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Projeto de Hidráulica

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    NDICE

    Contedo

    INTRODUO ................................................................................................................... 3

    SISTEMA PBLICO DE ABASTECIMENTO DE GUA .............................................. 6

    1. Definio ......................................................................................................................... 6

    2. Unidades do sistema ........................................................................................................ 6

    3. Elementos bsicos para elaborao de projeto ................................................................ 6

    4. Concepo de sistemas pblicos de abastecimento de gua ........................................... 6

    4.1. Elementos necessrios .............................................................................................. 6

    4.2. Atividades necessrias .............................................................................................. 7

    5. Consumo .......................................................................................................................... 7

    5.1. Principais fatores que influenciam no consumo numa dada localidade ................... 7

    5.2. Tipos de Consumo .................................................................................................... 8

    5.3. Consumo per capita .................................................................................................. 9

    5.4. Controle de perdas .................................................................................................... 9

    5.5. Variaes de consumo ............................................................................................ 10

    6. Critrios para projetos das diversas unidades do sistema .............................................. 10

    6.1. Vazes necessrias ................................................................................................. 11

    7. Mananciais ..................................................................................................................... 11

    7.1. Manancial subterrneo ............................................................................................ 12

    7.2. Manancial superficial ............................................................................................. 12

    8. Captao de gua ........................................................................................................... 12

    8.1. Captao de guas superficiais ............................................................................... 12

    9. Sistema elevatrio ......................................................................................................... 13

    9.1. Suco..................................................................................................................... 13

    9.2. Recalque ................................................................................................................. 15

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    9.3. Bombas ou mquinas de fluxo: .............................................................................. 16

    9.4. Potncia .................................................................................................................. 16

    9.5. Velocidade Especfica ( ) .................................................................................... 17

    9.6. Associao de bombas ............................................................................................ 17

    9.7. Seleo das bombas ................................................................................................ 18

    9.8. Curvas caractersticas ............................................................................................. 19

    10. Adutoras e Subadutoras ............................................................................................... 20

    11. Tratamento ................................................................................................................... 21

    12. SISTEMA DE DISTRIBUIO ................................................................................ 22

    12.1. Reservatrios ........................................................................................................ 22

    12.2. Rede de distribuio de gua ................................................................................ 23

    13. MEMORIAL DE CLCULO ..................................................................................... 25

    13.1. Projeto do sistema elevatrio................................................................................ 25

    13.2. Dimensionamento das adutoras ............................................................................ 30

    13.3. Dimensionamento do sistema de distribuio ...................................................... 32

    14. CADERNO DE ESPECIFICAES TCNICAS ..................................................... 33

    14.1. INCIO DOS SERVIOS .................................................................................... 33

    14.2. COMUNICAES .............................................................................................. 33

    14.3. ORIENTAO GERAL E FISCALIZAO .................................................... 33

    14.4. MATERIAIS, MO-DE-OBRA E EQUIPAMENTOS ...................................... 34

    14.5. RECEBIMENTO DA OBRA ............................................................................... 34

    14.6. RESPONSABILIDADES E GARANTIAS ......................................................... 35

    14.7. DISPOSIES GERAIS ..................................................................................... 35

    CONCLUSO ................................................................................................................... 38

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    INTRODUO

    Um Sistema de Abastecimento de gua caracteriza-se pela retirada da gua da natureza,

    adequao de sua qualidade, transporte at os aglomerados humanos e fornecimento

    populao em quantidade compatvel com suas necessidades. Um sistema de abastecimento

    de gua pode ser concebido para atender a pequenos povoados ou a grandes cidades, variando

    nas caractersticas e no porte de suas instalaes.

    O Sistema de Abastecimento de gua representa o "conjunto de obras, equipamentos e

    servios destinados ao abastecimento de gua potvel de uma comunidade para fins de

    consumo domstico, servios pblicos, consumo industrial e outros usos".

    A gua constitui elemento essencial vida vegetal e animal. O homem necessita de

    gua de qualidade adequada e em quantidade suficiente para atender a suas necessidades, para

    proteo de sua sade e para propiciar o desenvolvimento econmico.

    Um sistema pblico de abastecimento de gua pode ser dividido, basicamente, em trs

    partes: Estaes elevatrias, Adutoras e a distribuio de gua.

    As estaes elevatrias, ou, ainda, as instalaes de recalque tm a funo de captar

    gua, seja superficialmente ou subterraneamente, so sistemas compostos por bombas e

    tubulaes, utilizados para pressurizar um determinado lquido, majoritariamente gua, com o

    intento de conduzir tal lquido a um ou a vrios pontos de consumo. As instalaes so

    compostas, principalmente, por uma estao de bombeamento, incluindo o sistema de suco,

    e uma tubulao de recalque, que pode alcanar, dependendo do projeto, dezenas de

    quilmetros de comprimento.

    As adutoras podem ser definidas, de forma singela, com sendo as canalizaes que

    ligam a estao elevatria rede de distribuio, sendo que neste trajeto, passam pela estao

    de tratamento de gua (ETA), por isso recebem o nome de adutoras de gua bruta antes de

    chegarem ETA e adutoras de gua tratada no trecho aps a ETA. As adutoras so traadas

    superando os desnveis topogrficos e, devem se apresentar de forma suave, com o mnimo de

    curvas possveis, principalmente em termos de curvas horizontais, pois as verticais, na

    maioria das vezes, so inevitveis.

    O sistema de distribuio composto por dois conjuntos de unidades: Reservatrios e

    redes de distribuio. Os reservatrios de distribuio permitem armazenar a gua para

    atender s seguintes finalidades: atender s variaes de consumo, atender s demandas de

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    emergncia e devem manter uma presso mnima ou constante na rede. A rede de distribuio

    a estrutura do sistema mais integrada realidade urbana, e a mais dispendiosa. constituda

    de um conjunto de tubulaes interligadas instaladas ao longo das vias pblicas ou nos

    passeios, junto aos edifcios, conduzindo a gua aos pontos de consumo (moradias, escolas,

    hospitais, escolas, etc.).

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    OBJETIVO

    Um sistema pblico de abastecimento de gua visa e quando bem projetado, consegue ou

    chega muito perto de conseguir vrios benefcios, tanto sanitrios, sociais e porque no

    econmicos, podemos citar:

    Melhoria da sade e das condies de vida de uma comunidade;

    Diminuio da mortalidade em geral, principalmente da infantil;

    Aumento da esperana de vida da populao;

    Diminuio da incidncia de doenas relacionadas a gua;

    Implantao de hbitos de higiene na populao;

    Facilidade na implantao e melhoria da limpeza pblica;

    Facilidade na implantao e melhoria dos sistemas de esgotos sanitrios;

    Possibilidade de proporcionar conforto e bem-estar;

    Melhoria das condies de segurana;

    Aumento da vida produtiva dos indivduos economicamente ativos;

    Diminuio dos gastos particulares e pblicos com consultas e internaes hospitalares;

    Facilidade para instalaes de indstrias, onde a gua utilizada como matria-prima ou

    meio e operao;

    Incentivo indstria turstica em localidades com potencialidades para seu

    desenvolvimento.

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    SISTEMA PBLICO DE ABASTECIMENTO DE GUA

    1. Definio

    Sistema de abastecimento de gua o conjunto de obras, equipamentos e servios

    destinados ao abastecimento de gua potvel a uma comunidade para fins de consumo

    domstico, servios pblicos, consumo industrial, consumo comercial e outros usos. Essa

    gua fornecida pelo sistema dever ser em quantidade suficiente e da melhor qualidade, do

    ponto de vista fsico, qumico e bacteriolgico.

    2. Unidades do sistema

    Um sistema de abastecimento pblico de gua compreende diversas unidades, tais

    como:

    Manancial (captao);

    Tratamento;

    Reservatrios;

    Rede de distribuio;

    Estaes Elevatrias e/ ou de recalque.

    3. Elementos bsicos para elaborao de projeto

    Para a implantao de um sistema de abastecimento de gua, faz-se necessria a

    elaborao de estudos e projetos com vistas definio das obras a serem empreendidas.

    Essas obras devero ter a sua capacidade determinada no somente para as necessidades

    atuais, mas tambm para o atendimento da comunidade, prevendo-se a construo por etapas.

    O perodo das obras projetadas, tambm chamado de alcance do plano, varia geralmente de 10

    a 30 anos.

    4. Concepo de sistemas pblicos de abastecimento de gua

    4.1. Elementos necessrios

    Definio do objetivo;

    Definio do grau de detalhamento e de preciso geral das partes do sistema;

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    Aspectos e condies econmicas e financeiras condicionantes;

    Definio de condies e parmetros locais.

    4.2. Atividades necessrias

    Configurao topogrfica e caractersticas geolgicas da regio;

    Consumidores a serem atendidos e sua distribuio na rea a abastecer;

    Quantidade de gua exigida e vazes de dimensionamento;

    Integrao com eventual sistema j existente;

    Pesquisa e definio dos mananciais;

    Total compatibilidade entre as partes do sistema proposto;

    Mtodo de operao do sistema;

    Etapas de implantao;

    Comparao tcnica e econmica entre as opes de concepo;

    Viabilidade econmica e financeira da concepo bsica.

    5. Consumo

    O consumo de gua funo de uma srie de fatores inerentes prpria localidade a ser

    abastecida e varia de cidade para cidade, assim como pode variar de um setor para outro, na

    mesma cidade.

    5.1. Principais fatores que influenciam no consumo numa dada localidade

    Clima;

    Padro de vida da populao;

    Sistema de fornecimento e cobrana (servio medido ou no);

    Qualidade da gua fornecida;

    Custo da gua (tarifa);

    Presso na rede distribuidora;

    Consumo comercial, industrial e pblico;

    Existncia de rede de esgotos;

    Perdas no sistema.

    Vale ressaltar que a forma de fornecimento de gua exerce notvel influencia no

    consumo total de uma cidade, pois, nas localidades onde o consumo predial medido atravs

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    de hidrmetros, verifica-se que este sensivelmente menor em relao quelas cidades onde

    tal medio no efetuada.

    5.2. Tipos de Consumo

    No abastecimento de uma cidade, devem ser consideradas vrias formas de consumo de

    gua, que podem ser discriminadas da seguinte forma:

    5.2.1. Uso domstico

    Descargas de bacias sanitrias;

    Asseio corporal;

    Cozinha;

    Bebida;

    Lavagem de roupas;

    Rega de jardins e quintais;

    Limpeza geral;

    Lavagem de automveis.

    5.2.2. Uso comercial

    Lojas (sanitrios e ar condicionado);

    Bares e restaurantes (matria prima, sanitrios e limpeza);

    Postos (processos, veculos, sanitrios e limpeza).

    5.2.3. Uso industrial

    gua como matria prima;

    gua consumida em processo industrial;

    gua utilizada para resfriamento;

    gua necessria para as instalaes sanitrias, refeitrios e afins.

    5.2.4. Uso pblico

    Limpeza de logradouros;

    Irrigao de jardins;

    Fontes e bebedouros;

    Limpeza de redes de esgotamento sanitrio e de galerias de guas pluviais;

    Edifcios pblicos, escolas e hospitais;

    Piscinas pblicas e recreao.

    5.2.5. Usos especiais

    Combate a incndios;

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    Instalaes desportivas;

    Ferrovias e metrs;

    Portos e aeroportos;

    Estaes rodovirias.

    5.2.6. Perdas

    Na aduo;

    No tratamento;

    Na rede distribuidora;

    Desperdcios.

    Excluindo-se as perdas, cada setor consome a seguinte porcentagem do abastecimento

    da rede:

    Consumo industrial 52 %

    Consumo domstico 39 %

    Consumo comercial 6 %

    Consumo pblico 3 %

    Essa relao de consumos a que ser utilizada nos clculos das vazes necessrias

    nesse projeto.

    5.3. Consumo per capita

    Em geral, em nvel de projeto, utilizado o valor de 200 litros por habitante dia.

    5.4. Controle de perdas

    Para orientao do combate s perdas de gua, principalmente na rede de distribuio,

    necessrio defini-las.

    Perda a diferena entre o volume de gua produzida nas estaes de tratamento de

    gua (ETA) e o total de volumes medidos nos hidrmetros, ou seja, ndice de perdas a

    porcentagem do volume produzido que no faturada pela concessionria dos servios.

    As perdas de gua podem ser perdas fsicas ou administrativas.

    5.4.1. Perdas fsicas

    Representam a gua que efetivamente no chega ao consumo, devido aos vazamentos

    no sistema, ou utilizao na operao do sistema (lavagem de filtros e reservatrios ou

    manuteno e reparos de tubulaes). Para evitarmos tais perdas, podemos efetuar uma

    Setorizao da rede, fazer pesquisas de vazamentos no visveis (principalmente nos ramais

    Tabela I

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    prediais), melhorarmos a qualidade dos materiais e mo de obra de execuo dos ramais

    prediais e introduzir vlvulas de reduo de presso (VRP) em pontos com presses elevadas.

    5.4.2. Perdas administrativas (no fsicas)

    Representam a gua consumida que no medida e, portanto, no faturada. Para

    evitarmos tais perdas, podemos melhorar a gesto comercial, verificar ligaes inativas,

    efetuar trocas de hidrmetros ou melhoria em suas leituras e detectar e combater possveis

    fraudes (o fraudador dever ser denunciado).

    5.5. Variaes de consumo

    Num sistema pblico de abastecimento de gua, a quantidade de gua consumida varia

    continuamente em funo do tempo, das condies climticas, dos hbitos da populao,

    entre outros fatores. Assim sendo, verifica-se a necessidade de se estabelecerem coeficientes

    que traduzam essas variaes de consumo para o dimensionamento das diversas unidades de

    um sistema pblico de abastecimento de gua.

    5.5.1. Coeficiente do dia de maior consumo (k1)

    a relao entre o valor do consumo mximo dirio ocorrido em um ano e o consumo

    mdio dirio relativo ao mesmo ano. Costuma-se adotar o K1 como sendo igual a 1,25.

    5.5.2. Coeficiente da hora de maior consumo (K2)

    a relao entre a maior vazo horria e a vazo mdia do dia de maior consumo.

    Costuma-se adotar o K2 como sendo igual a 1,50.

    5.5.3. Coeficiente de reforo e coeficiente de variao instantnea (K)

    Os coeficientes anteriormente estabelecidos, multiplicados, constituem o coeficiente de

    reforo (K).

    6. Critrios para projetos das diversas unidades do sistema

    Sempre que forem previstos reservatrios de distribuio com capacidade adequada,

    esses reservatrios sero capazes de suprir os volumes excedentes nas horas de grande

    consumo, de modo que as instalaes situadas a montante no precisam ser dimensionadas

    com o coeficiente k2. Assim as obras de: tomada de gua, recalque de gua bruta, aduo,

    tratamento e estocagem de gua devem ser projetadas levando-se em conta o coeficiente k1,

    relativo ao dia de maior consumo. Assim, apenas a rede distribuidora ser calculada com a

    utilizao do coeficiente k2 (alm do coeficiente k1).

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    6.1. Vazes necessrias

    Diante dos conceitos explanados acima, verifica-se que, para o dimensionamento das

    diversas unidades de um sistema pblico de abastecimento de gua, h necessidade de se

    definir as vazes apresentadas a seguir.

    6.1.1. Vazo mdia (Q)

    , sendo:

    Q = vazo mdia anual, l/s;

    P = populao abastecivel a ser considerada no projeto (habitantes);

    q = taxa de consumo per capita em l/ hab x dia.

    6.1.2. Vazo nos dias de maior consumo (Q1)

    , sendo:

    K1 = coeficiente do dia de maior consumo.

    6.1.3. Vazo dos dias de maior consumo e na hora de maior demanda (Q2)

    , sendo:

    K2 = coeficiente da hora de maior consumo;

    K = coeficiente de reforo.

    6.1.4. Vazo especfica (Qesp)

    a soma dos consumos das indstrias, comrcios e do consumo pblico, sendo que esta

    vazo dever ser somada as vazes calculadas anteriormente. Temos:

    , sendo:

    Qind = consumo das indstrias;

    Qcom = consumo dos comrcios;

    Qpub = consumo pblico.

    7. Mananciais

    Podem ser divididos em mananciais subterrneos e superficiais. As guas desses

    mananciais devero preencher requisitos mnimos no que tange qualidade das mesmas no

    ponto de vista fsico, qumico, biolgico e bacteriolgico, assim como no que diz respeito aos

    aspectos quantitativos, como, por exemplo, se o manancial capaz de suprir a comunidade

    por um perodo considervel do ponto de vista tcnico e econmico.

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    7.1. Manancial subterrneo

    Entende-se por manancial subterrneo todo aquele cuja provenha dos interstcios do

    subsolo, podendo aflorar superfcie (fontes, bicas dgua, etc.) ou ser elevada artificialmente

    atravs de conjuntos motor-bomba (poos rasos, poos profundos, galerias de infiltrao.

    7.2. Manancial superficial

    constitudo pelos crregos, rios, lagos, represas, etc. que, como o prprio nome

    indica, tem o espelho de gua na superfcie terrestre.

    8. Captao de gua

    Na anlise das obras de captao de gua dever ser levado em considerao o

    manancial a ser aproveitado na implantao do sistema de abastecimento de gua.

    8.1. Captao de guas superficiais

    Os mananciais superficiais so constitudos pelos crregos, rios, lagos e reservatrios

    artificialmente criados, sendo que esses ltimos, quando construdos com o objetivo de

    garantir um determinado volume de gua para fins de abastecimento pblico, passam a fazer

    parte da captao do sistema.

    Para o projeto de captao de mananciais superficiais, devem ser examinados

    cuidadosamente todos os dados e elementos que digam respeito s caractersticas

    quantitativas e qualitativas dos mesmos, tais como:

    Dados hidrolgicos da bacia em estudo e, na falta destes, dados referentes a bacias

    prximas e/ ou semelhantes para estudos de correlao entre elas, notadamente no que

    tange vazo especfica da bacia;

    Dados fluviomtricos do curso dgua a ser aproveitado e, na sua falta, elementos que

    digam respeito s oscilaes do nvel de gua nos perodos de estiagem e de enchentes,

    assim como por ocasio de chuvas torrenciais. Tais informaes podero ser coletadas

    junto a pessoas conhecedoras da regio ou moradores das imediaes;

    Elementos referentes s caractersticas fsicas, qumicas e bacteriolgicas da gua a ser

    aproveitada, dando especial nfase determinao dos eventuais focos poluidores e/ ou

    contaminantes existentes a montante do local de captao escolhido, dever ser procedida a

    coleta de amostras dgua a ser captada para exames de laboratrio.

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    A elaborao do projeto de captao em mananciais superficiais dever ser precedida de

    uma minuciosa anlise das condies locais da rea de implantao das obras a serem

    projetadas, e somente aps o balano de todos os aspectos referentes ao local de implantao

    que poder ser feita a escolha desse local, levando-se ainda em conta os eventuais custos de

    desapropriao e, quando necessrio, o recalque das guas mediante a construo de estaes

    elevatrias, a disponibilidade de energia eltrica para alimentao dos motores, etc.

    De um modo geral, os elementos componentes de uma captao e de tomada de gua

    em mananciais superficiais so:

    Barragens de acumulao ou de manuteno de nvel (quando necessrias) a fim de

    complementar a vazo na poca das estiagens ou facilitar a retirada da gua;

    Dispositivo de tomada de gua devidamente protegido, a fim de impedir a entrada de

    materiais em suspenso na gua (grades, caixas desarenadoras, etc.);

    Mecanismos de controle de entrada de gua;

    Tubulaes e rgos acessrios;

    Poo de suco de bombas;

    Casa de bombas, para alojamento dos conjuntos elevatrios (quando necessrios).

    9. Sistema elevatrio

    Um sistema elevatrio composto por: suco, recalque e bomba.

    9.1. Suco

    Compe a suco o conjunto de condutos e conexes que conduzem o fluido at a

    bomba, seus elementos principais so:

    Poo de suco: sua funo e criar uma rea preferencial para captao de fluido com

    baixa acelerao;

    Crivo: pea especial na extremidade da captao, ficando submersa no poo, para impedir

    o acesso de material slido evitando danos;

    Vlvula de p: uma vlvula instalada na extremidade da captao de uma bomba aspirada,

    com a funo de impedir o retorno do fluido mantendo o conduto de suco cheio, ou seja,

    escorvado;

    Sistema auxiliar de Escorvamento: destina-se a encher o conduto de suco para iniciar a

    operao da bomba;

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    Condutos de suco: interligam a captao com a bomba devendo ser com menor

    comprimento possvel para gastar pouca energia. Via de regra o dimetro do conduto de

    suco maior do que o de recalque.

    A suco trabalha em escoamento permanente uniforme, isto , com vazo e velocidade

    mdia constantes, por isso os problemas so resolvidos atravs das equaes de Bernoulli e da

    Continuidade.

    9.1.1. Fenmenos especiais na suco

    Vrtice: ocorrem devido a pouca submergncia que pode facilitar a entrada de ar, alterando

    e prejudicando o rendimento do sistema;

    Cavitao: caso a presso do fluido atinja um valor menor do que a de vapor, surgiro

    bolhas que explodiro com alto potencial de danificao. A cavitao ocorre em locais de

    presso muito baixa ou velocidade excessiva. A cavitao contnua causa desagregao da

    partcula do metal (pitting);

    NPSH (net positive suction head):

    A presso na seo de alimentao, suco, das bombas baixa, normalmente, e nestas

    condies existe a possibilidade de ocorrer cavitao dentro da bomba.

    Quando ocorre a cavitao, a presso do lquido, num determinado ponto, reduzida a

    presso de vapor formando bolhas devido fervura que provoca perda de eficincia e danos

    sensveis.

    A energia ou carga total na entrada da bomba conhecida como NPSH, existindo dois

    valores: requerido, fornecido pelo fabricante, pois experimental, que deve ser excedido para

    que no ocorra a cavitao e o disponvel que representa a energia ou carga no sistema

    elevatrio.

    , sendo:

    = altura da suco (cota do eixo da bomba cota do nvel do fluido), considerada positiva

    caso a bomba esteja afogada (eixo da bomba abaixo do nvel do fluido) e negativa quando a

    bomba no afogada (eixo da bomba acima do nvel do fluido);

    = presso atmosfrica local em coluna de fluido;

    = presso de vapor do fluido em coluna de fluido;

    = perda de energia na suco.

    NPSHdisponvel = referente a instalao ou projeto;

    NPSHrequerido = fabricante;

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    Grfico para obteno do NPSH requerido

    Para que no ocorra cavitao o NPSHdisponvel deve ser, obrigatoriamente, maior que

    o NPSHrequerido.

    Altura da Submergncia (S):

    A velocidade do fluido no poo de suco deve ser inferior a 1m/s e oferecer um

    recobrimento de fluido entre a entrada do fluido e a cota do nvel de fluido para evitar a

    entrada de ar e vorticidade.

    9.2. Recalque

    Compe o recalque o conjunto de condutos e conexes que conduzem o fluido da

    bomba at o reservatrio superior.

    Dimetro Econmico:

    , sendo:

    = nmero de horas de bombeamento dividido por 24 (frao de utilizao).

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    9.3. Bombas ou mquinas de fluxo:

    Bombas so equipamentos, basicamente rotor e motor, que transferem energia para o

    deslocamento do fluido.

    Entre os tipos de bombas dar-se- ateno especial s centrfugas, podendo-s

    classificarem em:

    Movimento do fluido: suco simples (1rotor) ou dupla (2 rotores);

    Posio do eixo: vertical, inclinado e horizontal;

    Presso: baixa (hman < 15m), mdia (15m < hman < 50m) e alta (hman > 50m)

    Instalao: afogada ou aspirada (no afogada).

    9.4. Potncia

    A potncia, Pot, que corresponde ao trabalho realizado para elevar o fluido com a altura

    manomtrica, hman, :

    , em HP (Hoarse Power).

    O rendimento, , aumenta com o tamanho da bomba (grandes vazes) e com a presso.

    Na prtica admite-se certa folga para os motores eltricos resultando nos acrscimos:

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    9.5. Velocidade Especfica ( )

    A velocidade especfica definida como a rotao (RPM) de uma bomba ideal para

    transportar 1m/s altura de 1m:

    Os tipos de bombas: radial, axial, semi axial e mista, distinguem-se pela velocidade

    especfica.

    9.6. Associao de bombas

    Vrias so as razes que levam necessidade de associar bombas, citamos:

    Quando a vazo grande e no h no mercado comercial, bombas capazes de atender a

    demanda pretendida;

    Ampliaes;

    Inexistncia de bombas comerciais para grandes alturas manomtricas.

    Basicamente quando as vazes so amplas utilizam-se bombas em paralelo e para

    grandes alturas manomtricas, utiliza-se em srie.

    9.6.1. Bombas em paralelo

    As bombas em paralelo trabalham sob a mesma altura manomtrica, mas com vazes

    somadas.

    9.6.2. Bombas em srie

    Quando duas bombas operam em srie a vazo a mesma, mas as alturas manomtricas

    somam-se.

    9.6.3. Bombas Booster

    Booster uma bomba para aumentar a presso no fluido.

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    9.7. Seleo das bombas

    Para escolha de uma bomba deve-se conhecer a vazo e altura manomtrica e,

    consultando o grfico de seleo de cada fabricante onde se encontram as bombas de uma

    srie com mesmo tipo, escolhe-se, preliminarmente, a bomba.

    Grfico de pr-seleo para bombas de 3500 RPM.

    Grfico de pr-seleo para bombas de 1750 RPM.

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    Escolhida a bomba no grfico de selees, procura-se no catlogo as respectivas curvas

    caractersticas que fornecem: dimetro do rotor, rendimento, potncia, NPSH, rendimento e

    outros dados teis que podem ser comparados com os valores calculados esperados para

    verificao da eficincia do sistema elevatrio.

    9.8. Curvas caractersticas

    A maioria dos problemas com os sistemas elevatrios podem ser resolvidos com o

    auxlio das curvas caractersticas. As curvas caractersticas so a representao grfica, ou em

    forma de tabela, das funes que relacionam os parmetros envolvidos no funcionamento do

    sistema.

    As curvas caractersticas so obtidas experimentalmente, isto , fornecida pelo

    fabricante da bomba, num banco de ensaio, onde se medem:

    Hman (m), Q (m3/s),T (Nm), w (rad/s), PotHid= g*Q*Hman, Potmec= T*w,

    Os catlogos dos fabricantes de bombas, via de regra, possuem grficos com uma

    famlia de curvas com: Hman versus Q; h versus Q, NPSHreq versus Q, Pot versus Q.

    9.8.1. Ponto de Funcionamento

    O ponto de funcionamento representa fisicamente, para um sistema projetado, com

    geometria, materiais, equipamentos conhecidos, a vazo correspondente recalcada pelo

    conjunto moto-bomba. Seu clculo depende do conhecimento da influncia hidrulica dos

    componentes do sistema de forma a equacionar as perdas de energia e quantific-las para cada

    vazo.

    A curva resultante da considerao de todas as perdas de energia denominada curva

    caracterstica da instalao, geralmente apresentando a perda de energia em funo da vazo.

    Essa curva lanada no grfico da altura total altura manomtrica em funo da vazo; o

    ponto de cruzamento dessas duas curvas o ponto de funcionamento da instalao.

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    10. Adutoras e Subadutoras

    s canalizaes principais destinadas a conduzir gua entre as unidades de um sistema

    pblico de abastecimento que antecedem a rede de distribuio d-se o nome de adutoras.

    Elas interligam a captao e tomada de gua estao de tratamento de gua, e esta aos

    reservatrios de um mesmo sistema.

    No caso de existirem derivaes de uma adutora destinadas a conduzir gua at outros

    pontos do sistema, constituindo canalizaes secundrias, as mesmas recebero a

    denominao de subadutoras. Tambm so denominadas subadutoras as canalizaes que

    conduzem gua de um reservatrio de distribuio para outro.

    As adutoras e subadutoras so unidades principais de um sistema pblico de

    abastecimento de gua, devendo-se tomar cuidados especiais na elaborao do projeto

    respectivo e quando da implantao das obras. Recomenda-se uma criteriosa anlise de seu

    traado em planta e perfil, a fim de verificar a correta colocao de rgos acessrios

    (vlvulas de parada, vlvulas de descarga e ventosas), assim como ancoragens nos pontos

    onde ocorrem esforos que possam causar o deslocamento das peas (curvas, por exemplo).

    Em funo da natureza da gua conduzida, as adutoras e subadutoras podem ser

    denominadas:

    De gua bruta;

    De gua tratada.

    J levando em considerao a energia utilizada para a movimentao da gua, as

    adutoras e subadutoras podem ser:

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    Por gravidade (conduto livre ou forado);

    Por recalque;

    Mistas (combinao das duas anteriores).

    11. Tratamento

    Um sistema pblico de abastecimento de gua dever fornecer comunidade gua

    potvel, isto , gua de boa qualidade para a alimentao humana e outros usos, dos pontos de

    vista fsico, qumico, biolgico e bacteriolgico. Para tal e em funo das caractersticas

    qualitativas da gua fornecida pelos mananciais, procede-se ao tratamento da gua em

    instalaes denominadas estaes de tratamentos. A anlise qumica e os exames fisco e

    bacteriolgico da gua dos mananciais abastecedores, feitos com freqncia, determinaro a

    necessidade ou no de submeter essa gua a processos corretivos, a fim de garantir a boa

    qualidade e a segurana higinica.

    O tratamento de gua dever ser efetuado quando for comprovada a sua necessidade e a

    purificao for indispensvel, compreendendo os processos imprescindveis obteno da

    qualidade necessria para abastecimento pblico.

    importante salientar que a necessidade do tratamento e os processos exigidos devero

    ser determinados em funo dos padres de potabilidade internacionalmente aceitos para gua

    de abastecimento pblico, e com base em inspees sanitrias e resultados representativos de

    exames e anlises cobrindo um perodo razovel de tempo. Caso contrrio, o projetista poder

    ser levado a cometer erros grosseiros, pois as caractersticas qualitativas e quantitativas das

    guas dos mananciais variam sensivelmente no decorrer do ano, notadamente as guas

    provenientes de mananciais superficiais.

    O tratamento da gua feito para atender vrias finalidades, tais como:

    Finalidades higinicas: remoo de bactrias, eliminao ou reduo de substncias txicas

    ou nocivas; reduo do excesso de impurezas; reduo de teores elevados de compostos

    orgnicos, algas, protozorios e outros microorganismos;

    Finalidades estticas: correo da cor, turbidez, odor e sabor;

    Finalidades econmicas: reduo da corrosividade, dureza, cor, turbidez, ferro, mangans,

    odor e sabor.

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    12. SISTEMA DE DISTRIBUIO

    O sistema de distribuio composto por dois conjuntos de unidades: Reservatrios e

    Redes de Distribuio.

    12.1. Reservatrios

    Os reservatrios de distribuio permitem armazenar a gua para atender s seguintes

    finalidades:

    Atender s variaes de consumo;

    Atender s demandas de emergncia;

    Manter presso mnima ou constante na rede.

    12.1.1. Relao de Fruhling:

    Os reservatrios de distribuio devem ter capacidade suficiente para armazenar o tero

    do consumo dirio correspondente aos setores por ele abastecidos.

    O reservatrio pode ser posicionado de forma a suprir as horas de maior consumo e

    ainda contribuir para diminuir os custos com a rede de distribuio. Os reservatrios

    permitem a continuidade do abastecimento quando necessrio interromp-lo para

    manuteno em unidades como captao, aduo e estaes de tratamento de gua. Podem

    tambm ser dimensionados para permitir o combate a incndios, em situaes especiais, em

    locais onde o patrimnio e segurana da populao estejam ameaados.

    12.1.2. Tipos de reservatrios

    Os reservatrios podem ser classificados de acordo com a posio em relao rede de

    distribuio, e em relao ao terreno:

    Quanto localizao:

    Reservatrio de montante: Situado a montante da rede de distribuio, para o suprimento

    normal. Causa uma variao relativamente grande da presso nas extremidades de jusante

    da rede.

    Reservatrio de jusante: Tambm chamado reservatrio de sobras, alimentado pela sobra

    do suprimento das horas de menor demanda, abastecendo nas horas de maior consumo.

    Possibilita uma menor oscilao de presso nas zonas de jusante da rede.

    Quanto posio no terreno:

    Enterrados

    Semi-enterrados

    Apoiados

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    Elevados

    Os reservatrios podem ser construdos em diversos materiais: alvenaria, concreto, ao,

    fibra de vidro, madeira. O mais freqente no Brasil ainda o emprego de concreto armado.

    No entanto, importante salientar, que sempre possvel buscar uma soluo simplificada

    que atenda s orientaes tcnicas e que ao mesmo tempo diminua os custos com a

    construo de um reservatrio. Dependendo de sua localizao e arquitetura, os reservatrios

    podem se constituir em marcos referenciais da cidade, harmonizando-se com a paisagem

    urbana.

    Alguns cuidados devem ser tomados para a conservao dos reservatrios e para evitar

    que ele se torne um ponto de recontaminao, tais como:

    Impermeabilizao cuidadosa das paredes;

    Localizao em reas onde no ocorram inundaes;

    Afastamento das guas de chuvas;

    Proteo dos acessos;

    Proteo dos dispositivos de descarga e extravaso para impedir entrada de animais ou de

    guas poludas provenientes de atividades das vizinhanas.

    12.2. Rede de distribuio de gua

    A rede de distribuio a estrutura do sistema mais integrada realidade urbana, e a

    mais dispendiosa. constituda de um conjunto de tubulaes interligadas instaladas ao longo

    das vias pblicas ou nos passeios, junto aos edifcios, conduzindo a gua aos pontos de

    consumo (moradias, escolas, hospitais, escolas, etc.).

    As tubulaes -ou condutos- que formam a rede de distribuio podem ser classificadas

    em:

    Condutos principais: so os de maior dimetro e responsveis pela alimentao dos

    condutos secundrios.

    Condutos secundrios: so os de menor dimetro e abastecem diretamente aos pontos de

    consumo.

    A instalao das tubulaes nas valas deve prever o seu recobrimento adequado com

    uma camada de terra, de forma a absorver o impacto de cargas mveis (automveis,

    caminhes, tratores).

    A qualidade da gua na rede de distribuio deve ser resguardada, e para isso so

    necessrios alguns cuidados, como:

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    O sistema deve ser projetado, construdo e operado de forma a manter presso mnima em

    qualquer ponto da rede;

    Os registros e dispositivos de descarga devem ser projetados e convenientemente

    posicionados para permitir manuteno e descarga sem prejudicar o abastecimento;

    O sistema dever estar protegido contra poluio externa; durante a execuo da rede e

    durante os reparos, substituies, remanejamentos e prolongamentos, devem ser tomados

    os cuidados necessrios para impedir a ocorrncia de contaminao;

    A desinfeco das tubulaes, por ocasio do assentamento e dos reparos, deve ser feita

    com uma soluo concentrada de cloro ( de cloro por litro) durante 24 horas. Aps

    esse perodo, essa soluo descarregada, enchendo-se a canalizao com gua limpa.

    Toda a operao deve ser controlada por exames bacteriolgicos;

    As tubulaes de gua potvel devem ser assentadas em valas situadas a uma distncia

    mnima de 3,0 m da tubulao de esgoto, para evitar contaminao. Quando isso no for

    possvel, recomenda-se adotar outras solues como por exemplo: rede de gua colocada

    em nvel superior rede de esgotos ou localizar a rede de gua em um tero da rua e a rede

    de esgoto no tero oposto;

    em alguns casos, como por exemplo arruamentos pavimentados com grande largura, pode

    ser mais vantajoso e econmico situar a rede de gua nas caladas;

    Em geral as juntas das tubulaes no resistem a presses de fora para dentro (sub-

    presses). Em sistemas em que o fornecimento de gua no contnuo, nas horas em que

    no houver abastecimento haver pouca ou nenhuma presso na rede, podendo at ser

    negativa. Nessas ocasies, h perigo de penetrao ou suco de gua contaminada para

    dentro da rede. Assim, as boas condies de operao do sistema, evitando interrupes,

    diminuem a possibilidade de contaminao da rede.

    12.2.1. rgos e equipamentos acessrios de rede

    Vlvulas (registros) de manobra e de descarga:

    Quando trs ou mais trechos de tubulaes se interligarem em um ponto, dever ser

    prevista uma vlvula para fechamento de cada trecho;

    Nos condutos secundrios dever ser prevista uma vlvula junto ao ponto de ligao a

    condutos principais;

    Salvo motivo devidamente justificado, devero ser previstas vlvulas de descarga nos

    pontos baixos da rede;

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    O dimetro nominal das vlvulas de descarga instaladas em tubulaes com dimetro igual

    ou menor que 75 mm, ser igual ao da prpria tubulao. Para tubulaes com dimetro

    maior ou igual a 100 mm ser de 100 mm o dimetro da vlvula;

    Todas as vlvulas sero instaladas em caixas de proteo, conforme modelo e dimenses

    adequadas e definidas de comum acordo com o contratante.

    Hidrantes:

    Devero ser previstos hidrantes nas tubulaes principais, separados se uma distncia

    mxima de 500 m.

    Conexes:

    Devero ser indicadas todas as conexes necessrias ao perfeito funcionamento da rede,

    em cada n, detalhada de forma a ficar claro seu tipo e forma de especificao e execuo

    da rede, de acordo com os catlogos dos fabricantes.

    Ramal predial:

    Dever ser definido em comum acordo com o rgo contratante do projeto, o modelo

    padro da ligao predial a ser adotado, para efeito de especificao e estimativa de custos

    incluindo o micromedidor (hidrmetro).

    13. MEMORIAL DE CLCULO

    13.1. Projeto do sistema elevatrio

    Para o nosso projeto, com parmetros da generalizao de outros projetos base,

    adotamos o nosso consumo per capita (q) como sendo igual a 200 litros por habitante por

    dia.

    Coeficientes do dia de maior consumo, da hora de maior consumo e reforo:

    O coeficiente do dia de maior consumo (k1) como sendo igual a 1,25 e O coeficiente

    da hora de maior consumo (K2) 1,5.

    Assim, coeficiente de reforo (K):

    Clculo da Vazo de projeto:

    Temos:

    Populao:

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    A populao inicial de 760 habitantes (152 lotes, 5 pessoas por lote). Consideramos o

    crescimento populacional igual a 5% ao ano, assim, essa populao aps 20 anos - alcance do

    plano - ser: 2016 habitantes.

    Vazo especfica:

    Alm da vazo consumida pelos domiclios, devem ser computados os consumos dos

    rgos pblicos, indstrias, comrcios, tais consumos so chamados de vazo especfica, e

    pode ser obtida em funo da vazo dos domiclios, via tabela I, assim:

    Logo,

    Temos como sendo:

    Com isso temos os dados:

    Com os dados, podemos obter a vazo de projeto, vlido fazer uma ressalva, a vazo

    que passar nas adutoras no ser a mesmo em todo o percurso, assim dividiremos em trs

    trechos, inicialmente nomearemos cada trecho, assim:

    Trecho I o trecho que vai desde a captao da gua at a estao de tratamento (ETA), a

    vazo em tal trecho ser intitulada ;

    Trecho II o trecho que vai da ETA at o reservatrio de distribuio, a vazo em tal

    trecho ser intitulada ;

    Trecho III o trecho que vai o reservatrio de distribuio at a rede de distribuio, a

    vazo em tal trecho ser intitulada .

    Assim temos:

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    ;

    ;

    .

    13.1.1. Dimetro de recalque e Dimetro de suco

    Pela frmula: , calculamos nosso dimetro da tubulao de

    recalque, sabemos os seguintes dados:

    Sero adotadas trs bombas, sendo que duas ficaram revezando e a outra ser de

    reserva, a bomba funcionar 20 horas por dia, com tais dados podemos obter o dimetro

    econmico de recalque,

    = 0,162m, assim adotaremos:

    O dimetro de suco deve ser um dimetro nominal acima do dimetro de recalque,

    assim adotaremos:

    Precisa-se calcular a altura manomtrica do sistema, para isso necessria a altura

    geomtrica, que nada mais que a soma da altura de suco com a altura de recalque, e

    precisamos tambm contabilizar as perdas que ocorreram no sistema devido a presena de

    curvas (tanto verticais como horizontais) e outros fatores, eventuais entradas e sadas de

    canalizao, vlvulas de reteno, registros, etc.

    13.1.2. Altura de suco, recalque e geomtrica

    Altura de suco a diferena de altura entre o nvel de gua e o eixo da bomba, assim a

    nossa altura de suco ser:

    O eixo da bomba encontra-se na altura de , o nvel de gua a , assim:

    Altura de suco (Hs) = 2m.

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    Altura de recalque a diferena de altura entre o eixo da bomba e a cota em que se

    encontra o reservatrio a ser abastecido ou a estao de tratamento,

    A cota da estao de tratamento de e o eixo da bomba est em , assim:

    Altura de recalque (Hr) = 28m.

    Altura geomtrica como foi dito a soma das alturas de suco e de recalque, assim:

    Altura geomtrica (Hg) = 30m.

    13.1.3. Perdas nas canalizaes

    Para o calculo das perdas nas canalizaes necessrio o comprimento das

    canalizaes, os comprimentos equivalentes das peas das canalizaes, para acharmos as

    perdas existentes nas canalizaes.

    Perda na suco

    O comprimento da canalizao de suco :

    Na canalizao h as seguintes peas com seus respectivos comprimentos equivalentes:

    Pea

    Comprimento

    equivalente

    (m)

    Quantidade

    Comprimento

    equivalente

    (m)

    Curva de 90

    com R/D = 1,5

    polegadas

    3 1 3

    Vlvula de p e

    crivo 65 1 65

    Total: 68

    Assim o comprimento virtual da canalizao de suco :

    Aplicando a frmula de Hazen-Williams, obtemos:

    Perda no recalque

    O comprimento da canalizao de recalque :

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    Pea

    Comprimento

    equivalente

    (m)

    Quantidade

    Comprimento

    equivalente

    (m)

    Curva de 90

    com R/D = 1,5

    polegadas

    2,4 1 2,4

    Vlvula de

    reteno 20 1 20

    Registro de

    gaveta 1,2 1 1,2

    Sada da

    canalizao 7,5 1 7,5

    Total: 31,1

    Assim o comprimento virtual da canalizao de recalque : .

    Aplicando a frmula de Hazen-Williams, obtemos:

    A perda total ser:

    Altura manomtrica a soma da altura geomtrica e as perdas na suco e no recalque,

    assim:

    Hg = 30m;

    Hf = 1,33m;

    Assim:

    13.1.4. Potncia e escolha da bomba

    Para o calculo da potncia temos:

    O peso especfico da gua

    A vazo a ser suportada

    O rendimento considerado

    A altura manomtrica encontrada foi

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    Tem de ser considerada certa folga, nesse caso, 20% uma folga bastante razovel, logo

    a potencia a ser considerada de 12HP. Como as bombas so pr fabricadas, a potencia

    instalada deve ser a imediatamente superior a potencia encontrada, assim:

    Potencia instalada 15HP.

    Ao entrarmos no grfico de pr-seleo, verificamos que a bomba ideal a RO, que

    apresenta as seguintes caractersticas:

    Marca: MARK-PEERLESS,

    O modelo escolhido, compatvel com o projeto, a RO 16, com dimetro do rotor de

    e rotao de .

    A Velocidade especfica ser

    Verificao da ocorrncia de cavitao:

    .

    A condio: foi respeitada, assim garantido que

    no ocorrer cavitao.

    13.2. Dimensionamento das adutoras

    Para o dimensionamento das adutoras as seguintes vazes foram obtidas:

    Trecho I:

    Trecho II:

    Trecho III:

    13.2.1. Aduo por recalque

    O dimetro da adutora de gua bruta j foi obtido, o mesmo dimetro de recalque,

    Adotando-se o dimetro nominal logo acima, trabalharemos com:

    .

    13.2.2. Aduo por gravidade

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    Para a aduo por gravidade, ou seja, o trecho da adutora de gua tratada, o dimetro

    requerido deve ser encontrado pela frmula de Hazen-Williams,

    A aduo por gravidade se divide em dois trechos, assim acharemos um dimetro para

    cada,

    Trecho II:

    Trecho III:

    0,140m

    Faz-se necessria a verificao da velocidade, para constatarmos que a mesma atender

    as especificaes regulamentares, temos que para cada trecho, ocorrer uma velocidade

    diferente e cada trecho apresentar sua velocidade mxima particular, assim:

    Suco:

    Sabemos que a vazo de 16,97 l/s, assim a velocidade de projeto ser:

    Por Hlio Creder, vemos que a velocidade mxima aceitvel pode ser calculada da

    seguinte maneira:

    Como , o trecho est OK.

    Trecho I:

    Sabemos que a vazo de 16,97 l/s, assim a velocidade de projeto ser:

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    Por Hlio Creder, vemos que a velocidade mxima aceitvel pode ser calculada da

    seguinte maneira:

    Como , o trecho est OK.

    Trecho II:

    Sabemos que a vazo de 16,97 l/s, assim a velocidade de projeto ser:

    Por Hlio Creder, vemos que a velocidade mxima aceitvel pode ser calculada da

    seguinte maneira:

    Como , o trecho est OK.

    Trecho III:

    Sabemos que a vazo de 16,97 l/s, assim a velocidade de projeto ser:

    Por Hlio Creder, vemos que a velocidade mxima aceitvel pode ser calculada da

    seguinte maneira:

    Como , o trecho est OK.

    13.3. Dimensionamento do sistema de distribuio

    13.3.1. Dimensionamento do reservatrio

    Pela relao de Fruhling, os reservatrios de distribuio devem ter capacidade

    suficiente para armazenar o tero do consumo dirio correspondente aos setores por ele

    abastecidos.

    Assim a nossa vazo de , transformando-a em litros por dia, obtemos:

    Volume do reservatrio ser no mnimo,

    Trabalhando a favor da segurana, o reservatrio ter capacidade de .

    13.3.2. Dimensionamento da rede ramificada

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    14. CADERNO DE ESPECIFICAES TCNICAS

    14.1. INCIO DOS SERVIOS

    A CONTRATADA dever dar incio aos servios e obras at 10 (dez) dias

    aps a assinatura do Contrato.

    14.2. COMUNICAES

    Todas as comunicaes da FISCALIZAO para a CONTRATADA, e vice-

    versa, sero transmitidas por escrito e s assim produziro seus efeitos, por

    meio do Dirio de Obras, com as pginas convenientemente numeradas, em

    trs vias, uma das quais ficar em poder do transmitente depois de visada pelo

    destinatrio.

    14.3. ORIENTAO GERAL E FISCALIZAO

    O CONTRATANTE nomear um PROFISSIONAL devidamente registrado no

    CREA, que ter autoridade para exercer em nome deste, toda e qualquer ao

    de orientao geral, controle de qualidade dos materiais e/ou servios e

    FISCALIZAO das obras em construo, bem como exigir da

    CONTRATADA a correta execuo dos projetos e o cumprimento das

    determinaes contidas nas Especificaes do Caderno de Especificaes

    Tcnicas.

    FISCALIZAO assegurado o direito de ordenar a suspenso das obras e

    servios sem prejuzo das penalidades a que ficar sujeito a CONTRATADA e

    sem que esta tenha direito a qualquer indenizao pelo atraso causado, quando

    for detectado qualquer defeito ou falha importante em servio executado ou

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    material empregado na obra, que no tenha sido sanado num prazo de 48

    (quarenta e oito) horas aps a devida comunicao.

    A CONTRATADA fica obrigada a retirar do canteiro de obras, imediatamente

    aps o recebimento da comunicao correspondente, qualquer empregado,

    operrio ou subordinado que, a critrio da FISCALIZAO, venha a

    demonstrar conduta nociva ou incapacidade tcnica.

    14.4. MATERIAIS, MO-DE-OBRA E EQUIPAMENTOS

    Caber CONTRATADA fornecer e conservar equipamento mecnico,

    ferramental necessrio e contratar mo-de-obra idnea, de modo a manter

    permanentemente em servio uma equipe homognea e suficiente de operrios,

    mestres e encarregados, que assegurem progresso satisfatrio s obras, bem

    como obter materiais em quantidade e qualidade suficientes para permitir o

    cumprimento normal das diversas etapas da obra estabelecidas em cronograma

    fsico e a conseqente concluso das obras no prazo estabelecido.

    Ficar a CONTRATADA responsvel pelas instalaes provisrias que se

    fizerem necessrias para o desenvolvimento da obra.

    14.5. RECEBIMENTO DA OBRA

    14.5.1. Recebimento Provisrio

    Quando a obra e demais servios contratados ficarem inteiramente concludos,

    de perfeito acordo com o Contrato, ser lavrado um termo de recebimento

    provisrio, que ser passado em trs ou mais vias, todas elas assinadas pela

    FISCALIZAO.

    O recebimento provisrio s poder ocorrer aps terem sido realizados todos

    os servios e/ou reparos informados pela FISCALIZAO.

    14.5.2. Recebimento Definitivo

    O termo de recebimento definitivo das obras e servios contratados ser

    lavrado at 30 (trinta) dias aps o recebimento provisrio, caso tenham sido

    satisfeitas todas as condies contratuais, bem como o atendimento das

    exigncias a seguir:

    a) Atendidas todas as reclamaes da Comisso de Recebimento

    Definitivo, referentes a defeitos ou imperfeies que venham a ser

    verificadas em qualquer elemento da obra e servios executados.

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    b) Solucionadas todas as reclamaes porventura feitas quanto falta de

    pagamento de operrios ou fornecedores de materiais e prestadores de

    servios, empregados na edificao.

    c) Apresentao do Certificado de Quitao com o INSS, para que seja

    expedida a CND.

    14.6. RESPONSABILIDADES E GARANTIAS

    De acordo com o artigo 1.245 do Cdigo Civil, fica entendido entre o

    CONTRATANTE e a CONTRATADA, a responsabilidade do segundo, pelo

    prazo de 05 (cinco) anos pela execuo de servios e aplicao de materiais,

    bem como pela solidez e segurana do trabalho, em razo dos materiais ou do

    solo, exceto quando a CONTRATADA prevenir por escrito, em tempo hbil, o

    CONTRATANTE.

    Fica ainda a CONTRATADA, salvo disposio em contrrio constante de

    Contrato, responsvel pelo perfeito funcionamento das instalaes prediais

    pelo prazo de 12 (doze) meses, desde que no sejam danificados por

    imprudncia e/ou impercia por parte dos usurios.

    14.7. DISPOSIES GERAIS

    Os servios contratados sero executados, rigorosamente de acordo com o

    Caderno de Especificaes Tcnicas e com os documentos nele referidos, bem

    como de acordo com as demais normas tcnicas pertinentes a cada servio ou

    etapa da obra.

    Todos os materiais, salvo disposio em contrrio, sero fornecidos pela

    CONTRATADA.

    Toda a mo-de-obra, salvo disposio em contrrio, ser fornecida pela

    CONTRATADA.

    Sero impugnados, pela FISCALIZAO todos os trabalhos executados em

    desacordo com as condies contratuais ou normas tcnicas vigentes.

    A CONTRATADA estar obrigada a demolir e a refazer os trabalhos

    impugnados pela FISCALIZAO, logo aps o recebimento do comunicado

    correspondente, ficando, por sua conta exclusiva, as despesas decorrentes

    dessas providncias.

    PROJETOS

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    Os servios sero executados em estrita e total observncia s indicaes

    constantes dos projetos fornecidos pelo CONTRATANTE e referidos neste

    Caderno de Especificaes Tcnicas, salvo disposto no item seguinte.

    Cabe CONTRATADA elaborar, caso se faa necessrio, desenho de detalhes

    de execuo, os quais sero previamente aprovados e rubricados, pelo

    CONTRATANTE.

    Durante a construo, poder o CONTRATANTE apresentar desenhos,

    complementares, os quais sero tambm devidamente autenticados pela

    CONTRATADA.

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    NORMAS REGULAMENTARES

    Devero ser seguidas as prescries das normas da ABNT, citando-se dentre elas as

    seguintes:

    Assentamento de tubulaes de ferro fundido dctil para conduo de gua sob presso

    (NBR 12595);

    Cadastro de sistema de abastecimento de gua (NBR 12586);

    Condutos forados (NBR 6112);

    Estudos de concepo de sistemas pblicos de abastecimento de gua (NBR 12211);

    Projeto de adutora de gua para abastecimento pblico (NBR 12215);

    Projeto de rede de distribuio de gua para abastecimento pblico (NBR 12218);

    Projeto de reservatrio de distribuio de gua para abastecimento pblico (NBR 12217);

    Projeto de sistema de bombeamento de gua para abastecimento pblico (NBR 12214).

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    CONCLUSO

    O projeto de um sistema pblico de abastecimento de gua de extrema importncia

    para uma cidade, pois gua o bem mais importante para o ser humano, e todas as habitaes

    deveriam ter acesso, infelizmente em nosso pas, existem diversas localidades que ainda no

    possuem um sistema pblico de abastecimento de gua, mas a tendncia que ocorram

    melhoras nessa questo. Tratando-se do projeto em s, ele foi projetado de forma a atender a

    populao da cidade de forma satisfatria o projeto foi feito visando atender cidade, de

    forma tranqila, pelos prximos vinte anos um projeto de abastecimento de gua engloba

    vrias etapas, podendo ser, de forma didtica, em trs, so eles: projeto do sistema elevatrio,

    dimensionamento das adutoras e dimensionamento do sistema de distribuio, sendo este

    ultimo subdividido no dimensionamento do reservatrio e no dimensionamento da rede

    distribuidora.

    A primeira etapa corresponde fase de captao de gua, no caso do presente projeto,

    tal captao foi realizada por um manancial superficial, com o auxlio de uma bomba

    centrfuga para poder tanto succionar a gua do rio como para elevar a gua at o reservatrio

    superior, sendo que no nosso caso a Estao de tratamento ficou no ponto mais elevado.

    A segunda etapa do projeto foi o dimensionamento das adutoras, tal dimensionamento

    foi feito tentando manter uma relao vivel entre custo e segurana, ou seja, tentando fazer o

    traado das adutoras da forma que gerasse menos perdas possveis, apresentando-se com

    curvas suaves na medida do possvel.

    A terceira etapa do projeto foi o dimensionamento do sistema de distribuio, ou seja, o

    dimensionamento do reservatrio de distribuio - procedimento simples que deve levar em

    conta tanto a demanda da cidade, como uma quantia a mais para eventuais emergncias e da

    rede distribuio, que poderia ser feita funcionando como ramificada ou malhada, como nossa

    cidade relativamente pequena, tornou-se bastante vivel a utilizao da rede ramificada, e

    foi assim que a dimensionamos.

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    Notas de aula da Prof. Dr. Oflia de Lira Carneiro e Silva da disciplina Hidrulica Aplicada.

    NETTO, Jos Martiniano de Azevedo, FERNANDEZ, Miguel fernandez y, ARAUJO,

    Roberto, ITO, Accio Eiji; Manual de Hidrulica; Editora Edgard Blucher Ltda, 8 edio,

    2003.

    BOMBAS HIDRULICAS MARK-PEERLESS. Catlogo de Produtos. So Bernardo do

    Campo, SP, 1996.

    CREDER, Hlio; Instalaes Hidrulicas e Sanitrias; Editora LTC, 10 edio.

    SILVA, ngela Maria Moreira, Normas para apresentao dos trabalhos tcnico-cientficos

    da UFRR: baseadas nas normas da ABNT. Boa Vista: Editora da UFRR, 2007.