiva

Segundo Kardec & Nascif ( 2013) a manutenção preventiva é a ação executada em

máquinas ou equipamentos que não estejam em falha, com base em planos previamente

elaborados baseados em intervalos definidos (tempo, quilometragem, quantidade processada e

etc.). Incluem-se neste tipo, as revisões sistemáticas, as rotinas de inspeção, as rotinas de

lubrificação e confirmações metrológicas.

Pode ser aplicada de duas formas:

• Visitas ou inspeções sistemáticas constituídas por verificações periódicas a pontos

críticos do equipamento originando intervenções quando a inspeção o revele

necessário.

• Revisões gerais constituídas por trabalhos de manutenção programados efetuados

periodicamente com paragem geral das instalações.

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3.1.2.3 Manutenção Preditiva

A NBR 5462 define Manutenção preditiva como a manutenção que permite garantir

uma qualidade de serviço desejada, com base na aplicação sistemática de técnicas de análise,

utilizando-se meios de supervisão centralizados ou de amostragem, para reduzir ao mínimo a

manutenção preventiva e diminuir a manutenção corretiva. O desenvolvimento desse tipo de

manutenção pode ser considerado como a primeira grande quebra de paradigma na

Manutenção, e é tanto mais eficiente quanto maior o desenvolvimento tecnológico dos

equipamentos que permitam a avaliação confiável das instalações e sistemas operacionais em

funcionamento.

Seu objetivo é prevenir falhas nos equipamentos ou sistemas através do

acompanhamento de parâmetros diversos, permitindo a operação contínua do equipamento

pelo maior tempo possível, otimizando o custo de manutenção. Quando o grau de deterioração

do parâmetro estabelecido chega ao limite pré-determinado, é tomada a decisão de

intervenção.

De acordo com Kardec & Nascif (2013) , as condições básicas para se adotar a

manutenção preditiva são :

• O equipamento, o sistema ou a instalação devem permitir algum tipo de monitoramento ou

medição.

• O equipamento, o sistema ou a instalação devem merecer esse tipo de ação, levando em

consideração aspectos relacionados a segurança pessoal e operacional e a redução de custos

pelo acompanhamento constante das condições dos equipamentos, evitando intervenções

desnecessárias.

• As falhas devem ser oriundas de causas que possam ser monitoradas e ter sua progressão

acompanhada.

• Seja estabelecido um programa sistematizado de acompanhamento, análise e diagnóstico.

A manutenção preditiva deve abranger as seguintes ações :

• Definição do parâmetro que será controlado e que possa dar uma indicação clara do estado de

deterioração do equipamento.

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• Determinação das periodicidades entre os controles.

• Escolha do método e ferramental a ser utilizado ( análise de

vibrações,termografia,inspeção visual, análise dos lubrificantes em serviço, etc.).

• Definição de um critério de julgamento.

• Controle da tendência do parâmetro.

A redução dos acidentes por falhas não esperadas em equipamentos é reduzida de

modo significativo, o que proporciona um aumento da segurança pessoal e operacional, o que

evidencia a importância de que os profissionais responsáveis pela análise e diagnóstico da

manutenção sejam altamente capacitados.

3.1.2.4 – Manutenção de Melhoria

Este tipo de manutenção pode ser definida como aquela que tem por objetivo

modificar ou alterar as características dos equipamentos, ajustando-os s a novas condições de

funcionamento; Tem como objetivo a melhoria no desempenho, a adequabilidade a situações

específicas ou incorporação de novas características, como por exemplo, a automação de

operações e a instalação de elementos de segurança.

3.1.2.5- Engenharia de manutenção

A engenharia de manutenção pode ser definida como o suporte técnico que está

dedicado a consolidar a rotina de manutenção e a implementação de melhorias em seus

processos, a partir de dados e análises de dados obtidos de todo o conhecimento adquirido

pelo setor de manutenção de uma empresa, utilizando-se das técnicas mais atualizadas do

conhecimento de manutenção. Outra forma de defini-la é a partir do conceito de que ela é uma

mudança cultural no modo como uma empresa se relaciona com a atividade de manutenção,

adotando atitudes para alcançar resultados cada vez mais expressivos.

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Segundo Kardec & Nascif(2013), dentre as principais atribuições da engenharia de

manutenção estão :

• Aumentar a confiabilidade, disponibilidade, manutenibilidade e segurança.

• Eliminar problemas crônicos.

• Solucionar problemas tecnológicos.

• Melhorar a capacitação dos profissionais envolvidos na manutenção.

• Gerir materiais e sobressalentes.

• Participar de novos projetos.

• Dar suporte à execução.

• Fazer análise de falhas e estudos.

• Elaborar planos de manutenção e de inspeção e fazer sua análise crítica periódica.

• Acompanhar os indicadores.

• Zelar pela documentação técnica.

Na figura 3.1.2.1 , é demonstrada a relação existente entre os diferentes tipos de

manutenção em relação aos resultados e custos envolvidos.

Figura 3.1.2.1 - Resultados X tipos de manutenção.

Fonte : Kardec& Nascif (2009)

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3.1.3– As funções de apoio da manutenção

Xenos (1998) estabeleceu que algumas funções de apoio ao processo de manutenção

são essenciais para alcançar o gerenciamento eficiente da manutenção. A seguir , serão

apresentadas as características e peculiaridade de funções de apoio importantes a manutenção.

3.1.3.1 – Planejamento da manutenção

A função Planejamento da manutenção é responsável pela elaboração de planos de

manutenção para todos os equipamentos, utilizando como base os manuais dos equipamentos,

assim como resultados de manutenções realizadas anteriormente em mesmas condições. Os

planos de manutenção são essenciais para a realização da manutenção de forma correta no

momento ideal, assim como para a elaboração dos relatórios de manutenção, elaboração do

orçamento da manutenção e o controle de peças.

Para Xenos(1998), planejar a manutenção significa preparar os serviços de

manutenção em um determinado período, bem como prever a mão-de-obra, materiais e

ferramentas necessários. O planejamento das ações preventivas permite o dimensionamento

correto destes recursos, dando previsibilidade ao processo de manutenção.

Mirshawka & Olmedo ( Apud Arese, 2003) citam ainda que para se ter eficiência e

eficácia na organização da manutenção, é necessário que :

• Todo trabalho de manutenção deve ser planejado e ter sua execução programada;

• Todo serviço deve ser processado como backlog semanalmente. Defini-se backlog

como o tempo que uma equipe de manutenção deve trabalhar para concluir todos os

serviços pendentes, com toda sua força de trabalho, e se não forem adicionadas

novas pendências durante a execução do serviço;

• O planejador tem como responsabilidade o backlog e a programação semanal;

• O supervisor tem a responsabilidade pelo trabalho e programação diária.

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3.1.3.2 – Padronização da manutenção

Segundo Arese ( 2003), através da elaboração de procedimentos e padrões de

execução e inspeção, é possível garantir a qualidade no cumprimento das atividades de

manutenção. Ao descrever as tarefas passo-a-passo e ao estabelecer parâmetros para avaliar as

condições dos equipamentos, é possível reduzir o risco de ocorrerem erros. Além disso, os

procedimentos e padrões escritos são úteis no treinamento dos funcionários e auxiliam na

supervisão das tarefas. A padronização garante a retenção do conhecimento de normas,

métodos e procedimentos de manutenção da empresa.

De acordo com Xenos (1998) , a padronização da manutenção é a utilização dos

procedimentos e padrões técnicos e gerenciais relacionados com as atividades de manutenção,

catálogos de peças, padrões de inspeções , procedimentos de teste de equipamentos. De forma

mais abrangente, é o sistema de elaboração, atualização, arquivamento e controle dos

documentos técnicos relativos aos equipamentos.

3.1.3.3 – Peças reservas e almoxarifado

O objetivo desta função é o de adquirir, armazenar e controlar peças de reposição e

materiais de consumo e equipamentos, conforme suas necessidades de manutenção

preventiva. Segundo Xenos (1998), o bom funcionamento dos equipamentos depende da

disponibilidade de peças de reposição de boa qualidade, baixo custo, na quantidade e no

momento certo. Esta função de apoio se torna uma das mais críticas pelo fato de que se, má

gerenciada, pode dificultar e atrasar a manutenção.

3.1.3.4 – Tratamento de falhas de equipamentos

A função de apoio do Sistema de Tratamento de Anomalias e Falhas visa

principalmente relatar e registrar as anomalias e falhas, a identificação de suas causas e o seu

bloqueio através de ações corretivas eficazes. Também permite identificar problemas

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recorrentes de manutenção. É de fundamental importância a procura exaustiva da causa

fundamental de todas as anormalidade e falhas para que seja possível eliminá-las, evitando

sua reincidência.

Para Xenos (1998), estas são as atividades de remoção dos sintomas das falhas e

identificação de causas fundamentais para estabelecer contra medidas adequadas. Inclui-se

nessas atividades, o registro histórico de falhas mais freqüentes e em que equipamentos

ocorrem.

3.1.3.5 – Orçamento da manutenção

A função manutenção está correlacionada com a lucratividade de uma empresa, uma

vez que suas ações influenciam diretamente a capacidade e os custos de produção. Sendo o

lucro uma função dos custos, para que se obtenha uma maximização do mesmo, é necessário

entender todos os fatores que influenciam diretamente e indiretamente no comportamento dos

custos. Nesse contexto, torna-se essencial o estabelecimento de modelos padronizados para a

apropriação, medição, análise e controle de custos, visando otimizá-los. A ferramenta que

centraliza todas as informações é o relatório de OS ( ordem de serviço).

Após a realização dos serviços de manutenção é feita a apropriação necessária para a

apuração do custo do serviço. Essa apropriação é feita através do relatório de OS. As

especialidades e tempos de mão-de-obra própria, gastos em cada atividade, compõem a

parcela de custos de pessoal; o registro dos materiais e sobressalentes utilizados compõem a

parcela de gasto de material; os contratos e os serviços de terceiros, compõem a parcela de

custo de contratação; os tempos de indisponibilidade dos equipamentos compõem a parcela de

faturamento cessante; e finalmente o tempo de vida dos equipamentos das oficinas e gastos de

ferramentaria compõem a parcela de depreciação de bens da área de administração (Tavares,

apud Arese,2003). Essas cinco parcelas, que compõem os custos de manutenção, são

detalhadas a seguir:

a) Pessoal

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• Diretos – Salários e Comissões;

• Indiretos – Encargos sociais e benefícios (transporte, alimentação, auxílio

médico/hospitalar/odontológico, moradia, recreação, esportes, auxílio escolar etc.);

• Administrativos – rateio dos gastos das áreas de recursos humanos e capacitação, em

função da quantidade de empregados do órgão de manutenção.

b) Material

• Diretos – custo de reposição do material;

• Indiretos – capital imobilizado, custo de energia elétrica, armazenamento

(instalações), água e pessoal de almoxarifado;

• Administrativos – rateio dos gastos das áreas de compra e administração de material

em função do tempo de ocupação do pessoal para atendimento a manutenção.

c) Serviços

• Diretos – custos dos contratos e custo dos serviços empreitados;

• Indiretos – utilidades e serviços utilizados por terceiros e custeados pela empresa

(transporte, alimentação, área ocupada etc);

• Administrativos – rateio dos gastos das áreas de administração de contratos, financeira

e contábil em função do envolvimento com os contratos com a área de manutenção.

d) Depreciação

• Diretos – custo de reposição;

• Indiretos – capital imobilizado;

• Administrativos – rateio dos gastos das áreas de contabilidade, controle de patrimônio

e compra no levantamento, acompanhamento e aquisição de máquinas e ferramentas

para a área de manutenção.

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e) Perda de Faturamento

• Diretos – perda de produção;

• Indiretos – perda de matéria-prima, perda de qualidade, devolução e processos;

• Administrativos – rateio dos gastos das áreas de controle de qualidade, vendas,

marketing e jurídica em função do envolvimento devido à manutenção.

Como exemplo, a figura 3.1.3.1 apresenta a composição média dos custos de manutenção

das empresas brasileiras no ano de 2013.

Figura 3.1.3.1 Composição dos custos de manutenção (2013)

Fonte : Documento nacional ABRAMAN (2013)

3.1.3.6 – Educação e treinamento

Essa função é responsável por todas as atividades referentes a transferência e prática

do conhecimento, que visa formar pessoal capacitado a desempenhar funções dentro do

departamento de manutenção. Com o treinamento inadequado, a manutenção pode acabar

introduzindo falhas nos equipamentos, ao invés de preveni-las (XENOS,1998).

Pessoal34%

Material22%

Serviços contratados

28%

Outros17%

Pessoal Material Serviços contratados Outros

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3.2 – Gerenciamento de projetos

De acordo com a definição adotada pelo PMBOK(2013), projeto é um esforço

temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. Um projeto

possui início e término definidos , e seu término só pode ser alcançado quando os objetivos

tiverem sido atingidos ou quando se concluir sua inviabilidade , ou até mesmo quando não for

mais necessário.

Para que um projeto seja bem-sucedido, a equipe do projeto deve :

• Selecionar os processos apropriados para cumprir os objetivos do projeto.

• Usar uma abordagem definida que pode ser adaptada para cumprir os objetivos.

• Estabelecer e manter a comunicação e o engajamento apropriado com as partes

interessadas.

• Cumprir os requisitos para atender ás necessidades e expectativas das partes

interessadas.

• Obter um equilíbrio entre as demandas concorrentes de escopo, cronograma,

orçamento, qualidade, recurso e riscos para criar o produto, serviço ou resultado

especificado.

Um projeto pode criar :

• Um produto que pode ser componente de outro item, um aprimoramento de outro

item, ou um item final.

• Um serviço ou a capacidade de realizar um serviço.

• Uma melhoria nas linhas de produtos e serviços.

• Um resultado, como um produto ou documento.

Seguindo a definição do PMBOK (2013), gerenciamento de projetos é a aplicação de

conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto para atender

aos seus requisitos. Essa atividade de gerenciamento é realizada através da aplicação e

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integração apropriadas dos 47 processos de gerencimento de projetos, agrupados e cinco

grupos :

• Grupo de processos de iniciação: Definir um novo projeto ou uma nova fase de um

projeto existente.

• Grupo de processos de planejamento: Definir o escopo do projeto, refinar os

objetivos e definir a linha de ação para alcançar os objetivos para os quais o projeto

foi criado.

• Grupo de processos de execução: Execução do trabalho definido no plano de

gerenciamento do projeto.

• Grupo de processos de monitoramento e controle: Acompanhar, analisar e controlar

o progresso e desempenho do projeto, identificar quaisquer áreas nas quais serão

necessárias mudanças no plano, e iniciar as mudanças correspondentes.

• Grupo de processos de encerramento : Finalizar todas as atividades de todos os

grupos de processos, visando encerrar formalmente o projeto ou fase.

3.2.1 – Áreas de conhecimento

O PMBOK(2013) agrupa os processos de gerenciamento de projetos em 10 áreas de

conhecimento. Cada área de gerenciamento representa um conjunto completo de conceitos,

termos e atividades que compões um campo profissional, campo de gerenciamento de

projetos, ou uma área de especialização.

As áreas de conhecimento são:

• Gerenciamento de integração do projeto : Define os processos e as atividades que

integram os diversos elementos do gerenciamento de projetos.

• Gerenciamento do escopo do projeto : Descreve os processos necessários para assegurar

que o projeto inclua todo o trabalho necessário para concluir o projeto com sucesso.

• Gerenciamento do tempo de projeto : Inclui os processos necessários para gerenciar o

término pontual do projeto.

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• Gerenciamento dos custos do projeto : Inclui processos envolvidos em planejamentos,

estimativas, orçamentos, financiamentos, gerenciamento e controle de custos, de modo

que o projeto possa ser terminado dentro do orçamento aprovado.

• Gerenciamento da qualidade do projeto : inclui processos e atividades da organização

executora que determinam políticas de qualidade, os objtivos e as responsabilidades, de

modo que o projeto satisfaça às necessidades para as quais foi empreendido.

• Gerenciamento dos recursos humanos do projeto : inclui processos que organizam,

gerenciam e guiam a equipe do projeto.

• Gerenciamento das comunicações do projeto : Inclui os processos necessários para

assegurar que as informações do projeto sejam planejadas, coletadas, criadas,

distribuídas, armazenadas, recuperadas, gerenciadas, controladas, monitoradas e

finalmente dispostas de maneira oportuna e apropriada.

• Gerenciamento dos riscos do projeto : processos de planejamento, identificação, análise ,

planejamento de respostas e controle de riscos de um projeto.

• Gerenciamento das aquisições do projeto : processos necessários para comprar ou

adquirir produtos, serviços ou resultados externos à equipe do projeto.

• Gerenciamento das partes interessadas do projeto : Inclui processos exigidos para

identificar todas as pessoas, grupos ou organizações que podem impactar ou serem

impactados pelo projeto, analisar as expectativas das partes interessadas e seus impactos

no projeto, e desenvolver estratégias de gerenciamento apropriadas para o engajamento

eficaz das partes interessadas nas decisões e execução do projeto.

A seguir, na tabela 3.2.1, é apresentado o mapeamento dos 47 processos de

gerenciamento de projetos nos 5 grupos de processos de gerenciamento de projetos e 10 áreas

de conhecimento.

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Tabela 3.2.1: Grupo de processos de gerenciamento de projetos e mapeamento das áreas

de conhecimento. Fonte : PMBOK(2013).

Grupo de

processos de

iniciação

Grupo de processos

de planejamento

Grupo de

processos de

execução

Grupo de

processos de

monitoramento e

controle

Grupo de processos

de encerramento

4. Gerenciamento da

integração do projeto

4.1 Desenvolver o

termo de abertura do

projeto

4.2 Desenvolver o plano de

gerenciamento do projeto

4.3 Orientar e gerenciar

o trabalho do projeto

4.4 Monitorar e controlar

o trabalho do projeto.

4.5 Realizar o controle

integrado de mudanças

4.6 Encerrar o projeto ou

fase

5. Gerenciamento do

escopo do projeto

5.1 Planejar o

gerenciamento do escopo.

5.2 Coletar os requisitos.

5.3 Definir o escopo.

5.4 Criar a estrutura

analítica do projeto

5.5 Validar o escopo. 5.6

Controlar o escopo.

6. Gerenciamento do

tempo do projeto

6.1 Planejar o

gerenciamento do

cronograma. 6.2

Definir as atividades.

6.3 Sequenciar as

atividades. 6.4

Estimar os recursos das

atividades. 6.5

Estimar as durações das

atividades 6.6

Desenvolver o cronograma

6.7 Controlar o

cronograma

7. Gerenciamento

dos custos do projeto

7.1 Planejar o

gerenciamento dos custos .

7.2 Estimar os custos. 7.3

Determinar o orçamento

7.4 Controlar os custos

8. Gerenciamento da

qualidade do projeto

8.1 Planejar o

gerenciamento da

qlualidade

8.2 Realizar a garantia da

qualidade

8.3 Controlar a qualidade

9. Gerenciamento

dos recursos

humanos do projeto

9.1 Planejar o

gerenciamento dos recursos

humanos

9.2 Mobilizar a equipe do

projeto. 9.3 Desenvolver

a equipe do projeto. 9.4

Gerenciar a equipe do

projeto

10. Gerenciamento

das comunicações do

projeto

10.1 Planejar o

gerencimento das

comunicações

10.2 Gerenciar as

comunicações

10.3 Controlar as

comunicações

11. Gerenciamento

dos riscos do projeto

11.1 Planejar o

gerenciamento de riscos.

11.2 Identificar os riscos.

11.3 Realizar a análise

quanlitativa dos riscos. 11.4

Realizar a análise

quantitativa ods riscos. 11.5

Planejar as respostas aos

riscos.

11.6 Controlar os riscos

12. Gerenciamento

das aquisições do

projeto

12.1 Planejar o

gerenciamento das

aquisições

12.2 Conduzir as

aquisições

12.3 Controlar as

aquisições

12.4 Encerrar as aquisições

13. Gerenciamento

das partes

interessadas no

projeto.

13.1 Ientificar as

partes interessadas

13.2 Planejar o

gerenciamento das partes

interessadas

13.3 Gerenciar o

engajamento das partes

interessadas

13.4 Controlar o

engajamento das partes

interessadas

Áreas de

conhecimento

Grupos de processos de gerencimaneto de projetos

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3.2.2 – PERT

A técnica PERT (Program Evaluation and Review Technique), é muito utilizada para

elaborar estimativas mais assertivas e gerenciar com mais qualidade os projetos. Essa técnica

foi criada em 1958 nos Estados Unidos, e consiste em descobrir a duração esperada de uma

atividade baseando-se em três estimativas possíveis para a atividade: estimativa Otimista (O),

Pessimista (P) e Mais Provável (MP).

Existem algumas maneiras para estimar a duração de uma atividade, no entanto, ao

contrário do PERT, a maioria desses métodos não permite a análise do melhores e piores

cenários junto com seu cenário médio.

A combinação dessas três estimativas é o grande diferencial da técnica PERT, pois ela

pondera as incertezas e riscos envolvidos na atividade. No PERT, é considerado o tempo

probabilístico, ou seja, a média ponderada entre os tempos otimista, médio e pessimista.

O tempo mais otimista é representado pela menor duração para realização de uma

tarefa, considerando a combinação dos melhores recursos disponíveis, sem nenhum

contratempo.

O tempo médio é o tempo mais provável de ocorrer à alternativa. Nesse estudo, será

considerado ao que se denomina em estatística de moda, ou seja, o valor mais frequente de

uma distribuição. Isso se dá pelo fato da atividade abordada para essa pesquisa ser uma tarefa

já executada diversas vezes, com registro dos tempos ocorridos.

O tempo mais pessimista é definido como a estimativa de maior duração para

execução de uma atividade dado a possível ocorrência de uma conjugação de acontecimentos

desfavoráveis. Esse tempo considera a pior hipótese e eventos de contratempos que podem

ocorrer no desenvolvimento da atividade.

A fórmula para análise do PERT dá-se por uma média ponderada com peso quatro

para estimativa mais provável, ou seja, é dada maior relevância a duração mais

provável, oriunda da experiência ou outra técnica, mas não despreza os demais valores,

otimista e pessimista. Essa média é obtida considerando que estes três tempos estejam sobre

uma curva de distribuição probabilística, representada na Figura 3.2.2.1 abaixo, onde f(t) é a

frequência de ocorrência, “a” é a duração otimista, “m” é a duração média, e “b” é a duração

pessimista.

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Figura 3.2.2.1 – Curva PERT

Fonte: Stonner apud Arese (2013)

O tempo esperado (Te) é o tempo que divide a área do gráfico em duas regiões de

igual área, ou seja, há 50% de probabilidade de ocorrer um tempo acima do tempo esperado e

50% de probabilidade de ocorrer um tempo abaixo de tempo esperado.

A técnica PERT pode ser utilizada para todas as atividades do projeto, ou somente

naquelas de maior risco, quando não tem muita certeza da estimativa e a variação entre o pior

e o melhor cenário e se essa variação é significativa.

3.3- Gerenciamento de riscos

De acordo com o PMBOK ( 2013), o risco pode ser entendido como um evento ou

condição incerta que, se ocorrer, provocará um efeito positivo ou negativo em um ou mais

objetivos do projeto tais como escopo, cronograma, custo e qualidade. Eles tem origem na

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incerteza existente em todos os projetos, e nas condições que contribuem para a ocorrência

dos mesmos, sendo possível incluir aspectos do ambiente da organização ou do projeto, tais

como práticas imaturas de gerenciamento de projetos, falta de sistemas integrados de

gerenciamento, vários projetos simultâneos ou dependência de participantes externos fora do

controle direto do projeto.

O processo de gerenciar riscos compreende um conjunto de atividades organizadas,

relacionadas com identificação de perigos e análise de risco, que tem como finalidade

subsidiar as decisões da organização quanto ao estabelecimento de ações para eliminação ou

mitigação dos riscos até um nível que seja aceitável, em vista a manter a garantia da

segurança operacional em todos os aspectos ( LINHARES,2011).

Segundo o PMBOK (2013), o gerenciamento de riscos do projeto inclui os processos

de planejamento, identificação, análise, planejamento de respostas e controle, com o objetivo

de aumentar a probabilidade e o impacto dos eventos positivos e reduzir a probabilidade e o

impacto negativo dos eventos no projeto.

Tradicionalmente, o risco era visto como algo negativo. Atualmente este conceito

mudou, visto que o risco não apenas pode ser negativo como também positivo, representando

oportunidades para o projeto. Logo, a principal função do gerenciamento de riscos é permitir

que uma organização consiga conciliar seus interesses com um nível de risco assumido

conscientemente, dentro de limites razoáveis de segurança.

De acordo com o PMBOK (2013), o gerenciamento de riscos está dividido em 6

processos que serão abordados a seguir :

3.3.1 – Planejamento do gerenciamento de riscos

Seguindo a definição do PMBOK(2013) , Planejar o gerenciamento de riscos é o

processo de definição de como conduzir as atividades de gerenciamento de riscos de um

projeto. O planejamento permite um acréscimo na probabilidade de êxito de todas as

atividades relacionadas ao processo, ao mesmo tempo que fornece recursos e tempo

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suficientes para estabelecer uma base acordada de avaliação de riscos, que envolva todas as

partes interessadas na conclusão eficaz do projeto.

O plano de gerenciamento de riscos inclui os seguintes itens :

• Metodologia : Abordagens, ferramentas e fontes de dados que podem ser usadas para

realizar o gerenciamento de riscos.

• Papéis e responsabilidades : Definição do líder e membros da equipe, com suas

respectivas responsabilidades.

• Orçamento : Estabelece os fundos para para inclusão na linha base de custo e para

aplicação das reservas de contigência e gerenciaamento.

• Prazos : Definição da freqüência com que os processos de gerenciamento de riscos

serão realizados durante o ciclo de vida do projeto e estabelece as atividades de

gerenciamento de riscos a serem incluídas no cronograma do projeto.

• Categorias de riscos : Fornece um meio de agrupar as possíveis causas de riscos que

indicam, de forma hierárquica, a natureza dos mesmos, contribuindo para a

identificação dos riscos. Uma maneira de representar esta categorização é através de

uma estrutura analítica de risco (EAR).

• Probabilidade do risco : Chance de ocorrência de um evento de risco. Pode ser

expressa nas formas numéricas, relativa e descritiva.

• Impacto do risco : Avaliação do efeito da ocorrência do risco.

• Matriz de probabilidade e impacto : É uma abordagem típica de priorização de riscos,

que envolve o mapeamento de probabilidade de cada risco e o seu impacto nos

objetivos do projeto.

3.3.2 – Identificação dos Riscos

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Consiste em descobrir quaisquer eventos que podem acontecer, sejam negativos ou

positivos, que podem afetar o projeto, e então definir e documentar suas características,

independentemente da probabilidade de ocorrência e do impacto que podem causar. . Segundo

o PMOBOK (2013), é o processo de determinação do riscos que podem afetar o projeto e de

documentação de suas características. Para a identificação dos riscos podem ser usadas

técnicas de coleta de informações (Brainstorming, Delphi,entrevistas e análise de causa-raiz),

técnicas com diagramas ( de causa e efeito, de sistema ou fluxograma e de influência), análise

SWOT ( forças, fraqueas, oportunidades e ameaças),analises de premissa e de listas de

verificação.

A identificação de riscos é um processo iterativo porque novos riscos podem surgir ou

se tornar evidentes durante o ciclo de vida do projeto. A equipe do projeto deve estar

envolvida de tal modo que ela possa desenvolver e manter um sentido de propriedade e

responsabilidade em relação aos riscos e ao desenvolvimento de respostas eficazes. As partes

interessadas externas á equipe do projeto devem também ser incentivadas a participar ,

podendo fonercer informações adicionais.

Os Riscos identificados devem ser registrados através de uma lista de riscos

identificados e de respostas potenciais, devendo ser atualizada a medida que os riscos são

resolvidos e surgem mais informações para a solução dos mesmos.

3.3.3- Análise qualitativa do Risco

È a avaliação e classificação dos riscos identificados de acordo com a probabilidade de

ocorrência e nível de impacto. Conforme o PMBOK(2013), realizar a análise qualitativa dos

riscos é o processo de priorização de riscos para análise ou ação adicional através da avaliação

e combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto. O principal objetivo deste

processo é habilitar os gerentes de projeto a reduzir o nível de incerteza e focar riscos de alta

prioridade.

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É necessário a disponibilidade de dados exatos e imparciais, usando a probabilidade

relativa de ocorrência, o impacto nos objetivos do projeto se os riscos ocorrerem, assim como

outros fatores, como o intervalo de tempo para resposta, a tolerância a riscos da organização

associada a restrições de custo, cronograma, escopo e qualidade do projeto.

È imprescindível a constante reavaliação da análise qualitativa durante o ciclo de vida

do projeto, de modo a acompanhar as mudanças dos riscos, devendo ser realizado o registro

na através da atualização da lista de riscos identificados.

3.3.4- Análise Quantitativa do Risco

Consiste na análise numérica dos riscos identificados. Segundo o PMBOK (2013),

realizar análise quantitativa dos riscos é o processo de analisar numericamente o efeito dos

riscos identificados nos objetivos gerais do projeto. O principal objetivo da análise é analisar

o efeito dos riscos que foram priorizados na análise qualitativa e produzir informações

quantitativas dos riscos para respaldar a tomada de decisões, de modo a reduzir o grau de

incerteza dos projetos.

As técnicas comumente usadas são :

• Análise de sensibilidade : Auxilia a determinar os riscos que possuem o maior impacto

potencial no projeto através da análise da variação do impacto global da ocorrência de

um fator individual de um risco enquanto todos os demais permanecem constantes.

• Análise do valor monetário esperado : É um conceito estatístico que calcula o

resultado médio quando o futuro inclui cenários que podem ocorrer ou não. O valor

monetário esperado das oportunidades é expresso com valores positivos, enquanto o

dos riscos é expresso como negativo, e seu cálculo é obtido a partir da multiplicação

de cada resultado possível pela sua probabilidade de ocorrência. O uso mais comum

para esse tipo de análise é a árvore de decisão.

• Modelagem e simulação : Utiliza-se um modelo que converte as incertezas

especificadas e detalhadas do projeto em possível impacto nos objetivos do projeto. A técnica

mais comum a ser utilizada em simulações do tipo é a técnica de Monte Carlo. Realiza-se

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iterações a partir do modelo do projeto, para que seja obtido distribuuições estatísticas a partir

dos resultados calculados.

Esse tipo de análise deve ser repetida após o planejamento das respostas a riscos e

também como parte do monitoramento e controle, para averiguação do aumento ou

diminuição do risco total do projeto. Deve ser registrada através da atualização dos registros

de riscos, mais especificamente da lista priorizada de riscos quantificados, da análise

probabilística do projeto, da probabilidade de realização dos objetivos de custo e tempo e das

tendências dos resultados da análise quantitativa de riscos.

3.3.5 – Planejamento de Respostas aos Riscos

Consiste no desenvolvimento de ações para minimizar as ameaças dos riscos

negativos e maximizar as oportunidades que riscos positivos possam trazer. Conforme o

PMBOK( 2013), é o processo de desenvolvimento de opções para umentar as oportunidades e

reduzir as ameaças aos objetivos do projeto. O principal benefício da adoção desses

procedimentos é a abordagem de riscos por prioridades, injetando recursos e atividades no

orçamento, no cronograma e no plano de gerenciamento de projeto, conforme a necessidade.

Ao planejar as respostas aos riscos, deve ser levado em consideração a relevância do risco e o

custo envolvido em sua respectiva resposta, dentro do contexto do objetivo do projeto.

De acordo com o PMBOK (2013), as respostas devem ser adequadas à importância do

risco, econômicas, rápidas, realistas, acordada com as pessoas interessadas, e por fim , ter um

responsável específico na equipe do projeto. Abaixo serão apresentadas as estratégias

utilizadas no planejamento de riscos :

• Prevenir: A equipe do projeto age para eliminar a ameaça antes que ela ocorra,

através da alteração do plano de gerenciamento do projeto, visando eliminar as

condições que favoreçam a ameaça.

• Transferir: A equipe do projeto transfere os impactos de uma ameaça e a

responsabilidade pela resposta para terceiros,sem eliminá-lo, através de pagamento de

um determinado prêmio pelo risco.

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• Mitigar : A equipe do projeto age para reduzir a probabilidade de ocorrência,

ou impacto do risco, para dentro de limites aceitáveis

• Aceitar : A equipe do projeto reconhece a existência do risco, mas decide não

agir, a menos que o risco ocorra. È adotada quando não é possível ou econômico

abordar um risco específico de outra forma. Essa ação pode ser considerada ativa ou

passiva. Caso seja elaborado um plano de ação para ser executado em caso de

ocorrência de evento, a aceitação será considerada ativa. A aceitação passiva ocorre

caso nenhuma ação seja planejada em decorrência do evento, deixando a equipe do

projeto tratar dos riscos quando eles ocorrerem.

• Explorar : Implantar ações para que riscos com impactos positivos ocorram

• Melhorar : Identificar e maximizar os fatores que aumentam a probabilidade de

ocorrência de um risco positivo.

• Compartilhar : Alocação integral ou parcial da responsabilidade do risco

positivo a um terceiro que tenha mais capacidade de explorar a oportunidade para

benefício do projeto.

3.3.6- Monitoramento e Controle de Riscos

Consiste em acompanhar os riscos identificados, identificar, analisar, classificar e

preparar plano de resposta para novos riscos e executar o plano de resposta aos riscos,

avaliando a eficiência dos planos durante o ciclo de vida do projeto. Segundo o PMBOK (

2013) é o processo de implementação de planos de respostas aos riscos, acompanhamento dos

riscos identificados, monitoramento dos riscos residuais, identificação dos novos riscos e

avaliação da eficácia do processo de riscos durante o projeto. A principal finalidade desse

processo é garantir a eficiência da abordagem dos riscos no decorrer do projeto. Tem como

ações :

• Determinar se todas as políticas e procedimentos de gerenciamento de riscos

estão sendo seguidos.

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• Determinar se as respostas aos riscos foram executadas conforme o planejado,

se são eficazes ou não e se há necessidade de implantação de novas ações.

• Verificar se as premissas do projeto continuam válidas

• Se houve ocorrência de eventos não identificados inicialmente como riscos.

• Se há necessidade de alteração nas reservas para contigência de custo ou

cronograma.

O fator crítico para esse processo e a comunicação eficiente entre todas as partes do

projeto. A medida que o ciclo de vida do projeto avança, potenciais riscos não previamente

identificados podem ser encontrados e o comportamento dos riscos e dos planos de resposta

implementados e em implementação devem ser registrados. É de fundamental importância o

estabelecimento de um cronograma de reuniões para revisão dos riscos e de todos os fatores

que afetam suas respostas, adequando o plano de gerenciamento de riscos.

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4 APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS

RESULTADOS

Neste capítulo serão apresentados a “pesquisa” e seus resultados, com os tópicos

posteriores começando pela caracterização da empresa utilizada, do processo de

manutenção escolhido, do modelo de gerenciamento de riscos escolhido e por fim, os

resultados de sua aplicação ao processo.

4.1 – Descrição da empresa

A empresa escolhida para o estudo de caso é uma empresa do ramo industrial, e

que por motivo de confidencialidade, será referida neste trabalho como empresa A, de

maneira a proporcionar apenas um entendimento geral ao leitor sobre a empresa e seus

principais ramos de atuação no mercado. É válido ressaltar que as informações foram

retiradas do site da empresa, de conversa com profissionais da mesma e a partir da

experiência direta com suas atividades, por ter integrado a equipe da mesma.

A empresa A atua no ramo industrial, com suas atividades de atuação no setor

naval, envolvendo-se em atividades de projeto, gerenciamento, construção e

manutenção naval. Possuidora de uma longa tradição de mais de 50 anos de atuação no

mercado brasileiro., tem como principais clientes o governo federal e empresas do setor

privado que atuam na área naval e prestam serviços para o setor de óleo e gás de todo o

Brasil.

4.2 – Descrição do processo de manutenção

Serão apresentadas a seguir, informações necessárias para o entendimento de

todo o processo de manutenção, referente ao estudo de caso escolhido. No primeiro

tópico, a estrutura do leme do navio será exemplificada, definindo cada componente de

acordo com suas funções, de modo a facilitar a compreensão acerca dos componentes

mecânicos envolvidos em seu funcionamento. No segundo tópico será explicada a

situação problema, assim como as possíveis causas da avaria. E por último, será

detalhada cada atividade de intervenção realizada no processo.

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4.2.1- Componentes da estrutura do leme

A seguir serão apresentados alguns componentes do leme que são essenciais

para a compreensão de seu funcionamento e de seu processo de manutenção, seguindo

as definições adotadas por Fonseca (2002):

• Leme: Aparelho destinado ao governo da embarcação.

• Madre: Eixo do leme, em geral de aço forjado. Sofre grandes esforços de flexão

e de torção. Penetra no casco do navio e por ela é transmitido o movimento ao leme.

• Cana: Barra horizontal encaixada na cabeça da maré, onde atua a máquina do

leme.

• Barra de ligação (tié bar) : Haste de comprimento regulável conectada às canas

dos lemes ( navios com dois lemes) que sincroniza o movimento dos mesmos.

• Tubulão do Leme: Tubo por onde a madre do Leme atravessa o casco do navio.

Dentro do tubulão há uma bucha de bronze revestida internamente de metal antifricção

ou resina, formando um mancal onde trabalha a madre. A estanqueidade entre a madre e

a bucha é obtida por uma caixa de gaxetas.

• Buchas: Peças de metal, borracha, ou pau de peso, que são introduzidas nos

orifícios que recebem eixos, servindo de mancal para eles.

• Gaxeta: Anel, de borracha ou outros materiais,com uma espécie de lábios que

auxiliam na vedação. Usado em compressão dentro do espaço formado pelo eixo e a

caixa de vedação do equipamento.

• Leme ordinário: A porta fica por ante-a-ré da madre. É suportado pelo cadaste,

por meio das governaduras e, principalmente, pelo pino mais baixo.

• Leme compensado: Uma parte da porta fica por ante-a-vante da madre. É

inteiramente suspenso, isto é, suportado por um ou mais mancais dentro do casco.

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A seguir, algumas imagens que mostram a estrutura do leme de um navio e seus

componentes :

Figura 4.2.1.1: Lemes nomenclatura

Fonte : Fonseca (2002)

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Figura 4.2.1.2: Esquema típico de uma linha de eixo

Fonte : Fonseca (2002)

O leme do estudo de caso em questão é do tipo compensado, e seu peso é

suportado por mancais dentro do navio. Há na cabeça da madre um entalhe circular

onde é adaptado um anel suporte (construído em duas metades) que se projeta além da

madre, constituindo uma superfície de apoio que trabalha sobre a face superior da cana

do leme. Esta, por sua vez, é suportada por um mancal em anel, fixado a estrutura da

popa do navio.

4.2.2- Situação Problema e procedimentos técnicos

A situação ocorre inicialmente em uma docagem de rotina do “navio A” para a

realização de manutenções corretivas e preventivas durante um período delineado e

planejado para ser realizado em vinte dias.

No início do período de docagem, foi solicitada à empresa A , a troca das

gaxetas e medição da folga entre a madre e a bucha de bronze, pois havia sido detectado

considerável vazamento no local, devido ao desgaste ao longo do tempo. Iniciados os

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trabalhos para a troca das gaxetas e medição de folgas, a equipe técnica identificou um

estado avançado de corrosão nos alojamentos dos parafusos que fixam as caixas das

gaxetas à estrutura do navio, prejudicando a fixação da caixa. Devido ao tempo

disponível para a realização da intervenção, a equipe técnica, interviu na melhoria da

fixação da caixa de gaxetas, instalando seis sapatas distribuídas simetricamente ao redor

das caixas, com a função de fixar a mesma. A figura 4.2.2.1, mostra o detalhe da

instalação das garras distribuídas ao redor da caixa de gaxeta do leme de boreste.

Figura 4.2.2.1 : Detalhe da instalação das garras distribuídas simetricamente ao

redor da caixa de gaxeta do leme de boreste.

Fonte : Relatório de manutenção da empresa A

Com a caixa devidamente fixada, os trabalhos de medida de folga e troca de gaxetas

prosseguiram. Segundo o relatório de inspeção de medida de folga , a medição das folgas

entre o moente e a madre foram de 1,38 mm e 1,36 mm, em bombordo e boreste,

respectivamente, cujos valores se encontram dentro da folga máxima de 2,0 mm imposta

pela “referência técnica BRF 6509 (502”). As gaxetas foram substituídas por gaxetas novas

com largura de 1 polegada e 4 voltas completas para cada bordo.

Após a desdocagem do navio, a equipe monitorou a região, constatando que os

vazamentos que haviam sob as antigas gaxetas se encontravam extintos pela troca das

novas.

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A equipe técnica recomenda que nas próximas docagens, haja a monitoração das

folgas entre a bucha e o madre. Quando as folgas atingirem seu valor máximo e for

necessário a troca do mancal do madre ( bucha de bronze), seja realizada a correção das

roscas danificadas e a caixa volte a ser fixada de acordo com o projeto original.

4.3 – Descrição do modelo de Risco

O modelo de Riscos proposto por Arese (2003) foi criado com o objetivo de

atender a uma empresa de automação e elétrica, que estava passando por uma

reestruturação em seus processos de gerenciamento. Tal modelo teve como foco criar

uma metodologia de gestão de riscos que permitisse identificar, analisar e planejar

respostas aos riscos que estivessem relacionados ao andamento dos processos de um

projeto, analisar o impacto nos custos do projeto e na segurança do trabalho. Nos

próximos tópicos serão apresentados as etapas e um maior detalhamento do modelo.

4.3.1 - Etapas

A primeira etapa da aplicação do modelo consiste em, durante o detalhamento

do cronograma de atividades do projeto, analisar os riscos que possam interferir no

andamento do projeto, de modo a adiantar, atrasar ou até mesmo inviabilizar o projeto.

A segunda etapa consiste em, com o cronograma de atividades já detalhado, realizar

uma análise dos riscos envolvidos, a partir de uma ótica da segurança do trabalho.

Todas as informações referentes aos riscos obtidas nestas duas etapas, serão

registradas na Planilha de Registro de Riscos e Problemas, permitindo uma maior

visualização, organização e compreensão dos Riscos do projeto. Por último, a partir da

análise da Planilha de Registro de Riscos e Problemas e com o auxílio da ferramenta de

gestão Microsoft Project, o cronograma de atividades será atualizado, para que este

esteja alinhado o máximo possível com as condições de operação do processo e retrate

com maior rigor, os tempos de início e término do projeto, bem como a duração de cada

atividade e suas conseqüências.

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4.3.2 – A planilha de Registro de Riscos e Problemas

A Planilha de Registro de Riscos e Problemas foi desenvolvida como ferramenta

de apoio a gestão de riscos do projeto. No cabeçalho da planilha, há um espaço para o

logotipo da empresa e o nome do documento. Na linha inferior constam informações do

projeto em questão : número de cadastro do projeto na empresa, título do projeto,

cliente, data de início prevista e o líder do projeto. Foi deixado um campo em branco

para casos específicos. Abaixo do cabeçalho estão as listas de valores utilizados no

preenchimento dos campos da planilha.

Figura 4.2.3.1 - Planilha de Registro de Riscos e Problemas

Fonte : Arese (2013)

A seguir serão listadas as etapas de preenchimento dos campos da planilha :

1ª Coluna – Código da Atividade: Corresponde ao número da linha do

cronograma da atividade que serão analisados os riscos e problemas.

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2ª Coluna – Atividade: Descrição do título da atividade. Pode ser copiado e

colado da descrição da atividade do cronograma do projeto.

3ª Coluna – Duração (valor inicial ou restante): É a duração da atividade do

cronograma do projeto. O valor informado da duração pode ser o inicial estimado ou a

duração restante, caso a tarefa já tenha sido iniciada.

4ª Coluna – Tipo: É o tipo do evento identificado sendo eles, Fonte de Risco,

Perigo ou Problema.

5ª Coluna – Título (da Fonte de Risco, Perigo ou Problema associado) e Debate

(detalhamento em comentários da célula): Neste campo é descrito o título da Fonte de

Risco, Perigo ou Problema identificado.

6ª Coluna – Prob (%): É a probabilidade da fonte de risco, perigo ou problema

acontecer. As opções desse campo estão detalhadas na tabela abaixo:

Tabela 4.3.2.1 – Probabilidade de o Risco acontecer

Análise Probabilidade

Um evento similar aconteceu na empresa A várias vezes durante o ano na mesma atividade ou projeto

80%

Um evento similar aconteceu na empresa A várias vezes durante o ano na mesma atividade ou projeto

60%

Um evento similar aconteceu alguma vez n empresa A

40%

Um evento similar aconteceu alguma vez em uma empresa similar

20%

Um evento similar aconteceu alguma vez em outras empresas

1%

Fonte : Arese (2013)

7ª Coluna – Impacto na duração: É o impacto da fonte de risco, perigo ou problema

em unidades de tempo (semanas, dias ou horas). É importante utilizar a unidade de

tempo que é usado no cronograma.

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Se o impacto for negativo, ou seja, aumentar a duração da atividade, seu valor deve

ser positivo. Se o impacto for positivo, ou seja, reduzir a duração, seu valor deve ser

negativo.

8ª Coluna – Variação na duração: É o resultado da multiplicação da probabilidade

pelo impacto.

Estes resultados são agrupados em dois campos “Duração mais cedo” e “Duração

mais tarde”. Ambos os campos possuem fórmula.

A duração mais cedo soma os valores da variação da duração que forem menores do

que zero, ou seja, negativo e a esse total, soma a duração da atividade.

A duração mais tarde soma os valores da variação da duração que forem maiores do

que zero, ou seja, positivo e a esse total, soma a duração da atividade.

9ª Coluna – Estratégia: É a estratégia a ser tomada em relação ao risco ou problema

identificado. As opções estão descritas na tabela a seguir:

Tabela 4.3.2.2 – Estratégias

Estratégia Descrição Ação Prevenir Eliminar o risco antes que

ele ocorra Plano de prevenção

Mitigar Minimizar a probabilidade de ocorrência do evento e de seu impacto a níveis aceitáveis

Plano de mitigação

Transferir Trasnferir Transferir

Aceitar Não implantar ações antecipadas, arcando com as consequências

Plano de contigência

Explorar Implantar ações para garantir que o risco positivo ocorra

Plano de ação

Resolver Resolver os problemas atuais

Plano de ação

Fonte : Arese (2013)

10ª Coluna – Plano de Prevenção, Mitigação ou de Contingência (para Riscos) /

Plano de Ação (para Problemas): É a descrição das ações que serão tomadas para atuar

no combate aos riscos ou problemas do projeto.

11ª Coluna – Custo: Custos de cada Plano de Prevenção, Mitigação,

Contingência ou Ação listados. Os custos das ações com Estratégia de exploração serão

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agrupados aos Custos das Respostas aos Riscos Positivos e os demais serão agrupados

aos Custos das Respostas aos Riscos Negativos.

12ª Coluna – Atribuído a (responsável): É o responsável por garantir que as

ações aconteçam.

13ª Coluna – Data da Conclusão: É a data prevista para conclusão das ações.

14ª Coluna – Status do Risco: Durante o monitoramento e controle, os riscos

deverão ser classificados em um dos status de Identificado, Em Acompanhamento,

Eliminado, Reativado e Superado.

15ª Coluna – Status das Respostas aos Riscos: Os Planos de Resposta deverão

ser classificados na com uma das condições sendo elas Não Iniciado, Em Andamento,

Necessita Detalhamento, Concluído, Atrasado e Cancelado.

16ª Coluna – Resolução (acompanhamento do histórico do que está sendo feito):

Neste campo é relatado todo o acompanhamento das ações definidas no Plano de

Prevenção, Mitigação ou de Contingência / Plano de Ação e a situação final até a sua

conclusão.

Após o preenchimento da planilha, é possível trabalhar com esses dados a fim de

encontrar os resultados referentes ao acontecimento dos riscos.

Figura 4.2.3.2 – Estrutura da planilha de cálculos.

Fonte: O próprio autor

Para isso foi utilizado uma planilha de cálculos, indicada na Figura 4.2.3.2, que

agrupará as informações para melhor visualização do cenário.

Na planilha de cálculo foi feito um resumo das informações cadastradas

anteriormente. A seguir serão listadas as definições de cada coluna da planilha:

1ª Coluna – Atividade: Corresponde ao número da linha do cronograma da

atividade que serão analisados os riscos e problemas.

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2ª Coluna – Duração mais cedo: É a duração otimista da atividade considerando

os riscos positivos que podem ocorrer.

3ª Coluna – Duração média: É a duração da atividade do cronograma do projeto.

4ª Coluna – Duração mais tarde: É a duração pessimista da atividade

considerando os riscos negativos que podem ocorrer.

5ª Coluna – Te: Cálculo do Tempo Esperado da atividade utilizando a fórmula

do PERT.

Te = (a+4m+b)/6

Onde:

a = Tempo otimista; m = Tempo médio e b = Tempo pessimista.

6ª Coluna – Custo Resposta Riscos Positivos: É o custo das respostas aos riscos

que tem como estratégia a exploração, ou seja, aqueles que adiantariam o projeto.

7ª Coluna – Custo Resposta Riscos Negativos: É o custo das respostas aos riscos

que tem estratégias diferentes de exploração, ou seja, aqueles que atrasariam o projeto.

Com a conclusão do preenchimento da planilha, os resultados são levados ao

cronograma no Microsoft Project, Figura 4.2.3.3, para verificação das consequências

financeiras que os cenários otimistas e pessimistas terão em comparação com o cenário

médio. Essa ferramenta proporcionará melhor visualização dos intervalos de tempo

representando o início e fim de cada fase, pelo gráfico de Gantt.

O Microsoft Project é parametrizado para ser alimentado com informações dos

recursos envolvidos, valores por hora de trabalho de cada colaborador, atividades e suas

respectivas predecessoras, três colunas de duração (mais cedo, média e mais tarde) e

três colunas de custos (custo da duração mais cedo, custo médio e custo da duração mais

tarde).

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Figura 4.2.3.3 : Estrutura Microsoft Project

Fonte : O próprio autor

4.4 – Aplicação do modelo

A manutenção escolhida para o seguinte estudo de caso é dividida em várias

atividades, e para facilitar a visualização e compreensão das relações existentes entre

elas, utiliza-se o software Microsoft Project para a criação de um cronograma, com as

durações médias esperadas para cada atividade.

Figura 4.4.1 : Cronograma de atividades

Fonte : O próprio autor.

Logo em seguida, é apresentado uma tabela com a relação de rpofissionais

previstos para a realização da manutenção. Na tabela 4.4.1, encontram-se a lista de

profissionais, os custos por hora de trabalho, as horas totais trabalhadas ( considera-se

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cada dia de trabalho como o equivalente a 8 horas de trabalho), as horas totais

trabalhadas e o custo total por profissional.

Tabela 4.4.1 : Relação de profissionais e seus custos.

Profissionais Preço / hora Horas trabalhadas Preço total

Engenheiro R$ 70,00 24 R$ 1.680,00

Encarregado de manutenção R$ 60,00 176 R$ 10.560,00

Mestre de Manutenção 1 R$ 50,00 176 R$ 8.800,00

Mestre de Manutenção 2 R$ 50,00 176 R$ 8.800,00

Técnico - inspeção e medição R$ 35,00 80 R$ 2.800,00

Técnico 1- substituição das gaxetas R$ 30,00 80 R$ 2.400,00

Técnico 2- substituição das gaxetas R$ 30,00 80 R$ 2.400,00

Técnico- verificação de corrosão R$ 35,00 16 R$ 560,00

Técnico 1 instalação de sapatas R$ 30,00 40 R$ 1.200,00

Técnico 2 - instalação de sapatas R$ 30,00 40 R$ 1.200,00 Fonte : O próprio autor

O principal recurso que aumenta o custo da respectiva manutenção é o aluguel

do dique, e por esse motivo , ele será computado no custo total da manutenção, devendo

ser o recurso mais importante na análise dos custos.

Tabela 4.4.2 : Custo do aluguel do dique

Fonte : O prórprio autor

Após a construção do cronograma de atividades e das tabelas que envolvem os

recursos utilizados e seus respectivos custos, inicia-se o preenchimento da Planilha de

Registro de Riscos e Problemas, para análise dos Riscos. O preenchimento da planilha

foi realizado com o auxílio de profissionais da empresa, de forma que , foi possível

chegar ao resultado ilustrado na Figura 4.4.2 a seguir :

Recurso Custo / dia Dias utilizados Custo total

Dique 90.000,00R$ 25 2.250.000,00R$

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58

Figura 4.4.2 : Planilha de Registro de Ricos e problemas Preenchida ( vide

Apêndice B).

Fonte : O próprio autor.

Os detalhes de cada atividade estão expressos nas Figuras a seguir :

Figura 4.4.3 : Detalhe da atividade 1 do cronograma na Planilha de Risco.

Fonte : O próprio autor.

Figura 4.4.4 : Detalhe da atividade 2 do cronograma na Planilha de Risco.

Fonte : O Próprio autor.

Data de Início

do Projeto

Estratégia Descrição da Estratégia Status do Risco Status das Respostas aos Riscos

Fonte de Risco FR Prevenir Identificado Não Iniciado

Perigo PE 80% Mitigar Em acompanhamento Em Andamento

Problema PB 60% Transferir Eliminado Necessita Detalhamento

40% Aceitar Reativado Concluído

20% Explorar Superado Atrasado

1% Resolver Cancelado

Fase 2

Análise e Planejamento de Resposta aos Riscos

Código da

AtividadeAtividade

Duração (valor

inicial ou

restante)

Tipo

Título (da Fonte de Risco, Perigo ou Problema

associado) e Debate (detalhamento em comentários

da célula)

Prob (%)Impacto

na Dur

Variação

na DurEstratégia

Plano de Prevenção, Mitigação ou de Contingência (para Riscos) / Plano de

Ação (para Problemas)Custo

Atribuído a

(responsável)

Data da

ConclusãoStatus do Risco

Status das Respostas aos

Riscos

Resolução (acompanhamento do

histórico do que está sendo feito)

FR

Atraso

40% 3 1,2 Mitigar

Assegurar a eficiência da equipe envolvida, garantindo que os equipamentos

e a infraestrutura onde ocorre o planejamento esteja em perfeitas condições,

a partir de manutenções preventivas.

R$ 500,00 Consultar

FR Conclusão antes do previsto 20% -3 -0,6 Aceitar Não se aplica

2,4 Custo das Respostas aos Riscos Positivos R$ -

4,2 Custo das Respostas aos Riscos Negativos R$ 500,00

PB Falha na Bomba do dique 40% 3 1,2 Mitigar Implantar plano de manutenção preventiva na bomba do dique R$ 6.000,00 Consultar

1 Custo das Respostas aos Riscos Positivos R$ -

2,2 Custo das Respostas aos Riscos Negativos R$ 6.000,00

FR Conclusão antes do previsto 20% -10 -2 Aceitar Não se aplica

PB Problemas de estruturais na caixa de gaxetas 20% 12 2,4 Resolver Interromper atividade e iniciar a manutenção corretiva R$ 15.000,00 Consultar

PBQueda

1% 1 0,01 MitigarAssegurar que os operadores estejam usando o EPI adequado em alturas

elevadas

R$ 2.000,00 Consultar

PB Falha no equipamento de ventilação 40% 2 0,8 Mitigar Plano de manutenção preventiva no equipamento de ventilação R$ 1.500,00 Consultar

PB Ferimento cortante 20% 2 0,4 Mitigar EPI adequado e fiscalização dos procedimentos de segurança R$ 1.000,00 Consultar

18 Custo das Respostas aos Riscos Positivos R$ -

23,61 Custo das Respostas aos Riscos Negativos R$ 19.500,00

FR Procedimento mais ágil 20% -1 -0,2 Aceitar Não se aplica

PEQueda

1% 1 0,01 MitigarAssegurar que os operadores estejam usando o EPI adequado em alturas

elevadas

R$ 1.000,00 Consultar

PE Falha no equipamento de ventilação 40% 2 0,8 Mitigar Plano de manutenção preventiva no equipamento de ventilação. R$ 1.500,00 Consultar

PB Ferimento cortante 1% 2 0,02 Mitigar EPI adequado e fiscalização dos procedimentos de segurança R$ 1.000,00 Consultar

1,8 Custo das Respostas aos Riscos Positivos R$ -

2,83 Custo das Respostas aos Riscos Negativos R$ 3.500,00

FR Procedimento mais ágil 20% -2 -0,4 Aceitar Não se aplica

PE Queda 1% 1 0,01 Mitigar Assegurar que os operadores estejam usando o EPI adequado R$ 1.000,00 Consultar

PE Falha no equipamento de ventilação 40% 2 0,8 Mitigar Plano de manutenção preventiva no equipamento de ventilação. R$ 1.500,00 Consultar

PE Ferimento cortante 40% 2 0,8 Mitigar EPI adequado e fiscalização dos procedimentos de segurança R$ 1.000,00 Consultar

4,6 Custo das Respostas aos Riscos Positivos R$ -

6,61 Custo das Respostas aos Riscos Negativos R$ 3.500,00

PB Falha na Bomba do dique 40% 3 1,2 Mitigar implantar plano de manutenção preventiva na bomba do dique R$ 6.000,00 Consultar

1 Custo das Respostas aos Riscos Positivos R$ -

2,2 Custo das Respostas aos Riscos Negativos R$ 6.000,00

Análise PERT

Análise PERT

Análise PERT

Análise PERT

Duração mais cedo

Duração mais tarde

2 Docagem 1 Duração mais cedo

Duração mais tarde

1 Planejamento 3

Duração mais cedo

Duração mais tarde

2

Duração mais cedo

Duração mais tarde

3

Inspeção da medição de

folga e substiuição das

gaxetas de cada leme

Duração mais cedo

Duração mais tarde

5

Instalação de seis

sapatasao redor da caixa

de gaxetas de cada leme

5

Duração mais cedo

Duração mais tarde

6 Desdocagem 1Análise PERT

Análise PERT

Cliente

Aprovações

Diretoria PMO Líder do Projeto

4

Verificação de corrosão nos

alojamentos dos parafusos

que fixam as caixas de

gaxetas

20

Muito difícil de acontecer Resolver os problemas atuais Plano de Ação

Dados do ProjetoFASE 1 Fase 3

Identificação das Fontes de Riscos, Perigos ou Problemas Monitoramento e Controle dos Riscos

4. Desenvolva uma resposta aos Riscos; Um evento similar aconteceu alguma vez na EMPRESA Não implantar ações antecipadas, arcando com as conseqüências Plano de Contingência

5. Mantenha controle sobre eles. Um evento similar aconteceu alguma vez em uma empresa similar Implantar ações para garantir que o risco positivo ocorra Plano de Ação

2. Qualifique-os – Probab. e Impacto; mesma atividade ou projeto Eliminar ou minimizar o impacto do risco a níveis aceitáveis Plano de Mitigação

3. Selecione uma estratégia Um evento similar aconteceu na EMPRESA várias vezes durante o ano Transferir Transferir

Passos Tipo Probabilidade do Risco Acontecer Ação da estretégia

1. Liste os riscos identificados; Um evento similar aconteceu na EMPRESA várias vezes durante o ano na Eliminar ou reduzir a probabilidade do risco Plano de Prevenção

Data de Status

Empresa A Planilha de Registro de Riscos e Problemas

Nº do Projeto Título do Projeto Controller do Projeto

Código da

AtividadeAtividade

Duração (valor

inicial ou

restante)

Tipo

Título (da Fonte de Risco, Perigo ou Problema

associado) e Debate (detalhamento em comentários

da célula)

Prob (%)Impacto

na Dur

Variação

na DurEstratégia

Plano de Prevenção, Mitigação ou de Contingência (para Riscos) / Plano de

Ação (para Problemas)Custo

Atribuído a

(responsável)

FR

Atraso

40% 3 1,2 Mitigar

Assegurar a eficiência da equipe envolvida, garantindo que os equipamentos

e a infraestrutura onde ocorre o planejamento esteja em perfeitas condições,

a partir de manutenções preventivas.

R$ 500,00 Consultar

FR Conclusão antes do previsto 20% -3 -0,6 Aceitar Não se aplica

2,4 Custo das Respostas aos Riscos Positivos R$ -

4,2 Custo das Respostas aos Riscos Negativos R$ 500,00 Análise PERT

1 Planejamento 3

Duração mais cedo

Duração mais tarde

Código da

AtividadeAtividade

Duração (valor

inicial ou

restante)

Tipo

Título (da Fonte de Risco, Perigo ou Problema

associado) e Debate (detalhamento em comentários

da célula)

Prob (%)Impacto

na Dur

Variação

na DurEstratégia

Plano de Prevenção, Mitigação ou de Contingência (para Riscos) / Plano de

Ação (para Problemas)Custo

Atribuído a

(responsável)

PB Falha na Bomba do dique 40% 3 1,2 Mitigar Implantar plano de manutenção preventiva na bomba do dique R$ 6.000,00 Consultar

1 Custo das Respostas aos Riscos Positivos R$ -

2,2 Custo das Respostas aos Riscos Negativos R$ 6.000,00 Análise PERT

2 Docagem 1 Duração mais cedo

Duração mais tarde

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59

Figura 4.4.5 : Detalhe da atividade 3 do cronograma na Planilha de Risco.

Fonte : O próprio autor.

Figura 4.4.6 : Detalhe da atividade 4 do cronograma na Planilha de Riscos.

Fonte : O próprio autor.

Figura 4.4.7 : Detalhe da atividade 5 do cronograma na Planilha de Riscos.

Fonte : O próprio autor.

Figura 4.4.8 : Detalhe da atividade 6 do cronograma na Planilha de Riscos.

Fonte : O próprio autor.

Código da

AtividadeAtividade

Duração (valor

inicial ou

restante)

Tipo

Título (da Fonte de Risco, Perigo ou Problema

associado) e Debate (detalhamento em comentários

da célula)

Prob (%)Impacto

na Dur

Variação

na DurEstratégia

Plano de Prevenção, Mitigação ou de Contingência (para Riscos) / Plano de

Ação (para Problemas)Custo

Atribuído a

(responsável)

FR Conclusão antes do previsto 20% -10 -2 Aceitar Não se aplica

PB Problemas de estruturais na caixa de gaxetas 20% 12 2,4 Resolver Interromper atividade e iniciar a manutenção corretiva R$ 15.000,00 Consultar

PBQueda

1% 1 0,01 MitigarAssegurar que os operadores estejam usando o EPI adequado em alturas

elevadas

R$ 2.000,00 Consultar

PB Falha no equipamento de ventilação 40% 2 0,8 Mitigar Plano de manutenção preventiva no equipamento de ventilação R$ 1.500,00 Consultar

PB Ferimento cortante 20% 2 0,4 Mitigar EPI adequado e fiscalização dos procedimentos de segurança R$ 1.000,00 Consultar

18 Custo das Respostas aos Riscos Positivos R$ -

23,61 Custo das Respostas aos Riscos Negativos R$ 19.500,00 Análise PERT

Duração mais cedo

Duração mais tarde

3

Inspeção da medição de

folga e substiuição das

gaxetas de cada leme

20

Código da

AtividadeAtividade

Duração (valor

inicial ou

restante)

Tipo

Título (da Fonte de Risco, Perigo ou Problema

associado) e Debate (detalhamento em comentários

da célula)

Prob (%)Impacto

na Dur

Variação

na DurEstratégia

Plano de Prevenção, Mitigação ou de Contingência (para Riscos) / Plano de

Ação (para Problemas)Custo

Atribuído a

(responsável)

FR Procedimento mais ágil 20% -1 -0,2 Aceitar Não se aplica

PEQueda

1% 1 0,01 MitigarAssegurar que os operadores estejam usando o EPI adequado em alturas

elevadas

R$ 1.000,00 Consultar

PE Falha no equipamento de ventilação 40% 2 0,8 Mitigar Plano de manutenção preventiva no equipamento de ventilação. R$ 1.500,00 Consultar

PB Ferimento cortante 1% 2 0,02 Mitigar EPI adequado e fiscalização dos procedimentos de segurança R$ 1.000,00 Consultar

1,8 Custo das Respostas aos Riscos Positivos R$ -

2,83 Custo das Respostas aos Riscos Negativos R$ 3.500,00 Análise PERT

2

Duração mais cedo

Duração mais tarde

4

Verificação de corrosão nos

alojamentos dos parafusos

que fixam as caixas de

gaxetas

Código da

AtividadeAtividade

Duração (valor

inicial ou

restante)

Tipo

Título (da Fonte de Risco, Perigo ou Problema

associado) e Debate (detalhamento em comentários

da célula)

Prob (%)Impacto

na Dur

Variação

na DurEstratégia

Plano de Prevenção, Mitigação ou de Contingência (para Riscos) / Plano de

Ação (para Problemas)Custo

Atribuído a

(responsável)

FR Procedimento mais ágil 20% -2 -0,4 Aceitar Não se aplica

PE Queda 1% 1 0,01 Mitigar Assegurar que os operadores estejam usando o EPI adequado R$ 1.000,00 Consultar

PE Falha no equipamento de ventilação 40% 2 0,8 Mitigar Plano de manutenção preventiva no equipamento de ventilação. R$ 1.500,00 Consultar

PE Ferimento cortante 40% 2 0,8 Mitigar EPI adequado e fiscalização dos procedimentos de segurança R$ 1.000,00 Consultar

4,6 Custo das Respostas aos Riscos Positivos R$ -

6,61 Custo das Respostas aos Riscos Negativos R$ 3.500,00

5

Instalação de seis

sapatasao redor da caixa

de gaxetas de cada leme

5

Duração mais cedo

Duração mais tardeAnálise PERT

Código da

AtividadeAtividade

Duração (valor

inicial ou

restante)

Tipo

Título (da Fonte de Risco, Perigo ou Problema

associado) e Debate (detalhamento em comentários

da célula)

Prob (%)Impacto

na Dur

Variação

na DurEstratégia

Plano de Prevenção, Mitigação ou de Contingência (para Riscos) / Plano de

Ação (para Problemas)Custo

PB Falha na Bomba do dique 40% 3 1,2 Mitigar Implantar plano de manutenção preventiva na bomba do dique R$ 6.000,00 FR Procedimento mais ágil 20% -2 -0,4 Aceitar Não se aplicaPB Falha na Bomba do dique 40% 3 1,2 Mitigar implantar plano de manutenção preventiva na bomba do dique R$ 6.000,00

1 Custo das Respostas aos Riscos Positivos R$ -

2,2 Custo das Respostas aos Riscos Negativos R$ 6.000,00

Duração mais cedo

Duração mais tarde

5 Instalação de seis 5

6 Desdocagem 1Análise PERT

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60

Com a inclusão das informações na planilha, os dados alcançados foram

traduzidos para a planilha de cálculos para melhorar a visualização dos resultados

obtidos, conforme a figura 4.4.9 abaixo :

Figura 4.4.9 : Planilha de cálculo Empresa X.

Fonte : O próprio autor.

Para cada atividade tratada na Planilha de Registro de Riscos e Problemas, os

valores de “ Duração mais cedo” , “ Duração média” e “ Duração mais tarde” são

levados para a análise Pert no cronograma do projeto no Microsoft Project , de modo a

encontrar o custo representado pelas variações na duração do projeto, formando o

cenário otimista, o médio e o pessimista, como apresentado na figura 4.4.10 :

Figura 4.4.10 : Cronograma preenchido no Microsoft Project

Fonte : O próprio autor.

Atividade Duração

mais

cedo

Duração

média

Duração

mais

tarde

TeCusto Respostas

aos riscos positivos

Custo Respostas aos

riscos negativos

1 2,4 3 4,2 3,10 500,00R$

2 1 1 2,2 1,20 6.000,00R$

3 18 20 23,61 20,27 19.500,00R$

4 1,8 2 2,83 2,11 3.500,00R$

5 4,6 5 6,61 5,20 3.500,00R$

6 1 1 2,2 1,20 6.000,00R$

Total -R$ 39.000,00R$

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61

4.5 – Análise Crítica e Discussão dos Resultados

A aplicação do modelo de gestão de Riscos proposto por Arese (2013), trouxe

resultados significativos para o desenvolvimento do projeto de manutenção escolhido

para este estudo de caso. Na figura 4.5.1 e 4.5.2 abaixo, vemos um resumo das

informações obtidas a partir da análise do cronograma preenchido no Microsoft Project :

Figura 4.5.1 : Resumo da duração e custo do projeto

Fonte : O próprio autor.

Figura 4.5.2 : Respostas aos Riscos

Fonte : O próprio autor.

Em relação ao levantamento dos riscos, cada atividade passou por profunda

pesquisa para elaboração de diagnósticos e foi observado que a maioria dos riscos

levantados foram negativos, elevando a duração do projeto e diminuindo a segurança

das atividades. No entanto, algumas atividades possuem riscos positivos e os mesmos

impactam diretamente na redução do tempo de projeto.

Os custos para as respostas aos riscos também foram examinados e concluiu-se

que para tratar as fontes de riscos que fazem com que o projeto sofra algum desvio

negativo no cronograma, será necessário um investimento de R$39000,00. Infelizmente,

não foram encontrados meios de explorar as atividades que possuem riscos que

adiantem o projeto, sendo a única estratégia para o caso de ocorrência de riscos positivo

seja aceitá-los.

A partir das informações levantadas, o cronograma no Microsoft Projet foi

alimentado para viabilizar comparações entre o custo e a duração dos atrasos causados

Mais cedo ( Cenário

otimista)Média

Mais tarde ( Cenário

pessimista)

Duração 22,4 25 32,21

Custo 1.836.496,00R$ 2.020.400,00R$ 2.571.134,00R$

Respostas aos RiscosCusto

Positivos -R$

Negativos 39.000,00R$

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62

pelos riscos, com os custos das respostas desses riscos. Na figura 4.5.3 abaixo,

encontram-se essas comparações :

Figura 4.5.3 : Comparações com os resultados da análise de risco.

Fonte : O próprio autor.

Em comparação com a duração média do projeto (25 dias), a duração otimista (

22,4 dias) não apresentou uma grande diferença, tendo 2,6 dias de impacto positivo. Já a

duração pessimista ( 32,21 dias) apresentou uma diferença mais significativa, de 7,21

dias de atraso no cronograma.

A variação de duração de um projeto está diretamente ligada à variação dos seus

custos. Isso é de extrema importância neste estudo de caso, uma vez que o aluguel do

dique é o principal custo da manutenção, e um atraso tem grande capacidade de

aumentar o custo total. Em comparação com o custo médio ( R$2.020.400,00) do

projeto,o custo para o cenário otimista ( R$ 1.836.496,00) apresentou uma economia de

R$ 183.904,00. Já o custo para o cenário pessimista ( R$ 2.571.134,00 ) apresentou uma

diferença mais significativa, acrescendo R$ 550.734,00 os custos do projeto.

Se um investimento de R$ 39.000,00 for realizado para prevenir, mitigar

,contingenciar ações ou respostas que possam eliminar os riscos que prolonguem o

projeto, o mesmo pode evitar ser concluído 7,21 dias mais tarde. Esse investimento

representa 1,93% do valor do projeto, que aumentaria para R$ 2.571.134,00 gerando um

acréscimo de R$ 550.734,00, comparado ao valor inicial do projeto.

Cenário Título Valor Porcentagem

Diminuição no prazo 2,6 dias 10,40%

Diminuição no custo 183.904,00R$ 9,10%

Perda a ser investido -R$ 0,00%

Prazo 25 dias 100,00%

Custo 2.020.400,00R$ 100,00%

Investimento 2.020.400,00R$ 100,00%

Acréscimo no prazo 7,21R$ 28,84%

Acréscimo no custo 550.734,00R$ 27,26%

Perda a ser investido 39.000,00R$ 1,93%

Comparação com a análise de Riscos

Otimista

Médio

Pessimista

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63

Por último, é possível notar que nas atividades 4 e 5, o custo das respostas aos

riscos ultrapassa o custo das atividades. Isso ocorre porque as atividades em questão

ocorrem em paralelo a atividade 3, e o custo do aluguel do dique foi incluído somente

neste última. Foi decidido assim , uma vez que o atraso ou não das atividades 4 e 5 não

interferem na duração total do projeto, sendo levado somente em conta o custo com os

profissionais utilizados. Vale ressaltar que embora essas atividades não atrasem ou

adiantem o projeto, ainda assim é vantajoso investir nas respostas aos riscos negativos

provenientes dessas atividades, uma vez que representa 0,34% do custo total do projeto,

como modo de garantir a segurança dos profissionais envolvidos.

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64

5 CONCLUSÃO

Este tópico tem por objetivo realizar uma crítica da pesquisa como um todo,

considerando não só os resultados obtidos do estudo de caso, mas avaliando e

concluindo o trabalho de maneira geral, de acordo com os objetivos inicialmente

definidos.

5.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo maior do trabalho, como exposto no capítulo 1, era aplicar um

modelo de gerenciamento de riscos a um processo de manutenção mecânica da indústria

naval e verificar sua aplicabilidade, suas características e peculiaridades, possibilitando

um entendimento da importância sobre como um eficaz gerenciamento de risco pode

trazer benefícios em termos de planejamento, custo e de segurança, para a empresa que

o utiliza.

A pesquisa, em sua vertente teórica, permitiu que o autor obtivesse

conhecimentos necessários para a aplicação prática do estudo, e por sua vez, a vertente

empírica permitiu comprovar que, a partir de um eficiente gerenciamento de riscos, é

possível concluir que o levantamento, identificação e priorização dos riscos possibilitam

um maior entendimento sobre os tipos, probabilidades e impactos que eventos podem

causar em um projeto de manutenção naval, de modo a permitir que a equipe

responsável pelo projeto possa se prevenir de eventos negativos e explorar a ocorrência

de eventos positivos.

Assim, o objetivo maior da pesquisa foi alcançado, na medida em que foi

possível :

• Aplicar um modelo de gerenciamento de riscos a um processo de manutenção da

indústria naval, verificando que tem considerável aplicabilidade, de modo a

atender os objetivos propostos.

• Analisar os riscos de cada atividade, assim como seus respectivos impactos na

segurança e nos custos de um projeto de manutenção, permitindo a criação de

planos para prevenir, mitigar, aceitar e explorar riscos.

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• Abrir caminho para novos estudos que utilizem o modelo proposto como

ferramenta de gerenciamento de riscos em outros projetos, em adição com outras

ferramentas de gerenciamento de riscos para um maior aprofundamento e para

maiores critérios de comparação entre os métodos.

É importante indicar que, para esse estudo de caso, a Planilha de Registro de

Riscos e Problemas foi utilizada na fase de planejamento das etapas do projeto, porém

essa ferramenta deve ser atualizada durante seu desenvolvimento com o registro e

atualização dos eventos ocorridos durante a execução. Com a finalização do projeto, a

planilha estará completa e será uma base de consulta dos acontecimentos e isso

contribuirá para ter documentado todos os registros de modo a contribuir para a

concretização das lições aprendidas do projeto.

Por fim, a aplicação do gerenciamento de riscos nas atividades de um projeto de

manutenção resultou na melhor visualização dos possíveis cenários que as atividades

executadas possuem frente aos riscos envolvidos durante seu desenvolvimento, de modo

que o modelo escolhido provou ser uma poderosa ferramenta para a tomada de decisão.

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66

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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problemas à luz dos conceitos do pmbok e das normas ohsas 18001 e iso

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Dissertação de mestrado profissional – LATEC- Universidade federal Fluminense, Rio

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ARESE, Marcelo Contente. Informatização da gestão da manutenção de

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Dissertação de mestrado – LATEC- Universidade federal Fluminense, Rio de Janeiro.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 5462-1994, Rio de

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68

APÊNDICE A – Modelo Planilha de Registro de Riscos e Problemas

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APÊNDICE B - Planilha de Registro de Riscos e Problemas Preenchida

Data

de In

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ojeto

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